Konstantinos - Uranus

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Mulheres Que Marcam O Século XXI: Condoleezza Rice


Condoleezza Rice

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Condoleezza Rice (Birmingham, 14 de novembro de 1954) é uma cientista política e diplomata estadunidense. Foi a 66ª Secretária de Estado de seu país, servindo na administração do presidente George W. Bush entre 2005 e 2009.

Tornou-se assistente do presidente dos Estados Unidos para casos da segurança nacional, cargo denominado geralmente como de Conselheiro da Segurança Nacional, em 22 de Janeiro de 2001, sob o presidente George W. Bush. É a segunda afro-americana (após Colin Powell) e segunda mulher (após Madeleine Albright) a deter o cargo. Rice é solteira. Com 19 anos de idade, Rice ganhou seu grau de bacharelado em ciência política da Universidade de Denver com Cum Laude e Phi Beta Kappa em 1974. Em 1975 obteve seu grau de mestrado da Universidade de Notre Dame e em 1981 o seu doutorado pela escola graduada de estudos internacionais na Universidade de Denver. Está no conselho de administração (board of directors) das empresas Chevron Corporation, Charles Schwab Corporation, a Fundação William & Flora Hewlett, a universidade de Notre Dame, o conselho consultivo internacional da J.P. Morgan e ainda no conselho de administração da Orquestra Sinfônica de São Francisco.

Foi um membro do conselho administrativo fundador do "centro para uma geração nova", um fundo de apoio educacional para a sustentação de instituições educacionais em Palo Alto leste e de East Menlo e foi vice-presidente do "clube dos meninos e meninas da península". Além disso, seu serviço passado como administradora abrangeu organizações como Transamerica Corporation, Hewlett Packard, a Carnegie Corporation, a fundação Carnegie para a paz internacional, a Rand Corporation, conselho nacional para os estudos soviéticos e leste-europeus, a Mid-Peninsula Urban Coalition e ainda a KQED, uma rádio pública que emite em São Francisco.

Infância

Conhecida como "Condi" por seus amigos, Rice foi educada em Birmingham, Alabama como única criança de seus pais, Angelena Rice e o Reverendo John. Seu pai era o pastor na igreja presbiteriana de Westminster e sua mãe era professora de música. Ambos os pais eram professores da universidade. Seu nome é uma corruptela do termo musical italiano con dolcezza, o qual é uma instrução para tocar "com ternura". Nasceu no mesmo ano da decisão histórica relativa à educação nos Estados Unidos chamada "Brown v. Board". Rice tinha nove anos quando sua colega de escola Denise McNair foi assassinada no atentado à bomba à Igreja Batista da Rua Quatorze, cometido por supremacistas raciais brancos a 15 de setembro de 1963. Rice afirma que sua infância durante o período da segregação ensinou-lhe a determinação no encontro com a adversidade, e a necessidade ser "duas vezes melhor" do que as não-minorias.

Carreira acadêmica

Com quinze anos de idade, Rice registrou-se e começou a atender a aulas na universidade de Denver, com o objetivo de se tornar uma pianista de concerto. O seu plano mudou quando atendeu a um curso de política internacional ensinado por Josef Korbel que acendeu o seu interesse pela União Soviética e relações internacionais, conduzindo a que tenha dito que "Korbel é uma das figuras centrais na minha vida". Na Universidade de Stanford, Rice obtém a cadeira de professora da ciência política, o título de "Senior Fellow of the Institute for International Studies", e de Fellow (por cortesia) da Hoover Institution. De 1993-1999 serviu como o Provost de Stanford, como responsável maior a nível acadêmico, incluindo o orçamento principal da universidade. Rice serviu na posição de Provost por seis anos, tendo deixado essa posição em 1 de julho de 1999. Rice é um membro da Academia Americana das Artes e Ciências e recebeu o doutorado honoris causa do Morehouse College em 1991, da Universidade do Alabama em 1994, da Universidade de Notre Dame em 1995 e do Faculdade de Direito do Mississippi College em 2003.

Carreira política

No Fórum Econômico Mundial em 2008.
A partir de 1989 e até março de 1991 (queda do muro de Berlim e dias finais da União Soviética), serviu na administração de George H. W. Bush como o director, e então o director sénior, dos assuntos soviéticos e leste-europeus no conselho de segurança nacional, e um assistente especial ao presidente para casos da segurança nacional. Nesta função, Condoleezza Rice adquiriu os maiores méritos co-formulando a estratégia do presidente Bush e do secretário de estado James Baker em favor da reunificação alemã. Impressionou de tal forma o presidente Bush que ele a introduziu a Mikhail Gorbachev como "quem me diz tudo sobre a União Soviética." Em 1996, como membro do conselho de relações externas, ela serviu como o assistente especial ao director do Estado Maior Conjunto (Joint Chiefs of Staff). Em 1997 serviu no comité consultivo federal nas questões de sexo (gender) no treinamento integrado das forças armadas. Rice foi um membro do conselho de diretores da Chevron Corporation (que deu o nome Condoleezza Rice a um navio petroleiro, mais tarde rebatizado discretamente de Altair Voyager) e dirigiu o seu comité de política pública até que renunciou em 15 de janeiro de 2001. Durante a campanha de eleição de George W. Bush em 2000, Rice fez um ano sabático na universidade tendo-se tornado posteriormente a conselheira da política externa de George W. Bush. Em 17 de Dezembro de 2000, Rice foi escolhida para servir como a conselheira da segurança nacional e deixou a sua posição da Universidade de Stanford.

Governo Bush

Com a sua nomeação como Conselheira de Segurança Nacional, Rice transformou-se numa figura controversa. A comunidade Afro-Americana encontra-se polarizada entre aqueles que elogiam o seu papel como a primeira Conselheira de Segurança Nacional negra, outros chamando-lhe uma "traidora da raça"; por alegadamente não apoiar as causas Afro-Americanas. Em 2003, Rice foi atraída pelo debate sobre a política das admissões de "ação afirmativa" na universidade de Michigan.

A 18 de Janeiro de 2003, o periódico Washington Post reivindicou que esteve envolvida na formação de opiniões do presidente Bush sobre diversidade. Mas no mesmo dia, Rice liberou uma indicação que contradizia isto, ao afirmar que acredita que a raça pode ser um factor a considerar nas políticas de admissão das universidades. Dra. Rice foi também uma das apoiantes declaradas da Guerra do Iraque em 2003. Após a entrega pelo Iraque da sua declaração sobre armas da destruição maciça às Nações Unidas em 8 de dezembro de 2002, foi Rice que escreveu e submeteu um editorial ao The New York Times intitulado "Porque sabemos que o Iraque mente?".

Em março de 2004, Rice esteve envolvida em uma grande polêmica devido a sua recusa para testemunhar publicamente sob juramento perante a comissão de inquérito nacional aos Ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001.[3] Como explicação, a Casa Branca reivindicou o privilégio executivo perante a separação constitucional dos poderes e citou a tradição em recusar pedidos para seu testemunho público. O debate acerca do seu papel na política antiterrorismo aumentou após o testemunho e com a publicação do livro de Richard Clarke, "De encontro a todos os inimigos".

Sob pressão, George W. Bush concordou permitir que testemunhasse publicamente desde que não estabeleça um precedente (da equipe de funcionários presidencial que está sendo requerida para aparecer perante o congresso quando pedido). No final, sua aparência perante a comissão de inquérito em 8 de Abril de 2004 foi julgada aceitável, em parte porque não estava aparecendo perante o Congresso. Rice transformou-se assim no primeiro conselheiro da segurança nacional em funções a testemunhar em matérias da política.

Teatro

Condoleezza Rice sonha ainda transformar-se em pianista de concerto e interpretou ao piano no Constitution Hall, em abril de 2002, uma sonata para violino em Ré menor de Brahms, acompanhada do violoncelista Yo-Yo Ma.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

BNDES pagará R$100 bi integralmente ao Tesouro em 2016, após aprovação do TCU


BNDES pagará R$100 bi integralmente ao Tesouro em 2016, após aprovação do TCU

 Sede do BNDES no centro do Rio de Janeiro. 22/11/2016  REUTERS/Sergio Moraes

Por Marcela Ayres e Aluísio Alves

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai pagar neste ano antecipadamente ao Tesouro Nacional 100 bilhões de reais que serão utilizados integralmente para abatimento de dívida pública, anunciaram o banco e o Tesouro nesta quarta-feira.

