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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Após PIB fraco, consultorias cortam previsão para o PIB de 2013


CLARA ROMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA/UOL
Frustrando as expectativas do mercado, o crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2013, de apenas 0,6% em relação ao último trimestre de 2012, fez com que várias consultorias reduzissem suas projeções anuais para o desempenho da economia do país neste ano.
A expectativa do mercado, que se mostrou otimista demais, era de um crescimento de 0,9% no primeiro trimestre. Assim, de dez consultorias pesquisadas, a metade reviu para baixo suas previsões para 2013. Duas mantiveram os números, mas indicaram risco de queda, e apenas três mantiveram as suas apostas.
Análise: Cenário indica que próximos trimestres também serão fracos
Para crescer, país precisa de serenidade, não de pacotes mirabolantes, diz economista
"Foi o terceiro trimestre consecutivo em que o PIB cresceu abaixo das nossas expectativas e do consenso do mercado", afirma Bráulio Borges, economista-chefe da consultoria LCA, que revisou de 3,5% para pouco acima de 3% o crescimento da economia brasileira em 2013, uma meta ainda alta se comparada à de outros analistas.
Bradesco, Banco Espírito Santo, a Votorantim Corretora e a consultoria japonesa Nomura também reduziram suas expectativas.
O Banco Espírito Santo foi o mais pessimista, mudando a projeção de 3% para 2,3%. A do Bradesco caiu de 2,8% para entre 2% e 2,5%.
A Nomura divulgou relatório em que afirma que a economia brasileira manterá um patamar de desempenho baixo por um longo período, combinado com inflação alta, e revisou suas apostas de 3,4%, para 2,5%. A Votorantim Corretora baixou suas expectativas de 3% a 3,5% para 3% a 2,5%.
Entre as que mantiveram a sua projeção, está a Gradual Investimentos, que acertou o crescimento do primeiro trimestre. Sua previsão é de crescimento baixo: 2,1%.
A MB Associados, que também acertou o crescimento do PIB para o primeiro trimestre, manteve sua projeção de 2,5% para 2013.
Segundo Maria Cristina Mendonça de Barros, sócia da consultoria, um patamar menor de crescimento do consumo das famílias influenciou o resultado fraco. Uma das causas, aponta, pode ser o impacto da inflação no poder de compra.
Para Jankiel Santos, economista-chefe do Banco Espírito Santo, além do consumo das famílias, o problema é a produção industrial, que caiu 0,3% e não mostra sinais de recuperação, mesmo com crescimento de 4,6% nos investimentos.
"Esse valor está relacionado com o crescimento da produção de caminhões. Mesmo com manutenção da produção, precisaria de um novo incremento para os investimentos continuarem a crescer."

OTIMISMO

Mesmo revisando suas projeções para baixo, as consultorias LCA e Votorantim Corretora mantém uma análise otimista no longo prazo.
"Não consigo não ver uma retomada do crescimento. Tem uma aceleração em curso", afirma Roberto Padovani, economista-chefe da Votorantim Corretora, que havia previsto crescimento de 1% no trimestre.
Para a LCA, a alta nos investimentos foi disseminada, ao contrário do que aponta grande parte dos economistas, que atribui esse número aos investimentos na indústria automotiva. Para Borges, o investimento caiu em 2012. A partir do fim do ano, porém, voltou a crescer e, agora, já teria se recuperado da queda.
"A industria de transformação está vindo em uma recuperação boa. A de extração está ruim por causa da Petrobras", diz.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Cuba vai aumentar acesso irrestrito à Internet


Por Jeff Franks

HAVANA, 28 Mai (Reuters) - Cuba começará a oferecer um acesso mais amplo à Internet no próximo mês através de 118 pontos de venda em todo o país, de acordo com um decreto no diário oficial do governo nesta terça-feira, em medida muito aguardada pelos cubanos.
O governo informou que a Internet seria disponibilizada a partir de 4 de junho nos escritórios da Etecsa, o monopólio estatal de telecomunicações, e em outros lugares, o que foi classificado por um blogueiro pró-governo como um primeiro passo para o serviço nas casas.
"Talvez demore um pouco, mas o próximo passo é a conexão dos cubanos em suas casas", disse o blogueiro Yohandry Fontana, que muitas vezes é o primeiro a divulgar informação oficial e opiniões, comentando no Twitter.
O decreto deixou claro que o novo acesso à Internet será acompanhado de perto, advertindo os usuários de que não poderiam utilizá-lo ​​para "pôr em perigo ou prejudicar a segurança pública, ou a integridade e a soberania da nação".
Atualmente, o acesso irrestrito à Internet em Cuba está disponível apenas para algumas instituições e profissionais selecionados e em hotéis de luxo que atendem a turistas.
A ilha comunista afirma que 2,6 milhões de cubanos, de uma população de 11,2 milhões, têm acesso à Internet, mas até agora a maioria só conseguiu explorar uma "intranet" limitada e controlada pelo Estado com uma lista de sites aprovados.
Apesar da previsão de um acesso maior à Internet pelos cubanos, ainda assim vai ser muito caro para a maioria deles, o equivalente a 4,50 dólares por hora num país onde os salários médios mensais são de 20 dólares.
Cuba foi conectada a um cabo de comunicação de fibra óptica da aliada Venezuela em 2011, que o governo vem testando nos últimos meses, mas ainda não colocou em uso de grande escala.
A ilha vinha recebendo a sua Internet através de um link lento e caro por satélite.

