Konstantinos - Uranus

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

KRAFTWERK new song 2011 "Music international"

KRAFTWERK new song 2012 "Musique Electronique"

Kraftwerk - Aero Dynamik (live) [HD]

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A Grande Questão A inteligência artificial está melhorando ou está tomando conta da nossa vida?

A Grande Questão

A inteligência artificial está melhorando ou está tomando conta da nossa vida?
The New York Times

Este artigo faz parte do especial Ano em transformações do "The New York Times News Service & Syndicate" que o UOL publica exclusivamente no Brasil. Ao final desta página você encontrará outros artigos relacionados a esse especial.
http://www.uol/noticias/especiais/nyt-retrospectiva-a-grande-questao.htm#tematico



A inteligência artificial está melhorando ou tomando conta da nossa vida? De carros autônomos a robôs inteligentes, passando por drones e computadores campeões de xadrez, será que a tecnologia está tornando nossa vida mais interessante, conveniente e segura? Ou será que está evoluindo mais rápido do que podemos assimilar?

Garry Kasparov, Nnedi Okorafor, Faith Popcorn, Shauna Mei, Neil Harbisson, Joi Ito e Susan Bennett comentam o impacto da IA em todos nós.
The New York Times
Por Garry Kasparov

As máquinas vêm substituindo o ser humano desde que a primeira foi inventada, há milhares de anos – e, logo no dia seguinte, provavelmente já gerou empregos, quando três pessoas tiveram de consertá-la. Somos adaptáveis. E criativos. Usamos máquinas para fazer coisas novas, resolver problemas novos e criar setores que nem tínhamos imaginado. O alarmismo é fácil e natural; vemos o que está sendo perdido, mas não enxergamos as coisas novas até o momento em que elas chegam.
Do que aprendi com as partidas de xadrez que disputei contra o computador Deep Blue da IBM, vinte anos atrás, nós sempre vamos encontrar uma forma de construir máquinas que imitem nosso desempenho. E embora o ser humano continue a jogar xadrez, várias profissões vão continuar se tornando obsoletas conforme as máquinas forem se tornando mais capazes. A boa notícia é que os equipamentos inteligentes também nos libertam do trabalho tedioso, permitindo-nos mais criatividade e ambição – apesar, é claro, de que a liberdade de uns ser o desemprego de outros, pelo menos em curto prazo.

A ambição é essencial para nos mantermos à frente da automatização e é isso que me preocupa muito mais do que robôs assassinos. Os enormes aumentos de produtividade que as máquinas possibilitam devem ser investidos agressivamente, e não desperdiçados. Somos muito bons de ensinar os robôs a cumprirem nossas antigas obrigações, ou seja, a solução é continuar a inventar máquinas novas. A única segurança da raça humana é continuar promovendo o novo e o desconhecido.

(Garry Kasparov é o diretor da Human Rights Foundation e ex-campeão mundial de xadrez. Seu livro, “Deep Thinking”, fala da relação homem-máquina e será publicado pela "Public Affairs" em março/abril de 2017.)

Anya Okorafor-Mbachu/The New York Times
Por Nnedi Okorafor

Quando contemplo o futuro impacto da inteligência artificial na humanidade, o que me vem à mente são as estradas africanas. Robôs humanoides gigantes, de produção local, já estão policiando as ruas de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Com quase 2,5 m, movidos a energia solar, ficam parados no meio dos principais cruzamentos, onde mantêm o tráfego fluindo e os motoristas e pedestres seguros.

Criados por Thérèse Izay Kirongozi, engenheira da cidade, as máquinas têm a parte superior do "corpo" rotativa, o que lhes permite fazer o trabalho de quatro semáforos. Também estão equipadas com câmeras que registram e monitoram os motoristas. Esses guardas de trânsito robóticos trabalham em tempo integral e são queridos pela população local (sem contar que não aceitam propina).
Já se fala em levá-los para outros cruzamentos de outras cidades africanas. Uma vez que forem instalados em cidades de trânsito congestionado como Lagos e Cairo, a próxima etapa lógica será melhorá-los com inteligência artificial para poderem cumprir suas tarefas complexas ainda melhor. As ruas das grandes metrópoles do continente ficarão livres, abrindo caminho para a eficiência em uma escala mais abrangente.

(Nnedi Okorafor é escritora de ficção científica e fantasia. Seu romance juvenil, “Akata Witch 2: Akata Warrior”, sai no segundo semestre de 2017.)
Victor Jeffreys III/The New York Times
Por Faith Popcorn

Sim, é possível que milhares de pessoas sejam substituídas por robôs: segundo a Universidade de Oxford, 47%o dos trabalhadores norte-americanos perderão o emprego para a automatização nas duas próximas décadas. Pepper, o robô humanoide, está roubando o emprego das recepcionistas; o serviço de inteligência artificial Brain.fm está compondo a música que nossos atletas olímpicos ouvem enquanto treinam; o programa Quill está escrevendo notícias financeiras. Uma renda mínima garantida será instaurada nos EUA em breve, quando os salários forem coisa do passado.

