Konstantinos - Uranus

domingo, 22 de setembro de 2013

Islâmicos se escondem com reféns em shopping de Nairóbi; ataque deixou 59 mortos





Por Richard Lough e Edmund Blair

NAIRÓBI, 22 Set (Reuters) - Militantes islâmicos se esconderam com reféns no domingo em um shopping center de Nairóbi, onde ao menos 59 pessoas foram mortas em um ataque pelo grupo al Shabaab, que é contra a participação do Quênia em uma missão de paz na vizinha Somália.

Um série de tiros que durou cerca de 30 segundos interrompeu uma calma de várias horas, disse uma testemunha da Reuters, falando de perto do shopping center que tem várias lojas de proprietários israelenses e frequentado por expatriados e quenianos.

Estrangeiros, incluindo dois diplomatas --um do Canadá e outro de Gana-- foram mortos no ataque de sábado no shopping Westgate, reivindicado pelo grupo islâmico somali al Shabaab.

Pouco depois dos tiros, soldados camuflados rastejaram sob o terraço de um restaurante na frente do prédio que estava cheio de clientes quando o ataque começou.

Por horas após o ataque, os mortos ficaram pelas mesas ainda com refeições sobre elas. Em uma lanchonete, um homem e uma mulher ficaram abraçados depois de terem sido mortos, antes de seus corpos serem removidos. A música ainda estava tocando.

Vários quenianos se reuniram no local, aguardando o que esperam ser um final violento. "Eles entraram com sangue, é assim que vão sair", disse Jonathan Maungo, um segurança particular.

O presidente Uhuru Kenyatta, enfrentando seu maior desafio de segurança desde a eleição em março, afirmou que alguns membros próximos de sua família estão entre os mortos, e prometeu derrotar os militantes.

"Superamos ataques terroristas antes", disse ele. O ataque é o maior no Quênia desde que uma célula da al Qaeda no leste da África bombardeou a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi em 1998, matando mais de 200 pessoas. Em 2002, a mesma célula militante atacou um hotel israelense e tentou derrubar jatos israelenses em um ataque coordenado.

O ministro do Interior, Joseph Ole Lenku, disse a repórteres que o número de mortos subiu para 59, e que as forças de segurança estão fazendo tudo que podem para resgatar os reféns que ainda estão dentro do shopping center.

(Reportagem adicional de James Macharia, Kevin Mwanza, Drazen Jorgic e Duncan Miriri)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Chevrolet Onix. Conectado ao GPS do seu celular.

11 de Setembro: O atentado terrorista que mudou o mundo





11 de Setembro: O atentado terrorista que mudou o mundo

A destruição das Torres Gémeas nos Estados Unidos nos atentados da Al-Qaeda há oito anos marcaram o início de um novo ciclo com o qual o mundo ficou mais inseguro e sobretudo mais à beira do abismo. O mundo nunca havia visto nada assim. O atentado que fez despenhar dois aviões nos edifícios foi tão devastador (mais de 3000 mortos) que até o grupo terrorista que os planeou e executou não teve coragem de o reivindicar inicialmente, só o fazendo bastante mais tarde a 27 de Dezembro desse mesmo ano.

Os ataques terroristas de 11 de Setembro, foram uma série de ataques suicidas, coordenados pela Al-Qaeda contra alvos civis nos Estados Unidos da América em 11 de Setembro de 2001.
Na manhã deste dia, quatro aviões comerciais foram sequestrados, vindo dois deles a colidir contra as torres do World Trade Center em Manhattan, Nova York. Um terceiro avião, o American Airlines Flight 77, foi direcionado pelos sequestradores para uma colisão contra o Pentágono, no Condado de Arlington, Virgínia. Os destroços do quarto avião, que atingiria o Capitólio, o United Airlines Flight 93, foram encontrados espalhados num campo próximo de Shanksville, Pensilvânia. A versão oficial apresentada pelo governo norte-americano reporta que os passageiros enfrentaram os supostos sequestradores e que, durante este ataque, o avião viria a cair. Os atentados causariam a morte de 3234 pessoas e o desaparecimento de 24.
Desde a Guerra de 1812, esse foi o primeiro ataque imposto por forças inimigas em território americano. Causado por uma célula terrorista ligada à rede Al Qaeda, esse inimigo invisível deixou um saldo de mortes superior a 3 mil. Para se ter uma ideia quantitativa de seu resultado arrasador, só o ataque em si excedeu o saldo de aproximadamente 2400 militares norte-americanos mortos no ataque sem aviso prévio dos japoneses à base naval de Pearl Harbor em 1941; além disso, essa terrível demonstração de impunidade foi caprichosamente planeada e direccionada aos símbolos americanos, praticada impunemente, e tendo como armas aviões comerciais.
Para além da destruição das torres gémeas de 110 andares cada uma, cinco edifícios do World Trade Center ficaram destruídos ou seriamente danificados, quatro estações do metro de Nova York e a igreja cristã ortodoxa de São Nicolau. No total, 25 edifícios em Manhattan sofreram danos e sete edifícios do complexo do World Trade Center foram arrasados. Mais tarde, o Deutsche Bank Building situado na rua Libery Street e o Borough of Manhattan Community College’s Fiterman Hall tiveram que ser demolidos devido ao estado em que se encontravam. Vários equipamentos de comunicações também sofreram danos. As antenas de telecomunicações da Torre Norte caíram com seu desmoronamento.
Em Arlington, uma parte do Pentágono foi severamente danificada pelo fogo e impacto do avião. Uma secção inteira do edifício foi derrubada.

A responsabilidade da Al-Qaeda

As investigações do Governo dos Estados Unidos incluíram a operação do FBI, a maior da história com mais de 7.000 agentes envolvidos. Os resultados desta determinaram que Al-Qaeda e Osama bin Laden tinham responsabilidade dos atentados. A idêntica conclusão chegaram as investigações do governo britânico.
Sua declaração de guerra santa contra os Estados Unidos, e uma frota firmada por Bin Laden e outros chamando a matar a civis norte-americanos em 1998, são consideradas por muitos como evidência de sua motivação para cometer estes actos.
No entanto no próprio dia 16 de Setembro de 2001, Bin Laden negou qualquer participação nos atentados lendo um comunicado que foi emitido por ele por um canal de televisão via satélite do Qatar, a Al Jazeera e posteriormente emitido em numerosas cadeias americanas. “Insisto que não executei este acto, que parece ter sido executado por indivíduos com seus próprios motivos.”
Entretanto, em novembro de 2001, as Forças Armadas dos Estados Unidos da América encontraram uma fita de vídeo caseiro numa casa destruída em Jalalabad, Afeganistão, onde Osama bin Laden reconhece ter planeado os ataques: “Nós calculamos por adiantado a quantidade de baixas do inimigo, que morreríam por ficarem presos na torre. Nós calculamos que os andares que deveriam ser prejudicados eram três ou quatro. Eu era o mais optimista de todos… devido a minha experiência neste campo. Pensava que o fogo da gasolina do avião derreteria a estrutura de ferro do edifício e somente faria colapsar a área onde o avião chocara e os andares acima. Isso era todo o que esperávamos.”
No dia 27 de Dezembro de 2001, foi difundido outro vídeo de Bin Laden no qual afirma: “Ocidente em geral, e os Estados Unidos em particular, têm um ódio pelo islão. O terrorismo contra os Estados Unidos é benéfico e está justificado.”
Pouco antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2004, num comunicado por vídeo, Bin Laden reconheceu publicamente a responsabilidade da al-Qaeda nos atentados dos Estados Unidos, e admitiu sua implicação directa nos ataques. Disse “nós decidimos destruir as torres na América… Deus sabe que não nos ocorreu originalmente essa ideia, mas nossa paciência se esgotou diante da injustiça e inflexibilidade da aliança entre Americanos e Israelitas contra o nosso povo na Palestina e no Líbano e então a ideia surgiu na minha mente.”
Em uma fita de áudio transmitida pela Al Jazeera em 21 de Maio de 2006, Bin Laden disse que ele dirigiu pessoalmente os 19 sequestradores. Outro vídeo obtido pela Al Jazeera em Setembro de 2006 mostra Osama bin Laden com Ramzi Binalshibh, assim como dois dos sequestradores, Hamza al-Ghamdi e Wail al-Shehri, fazendo preparações para os atentados.
A Comissão Nacional sobre os Ataques Terroristas contra os Estados Unidos foi formada pelo governo dos Estados Unidos e é habitualmente conhecida como Comissão 11 de Setembro. Publicou uma informação em 22 de Julho de 2004, concluindo que os atentados foram elaborados e executados por membros da al-Qaeda.

Consequências nos Estados Unidos

Foram cerca de 1200 estrangeiros que foram presos e encarcerados secretamente em relação à investigação dos ataques de 11 de Setembro, ainda que o governo não tenha divulgado o número exacto.
Os métodos entretanto utilizados pelo Estado para investigar e deter suspeitos têm sido severamente criticados por organizações de direitos humanos como Human Rights Watch [18] e chefes de governo como a chanceler alemã Angela Merkel.
Foi na sequência deste ataque que os Estados Unidos invadiram o Iraque com as consequências já conhecidas, que projectaram o mundo numa espiral de insegurança terrível. O mundo ficou mais inseguro e o terrorismo ganhou um alento e protagonismo que já não conhecia desde os anos setenta no Médio Oriente.

