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sexta-feira, 13 de março de 2015

Manifestações a favor da Petrobras se espalham por mais de 20 cidades, diz FUP

Manifestações a favor da Petrobras se espalham por mais de 20 cidades, diz FUP

sexta-feira, 13 de março de 2015

 

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Protestos convocados por sindicatos de petroleiros e movimentos sociais a favor da Petrobras, nesta sexta-feira, acontecem simultaneamente em mais de 20 cidades em todo o Brasil, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), entidade ligada ao PT.

As manifestações ocorrem dois dias antes dos protestos programados contra a presidente Dilma Rousseff, que incluem pedidos de impeachment em meio a um escândalo de corrupção que envolve a Petrobras.

Ainda não há estimativas de quantos manifestantes ocupam as ruas em vários pontos do país.

O coordenador-geral da FUP, João Antonio de Moraes, que está na Avenida Paulista, em São Paulo, afirmou que há cerca de 50 mil pessoas protestando na cidade. A Paulista e ruas próximas foram interditadas.

Segundo sindicalistas petroleiros, não existe a intenção de impactar as operações da Petrobras, muito menos a produção.

O movimento foi convocado por entidades como Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e sindicatos de estudantes, além da FUP.

"Queremos a prisão dos culpados e a devolução do dinheiro", afirmou o diretor da FUP e da executiva nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vitor Carvalho, em referência às investigações que apuram o escândalo de corrupção na estatal, que envolveu empreiteiras, ex-diretores e políticos.

Carvalho disse ainda que os manifestantes são contra o impeachment e querem defender a democracia "reconquistada nas ruas e na luta" após a ditadura militar.

"Nós perdemos três eleições consecutivas e nunca fomos questionar o resultado", afirmou Carvalho, em defesa da presidente Dilma Rousseff.

 

Representante dos funcionários da Petrobras na Bacia de Campos, o Sindicato dos Petroleiros Norte Fluminense (Sindipetro-NF) convocou apenas os trabalhadores de folga, visando evitar impacto na produção. A Bacia de Campos produz mais de 70 por cento do petróleo do país.

Estão marcadas manifestações nos seguintes Estados: Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Brasília, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, Florianópolis, Sergipe, Aracaju, São Paulo, Tocantins e Rio Grande do Sul.

A manifestação na cidade do Rio de Janeiro começou na praça da Cinelândia e deve seguir em direção à sede da Petrobras, às 17h.

Caravanas de ônibus de vários locais do país chegaram ao Rio de Janeiro.

Segundo a FUP, o Sindipetro-NF e outros movimentos sociais lotaram 28 ônibus e 11 vans em Campos, e dois ônibus, um micro ônibus e duas vans em Macaé, para seguir em direção ao Rio.

Cerca de 1.200 policiais foram destacados para acompanhar as manifestações de apoio e contra o governo Dilma Rousseff, nesta sexta-feira e no domingo, segundo o governo do Estado do Rio.

No centro da cidade do Rio, desde de cedo há um contingente policial na região da Cinelândia e nas imediações da sede da Petrobras, no Centro da cidade.

Nesta sexta-feira, nas redes sociais, surgiu uma mensagem de apoio à presidente da república com a hashtag "#DilmaLindaOBrasilTeAma". A mensagem está entre as mais lidas na manhã dessa sexta-feira.

Os sindicatos também defendem um plebiscito constituinte para reformar o sistema político e acabar com o financiamento privado de campanhas, que, segundo eles, causa corrupção. Eles também protestam contra ajustes fiscais que "reduzem e limitam direitos e conquistas dos trabalhadores".

(Por Marta Nogueira; Reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier)

 

 




 

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