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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Entenda o Novo Ensino Médio


Entenda o Novo Ensino Médio

Ensino médio

Proposta prevê que escolas passem para o período integral; currículo deve ser dividido entre disciplinas obrigatórias e optativas
 
por Portal Brasil
Divulgação/Sesisp
O Novo Ensino Médio vai ofertar formação técnica profissional, com aulas teóricas e práticas
O Novo Ensino Médio vai ofertar formação técnica profissional, com aulas teóricas e práticas

Projeto de lei propõe reestruturação do ensino médio
O Ensino Médio, no Brasil, vai passar por uma reformulação para reforçar e melhorar a qualidade da educação. Ao longo de dois anos, o governo vai investir R$ 1,5 bilhão para converter escolas para tempo integral.

Pela programação do Ministério da Educação, a mudança começará a partir do primeiro semestre de 2017. Até o fim de 2018, a meta é ter 500 mil jovens em escolas de tempo integral. Mais do que o tempo maior, o objetivo é ajudar o estudante a se desenvolver mais plenamente.

Para a mudança ocorrer, as secretarias estaduais de Educação deverão indicar um número de escolas para participar do programa. Cada unidade que aderir ao projeto vai receber R$ 2 mil por aluno ao ano.

A mudança será feita por meio de Medida Provisória. O texto diz que as disciplinas da base comum continuam a existir, mas a grade será definida pela Secretaria de Educação do Estado.

Ampliação gradual da carga horária

A carga horária mínima anual, de 800 horas, será gradualmente ampliada para 1,4 mil horas. O Plano Nacional de Educação (PNE) prevê para 2024 até 50% das escolas atendidas pelo ensino integral e 25% das matrículas no Ensino Fundamental dentro do mesmo modelo.

Flexibilidade do currículo

Com as mudanças, o currículo do Ensino Médio vai ser dividido em dois, uma parte com disciplinas fixas obrigatórias e outra com optativas, nas quais o aluno poderá construir uma grade adequada ao seu perfil e seu próprio projeto de futuro.

Autonomia para os Estados

O currículo básico não poderá superar 1,2 mil horas por ano, e a parte optativa será associada ao contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural de cada região. Esse modelo dará mais autonomia para os Estados, que poderão criar seus próprios currículos e políticas para o Ensino Médio.

Formação técnica

O Novo Ensino Médio vai ofertar formação técnica profissional, com aulas teóricas e práticas. Essa qualificação técnica vai ocorrer dentro do período normal, sem a necessidade de que o aluno esteja no ensino integral.

Créditos para o Ensino Superior

Quando o aluno concluir uma disciplina no Ensino Médio, ele terá adquirido um número específico de créditos. Esses créditos poderão ser usados quando ele chegar ao ensino superior, ou seja, ao entrar na Universidade ou no Ensino Técnico, poderá aproveitar disciplinas que já cursou.

Novo Ensino Médio



Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Educação

Dólar recua ante real com dados positivos da China

Dólar recua ante real com dados positivos da China

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava ante o real nesta terça-feira, diante de dados favoráveis da China que animavam os investidores pela perspectiva de melhora na economia global e devolvendo parte dos ganhos da véspera, quando subiu 1 por cento.

Às 10:29, o dólar recuava 0,30 por cento, a 3,2720 reais na venda, após ter saltado 1 por cento na sessão anterior. O dólar futuro tinha variação negativa de cerca de 0,60 por cento.

"Os dados positivos da China ajudam o Brasil, sobretudo nas exportações. Os números da balança comercial também vieram bons", afirmou o sócio-gestor da gestora Leme Investimentos, Paulo Petrassi.

A atividade industrial da China expandiu mais do que o esperado em dezembro diante da demanda acelerando, com a produção alcançando a máxima em quase seis anos, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit.

Na véspera, foi divulgado que a balança comercial brasileira encerrou 2016 com superávit recorde de 47,692 bilhões de dólares.

A moeda norte-americana chegou a abrir em alta neste pregão, acompanhando o cenário internacional e chegando à máxima do dia de 3,2931 reais, mas inverteu a tendência. O dólar saltava mias de 1 por cento frente a uma cesta de moedas nesta manhã, chegando a bater a máxima de seis dias.

O Banco Central brasileiro não anunciou nenhuma intervenção no mercado de câmbio por enquanto, estando de fora desde o último dia 13 de dezembro.

(Por Luiz Guilherme Gerbelli)

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Alunos do Ano da Universidade Infantil 2016/ Lista Oficial


Alunos do Ano da Universidade Infantil 2016/ Lista Oficial

6º Ano A

Ana Carolna Santos
Carlos Vinicius Martins
Vitória Vicente
Arthur Vinicius

6º Ano B

Olga Nunes
Kauâ Eliá
Evellin Beatriz da Silva
Guilherme Barros

7º Ano A

Allana Morais ( Três anos consecutivos)
Giovanna Santos ( Dois anos consecutivos)
Laís Sousa

7º Ano B

Cauã Rafael de Queiroz
Maria Clara Leandro
João Gabriel Silvestre

8º Ano A

Maria Clara Felix  ( Três Anos Consecutivos)
Eyshila de Lima

8º Ano B

Sarah Emily

9º Ano

Pyetra Morais ( Quatro anos consecutivos)
Ingrid Bezerra ( Dois Anos consecutivos)
Yasmin Alves   (   Três anos consecutivos)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Anita Baker - Will You Be Mine (1983)





Will You Be Mine

Anita Baker

Lyrics

Something has come over me
A feeling I can't explain
The love I lost I found again
My broken heart you came to mend
But it still seems as though we are miles and miles apart

The very best is all I got
It's all I got to give
My soul was lost in darkness
But you arrived to see me through
And you came to me all by surprise
Then I moved the dark ness right out of my eyes
And it's plain to see
That you were all I need
And I want to know

Will you be mine?
Sugar will you be mine
Sugar will you be mine
Sugar will you be mine

This kind of love only comes around
Only once in a lifetime
But the last love I tried to hold
It left me feelin' so empty and blue
And it made me afraid to let my true feelings show

I need you here right by my side
Each and every night
My soul is cryin' out to you
It's reaching out for somethin' true
Do I have to go
To get you into my life
The suspense is tearing me, tearing me apart

Won't you bring your love
Bring it all to me
So we can live together eternally
Will you be mine?

Will you be mine?
Sugar will you be mine
Sugar will you be mine
Sugar will you be mine

Balança comercial brasileira fecha 2016 com superávit recorde de US$47,7 bi


Balança comercial brasileira fecha 2016 com superávit recorde de US$47,7 bi

Por Leonardo Goy

BRASÍLIA (Reuters) - A balança comercial brasileira terminou 2016 com superávit recorde de 47,692 bilhões de dólares, após saldo positivo de 19,685 bilhões de dólares registrado no ano anterior, informou nesta segunda-feira o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), que espera, para 2017, um superávit comercial em patamar semelhante ao do ano passado, mas como crescimento de exportações e importações

O recorde anterior havia sido registrado em 2006, um superávit de 46,45 bilhões de dólares.

Em dezembro, o saldo da balança comercial foi positivo em 4,415 bilhões de dólares.

O saldo recorde no ano foi impactado por uma redução de cerca de 20 por cento nas importações entre janeiro e dezembro do ano passado, em um momento de forte recessão econômica no país. As importações em 2016 ficaram em 137,5 bilhões de dólares, ante os 171,4 bilhões de dólares registrados em 2015.

As exportações no ano também caíram, para 185,2 bilhões de dólares no ano passado, ante os 191,1 bilhões exportados em 2015.

Para 2017, o secretário de Comércio Exterior do Ministério, Abrão Neto, acredita em aumento tanto das exportações quanto das importações, em um cenário de retomada da economia brasileira e de crescimento da economia mundial.

Um fator que deve contribuir para o resultado do ano que vem é a expectativa de melhora nos preços das commodities minerais em 2017, disse Neto, lembrando que nos últimos meses de 2016 já houve recuperação nas cotações do petróleo e dos minérios.

As exportações brasileiras de minério de ferro e seus concentrados em 2016 atingiram um volume recorde de 373,962 milhões de toneladas, aumento de 1,7 por cento em relação a 2015. Mas a receita com os embarques de minério de ferro e seus concentrados, um dos principais produtos da pauta de exportação do Brasil, caiu 6 por cento, para 13,289 bilhões de dólares, por causa dos preços mais baixos dos produtos ao longo do ano.

Abrão Neto destacou que a conta petróleo teve um inédito superávit, de 410 milhões de dólares, em 2016, mas destacou que isso é um resultado "conjuntural". "Isso diz respeito a fatores específicos que ocorreram em 2016, como a redução do preço do petróleo, o aumento das exportações de petróleo bruto e a redução nas importações. A curto e médio prazo o Brasil deve continuar sendo importador", disse.

No ano passado, o dólar registrou desvalorização de 17,7 por cento sobre o real. Por outro lado, os brasileiros vêm enfrentando a forte recessão econômica e mostram menos disposição para comprar e investir.