domingo, 26 de maio de 2013

China e UE vão discutir disputas comerciais na segunda-feira


PEQUIM, 26 Mai (Reuters) - A China vai manter conversações informais com a Comissão Europeia na segunda-feira para tentar resolver disputas comerciais sobre painéis solares e equipamentos sem fio.
A União Europeia acusa a China de fixar um preço baixo demais para seus painéis solares e dispositivos de telecomunicação móvel, e de fazer "dumping" na Europa para dominar o mercado. A UE planeja impor taxas aos fabricantes de painéis chineses.
A China nega as alegações e o premiê Li Keqiang, que está viajando pela Europa essa semana, disse que os planos da UE vão "prejudicar os outros, sem beneficiar a si mesmo."
O vice-ministro do comércio da China, Zhong Shan, vai se reunir com o Comissário de Comércio da UE em Bruxelas na segunda-feira, disse o Ministério do Comércio chinês no domingo. Um porta-voz da UE confirmou as reuniões, mas ressaltou que elas serão informais.
Disputas comerciais entre a China e a Europa têm se multiplicado à medida que os laços comerciais se aprofundam. Dezoito dos 31 inquéritos comerciais realizados pela UE envolvem a China.
O desentendimento sobre os painéis solares, que vieram à tona esse mês, quando a Comissão Europeia anunciou planos de impor taxas de importação em torno de 47 por cento para os fabricantes de painéis chineses, é o maior até agora.
(Por Aileen Wang e Koh Gui Qing)

Dilma exalta potencial de petróleo em Libra; minimiza CPI da Petrobras




25 Mai (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff comemorou neste sábado as novas estimativas de petróleo do campo de Libra, ao mesmo tempo em que disse não ver motivos para uma CPI da Petrobras.

"Se você considerar todas as reservas que nós acumulamos desde que a Petrobras começou a explorar petróleo no Brasil, daquela época até hoje, nós acumulamos em torno de 14 bilhões de reserva de petróleo equivalente. Este campo de Libra, só ele, que é um dos campos do pré-sal, pode ter entre 8 a 12", disse a presidente a jornalistas em Adis Abeba, onde participou do Cinquentenário da Unidade Africana (OUA).

Na última quinta-feira, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) informou as novas estimativas para o campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.

"Isso significa que o Brasil tem a possibilidade de explorar um nível de produção de petróleo que nunca teve antes concentrada num só campo", acrescentou Dilma, segundo transcrição da entrevista divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência.

Aproveitando o assunto de petróleo, jornalistas perguntaram se a presidente considerava conveniente a CPI da Petrobras, e se ficava "desgostosa" com a postura do PMDB, maior partido da base governista, que teve vários parlamentares apoiando a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Sobre a CPI, a presidente disse lamentar, por não ver "nenhum motivo" para sua criação. "Agora, não decido sobre isso, não voto sobre isso", acrescentou.

Em relação ao PMDB, Dilma procurou minimizar o caso, ressaltando que a aliança com o partido é sólida e já foi bastante testada.

"Olha, nós temos uma aliança bastante estável e sólida com o PMDB. O vice-presidente (Michel) Temer, ele tem sido uma pessoa bastante importante nessa aliança, na estabilidade dela", disse a presidente.

"Eu acredito que se tem uma aliança que está bastante testada, porque ela foi testada, ela não é uma aliança que nós construímos ontem, ela tem uma certa durabilidade, ela foi testada. Nós estamos a 2 anos e 4 meses compartilhando com eles o governo, aliás, com toda a base aliada", acrescentou.
BOLSA-FAMÍLIA E JUROS

A presidente afirmou ainda que é preciso esperar as investigações em andamento para se poder falar sobre os responsáveis pelos boatos que levaram milhares de pessoas a unidades da Caixa no último fim de semana, por receio de que o programa Bolsa-Família fosse ser encerrado.

"Seria uma absoluta leviandade da minha parte dizer foi isso ou foi aquilo", afirmou. "Nós mandamos investigar, então, nós temos de esperar o resultado da investigação para dizer: 'foi isso ou foi aquilo'".

Sobre o fato de a Caixa ter admitido que estava fazendo mudanças no sistema de pagamento, a presidente insistiu que isso não seria motivo para a propagação dos boatos de forma tão ampla como ocorreu.

No final da entrevista, Dilma foi questionada sobre a situação econômica do Brasil. Para ela, dada a conjuntura internacional, "nossa economia... vai bem", ressaltando que sempre vamos querer que ela "vá melhor".

Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que vai decidir o nível da taxa básica Selic para as próximas semanas, a última pergunta foi sobre os juros. Lacônica, a presidente respondeu: "eu não falo sobre juros".

A expectativa do mercado financeiro é que o Copom eleve a Selic, hoje em 7,50 por cento, em 0,50 ponto percentual, na quarta-feira.

(Por Alexandre Caverni, em São Paulo; Edição de Pedro Fonseca)

sábado, 25 de maio de 2013

Neoliberalismo


Milton Friedman: um dos idealizadores do neoliberalismo

Milton Friedman: um dos idealizadores do neoliberalismo

Introdução 

Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.

Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo. 

Características do Neoliberalismo (princípios básicos):

- mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;
- pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
- política de privatização de empresas estatais;
- livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
- abertura da economia para a entrada de multinacionais;
- adoção de medidas contra o protecionismo econômico;
- desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;
- diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;
- posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
- aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico;
- contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;
- a base da economia deve ser formada por empresas privadas;
- defesa dos princípios econômicos do capitalismo.

Críticas ao neoliberalismo

Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.

Pontos positivos

Os defensores do neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem. 

