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sábado, 11 de maio de 2013

Crise Econômica de 1929 EUA ( A Grande Depressão)





Presidente Franklin Delano Roosevelt



No início do século XX, os Estados Unidos viviam o seu período de prosperidade e de pleno desenvolvimento, até que a partir de 1925, apesar de toda a euforia, a economia norte-americana começou a passa por sérias dificuldades. Podemos identificar dois motivos que acarretaram a crise:
- O aumento da produção não acompanhou o aumento dos salários. Além de a mecanização ter gerado muito desemprego.
- A recuperação dos países europeus, logo após a 1ª Guerra Mundial. Esses eram potenciais compradores dos Estados Unidos, porém reduziram isso drasticamente devido à recuperação de suas econômicas.

Diante da contínua produção, gerada pela euforia norte-americana, e a falta de consumidores, houve uma crise de superprodução. Os agricultores, para armazenar os cereais, pegavam empréstimos, e logo após, perdiam suas terras. As indústrias foram forçadas a diminuir a sua produção e demitir funcionários, agravando mais ainda a crise.
A crise naturalmente chegou ao mercado de ações. Os preços dos papéis na Bolsa de Nova York, um dos maiores centros capitalistas da época, despencaram, ocasionando o crash (quebra). Com isso, milhares de bancos, indústrias e empresas rurais foram à falência e pelo menos 12 milhões de norte-americanos perderam o emprego.

Abalados pela crise, os Estados Unidos reduziram a compra de produtos estrangeiros e suspenderam os empréstimos a outros países, ocasionando uma crise mundial. Um exemplo disso é o Brasil, que tinha os Estados Unidos como principal comprador de café. Com a crise, o preço do café despencou e houve uma superprodução, gerando milhares de desempregados no Brasil.


Efeitos da crise

Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores.
A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes.


New Deal a solução

Para solucionar o problema, modificações na política econômica tiveram que serem  feitas em vários países visando combater os efeitos da crise. Nos EUA, quando o novo presidente, Franklin Delano Roosevelt, foi eleito em 1932, pelo partido democrata as medidas começaram a surtir efeito.
Com uma série de reformas antiliberais, com intensa intervenção do estado na economia, a situação foi se modificando. Esse conjunto de reformas foi denominado de "New Deal" (Nova Organização ou Novo Acordo) e se baseava nas proposta do economista inglês John Maynard Keynes. Essas medidas se resumiam em:
 - Empréstimos ilimitados aos bancos para que pudessem disponibilizar uma linha de crédito controlado àqueles que tivessem em dificuldades e pudessem retornar ás atividades produtivas;
 - Pagamento aos fazendeiros de uma indenização que cobrisse os prejuízos com a  queima do excesso de produção. - Tinha por finalidade equilibrar a oferta de produtos fazendo assim os preços subirem;
 - Auxilio aos Estados concedendo-lhes subsídios para que pudessem aumentar os salários dos empregados e criar um seguro-desemprego. Essa medida visava fortalecer o mercado consumidor;
 - Controle da jornada de trabalho, fixando-se um salário mínimo, proibição do emprego de crianças e das horas-extras;
 - Legalização dos sindicatos para que pudessem negociar contratos coletivos de trabalho;
 - Promoção de um amplo programa de obras públicas (barragens, estradas, portos, hidrelétricas, habitação popular) para dar emprego á massa de desempregados;
 - Ampliação e estatização do sistema de previdência social, ficando o governo responsável pelo amparo ao trabalhador em caso de invalidês, velhice e desemprego;
 - Controle severo sobre os preços dos produtos; cobrança de taxas sobre bebidas e sobre outros produtos supérfluos;
Essas medidas levaram a criação do Estado que se caracterizava pela promoção do bem
estar social ou Welfare State.




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