Porém, ao mesmo tempo, o reconhecimento de voz e o software de transcrição nos permitirão falar, e não escrever, nossos Grandes Romances Norte-Americanos. Aplicativos de tradução estão a ponto de fazer fluir as conversas em tempo real ao redor do mundo. Watson, o supercomputador da IBM, pode ter salvado a vida de uma mulher em Tóquio, descobrindo seu tipo raro de leucemia quando os médicos não conseguiram fazê-lo. Robôs como Robear (um robô cuidador/enfermeiro com cara de urso) ajudarão a aliviar a solidão quando nossa perspectiva de vida espichar para os 150 anos. Com a mente livre do tédio e dificuldade do trabalho, talvez consigamos elevar o nível de nossa sociedade e aproveitar uma nova Era Dourada. Estou dentro.

(Faith Popcorn é futurista, escritora e CEO da consultoria estratégica Brain Reserve.)
Marcos Fecchino/The New York Times
Por Shauna Mei

Quando compramos roupa, pensamos no tamanho, no preço e na cor, mas outros fatores são igualmente importantes: o estilo, a sensação e o caimento no corpo e o impacto de sua produção na economia local. Esses elementos devem ser definidos por um ser humano.
A inteligência artificial melhora esse julgamento; aprende seu “estilo”, sua propensão em relação ao “consumo consciente” e seus hábitos de compra para então escolher itens específicos de um catálogo com uma eficiência que você jamais teria. Esse filtro prevê suas compras muito melhor do que as recomendações de qualquer stylist, por mais experiente que seja.

No AHAlife.com, começamos a usar algoritmos para nos auxiliar com dois comportamentos de previsão: mostrando os produtos certos ao cliente antes mesmo que ele saiba que os quer e fornecendo a cópia correta para encorajá-lo a comprar. No mundo novo das "compras de descobertas" on-line, mesmo quando suas preferências guiam sua procura, as escolhas são muito amplas. A inteligência artificial com um toque humano o ajuda a ganhar tempo e fazer compras mais coerentes.
(Shauna Mei é CEO e fundadora da AHALife, portal de venda de produtos selecionados.)

Hector Adalid/The New York Times
Por Neil Harbisson

Não acho que as máquinas terão interesse em nos matar ou destruir; não seria inteligente – e, aliás, o ser humano já sabe fazer isso. Evitar a morte por robôs, porém, não é a nossa única preocupação, agora que a inteligência artificial começa a despontar. Se não queremos que a tecnologia seja mais inteligente que nós, então os humanos precisam se tornar mais tecnologia. Se nos transformarmos em ciborgues, poderemos evoluir na mesma proporção que nossos correspondentes tecnológicos. Adicionando sentidos artificiais ao nosso corpo, poderemos aumentar a nossa percepção da realidade, adquirir mais conhecimento e nos tornarmos mais inteligentes.
Somos a primeira geração que pode realmente decidir o que quer ser enquanto espécie. Podemos acrescentar novos sentidos e órgãos para aumentar a capacidade do nosso corpo de vivenciar o mundo. Podemos, de fato, nos reprojetarmos. Nosso passo evolucionário atual é a fusão com a tecnologia e, assim, tomar parte ativa no nascimento da nossa própria versão futura.

(Neil Harbisson é um artista britânico e ativista ciborgue. Daltônico, tem uma antena implantada no crânio que o permite estender sua percepção de cores além do espectro visual.)
Mizuka Ito/The New York Times
Por Joi Ito

Grande parte das pesquisas sobre inteligência artificial (IA) hoje se concentra no aprendizado das máquinas, ou seja, os engenheiros as “treinam” para aumentar a inteligência coletiva de nossos governos, mercados e sociedades. Essa versão “estendida” (IE) provavelmente se tornará a forma dominante. Só que há um problema: os algoritmos que a criam são treinados por humanos e, consequentemente, podem propagar as mesmas tendenciosidades que atingem a sociedade, perpetuando-as sob a ilusão de "inteligência". Veja, por exemplo, os algoritmos de previsão de policiamento usados para determinar quais os bairros devem ser mais vigiados por causa das atividades criminais, ou quem deve ser classificado como terrorista. A menos que usemos uma base ética e moral, a tecnologia que deveria melhorar o nosso bem-estar, pode, de fato, ampliar os piores aspectos de nossa sociedade.

O uso bem-intencionado de tecnologias em desenvolvimento pode dar errado. Em 2003, fui um dos autores de um trabalho que previa que uma internet aberta teria um papel significativo na democratização das sociedades e na instauração da paz. Mais tarde, nos primórdios da Primavera Árabe, a impressão foi a de que a rede tinha, de fato, ajudado a começar o levante – mas conforme ela se torna um espaço cada vez mais tomado pelo preconceito e pela trollagem maliciosa, além de se tornar plataforma para organizações como o Estado Islâmico avançarem sua onda de ódio, fico imaginando o que foi que deu errado. Tenho o mesmo tipo de preocupação em relação ao desenvolvimento e uso da IE.