Exemplos de governos que adotaram políticas econômicas neoliberais nos últimos anos:

- No Brasil: Fernando Collor de Melo (1990 - 1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2003)

- No Chile: Eduardo Frei (1994 - 2000), Ricardo Lagos (2000 - 2006) e Michelle Bachelet (2006 - 2010)

- Nos Estados Unidos: Ronald Reagan (1981 - 1989), George Bush (1989 - 1993) e George W. Bush (2001- 2009)

- No México: Vicente Fox Quesada (2000 - 2006)

- No Reino Unido: Margaret Thatcher (1979 - 1990)
Principais teóricos do Neoliberalismo:

- Friedrich Hayek (Escola Austríaca)
- Leopold von Wiese
- Ludwig von Mises
- Milton Friedman (Escola Monetarista, Escola de Chicago)

Neoliberalismo Chileno

O Chile foi o primeiro país do mundo a adotar o neoliberalismo. As privatizações no Chile durante o governo de Augusto Pinochet antecederam às da Grã-Bretanha de Margaret Thatcher. Em 1973, quando um golpe militar derrubou o presidente socialista Salvador Allende, o novo governo já assumiu com um plano econômico debaixo do braço. Esse documento era conhecido como "El ladrillo" e fora elaborado, secretamente, pelos economistas opositores do governo da Unidade Popular poucos meses antes do golpe de setembro e estava nos gabinetes dos Generais golpistas vitoriosos, já no dia 12 de setembro.
O general Augusto Pinochet se baseou em "El ladrillo" e na estreita colaboração de economistas chilenos, principalmente os graduados na Universidade de Chicago, os chamados Chicago Boys, para levar adiante sua reforma da economia.
Os outros principais governos que adotaram as políticas neoliberais foram os de Margaret Thatcher (Grã-Bretanha) e Ronald Reagan (Estados Unidos), políticas essas que ficaram conhecidas como "thatcherismo" e "reaganismo". A política de Reagan, nos Estados Unidos, também ficou conhecida como ou Economia do lado da oferta, seguido também pela Alemanha Ocidental no governo do 1º ministro Helmut Kohl (1982/1998).






SUMMIT-Brasil precisa elevar ainda mais retorno de projetos de infraestrutura

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participa do Reuters Latin America Investment Summit, em São Paulo.


Por Alonso Soto

Nova York,  (Reuters) - O Brasil deve elevar ainda mais a taxa de retorno de seus projetos de infraestrutura se quiser atrair parte do limitado capital global, disse nesta sexta-feira Mark Ramsey, chefe da América Latina para a Macquarie Capital.

O banco australiano, um dos maiores gestores do mundo de investimentos em infraestrutura, está interessado em geração de energia elétrica, estradas, aeroportos, portos, ferrovias e projetos imobiliários no maior país da América Latina.

Para os projetos decolarem, a presidente Dilma Rousseff precisa oferecer aos investidores negócios mais favoráveis, disse Ramsey. Na sua visão, a recente decisão do governo brasileiro de elevar a taxa real de retorno dos projetos de rodovias de 5,5 para 7,2 por cento é "positivo, mas não suficiente".

"O Brasil, como todos os outros países que aspiram desenvolver sua infraestrutura neste momento, está competindo por um conjunto bastante limitado de capitais em todo o mundo, e este capital é ainda mais limitado quando se trata de correr riscos de construção", disse Ramsey durante o Reuters Latin American Investment Summit.

As observações de Ramsey revelam os desafios que o governo Dilma enfrenta para remover os gargalos de infraestrutura que impedem um crescimento mais robusto da economia brasileira, que há apenas alguns anos era a queridinha de Wall Street.

Os aportes em infraestrutura são cruciais para o Brasil se recuperar de dois anos de fraco crescimento econômico, que levaram alguns investidores a deixarem o Brasil pelo México, segunda maior economia da região. Mesmo assim, Ramsey afirmou que continua otimista sobre o futuro do Brasil.

"A sensação que eu tenho é que o sentimento do mercado de se afastar do Brasíl é exagerado",, disse Ramsey. "Minha sensação é de que o Brasil vai voltar, de uma forma ou de outra, nos próximos um ou dois anos mais forte do que nunca."

Ele disse que os esforços do Brasil para reforçar a estrutura de financiamento dos projetos por meio de novos títulos de infraestrutura vão ajudar o país a competir por capital. Os títulos de infraestrutura, que oferecem incentivos fiscais para os investidores estrangeiros, são uma dívida interna que visa financiar projetos de logística.

Adam Smith: o pai do liberalismo econômico




Adam Smith foi um importante filósofo e economista escocês do século XVIII. Nasceu na cidade escocesa de Kirkcaldy, em 5 de junho de 1723, e faleceu em Edimburgo no dia 17 de julho de 1790.

Teoria

Em plena época do Iluminismo, Adam Smith tornou-se um dos principais teóricos do liberalismo econômico. Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado. A livre concorrência entre os empresários regularia o mercado, provocando a queda de preços e as inovações tecnológicas necessárias para melhorar a qualidade dos produtos e aumentar o ritmo de produção.
As ideias de Adam Smith tiveram uma grande influência na burguesia europeia do século XVIII, pois atacavam a política econômica mercantilista promovida pelos reis absolutistas, além de contestar o regime de direitos feudais que ainda persistia em muitas regiões rurais da Europa.
A teoria de Adam Smith foi de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo nos séculos XIX e XX.

A Riqueza das Nações

Sua principal obra foi A Riqueza das Nações escrita em 1776. Nesta obra Adam Smith buscou diferenciar a economia política da ciência política, a ética e a jurisprudência. Fez também duras críticas a política mercantilista e sua intervenção irrestrita na economia. Porém, a teoria principal defendida por Adam Smith nesta obra é a de que o desenvolvimento e o bem estar de uma nação advém do crescimento econômico e da divisão do trabalho. Esta última, garante a redução dos custos de produção e a queda dos preços das mercadorias. Defende também a livre concorrência econômica e a acumulação de capital como fonte para o desenvolvimento econômico.