O anuncio ocorreu após o Tribunal de Contas da União (TCU) decidir por unanimidade, nesta quarta, que a operação de pagamento antecipado é legal.

Inicialmente, o pagamento estava previsto para ser realizado em três parcelas anuais, sendo 40 bilhões de reais neste ano e outras duas parcelas de 30 bilhões de reais em 2017 e 2018, respectivamente.

"O pagamento de empréstimos (...) será integralmente usado para amortizar a dívida pública bruta, o que representará uma melhora substancial e imediata no nível de endividamento", disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

A redução total na dívida bruta, atualmente acima de 70 por cento do Produto Interno Bruto, será de 137,3 bilhões de reais, disseram o Tesouro e o BNDES em comunicado conjunto, já que a antecipação do pagamento representa uma redução dos custos com subsídios implícitos de aproximadamente 37,3 bilhões de reais a valor presente nos próximos 35 anos.

Segundo os cálculos, o impacto positivo da medida será equivalente a 2,2 por cento do PIB.

O relator do caso no TCU, ministro Raimundo Carreiro, sublinhou que os recursos devem se destinar exclusivamente ao abatimento da dívida da União, rechaçando eventual direcionamento para auxílio a Estados.

O montante devolvido integra os mais de 500 bilhões de reais que foram repassados ao BNDES nos últimos anos por meio da emissão direta de títulos públicos, para que o banco concedesse empréstimos a juros subsidiados que tinham por objetivo impulsionar a economia. Segundo o governo, os 100 bilhões de reais estavam ociosos no caixa do banco e sua retirada não afetará a capacidade de financiamento do BNDES.
Em seu voto, o ministro Carreiro defendeu que a operação não seria ilegal, pois só são vedadas as antecipações que tenham por efeito a criação de uma dívida para a União.

"A antecipação de um pagamento no âmbito do contrato de empréstimo pelo BNDES... não tem como efeito, para o poder público que detém maioria do capital votante do BNDES, o surgimento de obrigação de pagar", escreveu ele. "Tampouco, em contrapartida, nasce para o banco crédito algum perante a União", acrescentou.

Sobre o meio de pagamento a ser adotado, o ministro do TCU deixou em aberto a possibilidade do uso de títulos e/ou recursos em espécie, destacando que o BNDES deve fazer essa escolha "de maneira rigorosamente fundamentada".

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou que a operação tem natureza financeira e que será voltada ao abatimento da dívida, afastando a possibilidade de emprego dos recursos para socorro aos Estados, que vivem grave situação financeira.

A ajuda aos entes foi levantada pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que chegou a dizer que o governo estava estudando essa alternativa para ajudar os Estados que vivem uma grave crise financeira.

Na terça-feira, a União topou dividir a multa do projeto de regularização de ativos no exterior com os Estados, o que garantirá aos governos estaduais 5 bilhões de reais. Em troca, exigiu que os Estados adotem medidas de ajuste fiscal, como a limitação do aumento de gastos à inflação do ano anterior e uma redução de 20 por cento nas despesas com pessoal não concursado.
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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Jovens Que Marcarão O Século XXI: Mateus William


Mateus William é aluno do 3º ano do Ensino Médio do Colégio e Curso Performance. O que mais me fascina nesse jovem talento é a  aptidão que ele tem para as Ciências Políticas e para outros ramos do conhecimento, onde sempre se destacou principalmente nos grandes debates de sala de aula. Mas William ultimamente vem chamando atenção dos colegas e professores. Pois não é que o garoto também vem se destacando no ramo da produção poética. Como futuro cientista político ou poeta eu só sei que o cara é um fenômeno em seus poemas de forte sentimento e de grande sensibilidade emocional, típico das carências humanas que assolam o século XXI. Eu como grande observador do meu alunado e desse jovem que com certeza marcará o nosso século como uma grande personalidade, Irei apresentar-lhes uma primeira coletânea de poesias de autoria do nosso querido aluno ou melhor do nosso poeta Mateus William. Atenção os admiradores desse tipo de literatura vejam o quanto Mateus é talentoso. Alarcon

Ambição e Nostalgia

Eu amei tudo o que você fez,
Porém eu estava amargurado.
Sentindo a inquebrável rigidez,
Deixo meu coração congelado.
Pode ser mais uma estupidez,
Vinda do sentir-me abandonado.
Para você parece insensatez,
Mas só assim serei determinado.
Em você vejo a minha verdade.
Deixando-lhe me torno trincado,
E assim abraço a realidade.
Não esqueço a cumplicidade,
Pois só nela fui tão compensado
E o que mais sentirei é saudade.

Mateus William

O Fardo de Amar Quem Não te Ama

A rocha que carrego não pode ser vista,
Mas é dedutível através do meu rosto
Que transmite toda a ideia pessimista
À media que deixo de sentir seu gosto.
Você me ofereceu um amor imposto,
Vindo de seu ego falsamente vitimista.
Assim me deixa cada vez mais exposto
E perdendo todo o desejo da conquista.
Sempre me surpreendes com o oposto,
Indo do brilhante diamante à ametista
Enquanto meu coração é decomposto.
Já que meu sentimento é contraposto,
Deduzo que não espere que eu insista.
Esquecerei, e irei viver de bom gosto.

Mateus William

Vício de amor

Você e o sol quente que almejo,
Em ti, sinto o calor constante.
Teus formosos lábios eu desejo
Em vontade de ser teu amante.
Que sublimes sejam teus dias
Pois minha vontade e incessante.
Nas noites mais longas e frias,
Amarei a mulher mais cativante.
Percorri as mais confusas vias
Para possuir teu músculo pulsante,
Pois tu evitavas o que já sentias.
Meu amor cresce tão flamejante.
Pois pequenas paixões são sadias,
Mas um grande amor, é viciante.

Mateus William

O Postergar do Amor

Você tem meu coração na mão.
Lhe busco e lhe trago para perto
Você me deixa largado em solidão
em um mar de tudo que é incerto
Não vejo qualquer motivo ou razão
para teu tratamento tão severo.
Perco a frieza que me deixa são
e decoro minha alma com esmero
Talvez algum dia você me adimire
de mente corpo e alma. Eu espero.
Algo recíproco é só e tudo que quero
A esperança faz com que eu respire
é um sentimento puro que eu venero
uníco, preserva o amor, e nunca é zero.

Mateus William


Mentes em Torpor

Chances desperdiçadas 
deixam a boca amarga
como frutas estragadas
ou o tabaco que se traga
A Mente aventurada,
Que sofre e livra a carga
tornando-se embriagada
em vida solitaria e vaga
A Mente isolada não indaga
Portanto não é retalhada
Pois trata o sentir como uma praga
A mente isolada não duvida,
Em sua forma neutralizada
Definha insensata e perdida

Mateus Wiliam


Falha humana

Em todas as poderosas frentes do mundo
essas que geram sempre o ódio profundo,
que fazem com que os homens cessem
a medida que os pensamentos desvanecem.
Clamam todas o ódio pois este é grande,
maior que o amor que some a cada dia.
As emoções somem com o triste desande,
das almas que se tornam mais e mais frias.
Rancor, chôro, perda de toda a essência,
vemos pessoas sem votos e sem crenças
impossibilitadas de quebrarem suas diferenças.
Submissão, perversão comodismo e violência.
Doutrinas e ideologias falham e caem por terra
frutos de um ser humano que nunca assume que erra.

Mateus William.

O Homem no Fim

A dor da perda nunca se esvai.
E no limbo do esquecimento,
cai um coração sedento.
Sedento de um amor que se vai.
Amor que trouxe como escolta
A plena forma de viver
Amor que deixa como sombra
Dor semelhante a de morrer.
O homem no fim não chora,
Pois já sofreu demais,
E de chorar já não é capaz.
O homem no fim não chora
Por já não sentir mais o gosto,
Do amor que o deixou pra trás.