"A expectativa do mercado é de manutenção da taxa de câmbio em 2017", disse Neto.

No último mês do ano as exportações atingiram 15,941 bilhões de dólares, com as importações chegando a 11,525 bilhões de dólares.

Os produtos industrializados mantiveram-se à frente das exportações, correspondendo a 55 por cento do valor exportado entre janeiro e dezembro, seguido dos bens básicos, com 42,7 por cento.

(Por Leonardo Goy)


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domingo, 1 de janeiro de 2017

Atirador mata 39 em ataque a casa noturna em Istambul e vira alvo de caçada


Atirador mata 39 em ataque a casa noturna em Istambul e vira alvo de caçada
domingo, 1 de janeiro de 2017
ISTAMBUL (Reuters) - Um atirador abriu fogo sobre o público que comemorava o ano novo em uma lotada casa noturna às margens de uma hidrovia em Istambul no domingo, matando ao menos 39 pessoas, incluindo muitos estrangeiros, e depois fugiu do local.

Algumas pessoas pularam nas águas do rio Bosphorus para se salvar após o responsável pelo ataque abrir fogo aleatoriamente na casa noturna Reina apenas uma hora após o ano novo. Autoridades falaram em um único responsável, mas alguns relatos, incluindo em mídias sociais, sugerem que pode ter havido mais pessoas envolvidas.

O ataque chocou a Turquia conforme o país tenta se recuperar de uma tentativa fracassada de golpe de Estado em julho e de uma série de ataques a bombas em cidades, incluindo Istambul e a capital Ankara, alguns reivindicados pelo Estado Islâmico e outros por militantes curdos.

Serviços de segurança estavam em alerta ao redor da Europa para as festas de final de ano após um ataque a um mercado de Natal em Berlim que matou 12 pessoas. Há apenas alguns dias atrás, uma mensagem online de um grupo pró-Estado Islâmico havia pedido por ataques de "lobos solitários" sobre "celebrações, encontros e clubes".

O jornal Hurriyet citou testemunhas dizendo que os responsáveis pelo ataque gritaram em árabe conforme abriram fogo em Reina.

"Nós estávamos nos divertindo. De repente as pessoas começaram a correr. Meu marido disse para eu não ficar com medo, e pulou sobre mim. As pessoas corriam sobre mim. Meu marido foi atingido em três lugares", disse ao jornal uma das pessoas que estavam no clube, Sinem Uyanik.

Ela disse ter visto pessoas encharcadas de sangue.

O incidente lembra o ataque de militantes islâmicos ao clube Bataclan, em Paris, em novembro de 2015, que junto com ataques a bares e restaurantes matou 130 pessoas.

O ministro do Interior Suleyman Soylu disse que 15 ou 16 dos mortos em Reina eram estrangeiros, mas apenas 21 corpos foram identificados até o momento. Ele disse a jornalistas que 69 pessoas estavam no hospital, quatro delas em estado crítico.
"Uma caçada humana pelo terrorista está em andamento", afirmou ele.

Pessoas de Arábia Saudita, Marrocos, Líbano, Libia, Israel e Bélgica estão entre os mortos, segundo as autoridades. A França disse que teve três cidadãos feridos.

A Turquia faz parte da coalizão liderada pelos Estados Unidos que tem lutado contra o Estado Islâmico e lançou uma incursão sobre a Síria em agosto para retirar os radicais islâmicos de suas fronteiras. O país também ajudou a intermediar um frágil cessar fogo na Síria com a Rússia.

Ainda não houve ninguém clamando responsabilidade pelos ataques, mas o presidente turco Tayyip Erdogan ligou os ataques aos acontecimentos na região, na qual a Turquia enfrenta conflitos ao longo de sua fronteira com Síria e Iraque. Cerca de três milhões de refugiados sírios vivem atualmente em solo turco.

O clube Reina é um dos mais populares da noite de Istambul, sendo popular entre locais e estrangeiros. Acredita-se que cerca de 600 pessoas estavam no local quando o atirador matou um policial e um civil na porta e forçou a entrada na casa, onde abriu fogo.

O presidente dos EUA, Barack Obama, em férias no Havaí, expressou condolências e ordenou a sua equipe que ofereça ajuda às autoridades turcas, disse a Casa Branca.

(Por Nick Tattersall e Humeyra Pamuk; reportagem adicional de Yesim Dikmen e Daren Butler em Istambul, Ece Toksabay em Ankara, Jeffrey Heller em Jerusalém, Jan Strupczewski em Bruxelas e Laurence Frost em Paris)


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Dialética

O filósofo Hegel

Dialética

Dialética (AO 1945: dialéctica) (do grego διαλεκτική (τέχνη), pelo latim dialectĭca ou dialectĭce) é um método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de ideias que levam a outras ideias e que tem sido um tema central na filosofia ocidental e oriental desde os tempos antigos. A tradução literal de dialética significa "caminho entre as ideias".

"Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão." Também conhecida como a arte da palavra.

"Aristóteles considerava Zenão de Eleia (aprox. 490-430 a.C.) o fundador da dialética. Outros consideraram Sócrates (469-399 AEC)".

No período medieval, o estudo da dialética (ou lógica) era obrigatório e, parte integrante do Trivium que, junto com o Quadrivium, compunha a metodologia de ensino das sete Artes liberais.

Um dos métodos diáleticos mais conhecidos é o desenvolvido pelo filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831).

Visões sobre a dialética

Para Kant, a dialética é uma ilusão.
O conceito de dialética, porém, é utilizado por diferentes doutrinas filosóficas e, de acordo com cada uma, assume um significado distinto.

Para Platão, a dialética é sinônimo de filosofia, o método mais eficaz de aproximação entre as ideias particulares e as ideias universais ou puras. É a técnica de perguntar, responder e refutar que ele teria aprendido com Sócrates (470 a.C.-399 a.C.). Platão considera que apenas através do diálogo o filósofo deve procurar atingir o verdadeiro conhecimento, partindo do mundo sensível e chegando ao mundo das ideias. Pela decomposição e investigação racional de um conceito, chega-se a uma síntese, que também deve ser examinada, num processo que busca a verdade.

Aristóteles define a dialética como a lógica do provável, do processo racional que não pode ser demonstrado. "Provável é o que parece aceitável a todos, ou à maioria, ou aos mais conhecidos e ilustres", diz o filósofo.

O alemão Immanuel Kant retoma a noção aristotélica quando define a dialética como a "lógica da aparência". Para ele, a dialética é uma ilusão, pois baseia-se em princípios que são subjetivos.

O método dialético possui várias definições, tal como a hegeliana, a marxista entre outras. Para alguns, ela consiste em um modo esquemático de explicação da realidade que se baseia em oposições e em choques entre situações diversas ou opostas. Diferentemente do método causal, no qual se estabelecem relações de causa e efeito entre os fatos (ex: as radiações solares provocam a evaporação das águas, estas contribuem para a formação de nuvens, que, por sua vez, causa as chuvas), o modo dialético busca elementos conflitantes entre dois ou mais fatos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito.

Método dialético
A filosofia descreve a realidade e a reflete, portanto a dialética busca, não interpretar, mas refletir acerca da realidade.

A dialética é a história das contradições. Em alemão aufheben significa supressão (ou suprassunção) e ao mesmo tempo manutenção da coisa suprimida. O reprimido ou negado permanece dentro da totalidade.


Hegel, um dos filósofos que mais tratou da dialética
Esta contradição não é apenas do pensamento, mas da realidade. Então, tudo está em processo de constante devir.

História da dialética
Até hoje, não foi definido quem teria sido o fundador da dialética: alguns acreditam que tenha sido Sócrates, e outros, assim como Aristóteles, acreditam que tenha sido Zenão de Eleia. Na Grécia Antiga, a dialética era considerada a arte de argumentar no diálogo. Atualmente é considerada como o modo de pensarmos as contradições da realidade, o modo de compreendermos a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação.

Desde a Grécia Antiga, a dialética sempre encontrou quem fosse contra, como Parmênides, mesmo vivendo na mesma época do mais radical pensador dialético: Heráclito. Para compreensão do tema, o autor passa por vários itens, começando pelo trabalho.

Heráclito foi o pensador dialético mais radical da Grécia Antiga. Para ele, os seres não têm estabilidade alguma, estão em constante movimento, modificando-se. É dele a famosa frase “um homem não toma banho duas vezes no mesmo rio”, porque nem o homem nem o rio serão os mesmos. No século XX, Osho Rajneesh, nascido na Índia, retoma o pensamento de Heráclito sobre a dialética com a publicação do livro "A Harmonia Oculta: Discursos sobre os fragmentos de Heráclito".


Heráclito, o pensador dialético mais radical da Grécia Antiga.
Porém, na época, os gregos preferiram acreditar na metafísica de Parmênides, a qual pregava que a essência do ser é imutável, e as mudanças só acontecem na superfície. Esse pensamento prevaleceu, por atender aos interesses da classe dominante, na época. Para sobreviver, a dialética precisou renunciar às expressões mais radicais, conciliando-se com a metafísica.