Biografia (principais momentos da vida de Adam Smith)

- Com 16 anos de idade, foi estudar filosofia moral na Universidade de Glasgow.
- Em 1740, entrou na Universidade de Oxford.
- Em 1748, começou a lecionar em Edimburgo.
- Em 1750, conheceu David Hume, importante filósofo do período que se tornou seu grande amigo.
- Em 1751, tornou-se professor de Lógica e Filosofia Moral na Universidade de Glasgow.
- Em 1759, publicou sua obra Teoria dos Sentimentos Morais.
- Em 1763, Adam Smith deixou de ser professor para assumir o cargo de tutor do duque de Buccleuch.
- Entre 1764 e 1766, viajou pela França onde conheceu grandes intelectuais da época, entre eles d’Alembert, Turgot e Helvetius.
- Em 1776, publicou sua grande obra: A Riqueza das Nações.
- Em 1778, recebeu o cargo de comissários da alfândega da Escócia.

Obras principais:
- Teoria dos sentimentos morais (1759)
- A Riqueza das Nações (1776)

Frases de Adam Smith
- "A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes."

- "Impostos que visem a prevenir, ou mesmo reduzir a importação, são evidentemente tão destrutivos das rendas alfandegárias quanto a liberdade de comércio."

- "No estágio adiantado da sociedade, portanto, são paupérrimas as pessoas que fazem comércio daquilo que os outros procuram como passatempo."

- "Nenhuma nação pode florescer e ser feliz enquanto grande parte de seus membros for formada de pobres e miseráveis."

- "Mas, mesmo que o trabalho seja a medida real do valor de troca de todas as mercadorias, não é por ele que seu valor é avaliado."  

 Vejam também Neoliberalismo.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Fordismo, Taylorismo, Toyotismo e Joint Venture









          Nos Tempos Modernos, as pessoas saíam do lar para serem condicionadas ao trabalho das
Leia também: Empresas de vários setores, como Danone, Avon e Alcoa, adotam o modelo de gestão da montadora japonesa Toyota e ganham eficiência operacional.
 fábricas. O tempo de trabalho, ao invés do sol como no período medieval, era mensurado pelo relógio em horas. Esse período era marcado pela transição entre o trabalho artesanal e o industrial. Os produtos eram feitos manualmente com auxílio da máquina.
          O processo de industrialização foi mais evidente na Inglaterra com a Revolução Industrial. A primeira fase dessa revolução foi marcada pelo aparecimento da máquina a vapor e pela criação das cooperativas como recusa dos trabalhadores em se tornar proletários, pois os donos de fábricas buscavam aumentar seus lucros reduzindo as despesas, fosse por via de implementação tecnológica ou exploração dos operários, com longas jornadas de trabalho em locais periculosos, insalubres, com remuneração irrisória. Émile Zola, em Germinal (1881), retrata bem essa época, descrevendo a sujeira, a magreza das pessoas e os problemas financeiros.
          Em nome da necessidade de aumentar a produtividade, foi introduzida a máquina a vapor para dentro das fábricas, substituindo muitas vezes a mão de obra operária. Insatisfeitos com as condições de trabalhos e com a baixa qualidade de vida, os operários promoviam greves na esperança de que "o exército negro, vingador, que germinava lentamente nos sulcos da terra" (Zola, 1881) brotasse a justiça no solo ingrato.

PRODUÇÃO EM MASSA: O MODELO FORDISTA-TAYLORISTA
F.W. Taylor
          Na Segunda Revolução Industrial houve a introdução de outras tecnologias para otimizar a produção de energia sem ser a vapor - a eletricidade e o petróleo. As novas fontes de energia possibilitaram o desenvolvimento de máquinas e ferramentas que fomentaram ainda mais a produtividade. Com essas inovações tecnológicas, algumas indústrias subverteram o modo de produção tradicional agregada ao pensamento do engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor.

          Quando Taylor iniciou seu estudo referente às ciências da administração, no começo do século XX, tinha como objetivo acabar com o desperdício, a ociosidade e morosidade operária. Em 1903 desenvolveu a técnica de racionalização do movimento, ou seja, analisou e controlou a ação do operário e da máquina em funções específicas, para serem aperfeiçoadas. Taylor acreditava que o aperfeiçoamento se conquista com a especialização. Pensando assim, ele propõe a divisão do trabalho em tarefas específicas, com execução repetitiva e contínua, no ritmo da máquina - motivo que o levou a receber críticas de robotizar o operário, limitar drasticamente sua expressão, impedi-lo de criar e participar do processo de produção. Contudo, os industriais não dispunham de mão-de-obra qualificada. Os trabalhadores eram imigrantes analfabetos de países distintos e não falavam o mesmo idioma.
           Para que as idéias fossem aceitas na classe operária, os industriais começaram a premiar os funcionários que aumentassem o número de peças produzidas para além da média. Taylor se encontrava com os responsáveis e chefes das indústrias para tentar convencê-los a deixar a produção tradicional e adotar a administração científica. Logo suas idéias foram aceitas pelas indústrias americanas e de todo o mundo.
Henry Ford
          Henry Ford, na primeira metade do século XX, em Detroit, coloca em prática as teorias de Taylor, lançando a produção em série, depois seguida por Alfred Sloan da General Motors. Ao contrário da produção artesanal, nessa concepção o cliente não tem escolha. Os fabricantes elaboram produtos para suprirem o gosto do maior número de pessoas possíveis. O produto é "empurrado" para a população.

          Seu produto mais conhecido foi o Ford Modelo T, produzido com custo reduzido para a sociedade de massa, totalmente aos moldes fordistas-tayloristas. O inconveniente é que todos os carros eram exatamente iguais, até da mesma cor, o que levou Ford a lançar uma série de propagandas dizendo que qualquer americano poderia ter o seu Ford Modelo T, da cor que quisesse, contanto que fosse preto.