É absolutamente essencial desenvolver um modelo de evolução para o desenvolvimento de nossa ética, governo, sistema educacional e mídia na era da inteligência da máquina. Temos de dar início a uma discussão mais ampla e mais profunda sobre como a sociedade se desenvolverá junto com essa tecnologia, bem como montar um novo tipo de ciência da computação que seja não só "inteligente", mas também responsável socialmente. Se permitirmos que a IE se desenvolva sem um direcionamento cuidadoso da forma como se integra e afeta a sociedade, ela pode ampliar tendências e entidades perigosas. E talvez percebamos isso só quando for tarde demais.

(Joi Ito é o diretor do Media Lab do MIT, laboratório de pesquisas dedicado à integração da tecnologia com a arte e o design.)
Tyrone Myrick/The New York Times

Por Susan Bennett

Parece que não temos de usar o cérebro tanto quanto antes. Qualquer um de nossos dispositivos digitais pode nos fornecer a informação que antigamente nos teria exigido pesquisa, a leitura de livros... usar o computador que temos na cabeça. Será que o cérebro atrofia da mesma forma que o músculo que não é usado? Enquanto as máquinas estão ficando mais inteligentes, será que não está acontecendo o contrário conosco?

Se os robôs não forem programados com emoções humanas, teremos então novas criaturas inteligentes que não odiarão umas às outras por causa de raça, credo ou religião, coisa que os humanos parecem incapazes de fazer nos seis mil anos que o homem dito civilizado está no planeta – mas será que conseguirá criar arte, música, literatura, comédia?

Estamos prestes a descobrir isso nos próximos anos. Talvez a IA substitua os humanos e a Siri nos leve tranquilamente para o mar. Sorte que o comando não será o meu, pois, desde o i0S7, a Apple mudou as vozes originais da Siri no mundo todo. Quem sabe seja a do Morgan Freeman?
(Susan Bennett é atriz, dubladora e, em 2011, se tornou a voz original do Siri no iPhone da Apple.)

George Michael morre por insuficiência cardíaca aos 53 anos, diz site

George Michael (Foto: Leon Neal / AFP)


George Michael morre por insuficiência cardíaca aos 53 anos, diz site

Michael Lippman revelou a causa da morte ao site "The Hollywood Reporter". O artista morreu em casa, na Inglaterra, no dia de Natal.

Lucinei Acosta

Do EGO, no Rio
 
O cantor George Michael morreu neste domingo de Natal, 25, aos 53 anos por insuficiência cardíaca. Michael Lippman, representante e amigo de longa data do artista, informou a causa da morte ao site "The Hollywood Reporter". Lipmann também informou que a morte ocorreu "pacificamente" enquanto ele dormia em casa, no condado de Oxfordshire, na Inglaterra.
"É com grande tristeza que confirmamos que nosso amado filho, irmão e amigo George morreu em paz e em casa durante o Natal. A família pede que sua privacidade seja respeitada neste momento difícil e emocional. Não haverá mais nenhum comentário sobre o assunto", informou o representante.

Trajetória musical

Michael, cujo nome real era Georgios Kyriacos Panayiotou, nasceu em 25 de junho de 1963 em East Finchley, norte de Londres. Filho de um restaurateur com uma bailarina, teve seu primeiro contato com a música trabalhando como DJ em pequenos clubes.
Já na adolescência, se interessou pela música e começou a tocar ska com o amigo de escola Andrew Ridgeley. Na primeira metade dos anos 1980, os dois criaram o duo pop Wham!, que daria o pontapé inicial na carreira de George Michael, com hits como "Young Guns", "Wake Me Up Before You Go-Go" e "Careless Whisper". Eles seguiram a parceria até 1986, vendendo mais de 25 milhões de discos.

Michael decidiu seguir carreira solo quando a banda Wham! ainda estava no auge do sucesso internacional. Em 1987, lançou "Faith", seu primeiro disco solo, que tinha ainda hits como "Father Figure" e "Kissing a Fool". Os videclipes do álbum exploravam a sensualidade e foram responsáveis por tornar Michael como um sex symbol dos anos 1980.

Ao longo de suas quatro décadas de carreira, chegou a vender mais de cem milhões de discos. Entre as premiações, levou três Brit Awards e duas vezes o Grammy. Recentemente ele chegou a anunciar que estava trabalhando em um novo álbum com o produtor e compositor Naughty Boy. Em março de 2017, planejava lançar um documentário batizado de "Freedom".

Vida pessoal polêmica

George Michael foi conhecido pelos excessos, com prisões por porte de drogas e por atentado ao pudor em um banheiro público de um parque de Los Angeles em 1998. O fato acabou com a especulação e o obrigou a declarar publicamente sua homossexualidade e criou a música "Jesus to a Child" em homenagem ao estilista brasileiro e seu namorado Anselmo Feleppa, que morreu de Aids. Mas, antes disso, teve namoros com mulheres como atriz Brooke Shields do filme "A Lagoa Azul".
Sempre que possível, manifestou suas críticas à então primeira ministra britânica Margareth Tatcher, ao primeiro-ministro britânico Tony Blair e ao então presidente dos Estados Unidos, George Bush. Por causa de seu posicionamento político, começou a ser boicotado pelos jornais norte-americanos de direita.