Mateus William

Homens Que Marcaram O Século XX: Gabriel García Márquez

Gabriel García Márquez
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Gabriel José García Márquez  foi um colombiano (Aracataca, 6 de março de 1927 — Cidade do México, 17 de abril de 2014)  escritor, jornalista, editor, ativista e político. Considerado um dos autores mais importantes do século XX, foi um dos escritores mais admirados e traduzidos no mundo, com mais de 40 milhões de livros vendidos em 36 idiomas.

Foi laureado com o Prémio Internacional Neustadt de Literatura em 1972, e o Nobel de Literatura de 1982 pelo conjunto de sua obra que, entre outros livros, inclui o aclamado Cem Anos de Solidão. Foi responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana. Viajou muito pela Europa e viveu até a morte no México. Era pai do cineasta Rodrigo García.

Primeiros dias

Gabriel García Márquez, também conhecido por Gabo, nasceu em 6 de março de 1927, na cidade de Aracataca, Colômbia, filho de Gabriel Eligio García e de Luisa Santiaga Márquez, que tiveram ao todo onze filhos. Logo depois que García Márquez nasceu, seu pai se tornou um farmacêutico. Em janeiro de 1929, seus pais se mudaram para Barranquilla, enquanto García Marquez permaneceu em Aracataca. Foi criado por seus avós maternos, Doña Tranquilina Iguarán e o coronel Nicolás Ricardo Márquez Mejía.  Quando ele tinha oito anos, seu avô morreu, e ele se mudou para a casa de seus pais em Barranquilla, onde seu pai era proprietário de uma farmácia.

Seu avô materno Nicolás Márquez, que era um veterano da Guerra dos Mil Dias, cujas histórias encantavam o menino, e sua avó materna Tranquilina Iguarán, exerceram forte influência nas histórias do autor. Um exemplo são os personagens de Cem Anos de Solidão.

Gabriel estudou em Barranquilla e no Liceu Nacional de Zipaquirá. Passou a juventude ouvindo contos das Mil e Uma Noites; sua adolescência foi marcada por livros, em especial A Metamorfose, de Franz Kafka. Ao ler a primeira frase do livro, "Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso", pensou "então eu posso fazer isso com as personagens? Criar situações impossíveis?". Em 1947 muda-se para Bogotá para estudar direito e ciências políticas na universidade nacional da Colômbia, mas abandonou antes da graduação. Em 1948 vai para Cartagena das Índias, Colômbia, e começa seu trabalho como jornalista.

Jornalismo

Seu trabalho como jornalista foi para o jornal El Universal. Em 1949 foi para Barranquilha e trabalhou como repórter para o jornal El Heraldo. Nesse mesmo período participou num grupo de escritores para estimular a literatura. Em 1954 passou a trabalhar no El Espectador como repórter e crítico.

Em 1958 trabalhou como correspondente internacional na Europa, retornou a Barranquilha e casou-se com Mercedes Barcha com quem teve dois filhos, Rodrigo e Gonzalo. Em 1961 foi para Nova Iorque para trabalhar como correspondente internacional, mas suas críticas a exilados cubanos e suas ligações com Fidel Castro o fizeram ser perseguido pela CIA e com isso mudou-se para o México.

Literatura

Gabriel García Márquez
Seus livros alcançaram repercussão na Europa nos anos 1960 e 1970. Seus livros refletiam sobre os rumos políticos e sociais da América Latina.[9] Teve como seu primeiro trabalho o romance "La Hojarasca" publicado em 1955. Em 1961 publica "Ninguém escreve ao coronel". A obra Relato de um náufrago, muitas vezes apontada como seu primeiro romance, conta a história verídica do naufrágio de Luis Alejandro Velasco e foi publicado primeiramente no "El Espectador", somente sendo publicada em formato de livro anos depois, sem que o autor soubesse. O escritor colombiano possui obras de ficção e não ficção, tais como Crônica de uma morte anunciada e O amor nos tempos do cólera. Em 1967 publica Cem Anos de Solidão - livro que narra a história da família Buendía na cidade fictícia de Macondo, desde sua fundação até a sétima geração -, considerado um marco da literatura latino-americana e exemplo único do estilo a partir de então denominado "Realismo Fantástico" . Suas novelas e histórias curtas – fusões entre a realidade e a fantasia – o levaram ao Nobel de Literatura em 1982. Em 2002 publicou sua autobiografia Viver para contar, logo após ter sido diagnosticado um câncer linfático. Marquéz apontou como o seu mestre o escritor Norte-Americano William Faulkner.

Cinema

Teve interesse por cinema e trabalhou principalmente como diretor. Em 1950 estudou no Centro experimental de cinema em Roma. Participou diretamente de alguns filmes tais como Juego peligroso, Presságio, Erendira, entre outros. Em 1986 fundou a Escola Internacional de Cinema e Televisão em Cuba, para apoiar a carreira de jovens da América Latina, Caribe, Ásia e África. Em 1990 conheceu Woody Allen e Akira Kurosawa, diretores pelos quais teve admiração.

Trabalhou como roterista no filme: Fábula de la bella Palomera..

Morte
Em abril de 2009 Márquez declarou que havia se aposentado e que não pretendia escrever mais livros. Essa notícia viu-se confirmada em 2012, quando o seu irmão, Jaime Garcia Marquez, anunciou que foi diagnosticada uma demência a Gabriel Garcia Marquez e que, embora estivesse em bom estado físico, havia perdido a memória e não voltaria a escrever.

García Márquez morreu em 17 de abril de 2014 na Cidade do México, vítima de uma pneumonia, pouco mais de um mês após completar 87 anos.  O autor lutava contra a reincidência de um cancro que atingia seus pulmões, gânglios e fígado . Em 1999, ele já tinha conseguido superar um cancro linfático.

Repercussão

A morte do escritor repercutiu mundial idente norte-americano Barack Obama declarou ser fã do autor, orgulhando-se de possuir um exemplar autografado por este de Cem Anos de Solidão e dizendo "o mundo perdeu um dos maiores e mais visionários escritores, um dos meus preferidos desde que eu era jovem", enquanto escritores como Luís Fernando Veríssimo declararam que García Márquez mudou a ótica do mundo com relação à América do Sul.

Mil anos de solidão e tristeza pela morte do maior colombiano de todos os tempos![18]
 
— Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, ABC News.
Obras[editar | editar código-fonte]
O enterro do diabo: A revoada (La Hojarasca) (1955)
Maria dos prazeres
Relato de um náufrago (1955)
A sesta de terça-feira
Ninguém escreve ao coronel (1961)
Os funerais da mamãe grande (1962)
Má hora: o veneno da madrugada
Cem anos de solidão (1967)
A última viagem do navio fantasma
Entre amigos
A incrível e triste história de Cândida Eréndira e sua avó desalmada
Um senhor muito velho com umas asas enormes
Olhos de cão azul
O outono do Patriarca
Como contar um conto (1947-1972)
Crônica de uma morte anunciada (1981)
Textos do caribe
Cheiro de goiaba
O verão feliz da senhora Forbes
O Amor nos tempos do cólera (1985)
A aventura de Miguel Littín Clandestino no Chile
O general em seu labirinto
Doze contos peregrinos (1992)
Do amor e outros demônios (1994)
Notícia de um Seqüestro (1996)
Obra periodística 1: Textos Andinos
Obra periodística 3: Da Europa e América
Viver para contar
Memória de minhas putas tristes
Obra Jornalística 5: Crónicas, 1961-1984
Eu não vim fazer um discurso (2010)
Prémios e condecorações[editar | editar código-fonte]
Prémio de Novela ESSO por "má hora:o veneno da madrugada" (1961)
Doutor Honoris Causa da Universidade de Columbia em Nova Iorque (1971)
Medalha da Legião Francesa em Paris (1981)
Condecoração Águila Azteca no México (1982)
Nobel de Literatura (1982)
Prémio quarenta anos do Círculo de jornalistas de Bogotá (1985)
Membro honorário do Instituto Caro y Cuervo em Bogotá (1993)
Doutor Honoris Causa da Universidade de Cádiz (1994)
Fundação Gabriel García Márquez
Em 1994 fundou, em Cartagena, Colômbia, uma fundação que leva seu nome cuja competência é estimular e premiar as vocações, a ética e a boa reportagem no jornalismo lationoamericano.