PRODUÇÃO ENXUTA: O MODELO TOYOTISTA
          Na produção em série da Ford ainda vai houve muitos desperdícios de matéria prima e tempo de mão-de-obra na correção de defeitos do produto. Essa estrutura durou até o final da Segunda Guerra Mundial, quando também numa fábrica de automóveis no Japão, aparece um outro sistema de produção - o toyotismo, que se caracterizou pela concepção "enxuta" (clean, magra, sem gorduras). Esse novo modo de pensar a produção sofreu forte influência do engenheiro americano W. Edwards Deming, que atuou como consultor das forças de ocupação dos EUA no Japão após a Segunda Guerra. Deming argumentava com os industriais da nação quase em ruínas que melhorar a qualidade não diminuiria a produtividade.
          A proposta é de que o próprio consumidor escolha seu produto. O estabelecimento ou a fábrica deixa de "empurrar" a mercadoria para o cliente, para que este a "puxe" de acordo com as suas próprias necessidades.
          Ao contrário do sistema de massa, essa outra concepção de produção delega aos trabalhadores a ação de escolher qual a melhor maneira de exercerem seus trabalhos, assim eles têm a chance de inovar no processo de produção. Com isso, o trabalhador deve ser capacitado, para qualificar suas habilidades e competências, que antes não eram necessárias. Dessa forma, os industriais investem na melhoria dos funcionários, dentro e fora das indústrias.
          A Toyota, ao adotar a concepção "enxuta" e rompendo com a produção em série, possibilitouoferecer um produto personalizado ao consumidor. As ferramentas utilizadas eram de acordo com cada proposta demandada pelo cliente. Inclusive, passou a produzir automóveis com larga escala de cores, sem gerar custos adicionais.
          Os operários japoneses utilizam uma cartela (kaban, sinal) para indicar ao colega antecedente qual a peça deveria ser produzida e entregue. Dessa forma, conseguem eliminar o estoque e o desperdício, produzindo somente o que for necessário, JIT - "just in time".

            A fábrica centralizada da Ford, que ocupava um enorme espaço, deixa de existir. As fábricas da Toyota, sem necessitar de grande área para estoque, são descentralizadas em menores proporções, interligadas por sistemas de informação, com sofisticadas tecnologias de informação e comunicação.

          Dois conceitos inovadores que surgiram na Toyota merecem destaque: equipe de trabalho (team work) e qualidade total. Em uma fábrica "enxuta" todo o trabalho é feito por equipes. Quando um problema aparece, toda a equipe é responsável. Quando ocorre um defeito na montagem de uma peça, a equipe de montagem se organiza na busca de maneiras de resolver o problema. Há uma cobrança entre os pares para que cada membro atue de uma maneira que não prejudique os companheiros. Algumas fábricas delegam à equipe a função de demitir ou aceitar novos funcionários.

          Junto com a qualidade total também foram inseridas novas máquinas para o interior das indústrias, com maior precisão e produtividade. A substituição da mão-operária pelas máquinas fez com que aumentasse o desemprego em escala mundial, inclusive nos países desenvolvidos economicamente. Contudo, a concepção "enxuta" passou a exigir maior autonomia tanto do trabalhador para expor as suas habilidades, quanto do consumidor para dar vez à sua vontade. É nesse modelo que o sujeito tem a chance de escolher, tomar decisões, propor soluções e gerar novas idéias.

          Se a equipe de trabalho gerou a qualidade total na concepção "enxuta", podemos então propor um processo de design que seja construído de acordo com as qualidades do cliente, que contemple suas necessidades, seu gosto e o requinte do designer.

          Para o profissional do design apenas uma pergunta: no seu processo de criação, você está visando clientes da sociedade enxuta ou ainda está amarrado à produção de massa?
 Joint Venture
Joint venture é uma expressão de origem inglesa, que significa a união de duas ou mais empresas já existentes com o objetivo de iniciar ou realizar uma atividade econômica comum, por um determinado período de tempo e visando, dentre outras motivações, o lucro.
As empresas que se juntam são independentes juridicamente e no processo de criação da joint venture podem definir se criam uma nova empresa ou se fazem uma associação (consórcios de empresas).
Essa aliança compromete as empresas envolvidas a partilharem a gestão, os lucros, os riscos e os prejuízos.
São diversas as motivações das empresas para estabelecerem uma joint venture: permite às partes envolvidas beneficiarem do know-how, conseguindo superar barreiras em um novo mercado; beneficiar de novas tecnologias; investigar e expandir atividades que tenham em comum; competir de forma mais eficiente e ampliar mercados visando a internacionalização.
Dentre as várias empresas que fizeram joint venture no Brasil, temos como exemplo a empresa BRF - Brasil Foods (empresa de produtos alimentícios) que no ano de 2012 associou-se à empresa chinesa DCH - Dah Chong Hong Holdings Limited com o objetivo de distribuir no mercado chinês produtos alimentícios in natura e processados, e desenvolver a marca Sadia na China.
Há várias empresas, de diversos setores da economia, que investem nesse tipo de sociedade. As maiores joint ventures no mundo aconteceram nos ramos de tecnologia, automobilismo e alimentação.

Brasil leiloará em outubro sua maior descoberta de petróleo-ANP


Por Sabrina Lorenzi e Jeb Blount

RIO DE JANEIRO, 23 Mai (Reuters) - O governo separou a área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil, para leiloar na primeira rodada de licitações de direitos de exploração na camada pré-sal, em outubro, informou nesta quinta-feira o órgão regulador do setor.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) ainda elevou nesta quinta-feira as estimativas das reservas recuperáveis no prospecto de Libra, na bacia de Santos, que poderão atingir entre 8 e 12 bilhões de barris. Tal volume superaria Tupi, com jazidas que foram estimadas em 2007 entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente.

"É realmente algo grandioso... Nossa percepção é que vamos atrair todas as grandes empresas de petróleo do mundo, independentemente de serem estatal ou não... É coisa para gente grande", declarou a jornalistas a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, comentando as perspectivas para o leilão.

Em abril, Chambriard havia indicado que Libra teria volumes menores, entre 4 e 5 bilhões de barris recuperáveis. Segundo ela, uma nova sísmica na região, com dados mais avançados, levou ao aumento da estimativa da ANP, que apontou ainda volumes in situ de cerca de 26 bilhões a 42 bilhões de barris de petróleo.

