Konstantinos - Uranus

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Inquérito COVID-19 do Brasil revelou a fé cega de Bolsonaro na cloroquina


 Inquérito COVID-19 do Brasil revelou a fé cega de Bolsonaro na cloroquina

Maria marcello


O ex-ministro da saúde do Brasil disse em um inquérito parlamentar na terça-feira que o governo de direita do presidente Jair Bolsonaro sabia muito bem que o tratamento que defendiam para os pacientes com COVID-19 não tinha base científica.


Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido em abril passado pelo Bolsonaro por não concordar em promover a cloroquina como um tratamento para o COVID-19, testemunhou perante um inquérito parlamentar sobre o manejo da pandemia que matou mais de 408.000 brasileiros.


A investigação do Senado deve prejudicar politicamente o presidente 17 meses antes das eleições, ao mostrar ao país que sua oposição aos bloqueios e medidas de distanciamento social, seu fracasso em garantir vacinas e a propaganda de tratamentos não comprovados aprofundaram a crise em que o Brasil se encontra.


"Eu avisei Bolsonaro sistematicamente sobre as consequências de não adotar as recomendações da ciência para combater o COVID-19", disse Mandetta à comissão.



O ministro disse que foi chamado para uma reunião de gabinete com o presidente, onde havia um plano para mudar as indicações oficiais de uso do antigo medicamento antimalária para dizer que ele poderia ser prescrito para COVID-19.


Antonio Barra Torres, presidente da agência reguladora de saúde do Brasil, Anvisa, que também esteve na reunião, disse que isso não poderia ser feito.


"O governo estava ciente de que estava prescrevendo cloroquina sem nenhuma evidência científica", disse Mandetta.


O Presidente do Brasil Jair Bolsonaro participa de cerimônia de promoção de generais das Forças Armadas, no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil, 8 de abril de 2021. REUTERS / Adriano Machado

O Brasil tem o maior número de mortes no mundo por COVID-19, depois dos Estados Unidos, e o terceiro no total de infecções por coronavírus, depois dos Estados Unidos e da Índia.



O país sul-americano tem tão poucos estoques de vacinas que várias grandes cidades não conseguiram administrar as segundas doses. Algumas enfermarias de terapia intensiva ficaram sem oxigênio e medicamentos necessários para sedar pacientes com COVID-19 intubados.


Os Estados Unidos estão trabalhando para dar ao Brasil acesso a US $ 20 milhões em medicamentos usados ​​para pacientes que precisam de assistência respiratória mecânica. Os medicamentos virão do estoque estratégico do governo dos Estados Unidos e serão entregues em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde, informou a Casa Branca nesta terça-feira.


A investigação do Senado chamou outros ex-ministros da saúde, incluindo o general Eduardo Pazuello, que foi escolhido por Bolsonaro depois que dois ministros foram destituídos por não apoiarem seu plano de tratamento com cloroquina.


A defesa da cloroquina por Bolsonaro refletiu o lobby do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump para o uso da droga relacionada hidroxicloroquina como tratamento COVID-19, apesar da falta de evidência científica de qualquer benefício para esses pacientes.



Reuters.

G7 repreende China e Rússia por ameaças, bullying, abusos de direitos


 

Os participantes participam da reunião de chanceleres do G7 em Londres, Grã-Bretanha, em 5 de maio de 2021. Ben Stansall / Pool via REUTERS


G7 repreende China e Rússia por ameaças, bullying, abusos de direitos
Elizabeth Piper William James Guy Faulconbridge


O Grupo dos Sete repreendeu a China e a Rússia na quarta-feira, classificando o Kremlin como malicioso e Pequim como um valentão, mas além das palavras, houve poucos passos concretos além de expressar apoio a Taiwan e à Ucrânia.

Fundado em 1975 como um fórum para as nações mais ricas do Ocidente discutirem crises como o embargo do petróleo da OPEP, o G7 abordou nesta semana o que considera as maiores ameaças atuais: China, Rússia e a pandemia do coronavírus.

Os ministros das Relações Exteriores do G7, em um comunicado de 12.400 palavras, disseram que a Rússia estava tentando minar as democracias e ameaçando a Ucrânia, enquanto a China era culpada de abusos aos direitos humanos e de usar sua influência econômica para intimidar os outros.

No entanto, houve pouca ação concreta mencionada no comunicado que preocuparia indevidamente o presidente chinês Xi Jinping ou o presidente russo Vladimir Putin.