Depois de um século, Aristóteles reintroduziu a dialética, sendo responsável, em boa parte, pela sua sobrevivência. Ele estudou muito sobre o conceito de movimento, que seriam potencialidades, atualizando-se. Graças a isso, os filósofos não deixaram de estudar o lado dinâmico e mutável do real. Com a chegada do feudalismo, a dialética perdeu forças novamente, reaparecendo, no Renascimento e no Iluminismo.

A dialética hegeliana é idealista, aborda o movimento do espírito. A dialética marxista é um método de análise da realidade, que vai do concreto ao abstrato e que oferece um papel fundamental para o processo de abstração. Engels retomou, em seu livro, "A Dialética da Natureza", alguns elementos de Hegel, concebendo a dialética como sendo formada por leis; esta tese será desenvolvida por Lênin e Stálin. Por outro lado, outros pensadores criticarão ferrenhamente esta posição, qualificando-a de não-marxista. Assim, se instaurou uma polêmica em torno da dialética.

Dialética e trabalho

Com o trabalho, surge a oportunidade de o ser humano atuar em contraposição à natureza. O homem faz parte da natureza, mas, com o trabalho, ele vai além. Para Hegel, o trabalho é o conceito chave para compreensão da superação da dialética, atribuindo o verbo suspender (com três significados): negação de uma determinada realidade, conservação de algo essencial dessa realidade e elevação a um nível superior. Mas Marx criticou Hegel, pois Hegel não viveu nessa realidade, mas apenas em sala de aula e bibliotecas, não enxergando problemas como a alienação nesse trabalho.

Na ordem, a segunda contradição é justamente essa alienação. O trabalho é a atividade na qual o homem domina as forças naturais, cria a si mesmo, e torna-se seu algoz. Tudo isso devido à divisão do trabalho, propriedade privada e o agravamento da exploração do trabalho sob o capitalismo. Mas não são apenas os trabalhadores que foram afetados. A burguesia também, pela busca do lucro não consegue ter uma perspectiva totalizante.

Dialética e totalidade

Engels defendia o caráter materialista da dialética.
A visão total é necessária para enxergar, e encaminhar uma solução a um problema. Hegel dizia que a verdade é o todo. Que se não enxergamos o todo, podemos atribuir valores exagerados a verdades limitadas, prejudicando a compreensão de uma verdade geral. Essa visão é sempre provisória, nunca alcança uma etapa definitiva e acabada, caso contrário a dialética estaria negando a si própria.

Logo é fundamental enxergar o todo. Mas nunca temos certeza de que estamos trabalhando com a totalidade correta. Porém a teoria fornece indicações: a teoria dialética alerta nossa atenção para as sínteses, identificando as contradições concretas e as mediações específicas que constituem o "tecido" de cada totalidade. Sendo que a contradição é reconhecida pela dialética como princípio básico do movimento pelo qual os seres existem.

Na dialética, fala-se também na “fluidificação” dos conceitos. Isso porque a realidade sempre está assumindo novas formas, e assim o conhecimento (conceitos) precisam aprender a ser "fluidos".

Junto com Karl Marx, Engels sempre defendeu o caráter materialista da dialética. Ele resumiu a dialética em três leis. A primeira lei é sobre a passagem da quantidade à qualidade, mas que varia no ritmo/período. A segunda é a lei da interpenetração dos contrários, ou seja, a ideia de que tudo tem a ver com tudo, que os lados que se opõem, são na verdade uma unidade, na qual um dos lados prevalece. A terceira lei é a negação da negação, na qual a negação e a afirmação são superadas. Porém, essas leis devem ser usadas com precaução, pois a dialética não se deixa reduzir a três leis apenas.

Após a morte de Marx, Lênin foi um dos revolucionários que lutaram contra a deformação da concepção marxista da história. A partir dos estudos da obra de Hegel, Lênin aplicou os conhecimentos na prática, como na estratégia que liderou a tomada do poder na Rússia.

Com a morte de Lênin, vem uma tendência anti-dialética com Stálin, que desprezava a teoria. Ele chegou a "corrigir" as três leis de Engels, traçando por cima, quatro itens fundamentais para ele: conexão universal e interdependência dos fenômenos; movimento, transformação e desenvolvimento; passagem de um estado qualitativo a outro; e luta dos contrários como fonte interna do desenvolvimento.

O método dialético nos incita a revermos o passado, à luz do que está acontecendo no presente, ele questiona o presente em nome do futuro, o que está sendo em nome do que “ainda não é”. É por isso que o argentino Carlos Astrada define a dialética como “semente de dragões”, a qual alimenta dragões que talvez causem tumulto, mas não uma baderna inconsequente.

Ver também
Outro

Dialética erística
Ética da discussão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O MÉTODO DIALÉTICO NA DIDÁTICA / O professor tem um compromisso político com o aluno

O MÉTODO DIALÉTICO NA DIDÁTICA

O professor tem um compromisso político com o aluno

EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA


Segundo URBANETZ e Melo (2008), a didática instrumentaliza o bom professor, sendo que o bom professor precisa dominar três aspectos do ensino: o conteúdo a ensinar, o saber ensinar e as relações situacionais.


Estudando o autor anteriormente citado pode-se inferir de seu trabalho que o ato de ensinar não se baseia simplesmente em passar o conteúdo, mas em utilizar o conteúdo como instrumento. Este instrumento que o professor utiliza tem o objetivo de socializar o aluno, ou melhor, de humanizá-lo.  Para o autor, o pensamento sobre uma educação como uma instituição destinada a formar trabalhadores obedientes e competentes é fato proscrito. Porque a nova corrente que tem se difundido é a de que o professor escreve na lousa com uma mão e com a outra ele humaniza o aluno. A despeito do nível de neutralidade da didática, o autor ainda afirma que ela não é neutra a maneira que ensinamos imprime, e muito nos alunos, a visão que eles têm do mundo.


Assim fica claro que não se ensina somente o conteúdo, mas também o modo de agir em sociedade. O professor tem um compromisso político com o aluno. Em suma para URBANETZ ST. e Melo, A (2008) o trabalho educativo é o ato de produzir direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto de homens.


Para ser mais preciso URBANETZ e Melo (2008) aponta que o ato de ensinar precisa ser fundamentado no diálogo entre professor e aluno, aonde o docente tem o papel de mediador do conhecimento. Este fundamento recebe o nome de método dialético e segue alguns passos que foram delimitados por URBANETZ e Melo (2008) e os transcrevo assim:


1) Prática social - deve-se buscar ensinar ao aluno buscando informações que ele já tenha coisas que já são da prática social dele e do professor;


2) Problematização - a partir do que o aluno as sabe levantam-se as questões do problema; é nesse ponto que o aluno é instigado novamente a perguntar o "porquê" das coisas.


3) Instrumentalização - neste ponto o professor disponibiliza instrumentos para o aluno resolver o problema levantado;


4) Catarse - este é o ponto culminante do processo de aprendizagem, neste ínterim o aluno tem o "insight", o "click" que diz: "Agora entendi esse negócio!" A aprendizagem somente acontece quando o aluno se sujeita a aprender algo, afinal é uma via de mão dupla. E a catarse que o professor busca a cada aula dada.


5) Prática social - após o aluno fazer o "insight" de "entender a matéria" o que tem-se pedido: que voltemos este conhecimento para a pratica social. Isto significa trazer o que foi aprendido para o dia a dia do aluno; é mostrar o "porquê" o aluno aprendeu aquilo.


Este método dialógico de URBANETZ e Melo (2008) leva em consideração a pergunta rotineira dos alunos: por que eu preciso saber disto? Assim na didática dialética, nosso papel é mostrar a utilidade dos conhecimentos que eles estão adquirindo, pois os tempos em que o professor simplesmente pregava a matéria para os alunos e estes somente aceitavam está proscrita.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.

por Alexandre do Prado Caldas Serafim

Especialista em Biologia Celular e Molecular. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior. Especialista em Metodologia do Ensino de Biologia e Química pelo Centro Universitário Internacional. Licenciatura em Ciências Biológicas. Licenciatura em Ciências Naturais pela USP. Licenciatura em Pedagogia.
https://www.portaleducacao.com.br





O QUE É MARIOLOGIA?




                                





Mariologia

Doutrina da Igreja Católica

Mariologia é o conjunto de estudos teológicos acerca de Maria, mãe de Jesus Cristo na Igreja Católica, que compreende uma vasta produção bibliográfica que visa a salientar a importância da figura feminina de Maria e a profunda e piedosa crença dos fiéis a ela, com o objetivo de enriquecer o âmbito teológico cristão.

Subdivisões

A Mariologia tradicionalmente sub-divide-se em Mariologia Histórica (estuda os dados históricos, sociais e afins que permitem aceder à figura histórica de Maria), Mariologia Bíblica (versa sobre os fundamentos bíblicos das afirmações sobre Maria), Mariologia "popular" (trabalha os dados que as devoções populares sobre Maria receberam da Tradição eclesiástica e vice-versa) e Mariologia Sistemática (aprofunda os dados da história, das Escrituras e da piedade sistematizando-os em coerência com as doutrinas cristológicas e eclesiológicas).

