Teoria da História (Uma análise da História)
Por Pedro Augusto
A Teoria da Historia é um campo de estudo que busca entender as diversas teorias que envolve o conhecimento Histórico. Justamente por não ter uma concepção única de analisar o passado, todas essas teorias alimentam vários debates entres várias concepções. As correntes mais famosas, e principais são elas: Positivismo, Marxismo. Escola dos Annales, Nova História, Microhistória.
O Positivismo foi elaborado por Augusto Comte no século XIX. Tal teoria acreditava que os pesquisadores deveriam encontrar um fator que determinasse a verdadeira história, ela seria indiscutível e encontrada nos documentos governamentais, que por isso, nunca estariam errados. De acordo com esse pensamento, apenas as histórias politicas teriam importância de serem verificadas. Além disso, defende a ideia que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro, podendo-se afirmar que uma teoria é verdadeira apenas se a mesma for comprovada através de métodos científicos válidos. Assim, os positivistas, excluem tudo o que se refere a crenças, supertições, ou qualquer outra coisa que não possa ser comprovada cientificamente. Toda essa devoção à ciência fez com que com o Positivismo fosse considerado como “a religião da humanidade”.
História Marxista
Por Antonio Gasparetto Junior
A História Marxista consiste em uma forma de escrever a História baseada numa filosofia da História com traços economicistas.
Filosofia da História e História da Filosofia são termos semelhantes, entretanto bem diferentes. Enquanto a História da Filosofia se preocupa em contar os fatos da história da Filosofia, a Filosofia da História se preocupa em explicar como se desenvolve a história. No século XVIII, simultaneamente com o crescimento em importância e notoriedade da ciência História, a Filosofia da História foi tema ao qual muitos pensadores dedicaram suas reflexões. Surgindo várias concepções de progresso histórico.
Entre os vários pensadores que investiram esforços em explicar a lógica do progresso da História, destacou-se a escola alemã de filosofia, de onde vieram várias formulações filosóficas sobre a História. Entre eles estava Karl Marx.
O filósofo alemão Karl Marx baseou sua explicação histórica para as relações sociais em pilares economicistas. Segundo Marx, é a economia que interfere na vida social em todas as suas formas, gerando frutos em sua conseqüência. Para explicar o impacto da economia na vida social, Marx utiliza-se de ferramentas como o materialismo dialético e o caráter teleológico.
O materialismo dialético consiste em ler a história baseando-se na constante luta de classes. Dessa forma, sempre há uma classe dominante e uma classe dominada, sendo que ambas estão em confronto de interesses, já que uma explora a outra. Esse embate seria o motor da história, através do qual se daria o progresso da história e seria a origem das transformações na estrutura.
O caráter teleológico consiste em considerar o final da história como algo previamente conhecido. Como Karl Marx postulava o Comunismo e, segundo o pensador, este só seria alcançado através da tomada do poder pelo proletariado e após passar por etapas necessárias, fica aparente para Marx que o final da história se dá em uma sociedade comunista.
Essa forma de conceber o progresso da história foi absorvida pela historiografia de corrente marxista. A História Marxista é escrita baseando-se em critérios econômicos e considerando a permanente luta de classes na sociedade. A escola marxista na escrita da História dominou durante muito tempo no século XX. A História Marxista continua recorrente, mas hoje se considera outras formas de se escrever História além da visão marxista, como é o caso da observação cultural, da Micro-História ou da recente História Aventureira.
O modo de se pensar a História como construída através de etapas, ressaltando a luta de classes e considerando-a teleológica tem suas limitações. Após ser muito utilizado e predominante, os historiadores perceberam que tal modo não dava conta de responder certos aspectos da vida social. É bem verdade que o método marxista não é unicamente economicista, por isso mesmo o marxismo se diversificou na História apresentando novas formulações com intenção de responder as questões que ficavam de fora do grosso modo da teoria. Assim surgem a História Social e a História Social da Cultura, por exemplo.
A Escola dos Annales ( Por Pedro Augusto CONTINUANDO)
A Escola dos Annales é uma corrente historiográfica nascida na França, em torno da revista “Annales d'histoire économique et sociale”, e criada por Marc Bloch e Lucien Febvre que acreditavam que era insuficientes a forma com que a história era tratada. Apesar disso, não foram os primeiros a propor novas abordagens a História. Tal corrente se destaca por incorporar métodos das Ciências Sociais à História, o que ampliou o quadro das pesquisas históricas com a incorporação de atividades até então pouco investigadas, rompendo assim com a compartimentação das Ciências Sociais (História, Sociologia, Psicologia, Economia, Geografia) e privilegiando os métodos pluridisciplinares.
A Nova História é a corrente historiográfica correspondente a terceira geração da “Escola dos Annales”. Surgiu nos anos de 1970 e seu nome derivou da publicação da obra “Fazer a História”, organizadas pelos historiógrafos Jacques Le Goff e Pierre Nova. Tal corrente é acima de tudo a historia das mentalidades. Seus seguidores propõe que se estabeleça uma historia serial das estruturas mentais das sociedades, e cabe ao historiador a análise dos dados.
Microhistoria é um gênero historiográfico que surge com a publicação da coleção “Microstorie”, sob a direção de Carlo Ginzburg e Giovanni Levi entre 1981 e 1988. A proposta de análise histórica defende uma delimitação extrema do tema por parte do historiador (inclusive em termos de espacialidade e de temporalidade). Com todo esse objeto (tema) bem delimitado a análise se desenvolve a partir de uma exploração exaustiva das fontes. O próprio Giovanni Levi conceitua a microhistoria como se fosse um “zoom” em uma fotografia, o pesquisador observa um pequeno espaço ampliado, mas, ao mesmo tempo, tendo em conta o restante da paisagem, apesar de não estar ampliada.
InfoEscola
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