O tratamento anticoagulante de pacientes com COVID-19 está associado a melhores resultados

O G7 disse que reforçaria os esforços coletivos para impedir as "políticas econômicas coercitivas" da China e combater a desinformação russa - parte de um movimento para apresentar o Ocidente como uma aliança muito mais ampla do que apenas os países centrais do G7.

"Eu acho que (a China é) mais propensa a precisar, ao invés de reagir com raiva, é mais provável que precise se olhar no espelho e entender que precisa levar em consideração esse crescente corpo de opinião, que pensa essas regras internacionais básicas devem ser respeitadas ", disse o secretário de Relações Exteriores britânico, Dominic Raab.

A Rússia nega que esteja se intrometendo além de suas fronteiras e diz que o Ocidente está dominado por uma histeria anti-russa. A China diz que o Ocidente é um valentão e que seus líderes têm uma mentalidade pós-imperial que os faz sentir que podem agir como policiais globais.

A espetacular ascensão econômica e militar da China nos últimos 40 anos está entre os eventos geopolíticos mais significativos da história recente, junto com a queda da União Soviética em 1991, que encerrou a Guerra Fria.


XI E PUTIN

O Ocidente, que juntos é muito maior do que a China e a Rússia econômica e militarmente, tem se esforçado para apresentar uma resposta eficaz tanto para a China quanto para a Rússia.

"Trabalharemos coletivamente para promover a resiliência econômica global em face de políticas e práticas econômicas arbitrárias e coercitivas", disseram os ministros do G7 sobre a China.

Eles disseram apoiar a participação de Taiwan nos fóruns da Organização Mundial da Saúde e na Assembleia Mundial da Saúde - e expressaram preocupação sobre "quaisquer ações unilaterais que possam aumentar as tensões" no Estreito de Taiwan.


A China considera Taiwan como seu próprio território e se opõe a qualquer representação oficial de Taiwan em nível internacional.

Na Rússia, o G7 apoiou da mesma forma a Ucrânia, mas ofereceu pouco além das palavras.

"Estamos profundamente preocupados que o padrão negativo do comportamento irresponsável e desestabilizador da Rússia continue", disseram os ministros do G7.

"Isso inclui o grande aumento de forças militares russas nas fronteiras da Ucrânia e na Crimeia anexada ilegalmente, suas atividades malignas destinadas a minar os sistemas democráticos de outros países, sua atividade cibernética maliciosa e (seu) uso de desinformação."

VACINAS

Sobre a pandemia de coronavírus, o G7 se comprometeu a trabalhar com a indústria para expandir a produção de vacinas COVID-19 acessíveis, mas não chegou a pedir a renúncia dos direitos de propriedade intelectual das principais empresas farmacêuticas.

"Comprometemo-nos a trabalhar com a indústria para facilitar a fabricação expandida em escala de vacinas, terapêuticas e diagnósticos COVID-19 acessíveis e seus componentes", disseram os chanceleres do G7 em um comunicado conjunto.

Eles disseram que o trabalho incluiria “promover parcerias entre empresas e encorajar licenciamento voluntário e acordos de transferência de tecnologia em termos mutuamente acordados”.

 Reuters.

terça-feira, 4 de maio de 2021

Fábio Faria assina portaria de criação do programa Digitaliza Brasil


https://agenciabrasil.ebc.com.br/


 Fábio Faria assina portaria de criação do programa Digitaliza Brasil


Iniciativa visa substituir sinal de TV analógico por digital

 

Publicado em 04/05/2021 -  Por Agência Brasil - Brasília


O ministro das Comunicações, Fábio Faria, assinou na tarde de hoje (4) portarias de criação de dois programas relacionados à rádio e teledifusão. A primeira institui a criação do programa Digitaliza Brasil, que viabiliza a segunda fase de transição do sinal de televisão analógico para o digital.


“A primeira fase [da transição de sinal] teve o foco em regiões metropolitanas e grandes cidades e a segunda fase avança para o interior. O sinal digital já está em mais de 2 mil cidades e alcança 75% da população. A meta agora é encerrar as transmissões analógicas, o que acontecerá em 31 de dezembro de 2023”, comunicou o ministro.


Segundo Fábio Faria, o texto de criação do Digitaliza Brasil inclui metas e diretrizes para famílias de baixa renda, que deverão ter a transição de sinal custeada pela arrecadação do leilão do 5G - que deve acontecer ainda neste semestre.