García Márquez na ficção

Em 2015 foi publicado o romance Cartagena, de Claudia Amengual, com García Márquez nos seus últimos anos de vida.

Homens Que Marcaram O Século XX: Ho Chi Minh

Ho Chi Minh


Hồ Chí Minh (Kiem Lan, 19 de maio de 1890 – 2 de setembro de 1969) foi um revolucionário e estadista vietnamita. Nguyễn Sinh Cung nasceu na província de Nghệ An e somente mais tarde seria mundialmente conhecido como Hồ Chí Minh ("aquele que ilumina").  Embora Ho desejasse ser cremado, ele foi embalsamado e seu corpo actualmente encontra-se no seu mausoléu em Hanoi.

Biografia

Ho Chi Minh, 1921
Em 1911 começa a trabalhar como cozinheiro num navio francês, em que visita o mundo todo. Instala-se em Londres em 1915; e com 21 anos de idade parte para a França, onde vive como jardineiro e garçom. Envolve-se com os movimentos socialistas Franceses e, em 1920, ajuda a fundar o Partido Comunista Francês. Em 1923 vai para Moscovo estudar táticas de guerrilha e entra para o Comintern, braço internacional do Partido Comunista Russo.[3][4] Dois anos depois, é enviado para a China, país de onde é expulso em 1927. Vive em vários países até chegar a Hong Kong, de onde dirige o movimento anti-imperialista na Indochina, dominada pela França desde 1854.

Preso pelos Ingleses em 1930, consegue escapar e refugia-se em Moscovo. Em 1941 funda a Liga pela Independência (Viet Minh), para lutar contra os Franceses. Durante a II Guerra Mundial utiliza a guerrilha no combate aos japoneses, invasores da Indochina. No fim do conflito, forma um Estado independente ao norte da região, o Vietname. A França contra-ataca e a Guerra da Indochina só termina em 1954, com a vitória do Việt Minh. O país é dividido em dois. Ho Chi Minh, presidente do Vietname do Norte, treina e aparelha as forças da Frente de Libertação Nacional do Vietname do Sul (Vietcong), que visam reunificar o país, o que leva à Guerra do Vietname. Morre em Hanói em 2 de setembro de 1969. Em 30 de abril de 1975 um tanque Norte-Vietnamita entrou no palácio presidencial do regime Sul-Vietnamita, apoiado pelos Estados Unidos, encerrando mais de dez anos de conflito. Saigon, antiga capital do Vietname do sul, foi rebatizada posteriormente com o nome de Ho Chi Minh.

Em 1976 o Vietname vira independente.

A Batalha de Dien Bien Phu

O comandante das tropas francesas no Vietname, general Navarre, construiu uma fortaleza em Dien Bien Phu para conter a rota de fuga dos Vietnamitas para Laos e forçar uma batalha frontal. Mas, em contrapartida o general Vo Nguyen Giap, braço direito de Ho Chi Minh, cercou a fortaleza de Navarre com trincheiras. Quando os combates se iniciaram em Março de 1954, mais de 70 mil soldados do Vietname encurralaram o inimigo. Os Franceses foram atacados pela artilharia, enquanto os seus helicópteros e aviões eram vítimas de baterias anti-aéreas. A resistência durou 57 dias. Mais de sete mil soldados Franceses morreram e 11 mil foram capturados. A França estava totalmente derrotada.[

A Guerra do Vietname em números

O conflito, que perdurou por quinze anos, alcançou proporções catastróficas. Os Estados Unidos perderam 58.224 soldados e, ainda, levaram para casa mais de 150 mil feridos. A Austrália, aliada dos norte-americanos, mandou 57 mil homens para o cenário de guerra. Devido à guerra ser travada no território Vietnamita houve um alto número de baixas civis pelo lado vietnamita e não apenas militares. A Nova Zelândia, também aliada dos EUA, contribuiu para aumentar os números: 38 mortos e 186 soldados feridos. O conflito acabou numa perda táctica para França, Japão e Estados Unidos.

As inúmeras faces de Ho Chi Minh

Ho Chi Minh nasceu no distrito de Nam Dan da província de Nghe An. O seu nome verdadeiro foi Nguyen Sinh Cung. Ele era pródigo em pseudônimos, muitos usados para despistar inimigos e outros por fetiche. Quando se alistou a navio que o levou à Europa usou Nguyen Van Ba. Já na liderança do Partido Comunista da Indochina, criou o jornalista Tran Dan Tien, para se auto-entrevistar e divulgar as suas ideias. Ao todo, eram dez alcunhas. O apelido Ho Chi Minh possui duas acepções. Muitos defendem que este era o nome de um mendigo, surrupiado pelo líder do Vietname. Outra corrente afirma que Ho Chi Minh significa "aquele que traz a verdade" ou "aquele que ilumina", e por isso foi escolhida como alcunha oficial.

Os oito mandamentos de Ho Chi Minh

As directrizes do Vietminh para o trato com os camponeses, em 1948, mostram que conquistar a confiança das pessoas do campo era fundamental para vencer a guerra.

1) Não estrague a terra ou as colheitas.

2) Não insista em comprar ou pedir emprestado aquilo que as pessoas não querem vender ou emprestar.

3) Mantenha a palavra.

4) Faça os camponeses sentirem-se livres.

5) Ajude-os no seu trabalho diário.

6) No tempo livre, conte histórias simples e engraçadas que estimulem a resistência, mas não conte segredos militares.

7) Sempre que possível, compre coisas para aqueles que moram longe do mercado.

8) Ensine à população noções de cidadania e higiene.

Culto à personalidade e repressão

Apesar de ser considerado pelos socialistas e terceiro-mundistas em geral como um herói por seu desempenho na Guerra do Vietnã, pela luta contra o imperialismo norte-americano e pela luta pela independência, Ho Chi-Minh também é acusado de ter mantido, desde a década de 1950, grande censura, repressão e culto à personalidade em seu período de liderança no Vietnã. Nesse sentido, Ho Chi-Minh costuma ser comparado a Mao Zedong e a Kim Il-Sung. Sob a liderança de Ho Chi-Minh, foi criada a política do Nhân Văn-Giai Phẩm, em que eram presos intelectuais e críticos do regime de Ho Chi-Minh. Estima-se que tenham sido mortos em campos de concentração cerca de 24000 vietnamitas entre 1945 e 1956. Critica-se também a forma com que foi conduzida a Reforma Agrária e a coletivização - de forma forçada, o que acabou gerando uma série de mortes.

Atualidade

Atualmente, ainda é mantido no Vietnam gigantesco culto a Ho Chi-Minh: sua imagem é presente em quase todas as construções, em salas de aula (tanto as públicas quanto as privadas) e altares de famílias. Todos os textos que contenham críticas a Ho Chi-Minh são censurados e seus escritores são presos, por atentarem contra a revolução popular. Além disso, o Partido Comunista do Vietnam bane quaisquer textos que digam sobre relações amorosas envolvendo Ho Chi-Minh, para manter acerca do glorificado Ho Chi-Minh uma imagem puritana ao público vietnamita, realçando a imagem de Ho como "o pai da revolução" e de um "celibatário casado somente com a causa da revolução".[6] Um editor de jornal no Vietnã foi demitido de seu posto em 1991 por publicar uma história sobre Tang Tuyet Minh. De acordo com o governo do Vietnã Ho Chi-Minh não teve esposa e nem filhos.


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Hospital do Câncer lança campanha para arrecadar alimentos no Estado

Hospital do Câncer lança campanha para arrecadar alimentos no Estado


Com a iniciativa, a instituição espera reduzir as despesas com cerca de duas mil refeições diárias  / Foto: Edmar Melo/ JC Imagem
Com a iniciativa, a instituição espera reduzir as despesas com cerca de duas mil refeições diárias
Foto: Edmar Melo/ JC Imagem
O Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP) lança uma campanha para arrecadar cerca de dez toneladas de alimentos não perecíveis, a partir desta terça-feira (22), estimulando o espírito solidário das pessoas. A iniciativa, que conta com o apoio do Instituto Ser Educacional, segue até a próxima terça-feira (29), data em que comemora o Dia do Doador.

