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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Mulheres Que Marcaram O Século XX: Geninha da Rosa Borges





Geninha da Rosa Borges 94 Anos


BIOGRAFIA

Maria Eugênia Franco de Sá da Rosa Borges, conhecida como Geninha da Rosa Borges (Recife, 21 de junho de 1922), é uma atriz brasileira. É formada em Pedagogia e Letras anglo-germânicas pela Faculdade de Filosofia do Recife. Participou de 63 peças teatrais, 10 filmes e dirigiu 21 espetáculos.

Em 1941, atuou numa apresentação teatral beneficente Noite de Estrelas. Logo depois estreia na peça Primerose, de Robert de Flers e Gaston de Caillavet, com direção de Valdemar de Oliveira. Em 1944, já no Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), com participação do diretor polonês Zigmunt Turkow, participa da montagem de A Comédia do Coração, de Paulo Gonçalves.

No grupo TAP, tem a oportunidade de ser dirigida por artistas nacionais e estrangeiros de renome como Zbigniew Ziembinski, Graça Melo, Flamínio Bollini Cerri, Bibi Ferreira, Luís de Lima, entre outros.

Em 1968, foi designada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para coordenar a equipe do Sistema Nacional de TV e Rádio Educação e dar início a um programa pioneiro em Pernambuco de aulas teatralizadas para o rádio.

Teve pouca atuação no cinema, tendo no currículo participado do primeiro filme pernambucano falado: O Coelho Sai, de Firmo Neto (1939). Em 1983 foi convidada por Tizuka Yamazaki para fazer o filme Parahyba Mulher Macho. Já em 1997 foi convidada por Paulo Caldas e Lírio Ferreira a atuar no filme Baile Perfumado.

Sua primeira aparição na TV aconteceu em 2004, na novela Da Cor do Pecado, de João Emmanuel Carneiro, produzida pela TV Globo.

Ao completar 80 anos de idade, em 2002, fez uma temporada no Rio de Janeiro, na Casa de Cultura Laura Alvim, com o espetáculo 2 em 1, no qual encena e assina Solilóquios de Yerma, uma adaptação reduzida de Yerma, de Federico Garcia Lorca e O Marido Domado, peça criada especialmente para ela por Ariano Suassuna, inspirada em A Megera Domada, de William Shakespeare.

Recebeu várias vezes os prêmios de “Melhor Atriz” e “Melhor Diretora”, e é conhecida como a “Grande Dama do Teatro Pernambucano”.

Ocupa a Cadeira 33 da Academia de Letras e Artes do Nordeste


Maria Eugênia Franco de Sá, filha de um amazonense e de uma carioca, nasce em 21 de junho de 1922 na cidade de Recife, Pernambuco. Estuda no Colégio São José, onde participa de atividades culturais e revela o seu pendor para o teatro. Em 1941, com um grupo de moças da sociedade recifense, atua em Noite de Estrelas, uma apresentação teatral beneficente. O autor da peça, o médico e diretor Valdemar de Oliveira, encanta-se com o seu desempenho e a convida a integrar o grupo que deu origem ao Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP). Anos mais tarde, é por ele apresentada a Otávio da Rosa Borges, irmão de sua esposa Diná, com quem ela se casa em 1946.

Geninha estreia como protagonista da peça Primerose, de Robert de Flers e Gaston de Caillavet, em 1941, sob a direção de Valdemar de Oliveira, e recebe muitos elogios da crítica teatral. No ano de 1944, o TAP, numa atitude ousada, convida o diretor polonês Zigmunt Turkow – que desde 1941 trabalhava junto ao teatro amador da comunidade judaica de Recife – a dirigir A Comédia do Coração, de Paulo Gonçalves. Nesta peça, o elenco integrado pela atriz descobre a importância do encenador como “orquestrador do espetáculo”. Geninha, ao longo da participação neste e em muitos elencos das peças representadas pelo TAP, também tem a oportunidade de ser dirigida por artistas nacionais e estrangeiros de renome como Zbigniew Ziembinski, Graça Melo, Flamínio Bollini Cerri, Bibi Ferreira, Luís de Lima, entre outros. Destaca-se como diretora e intérprete em Yerma, de Garcia Lorca (1978), A Promessa, de Luiz Marinho (1983) e As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, de Rainer Fassbinder (1987).

O Teatro de Santa Isabel, importante patrimônio cultural de Pernambuco, foi sede do TAP de 1941 a 1963. Geninha o dirige em quatro ocasiões: de 1983 a 1986; de 1991 a 1993 e de 1994 a 1997. A vida da atriz confunde-se com o teatro a tal ponto que ela lhe dedica o livro: Teatro de Santa Isabel: Nascedouro & Permanência.

Formada em letras anglo-germânicas e em pedagogia pela Faculdade de Filosofia do Recife, é designada, em 1964, pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para coordenar a equipe do Sistema Nacional de TV e Rádio Educação e dar início a um programa pioneiro em Pernambuco de aulas teatralizadas para o rádio. Entre outubro de 1966 e setembro de 1967, passa seis meses nos Estados Unidos e dois meses no Japão, onde realiza cursos de pós-graduação em teleducação. Geninha, que pertence à Academia de Artes e Letras de Pernambuco e à União Brasileira dos Escritores (UBE), Seção de Pernambuco, possui em seu currículo alguns trabalhos publicados na área da educação e da cultura.

No final da década de 30, participa do primeiro filme pernambucano falado: O Coelho Sai, de Firmo Neto (1939). Em 1983 é contratada por Tizuka Yamazaki para fazer a diretora da escola no filme Parahyba Mulher Macho. Conta-se que Tizuka olhou para ela e perguntou: “Você é a Greta Garbo do Nordeste?”. Também atua no filme Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Teixeira (1997) e nos curtas-metragens Nóis Sofre Mais Nóis Goza, de Sandra Ribeiro e Conceição, de Heitor Dhalia, ambos filmados no ano de 2002. Faz sua primeira aparição na televisão em 2004, na novela Da Cor do Pecado, de João Emmanuel Carneiro, produzida pela TV Globo.

Em 2002 comemora 80 anos de idade com uma temporada no Rio de Janeiro, no palco da Casa de Cultura Laura Alvim, com o espetáculo 2 em 1, no qual encena e assina Solilóquios de Yerma, uma adaptação reduzida de Yerma, de Federico Garcia Lorca e O Marido Domado, peça criada especialmente para ela por Ariano Suassuna, inspirada em A Megera Domada, de William Shakespeare.

Considerada um exemplo de dedicação e amor à causa do teatro de Pernambuco, Geninha é homenageada com o espetáculo Geninha 80 Anos? – Não Acredito!, de Fernando de Oliveira, realizado pelo TAP no ano de 2002. Hoje, Geninha da Rosa Borges, com seus 65 anos de carreira, contabiliza uma larga experiência na área da educação e do teatro, razão suficiente para que continue a ser convidada a participar de trabalhos, conferências, leituras de peças, lançamentos de livros, comemorações, homenagens e júris de festivais de teatro, em diversas instituições públicas e privadas. Recebeu várias vezes os prêmios de “Melhor Atriz” e “Melhor Diretora”, e é conhecida como a “Grande Dama do Teatro Pernambucano”.

Saiba mais sobre Geninha da Rosa Borges:

BOTTO, Márcia. Geninha da Rosa Borges: A Dama do Teatro. Recife: Cepe, 1997.
BORGES, Geninha da Rosa. Teatro de Santa Isabel: Nascedouro & Permanência. Recife: Cepe, 1992.
Site do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP) – www.tap.org.br

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