Michael voltou a estampar as capas de jornais e revistas quando em 2006 foi detido pela Polícia londrina dormido ao volante de seu BMW em estado de embriaguez, supostamente agravado por consumo de maconha.
Em 2008 anunciou sua intenção de deixar de fazer shows e se afastar da vida pública, mas somente um mês depois voltava a estar de novo no foco da mídia, ao ser detido por posse de cocaína e outras substâncias.


Em 2010, Michael recebeu uma sentença de oito semanas de prisão por um incidente no qual bateu seu Range Rover contra uma loja no norte de Londres.
Em 2011, Michael foi forçado a cancelar uma série de shows para tratar uma pneumonia. Segundo a BBC, o cantor chegou a ser submetido a uma traqueostomia para conseguir respirar e chegou a ficar inconsciente durante sua estada no hospital. Voltou a estar internado 18 meses depois por causa de uma lesão na cabeça provocada durante um estranho incidente em uma estrada britânica no qual caiu do veículo no qual circulava.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Preços da gasolina e do diesel sobem pela 3ª semana consecutiva, aponta ANP

Funcionário abastece veículo em posto de combustíveis em São Paulo, Brasil
08/11/2016 REUTERS/Paulo Whitaker

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os preços da gasolina e do diesel vendidos nos postos do Brasil subiram pela terceira semana consecutiva, após a Petrobras elevar no início do mês os preços nas refinarias, apontou nesta sexta-feira pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Entre 18 e 24 de dezembro, a gasolina na bomba subiu 0,45 por cento, para 3,759 reais/litros em média, após ter avançado 1,38 por cento na semana anterior.

Já o preço médio do diesel avançou 0,43 por cento, para 3,038 reais/litros após avanço de 1,41 por cento na semana anterior.

A Petrobras elevou, no dia 6 de dezembro, os preços do diesel nas refinarias em 9,5 por cento e da gasolina em 8,1 por cento, em média.

Desde que a nova política de preços da petroleira passou a vigorar, em outubro, a Petrobras elevou os valores uma vez e reduziu em duas oportunidades. Mas as reduções não chegaram às bombas, com os agentes do mercado melhorando margens.

Os preços dos combustíveis fósseis nas refinarias estão sujeitos a alterações mais frequentes com a nova política de preços da estatal.

(Por Marta Nogueira)

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Conselho de Segurança da ONU exige fim de assentamentos israelenses; EUA se abstém

Construção em assentamento israelense de Beitar Ilit.  22/12/2016. REUTERS/Baz Ratner

Por Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Os Estados Unidos permitiram nesta sexta-feira que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas adotasse uma resolução exigindo um fim para os assentamentos israelenses, desafiando assim a pressão do presidente eleito Donald Trump, de Israel e de parlamentares norte-americanos que fizeram um apelo para que Washington exercesse o seu poder de veto.

A abstenção dos EUA abriu o caminho para que o conselho de 15 membros aprovasse a resolução com 14 votos a favor, provocando aplausos.

A ação do governo de Barack Obama rompeu com a longa atitude norte-americana de proteger Israel, aliado antigo de Washington que recebe mais de 3 bilhões de dólares em ajuda militar anual dos EUA. Os EUA, junto com Rússia, França, Reino Unido e China, têm poder de veto no conselho.

A resolução, apresentada por Nova Zelândia, Malásia, Venezuela e Senegal, um dia depois de o Egito retirá-la por causa da pressão de Israel e Trump, foi a primeira a ser adotada pelo conselho sobre o tema dos israelenses e palestinos em quase oito anos.

Israel e Trump pediram para que o governo Obama vetasse a medida. Trump escreveu no Twitter depois da votação: “Sobre as Nações Unidas, as coisas serão diferentes depois de 20 de janeiro”. Ele fez referência ao dia em que toma posse no lugar de Obama.

Samantha Power, a embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, disse: “É por essa resolução refletir os fatos no local e ser consistente com a política dos EUA em governos republicano e democrata que os EUA não a vetam”.

“É por esse fórum ser com muita frequência parcial contra Israel, por haver importantes temas que não são tratados de forma suficiente nessa resolução e pelos EUA não concordarem com cada palavra nesse texto, que os EUA não votam a favor”, acrescentou.

A abstenção foi vista como uma palavra final de Obama, que manteve uma relação difícil com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e que fez dos assentamentos um alvo importante de esforços de paz que acabaram se provando inúteis.  A resolução exige que Israel “imediatamente e completamente termine com todas as atividades de assentamento no território ocupado palestino, incluindo o leste de Jerusalém” e diz que o estabelecimento de assentamentos por Israel “não tem validade legal e constitui uma violação flagrante sob a lei internacional”.

Os palestinos querem um Estado independente na Cisjordânia, Gaza e leste de Jerusalém, áreas capturadas por Israel na guerra de 1967.

A ação das Nações Unidas foi “um grande golpe para a política israelense, uma condenação internacional unânime aos assentamentos e um apoio forte para a solução dos dois Estados”, disse um porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em comunicado publicado na Wafa, agência oficial de notícias palestina.

Israel contesta que os assentamentos sejam ilegais e diz que o status final deve ser determinado nas negociações sobre o Estado palestino.