Profissionais do bloco cirúrgico do Hospital do Câncer paralisam atividades
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Pelo menos oito pontos recebem arrecadações no Recife, sendo sete apenas nos blocos do Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) dos bairros das Graças, Boa Vista e Boa Viagem. Além da instituição, os doares podem se dirigir até o Quartel do Derby, na área central da capital pernambucana. Todos os itens serão revertidos para o HCP.

A estimativa é que, se a meta for atingida, as despesas com cerca de duas mil refeições fornecidas diariamente sejam reduzidas. “Dez toneladas de alimentos são suficientes para garantir as refeições que são servidas no HCP por três meses", explicou Hélio Fonseca, superintendente geral do HCP.
A iniciativa
Desde a criação em 2012 nos Estados Unidos, a campanha se expandiu pelo mundo estimulando a cultura da doação. A iniciativa, além do Brasil, ocorre nos países da Alemanha, Espanha e Quênia. No País, a primeira edição do projeto ocorreu em 2013
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O presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, concede entrevista à Reuters em Brasília, no Brasil

BC continua monitorando mercados; reservas são um seguro, diz Ilan

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

 O presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, concede entrevista à Reuters em Brasília, no Brasil

15/09/2016

REUTERS/Adriano Machado

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta segunda-feira que a autoridade monetária continua monitorando o mercado para garantir liquidez e tem um papel no fortalecimento do regime de câmbio flutuante e na retomada da confiança, com o controle da inflação.

Ilan também afirmou que as reservas internacionais do país, de cerca de 373 bilhões de dólares, são um seguro para o país e contribuem para reduzir o risco.

"O BC tem monitorado de perto esses desenvolvimentos dos mercados internacionais e atuado tempestivamente para não permitir que os efeitos dos choques externos se transformem numa ameaça para a estabilidade macroeconômica", afirmou ele, em apresentação via vídeo em um evento no Rio de Janeiro

O BC reduziu nesta segunda-feira sua intervenção no mercado cambial, ao realizar apenas leilão de swaps tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolar os contratos que vencem em 1º de dezembro. Na semana passada, além dos leilões para rolagem, o BC também ofertou novos swaps.

O dólar recuava cerca de 1 por cento sobre o real nesta sessão, na casa de 3,35 reais, mas ainda longe dos 3,16 reais que estava antes da eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. No pico do período, chegou a superar 3,50 reais no intradia.

Ilan disse ainda que o BC tem um papel bem definido da recomposição da confiança dos agentes econômicos no Brasil, que é o controle da inflação.

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente e a ampla expectativa é de que mantenha o passo e reduza a Selic em 0,25 ponto percentual, para 13,75 por cento ao ano.

Ilan defendeu os ajustes fiscais e as reformas estruturais para alavancar investimentos.

"Precisamos levar em consideração a nova conjuntura internacional e fazer os ajustes necessários para fortalecer nossos fundamentos econômicos", afirmou ele. "A ênfase atual deve ser na aprovação das reformas capazes de restaurar a confiança e em criar as condições para a recuperação econômica, com inflação baixa e estável", acrescentou.

(Por Caio Saad)

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Delcídio diz ser "surreal" afirmar que Lula não sabia de corrupção na Petrobras


Delcídio diz ser "surreal" afirmar que Lula não sabia de corrupção na Petrobras
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Por Eduardo Simões

(Reuters) - O ex-senador Delcídio do Amaral disse nesta segunda-feira em depoimento à Justiça ser "surreal" a afirmação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sabia do esquema de corrupção na Petrobras e afirmou que Lula era próximo de empresários que tinham negócios com a estatal.

Em depoimento no processo em que Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido um triplex da OAS e de ter tido despesas de armanazenamento pagas pela empreiteira, Delcídio disse que, ao contrário de outras estatais, o que acontece na Petrobras é sempre acompanhado pelos presidentes da República e isso ocorria com Lula.

"O presidente não entrava nos detalhes, mas ele tinha conhecimento absoluto de todos os interesses que rodeavam a gestão da Petrobras, as diretorias e dos partidos que apoiavam os diretores", disse Delcídio no depoimento, cuja gravação foi disponibilizada nos autos do processo.
 Foto de arquivo de Lula no Rio de Janeiro.  3/12/2015. REUTERS/Ricardo Moraes
1 de 1Versão na íntegra
"Numa das conversas que eu tive com o doutor José Carlos Bumlai ele me relatou sobre as reformas nesse sítio, que estava aliviado, porque tinha contratado arquiteto, engenheiro, assim por diante, mas aí sobreveio uma orientação de que ele saísse do processo porque a OAS faria essa obra do sítio e dentro do prazo estabelecido, dentro do prazo desejado", disse.

Segundo Delcídio, Lula tinha relação próxima com o ex-presidente da OAS José Aldemario Pinheiro Filho, conhecido como Leo Pinheiro.

"O Léo era uma pessoa que conversava sistematicamente com o presidente Lula", disse.

Sobre o apartamento triplex em Guarujá, litoral de São Paulo, Delcídio declarou não ter informações sobre este assunto.

"Essa questão desse prédio, desse edifício, eu nunca tive nenhuma informação", afirmou.

Além de Delcídio, também foram ouvidas outras três testemunhas de acusação contra o ex-presidente.

Em nota, a defesa de Lula disse que nenhuma das testemunhas ouvidas nesta segunda apresentou qualquer prova de que o ex-presidente tenha cometido irregularidades na Petrobras ou de que seja o proprietário do triplex.

Sobre Delcídio, os advogados do ex-presidente acusaram o ex-parlamentar de ter uma "obsessão" de incriminar Lula.

"Essa obsessão por incriminar o ex-presidente, mesmo sabendo de sua inocência, foi hoje mais uma vez comprovada. Delcídio foi incapaz de apontar um fato ou conversa concreta em relação a Lula", afirma a nota.

"Mais uma vez ficou claro que as acusações que o MPF fez contra Lula são frívolas, sem materialidade e fazem parte de um processo de lawfare, que é o uso de procedimento jurídico para fins de perseguição política", acrescentaram os advogados.


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Forte terremoto atinge Japão; moradores de Fukushima são orientados a fugir de tsunami


segunda-feira, 21 de novembro de 2016
 Tráfego no Japão após recomendação para fugir de tsunami em Iwaki.  Kyodo/via REUTERS

TÓQUIO (Reuters) - Um forte terremoto atingiu o norte do Japão na terça-feira (horário local), informou a Agência Meteorológica do Japão, gerando um tsunami que atingiu a costa do Pacífico no norte do país.

O terremoto, sentido em Tóquio, teve magnitude preliminar de 7,3, foi centralizado na costa de Fukushima, a uma profundidade de cerca de 10 km, e ocorreu às 5h59, segundo a agência.

Um tsunami de até 1 metro foi observado na zona de Fukushima, disse a emissora pública NHK. A região é a mesma que foi devastada por um tsunami após um terremoto em 2011.

Um alerta de tsunami de até 3 metros foi emitido.

Uma mulher sofreu cortes na cabeça ao ser atingida por pratos que caíram, informou a agência de notícias Kyodo, citando funcionários do corpo de bombeiros.

A Tokyo Electric Power, conhecida como Tepco, disse em seu site que nenhum dano do terremoto foi confirmado em qualquer uma de suas usinas, embora tenha havido apagões em algumas áreas. A central nuclear de Fukushima Daiichi, da Tepco, causou o pior desastre nuclear do Japão quando foi varrida pelo tsunami de 2011.

A Tohoku Electric Power afirmou que não houve danos à sua usina nuclear Onagawa, enquanto a agência de notícias Kyodo informou que não havia irregularidades na usina nuclear Tokai Daini, em Ibaraki.

Os terremotos são comuns no Japão, uma das áreas mais sísmicas do mundo. O Japão é responsável por cerca de 20 por cento dos terremotos de magnitude 6 ou mais.