História

Há seis períodos a considerar na divulgação pública da mariologia:
O início da igreja.
Período compreendido entre o final da revelação para o Concílio de Éfeso 431.
Período de Éfeso para a Reforma Gregoriana.
A partir de 1000 até que o Concílio de Trento.
De Trento até Vaticano II.
Desde o Concílio Vaticano II ao presente.

Catolicismo

No catolicismo os estudos mariológicos são parte integrante da teologia. Na Encíclica Ecclesia de Eucharistia o Papa João Paulo II preconizou:

"Se quisermos redescobrir em toda a sua riqueza a relação íntima entre a Igreja e a Eucaristia, não podemos esquecer Maria, Mãe e modelo da Igreja. Um exame acurado dos Evangelhos demonstra Maria tendo como único filho Jesus Cristo. Com efeito, Maria pode guiar-nos para o Santíssimo Sacramento porque tem uma profunda ligação com ele."

Principais documentos mariológicos da Igreja promulgados nos últimos cento e cinquenta anos:

Papa Leão XIII: Encíclicas Magnae Dei Matris, 1892, Adiutricem populi, 1895, Augustissimae Virginis Mariae, 1897.
Papa Pio IX: Bula dogmática Ineffabilis Deus, de 8 de dezembro de 1854.
Papa Pio X: Encíclica Ad diem illum laetissimum, 1904
Papa Pio XI: Encíclica Lux veritatis, 1931.
Papa Pio XII: Encíclicas Bulla Munificentissimus Deus, 1950, Fulgens corona, 1953 e Ad Caeli Reginam, 1954.
Concílio Vaticano II, Constituição Lumen Gentium, cap. VIII, 1964.
Papa Paulo VI: Exortações apostólicas Marialis cultus, 1974 e Signum magnum, 1967.
Papa João Paulo II: Encíclica Redentoris Mater (1987), Exortação Apostólica Redentoris custos, 1989 e Carta apostólica Rosarium Virginis Mariae, (2002).

Fonte Wikipedia


A Mariologia pela ótica da Igreja Católica.

O que é Mariologia?

Pe. Eugênio Antônio Bisinoto C. Ss. R., 08 de Agosto de 2016 às 14h09. Atualizada em 31 de Agosto de 2016 às 11h42.

MARIOLOGIA, ESTUDO ATUAL

No contexto atual, os cristãos, que buscam viver seu cristianismo de maneira consciente e responsável, sentem a necessidade de conhecer melhor a figura e a missão de Maria, a Mãe de Jesus Cristo. Por isso, procuram aprofundar seus conhecimentos pelo estudo das Sagradas Escrituras, da Tradição e da doutrina da Igreja, da teologia e de outras formas científicas de análise da fé.
A veneração da Virgem Maria está presente na vida da Igreja, tanto na piedade popular como no culto oficial. É “um fato eclesial relevante e universal. Ela brota da fé e do amor do povo de Deus para com Cristo, Redentor do gênero humano, e da percepção da missão salvífica que Deus confiou a Maria de Nazaré, através da qual a Virgem não é somente Mãe do Senhor e do Salvador, mas também, no plano da graça, a Mãe de todos os homens” (Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, nº. 183).
Quando os cristãos, que estão imbuídos da veneração mariana, desejam compreender bem as verdades da fé, experimentam o dever e a urgência de considerar e refletir sobre a pessoa e o lugar de Maria no projeto de Deus e na vida da Igreja. Com razão buscam aprender a mariologia, disciplina valorosa e importante na caminhada da comunidade cristã.
Mariologia



O QUE É MARIOLOGIA?

A formulação da palavra “mariologia” foi feita pelo siciliano Plácido Nigido, que usando o nome de seu irmão Nicolau publicou, em Palermo, no ano de 1602, a sua obra mariana. “Mariologia” é um termo grego, que significa “discurso” ou “estudo” de Maria.
A mariologia é a parte da teologia que estuda a figura, o mistério, a missão e o significado de Maria na história da salvação. É “a ciência teológica que investiga, esclarece e aprofunda a presença atuante de Nossa Senhora no mistério de Cristo e da Igreja” (Ir. Aleixo Maria Autran, marista e escritor mariano).
Paulatinamente, os cristãos, que têm sede de compreender melhor os fundamentos de sua fé, vão descobrindo a importância e o valor da mariologia, realizando estudos em seus grupos, comunidades, centros culturais, academias, associações, institutos e faculdades.

ORIENTAÇÕES DO CONCÍLIO VATICANO II


O próprio Concílio Vaticano II (1962-1965) incentivou e orientou o estudo da mariologia, expondo bases sólidas e diretrizes seguras.
Na Constituição Dogmática “Lumen Gentium”, que trata da Igreja, o Concílio recomendou aos “os teólogos e pregadores da palavra divina a que na consideração da singular dignidade da Mãe de Deus se abstenham com diligência tanto de todo o falso exagero quanto da demasiada estreiteza de espírito. Sob a direção do Magistério cultivem o estudo da Sagrada Escritura, dos Santos Padres e Doutores e das liturgias da Igreja para retamente ilustrar os ofícios e privilégios da Bem-aventurada Virgem que sempre levam a Cristo, origem de toda verdade, santidade e piedade” (LG no. 67).


Ao mesmo tempo em que insiste, com diligência e abertura, na atitude de diálogo ecumênico, o Concílio faz saber aos cristãos que “a verdadeira devoção não consiste num estéril e transitório afeto, nem numa certa vã credulidade, mas procede da fé verdadeira pela qual somos levados a reconhecer a excelência da Mãe de Deus, excitados a um amor filial para com nossa Mãe e à imitação das suas virtudes” (LG no. 67).

Conscientes das orientações do Concílio, os cristãos assumem o estudo da mariologia com solicitude, seriedade, método, perseverança e ternura, esclarecendo e aprofundando seu conhecimento, sua reflexão e sua cultura. De maneira didática, o estudo, que se baseia nas Sagradas Escrituras e considera o contexto atual, abrange a tradição e vida da Igreja, a história da mariologia, a compreensão dos dogmas marianos, a reflexão teológica e cultural, o diálogo ecumênico e inter-religioso, o culto e piedade do povo, a aproximação com as ciências humanas e a missão dos cristãos na Igreja e na sociedade.

MARIOLOGIA NO CONJUNTO DA FÉ CRISTÃ

A mariologia há estar sempre integrada no conjunto da fé cristã. “O estudo da mariologia não é e jamais poderia ser uma reflexão isolada. É preciso evitar apresentações unilaterais da figura e da missão de Maria. Há necessidade de ligá-la aos estudos de cristologia, eclesiologia, pneumatologia, antropologia, escatologia etc.” (Dom Murilo S. R. Krieger, bispo e escritor mariano).
A mariologia ilumina e orienta a vida e missão dos cristãos. Não é uma ciência fechada em si mesma, presa em seus conceitos e formulações. Ao contrário, constitui um estudo teológico que ajuda os devotos em sua caminhada humana e espiritual. Iluminada pela mariologia e desenvolvida por uma dinâmica pastoral mariana, a piedade para com a Virgem Maria tem uma “grande força pastoral e constitui uma força inovadora dos costumes cristãos” (Paulo VI. Exortação Apostólica “Marialis Cultus”, nº. 31).
O estudo de mariologia ajuda os cristãos a renovarem e a aprofundarem o seu culto autêntico para com a Mãe do Salvador. O próprio Papa Paulo VI insiste na necessidade desta renovação mariana, dizendo que a “veneração dos fiéis pela Mãe de Deus tem revestido, de fato, formas diversas, de acordo com as circunstâncias de lugar e de tempo, com a distinta sensibilidade dos povos e com as suas diferentes tradições culturais. Disso resulta que, sujeitas ao desgaste do tempo, essas formas em que se expressa a piedade se apresentam necessitadas de uma renovação, que permita substituir nelas os elementos caducos, precisam valorizar os perenes e incorporar os novos dados doutrinais adquiridos pela reflexão teológica e propostos pelo magistério eclesiástico” (Exortação Apostólica “Marialis Cultus”, nº. 24).

 ESTUDO E ESPIRITUALIDADE

 “Mariologia” é um termo grego, que significa “discurso” ou “estudo” de Maria.
É de fundamental importância que o estudo de mariologia seja feito em clima de espiritualidade, inspirando e favorecendo a oração dos cristãos. Teólogo franciscano, São Boaventura (1221-1274) já recomendava: “Ninguém creia que basta a leitura sem a unção, a especulação sem o estupor, a pesquisa sem o exultamento, a atividade sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humilde, o estudo sem a graça divina, o perscrutar sem a sabedoria da inteligência divina” (Itinerarium Mentis in Deum, Prologus 4,53).