José Manuel Duarte
jduarte@mundoportugues.org

Dilma adia visita de Estado aos EUA após denúncias de espionagem

Dilma adia visita de Estado aos EUA após denúncias de espionagem

Presidente Dilma Rousseff é vista durante reunião plenária no Palácio do Planalto, em Brasília, em julho. Dilma adiou nesta terça-feira a visita de Estado que faria a Washington em outubro, por considerar que ainda não foi alcançada uma "solução satisfatória" para as denúncias de espionagem pelos Estados Unidos de comunicações pessoais da presidente, de empresas e cidadãos brasileiro. 17/07/2013 REUTERS/Ueslei Marcelino

BRASÍLIA, 17 Set (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff adiou nesta terça-feira a visita de Estado que faria a Washington em outubro, por considerar que ainda não foi alcançada uma "solução satisfatória" para as denúncias de espionagem pelos Estados Unidos de comunicações pessoais da presidente, de empresas e cidadãos brasileiro.

Dilma decidiu adiar a viagem em comum acordo com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apesar de ter mantido uma conversa de 20 minutos por telefone com ele na noite de segunda-feira numa última tentativa de salvar a viagem.

A decisão da presidente, anunciada em nota divulgada pelo Palácio do Planalto, é um duro golpe nas relações entre Brasil e Estados Unidos, que melhoraram sensivelmente desde a posse de Dilma em 2011, mas foram abaladas pelas denúncias de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) espionou emails, mensagens de texto e telefonemas entre a presidente e assessores.

"Tendo em conta a proximidade da programada visita de Estado a Washington --e na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação-- não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada", disse a Presidência em nota.

"Dessa forma, os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado, pois os resultados desta visita não devem ficar condicionados a um tema cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada."

A Casa Branca também anunciou que a visita fora adiada. O presidente Obama disse, segundo um porta-voz, que entende e lamenta as preocupações que supostas atividades de inteligência dos EUA geraram no Brasil e deixou claro que está empenhado em trabalhar em conjunto com Dilma e seu governo nos canais diplomáticos para superar a questão.

Apesar do anúncio de adiamento dos dois governos, duas fontes com conhecimento da decisão tomada por Dilma disseram que a viagem dificilmente acontecerá em breve.

Denúncias feitas com base em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden e publicacos pela mídia brasileira revelaram que a agência norte-americana usou programas secretos de vigilância da Internet para monitorar as comunicações no Brasil. Alegações recentes afirmam que as comunicações pessoais de Dilma e a Petrobras também foram alvo de espionagem dos EUA.

As denúncias enfureceram Dilma, que exigiu explicações de Obama quando ambos se encontraram durante a reunião do G20 neste mês na Rússia. As revelações também arranham os esforços de anos para melhorar as relações entre as duas maiores economias das Américas.
Presidente Dilma Rousseff é vista durante reunião plenária no Palácio do Planalto, em Brasília, em julho. Dilma adiou nesta terça-feira a visita de Estado que faria a Washington em outubro, por considerar que ainda não foi alcançada uma "solução satisfatória" para as denúncias de espionagem pelos Estados Unidos de comunicações pessoais da presidente, de empresas e cidadãos brasileiro. 17/07/2013 REUTERS/Ueslei Marcelino
1 de 1Versão na íntegra
Dilma tomou a decisão de adiar a viagem para os EUA, marcada para 23 de outubro, depois de se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que na semana passada viajou a Washington para discutir as denúncias de espionagem com a conselheira de Segurança Nacional de Obama, Susan Rice.

Em breve comunicado após o encontro entre Rice e Figueiredo, a Casa Branca disse que as alegações recentes "levantaram questões legítimas em nossos amigos e aliados" sobre a inteligência norte-americana, sem fazer um pedido de desculpas a Dilma.

Autoridades norte-americanas afirmam que o monitoramento realizado pela NSA tem o objetivo de detectar atividades suspeitas de terroristas e não de bisbilhotar comunicações internacionais.

O governo brasileiro, no entanto, rejeitou o argumento de Washington de que os EUA buscam apenas reunir informações críticas para a segurança nacional dos EUA. O Brasil é uma democracia pacífica sem histórico de terrorismo internacional ou acesso a armas de destruição em massa.

A visita de Estado de Dilma era a única do tipo oferecida pelo governo Obama neste ano. A viagem tinha o objetivo de servir como plataforma para acordos nas áreas de exploração de petróleo e tecnologias de biocombustível, além da potencial compra pelo Brasil de caças de combate fabricados pela norte-americana Boeing.

Dilma tem viagem marcada para o fim deste mês aos EUA para participar da Assembleia-Geral da ONU em Nova York.

(Reportagem de Anthony Boadle e Brian Winter)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Responsável por desempate no mensalão, Celso de Mello promete voto independente


O ex-ministro José Dirceu (D) conversa com amigos enquanto assiste à sessão do STF sobre o mensalão, nesta quinta-feira, em São Paulo. REUTERS/Paulo Whitaker

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA, 12 Set (Reuters) - Ministro mais antigo do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello tem nas mãos a responsabilidade de desempatar o placar sobre a possibilidade de pelo menos 11 condenados no processo do mensalão apresentarem novos recursos e prometeu que seu voto, a ser divulgado na próxima semana, foi redigido de maneira independente da opinião pública.

Em conversa com jornalistas após a sessão do Supremo desta quinta-feira, Celso de Mello lembrou que já tratou da questão dos chamados embargos infringentes --recurso que pode dar um novo julgamento a réus condenados que tiveram pelo menos quatro votos pela absolvição-- por duas vezes, uma delas na primeira sessão de julgamento do mensalão em agosto do ano passado.

Na ocasião ele se posicionou favorável a este tipo de recurso e, nesta quinta, questionado se manteria a posição, disse que a levaria em conta em seu voto, assim como as manifestações dos demais ministros do Supremo.

Durante a sessão do STF desta quinta, encerrada após empate de 5 votos a 5 sobre a questão, os ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello alertaram para o impacto que a decisão do tribunal poderia ter na sociedade, uma vez que os embargos infringentes, se aceitos, podem prolongar o julgamento do esquema de compra de apoio político no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou conhecido como mensalão.

"A responsabilidade é inerente ao cargo e às funções... é preciso decidir e decidir com absoluta independência e independentemente do que pensa a opinião pública", disse Celso de Mello a jornalistas.

"Me pauto pelo respeito e pela reverência que sempre prestei à autoridade da Constituição", afirmou, acrescentando que está "em condições" de votar.

Há mais de um ano, na primeira sessão de julgamento da ação penal do mensalão em agosto de 2012, Celso de Mello disse: "o Supremo Tribunal Federal, em normas que não foram derrogadas e que ainda vigem, reconhece a possibilidade de impugnação de decisões emanadas do plenário desta Corte em sede penal, não apenas nos embargos de declaração, como aqui se falou, mas também em embargos infringentes do julgado".

Questionado se repetiria a posição na próxima semana, o ministro limitou-se a responder: "Será? Acho que não evoluí. Será que evoluí?"

domingo, 8 de setembro de 2013

Papa Francisco pede fim do tráfico ilegal de armas

Papa Francisco pede fim do tráfico ilegal de armas

ROMA, 8 Set (Reuters) - O papa Francisco fez uma conclamação neste domingo pelo fim do tráfico ilegal de armas e repetiu seu apelo pela paz na Síria.

"A guerra contra o mal significa dizer não ao ódio fratricida e às mentiras que o alimentam, dizendo não à violência em todas as suas formas, dizendo não à proliferação de armas e do tráfico ilegal de armas", disse ele em seu Angelus dominical regular.

"Há sempre a dúvida se essas guerras aqui ou lá são guerras por problemas reais ou guerras para vender armas", disse ele.

"Há uma guerra comercial para vender essas armas no comércio ilegal. Estes são os inimigos a serem combatidos, juntos e unidos, seguindo não outro interesse que não o da paz e o do bem comum."

Esse chamamento ocorreu horas depois de o papa se dirigir a cerca de 100 mil pessoas na Praça de São Pedro, em um dia de jejum e oração pela paz na Síria.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Dilma se reúne com Obama após suposta espionagem dos EUA, diz Casa Branca


 O presidente dos EUA, Barack Obama (direita), senta-se ao lado da presidente do Brasil, Dilma Rousseff (centro), no início de uma sessão do G20 no Palácio Konstantin em São Petersburgo, Rússia.

BRASÍLIA, 5 Set (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff se encontrou nesta quinta-feira com o presidente norte-americano, Barack Obama, e os dois discutiram a recente denúncia de que os Estados Unidos teriam espionado suas comunicações privadas.

Uma autoridade da Casa Branca disse à Reuters que Dilma e Obama discutiram a suposta espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), mas não forneceu mais detalhes.