A aprovação da resolução não muda nada na prática entre israelenses e palestinos e provavelmente será ignorada pelo governo de Trump.

No entanto, ela é mais do que algo meramente simbólico. A resolução consagra formalmente a desaprovação da comunidade internacional em relação à construção de assentamentos e pode incentivar mais medidas palestinas contra Israel em fóruns internacionais.

"Era para ser esperado que o maior aliado de Israel agisse de acordo com os valores que compartilhamos, e que eles vetassem essa resolução lamentável. Eu não tenho dúvidas de que o novo governo dos EUA e o próximo secretário-geral das Nações Unidas vão iniciar uma nova era em termos de relação das Nações Unidas com Israel”, afirmou o embaixador israelense na ONU, Danny Danon, após a votação.

Segundo uma declaração do gabinete de Benjamin Netanyahu, Israel não vai cumprir com os termos da resolução. "Israel rejeita essa vergonhosa resolução anti-Israel da ONU e não irá cumprir seus termos", disse o comunicado.

(Reportagem adicional de Maayan Lubell em Jerusalém, Susan Heavey em Washington, Matt Spetalnick em Nova York e Ali Sawafta em Ramallah)
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Temer anuncia redução de juros do cartão de crédito e saque de contas inativas do FGTS/Governo propõe mudar CLT para prevalecer negociações coletivas em 12 pontos

 Presidente Michel Temer durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília

20/12/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer anunciou nesta quinta-feira que os trabalhadores poderão sacar recursos integrais de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com potencial para injetar 30 bilhões de reais na economia, e que os juros do cartão de crédito serão reduzidos em mais de 50 por cento.

Segundo Temer, que participou de café da manhã com jornalistas em Brasília, cerca de 86 por cento das contas inativas do FGTS têm saldo inferior a um salário mínimo, ou 880 reais.

Por isso, acrescentou ele, a retirada desses recursos não coloca em risco a solidez do FGTS.

A medida é mais uma tentativa do governo de estimular a economia, que está em recessão desde 2015 e ainda não deu sinais consistentes de recuperação, em meio a baixa confiança dos agentes econômicos.

Temer também anunciou a redução em mais de 50 por cento nos juros rotativos do cartão de crédito e parcelamento dos inadimplentes nesta modalidade de crédito. Hoje, os juros nos cartões de crédito ultrapassam 400 por cento ao ano.

"No primeiro trimestre haverá redução de mais da metade dos juros cobrados no cartão de crédito", afirmou o presidente, acrescentando que, em seguida, haverá parcelamento daqueles que não pagaram e este parcelamento ainda receberá juros inferiores.

Questionado por jornalistas se o governo não estaria intervindo nos bancos ao anunciar a redução dos juros dos cartões de crédito, Temer negou. Garantiu que a queda dos juros foi acertada em negociações entre o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles; o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e as instituições financeiras.

“Isso está sendo feito com contatos com os bancos. É uma coisa acordada. Não há nenhuma intervenção, nem administrativa nem legislativa”.

De acordo com Meirelles, que também participou do encontro, a limitação do crédito rotativo a 30 dias, assim como outras medidas que vão facilitar a operacionalidade dos cartões, permitirão que os bancos tenham capacidade de cortar os juros.
“Não é uma medida oficial, como no passado, em que se cortava para depois voltar. Isso é um início de um processo de queda sustentável”, disse o ministro.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)




Governo propõe mudar CLT para prevalecer negociações coletivas em 12 pontos

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal divulgou nesta quinta-feira proposta de minirreforma trabalhista com 12 pontos da Convenção Coletiva de Trabalho (CLT) que poderão passar a ser negociados, incluindo jornada de trabalho, respeitando os limites atuais, parcelamento do gozo de férias, banco de horas e participação nos lucros.

"Listamos 12 itens em que será possível valorizar as negociações coletivas", disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. O pacote, que será enviado ao Congresso por projeto de lei, prevê negociação para cumprimento da jornada de trabalho. Segundo Padilha, serão mantidos os limites de 44 horas semanais, 220 mensais e no máximo 12 horas diárias, sendo duas extras.

O projeto também define pontos que não podem ser negociados, incluindo o pagamento do FGTS, 13º salário, seguro-desemprego e salário-família, que são benefícios previdenciários. Também ficam de fora o pagamento da hora-extra de 50 por cento acima da hora normal, a licença-maternidade de 120 dias, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço.

A proposta também estende o prazo para trabalho temporário, de 90 para 120 dias, renovável pelo mesmo período, mantendo os direitos de trabalhadores regulares. Essa opção, no entanto, não poderá ser aplicado a trabalhadores domésticos.

Outra mudança é o aumento da chamada jornada parcial, com opção de 30 horas semanais, sem horas extras, ou 26 horas, com até seis horas extras. Segundo o governo, as mudanças aumentam a possibilidade de novas contratações, em regimes diversos.

De acordo com Padilha, a expectativa do governo é que o projeto seja aprovado pelo Congresso no prazo de 45 a 60 dias, já que foi previamente negociado com as centrais sindicais e as confederações de empresários.