Foi a revisão das estimativas, para volumes bem maiores, que motivou o governo a escolher somente este prospecto para a licitação, em uma reunião com a presidente da República, Dilma Rousseff.

"Passamos a ver Libra de forma diferente... Com os dados que temos atualmente, percebemos que estamos mais perto de 42 bilhões do que de 26 bilhões de barris", afirmou a diretora-geral da agência.

O leilão, que ocorrerá sob o regime de partilha de produção, ocorrerá um mês antes do previsto, na segunda quinzena de outubro. E o de blocos de gás em terra, a 12a rodada de licitações, está previsto para novembro.

"Face ao deslumbramento de todos, também decidimos trocar a data, licitar o pré-sal em outubro e o gás em novembro", disse a chefe da agência.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Guerra Fria (1945/1991)







A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.

A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coreia e no Vietnã.

Paz Armada

Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo.

Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas.
Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.

Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coreia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.

Corrida Espacial

EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.

Caça às Bruxas

Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.

Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.

A divisão da Alemanha

Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra: URSS, EUA, França e Inglaterra. Em 1961 foi levantado o Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes: uma capitalista e outra socialista.

"Cortina de Ferro"

Em 1946, Winston Churchill (primeiro ministro britânico) fez um famoso discurso nos Estados Unidos, usando a expressão "Cortina de Ferro" para se referir à influência da União Soviética sobre os países socialistas do leste europeu. Churchill defendia a ideia de que, após a Segunda Guerra Mundial, a URSS tinha se tornado a grande inimiga dos valores ocidentais (democracia e liberdade, principalmente).

Plano Marshall e COMECON

As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.

Envolvimentos Indiretos

Guerra da Coreia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coreia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coreia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coreia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coreia do Sul manteve o sistema capitalista.

Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista.

Fim da Guerra Fria

A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.


Governo reduz contingenciamento para estimular economia em 2013



BRASÍLIA, 22 Mai (Reuters) - O governo decidiu contingenciar 28 bilhões de reais no Orçamento deste ano, montante bem inferior aos 55 bilhões de reais anunciados para o ano passado, com objetivo de estimular o crescimento da economia.
Também para garantir a aceleração da atividade, o governo informou que prevê abater 45 bilhões de reais na meta de superávit primário neste ano, fixada em 155,9 bilhões de reais. Com isso, a economia para pagamento de juros deve ficar em 110,9 bilhões de reais, segundo o relatório bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas divulgado nesta quarta-feira.
Os principais números do documento foram antecipados pela Reuters na noite de terça-feira, com base em uma versão preliminar do relatório fornecida por uma fonte.
"O contingenciamento varia conforme o Orçamento aprovado pelo Congresso e com a realidade... Já estamos com 4 meses de Orçamento executado, podemos ser mais realistas", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, acrescentando que o valor do abatimento no primário não é obrigatório.
Mantega negou, por outro lado, que a política fiscal expansionista do governo seja um dos fatores de pressão dos preços, conforme apontam vários analistas do mercado.
"Não há contribuição do governo para a inflação", disse ele, argumentando que a pressão nos preços ocorre pela inflação dos alimentos e no setor serviços.
No documento divulgado nesta quarta-feira, elaborado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, o governo prevê expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,50 por cento neste ano e que a estimativa para a inflação medida pelo IPCA foi elevada a 5,20 por cento em 2013, de 4,90 por cento no Orçamento.
"O crescimento de 3,5 por cento (do Produto Interno Bruto) neste ano não deve ser visto como projeção, mas como parâmetro", afirmou Mantega, indicando que essa estimativa pode ser revista nos próximos dois meses.
No mercado, a avaliação é de que a economia brasileira terá expansão de menos de 3 por cento neste ano.

INVESTIMENTOS PRESERVADOS

Segundo o ministro, o ajuste nas despesas foi orientado para a redução no custeio e preservação dos investimentos prioritários. Mantega disse que o governo projeta crescimento do investimento de 6 por cento em 2013 e de 7 por cento no ano que vem.
"Estamos ampliando investimentos com consolidação fiscal", disse ele.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa Minha Vida e os projetos para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas, entre outros, foram preservados dos cortes neste ano.
O governo previu ainda que as desonerações fiscais, também usadas para estimular a atividade, ficarão em 72,1 bilhões de reais neste ano e em 91,5 bilhões de reais em 2014.
Já a previsão de receita primária total em 2013 foi reduzida em 67,8 bilhões de reais, e as transferências a Estados e municípios diminuída em 20,3 bilhões de reais neste ano.
O governo também projeta que receberá menos dividendos das empresas estatais neste ano, que passam para 24 bilhões de reais, ante 34,6 bilhões de reais previstos na lei orçamentária. Segundo Mantega, esse corte busca maior capitalização das empresas.

"O cenário de lucros (para estatais) em 2013 é maior que em 2012... Temos flexibilidade para decidir pegar menos (dividendos) e deixar para capitalização maior (das estatais)", disse o ministro.
Mantega também fez breve avaliação sobre a abundante liquidez internacional, ampliada após a decisão do governo japonês de injetar recursos para aquecer a economia.
Ele disse que essa abundância de recursos não ampliou o ingresso de capital especulativo no país e que a maior parte da entrada de moeda estrangeira tem sido direcionada a investimentos produtivos.
"Não está havendo exagero em relação ao Brasil. O que está entrando é Investimento Estrangeiro Direto (IED) e não fluxo financeiro especulativo. Isso não nos preocupa no momento."