Por outro lado, o estudo da mariologia deve favorecer o cristão a adquirir uma sólida e ardorosa espiritualidade mariana. O estudioso não pode reduzir suas reflexões marianas a um conjunto de conceitos intelectuais bem expressos. Precisa unir o esforço mental com a prática espiritual, sem cair tanto no racionalismo como no sentimentalismo. Estudando a mariologia, procura também inspirar sua vida nas atitudes e virtudes de Nossa Senhora, querendo seguir, com a Igreja, “as pegadas do itinerário percorrido pela Virgem Maria, a qual avançou na peregrinação da fé, mantendo fiel a união com seu Filho até a cruz” (João Paulo II. Carta Encíclica “Redemptoris Mater”, nº. 2).

A formação do cristão na mariologia deve ser sempre completa, integrando bem e de forma harmoniosa o estudo, o culto e a vivência. Para isso, é imprescindível que ele adquira um conhecimento abrangente e exato da doutrina que a Igreja tem sobre a Mãe de Jesus. É preciso também que nutra um amor verdadeiro à Mãe de Deus, cultivando a devoção mariana com conteúdos e expressões profundas e autênticas. Além disso, o devoto deve desenvolver a habilidade de comunicar os seus conhecimentos marianos aos outros com competência, cordialidade e sabedoria.



ROTEIRO DE ESTUDO DA MARIOLOGIA

Para estudar a mariologia, o cristão precisa perceber e analisar, com critérios e a ajuda das ciências humanas, a situação atual da Igreja, da sociedade e da cultura em relação à presença e ao significado da Mãe de Jesus. Existem vários livros e revistas que mostram como os nossos contemporâneos se relacionam com a figura de Nossa Senhora.

Outro passo imprescindível do estudo de mariologia é a leitura e a meditação da Bíblia. A Sagrada Escritura é a alma e a base da formação mariana. Com ajuda de publicações de obras de exegese, o devoto pode conhecer e estudar a figura e a presença de Maria nos textos bíblicos. Nós encontramos a Mãe de Deus sempre “junto de Cristo, unida a Ele e à sua Igreja. A Palavra de Deus nas Escrituras (Antigo e Novo Testamento), lida e interpretada pela Igreja, é fonte do nosso culto de veneração, amor filial e imitação da Virgem Maria” (Ir. Aleixo Maria Autran).
Realizando sua formação mariana, o cristão deve levar em conta a tradição da Igreja, estudando os fatores, os desdobramentos e as contribuições referentes à doutrina e ao culto da Virgem Maria ao longo dos séculos. É importante aqui que estudar os documentos do magistério eclesiástico, os dogmas, as obras dos Padres da Igreja, os apócrifos, os escritores, os santos, a liturgia e piedade das comunidades.

Aprofundando e esclarecendo seus conhecimentos marianos, o cristão precisa do auxílio da teologia. Os leigos têm acesso ao estudo da teologia. “De uns tempos para cá, há algumas décadas já, o estudo da teologia, como ciência, deixou os ambientes restritos dos seminários e das casas de formação para se tornar um curso acessível a todos, não somente aos futuros padres e pastores, mas também aos leigos, religiosos, animadores de comunidade, e demais agentes de pastoral” (Antônio Mesquita Galvão, teólogo leigo e escritor). Existem vários cursos de mariologia, quer nos centros de teologia e nas comunidades, quer por correspondência. As editoras têm publicado muitos livros marianos, que trazem as reflexões dos teólogos.

Veja também

Mulher e religião
Virgem Maria nos concílios ecumênicos
Anexo:Títulos de Maria, mãe de Jesus
Dogmas e doutrinas marianas
Manifesto de Dresden
Maria no Código de Direito Canônico
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
A Virgem Maria na formação intelectual e espiritual. Texto da Congregação para a Educação Católica.
Livro:"As Aparições da Cova da Iria" por António Monteiro (edição digital em pdf, download)








sábado, 31 de dezembro de 2016

Fotos da Senhorita Di Lorena na Cidade Luz Paris/ Photos de Mademoiselle Di Lorena dans la Ville Lumière Paris


Um Video da Diva Francesa Edith Piaf
 A bela cidade de Paris




Nesta foto a visita ao túmulo do vocalista do The Doors Jim Morrison

Foto da Senhorita Di Lorena na Cidade Luz Paris
Foto de Mademoiselle Di Lorena dans la Ville Lumière Paris


Público se concentra na Times Square para Ano Novo com segurança reforçada em Nova York

                                       

Público se concentra na Times Square para Ano Novo com segurança reforçada em Nova York

Por Frank McGurty

NOVA YORK (Reuters) - Um verdadeiro mar de pessoas começou a convergir na Times Square na tarde deste sábado para acompanhar a descida da bola brilhante de Ano Novo, uma tradição centenária que será apresentada este ano sob um reforçado esquema de segurança sem precedentes.

Aproximadamente 2 milhões de pessoas, cercadas por um anel de caminhões de areia de 40 toneladas e algo em torno de 7.000 policiais, devem se reunir para assistir à cerimônia de passagem do ano, na qual a esfera de brilhantes vai completar sua descida à meia-noite, marcando o início de 2017.

Apesar de autoridades municipais e federais dizerem que não têm conhecimento de qualquer ameaça terrorista, as lembranças de dois ataques recentes com caminhões na Europa preocupa os organizadores do evento na Times Square, que atrai uma multidão para celebrar a passagem de ano desde o início do século 20.

Na elaboração do plano de segurança, a polícia de Nova York disse que prestou atenção às lições aprendidas com os recentes ataques na Alemanha e na França, onde suspeitos intencionalmente lançaram veículos sobre multidões, matando dezenas de pessoas.

Apesar da presença policial em peso, ou talvez por causa disso, uma multidão de pessoas, muitas delas vindas do exterior, chegou horas mais cedo para obter uma visão privilegiada dos festejos, que incluirão performances musicais de Mariah Carey, Thomas Rhett e Gloria Estefan. Embora o céu esteja nublado, espera-se que as temperaturas se mantenham em 5 graus Celsius, sem chuva, na hora da virada.

Às 23h59, a bola feita de cristais, com 152 centímetros de diâmetro, começará a deslizar por um poste que fica no topo de um edifício no ponto em que a Broadway atravessa a Sétima Avenida. Quando terminar sua descida à meia-noite, um sinal "2017" gigante será iluminado e fogos de artifício irão iluminar o céu de Nova York.

Ao longo da noite, um perímetro de proteção de 65 caminhões repletos de areia, bem como cerca de 100 outros veículos menores, cercará a Times Square. Colocados em posições estratégicas, os "bloqueadores" serão colocados para evitar qualquer repetição dos ataques de caminhão em Berlim e Nice deste ano, de acordo com as autoridades.

As forças policiais escolheram a mesma estratégia usada para o Desfile de Ação de Graças em Nova York, depois que militantes do Estado Islâmico incentivaram seguidores a atacarem o evento, que atraiu cerca de 3,5 milhões de pessoas para as ruas da maior cidade dos Estados Unidos.  Os caminhões de bloqueio também foram posicionados perto da Trump Tower depois que Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos, em novembro.

Além disso, para este Ano Novo Nova York terá equipes policiais fortemente armadas, atiradores de elite, cães farejadores de bombas e helicópteros. A Guarda Costeira e barcos da polícia também irão patrulhar as vias navegáveis ​​em torno de Manhattan.

Outras grandes cidades dos Estados Unidos, como Chicago e San Francisco, também empregaram segurança pesada para proteger as multidões que se reunirão para os eventos de Ano Novo.
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Polícia diz que embaixador grego foi assassinado por amante de sua mulher


Polícia diz que embaixador grego foi assassinado por amante de sua mulher

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A polícia brasileira disse nesta sexta-feira que um policial do Rio de Janeiro confessou ter esfaqueado até a morte o embaixador da Grécia a mando da esposa do diplomata, de quem era amante.

A esposa, o policial e um primo do policial - que agiu como vigia e ajudou a transportar o corpo do embaixador - estão todos presos enquanto a investigação continua, disseram os policiais em coletiva de imprensa no Rio de Janeiro.

O embaixador grego Kyriakos Amiridis, de 59 anos, estava desaparecido desde a noite de segunda-feira. Sua esposa, a brasileira Françoise, só informou a polícia sobre o desaparecimento na quarta-feira. O casal tem uma filha de 10 anos de idade.

Amiridis serviu como cônsul-geral da Grécia no Rio entre 2001 e 2004. Mais recentemente, foi embaixador de seu país na Líbia e assumiu o posto principal da representação grega no Brasil no início de 2016.

O governo brasileiro confirmou a morte do embaixador nesta sexta-feira e prestou condolências ao povo grego, ao presidente do país, Prokopis Pavlopoulos, e ao primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.

"Neste momento de dor e pesar, ofereço, em nome dos brasileiros, minhas condolências e solidariedade ao Governo e ao povo da Grécia, em particular aos familiares e pessoas próximas ao Embaixador Amiridis”, disse o presidente Michel Temer em carta enviada ao presidente Pavlopoulos.

O corpo carbonizado do embaixador foi encontrado dentro do veículo que tinha sido alugado por Amiridis e sua esposa, embaixo de um viaduto em uma estrada na região em que o casal estava hospedado no Rio.