Os dois líderes, que estão em São Petersburgo, na Rússia, para participar da cúpula do G20, se sentaram lado a lado na primeira sessão plenária do encontro.

Uma fonte do governo brasileiro afirmou à Reuters na quarta-feira que Dilma estava "furiosa" com as denúncias de que teria sido espionada e queria um pedido público de desculpas do governo norte-americano, pois poderia cancelar a visita de Estado a Washington, marcada para outubro.

O Palácio do Planalto informou, na manhã desta quinta-feira, o cancelamento da ida a Washington de uma equipe do governo para preparar a viagem de Dilma à capital dos EUA, sem dar mais detalhes.

O governo brasileiro deu prazo até sexta-feira para os Estados Unidos darem uma explicação por escrito sobre qual era a intenção da NSA em monitorar as comunicações de Dilma.

As informações da suposta espionagem foram divulgadas no domingo por uma reportagem do programa "Fantástico", da TV Globo, feita com base em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da agência Edward Snowden.

A NSA teria monitorado o conteúdo de emails, telefonemas e mensagens de texto de Dilma.

O vice-assessor de segurança nacional para Comunicações Estratégicas dos Estados Unidos, Ben Rhodes, disse que Washington trabalhará para resolver o impasse por meio de "canais diplomáticos e de inteligência".

"Entendemos quanto isso é importante para os brasileiros", disse. "Estamos concentrados em garantir que os brasileiros entendam exatamente qual a natureza do nosso esforço de inteligência... Então temos o objetivo de resolver essas coisas numa base bilateral."

(Reportagem de Anthony Boadle e Maria Carolina Marcello, com reportagem adicional de Steve Holland, em São Petersburgo)

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No G20, aumenta a pressão sobre Obama na questão síria



 O presidente dos EUA, Barack Obama, comparece à primeira sessão da cúpula do G20 no Palácio de Constantine em Strelna, próximo a São Petersburgo, Rússia. REUTERS/Sergei Karpukhin
Por Timothy Heritage

SÃO PETERSBURGO, Rússia , 5 Set (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrentou nesta quinta-feira crescente pressão de líderes mundiais para que não lance ataques militares contra a Síria, durante a cúpula sobre a economia mundial, tema que ficou em segundo plano por causa do conflito.

O Grupo dos 20 (G20), que reúne economias desenvolvidas e emergentes, está reunido em São Petersburgo para tentar forjar uma frente unida para o crescimento econômico, comércio, transparência bancária e combate à evasão fiscal.

Mas o grupo, cujos membros perfazem dois terços da população e 90 por cento da produção mundial, está dividido em questões que variam da decisão do Federal Reserva, o banco central dos EUA, de encerrar seu programa de estímulo econômico à guerra civil na Síria.

O presidente russo, Vladimir Putin, quer aproveitar o encontro, realizado num palácio czarista à beira-mar, para convencer Obama a desistir da ação contra o presidente da Síria, Bashar al-Assad, motivada por um ataque com armas químicas que os EUA dizem ter sido desferido por forças do governo sírio.

Obama abriu um sorriso duro ao se aproximar de Putin na chegada à cúpula e apertou sua mão. Putin também manteve uma expressão formal. Somente quando eles se viraram para posar para as câmeras Obama ampliou o sorriso.

A primeira rodada da cúpula favoreceu Putin, já que a China, a União Europeia e o papa Francisco --em uma carta aos líderes do G20-- se alinharam mais estreitamente com ele do que com Obama sobre a possibilidade e a legitimidade de uma intervenção armada.

"Uma ação militar teria um impacto negativo sobre a economia global, especialmente sobre o preço do petróleo --vai causar um aumento no preço do petróleo", disse o vice-ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, antes do início das negociações dos líderes do G20.

O papa Francisco disse em carta ao presidente russo, Vladimir Putin, por ocasião da cúpula do G20, que os líderes mundiais deveriam "deixar de lado a busca inútil por uma solução militar" na Síria.

Líderes da União Europeia, normalmente forte aliados dos EUA, descreveram o ataque de 21 de agosto, perto de Damasco e no qual se estima terem morrido 1.400 pessoas, como "abominável", mas acrescentaram: "Não há solução militar para o conflito sírio".

Os líderes do grupo de economias emergentes Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- expressaram, durante reunião na cúpula do G20, preocupação de que um ataque militar contra a Síria possa prejudicar a economia mundial, segundo um porta-voz de Putin.

"Foi notório em meio ao diálogo dos Brics que entre os fatores que podem afetar negativamente a situação da economia mundial estão as consequências de uma eventual intervenção externa nos assuntos sírios. Tais consequências podem ter um efeito extremamente negativo sobre a economia mundial", disse o porta-voz Dmitry Peskov.

Putin, o mais importante aliado de Assad, ficou isolado em junho na questão síria durante a reunião do Grupo dos Oito, o último grande encontro de potências mundiais. Ele poderia agora virar a mesa contra Obama, que recentemente o comparou a "um aluno entediado no fundo da sala de aula".

Somente a França, que se prepara para se unir aos EUA na ação militar, se posicionou ao lado de Obama.

"Nós estamos convencidos de que se não houver nenhuma punição para Assad, não haverá nenhuma negociação", declarou o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, antes de partir para São Petersburgo.

Por ser improvável o apoio da China e da Rússia no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, onde os dois países têm poder de veto, Obama está buscando o aval do Congresso norte-americano.

Putin diz que forças rebeldes podem ter realizado o ataque com gás venenoso e qualquer ataque militar sem a aprovação do Conselho de Segurança violaria o direito internacional, um ponto de vista que conta com crescente apoio.

Não está prevista uma conversa direta entre Putin e Obama, mas o líder russo espera discutir a questão síria em um jantar com todos os líderes. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o enviado especial da organização, Lakhdar Brahimi, também estão em São Petersburgo, esperando obter um acordo para a realização de uma conferência internacional de paz sobre a Síria.

Nenhuma decisão do G20 sobre a Síria teria caráter de cumprimento obrigatório, mas Putin gostaria de chegar a um consenso para evitar uma ação militar, o que seria um triunfo pessoal significativo, embora improvável.

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Síria envia carta ao Congresso dos EUA pedindo que rejeitem ataque


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O governo sírio enviou, nesta quinta-feira (5), uma carta endereçada ao presidente da Câmara dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, pedindo que o Congresso americano rejeite a proposta do presidente Barack Obama de atacar a Síria.
Reprodução/Sky News
Reprodução de carta enviada pela Síria ao Congresso dos EUA

Desde a semana passada, quando a inteligência americana afirmou ter provas do uso de armas químicas pelo regime do presidente sírio, Bashar Assad, em ataque do dia 21 de agosto num subúrbio de Damasco, Obama disse que a linha vermelha tinha sido ultrapassada e isso demandaria uma reposta imediata --no caso, um ataque limitado e sem tropas em terra em território sírio, pelas forças americanas. No entanto, o presidente afirmou que só daria a ordem para atacar se os parlamentares americanos autorizassem a ação.

Na carta, segundo o site de notícias "Sky News" --que reproduz imagem do documento de cinco páginas--, assinada pelo presidente do Parlamento sírio, Jihad al-Laham, há um apelo para que os parlamentares não sejam coniventes com um "ataque irresponsável e que poderá matar civis inocentes".

Citando o presidente americano Franklin Roosevelt (1882-1945), o documento também pede que os americanos mantenham a linha civilizada da diplomacia, para se chegar a uma solução do conflito sírio, e evitem a linguagem da violência.

Al-Laham faz, ainda, um convite para que os congressistas americanos viagem à Síria para "verem com seus próprios olhos o que realmente está acontecendo no país", dando a entender que o regime sírio não está por trás do ataque com armas químicas, mas, sim, terroristas jihadistas.

Uma carta com teor semelhante foi entregue aos governos da França e do Reino Unido, no mês passado. No dia 29 de agosto, o Parlamento britânico rechaçou, após votação, a participação do Exército do Reino Unido numa ação conjunta com o Exército dos EUA contra o território sírio.

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Monitoramos os outros países "para entender melhor o mundo", diz Obama


Brasil x EUA (espionagem) - No início de julho, o jornal "O Globo" publicou uma série de reportagens sobre o monitoramento feito pelo governo americano no Brasil. Segundo o periódico, Brasília fez parte de uma rede de 16 bases de espionagem operadas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos, que espionaram milhares de chamadas telefônicas e e-mails. As matérias se baseiam nas informações de Edward Snowden, ex-consultor da NSA (sigla em inglês da Agência Nacional de Segurança). O governo brasileiro pediu explicações aos EUA após a divulgação da história. Na foto, o ministro da Defesa, Celso Amorim, que disse que o Brasil está "vulnerável" à espionagem Pedro Ladeira/Folhapress
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira (4) que o governo americano obteve "informações de inteligência" sobre outros países para "tentar entender melhor o mundo", e justificou a ação "porque nossos meios são significativamente maiores".