(Por Luciana Otoni e Alonso Soto)

terça-feira, 21 de maio de 2013

Brasil envia chefe de Estado para comemoração na África




A comemoração reúne 54 países e será realizada no próximo sábado na Etiópia

Da Agência Brasil noticias@band.com.br (Novo portal de notícias)

União Africana será comandada por uma mulher

O Brasil será o único país da América Latina a enviar chefe de Estado para as comemorações do aniversário de 50 anos da União Africana (que reúne 54 países). A presidente Dilma Rousseff participará dos eventos, no próximo sábado, em Adis Adeba, na Etiópia. Os avanços sociais associados ao crescimento econômico fazem do Brasil um dos convidados de honra das celebrações, ao lado da França, União Europeia, China e Índia.

Dilma viaja na quinta-feira para a Etiópia acompanhada por uma comitiva de ministros, como Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Aloizio Mercadante (Educação), além de empresários e assessores. A presidente discursa no sábado à tarde. Ela terá uma reunião com o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, que tem interesse nos programas de desenvolvimento agrícola, de transferência de renda e de educação implementados pelo governo brasileiro.

Na América Latina, o Brasil é o país com o maior número de embaixadas na África. No total, são 37 representações brasileiras em países africanos. No Conselho de Segurança das Nações Unidas, apenas a China, os Estados Unidos e a Rússia têm mais embaixadas na África.

O diretor do Departamento de África, Nedilson Ricardo Jorge, destacou que a União Africana contribui para a construção da democracia e na busca pelas melhorias econômicas e sociais. Segundo ele, o bloco tem “tolerância zero” contra tentativas de golpes de Estado.

O alerta da União Africana atualmente está voltado para a Guiné-Bissau, que teve um golpe de Estado no ano passado e ainda não se estabilizou, a República Centro Africana e Madagascar. Os três países ainda não retomaram a chamada ordem democrática.

As preocupações da União Africana atualmente também estão concentradas na promoção do desenvolvimento das redes de transporte, energia e telecomunicações, além da integração econômica, do combate à fome e à pobreza e de incentivos agrícola e rural. Porém, os temas específicos sobre a África serão tratados na Cúpula da União Africana, nos dias 26 e 27, da qual a presidente não deverá participar.

Número de mortos por tornado nos EUA pode subir; há 237 feridos






MOORE, EUA, 21 Mai (Reuters) - Cerca de 237 pessoas ficaram feridas pelo enorme tornado que devastou Oklahoma, e o número de mortos pode subir para mais de 24, a contagem oficial atual, disse a governadora de Oklahoma, Mary Fallin, nesta terça-feira.

"Nós não temos números seguros sobre o número de mortes que aconteceram", afirmou Fallin. "Pode ter havido corpos que podem ter sido levados para casas funerárias locais."

(Reportagem de Carey Gillam)

domingo, 19 de maio de 2013

Coreia do Norte dispara outro míssil de curto alcance


Por Jane Chung

SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte disparou um míssil de curto alcance da costa leste do país neste domingo, um dia depois de ter lançado três destes mísseis, afirmou uma agência de notícias da Coreia do Sul.
Os lançamentos de mísseis de curto alcance pelo Norte não são incomuns, mas, depois de uma série de alertas feitos por Pyongyang sobre uma iminente guerra nuclear, tais disparos elevaram as preocupações sobre a segurança da região.
"A Coreia do Norte disparou um míssil de curto alcance, assim como aconteceu ontem, em direção ao mar no leste", disse a agência sul-coreana Yonhap, citando uma autoridade militar.
Um representante do Ministério da Defesa sul-coreano confirmou o relato da agência, mas não deu mais detalhes.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou que está preocupado com os lançamentos da Coreia do Norte e pediu para Pyongyang evitar novos disparos e retornar às negociações nucleares com as potências mundiais.
Ban, que falou à agência estatal russa RIA Novosti durante uma visita a Moscou, chamou os lançamentos do sábado de "ação provocativa".
A tensão na península coreana diminuiu no último mês depois de ficar em níveis elevados por várias semanas após a imposição de sanções mais duras das Nações Unidas contra Pyongyang. A Coreia do Norte promoveu um terceiro teste nuclear em fevereiro.
O Norte tem emitido alertas quase que diários há semanas sobre uma iminente guerra nuclear com o Sul e os Estados Unidos.

sábado, 18 de maio de 2013

Era Meiji ( Japão 1868/1912 )




 Era Meiji constitui-se no período de quarenta e cinco anos do reinado do Imperador Meiji do Japão, que se estendeu de 8 de setembro de 1868 a 30 de julho de 1912. Nessa fase, o Japão conheceu uma acelerada modernização, vindo a constituir-se em uma potência mundial.

Antecedentes
Ao final do Período Edo (1603-1868), o Japão era um país feudal, economicamente atrasado, e que permanecia isolado em termos de Relações Internacionais ora comerciais, ora políticas.
Em 1853, os Estados Unidos invadiram a Baía de Uraga e forçaram o Japão a abrir-se ao comércio internacional. A partir de então iniciou-se um período de turbulência que perdurou até à chamada Restauração Meiji.