O incidente é outro golpe à imagem do Rio, apenas quatro meses após ter sediado os Jogos Olímpicos.

(Por Paulo Prada e Brad Brooks)

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Rússia pede a Conselho de Segurança da ONU que endosse cessar-fogo na Síria

Conselho de Segurança da ONU. 19/12/2016. REUTERS/Andrew Kelly

Por David Ingram

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A Rússia exortou o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira a dar sua bênção a um frágil cessar-fogo na Síria, a terceira trégua adotada neste ano visando um fim aos quase seis anos da guerra síria.

O Conselho de Segurança se reuniu a portas fechadas durante uma hora para analisar a resolução proposta, que endossa o cessar-fogo que a Rússia e a Turquia anunciaram na quinta-feira.

    É possível que ocorra uma votação já no sábado, embora membros do conselho tenham recomendado mudanças no esboço, que provavelmente será revisado, disse o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, a repórteres após a reunião.

    "Acho que essas acomodações podem ser absorvidas facilmente no esboço", disse.

    Não ficou claro de imediato se a resolução terá um apoio amplo. O texto será estudado atentamente de sexta-feira para sábado, disse um diplomata ocidental, falando sob condição de anonimato.

    Confrontos, bombardeios e ataques aéreos ocorridos no oeste da Síria prejudicaram a trégua nesta sexta-feira pouco depois de sua entrada em vigor à meia-noite local, e os episódios de violência pareciam se agravar com o passar das horas.

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Governo analisa alternativas para Estados em situação mais crítica, diz Meirelles


Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. 30/09/2016. REUTERS/Paulo Whitaker

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o governo está analisando soluções para os Estados em situação mais crítica de endividamento, mas que eles precisarão estar de fato com problemas de solvência para se enquadrarem no projeto de recuperação fiscal.

"Estamos analisando o que fazer com os Estados em situação mais crítica" até a aprovação de um plano de recuperação, disse Meirelles a jornalistas.

"O que existe agora em discussão é exatamente o projeto de recuperação fiscal judicial das dívidas e dos Estados que estão com problemas de solvência", disse Meirelles.

O ministro, entretanto, não deu detalhes sobre o projeto de recuperação fiscal em estudo, mas destacou que não há hoje caminho jurídico para permitir o adiamento do pagamento das dívidas.

De olho na recuperação econômica após um ano de forte recessão, Meirelles projetou que o Brasil apresentará no quarto trimestre de 2017 um crescimento de 2 por cento na comparação com o mesmo período do ano anterior.

"Daqui para a frente temos que ter um outro desafio importante... que é a capacidade do Brasil de crescer a taxas maiores, e portanto gerar mais renda para a população", disse ele após cerimônia de assinatura da adesão do Brasil ao Clube de Paris.

Ele afirmou ainda que o plano de regularização tributária envolverá empresas com prejuízos acumulados fortes, e que o governo está dando início a estudos para a reforma tributária.

Questionado sobre a correção da tabela do Imposto de Renda, o ministro disse que ela pode ser anunciado ainda nesta sexta-feira, ou na próxima segunda.

(Reportagem de Cesar Raizer)

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Parabéns Ester do 9º Ano da Universidade Infantil pela sua aprovação no Curso de Eletrônica IFPE

 Ester com os pais

Todos os professores UI/Performance Parabeniza a querida aluna Ester do 9º Ano que foi aprovada no Curso de Eletrônica do IFPE. Ester a sua conquista é um orgulho para todos nós que vem acompanhando  a sua trajetória ao longo desses anos. Lembre-se que a sua vitória é um reconhecimento para o nosso trabalho como também para os seus queridos pais que tem lhe dado uma educação esmerada como educadores brilhantes que são. Parabéns!!!!  Ester essa é apenas uma das grandes conquistas que virão ao  longo de sua vida querida aluna de ouro. Tio Alarcon

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Pessoas em busca de emprego fazem fila em local com vagas de trabalho em Brasília

SÃO PAULO (Reuters) - A taxa de desemprego brasileira subiu para 11,9 por cento no trimestre até novembro, máxima da série histórica, depois de permanecer em 11,8 por cento por três vezes seguidas, e o número de desempregados chegou a um recorde de 12,1 milhões de pessoas.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostrou que o número de desempregados no período subiu 33,1 por cento na comparação com o mesmo período de 2015, atingindo um total de 12,132 milhões de pessoas, maior nível para a série iniciada em 2012. Nos três meses até outubro eram 12,042 milhões de pessoas sem emprego.

A taxa de desemprego divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira não foi ainda pior porque aumentou o número de pessoas fora da força de trabalho.

Esse grupo representa aqueles que não estão procurando emprego e por isso saem da conta e aumentou 1,5 por cento no período entre setembro e novembro sobre o ano anterior, o que representa 967 mil trabalhadores.

A população ocupada continuou diminuindo, registrando um recuo de 2,1 por cento no trimestre até novembro sobre o ano anterior, ou 1,941 milhão de pessoas a menos.

A apatia do mercado de trabalho é reflexo da forte retração econômica pela qual o país passa, com a taxa de desemprego bem acima da leitura de 9,0 por cento no trimestre até novembro de 2015.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de que o dado dos três meses até novembro ficasse em 11,9 por cento.

A renda média do trabalhador, ainda segundo a Pnad Contínua, caiu mais uma vez, mostrando perda de 0,5 por cento sobre o mesmo período do ano passado, a 2.032 reais.

A recessão econômica vem ajudando a inflação a perder força no país em meio ao desemprego alto, mas as perspectivas não são de recuperação sustentada em breve, com a atividade mostrando dificuldades de retomada.A última pesquisa Focus do Banco Central mostra que os economistas veem uma expansão de apenas 0,5 por cento em 2017, após contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,49 por cento este ano.

(Por Camila Moreira)

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

KRAFTWERK new song 2011 "Music international"

KRAFTWERK new song 2012 "Musique Electronique"

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A Grande Questão A inteligência artificial está melhorando ou está tomando conta da nossa vida?

A Grande Questão

A inteligência artificial está melhorando ou está tomando conta da nossa vida?
The New York Times

Este artigo faz parte do especial Ano em transformações do "The New York Times News Service & Syndicate" que o UOL publica exclusivamente no Brasil. Ao final desta página você encontrará outros artigos relacionados a esse especial.
http://www.uol/noticias/especiais/nyt-retrospectiva-a-grande-questao.htm#tematico



A inteligência artificial está melhorando ou tomando conta da nossa vida? De carros autônomos a robôs inteligentes, passando por drones e computadores campeões de xadrez, será que a tecnologia está tornando nossa vida mais interessante, conveniente e segura? Ou será que está evoluindo mais rápido do que podemos assimilar?

Garry Kasparov, Nnedi Okorafor, Faith Popcorn, Shauna Mei, Neil Harbisson, Joi Ito e Susan Bennett comentam o impacto da IA em todos nós.
The New York Times
Por Garry Kasparov

As máquinas vêm substituindo o ser humano desde que a primeira foi inventada, há milhares de anos – e, logo no dia seguinte, provavelmente já gerou empregos, quando três pessoas tiveram de consertá-la. Somos adaptáveis. E criativos. Usamos máquinas para fazer coisas novas, resolver problemas novos e criar setores que nem tínhamos imaginado. O alarmismo é fácil e natural; vemos o que está sendo perdido, mas não enxergamos as coisas novas até o momento em que elas chegam.
Do que aprendi com as partidas de xadrez que disputei contra o computador Deep Blue da IBM, vinte anos atrás, nós sempre vamos encontrar uma forma de construir máquinas que imitem nosso desempenho. E embora o ser humano continue a jogar xadrez, várias profissões vão continuar se tornando obsoletas conforme as máquinas forem se tornando mais capazes. A boa notícia é que os equipamentos inteligentes também nos libertam do trabalho tedioso, permitindo-nos mais criatividade e ambição – apesar, é claro, de que a liberdade de uns ser o desemprego de outros, pelo menos em curto prazo.

A ambição é essencial para nos mantermos à frente da automatização e é isso que me preocupa muito mais do que robôs assassinos. Os enormes aumentos de produtividade que as máquinas possibilitam devem ser investidos agressivamente, e não desperdiçados. Somos muito bons de ensinar os robôs a cumprirem nossas antigas obrigações, ou seja, a solução é continuar a inventar máquinas novas. A única segurança da raça humana é continuar promovendo o novo e o desconhecido.

(Garry Kasparov é o diretor da Human Rights Foundation e ex-campeão mundial de xadrez. Seu livro, “Deep Thinking”, fala da relação homem-máquina e será publicado pela "Public Affairs" em março/abril de 2017.)

Anya Okorafor-Mbachu/The New York Times
Por Nnedi Okorafor

Quando contemplo o futuro impacto da inteligência artificial na humanidade, o que me vem à mente são as estradas africanas. Robôs humanoides gigantes, de produção local, já estão policiando as ruas de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Com quase 2,5 m, movidos a energia solar, ficam parados no meio dos principais cruzamentos, onde mantêm o tráfego fluindo e os motoristas e pedestres seguros.