SEGURO DO EMPREGO   O governo apresentou também o Programa de Seguro do Emprego, uma renovação de programa semelhante lançado pela ex-presidente Dilma Rousseff no início do ano e que vence este mês. Estendido por Medida Provisória, o programa mantém possibilidade de redução de 30 por cento da jornada, com redução equivalente do salário do trabalhador, por seis meses, renovável por períodos similares, por até dois anos.

Também se mantém a compensação dada pelo governo de 50 por cento da perda salarial, limitada a 65 por cento do valor máximo do seguro-desemprego.

O texto define ainda que a empresa que aderir ao PSE ficará proibida de dispensar arbitrariamente ou sem justa causa empregados que tiverem jornada temporariamente reduzida enquanto vigorar a adesão ao programa.

O programa foi prorrogado por dois anos e a principal diferença em relação à versão anterior é a inclusão das micro e pequenas empresas no grupo que poderá ser beneficiado.
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A DIVA Maria Di Lorena desfruta as belezas da cidade Londres








Uma das alunas mais belas e fashion do 2º Ano médio ( Performance) Maria Di Lorenna  já se encontra em Londres onde irá passar as festividades de fim de ano. Encantada com as maravilhas da cidade de Londres mais conhecida como The Square Mile. Lady DI promete  aproveitar tudo de bom que a cidade pode oferecer aos seu visitantes principalmente seus centros culturais. Para quem não conhece Lady Di é uma garota muto intelectualizada e exigente e ver a sua passagem pela cidade e também pela cidade de Paris como uma experiência gratificante que só uma Diva digna como Lady DI poderá aproveitar e que será inesquecível em sua vida. Aproveite o máximo garota!!!!.

acima observe as primeiras fotos da Diva encantada com a cidade de Londres no hotel que está hospedada. Não é que a garota lembra a Diva Audrey Hepburn ( My Fair Lady). Alarcon

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BEM VINDO A NOSSA ESCOLA

Nosso objetivo é formar cidadãos, desenvolvendo neles o senso crítico, de justiça, solidariedade e consciência dos seus direitos e deveres, para atuarem como agentes transformadores de progresso e desenvolvimento sustentável do nosso País.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

Nossa proposta pedagógica fundamenta-se na preparação do educando, integrando-o na sociedade como um agente capaz de transformar o meio em que vive, aprendendo a conviver com a crítica, a reflexão e a responsabilidade, tornando-o capaz de respeitar à si, ao meio ambiente e ao seu próximo, realizando assim o exercício de cidadania.
Acreditamos que a escola possui não apenas o dever de transmitir ao educando, conhecimentos que facilitem e o deixe apto para uma futura profissão, mas prepará-los para o exercício pleno da cidadania, sendo agentes de transformação com consciência crítica dos seus direitos e deveres, levando para fora do âmbito escolar seus conhecimentos, transformando lentamente o meio em que vivem até que todos consigam ser atingidos.
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Moro aceita nova denúncia e Lula vira réu na Justiça pela quinta vez

Moro aceita nova denúncia e Lula vira réu na Justiça pela quinta vez

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

 Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 28/03/2016.   REUTERS/Paulo Whitaker


(Reuters) - O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta segunda-feira mais uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desta vez em um caso que envolve um terreno que seria destinado ao Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo do Campo, tornando o petista réu pela quinta vez em diferentes ações que tramitam na Justiça.

Além de Lula, também se tornam réus na ação o ex-ministro Antonio Palocci, o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht e a ex-primeira-dama Marisa Letícia, entre outros acusados de envolvimento em um esquema criminoso que consistiria no pagamento de vantagens indevidas pela Odebrecht em troca de favores de agentes políticos junto a Petrobras.   m nota, a defesa de Lula afirma que nem o ex-presidente nem a ex-primeira-dama se beneficiaram dos imóveis citados na denúncia ou receberam vantagens indevidas por conta de contratos na Petrobras. O advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Lula, diz que a decisão de Moro de receber a denúncia confirma a intenção de agentes de Estado de perseguir Lula.

"O que se observa é a ânsia desmesurada e crescente de prover acusações a Lula em tempo recorde", disse o advogado na nota.

"Não houve qualquer investigação isenta, mas uma sequência de fatos produzidos para sustentar a abertura de inúmeros procedimentos frívolos e sem materialidade contra Lula, com o único intuito de impedir o sucesso de suas atividades políticas. A retaliação e a vingança também orientaram essa nova ação."

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)


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Embaixador russo na Turquia é morto a tiros em galeria de Ancara

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
 Embaixador russo na Turquia, Andrei Karlov, no chão após ser morto a tiros por homem armado em galeria de Ancara. 19/12/2016 Hasim Kilic/Hurriyet via REUTERS

Por Tuvan Gumrukcu e Umit Bektas

ANCARA (Reuters) - O embaixador russo na Turquia foi morto a tiros pelas costas quando fazia um discurso em uma galeria de arte de Ancara nesta segunda-feira por um policial fora de serviço que gritou “não esqueçam Aleppo” e “Allahu Akbar” ao abrir fogo.