"Nossas capacidades militares são mais significativas que as de outros países. Podemos ter os mesmos objetivos, mas nossos meios são significativamente maiores", afirmou Obama em Estocolmo, durante uma coletiva de imprensa conjunta com o premiê da Suécia, Fredirik Reinfeldt.

Sem citar as revelações feitas pelo jornalista Glenn Greenwald, de que os EUA espionaram a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, Obama afirmou que a ação dos EUA visa "algumas áreas de preocupação".
As áreas, segundo ele, incluem contraterrorismo, armas de destruição em massa, cibersegurança e interesses de segurança nacional dos EUA.

Obama disse que, após os atentados de 11 de setembro de 2001, muito da inteligência americana foi ampliado para combater o terrorismo.

"Houve tempos em que os procedimentos não funcionaram como deveriam, o que levanta questões sobre se não estamos sendo invasivos demais. O risco de abusos hoje é maior."

Obama diz que, por essa razão, instruiu seu time a "revisar tudo que estamos fazendo, e equilibrar os meios com os fins".

"Não é porque podemos fazer algo que vamos fazer." Obama afirmou ainda que seu governo consulta a União Europeia para chegar a um consenso para "alinhar os interesses específicos da UE com nossa política" e "aliviar algumas preocupações" http://noticias.uol.com.br/

domingo, 1 de setembro de 2013

Livro: Dias de Inferno na Síria O Relato do Jornalista Brasileiro Que Foi Preso e Torturado em Plena Guerra



Livro: Dias de Inferno na Síria
O Relato do Jornalista Brasileiro Que Foi Preso e Torturado em Plena Guerra
1a. edição, 2012
Klester Cavalcanti
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O jornalista Klester Cavalcanti saiu de São Paulo, em maio de 2012, com a missão de registrar a realidade da guerra civil na Síria, iniciada em março de 2011.Partiu para Beirute, no Líbano, com toda a documentação em ordem. Tinha o visto sírio, uma lista dos equipamentos que poderia portar, passaporte e um contato esperando-o na cidade de Homs, então epicentro do conflito entre as forças do ditador Bashar al-Assad e os rebeldes do Exército Livre da Síria.

Seu plano era entrar em território sírio pela fronteira libanesa e acompanhar por alguns dias a ação dos rebeldes. Mas nada aconteceu como planejado. O jornalista foi preso pelas tropas oficiais, torturado e encarcerado por seis dias numa cela que dividia com mais de 20 detentos.

Naquele microcosmo, estavam os personagens e as histórias que precisava para retratar a guerra civil que acompanhava da cela, ouvindo os tiros e as explosões que vinham das ruas. O resultado é este "Dias de Inferno na Síria", que apresenta o conflito sírio de uma perspectiva inédita, já que visto de dentro, ao mesmo tempo em que e as vítimas e os algozes da guerra ganham a dimensão humana que faz refletir sobre as diferenças religiosas, de raça e de poder que maltratam o mundo.  http://livraria.folha.com.br/

O outono brasileiro os protestos do Brasil







Ricardo Guedes

Estamos no marco zero das políticas públicas.

As explosões sociais espontâneas se sucedem no país na demanda por transporte, saúde, educação, segurança, e pela falta de representatividade política da população em geral, culminando em protestos com mais de 1 milhão de pessoas em cerca de 100 cidades nesta última quinta feira e a invasão do Palácio do Itamaraty, em Brasília, com o confronto entre os manifestantes e policiais.

As recentes explosões sociais brasileiras se equivalem, em sua gênese, a outros movimentos sociais ocorridos na história, como os distúrbios sociais de Nova Iorque de 1863 por serviços públicos, o movimento dos Indignados na Espanha em 2011 contra os políticos e suas consequências na economia, e o Ocupe Wall Street em 2012 contra as instituições financeiras.

Do ponto de vista de sua espontaneidade inicial, embora com consequências por demais distintas, podem mesmo ser comparado às Primaveras Árabes e aos recentes protestos na Turquia, embora com ideologias específicas, diferentes intensidades, e distintas perspectivas.

Esses movimentos têm em comum o cansaço dos excluídos em relação aos seus governantes, na ausência de bens e produtos sociais e de conduta política que corresponda às expectativas das populações. Ganham, neste sentido, destaque na mídia mundial.

As pesquisas indicam que 80% dos participantes nas manifestações não têm identificação partidária, compatível com os resultados das pesquisas nacionais onde somente 20% apresentam identificação com partidos políticos.

Ou seja: temos nas manifestações uma amostra então crescente e representativa da população brasileira, onde 75% apoiam as manifestações. Estatisticamente, 1 milhão de pessoas representa uma amostra com margem de erro de 1/10 de 1% para o total da população de 190 milhões no pais, como movimento geral.

Na literatura das ciências sociais, alguns autores indicam que os problemas nascem na economia, se generalizam no social e se transformam no político.

No Brasil, a origem das manifestações tem por causa principal o crescimento da inflação e a falta de serviços públicos minimamente adequados na saúde, educação e transporte, contrastados com os gastos para a Copa, como denominador comum dos recentes problemas sociais.

Após uma década de controle da inflação e de políticas bem sucedidas na implantação de programas sociais e da política de crédito, temos hoje por quase dois anos o crescimento do PIB em aproximadamente 1% e inflação de 6% anuais, totalizando a diminuição em cerca de 10% do poder de compra, com a crise econômica corroendo os salários, retornando parte do eleitorado à linha de pobreza.

Nas pesquisas, saúde, educação, segurança, transporte e corrupção são apontados como os principais problemas, observando-se o cansaço em relação à falta de políticas públicas e a questões de ética.

Em grupos de discussão, os gastos com a Copa são fortemente criticados por todas as classes sociais, gerando a dicotomia entre o espetáculo do primeiro mundo e a ausência de políticas públicas.

A recente queda de popularidade de Dilma Rousseff abaixo dos níveis que garantem a reeleição é um indicador político da variabilidade do eleitorado.

É certo que o novo movimento social brasileiro, que poderá vir a se organizar na forma de representação da cidadania, atinge os três níveis de poder, com contornos específicos em cada manifestação, como mostram a tomada do teto do Congresso Nacional em Brasília, os ataques à Assembleia Legislativa no Rio de Janeiro, e a tentativa de invasão da Prefeitura em São Paulo.

Mas é o Governo Federal, a instituição executiva responsável e capaz de promover os grandes programas de transformação social, a depositária última das manifestações sociais.

Nas Eleições Presidenciais de 2010, Dilma obteve 35% dos votos do total do eleitorado no 1º turno, Serra 24%, e Marina 14%, com 25% de abstenção, brancos e nulos.

No 2º turno, Dilma obteve 41% dos votos no total do eleitorado, e Serra 32%, com 27% de abstenção, bancos e nulos. Em votos válidos, Dilma obteve 56% e Serra 44%, com margem de 6% do eleitorado decidindo as eleições.

Em pesquisa com os participantes do movimento em São Paulo, Joaquim Barbosa obtém 30% das preferências, Marina 20%, Dilma 10%, Aécio 5%, e Eduardo Campos 1%.

Com o movimento social, o voto da esperança no PT perde sua intensidade.

O Outono Brasileiro terá consequências nas eleições presidenciais de 2014. Embora com críticas à classe política em geral, o movimento social espontâneo contra o status quo terá nas oposições, como formas institucionalizadas de voto, os maiores catalisadores do descontentamento, com resultados imprevisíveis no momento.

Ricardo Guedes, Ph.D. em Ciências Políticas pela Universidade de Chicago, é diretor-presidente do Instituto de Pesquisa Sensus.

sábado, 31 de agosto de 2013

Pablo Picasso / Fonte: InfoEscola!

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Por Ana Lucia Santana
Nascido na cidade de Málaga, em 25 de outubro de 1881, Pablo Ruiz Picasso – pintor espanhol naturalizado francês – tornou-se um dos mestres das Artes Plásticas do século XX, pois era ainda escultor, artista gráfico e ceramista. Seu talento foi de certa forma herdado de seu pai, professor de desenho e eventualmente pintor, e não tardou a ser reconhecido logo no início, quando o artista tinha apenas quinze anos e, surpreendentemente, seu próprio ateliê.
Na infância, reproduzia episódios de touradas, tema de sua primeira obra – O Toureiro -, uma pintura a óleo sobre madeira, executada quando o artista tinha oito anos. Mais tarde, inclusive, criou outra tela semelhante – A morte da mulher destacada e fútil, símbolo de sua relação com as mulheres. Aliás, na história de Picasso, seu envolvimento com as mulheres e sua produção artística estão intrinsecamente ligados, e a cada novo relacionamento ele começa a trilhar uma vereda artística renovada.


Sua galeria de criações artísticas atinge o nível de milhares de obras, e ele é um dos mais renomados artistas em todo o planeta. Picasso chegou a Paris em outubro de 1900, cidade que ele imediatamente adotou como seu novo lar, o núcleo de toda produção da vanguarda artístico-cultural. A princípio, ele seguiu caminhos convencionais, transitando da Fase Azul (1901-05), caracteristicamente melancólica, na qual ele aborda a cegueira, a pobreza, a alienação e o desespero, para a alegre e sensível Fase Rosa (1905), quando se apaixona por Fernande Olivier.