Criados por Thérèse Izay Kirongozi, engenheira da cidade, as máquinas têm a parte superior do "corpo" rotativa, o que lhes permite fazer o trabalho de quatro semáforos. Também estão equipadas com câmeras que registram e monitoram os motoristas. Esses guardas de trânsito robóticos trabalham em tempo integral e são queridos pela população local (sem contar que não aceitam propina).
Já se fala em levá-los para outros cruzamentos de outras cidades africanas. Uma vez que forem instalados em cidades de trânsito congestionado como Lagos e Cairo, a próxima etapa lógica será melhorá-los com inteligência artificial para poderem cumprir suas tarefas complexas ainda melhor. As ruas das grandes metrópoles do continente ficarão livres, abrindo caminho para a eficiência em uma escala mais abrangente.

(Nnedi Okorafor é escritora de ficção científica e fantasia. Seu romance juvenil, “Akata Witch 2: Akata Warrior”, sai no segundo semestre de 2017.)
Victor Jeffreys III/The New York Times
Por Faith Popcorn

Sim, é possível que milhares de pessoas sejam substituídas por robôs: segundo a Universidade de Oxford, 47%o dos trabalhadores norte-americanos perderão o emprego para a automatização nas duas próximas décadas. Pepper, o robô humanoide, está roubando o emprego das recepcionistas; o serviço de inteligência artificial Brain.fm está compondo a música que nossos atletas olímpicos ouvem enquanto treinam; o programa Quill está escrevendo notícias financeiras. Uma renda mínima garantida será instaurada nos EUA em breve, quando os salários forem coisa do passado.

Porém, ao mesmo tempo, o reconhecimento de voz e o software de transcrição nos permitirão falar, e não escrever, nossos Grandes Romances Norte-Americanos. Aplicativos de tradução estão a ponto de fazer fluir as conversas em tempo real ao redor do mundo. Watson, o supercomputador da IBM, pode ter salvado a vida de uma mulher em Tóquio, descobrindo seu tipo raro de leucemia quando os médicos não conseguiram fazê-lo. Robôs como Robear (um robô cuidador/enfermeiro com cara de urso) ajudarão a aliviar a solidão quando nossa perspectiva de vida espichar para os 150 anos. Com a mente livre do tédio e dificuldade do trabalho, talvez consigamos elevar o nível de nossa sociedade e aproveitar uma nova Era Dourada. Estou dentro.

(Faith Popcorn é futurista, escritora e CEO da consultoria estratégica Brain Reserve.)
Marcos Fecchino/The New York Times
Por Shauna Mei

Quando compramos roupa, pensamos no tamanho, no preço e na cor, mas outros fatores são igualmente importantes: o estilo, a sensação e o caimento no corpo e o impacto de sua produção na economia local. Esses elementos devem ser definidos por um ser humano.
A inteligência artificial melhora esse julgamento; aprende seu “estilo”, sua propensão em relação ao “consumo consciente” e seus hábitos de compra para então escolher itens específicos de um catálogo com uma eficiência que você jamais teria. Esse filtro prevê suas compras muito melhor do que as recomendações de qualquer stylist, por mais experiente que seja.

No AHAlife.com, começamos a usar algoritmos para nos auxiliar com dois comportamentos de previsão: mostrando os produtos certos ao cliente antes mesmo que ele saiba que os quer e fornecendo a cópia correta para encorajá-lo a comprar. No mundo novo das "compras de descobertas" on-line, mesmo quando suas preferências guiam sua procura, as escolhas são muito amplas. A inteligência artificial com um toque humano o ajuda a ganhar tempo e fazer compras mais coerentes.
(Shauna Mei é CEO e fundadora da AHALife, portal de venda de produtos selecionados.)

Hector Adalid/The New York Times
Por Neil Harbisson

Não acho que as máquinas terão interesse em nos matar ou destruir; não seria inteligente – e, aliás, o ser humano já sabe fazer isso. Evitar a morte por robôs, porém, não é a nossa única preocupação, agora que a inteligência artificial começa a despontar. Se não queremos que a tecnologia seja mais inteligente que nós, então os humanos precisam se tornar mais tecnologia. Se nos transformarmos em ciborgues, poderemos evoluir na mesma proporção que nossos correspondentes tecnológicos. Adicionando sentidos artificiais ao nosso corpo, poderemos aumentar a nossa percepção da realidade, adquirir mais conhecimento e nos tornarmos mais inteligentes.
Somos a primeira geração que pode realmente decidir o que quer ser enquanto espécie. Podemos acrescentar novos sentidos e órgãos para aumentar a capacidade do nosso corpo de vivenciar o mundo. Podemos, de fato, nos reprojetarmos. Nosso passo evolucionário atual é a fusão com a tecnologia e, assim, tomar parte ativa no nascimento da nossa própria versão futura.

(Neil Harbisson é um artista britânico e ativista ciborgue. Daltônico, tem uma antena implantada no crânio que o permite estender sua percepção de cores além do espectro visual.)
Mizuka Ito/The New York Times
Por Joi Ito

Grande parte das pesquisas sobre inteligência artificial (IA) hoje se concentra no aprendizado das máquinas, ou seja, os engenheiros as “treinam” para aumentar a inteligência coletiva de nossos governos, mercados e sociedades. Essa versão “estendida” (IE) provavelmente se tornará a forma dominante. Só que há um problema: os algoritmos que a criam são treinados por humanos e, consequentemente, podem propagar as mesmas tendenciosidades que atingem a sociedade, perpetuando-as sob a ilusão de "inteligência". Veja, por exemplo, os algoritmos de previsão de policiamento usados para determinar quais os bairros devem ser mais vigiados por causa das atividades criminais, ou quem deve ser classificado como terrorista. A menos que usemos uma base ética e moral, a tecnologia que deveria melhorar o nosso bem-estar, pode, de fato, ampliar os piores aspectos de nossa sociedade.

O uso bem-intencionado de tecnologias em desenvolvimento pode dar errado. Em 2003, fui um dos autores de um trabalho que previa que uma internet aberta teria um papel significativo na democratização das sociedades e na instauração da paz. Mais tarde, nos primórdios da Primavera Árabe, a impressão foi a de que a rede tinha, de fato, ajudado a começar o levante – mas conforme ela se torna um espaço cada vez mais tomado pelo preconceito e pela trollagem maliciosa, além de se tornar plataforma para organizações como o Estado Islâmico avançarem sua onda de ódio, fico imaginando o que foi que deu errado. Tenho o mesmo tipo de preocupação em relação ao desenvolvimento e uso da IE.

É absolutamente essencial desenvolver um modelo de evolução para o desenvolvimento de nossa ética, governo, sistema educacional e mídia na era da inteligência da máquina. Temos de dar início a uma discussão mais ampla e mais profunda sobre como a sociedade se desenvolverá junto com essa tecnologia, bem como montar um novo tipo de ciência da computação que seja não só "inteligente", mas também responsável socialmente. Se permitirmos que a IE se desenvolva sem um direcionamento cuidadoso da forma como se integra e afeta a sociedade, ela pode ampliar tendências e entidades perigosas. E talvez percebamos isso só quando for tarde demais.

(Joi Ito é o diretor do Media Lab do MIT, laboratório de pesquisas dedicado à integração da tecnologia com a arte e o design.)
Tyrone Myrick/The New York Times

Por Susan Bennett

Parece que não temos de usar o cérebro tanto quanto antes. Qualquer um de nossos dispositivos digitais pode nos fornecer a informação que antigamente nos teria exigido pesquisa, a leitura de livros... usar o computador que temos na cabeça. Será que o cérebro atrofia da mesma forma que o músculo que não é usado? Enquanto as máquinas estão ficando mais inteligentes, será que não está acontecendo o contrário conosco?

Se os robôs não forem programados com emoções humanas, teremos então novas criaturas inteligentes que não odiarão umas às outras por causa de raça, credo ou religião, coisa que os humanos parecem incapazes de fazer nos seis mil anos que o homem dito civilizado está no planeta – mas será que conseguirá criar arte, música, literatura, comédia?

Estamos prestes a descobrir isso nos próximos anos. Talvez a IA substitua os humanos e a Siri nos leve tranquilamente para o mar. Sorte que o comando não será o meu, pois, desde o i0S7, a Apple mudou as vozes originais da Siri no mundo todo. Quem sabe seja a do Morgan Freeman?
(Susan Bennett é atriz, dubladora e, em 2011, se tornou a voz original do Siri no iPhone da Apple.)

George Michael morre por insuficiência cardíaca aos 53 anos, diz site

George Michael (Foto: Leon Neal / AFP)


George Michael morre por insuficiência cardíaca aos 53 anos, diz site

Michael Lippman revelou a causa da morte ao site "The Hollywood Reporter". O artista morreu em casa, na Inglaterra, no dia de Natal.