O terremoto de 11 de março de 2011 foi de magnitude 9, o mais forte já registrado no Japão. O enorme tsunami que veio a seguir causou a pior crise nuclear do mundo desde Chernobyl, 25 anos antes. O Serviço Geológico dos Estados Unidos inicialmente colocou o terremoto de terça-feira em uma magnitude de 7,3, e depois o rebaixou para 6,9.

(Por Yuka Obayashi e William Mallard, reportagem adicional de Chris Gallagher, Jon Herskovitz e Aaron Sheldrick)

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domingo, 20 de novembro de 2016

Homens Que Marcaram O Século XX: Dom Hélder Câmara


Hélder Câmara
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Arcebispo da Igreja Católica

Dom Hélder Pessoa Câmara OFS (Fortaleza, 7 de fevereiro de 1909 — Recife, 27 de agosto de 1999) foi um bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife. Foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil. Pregava uma Igreja simples, voltada para os pobres, e a não-violência. Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi o brasileiro por mais vezes indicado ao Prêmio Nobel da Paz, com quatro indicações.

Biografia
Décimo primeiro filho de João Eduardo Torres Câmara Filho, jornalista, crítico teatral e funcionário de uma firma comercial e da professora primária Adelaide Pessoa Câmara, desde cedo manifestou sua vocação para o sacerdócio

Formação e presbiterado
Ingressou no Seminário Diocesano de Fortaleza em 1923, o Seminário da Prainha, então sob direção dos padres lazaristas. Nesta instituição, cursou o ginásio e concluiu os estudos de filosofia e teologia[2]. Foi ordenado padre no dia 15 de agosto de 1931, em Fortaleza, aos 22 anos de idade, com autorização especial da Santa Sé, por não possuir a idade mínima exigida[1]. No mesmo ano, fundou a Legião Cearense do Trabalho e, em 1933, a Sindicalização Operária Feminina Católica, que congregava as lavadeiras, passadeiras e empregadas domésticas[1]. Atuou na área da educação, participando de políticas governamentais do estado do Ceará na área da educação pública. Foi nomeado diretor do Departamento de Educação do Ceará[1]. Para aprofundar seus estudos nesta área, foi transferido em 1936 para a cidade do Rio de Janeiro, então capital da república, onde se dedicou a atividades apostólicas. Foi Diretor Técnico do Ensino da Religião.

Neste período, sente-se atraído pela Ação Integralista Brasileira, que propunha o resgate dos valores de "Deus, Pátria e Família" e declarou em discurso: "Esse programa social da Ação Integralista Brasileira é o maior programa cristão de assistencialismo da história do Brasil".[3] Entretanto, afastou-se de qualquer compromisso político-partidário ao perceber as implicações ideológicas desta opção.

No Rio de Janeiro, teve como diretor espiritual o Pe. Leonel Franca, criador da primeira universidade católica do Brasil - a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro[2]. No período pós-guerra, fundou a Comissão Católica Nacional de Imigração, para apoio à imigração de refugiados.

Episcopado
Foi nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro no dia 3 de março de 1952. Foi ordenado bispo, aos 43 anos de idade, no dia 20 de abril de 1952, pelas mãos de dom Jaime de Barros Câmara, dom Rosalvo Costa Rego e dom Jorge Marcos de Oliveira[1].

Foi um grande promotor do colegiado dos bispos e da renovação da Igreja Católica, fortalecendo a dimensão do compromisso social[2]. Em 1950, D. Hélder entrou em contato com o Monsenhor Giovanni Batista Montini, então subsecretário de estado do Vaticano e futuro papa Paulo VI, que o apoiou e conseguiu a aprovação, em 1952, para a criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com sede no palácio arquiepiscopal do Rio de Janeiro. Nesta instituição, exerceu a função de secretário geral até 1964[2]. O mesmo monsenhor Montini apoiou a criação do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), fundado em 1955, com sede em Bogotá. A fundação ocorreu na Primeira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano realizada no Rio de Janeiro, tendo D. Hélder como articulador. Ele viria a participar das conferências gerais do CELAM como delegado do episcopado brasileiro até 1992. Além da conferência do Rio de Janeiro, esteve presente na Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano (Medellín, 1968), na Terceira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano (Puebla, 1979) e na Quarta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano (Santo Domingo, 1992) . No CELAM, exerceu os cargos de presidente e vice-presidente.

Sua capacidade de articulação torna realidade o XXXVI Congresso Eucarístico Internacional, em 1955, no Rio de Janeiro, que contou com a presença de cardeais e bispos do mundo inteiro .

Em 1956, fundou a Cruzada São Sebastião, com a finalidade de dar moradia decente aos favelados. Desta primeira iniciativa, outros conjuntos habitacionais surgiram. Em 1959, fundou o Banco da Providência, cuja atuação se desenvolve no atendimento a pessoas que vivem em condições miseráveis .

Teve participação ativa no Concílio Ecumênico Vaticano II, sendo eleito padre conciliar nas quatro sessões do concílio. Foi um dos propositores e signatários do Pacto das Catacumbas, um documento assinado por cerca de 40 padres conciliares no dia 16 de novembro de 1965, nas catacumbas de Domitila, em Roma, durante o Concílio Vaticano II, depois de celebrarem juntos a Eucaristia[2]. Este pacto teve forte influência na Teologia da Libertação.

Diante da conturbada situação sociopolítica nacional, a divergência de posições com Cardeal Dom Jaime Câmara torna difícil sua permanência no Rio de Janeiro.

Arcebispo de Olinda e Recife
No dia 12 de março de 1964 foi designado para ser arcebispo de Olinda e Recife, Pernambuco, múnus que exerceu até 2 de abril de 1985. Instituiu um governo colegiado nesta diocese, organizada em setores pastorais. Criou o Movimento Encontro de Irmãos, o Banco da Providência e a Comissão de Justiça e Paz daquela diocese . Fortaleceu as comunidades eclesiais de base.

Estabeleceu uma clara resistência ao regime militar. Tornou-se líder contra o autoritarismo e pelos direitos humanos. Nâo hesitou em utilizar todos os meios de comunicação para denunciar a injustiça[2]. Pregava no Brasil e no exterior uma fé cristã comprometida com os anseios dos empobrecidos. Foi perseguido pelos militares por sua atuação social e política, sendo acusado de comunismo. Foi chamado de "Arcebispo Vermelho". Foi-lhe negado o acesso aos meios de comunicação social após a decretação do AI-5, sendo proibido inclusive qualquer referência a ele[2]. Desconhecido da opinião pública nacional, fez frequentes viagens ao exterior, onde divulgou amplamente suas ideias e denúncias de violações de direitos humanos no Brasil[2]. Foi adepto e promotor do movimento de não-violência ativa.

Suas posições políticas lhe renderam pesadas críticas, sendo seu algoz nos meios de comunicação o jornalista e teatrólogo Nélson Rodrigues, que afirmava que "D. Helder só olha o céu para saber se leva ou não o guarda-chuva"

Em 1984, ao completar 75 anos, apresentou sua renúncia. Em 15 de julho de 1985, passou o comando da Arquidiocese a Dom José Cardoso Sobrinho. Continuou a viver em Recife, nos fundos da Igreja das Fronteiras, onde vivia desde 1968 . Morreu aos 90 anos em Recife no dia 27 de Agosto de 1999.

O Regional Nordeste 2 da CNBB, a arquidiocese de Olinda e Recife, o Instituto Dom Hélder Câmara (IDHeC) e a Universidade Católica de Pernambuco estão promovendo a comemoração do centenário de Dom Hélder, que foi celebrado em 7 de fevereiro de 2009. O objetivo é manter viva a sua memória e a sua luta pela solidariedade e justiça social.

Títulos
Seu primeiro título veio em 1969, de doutor honoris causa pela Universidade de Saint Louis, Estados Unidos. Este mesmo título foi-lhe conferido por diversas universidades brasileiras e estrangeiras: Bélgica, Suíça, Alemanha, Países Baixos, Itália, Canadá e Estados Unidos, alcançando um total de 32 títulos.

Foi intitulado Cidadão Honorário de 28 cidades brasileiras e da cidade de São Nicolau na Suíça e Rocamadour, na França. Recebeu o Prêmio Martin Luther King, nos Estados Unidos e o Prêmio Popular da Paz, na Noruega e diversos outros prêmios internacionais.