Co-criador do Cubismo, ao lado de Georges Braque, no qual o visível era geometricamente desconstruído, o pintor deu um passo decisivo na instituição de uma nova crença, a de que o produtor artístico deve sempre adicionar algo novo ao real, e não meramente reproduzi-lo. A partir de então o artista é livre inclusive para escolher outros materiais que não os convencionais, complementando meios como a pintura e a escultura com colagens e outros artefatos.

Picasso trabalhava exaustivamente durante a noite, até o dia amanhecer. Mas não lhe faltou tempo para criar um grupo de amigos famosos nos bairros parisienses de Montmartre e Montparnasse – André Breton, Guillaume Apollinaire e a escritora Gertrude Stein. Apesar do sucesso da Fase Rosa, em 1907 ele decide abandonar este estilo, atraído pelas esculturas da Península Ibérica e da África, é quando ele pinta Les Demoiselles d’Avignon,(figura 3) trabalho pioneiro da arte moderna. Sua obra passa então a sofrer intensa influência das artes grega, ibérica e africana, constituindo o protocubismo, movimento que antecedeu o cubismo. Seu famoso retrato da amiga Gertrude Stein expressa uma face tratada em forma de máscara.

Versátil demais para se fixar em uma única forma, Picasso não chegou a produzir uma arte essencialmente abstrata, pois estava sempre à frente de seus contemporâneos, que reagiram com perplexidade quando o artista retomou seu estilo mais tradicional e logo depois, no princípio da década de 20, optou por um caminho neoclássico, justamente quando o pintor, recém-casado com a bailarina Olga Koklova, modificara seu modo de vida, agora abusivamente afortunado e convencional, embora extremamente tedioso para Picasso.

Aos 87 anos, o artista ainda tem vigor suficiente para resgatar o estilo de sua juventude. Com fôlego invejável, ele produz em sete meses 347 gravuras, retomando temas como os do circo, das touradas, do teatro, do erotismo. Alguns anos depois, após uma cirurgia da próstata e da vesícula, com a visão imperfeita, Picasso encerra sua produção artística. Seus 90 anos são comemorados com uma exposição especial no Museu do Louvre, assim o artista em tudo pioneiro também nesse momento realiza um feito inédito – torna-se o primeiro artista vivo a expor suas obras na grande galeria deste famoso Museu.

O pintor parte deste mundo em 8 de abril de 1973, na cidade de Mougins, na França, aos 91 anos, legando ao planeta uma vasta herança artística, cultural e existencial. Destaca-se deste patrimônio sua obra mais conhecida, marcadamente pacifista e humanista, o mural Guernica,(figura 2) em exposição no Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid, que retrata a cidade basca após o bombardeio pelos aviões de Adolf Hitler – um símbolo da crueldade da guerra.

Obama diz que EUA devem atacar Síria; buscará apoio do Congresso



Obama diz que EUA devem atacar Síria; buscará apoio do Congresso

SÃO PAULO, 31 Ago (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado que decidiu que o país deve adotar uma ação militar contra alvos do governo sírio, em resposta a um mortal ataque com armas químicas, mas afirmou que irá buscar a aprovação do Congresso norte-americano.
"Não podemos e não iremos fechar os olhos para o que aconteceu em Damasco", disse Obama durante declarações na Casa Branca.

(Por Paul Eckert)


Obama busca apoio de Congresso para intervenção militar na Síria

 Presidente norte-americano Barack Obama é visto na Casa Branca em Washington. Os principais assessores de Obama irão defender neste sábado no Senado uma intervenção limitada contra a Síria, apresentando evidências sobre um ataque com armas químicas que segundo a Casa Branca deixou mais de 1.400 mortos. 30/08/2013 REUTERS/Kevin Lamarque

Por Roberta Rampton

WASHINGTON, 31 Ago (Reuters) - Os principais assessores do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, irão defender neste sábado no Senado uma intervenção limitada contra a Síria, apresentando evidências sobre um ataque com armas químicas que segundo a Casa Branca deixou mais de 1.400 mortos.

Obama dispõe de amplos poderes legais para tomar uma ação militar. Embora ele tenha dito que não tomou uma decisão final, ele deixou claro que acredita que os Estados Unidos devem fazer algo para responsabilizar o governo sírio pelo ataque.

Mas legisladores dos EUA pressionam por mais informações sobre as intenções de Obama na Síria, com muitos expressando reservas sobre o custo e o impacto dos potenciais ataques.

As discussões ocorrem um dia depois de a Casa Branca divulgar uma avaliação da inteligência não-classificado no qual diz que o governo tinha "muita confiança" de que o governo sírio foi responsável pelo ataque em 21 de agosto com armas químicas em uma dúzia de bairros nos arredores de Damasco que mataram pelo menos 1.429 civis, sendo um terço deles crianças.

A maioria dos norte-americanos não querem que os EUA façam uma intervenção na Síria. Uma pesquisa Reuters/Ipsos feita nesta semana mostrou que apenas 20 por cento acreditam que o país deveria tomar uma ação, isso ante 9 por cento uma semana antes.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Grécia nunca deveria ter sido admitida no Euro, diz Merkel



Grécia nunca deveria ter sido admitida no Euro, diz MerkelChanceler alemã culpou seu antecessor pela crise econômica europeia
   
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira (29/08), durante uma ação de campanha, que a Grécia não deveria ter sido admitida na zona do euro, responsabilizando o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder (social-democrata, SPD) pela atual crise.

"A crise surgiu ao longo de vários anos, devido a erros na fundação do euro. Por exemplo, a Grécia nunca deveria ter entrado na zona euro", frisou Merkel perante cerca de mil apoiantes do seu partido, a União Democrata Cristã, em Rendsburg, no Estado federado de Schleswig-Holstein.

Agência Efe

Partido de Merkel lidera pesquisas de intenção de voto para próxima eleição, em setembro

"O chanceler Schröder aceitou a Grécia (em 2001) e enfraqueceu o Pacto de Estabilidade. Ambas as decisões foram fundamentalmente equivocadas e um dos pontos de partida dos problemas atuais", acrescentou.

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Durante o seu discurso, Merkel reforçou a ideia de que é preciso uma moeda única europeia forte, mas deixou claro que isso só será viável por meio de reformas nos países em dificuldades, como é o caso da Grécia.

"(A zona do euro) é um tesouro tão grande, uma bênção tão grande, que não podemos colocá-la em dúvida", avançou a chanceler, sublinhando que é “por esse motivo que temos mostrado solidariedade, mas solidariedade sempre condicionada a reformas nos países que experimentam a nossa solidariedade."
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Segundo apontam as últimas sondagens divulgadas, a coligação CDU/FDP, liderada por Angela Merkel, terá uma vantagem de quatro pontos percentuais sobre SDP (22%), Verdes (13%) e o partido de esquerda Die Linke (8%). http://operamundi.uol.com.br/

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Mantega: momento é de minicrise, mas economia do Brasil segue sólida


SÃO PAULO, (Reuters) - O Brasil passa por um período de "minicrise" decorrente das expectativas globais em torno do fim dos estímulos econômicos pelo banco central norte-americano, mas a economia do país continua sólida, disse nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Segundo ele, mesmo assim, essa turbulência --que terá um impacto menor do que outros momentos-- não afetou o fluxo de entrada de capital estrangeiro no país e que a economia brasileira continua sólida.

"Ela é uma minicrise que estamos vivendo, mas trará um impacto muito menor... porque a economia mundial está em recuperação", afirmou Mantega em evento com empresários, em São Paulo. Ele voltou a falar que o Brasil possui amplas reservas internacionais para se proteger contra turbulências.

Mantega, mais uma vez, culpou a comunicação do Federal Reserve, banco central norte-americano, pelos problemas nos mercados financeiros. Para ele, o Fed não deixa claro o que fará sobre a retirada dos estímulos monetários --no valor mensal de 85 bilhões de dólares-- na maior economia do mundo.

"Quando o Fed começar de fato a retirar os estímulos, o mercado se acalma", afirmou Mantega, acrescentando acreditar que o salto dado pelo dólar ante o real recentemente pode ter ficado para trás. Para ele, não deverá haver desvalorização excessiva no real por "muito mais tempo".

Mantega afirmou que não falta liquidez no mercado à vista de dólares, por isso as atuações do BC estão concentradas no mercado futuro com leilões de swap cambial. Ele voltou a dizer que o governo trabalha para evitar o contágio cambial na inflação que, segundo ele, está sob controle no Brasil.

ATRATIVIDADE NAS CONCESSÕES

O titular da Fazenda lembrou ainda que o governo está trabalhando para tornar as concessões atrativas ao setor privado. E repetiu estar aberto a modificações para melhorar os programas.

Para o ministro, como há liquidez internacional grande neste momento, os investidores estrangeiros vão se interessar pelas concessões, uma vez que eles focam no longo prazo.
Mantega disse também que o a economia brasileira pode crescer 4 por cento em 2014, ano eleitoral, e que, a última estimativa para este ano era de expansão de 2,5 por cento.