Em síntese, o Digitaliza Brasil permitirá que outorgas públicas sejam disponibilizadas sem burocracia a municípios pequenos, que necessitam de ação de empresas privadas para realizar a digitalização.


“Isso envolve a distribuição de 700 mil kits de digitalização que temos em estoque, a distribuição de até 4 milhões de kits de recepção para a população beneficiária de programas do governo federal e a infraestrutura de transmissão de TV a ser oferecida em 1.638 municípios”, complementou o secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão.


FM do celular

A segunda iniciativa assinada por Fábio Faria foi a criação de uma parceria entre as esferas público e privada para que aparelhos celulares capazes de receber ondas de frequência modulada (FM) - segundo o ministro, 90% dos aparelhos produzidos no Brasil atendem a esse critério - possam ser usados para sintonizar rádio.


“A portaria assegura que celulares capazes de receber FM não sejam bloqueados. Isso é muito importante, porque apenas com essa ligação seremos capazes de levar informação - por exemplo, da covid-19 - a todos os brasileiros”, explicou o ministro. 


“O rádio é o meio de informação mais rápido e mais próximo da população. Seja nas grandes ou pequenas cidades do país, ele informa, entretém e presta serviços com qualidade e responsabilidade social”, complementou Maximiliano Martinhão.


O Ministério das Comunicações realizou, logo após os anúncios, a demonstração de uma das tecnologias que serão viabilizadas com a chegada do 5G - o som imersivo. A demonstração foi fechada apenas para membros do governo e representantes de empresas de rádiodifusão.

Luiz Gastão de Orléans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil





Luiz Gastão de Orléans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil 

Com a morte do pai, em 1981, tornou-se pretendente ao título informal de Chefe da Família Imperial.

Nome completo

Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach (Mandelieu, 6 de junho de 1938) é um postulante a chefe da Casa Imperial do Brasil e, como tal, ao extinto trono brasileiro.

Foi herdeiro presuntivo de seu pai, Pedro Henrique de Orléans e Bragança,[3] de quem é primogênito, de 1938 até 5 de julho de 1981. Sua mãe é Maria Isabel da Baviera,  nascida princesa do Reino da Baviera. Luiz ainda é neto de Luís Maria de Orléans e Bragança, bisneto de Luís III, o último rei da Baviera, da princesa Isabel do Brasil, e de seu esposo, o príncipe Gastão de Orléans, Conde d'Eu, trineto de Pedro II, o segundo e último imperador do Brasil, e tetraneto em linha reta masculina de Luís Filipe I, rei da França.

Origens

Luiz é o mais velho dos doze filhos de Pedro Henrique de Orléans e Bragança (1909–1981), chefe da casa imperial brasileira entre 1921 e 1981, e da princesa Maria Isabel da Baviera (1914-2011). Batizado na capela do Mas-Saint-Louis, casa de campo pertencente a sua avó, Maria Pia de Bourbon-Duas Sicílias (1878–1973), princesa das Duas Sicílias, tendo sido ela sua madrinha e, como seu padrinho, o tio materno Luiz, príncipe da Baviera (1913-2008). Foi seu padrinho de crisma, o jurista e professor universitário, Alcebíades Delamare Nogueira da Gama.

Com a morte do pai, em 1981, tornou-se pretendente ao título informal de Chefe da Família Imperial.

Formação

Luiz viu o Brasil pela primeira vez em 1945, após o término da Segunda Guerra Mundial, quando se estabeleceu definitivamente neste país, no Rio de Janeiro, depois no Paraná e finalmente em São Paulo, onde reside atualmente. Estudou em colégios tradicionais – como o carioca Colégio Santo Inácio, dos jesuítas – e mais tarde partiu para Paris, onde aperfeiçoou seu aprendizado de línguas. Fala fluentemente o português, o francês e o alemão e compreende o espanhol, o italiano e o inglês. Graduou-se em química na Universidade de Munique, cursada de 1962 a 1967.

Atuação

Monograma de Luiz Gastão.

Desde sua ascensão à chefia da casa imperial, dedica todo o seu tempo às questões brasileiras, embora de forma discreta. Visita, com seus irmãos Bertrand de Orléans e Bragança e Antônio João de Orléans e Bragança, as cidades brasileiras.

