Manifestações pelo impeachment de Dilma estão marcadas em ao menos 25 capitais e no DF
Protestos acontecem em pelo menos 150 cidades, incluindo metrópoles no exterior
Do R7, com agências internacionais
Manifestação na Avenida Paulista, em 2014: ato organizado pelas redes sociais pretende mobilizar manifestantes até fora do paísAgência Estado
Pelo menos 150 municípios, incluindo 25 capitais e o Distrito Federal, além de cidades no exterior, serão palco de manifestações que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff neste domingo (15).
Os protestos, convocados pelas redes sociais, prometem reunir atos em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Porto Alegre, Goiânia, Palmas, São Luiz, Goiânia, Vitória, Florianópolis, Manaus, Belém, Cuiabá e Curitiba, entre outras capitais.
Organizadores esperam reunir, só na capital de São Paulo, ao menos 110 mil pessoas, que vão se concentrar na avenida Paulista a partir das 14h. O estado de São Paulo terá ao menos 55 municípios com manifestações marcadas para este domingo.
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A pauta das manifestações pelo País é ampla, divide os organizadores e vai do pedido de afastamento da presidente até o apoio a uma intervenção militar.
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Há vários grupos chamando manifestantes para o protestos pelas redes sociais. Três deles atuam pelo Facebook — "Vem pra Rua", "Revoltados On Line" e "Movimento Brasil Livre" — e somam mais de 1 milhão de seguidores. São os principais artculadores e têm postado regularmente mensagens conclamando cidadãos às manifestações. Os grupos que divulgam a agenda dos atos contra a presidente tratam o domingo como um ponto de partida para novos protestos pedindo a saída de Dilma Rousseff.
Nas rede sociais, menções à presidente aumentaram desde a sexta-feira (6), após a divulgação da lista dos políticos investigados na operação Lava Jato.
Na segunda-feira (9), elas se intensificaram um dia depois de outra manifestação contra o governo: o panelaço que ocorreu durante pronunciamento de Dilma pelo Dia da Mulher.
Na última sexta-feira (13), no entanto, foram organizados atos de apoio à presidente nas 26 capitais do pais. Em São Paulo, manifestantes pró-Dilma tomaram ruas no centro de São Paulo. O ato organizado por sindicatos e movimentos sociais teria mobilizado segundo a Polícia Militar 12 mil pessoas. Manifestantes falavam em 100 mil. Levantamento feito pelo instituto Datafolha apontou a participação de 41 mil pessoas.
Rio: protestos em Copacabana e no centro
No Rio de Janeiro, dois atos contra a presidente Dilma Rousseff são esperados neste domingo (15). Pela manhã, um grupo planeja se concentrar na praia de Copacabana, na altura do posto 5. À tarde, a concentração acontece às 14h na Candelária.
A principal reivindicação dos manifestantes é a saída de Dilma do cargo, por impeachment ou renúncia voluntária. O movimento foi articulado pelas redes sociais e defende atos pacíficos.
Grupos esperam reunir 40 mil em BH
Um dos símbolos da região centro-sul de Belo Horizonte, a praça da Liberdade será o reduto de grupos que protestam contra a presidente Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores neste domingo (15).
Duas mobilizações, às 9h30 e às 15h, foram convocadas por cinco grupos e ganharam adesões pelas redes sociais nas últimas semanas. A organização dos movimentos Vem Pra Rua, Brava Gente, Patriotas, Revoltados Online, que se reúnem às 9h30 para criticar o governo, alcançou 30 mil confirmações no Facebook. Existe até uma cartilha feita em BH por lojistas que indica como os manifestantes devem se comportar nos atos.
Comerciantes do entorno da praça apontam o medo de tumultos. Bancos na avenida João Pinheiro instalaram tapumes nas fachadas e os museus do Circuito Cultural Banco do Brasil não devem abrir ao público. A PM colocou 15 mil policiais à disposição para coibir confrontos.