"Eu acho que em 2014 nós vamos estar crescendo mais. Porque talvez melhore a economia internacional", afirmou ele.

Nesta semana, o governo tem de entregar o Orçamento de 2014 e já estava definido que reduziria a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), segundo mostrou a Reuters na semana passada.

(Reportagem de Eric Sukys)

sábado, 24 de agosto de 2013

Revolução Cubana O Histórico e os principais nomes da Revolução Cubana.







Fidel e Che: duas das principais lideranças que conduziram a Revolução Cubana, em 1959.

Sendo uma das últimas nações a se tornarem independentes no continente americano, Cuba proclamou a formação de seu Estado independente sob o comando do intelectual José Marti e auxílio direto das tropas norte-americanas. A inserção dos norte-americanos nesse processo marcou a criação de um laço político que pretendia garantir os interesses dos EUA na ilha centro-americana. Uma prova dessa intervenção foi a criação da Emenda Platt, que assegurava o direito de intervenção dos Estados Unidos no país.
Dessa maneira, Cuba pouco a pouco se transformou no famoso “quintal” de grandes empresas estadunidenses. Essa situação contribuiu para a instalação de um Estado fragilizado e subserviente. De fato, ao longo de sua história depois da independência, Cuba sofreu várias ocupações militares norte-americanas, até que, na década de 1950, o general Fulgêncio Batista empreendeu um regime ditatorial explicitamente apoiado pelos EUA.

Nesse tempo, a população sofria com graves problemas sociais que contrastavam com o luxo e a riqueza existente nos night clubs e cassinos destinados a uma minoria privilegiada. Ao mesmo tempo, o governo de Fulgêncio ficava cada vez mais conhecido por sua negligência com as necessidades básicas da população e a brutalidade com a qual reprimia seus inimigos políticos. Foi nesse tenso cenário que um grupo de guerrilheiros se formou com o propósito de tomar o governo pela força das armas.

Sob a liderança de Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, um pequeno grupo de aproximadamente 80 homens se espalhou em diversos focos de luta contra as forças do governo. Entre 1956 e 1959, o grupo conseguiu vencer e conquistar várias cidades do território cubano. No último ano de luta, conseguiram finalmente acabar com o governo de Fulgêncio Batista e estabelecer um novo regime pautado na melhoria das condições de vida dos menos favorecidos.

Entre outras propostas, o novo governo defendia a realização de uma ampla reforma agrária e o controle governamental sob as indústrias do país. Obviamente, tais proposições contrariavam diretamente os interesses dos EUA, que respondeu aos projetos cubanos com a suspensão das importações do açúcar cubano. Dessa forma, o governo de Fidel acabou se aproximando do bloco soviético para que pudesse dar sustentação ao novo poder instalado.

A aproximação com o bloco socialista rendeu novas retaliações dos EUA que, sob o governo de John Kennedy, rompeu as ligações diplomáticas com o país. A ação tomada no início de 1961 foi logo seguida por uma tentativa de contra-golpe, no qual um grupo reacionário treinado pelos EUA tentou instalar - sem sucesso - uma guerra civil que marcou a chamada invasão da Baía dos Porcos. Após o incidente, o governo Fidel Castro reafirmou os laços com a URSS ao definir Cuba como uma nação socialista.

Para que a nova configuração política cubana não servisse de exemplo para outras nações latino-americanas, os EUA criaram um pacote de ajuda econômica conhecido como “Aliança para o Progresso”. Em 1962, a União Soviética tentou transformar a ilha em um importante ponto estratégico com uma suposta instalação de mísseis apontados para o território estadunidense. A chamada “crise dos mísseis” marcou mais um ponto da Guerra Fria e, ao mesmo tempo, provocou o isolamento do bloco capitalista contra a ilha socialista.

Com isso, o governo cubano acabou aprofundando sua dependência com as nações socialistas e, durante muito tempo, sustentou sua economia por meio dos auxílios e vantajosos acordos firmados com a União Soviética. Nesse período, bem-sucedidos projetos na educação e na saúde estabeleceram uma sensível melhoria na qualidade de vida da população. Entretanto, a partir da década de 1990, a queda do bloco socialista exigiu a reformulação da política econômica do país.

Em 2008, com a saída do presidente Fidel Castro do governo e a eleição do presidente Barack Obama, vários analistas políticos passaram a enxergar uma possível aproximação entre Cuba e Estados Unidos da América. Em meio a tantas especulações, podemos afirmar que vários indícios levam a crer na escrita de uma nova página na história da ilha que, durante décadas, representou o ideal socialista no continente americano.
Por Rainer Sousa  Graduado em História     http://www.brasilescola.com/

Médicos cubanos dizem que vieram ao Brasil 'por solidariedade, não por dinheiro'

BRUNO BASTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RECIFE

Os primeiros médicos cubanos que desembarcaram no Brasil para participar do programa Mais Médicos, do governo federal, disseram neste sábado que não sabem quanto receberão pelo trabalho e que vieram "por solidariedade, e não por dinheiro".

"Nós somos médicos por vocação e não por dinheiro. Trabalhamos porque nossa ajuda foi solicitada, e não por salário, nem no Brasil nem em nenhum lugar do mundo", afirmou o médico de família Nélson Rodríguez, 45, ao desembarcar no Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife (PE).

Ele disse que a atuação dos profissionais no Brasil seguirá as ações executados em países como Haiti e Venezuela, onde já trabalhou. "O sistema de saúde no Brasil é mais desenvolvido que nesses outros países que visitamos, então poderemos fazer um trabalho até melhor na saúde básica", afirmou.

À imprensa, outros médicos que deram entrevistas concordaram com o colega. Todos eles falaram "portunhol" --afirmaram que tiveram contato com o português quando trabalharam na África ou por terem amigos que já trabalharam no continente.

Luiz Fabiano/Futura Press/Folhapress
Primeiros médicos cubanos do programa Mais Médicos desembarcam no aeroporto internacional do Recife (PE) neste sábado
Primeiros médicos cubanos do programa Mais Médicos desembarcam no aeroporto internacional do Recife (PE) neste sábado
Natacha Sánchez, 44, que trabalhou em missões médicas na Nicarágua e na África, disse que os cubanos estão preparados para o trabalho em locais com "condições críticas" e que pretendem trabalhar em conjunto com os médicos brasileiros. Ela afirmou não ter conhecimento das críticas feitas pelo Conselho Federal de Medicina ao programa Mais Médicos.

Os médicos cubanos desembarcaram vestindo jaleco, com bandeiras do Brasil e de Cuba. Eles foram escoltados por homens do Exército e da Marinha durante os procedimentos de imigração e alfândega, de onde seguiram em vans para alojamentos das Forças Armadas. Quatro deles foram levados para uma sala e conversaram com jornalistas.

O voo dos cubanos pousou por volta das 14h. Em um avião fretado da empresa Cubana, vieram 206 médicos. Desses, 30 ficarão em Pernambuco e os outros irão ainda hoje para Brasília.

Amanhã, outro grupo de 194 médicos chega em voos que farão escalas em Fortaleza, Recife e Salvador.

Eles ficarão hospedados em instalações militares durante o treinamento do programa, até serem deslocados para os municípios onde irão atuar.

A expectativa do governo é que, até o final do ano, mais 3.600 médicos cubanos desembarquem no Brasil.

Além dos cubanos, vão desembarcar até amanhã outros 244 médicos estrangeiros e brasileiros com registro profissional no exterior que se inscreveram na primeira etapa do Mais Médicos.

Editoria de Arte/Folhapress

POLÊMICAS

A vinda dos profissionais cubanos é questionada pelo Ministério Público do Trabalho, que afirma haver desrespeito à legislação trabalhista. Os profissionais de Cuba terão condições diferentes das dos demais estrangeiros --a bolsa de R$ 10 mil mensais não será repassada aos médicos, mas ao governo de Cuba, que fará a distribuição.

Hoje, Padilha defendeu o modelo e disse que o contrato firmado pelo governo brasileiro com o país é semelhante ao estabelecido pela Organização Pan-Americana de Saúde em 58 países.

"Eles são funcionários do governo cubano e, portanto, o valor que vão receber é de competência do convênio celebrado entre Cuba e a Opas", afirmou o secretário de Gestão do Trabalho e na Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, que recepcionou os cubanos no Recife.

O programa também recebeu críticas de representantes regionais da classe médica, que ameaçam não conceder o registro profissional para os médicos estrangeiros que vierem ao país pelo programa.

Padilha disse que o governo tem "segurança jurídica" na decisão de trazer os médicos e disse que não vai aceitar ameaças dos CRMs (Conselhos Regionais de Medicina).