O Ministério das Relações Exteriores russo confirmou a morte do enviado Andrei Karlov, descrevendo o fato como um “ato terrorista”. As relações entre Moscou e Ancara estão tensas há algum tempo por conta do conflito na Síria, com os dois países apoiando lados opostos na guerra.

A Rússia é aliada do presidente sírio, Bashar al-Assad, e os ataques russos ajudaram as forças sírias a terminar com a resistência rebelde na cidade de Aleppo na semana passada. A Turquia, que há muito busca a saída de Assad, vem reparando os seus laços com Moscou depois de ter derrubado um avião russo na Síria no ano passado.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que o assassinato do embaixador era uma provocação para tentar minar os laços Rússia-Turquia e desviar as tentativas de Moscou para alcançar, junto ao Irã e Turquia, uma solução para a crise na Síria.

Putin, em comentários transmitidos pela televisão durante reunião especial no Kremlin, ordenou que a segurança nas embaixadas russas ao redor do mundo fosse intensificada e disse que queria saber quem havia "dirigido" as mãos do atirador.

O presidente turco, Tayyip Erdogan, disse, após conversa com Putin, que ambos concordaram que o assassinato era um ato de provocação por parte de pessoas interessadas em prejudicar as relações entre os países.

De acordo com o prefeito de Ancara, o homem responsável pelo ataque era um policial. Duas fontes da área de segurança afirmaram à Reuters que ele não estava a serviço na ocasião.

O agressor estava bem-vestido, com terno preto e gravata, e se posicionou sozinho atrás do embaixador quando ele fazia o discurso na exposição artística, disse à Reuters uma pessoa que presenciou o ocorrido. “Ele sacou a arma e atirou no embaixador por trás. Nós o vimos deitado no chão e então corremos”, afirmou a testemunha, que pediu para não ser identificada. As pessoas se esconderam em salas próximas enquanto os tiros continuavam.

Um vídeo mostrou o agressor gritando: “Não esqueçam Aleppo, não esqueçam a Síria!” e também “Allahu Akbar” (Deus é o maior). Ele andava e gritava balançando uma mão no ar e segurando a arma com a outra.

Um cinegrafista da Reuters no local disse que os tiros continuaram por algum tempo depois do ataque. A agência de notícias turca Anadolu disse que o atirador havia sido “neutralizado”, aparentemente morto.

"Nós consideramos isso como um ato terrorista”, disse Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo. “O terrorismo não vai vencer, e nós vamos lutar contra ele de forma decisiva.”

Não estava claro se o atirador agiu sozinho, motivado talvez pela insatisfação popular com a ação russa na Síria, ou se é filiado a algum grupo como o Estado Islâmico, que realizou uma série de ataques a bomba na Turquia no ano passado.

Em qualquer um dos casos, o ocorrido gera preocupações sobre uma força policial que atualmente passa por uma limpa depois da tentativa frustrada de golpe em julho.

O ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, tinha uma reunião prevista com os colegas russo e iraniano na Rússia na terça-feira para discutir a Síria. Autoridades afirmaram que a reunião vai ocorrer, apesar do ataque.

O Ministério do Exterior turco disse que não deixaria o ataque prejudicar as relações de Ancara com Moscou.

(Reportagem adicional de Orhan Coskun, Nevzat Devranoglu, Tulay Karadeniz, Ercan Gurses e Gulsen Solaker, em Ancara; Humeyra Pamuk e Ece Toksabay, em Istambul; Andrew Osborn e Andrey Ostroukh, em Moscou)


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domingo, 18 de dezembro de 2016

Temer diz que é preciso coragem para não ceder a soluções fáceis e não há espaço para "feitiçarias"

Temer faz discurso em São Paulo. 12/12/2016. REUTERS/Paulo Whitaker

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira que o momento atual exige coragem para não ceder a soluções fáceis em busca de popularidade e que não há espaço na economia para "feitiçarias", como imprimir dinheiro, maquiar as contas públicas ou controlar preços.

Em um evento de final de ano com oficiais-generais das Forças Armadas, Temer aproveitou seu discurso para defender novamente as reformas que o governo propõe, como o teto para os gastos da União e as mudanças na Previdência, e também respondeu os resultados da pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira.

O levantamento mostra que apenas 13 por cento da população avalia o governo de Michel Temer como ótimo ou bom, uma variação negativa de um ponto em relação ao levantamento anterior, em junho. Mas o número de pessoas que avalia o governo como ruim ou péssimo subiu de 39 por cento para 46 por cento.

"O caminho certo que estamos trilhando nem sempre é o mais popular. Nossa responsabilidade não é buscar aplausos imediatos, nossa missão não é buscar aprovação a qualquer preço, mas desatar os nós que têm comprometido o crescimento econômico", disse o presidente, acrescentando que poderia ficar comodamente instalado nas mordomias da Presidência da República e não propor mudanças difíceis.

"Mas os tempos exigem coragem para não ceder a soluções fáceis, para mudar a fisionomia de um país", acrescentou.

Temer ainda aproveitou sua fala para fazer críticas ao governo anterior, ao afirmar que é preciso por ordem nas contas públicas.