Polêmicas e contestações


A chamada questão dinástica brasileira ganhou corpo quando Luiz Gastão deveria assumir a chefia da casa imperial, após a morte do pai. É membro da TFP — Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, organização conservadora católica que defende ideologias políticas de direita. Muitos monarquistas passaram a questionar a conveniência de se ver liderar por quem pertence a tal instituição. A determinada altura, entre monarquistas, nasceu a ideia de que Luiz Gastão deveria renunciar aos seus direitos em favor de seu irmão Antônio, terceiro na linha sucessória, pois o segundo, Bertrand, é também atuante na TFP. Houve encontros entre porta-vozes dos dois ramos (Petrópolis e Vassouras) e momentos em que a aceitação do nome de Antônio tornou-se pacífica. Antônio, todavia, optou por não assumir o posto de herdeiro-aparente do irmão mais velho por tais meios.


Além de suas filiações políticas, outro fato que compromete a aceitação plena de Luiz como o legítimo herdeiro do trono brasileiro é a contestação, por alguns, do instrumento de renúncia de Pedro de Alcântara, em 1908, o que permitiu que a precedência fosse passada ao ramo de Vassouras. Para essas pessoas, este nunca deixou de ser postulante ao extinto título de príncipe imperial do Brasil, opinião que vai contra a própria postura de Pedro de Alcântara ao longo de sua vida. Depois dele, seu filho Pedro de Alcântara Gastão de Orléans e Bragança e, mais recentemente, o neto Pedro Carlos, seriam os legítimos sucessores na chefia da casa imperial. Essa hipótese, no entanto, foi mais ferrenhamente defendida por Pedro Gastão, que nunca aceitou a renúncia do pai, acirrando suas pretensões após a morte deste e do primo Pedro Henrique, pai de Luiz Gastão. Quanto ao filho de Pedro Gastão, Pedro Carlos, torna-se inviável às pretensões por desrespeitar regra básica das tradições da casa imperial brasileira para com seus membros da linha sucessória – a contração de matrimônio apenas com dinastas.


Herdeiros


A linha sucessória masculina do Ramo de Vassouras
Solteiro, herdou seus direitos ao trono seu irmão Bertrand de Orléans e Bragança,[7] terceiro varão de Pedro Henrique de Orléans e Bragança, pois o segundo, Eudes, renunciou aos direitos dinásticos. Como Bertrand não teve filhos, a sucessão, de jure, ao trono brasileiro, caso Bertrand assumisse a chefia a casa imperial brasileira, passaria a pertencer a Antônio João, sexto varão, pois os quarto e quinto varões, Pedro de Alcântara Henrique e Fernando Diniz, também renunciaram a seus direitos, depois de Antônio João, herda os direitos Rafael Antônio de Orléans e Bragança, seu filho, visto que Pedro Luís de Orléans e Bragança, o filho mais velho, morreu em decorrência da queda do voo Air France 447, depois herda os direitos monárquicos Maria Gabriela de Orléans e Bragança, irmã mais nova de Rafael e quinta na linha de sucessão ao trono brasileiro.


Após os varões, e da descendência de Antônio João, segue Isabel Maria, pois as gêmeas Maria Teresa e Maria Gabriela também renunciaram aos seus direitos e títulos brasileiros. Eleonora Maria Josefa de Orléans e Bragança, embora tenha se casado com um chefe de outra casa dinástica, Miguel de Ligne, Príncipe de Ligne, manteve seu estatuto de dinasta.



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.






 

segunda-feira, 3 de maio de 2021

MEC divulga calendário de inscrições do Sisu, ProUni e Fies


 MEC divulga calendário de inscrições do Sisu, ProUni e Fies


Programas aumentam chances de ingresso no ensino superior


Publicado em 03/05/2021 -  Por Agência Brasil - Brasília

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta segunda-feira (3) o calendário com os prazos de inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Os programas aumentam as chances de ingresso no ensino superior.


Sisu

O Sisu é o sistema informatizado gerenciado pelo MEC que seleciona candidatos a vagas em cursos de graduação ofertadas pelas instituições públicas de educação superior.


Veja o calendário:


3 a 6 de agosto – Período de inscrição;


10 de agosto – Resultado da chamada única;


11 a 16 de agosto – Período para matrícula dos selecionados em chamada única.     


Lista de Espera


10 a 16 de agosto – Prazo para manifestação de interesse em participar da lista de espera;


18 de agosto – Disponibilização da lista de espera para as instituições de ensino participantes;   


19 de agosto – Início da convocação por parte das instituições de ensino dos selecionados por meio da lista de espera.