Lucinei Acosta

Do EGO, no Rio
 
O cantor George Michael morreu neste domingo de Natal, 25, aos 53 anos por insuficiência cardíaca. Michael Lippman, representante e amigo de longa data do artista, informou a causa da morte ao site "The Hollywood Reporter". Lipmann também informou que a morte ocorreu "pacificamente" enquanto ele dormia em casa, no condado de Oxfordshire, na Inglaterra.
"É com grande tristeza que confirmamos que nosso amado filho, irmão e amigo George morreu em paz e em casa durante o Natal. A família pede que sua privacidade seja respeitada neste momento difícil e emocional. Não haverá mais nenhum comentário sobre o assunto", informou o representante.

Trajetória musical

Michael, cujo nome real era Georgios Kyriacos Panayiotou, nasceu em 25 de junho de 1963 em East Finchley, norte de Londres. Filho de um restaurateur com uma bailarina, teve seu primeiro contato com a música trabalhando como DJ em pequenos clubes.
Já na adolescência, se interessou pela música e começou a tocar ska com o amigo de escola Andrew Ridgeley. Na primeira metade dos anos 1980, os dois criaram o duo pop Wham!, que daria o pontapé inicial na carreira de George Michael, com hits como "Young Guns", "Wake Me Up Before You Go-Go" e "Careless Whisper". Eles seguiram a parceria até 1986, vendendo mais de 25 milhões de discos.

Michael decidiu seguir carreira solo quando a banda Wham! ainda estava no auge do sucesso internacional. Em 1987, lançou "Faith", seu primeiro disco solo, que tinha ainda hits como "Father Figure" e "Kissing a Fool". Os videclipes do álbum exploravam a sensualidade e foram responsáveis por tornar Michael como um sex symbol dos anos 1980.

Ao longo de suas quatro décadas de carreira, chegou a vender mais de cem milhões de discos. Entre as premiações, levou três Brit Awards e duas vezes o Grammy. Recentemente ele chegou a anunciar que estava trabalhando em um novo álbum com o produtor e compositor Naughty Boy. Em março de 2017, planejava lançar um documentário batizado de "Freedom".

Vida pessoal polêmica

George Michael foi conhecido pelos excessos, com prisões por porte de drogas e por atentado ao pudor em um banheiro público de um parque de Los Angeles em 1998. O fato acabou com a especulação e o obrigou a declarar publicamente sua homossexualidade e criou a música "Jesus to a Child" em homenagem ao estilista brasileiro e seu namorado Anselmo Feleppa, que morreu de Aids. Mas, antes disso, teve namoros com mulheres como atriz Brooke Shields do filme "A Lagoa Azul".
Sempre que possível, manifestou suas críticas à então primeira ministra britânica Margareth Tatcher, ao primeiro-ministro britânico Tony Blair e ao então presidente dos Estados Unidos, George Bush. Por causa de seu posicionamento político, começou a ser boicotado pelos jornais norte-americanos de direita.

Michael voltou a estampar as capas de jornais e revistas quando em 2006 foi detido pela Polícia londrina dormido ao volante de seu BMW em estado de embriaguez, supostamente agravado por consumo de maconha.
Em 2008 anunciou sua intenção de deixar de fazer shows e se afastar da vida pública, mas somente um mês depois voltava a estar de novo no foco da mídia, ao ser detido por posse de cocaína e outras substâncias.


Em 2010, Michael recebeu uma sentença de oito semanas de prisão por um incidente no qual bateu seu Range Rover contra uma loja no norte de Londres.
Em 2011, Michael foi forçado a cancelar uma série de shows para tratar uma pneumonia. Segundo a BBC, o cantor chegou a ser submetido a uma traqueostomia para conseguir respirar e chegou a ficar inconsciente durante sua estada no hospital. Voltou a estar internado 18 meses depois por causa de uma lesão na cabeça provocada durante um estranho incidente em uma estrada britânica no qual caiu do veículo no qual circulava.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Preços da gasolina e do diesel sobem pela 3ª semana consecutiva, aponta ANP

Funcionário abastece veículo em posto de combustíveis em São Paulo, Brasil
08/11/2016 REUTERS/Paulo Whitaker

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os preços da gasolina e do diesel vendidos nos postos do Brasil subiram pela terceira semana consecutiva, após a Petrobras elevar no início do mês os preços nas refinarias, apontou nesta sexta-feira pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Entre 18 e 24 de dezembro, a gasolina na bomba subiu 0,45 por cento, para 3,759 reais/litros em média, após ter avançado 1,38 por cento na semana anterior.

Já o preço médio do diesel avançou 0,43 por cento, para 3,038 reais/litros após avanço de 1,41 por cento na semana anterior.

A Petrobras elevou, no dia 6 de dezembro, os preços do diesel nas refinarias em 9,5 por cento e da gasolina em 8,1 por cento, em média.

Desde que a nova política de preços da petroleira passou a vigorar, em outubro, a Petrobras elevou os valores uma vez e reduziu em duas oportunidades. Mas as reduções não chegaram às bombas, com os agentes do mercado melhorando margens.

Os preços dos combustíveis fósseis nas refinarias estão sujeitos a alterações mais frequentes com a nova política de preços da estatal.

(Por Marta Nogueira)

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Conselho de Segurança da ONU exige fim de assentamentos israelenses; EUA se abstém

Construção em assentamento israelense de Beitar Ilit.  22/12/2016. REUTERS/Baz Ratner

Por Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Os Estados Unidos permitiram nesta sexta-feira que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas adotasse uma resolução exigindo um fim para os assentamentos israelenses, desafiando assim a pressão do presidente eleito Donald Trump, de Israel e de parlamentares norte-americanos que fizeram um apelo para que Washington exercesse o seu poder de veto.

A abstenção dos EUA abriu o caminho para que o conselho de 15 membros aprovasse a resolução com 14 votos a favor, provocando aplausos.

A ação do governo de Barack Obama rompeu com a longa atitude norte-americana de proteger Israel, aliado antigo de Washington que recebe mais de 3 bilhões de dólares em ajuda militar anual dos EUA. Os EUA, junto com Rússia, França, Reino Unido e China, têm poder de veto no conselho.

A resolução, apresentada por Nova Zelândia, Malásia, Venezuela e Senegal, um dia depois de o Egito retirá-la por causa da pressão de Israel e Trump, foi a primeira a ser adotada pelo conselho sobre o tema dos israelenses e palestinos em quase oito anos.

Israel e Trump pediram para que o governo Obama vetasse a medida. Trump escreveu no Twitter depois da votação: “Sobre as Nações Unidas, as coisas serão diferentes depois de 20 de janeiro”. Ele fez referência ao dia em que toma posse no lugar de Obama.

Samantha Power, a embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, disse: “É por essa resolução refletir os fatos no local e ser consistente com a política dos EUA em governos republicano e democrata que os EUA não a vetam”.

“É por esse fórum ser com muita frequência parcial contra Israel, por haver importantes temas que não são tratados de forma suficiente nessa resolução e pelos EUA não concordarem com cada palavra nesse texto, que os EUA não votam a favor”, acrescentou.

A abstenção foi vista como uma palavra final de Obama, que manteve uma relação difícil com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e que fez dos assentamentos um alvo importante de esforços de paz que acabaram se provando inúteis.  A resolução exige que Israel “imediatamente e completamente termine com todas as atividades de assentamento no território ocupado palestino, incluindo o leste de Jerusalém” e diz que o estabelecimento de assentamentos por Israel “não tem validade legal e constitui uma violação flagrante sob a lei internacional”.

Os palestinos querem um Estado independente na Cisjordânia, Gaza e leste de Jerusalém, áreas capturadas por Israel na guerra de 1967.

A ação das Nações Unidas foi “um grande golpe para a política israelense, uma condenação internacional unânime aos assentamentos e um apoio forte para a solução dos dois Estados”, disse um porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em comunicado publicado na Wafa, agência oficial de notícias palestina.

Israel contesta que os assentamentos sejam ilegais e diz que o status final deve ser determinado nas negociações sobre o Estado palestino.

A aprovação da resolução não muda nada na prática entre israelenses e palestinos e provavelmente será ignorada pelo governo de Trump.

No entanto, ela é mais do que algo meramente simbólico. A resolução consagra formalmente a desaprovação da comunidade internacional em relação à construção de assentamentos e pode incentivar mais medidas palestinas contra Israel em fóruns internacionais.

"Era para ser esperado que o maior aliado de Israel agisse de acordo com os valores que compartilhamos, e que eles vetassem essa resolução lamentável. Eu não tenho dúvidas de que o novo governo dos EUA e o próximo secretário-geral das Nações Unidas vão iniciar uma nova era em termos de relação das Nações Unidas com Israel”, afirmou o embaixador israelense na ONU, Danny Danon, após a votação.

Segundo uma declaração do gabinete de Benjamin Netanyahu, Israel não vai cumprir com os termos da resolução. "Israel rejeita essa vergonhosa resolução anti-Israel da ONU e não irá cumprir seus termos", disse o comunicado.

(Reportagem adicional de Maayan Lubell em Jerusalém, Susan Heavey em Washington, Matt Spetalnick em Nova York e Ali Sawafta em Ramallah)
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