A Restauração Meiji

Em 3 de fevereiro de 1867, Mutsuhito (que passaria a ser conhecido como Imperador Meiji), então com dezesseis anos de idade, sucedeu ao seu pai, o Imperador Komei, e a nova era, a de Meiji (regime iluminado) foi proclamada. A restauração Meiji, que teve lugar em 1868, terminou com o sistema feudal de 256 anos dos Xogunato Tokugawa.
O último shogun, Tokugawa Yoshinobu, renunciou em 1867 e, em 1868, o império foi restaurado. Os exércitos dos feudos de Satsuma, Choshu e Tosa, que agora compunham as forças imperiais, dominaram os seguidores dos Tokugawa e, pouco depois, asseguraram a restauração Meiji.
O governo Meiji assegurou às potências internacionais que iria seguir os antigos tratados negociados pelo bakufu e anunciou que iria agir de acordo com a lei internacional. Mutsuhito selecionou o novo título para seu regime (Meiji), para marcar o início de uma nova era da história do Japão.
As mudanças (políticas, econômicas e sociais)
A unidade política do país permitiu a centralização da administração pública, e a intervenção do Estado na economia. Isso, por sua vez, possibilitou reformas econômicas que consistiram na eliminação de entraves e resquícios do modo de produção feudal, na liberação da mão-de-obra, e na assimilação da tecnologia ocidental, preparando o Japão para o capitalismo.
Os antigos feudos foram extintos e os privilégios pessoais foram eliminados através de uma reforma agrária e da reformulação da legislação do imposto territorial rural.
Entre as principais mudanças ocorridas nesse período podemos citar a criação do IENE (moeda japonesa), criação do Banco do Japão, ensino primário obrigatório, centralização do poder, fortalecimento do Estado, criação de ferrovias etc.
Em paralelo, foram criadas universidades e um gabinete parlamentar (1885). Em 1889, foi promulgada a primeira constituição, instaurando-se uma monarquia constitucional.
Surgiram então os zaibatsus, os grandes conglomerados empresariais originados dos clãs familiares, como a Mitsubishi, a Mitsui, a Sumitomo, a Yasuda, dentre outros, que passaram a dominar cada vez mais a economia japonesa, atuando praticamente em todos os setores industriais, além do comércio e das finanças. Estes logo incorporaram as indústrias menores e, inclusive, as indústrias do Estado. Com esse processo de modernização, o Japão industrializou-se rapidamente, fortalecendo a sua economia.

Economia

A Revolução Industrial no Japão ocorreu durante o período Meiji.
Existem pelo menos duas razões para a velocidade da modernização japonesa: o emprego de mais de 3 mil especialistas estrangeiros (chamados o-yatoi gaikokujin ou estrangeiros contratados) em várias áreas como o ensino de inglês, ciências, engenharia, o exército e a marinha etc; e o envio de muitos estudantes japoneses para intercâmbio na Europa e América, baseado no quinto e último artigo da Carta de Juramento de 1868: 'O conhecimento deve ser buscado ao redor do mundo a fim de fortalecer as bases do domínio imperial'. Esses processo de modernização foi monitorado de perto e intensamente subsidiado pelo governo Meiji, aumentando o poder das grandes zaibatsus como a Mitsui e a Mitsubishi.
Juntos, os zaibatsu e o governo guiaram a nação, emprestando tecnologia do ocidente. O Japão gradativamente tomou controle da maior parte do mercado asiático de bens manufaturados, a começar com os têxteis. A estrutura econômica tornou-se muito mercantilística, importando matérias-primas e exportando produtos finalizados - um reflexo da relativa escassez de commodities no país.
O Japão emergiu da transição xogunato Tokugawa-Tenno (Keio-Meiji) em 1868 como a primeira nação industrializada da Ásia. As atividades comerciais domésticas e o limitado comércio estrangeiro supriram a demanda por cultura material até o período Keio, mas o modernizado período Meiji tinha demandas muito diferentes. Desde o início, os governadores Meiji abraçaram o conceito de economia de mercado e adotaram os modelos britânico e norte-americano de capitalismo de livre empreendedorismo. O setor privado, em um país com uma abundância de empreendedores agressivos, celebraram essa mudança. Inicialmente, a economia cresceu apenas moderadamente e baseou-se na agricultura tradicional japonesa para financiar uma moderna infraestrutura industrial. Quando a Guerra Russo-Japonesa começou em 1904, 65% dos trabalhadores e 30% do Produto Interno Bruto (PIB) estavam concentrados na agricultura, mas a indústria moderna começava a expandir substancialmente. No final da década de 1920, a manufatura e a mineração respondiam por 23% do PIB, sendo que a agricultura era responsável por 21%.1 Foram feitos grandes investimentos nos transportes e nas comunicações para sustentar o grande desenvolvimento industrial.
As reformas econômicas incluíram uma moeda moderna baseada no iene, sistema comercial, leis comercias e tributárias, bolsas de valores e uma rede de comunicações. O estabelecimento de uma estrutura institucional moderna que levou a uma avançada economia capitalista tomou tempo mas foi completada na década de 1890. Nessa época, o governo acabou abandonando o controle direito do processo de modernização, principalmente por razões orçamentárias.
Muitos dos antigos daimyos, cujas pensões eram pagas em valor único, foram muito beneficiados através de investimentos que eles fizeram nas indústrias emergentes. Aqueles que também se envolveram informalmente no comércio exterior antes da Restauração Meiji também tiveram sucesso. Antigas empresas que serviam o bafuku e que se agarravam às suas formas tradicionais de conduzir os negócios faliram no novo ambiente econômico.
O governo inicialmente envolveu-se na modernização econômica, fornecendo várias "indústrias-modelo" para facilitar a transição para o período moderno. Após os primeiros vinte anos do período Meiji, a economia industrial expandiu rapidamente até por volta de 1920, com o recebimento de tecnologias avançadas do ocidente e grandes volumes de investimentos.2 Estimulado pelas guerras e pelo planejamento econômico cuidadoso, o Japão emergiu da Primeira Guerra Mundial como um grande país industrial.

Consequências

Após a morte do imperador Meiji, em 1912, o imperador Taisho tomou o trono, dando início ao período Taisho.
O Japão enfrentou graves problemas estruturais que, se não fossem superados, poderiam comprometer o seu crescimento econômico. Esses problemas consistiam em escassez de matéria-prima e de fontes de energia, e na limitação do seu mercado interno. Para tentar solucionar esse problema, o Japão investiu em seu poderio bélico, a fim de obter uma expansão militar. O exército japonês ocupou a Coreia, Taiwan, as ilhas Sacalinas e a Manchúria. Essa disputa, principalmente contra a China, conduziu o Japão à Primeira e à Segunda Guerra Mundial, e à sua derrota nesta última.  (Fonte Wikipedia em português)