"Quem tem crítica, pode fazer sugestões para aprimorar. Agora, não venham ameaçar a saúde da população que não tem médicos", afirmou.   http://www1.folha.uol.com.br/

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Crise do Petróleo 1973




InfoEscola » Economia »
Crise do Petróleo 1973

Por Antonio Gasparetto Junior
A crise do petróleo teve início quando se descobriu na década de 1970 que o recurso natural não é renovável. Em decorrência disto ou utilizando o fato como pretexto, o preço do petróleo sofreu muitas variações a partir de tal década, marcando efetivamente cinco momentos de crise do produto.
O petróleo foi descoberto ainda no século XIX, mas desde momento tornou-se fundamental e presente ativamente na vida da sociedade. O produto se tornou precioso e passou a ser chamado de “ouro negro”, já que os felizardos por descobrir poços de petróleo enriqueciam-se demasiadamente, tamanho o mercado consumidor que se estruturou em torno do recurso natural. O desenvolvimento da sociedade industrial e de consumo ampliou mais ainda os lucros obtidos com o petróleo.

No Golfo Pérsico  o petróleo foi descoberto em 1908 no Irã, devido ao forte atrativo pelo “ouro negro” e pela grande reserva descoberta, a região passou a ser explorada e visada estrategicamente por países do mundo todo. No ano de 1960 aconteceu um encontro em Bagdá reunindo os cinco principais países produtores de petróleo do mundo, dos quais quatro eram da região do Golfo Pérsico: Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait e Venezuela. Apenas este último país representava a América do Sul. No encontro os participantes acordaram pela criação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a intenção era de protestar contra o achatamento do preço do barril de petróleo praticado por um grupo de empresas petroleiras ocidentais, chamado de “sete irmãs”. Este grupo envolvia as empresas Standart Oil, Royal Dutch Shell, Móbil, Gulf, BP e Standart Oil da Califórnia.

Os membros da OPEP são os maiores produtores de petróleo do mundo, juntos somam 27,13% da produção mundial. Esta tamanha representação fez com que se unissem para desfrutar dos maiores lucros possíveis com o produto que vendiam. No ano seguinte à criação, em 1961, foi realizada uma conferência em Caracas onde foram definidos três objetivos para a OPEP: o aumento da receita dos países membros visando o desenvolvimento de cada um deles; promover um aumento gradativo do controle sobre a produção de petróleo, para desbancar as multinacionais; unificar as políticas de produção. A primeira medida prática tomada pela OPEP foi aumentar o valor dos royalties pagos pelas empresas transnacionais e as onerar com um imposto.

Na década de 1970 descobriu-se que o petróleo é um recurso natural não renovável. Estima-se que em 70 anos o produto se esgote. Tal descoberta fez o preço do produto se alterar, fazendo-o triplicar no final de 1977. A OPEP já vinha diminuindo a oferta de petróleo desde sua criação para alcançar os objetivos que tinha traçado e por causa disso uma série de conflitos ocorreram com os países árabes integrantes da OPEP. Os conflitos foram: a Guerra dos Seis Dias, em 1967; a Guerra do Yom Kipur, em 1973; a Revolução Islâmica no Irã, em 1979 e a Guerra Irã-Iraque, a partir de 1980.

Em apenas cinco meses, entre outubro de 1973 e março de 1974, o preço do petróleo aumentou 400%, causando reflexos poderosos nos Estados Unidos e na Europa e desestabilizando a economia por todo o mundo. É Justamente este momento que coincide com o fim do milagre econômico ocorrido na ditadura militar no Brasil. A crise do petróleo que barrou os altos índices de crescimento do Brasil foram fundamentais para a população começar a se rebelar contra o regime militar no país, fazendo aumentar as críticas e transparecer os abusos que o governo encobria ao longo dos anos com a máscara do crescimento nacional. Mas antes dessa crise houvera outra. São identificados cinco momentos na história mundial de crise do petróleo.

O primeiro deles ocorreu em 1956 quando o presidente do Egito nacionalizou o Canal de Suez que era de propriedade de uma empresa Anglo-Francesa. A medida fez com que o abastecimento de produtos nos países ocidentais fosse interrompido, o que causou aumento no preço do recurso natural.

O segundo momento foi o relatado acima, de 1973, como via de protesto ao apoio que os Estados Unidos davam a Israel durante a Guerra do Yom Kipur. No qual os países membros da OPEP supervalorizaram o preço do petróleo.

O terceiro ocorreu durante a crise política no Irã que desorganizou o setor de produção no país. Logo em seguida à Revolução do Irã, travou-se uma guerra entre o mesmo país e o Iraque que reduziram a produção de petróleo e causaram o aumento do preço do produto no mundo, já que os dois eram os maiores produtores e a oferta do petróleo ficou reduzida no mercado mundial.

Em 1991 teve início a Guerra do Golfo que gerou um novo momento de crise. O Iraque foi invadido pelo Kuwait, os Estados Unidos intervieram no conflito e expulsaram os iraquianos do Kuwait, que antes de sair incendiaram poços de petróleo de tal país causando uma crise econômica e ecológica.

O quinto momento de crise é muito recente, em 2008 movimentos especulativos de escala global fizeram com que o preço do produto subisse 100% entre os seis primeiros meses do ano.

Simón Bolívar, Militar e estadista venezuelano 24/7/1783, San Mateo, Venezuela 17/12/1830, Santa Marta, Colômbia




Bolivar foi aclamado Libertador em 1813, ao invadir a Venezuela
Um dos maiores vultos da história latino-americana, Bolivar comandou as revoluções que promoveram a independência da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar Palacios y Blanco nasceu na aristocracia colonial. Recebeu excelente educação de seus tutores e conheceu as obras filosóficas greco-romanas e as iluministas.

Aos nove anos, perdeu os pais e ficou a cargo de um tio. Este o enviou à Espanha, aos 15 anos, para continuar os estudos. Lá, Bolívar conheceu María Teresa Rodríguez del Toro y Alayza, com quem casou em 1802. Pouco depois de terem voltado para a Venezuela, a esposa morreu de febre amarela. Bolívar então jurou nunca mais casar.

Em 1804, retornou para a Espanha. Na Europa, presenciou a proclamação de Napoleão como imperador da França e perdeu o respeito por ele, considerando-o traidor das idéias republicanas. Após breve visita aos EUA, regressou para a Venezuela em 1807.

No ano seguinte, Napoleão provocou uma grande revolução popular na Espanha, conhecida como Guerra Peninsular. Na América, organizações regionais se formaram para lutar contra o novo rei, irmão de Napoleão.

Caracas declarou a independência, e Bolívar participou de uma missão diplomática à Inglaterra. Na volta, fez um discurso em favor da independência da América espanhola. Em 13 de agosto de 1811, forças patriotas, sob o comando de Francisco de Miranda, venceram em Valencia. Mas, no ano seguinte, depois de vários desastres militares, os dirigentes revolucionários entregaram Miranda às tropas espanholas.

Bolívar escreveu o famoso "Manifesto de Cartagena", sustentando que Nova Granada deveria apoiar a libertação da Venezuela. Em 1813, invadiu a Venezuela e foi aclamado Libertador. Em junho daquele ano, tomou Caracas e, em agosto, proclamou a segunda república venezuelana.

Em 1819, organizou o Congresso de Angostura, que fundou a Grande Colômbia (federação que abrangia os atuais territórios da Colômbia, Venezuela, Panamá e Equador), a qual nomeou Bolivar presidente. Após a vitória de Antonio José de Sucre sobre as forças espanholas (1822), o norte da América do Sul foi enfim libertado.

Em julho de 1822, Bolívar discutiu com José de San Martín a estratégia para libertar o Peru, mais ao sul. Em setembro de 1823, ele e Sucre chegaram a Lima para planejar o ataque. Em agosto de 1824, derrotaram o exército espanhol. No ano seguinte, Sucre criou o Congresso do Alto Peru e a República da Bolívia (assim batizada em homenagem a Bolívar). Em 1826, Bolívar concebeu o Congresso do Panamá, a primeira conferência hemisférica.

Em 1827, devido a rivalidades pessoais entre os generais da revolução, eclodiram guerras civis na Grande Colômbia. Em 25 de setembro de 1828, em Bogotá, Bolívar sofreu um atentado, conhecido como "conspiração setembrina", da qual saiu ileso graças à ajuda de sua companheira, Manuela Sáenz. Com a guerra civil de 1829, a Venezuela e a Colômbia se separaram; o Peru aboliu a Constituição bolivariana; e a província de Quito tornou-se independente, adotando o nome de Equador.

Acuado e tuberculoso, o Libertador morreu no ano seguinte, aos 47 anos.
http://educacao.uol.com.br/biografias/simon-bolivar.jhtm

BC lança plano de intervenção diária no câmbio até dezembro de U$60 bi



BC lança plano de intervenção diária no câmbio até dezembro de U$60 bi


SÃO PAULO/BRASÍLIA, 22 Ago (Reuters) - O Banco Central decidiu nesta quinta-feira intervir diariamente no mercado de câmbio, com a injeção potencial de 60 bilhões de dólares no mercado até o fim do ano, em meio à disparada da cotação da moeda norte-americana, na maior intervenção deste tipo desde o auge da crise internacional em 2008.
O objetivo, segundo o BC, é "prover hedge cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado de câmbio". A alta do dólar, que chega a 21,51 por cento desde maio, tem causado preocupação em relação à inflação e ao endividamento das empresas brasileiras.
De acordo com a autoridade monetária, de segunda a quinta-feiras, até o fim do ano, serão ofertados 500 milhões de dólares em leilões diários de swap cambial tradicional --equivalente a venda futura de dólares.
Já às sextas-feiras serão realizados leilões de linha -- venda de dólar no mercado à vista com compromisso de recompra-- de até 1 bilhão de dólares.
"Isso mostra a firme determinação da autoridade monetária a não deixar que esse câmbio saia do lugar", afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. Nesta semana, a moeda norte-americana chegou a romper o patamar de 2,45 reais, o maior patamar desde 9 dezembro de 2008.
O BC informou ainda que, caso seja necessário, serão aportados mais recursos além do inicialmente previsto nessas operações. De janeiro até agora, as intervenções do BC já somam 45 bilhões de dólares, segundo informação atualizada da assessoria do BC.