Foi o segundo mais votado como Brasileiro do Século na categoria Religião pela revista IstoÉ.

Disputa do prêmio Nobel
Foi indicado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz pelo seu combate à ditadura e às torturas no Brasil. Em 1970, o então presidente da República Emílio Garrastazu Médici instruiu pessoalmente o embaixador brasileiro na Noruega para tentar impedir que este prêmio lhe fosse concedido.  Sofreu uma intensa campanha por parte do regime militar. O Serviço Nacional de Informações se encarregou de divulgar, por meio das embaixadas do Brasil em Oslo e em Paris, uma foto de quando D. Hélder era integralista na década de 1930 e esta foto foi difundida na Europa. Colaborando com o esforço da ditadura na Noruega, o milionário Tore Munch escreveu um artigo propondo a desclassificação de D. Hélder, acusando-o de oportunista.  Estas manobras fizeram com que o ganhador fosse Norman Borlaug, criador do milho híbrido.  Por outro lado, a campanha contra d. Hélder fez com que a igreja brasileira se unisse em sua defesa, mesmo aqueles que toleravam o regime.

Instituto Dom Hélder Câmara
O acervo histórico de Dom Hélder é mantido pelo Instituto Dom Hélder Câmara, em Recife.
Manuel Bandeira (3º da esquerda para direita em pé), Alceu Amoroso Lima (5ª posição) e Dom Hélder Câmara (7ª) e sentados (da esquerda para direita), Lourenço Filho, Edgar Roquette-Pinto e Gustavo Capanema, Rio de Janeiro, 1936
Ordenações episcopais
Dom Hélder ordenou varios padres entre eles:

Dom Antônio Fernando Saburido
Dom Hélder presidiu às celebrações das ordenações episcopais dos seguintes bispos:

Dom Tiago Postma
Dom Marcelo Pinto Carvalheira
Foi concelebrante da ordenação episcopal de:

Dom José Vicente Távora
Dom Agnelo Cardeal Rossi
Dom Geraldo Maria de Morais Penido
Dom João Batista da Mota e Albuquerque
Dom Diego Parodi, MCCI
Dom Giovanni Ferrofino
Dom José Lamartine Soares.
Homenagens póstumas
Prêmio Dom Hélder Câmara de Imprensa
O Prêmio Dom Hélder Câmara de Imprensa foi instituído pela Assessoria de Imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2002, por ocasião dos seus 50 anos de fundação. Tem por objetivo premiar profissionais e trabalhos jornalísticos voltados para a promoção do bem comum, a construção de valores humanos, cristãos e éticos.

O nome para o Prêmio é mais que justo, pois dom Hélder Câmara foi uma personalidade que muito contribuiu para a construção de uma comunicação em estreita aliança com a libertação do homem e a elevação dos valores que dão fundamento a uma sociedade justa, igualitária.

O troféu Dom Hélder Câmara de Imprensa traz a escultura de um cajado, símbolo do Pastor. Na Bíblia, a missão do Pastor é proteger e defender a vida das ovelhas, assegurar-lhes pastagem e matar-lhe a sede. O cajado é sua arma para afugentar tudo que ameaça as ovelhas. A Igreja tomou este símbolo para significar a missão do bispo, pastor do povo de Deus. Sua missão é cuidar e anunciar a todos a vida trazida por Jesus Cristo

Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara
Ver artigo principal: Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara
A Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara, do Senado Federal, foi criada em 2010, e destina-se a agraciar personalidades que tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos humanos no Brasil.

Abertura de processo de canonização
Em 27 de maio de 2014, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido anunciou o envio de uma carta ao Vaticano solicitando a abertura de processo de canonização de Dom Hélder. A carta foi recebida pelo Vaticano no dia 16 de fevereiro de 2015 e, menos de dez dias depois, o parecer favorável foi emitido pela Congregação para as Causas dos Santos, com o que recebeu o título de Servo de Deus em 7 de abril de 2015. A abertura do processo de beatificação foi convocada para o dia 3 de maio, na catedral de Olinda. A instalação do tribunal nessa data marcou o início da fase diocesana do processo de beatificação

Na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Dom Hélder já se encontra no calendário de santos e sua festa litúrgica é comemorada em 27 de agosto.

Governo estuda usar verba oriunda do BNDES e repatriação para ajudar Estados, diz Padilha


Governo estuda usar verba oriunda do BNDES e repatriação para ajudar Estados, diz Padilha


 Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto em Brasília
07/07/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal estuda usar parte dos 100 bilhões de reais devolvidos à União pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar os Estados, que terão que cumprir metas de ajustes de contas para receber os recursos em parcelas, afirmou nesta sexta-feira o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

De acordo com o ministro, também entrará na composição dessa ajuda recursos da repatriação de recursos de brasileiros no exterior, mas esses valores não são suficientes para resolver o problema dos governos estaduais.

"Esse é pouco. Esse é um dinheiro que deve entrar na composição, mas não resolve. O que área econômica colocou na mesa foi todo dinheiro da repatriação mais esse (do BNDES) para fazer com que tenha solução para o problema da União e também dos Estados", disse Padilha em entrevista à Rádio Gaúcha.

O modelo que está sendo estudado pelo governo federal prevê repasses mensais e com contrapartidas dos Estados. De acordo com Padilha, os governos estaduais teriam que cumprir metas mensais de ajustes de contas e só com isso poderiam receber as parcelas seguintes.

"A ideia do presidente Michel Temer é pactuar com os Estados um ajuste nas suas contas em uma fórmula que será acertada com cada um. Com isso vai havendo liberação progressiva dos recursos, conforme as metas vão sendo cumpridas mês a mês", disse o ministro.

A intenção do governo federal, segundo Padilha, é que no menor prazo possível os Estados consigam sobreviver com suas próprias receitas, mas o Palácio do Planalto sabe ser necessário um prazo, por isso as metas. "Cumpriu a meta do mês, vai receber", disse.

O que não está definido ainda, de acordo com o ministro, é a fórmula de distribuição desses recursos. O uso dos critérios do Fundo de Participação dos Estados foi cogitado, mas não resolveria o problema dos Estados hoje em pior situação, como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Isso porque os Estados do sul e sudeste, tradicionalmente mais ricos, têm uma participação menor no fundo.

Temer pretende conversar com os governadores na próxima semana, já apresentando uma fórmula. "Não tem nada decidido ainda, vamos deixar bastante claro, mas melhorou muito porque faz 15 dias que governo está estudando isso", afirmou Padilha.  "Os governadores terão que ter presentes que eles terão que levar uma demonstração clara que vão ajustar suas contas, se não resolve hoje e daqui a um ano o problema está de volta. Mas há sim vontade política do governo de encontrar uma solução".

O governo federal já deu o aval para um novo projeto de repatriação de recursos de brasileiros no exterior, que deve ser votado na próxima terça-feira. A nova proposta aumenta já a participação de Estados e municípios, incluindo-os na divisão da multa aplicada à repatriação -- na primeira repatriação, a divisão era feita apenas no valor dos impostos.

O governo estuda também dividir 5 bilhões de reais da multa da repatriação já recebida. Em troca, os Estados retirariam as ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Esta semana, em uma decisão liminar, o STF mandou que o depósito das multas fosse feito em juízo, até a decisão do pleno sobre o assunto.

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Merkel anuncia que vai concorrer a 4º mandato como chanceler da Alemanha


Merkel anuncia que vai concorrer a 4º mandato como chanceler da Alemanha
domingo, 20 de novembro de 2016 18:12 BRST Imprimir | Uma página [-] Texto [+]
Por Andreas Rinke e Madeline Chambers

BERLIM (Reuters) - Angela Merkel anunciou neste domingo que quer concorrer a um quarto mandato como chanceler da Alemanha nas eleições do próximo ano, em um sinal de estabilidade após o Reino Unido ter votado para deixar a União Europeia e a eleição de Donald Trump como próximo presidente dos Estados Unidos.

Apesar da reação adversa do eleitor à sua política migratória de portas abertas, Merkel, de 62 anos, disse que vai concorrer novamente na eleição de setembro, encerrando meses de especulação sobre a sua decisão.

