Por Antonio Gasparetto Junior
Stalin foi o ditador russo que comandou a União Soviética até sua morte em 1953.
Ioseb Besarionis Dze Djughashvili nasceu em Gori no dia 21 de dezembro de 1878. O nome Josef Stalin só passou a ser utilizado em 1913, por ocasião de sua deportação para a Sibéria. Era filho de pais pobres e passou muitas dificuldades em sua infância. Stalin chegou a estudar em um colégio de padres, mas por apresentar concordância com a ideologia marxista acabou sendo expulso. Envolveu-se ainda com várias ações ilegais como assaltos, em um deles 40 pessoas foram mortas. Stalin foi preso e passou vários anos na cadeia.
O nome Josef Stalin passou a ser utilizado quando esteve deportado por causa de uma prisão na Sibéria. Stalin significa, em russo, homem de aço. Após as prisões e deportações, Stalin se aproximou de Lênin e seu grupo que planejavam a Revolução Russa. Entrou então para o Partido Social Democrata Russo e tornou-se o braço direito de Lênin. O Partido Bolchevique, que reunia os defensores de reformas na Rússia pela via revolucionária, assumiu o controle da Revolução Russa de 1917 e o poder no país. O partido converteu-se em Partido Comunista, no qual Stalin se tornou secretário-geral do Politburo, o órgão máximo dentro do partido.
A questão do socialismo gerou uma disputa ainda dentro do Partido Comunista. Uns acreditavam que a revolução tal como ocorrera na Rússia deveria ser expandida para outros países no mundo, enquanto uma ala acreditava que a revolução deveria ser restrita ao que viria a ser a União Soviética. O representante maior do primeiro argumento era Leon Trotsky, enquanto Stalin defendia que a revolução deveria ficar na Rússia. Após a morte de Lênin, as duas correntes de pensamento entraram em choque para definir quem seria o sucessor. Passado algum tempo de debate, o partido escolheu a corrente de Stalin, assumindo este a liderança da União Soviética.
O governo de Stalin começou rigoroso, o líder do partido assumiu uma conduta de ditador e passou a caçar e matar todos que pudessem causar alguma ameaça ao sistema. Trotsky, derrotado, saiu insatisfeito e passou a ser um grande crítico do governo stalinista. Como punição, Stalin mandou matar a machadadas o opositor que estava exilado no México.
Stalin expulsou do partido e do exercito soviético todos os inimigos consolidados ou em potencial. Milhões de pessoas foram presas sob seu governo ditatorial. Mas Stalin fez a União Soviética crescer significativamente, assumindo o caráter de superpotência no mundo e criando um império proporcional ao Antigo Império Russo. A partir de 1928, impôs uma industrialização intensiva e a coletivização da agricultura, o que gerou uma reorganização social.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Stalin, juntamente com a União Soviética, esteve ao lado dos combatentes ao nazismo e foi decisivo na derrota sofrida pela Alemanha de Hitler. A União Soviética e os Estados Unidos se configuraram como os grandes vencedores da guerra, em 1945.
Com o conflito encerrado, estabeleceu alianças militares e econômicas com as repúblicas socialistas do leste europeu e intensificou a polarização do mundo entre capitalismo e comunismo. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética se colocaram em um novo confronto, porém este não permitia o embate direto entre as potências, uma vez que ambas possuíam arsenal suficiente para a mútua destruição. A Guerra Fria se estendeu então até praticamente o fim da União Soviética.
No dia 5 de março de 1953, Stalin faleceu em decorrência de uma hemorragia cerebral. Seu corpo passou a ser exposto no mesmo salão em que se encontra o corpo de Lênin, na Praça Vermelha, em Moscou. Porém, no XX Congresso do Partido Comunista, realizado em 1956, Nikita Khrushchov denunciou os crimes cometidos por Stalin. Os dados apresentados revelavam a ordenação da morte de aproximadamente 4 milhões de pessoas, mas pesquisadores acreditam que esse número possa chegar a 20 milhões de indivíduos. Após a denúncia, o corpo do “Pai dos Povos”, como era chamado Stalin, foi enterrado próximo aos muros do Kremlim, onde permanece até hoje.
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