Os grupos garantem que são apartidários e que não aceitam propostas de golpe militar, mas receberam o aval de partidos de oposição, como o PSDB, DEM e Solidariedade para irem às ruas.
Esquema de segurança reforçado em Brasília
A Polícia Militar do Distrito Federal e outras forças de segurança prepararam durante a semana, um esquema de reforço de policiamento para a manifestação prevista para a manhã deste domingo (15), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Pela internet, grupos que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff marcaram a mobilização para diversas capitais do país.
A Polícia informa que serão feitas revistas pessoais no acesso à Esplanada dos Ministérios e que não será permitido porte de garrafas, fogos de artifício, material de suporte para bandeiras e máscaras
A manifestação marcada para este domingo (15) na Esplanada dos Ministérios vai provocar alterações no trânsito na área central de Brasília. A Secretaria de Segurança do DF informa que, a partir das 6h, as vias S1 e N1 estarão fechadas da rodoviária até o Palácio do Planalto.
O acesso à Esplanada será feito pelas vias S2, que passa atrás dos ministérios da parte Sul e pela N2, que passa atrás dos ministérios da parte norte. Os estacionamentos destas vias podem ser usados por manifestantes que vão aderir ao movimento.
Protestos em cidades no exterior
Fora do Brasil há protestos marcados em cidades como Miami e San Francisco (EUA), Toronto (Canadá), Buenos Aires (Argentina), Lima (Peru), Londres (Inglaterra), Lisboa (Portugal) e Sydney (Austrália).
As manifestações também forma organizadas pelas redes sociais e pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que neste sábado (14), via Facebook, pediu para que os cidadãos protestes "sem violência".
Ministro: "Brasil vive intensamente sua democracia"
Na véspera do dia marcado para ocorrerem manifestações contra o governo em vários estados do país, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, disse que os protestos são legítimos e que o Brasil vive " intensamente a sua democracia".
Em entrevista transmitida neste sábado (14) pelo Repórter Brasil, telejornal da TV Brasil, Rossetto ressaltou que todas as pessoas têm direito de manifestar suas opiniões, favoráveis ou contrárias ao governo. "O Brasil vive intensamente a sua democracia e isso é bom, uma democracia viva, onde todas as pessoas, os movimentos, as organizações têm direito a opinião e manifestação. Portanto, manifestações pacíficas, contrárias ou favoráveis ao governo, ou aos governos, são legítimas", disse o ministro, que é responsável pela articulação do Palácio do Planalto com os movimentos sociais. Rossetto destacou ainda o caráter pacífico dos atos organizados ontem (13) por centrais sindicais, entidades estudantis e movimentos sociais, que levaram milhares de pessoas às ruas em 25 capitais do país em defesa da Petrobras, da democracia e contra as medidas do ajuste fiscal anunciado pelo governo. "O caráter pacífico de todas as manifestações, que foram grandes, nacionais, em todas as principais capitais, nos traz satisfação", disse Rossetto
Aécio grava vídeo de apoio
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), divulgou,nesta sexta-feira (13), nas redes sociais, um vídeo conclamando as pessoas a irem para as ruas neste domingo (15) defenderem "a democracia e o Brasil".
"O próximo domingo será lembrado como o dia da democracia, o dia em que os brasileiros acordaram e foram às ruas para dizer chega de tanta corrupção, incompetência e mentira", diz Aécio no vídeo, complementando que "a rua é do povo como o céu é do avião". Ele pede que todos convidem os amigos e familiares para a manifestação.
Apesar de convocar as pessoas a protestar, Aécio afirmou que não deve participar do movimento. Ele teria medo de receber críticas por incentivar uma espécie de "3º turno" da eleição.
Nesta quarta-feira (11), em reunião da Executiva Nacional, o PSDB oficializou seu apoio às manifestações contra Dilma, mas decidiu não endossar explicitamente uma das principais bandeiras dos atos: o pedido de impeachment da presidente.
Assista reportagem do Jornal da Record, mostrando o esquema de segurança em Brasília para o domingo de manifestações pelo impeachment da presidente Dilma:
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