"Se julgar apropriado, o Banco Central do Brasil realizará operações adicionais", informou o BC em nota.

A medida foi bem recebida por economistas do mercado financeiro, que destacaram que o programa reduzirá a volatilidade no mercado, mas sustentaram que o viés do dólar é de alta em relação ao real.
O dólar tem subido em relação ao real por conta da expectativa de que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, irá diminuir em breve seu programa de compras mensais de 85 bilhões de dólares em títulos, que tem garantido alta liquidez internacionalmente.
Apesar de não ser a única moeda a sofrer, o real tem se desvalorizado mais do que moedas de outros países com perfil semelhante ao brasileiro, por conta das preocupações com a política econômica.
A alta do dólar tem causado apreensão em relação aos efeitos na inflação, em um momento em que a Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses flerta com o teto da banda de tolerância da meta de inflação do governo. A meta é de 4,5 por cento ao ano, com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima e para baixo.
Por conta da elevação dos preços no mercado interno, o BC iniciou em abril um novo ciclo de aperto monetário, elevando a taxa básica de juros de 7,25 por cento na ocasião para 8,5 por cento. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) irá se reunir novamente, e a expectativa é que os juros subam para 9 por cento ao ano.
A alta do dólar tem levado os agentes econômicos a elevar suas estimativas para a taxa Selic no fim do ano.
Para o economista-chefe do INVX Global, Eduardo Velho, o plano de intervenção no mercado de câmbio anunciado nesta quinta-feira mostra que o BC não quer utilizar a política monetária, elevando a taxa básica de juros, para conter a valorização do dólar no Brasil.
"O BC sinaliza com essa ação que ele não vai dar um choque monetário. Ele vai usar a política cambial para cobrir essa demanda", disse Velho.
O BC já vinha atuando seguidamente no mercado de câmbio, principalmente com a oferta de swap cambial, para tentar conter a volatilidade da moeda. Nas últimas 16 sessões, o BC interveio em nove.
Mas desde outubro de 2008, o BC não adotava um programa de intervenção cambial sistemático e tão grande. Na ocasião, auge da crise internacional, o BC fez um programa de injeção de 50 bilhões de dólares no mercado.
(Reportagem de Tiago Pariz e de Bruno Federowski, em São Paulo, e Luciana Otoni, em Brasília)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Oposição diz que gás matou centenas na Síria; Conselho da ONU se reúne



Oposição diz que gás matou centenas na Síria; Conselho da ONU se reúne

 Sobreviventes do que ativistas dizem ter sido um ataque com gás venenoso dormem em uma mesquita do bairro de Duma, em Damasco. O grupo de oposição sírio Escritório de Mídia de Damasco disse que 494 pessoas morreram em um bomboardeio e um ataque com gás realizados pelas forças do presidente Bashar al-Assad nesta quarta-feira, no que seria, se confirmado, de longe o pior relato de uso de armas químicas nos dois anos de guerra civil. 21/08/2013. REUTERS/Bassam Khabieh

Por Dominic Evans e Khaled Yacoub Oweis
BEIRUTE/AMÃ, 21 Ago (Reuters) - A oposição síria acusou na quarta-feira as forças governamentais de terem matado com foguetes que exalam um gás letal centenas de homens, mulheres e crianças enquanto dormiam. O incidente, que pode ser o mais grave ataque com armas químicas desde a década de 1980, motivou a convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU em Nova York.
Estima-se que de 500 a 1.300 pessoas morreram em subúrbios de Damasco controlados por rebeldes.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se disse chocado com o fato, mas as divisões entre as grandes potências a respeito da Síria fazem com que dificilmente haja uma reação internacional imediata.
A Rússia se apressou em corroborar os desmentidos do governo de Bashar al Assad sobre o uso de armas químicas, atribuindo a denúncia a uma "provocação" rebelde para desacreditá-lo.
A Grã-Bretanha adotou posição contrária: "Espero que isso desperte alguns que têm apoiado o regime de Assad para que percebam sua natureza assassina e bárbara", disse o chanceler William Hague durante visita a Paris.
França, Grã-Bretanha, EUA e outros países defenderam que inspetores da ONU que chegaram nesta semana a Damasco aproveitem para investigar o incidente in loco. A Rússia, pedindo um inquérito "objetivo", disse que a própria presença da equipe já sugere que a responsabilidade não foi das forças governamentais.
Em Israel, o ministro da Defesa, Moshe Yaalon, disse a jornalistas que a Síria usou armas químicas, e que não foi a primeira vez.
Meses atrás, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o uso de armas químicas seria um limite a partir do qual seu país poderia se envolver no conflito sírio. Em junho, quando ficou estabelecido que Assad havia empregado armas químicas contra os rebeldes em situações mais limitadas e igualmente contestadas, Washington intensificou seu apoio aos rebeldes, mas sem chegar a uma intervenção militar completa.
Sobreviventes do que ativistas dizem ter sido um ataque com gás venenoso dormem em uma mesquita do bairro de Duma, em Damasco. O grupo de oposição sírio Escritório de Mídia de Damasco disse que 494 pessoas morreram em um bomboardeio e um ataque com gás realizados pelas forças do presidente Bashar al-Assad nesta quarta-feira, no que seria, se confirmado, de longe o pior relato de uso de armas químicas nos dois anos de guerra civil. 21/08/2013. REUTERS/Bassam Khabieh

Se confirmado, o ataque com gás na quarta-feira deve intensificar a pressão sobre Obama para aumentar o apoio aos rebeldes, deixando de lado a relutância causada pela associação dos grupos anti-Assad com militantes islâmicos sunitas.

O Conselho de Segurança da ONU, onde a Rússia já vetou tentativas anteriores do Ocidente para impor punições a Assad, iniciou uma reunião a portas fechadas, mas não deve tomar ações decisivas.

"PARECIAM DORMIR, MAS ESTAVAM MORTOS"

Imagens recebidas da Síria, inclusive por fotógrafos free-lance que colaboram com a Reuters, mostram vários corpos -alguns deles de crianças pequenas- no chão de uma clínica, sem sinais visíveis de lesões. Algumas mostravam pessoas com espuma ao redor da boca.
A Reuters não pôde verificar a causa das mortes.
Os Estados Unidos e outros dizem não haver confirmação independente de que armas químicas foram usadas. Ban disse que o chefe da equipe de inspetores da ONU em Damasco já está discutindo as novas alegações com o governo.
Ativistas de oposição citaram várias cifras de mortos, de 500 a 1.300. Eles disseram que os foguetes caíram por volta de 3h (21h de terça-feira em Brasília). Em 1988, 3.000 a 5.000 curdos iraquianos foram mortos com armas de gás pelas forças de Saddam Hussein em Halabja.
Um homem que disse ter retirado vítimas no subúrbio damasceno de Erbin disse à Reuters: "Entrávamos em uma casa e estava tudo em seu lugar. Cada pessoa estava em seu lugar. Eles estavam deitados onde haviam estado, pareciam dormir. Mas estavam mortos."
Quando os foguetes atingiram sua aldeia de Mouadamiya, a sudoeste da capital, Farah al-Shami ignorou rumores no Facebook de que os projéteis estariam carregados de agentes químicos. Ela achava que seu bairro estava perto demais de um quartel para ser afetado.
"E ao mesmo tempo a ONU estava aqui. Parecia impossível. Mas aí comecei a ficar tonta. Estava sufocando, e meus olhos estavam ardendo", disse a síria de 23 anos à Reuters, via Skype.
"Corri para o posto de saúde dos arredores. Felizmente ninguém da minha família passou mal, mas vi famílias inteiras no chão."
Médicos entrevistados descreveram sintomas que, segundo eles, apontam para o gás sarin, um dos agentes que as potências ocidentais acusam Damasco de manter em estoques não declarados de armas químicas.
O ministro sírio da Informação, Omran Zoabi, disse que as acusações foram "ilógicas e fabricadas". O governo Assad diz que jamais usaria gás venenoso contra os sírios. Os EUA e seus aliados europeus acreditam que as forças de Assad já usaram pequenas quantidades de sarin anteriormente, daí a atual visita da ONU.
(Reportagem adicional de Erika Solomon em Beirute e Anthony Deutsch em Amsterdã, Niklas Pollard em Estocolmo e Thomas Grove em Moscou)