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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Com alto nível de infecção, OMS sugere que homossexuais tomem remédio antirretroviral.

Com alto nível de infecção, OMS sugere que homossexuais tomem remédio antirretroviral.

Postado por: Extra.globo.com em Brasil

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) sugeriu pela primeira vez que todos os homens que fazem sexo com outros homens devem tomar remédio antirretroviral. A indicação acontece em um momento em que as taxas de infecção pelo HIV entre gays estão atingindo altos níveis em todo o mundo.
Em maio, os Estados Unidos emitiu diretrizes semelhantes. A OMS, em nota, publicou que “recomenda fortemente que os homens que fazem sexo com homens devem considerar tomar medicamentos antirretrovirais como um método adicional de prevenir a infecção pelo HIV”.

Gottfried Hirnschall, chefe do departamento de HIV da OMS, afirmou que as taxas de infecção entre homens homossexuais estão aumentando novamente após 33 anos do pico da epidemia. O pesquisador acredita que a diminuição do medo da infecção entre os jovens acontece devido ao acesso a medicamentos que permitem aos usuários com AIDS viverem e que isto faz com que cada vez mais pessoas usem menos prevenção.
Atualmente, o grupo de jovens possui 19 vezes mais chances de infecção do que a população em geral.
— Nós estamos vendo explodir epidemias — disse Hirnschall.
O uso de remédio antirretrovirais seria uma complementação na prevenção. A utilização de um único comprimido com a combinação de dois antirretrovirais diariamente deveria ser feita junto com o uso do preservativo. Segundo a OMS, isto cortaria a incidência do HIV entre homens entre 20 a 25% e evitaria um crescimento desproporcional na próxima década.
A advertência também foi sugerida para outros grupos de alto risco com o alerta que homens que fazem sexo com outros homens, transsexuais, prisioneiros, pessoas que usam drogas injetáveis e profissionais do sexo, juntos, correspondem por cerca de metade de todas as novas infecções pelo HIV no mundo.
A OMS também alerta que muitas vezes são estes grupos que possuem menos acesso aos serviços de saúde devido a criminalização ou o estigma que sofrem, o que faz com que fiquem temerosos em procurar ajuda, mesmo quando ela está disponível.
Segundo Rachel Baggaley, do departamento de HIV da OMS, ao não procurarem os serviços de saúde, estes grupos terão “inevitavelmente mais infecções nessas comunidades”.
Globalmente, as mulheres transexuais e os usuários de drogas injetáveis​​, por exemplo, possuem cerca de 50 vezes mais chances de contrair a doença do que a população em geral, já a possibilidade entre os profissionais do sexo é de 14 vezes a mais.
Quando a incidência da doença é analisada com a população em geral, o número não é tão alarmante e demonstra progressos. Entre 2001 e 2013, o número de pessoas que contraíram a doença diminuiu em um terço. Até o final de 2013, cerca de 13 milhões de portadores do vírus recebiam tratamento reduzindo drasticamente o número de pessoas que morrem de AIDS. Hirnschall afirma que, por este motivo, a batalha contra a doença é desigual.
Um dos problemas seriam as políticas públicas que concentram a atenção no combate à infecção de HIV entre a população em geral, sem dedicar uma especial atenção aos grupos de alto risco.
— Nenhuma dessas pessoas vivem de forma isolada – afirma Hirnschall ao destacar que os grupos de alto risco podem afetar a população em geral – Os clientes que utilizam profissionais do sexo possuem maridos, esposas e parceiros. Alguns injetam drogas. Muitos têm filhos

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