ProUni

O Prouni concede bolsas de estudo integrais e parciais de 50% em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, para estudantes brasileiros ainda não graduados, em instituições privadas de ensino superior.


Confira as datas:


13 a 16 de julho – Período de inscrição;                           


20 de julho – Resultado da primeira chamada;             


20 a 28 de julho –  Período para comprovação de informações da inscrição dos pré-selecionados em 1ª chamada e processo seletivo próprio das instituições de ensino superior, quando houver;


3 de agosto – Resultado da segunda chamada;             


3 a 11 de agosto – Período para comprovação de informações da inscrição dos pré-selecionados em 2ª chamada e processo seletivo próprio das IES, quando houver.


Lista de espera                            


17 e 18 de agosto – Prazo para manifestação de interesse em participar da lista de espera;     


20 de agosto – Divulgação da lista de espera para as instituições de ensino;     


23 a 27 de agosto – Período para comprovação de informações da inscrição dos pré-selecionados por meio da lista de espera.


Fies

O Fies é a política educacional que concede financiamentos a estudantes de cursos superiores não gratuitos e com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). 


Saiba mais:


27 a 30 de julho – Período de inscrição;


3 de agosto – Resultado dos pré-selecionados em chamada única;


4 a 6 de agosto – Prazo para complementação da inscrição dos pré-selecionados na chamada única.


Lista de Espera*


4 a 31 de agosto – Período para convocação dos pré-selecionados por meio da lista de espera.


*Quem não foi pré-selecionado na chamada única é automaticamente incluído na lista de espera.


 Fies – Vagas remanescentes


8 a 10 de setembro – primeiro período de inscrição para candidatos não matriculados e matriculados;


27 a 29 de outubro – segundo período de inscrição somente para candidatos matriculados.


Edição: Nádia Franco


quinta-feira, 29 de abril de 2021

Renault Zoe 2022: demos uma volta com a nova versão do carro elétrico/Se a Renault decidisse reviver os dias do Clio no país, seriam grandes as chances dele ser bem parecido com o Zoe. Afinal de contas, o elétrico reúne duas qualidades muito apreciadas no segmento de compactos premium: é bonito e moderno

Tumulto em festival religioso deixa 38 mortos no Norte de Israel


 Tumulto em festival religioso deixa 38 mortos no Norte de Israel

Extra

qui., 29 de abril de 2021 //https://br.noticias.yahoo.com/


JERUSALÉM — Serviços de saúde de Israel afirmaram que 38 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas durante um evento religioso superlotado no Norte do país, na noite desta quinta-feira. Pelo menos 20 pessoas estão internadas em estado grave. O jornal Jerusalem Post afirmou, contudo, que o número de feridos passa de 100.


O acidente ocorreu no Monte Meron, na região da Alta Galileia, onde cerca de 100 mil pessoas se reuniram para o festival do Lag Ba’Omer. Segundo testemunhas ouvidas pelo jornal Haaretz, o tumulto começou depois que algumas pessoas escorregaram em degraus, sendo pisoteadas pela multidão que vinha atrás. Inicialmente havia sido informado que o acidente fora provocado pelo desabamento de uma arquibancada.


“Estávamos na entrada, decidimos que queríamos sair e então a polícia bloqueou o portão, então quem queria sair não podia mais. Nessa confusão , começamos a cair uns sobre os outros. Pensei que ia morrer. Eu vi pessoas mortas perto de mim”, declarou uma testemunha ao jornal Maariv.


O acidente ocorreu no Monte Meron, na região da Alta Galileia, onde cerca de 100 mil pessoas se reuniram para o festival do Lag Ba’Omer. Segundo testemunhas ouvidas pelo jornal Haaretz, o tumulto começou depois que algumas pessoas escorregaram em degraus, sendo pisoteadas pela multidão que vinha atrás. Inicialmente havia sido informado que o acidente fora provocado pelo desabamento de uma arquibancada.


“Estávamos na entrada, decidimos que queríamos sair e então a polícia bloqueou o portão, então quem queria sair não podia mais. Nessa confusão , começamos a cair uns sobre os outros. Pensei que ia morrer. Eu vi pessoas mortas perto de mim”, declarou uma testemunha ao jornal Maariv.