"Eu pensei sobre isso por um tempo infinitamente longo. A decisão de concorrer a um quarto mandato --depois de 11 anos no cargo-- é tudo, menos trivial para o país, o partido e, eu digo isso conscientemente nessa ordem, para mim pessoalmente", disse Merkel a jornalistas, em um tom sério, quase sombrio.

"É uma decisão não apenas para uma campanha eleitoral, mas para os próximos quatro anos ... se a saúde permitir", acrescentou após reunião dos principais líderes do partido conservador democrata-cristão (CDU).

Cerca de 55 por cento dos alemães querem que Merkel, a oitava chanceler da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial, sirva um quarto mandato, com 39 por cento contra, mostrou uma pesquisa da Emnid no domingo, destacando que, apesar dos contratempos, ela ainda é um ativo eleitoral.

Merkel dirigiu a maior economia da Europa durante a crise da dívida da zona do euro e ganhou respeito internacionalmente, por exemplo, com seus esforços para ajudar a resolver a crise da Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a descreveu na semana passada como uma aliada "notável".

Com a vitória de Trump nos Estados Unidos e o aumento do apoio aos partidos de direita na Europa, alguns comentaristas vêem Merkel como um bastião de valores liberais ocidentais.

"Angela Merkel é a resposta ao populismo desta época, ela é, por assim dizer, o anti-Trump", disse o aliado de partido Stanislaw Tillich, primeiro-ministro do Estado da Saxônia, ao grupo jornal do grupo RND, acrescentando que ela confiável e previsível. Merkel anuncia que vai concorrer a 4º mandato como chanceler da Alemanha
domingo, 20 de novembro de 2016 18:12 BRST Imprimir | Uma página [-] Texto [+]
No entanto, Merkel rejeitou a responsabilidade que lhe foi conferida após a vitória de Trump como "grotesca e absurda".

"Nenhuma pessoa sozinha - mesmo com a maior experiência - pode mudar as coisas na Alemanha, na Europa e no mundo para melhor, e certamente não o chanceler da Alemanha", disse ela.

A decisão de Merkel no ano passado de abrir as fronteiras da Alemanha para cerca de 900 mil imigrantes, principalmente de zonas de guerra no Oriente Médio, irritou muitos eleitores em casa e prejudicou sua popularidade.

Seu partido sofreu uma baixa nas eleições regionais no ano passado, enquanto aumentou o apoio ao partido anti-imigrantista Alternativa para a Alemanha (AfD).

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terça-feira, 15 de novembro de 2016

FMI vê recuperação lenta no Brasil e alerta para riscos à frente

FMI vê recuperação lenta no Brasil e alerta para riscos à frente

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Por Alonso Soto

SÃO PAULO (Reuters) - O comitê executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta terça-feira que a economia brasileira pode estar perto de sair de uma forte recessão, mas enfrenta um longo e duro caminho de recuperação que depende da aprovação de reformas impopulares.

Nas considerações do relatório anual do FMI sobre o Brasil, o comitê executivo disse que apesar dos esforços do novo governo para evitar uma crise fiscal, eles esperam uma recuperação gradual do país.

"Os diretores destacaram fortemente a necessidade por consolidação fiscal para garantir estabilidade macroeconômica", disse o FMI em comunicado.

Dados decepcionantes de produção industrial e consumo acabaram com esperanças de uma recuperação mais rápida no próximo ano, com algumas autoridades do governo reduzindo suas projeções de crescimento de 2 por cento para 1 por cento em 2017. O FMI está ainda mais pessimista, com uma projeção de expansão de 0,5 por cento no próximo ano, após dois anos seguidos de queda na economia.

Uma forte valorização do dólar frente ao real desde a semana passada em meio a preocupações com uma mudança em políticas econômicas nos Estados Unidos após a eleição de Donald Trump para a Presidência norte-americana também levantou preocupações sobre a recuperação.

Uma autoridade do FMI disse que ainda é muito cedo para medir o impacto de futuras políticas de Trump sobre o Brasil, mas que as amplas reservas do país e o regime de câmbio flutuante podem oferecer alguma proteção.

Esperanças de uma rápida recuperação haviam sido levantadas após Michel Temer assumir a Presidência em decorrência do impeachment de Dilma Rousseff.

Temer apresentou uma medida para limitar o crescimento do gasto público, em tramitação no Congresso Nacional, e prometeu rever o custoso sistema previdenciário do país. Embora elogiem essas reformas, a maioria dos diretores do comitê do FMI acredita que o Brasil poderia se beneficiar mais acelerando a consolidação fiscal com medidas para aumentar a receita.

Entretanto, Temer disse que não planeja elevar impostos a menos que essas reformas não passem, o que ecoa a opinião de alguns diretores do FMI que alertaram que aumento de impostos pode precisar esperar até que a economia esteja em um passo mais firme.

O comitê foi unânime em suas preocupações sobre as fracas finanças dos Estados e municípios do Brasil. Muitos Estados brasileiros, incluindo o Rio de Janeiro, estão sofrendo para pagar seus funcionários e honrar suas dívidas.

(Por Alonso Soto)

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Trump e Putin não vão se encontrar antes da posse de Trump, diz Kremlim

Trump e Putin não vão se encontrar antes da posse de Trump, diz Kremlim

terça-feira, 15 de novembro de 2016

MOSCOU (Reuters) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, não vão se encontrar antes que Trump assuma o cargo em 20 de janeiro de 2017, disse o Kremlin nesta terça-feira.

Os dois líderes falaram por telefone na segunda-feira à noite e aceitaram trabalhar juntos para uma "cooperação construtiva", incluindo na luta contra o terrorismo.

Trump havia anteriormente falado que queria encontrar Putin, possivelmente antes de sua posse.

Mas o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a jornalistas em uma teleconferência nesta terça-feira que nenhum acordo para um encontro antes de 20 de janeiro foi fechado no primeiro contato por telefone entre Trump e Putin após o resultado das eleições.

Ele também disse que os dois não discutiram a crise da Ucrânia ou o status da Crimeia, que pertencia à Ucrânia e foi anexada pela Rússia em 2014.

(Por Maria Tsvetkova)

Presidente do México diz que país vai precisar de pragmatismo para lidar com Trump

Presidente do México diz que país vai precisar de pragmatismo para lidar com Trump

terça-feira, 15 de novembro de 2016

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O México vai precisar mostrar um "enorme pragmatismo" ao lidar com o governo de Donald Trump, disse nesta terça-feira o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, à medida que sua administração se prepara para buscar pontos em comum sobre temas comerciais e migratórios.

Os mexicanos estão ansiosos à espera da posse de Trump na presidência dos Estados Unidos por conta das suas várias ameaças durante a campanha de impor tarifas sobre bens produzidos no México e isolar o país com um enorme muro na fronteira.

Reconhecendo que a vitória de Trump gerou alguma incerteza, Peña Nieto reiterou que o seu governo vai buscar o diálogo com a próxima administração na Casa Branca para fechar acordos.

"Vamos ter que trabalhar com enorme pragmatismo para concordar sobre o que é útil e conveniente para o México e para toda a América do Norte”, afirmou ele durante uma conferência empresarial na cidade de Puebla, sede da Volkswagen no México.

O presidente mexicano acrescentou que o seu governo está comprometido em garantir estabilidade macroeconômica para investidores, com uma taxa de câmbio flexível, um banco central independente e um sistema bancário sólido.

As preocupações têm sido gerais entre líderes empresariais e autoridades no México de que Trump poderia cumprir suas ameaças de abandonar a zona de livre comércio da América do Norte se ele não puder renegociar o acordo.

Firmado entre EUA, México e Canadá, o chamado Nafta entrou em vigor em 1994 e tem sido um alicerce na política de comércio internacional do México, que vende quatro quintos de suas exportações de bens para os EUA.

Ainda assim, o ministro da Economia mexicano, Ildefonso Guajardo, disse acreditar que Trump não vai se afastar do Nafta. Ele também disse que o México pode acrescentar novos capítulos ao acordo para atualizá-lo.

(Por Dave Graham)

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