"Não há mais espaço para feitiçarias: imprimir dinheiro, maquiar contas, controlar preços. Estamos tratando de resolver nossos problemas de frente. Se não o fizermos agora o Estado quebra. Se não promovermos as reformas, que são inadiáveis, ficaremos presos no atoleiro da irresponsabilidade fiscal", disse.
MILITARES REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Em um evento que concentrou a nata das três Forças Armadas --cerimônia de cumprimento de Natal aos oficiais-generais--, Temer deixou claro que considera correta a decisão do governo de não incluir os militares na proposta de reforma da Previdência entregue ao Congresso na semana passada.

O presidente justificou sua decisão alegando que, mesmo a Constituição dizendo que todos são iguais perante a lei, há fatos que justificam a diferenciação e que o regime de trabalho dos militares seria um desses fatos.

"Com muito acerto mandamos a reforma previdenciária excluindo os militares", disse.

Para o presidente, só se mantém a democracia se há defesa adequada e só se faz defesa adequada com as Forças Armadas.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, usou também seu discurso para justificar o fato de os militares serem a única categoria federal que ficará de fora das novas normas previdenciárias.

"Não se trata de privilégio. Só se pode falar de privilégio quando os envolvidos estão em pé de igualdade. Os militares, por suas funções, os riscos, os compromissos e o regime de trabalho não podem ser comparados a outras categorias e funções", afirmou o ministro. "Militares não têm um sistema previdenciário, mas um sistema de proteção social".


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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Com placar mais apertado, Senado aprova PEC que limita gasto público por 20 anos

Vista geral do Senado brasileiro durante sessão de votação da PEC 55 em Brasília, Brasil
REUTERS/Adriano Machado

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O Senado aprovou nesta terça-feira em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece teto para o crescimento das despesas públicas por 20 anos, com rejeição aos destaques que buscavam alterar o texto, em votação que contou com placar mais apertado.

O texto-base da PEC foi chancelado por 53 votos favoráveis e 16 contrários, numa sessão com menor presença de senadores e que demandava mínimo de 49 votos para aprovação. Na votação em 1º turno, foram 61 votos a favor e 14 contra.

"A base continua a mesmo, continua forte... Em nenhum momento corremos o risco de não ter 49 votos. Entregamos o que tínhamos nos comprometido", afirmou o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Congresso. "A PEC dos gastos significa que governo preferiu cortar gastos em vez de aumentar impostos", acrescentou.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que haverá sessão solene do Congresso Nacional na quinta-feira para promulgação da PEC.  
Na sexta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) avaliou que a proposta violará os direitos humanos no Brasil e prejudicará principalmente os mais pobres.

Já o governo defende que, além de segurar a elevação desenfreada das despesas, a PEC forçará o Legislativo a repensar suas escolhas orçamentárias de maneira racional, buscando alocar de maneira mais eficiente os recursos públicos.

PLACAR APERTADO

O placar da votação ganhou mais peso para o governo após o vazamento de delações da Odebrecht atingirem em cheio Temer e importantes figuras de sua equipe. Os mercados financeiros estavam de olho no resultado, com temores de que o governo pudesse perder força política, o que sinalizaria votações mais difíceis para outras medidas econômicas importantes, como a reforma da Previdência.

"O governo não conseguiu sequer repetir o resultado favorável do primeiro turno... É demonstração que base do governo está começando a ruir. Conquistamos alguns votos importantes", afirmou o senador o Humberto Costa (PT-PE), líder do partido no Senado, acrescentando que haverá recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando o mérito do PEC.

Temer veio a público defender que a votação não reduziu sua base de apoio, e que a PEC é importante para tirar o país da recessão.

"O número de 61 (votos no primeiro turno) também não mudou tão acentuadamente, mudou por outras razões que não o apoio ou não ao governo", afirmou Temer durante evento no Palácio do Planalto, argumentando que menos senadores participaram da sessão mais cedo.

A votação da PEC chegou a ser colocada em xeque na semana passada após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello ter determinado o afastamento de Renan do comando da Casa, ao avaliar que não poderia estar na linha sucessória da Presidência da República na condição de réu em ação penal.

Em decisão de plenário, entretanto, o STF decidiu pela manutenção de Renan no cargo, tirando-o apenas da linha sucessória.


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A PEC é considerada a primeira iniciativa de peso do governo Michel Temer em direção ao ajuste fiscal e vem sendo defendida pela equipe econômica como essencial para o reequilíbrio das contas públicas.

A medida fixa crescimento máximo de 7,2 por cento para as despesas primárias de cada um dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) em 2017. A partir de 2018, esse avanço será limitado pela inflação medida pelo IPCA em 12 meses até junho do exercício anterior.

As despesas com Educação e Saúde terão a inflação como piso mínimo de crescimento. Para que subam mais, contudo, outras despesas devem aumentar menos, de modo que o limite global obedeça ao teto.

Os senadores rejeitaram ainda nesta sessão dois destaques da liderança do PT que propunham retirar as áreas de Saúde e Educação do novo regime de limitação e instituir regras para assegurar a política de valorização real do salário mínimo.