Por conta da grande quantidade de pessoas, as equipes de resgate encontram dificuldades de chegar até as vítimas, muitas das quais estão sendo levadas de helicóptero para hospitais próximos. No Twitter, o premier Benjamin Netanyahu afirmou que esse era um “grande desastre”, e que “está rezando pela recuperação das vítimas”. Duas pessoas acusadas de atrapalhar o trabalho das equipes de resgate foram presas.


A festividade ocorre mesmo diante de alertas das autoridades sanitárias, preocupadas com possíveis novas infecções por Covid-19, justamente quando o país começa a retomar a normalidade com a vacinação acelerada e depois de uma série de longos lockdowns. Por sinal, essa é a maior aglomeração ocorrida em Israel desde o início da pandemia.

Primeira Guerra Mundial - " Fim de uma Era" - Edição

Documentário: Primeira Guerra Mundial - Dublado (Parte 1) Para os Alunos do 9º Ano UI/ Performance. Professor: Alarcon José

HÁ 53 ANOS, A ATIVISTA LIN ZHAO ERA EXECUTADA PELO GOVERNO DE MAO TSE -TUNG. Presa, ela entrou para a História como a mulher que escreveu 'cartas de sangue'


 A poeta e jornalista Lin Zhao - Wikimedia Commons/Domínio Público



HÁ 53 ANOS, A ATIVISTA LIN ZHAO ERA EXECUTADA PELO GOVERNO DE MAO TSE -TUNG

Presa, ela entrou para a História como a mulher que escreveu 'cartas de sangue'


REDAÇÃO PUBLICADO EM 29/04/2021, https://aventurasnahistoria.uol.com.br/ 


A história da China é repleta de mártires. Muitos deles, porém, permaneceram apenas na narrativa oculta do país, esquecidos ou escondidos por governos autoritários. Ainda assim, pesquisadores continuam buscando esses personagens para colocar suas histórias à luz novamente. 


Como repercutido pelo portal de notícias United Methodist News Service em 2018, o autor Lian Xi publicou naquele ano uma obra que conta um desses casos. Em tradução livre, ‘Cartas de sangue: a história não contada de Lin Zhao, um mártir na China de Mao’ expõe a vida e morte de Lin Zhao, uma poeta e jornalista.


A moça, nascida Peng Lingzhao, atingiu a fama sob seu pseudônimo Lin Zhao, sendo inicialmente uma militante comunista contra a vigente República Chinesa. No entanto, ela não permaneceu muito tempo na ideologia, se desiludindo com o movimento e  virando uma dissidente. 


A poeta, que estudou no Departamento de Literatura da Universidade de Pequim, se tornou uma das mais ferrenhas críticas à corrupção do governo comunista de Mao Zedong durante a época do Desabrochar de Cem Flores, principalmente entre os anos de 1956 e 1957.


Como explicado no site da Encyclopædia Britannica, o movimento, criado pelo governante comunista, tinha como objetivo incentivar a liberdade de expressão de intelectuais, acabando com as restrições de pensamento.


A ideia era incentivar a disseminação de ideias e ideologias diferentes (inclusive contrárias ao comunismo) para, através do debate, chegar ao progresso científico. Mas, quando as críticas começaram a “chegar longe demais”, o Partido Comunista voltou atrás.


Pouco tempo depois, muitos críticos do regime sofreram com retaliações, perdendo seus empregos ou, em casos mais extremos, sendo condenados à prisão ou trabalhos manuais forçados. 


Foi o que aconteceu com Lin. Ela foi condenada a fazer trabalhos braçais para a faculdade, como matar insetos, parte da Campanha das Quatro Pragas, um dos braços do Grande Salto Adiante, plano governista que pretendia tornar a China uma potência mundial em tempo recorde, falhando.



Em 1960, ela foi presa enquanto colaborava com outros dissidentes na criação de uma revista que criticava as políticas do Grande Salto, responsáveis pela morte de milhões de cidadãos chineses pela fome.


Condenada a 20 anos de prisão, Lin era constantemente torturada. Mesmo assim, conforme descrito pelo Wall Street Journal, ela continuava escrevendo coisas contrárias ao regime usando grampos de cabelo ou farpas de bambu como caneta e o seu próprio sangue, quando faltava tinta. Cristã convertida, ela se apegou ainda mais a sua fé nesse período.


Após seis anos dessa rotina, ela foi condenada à execução, considerada culpada de inúmeros hediondos crimes que variavam de ofensas ao Partido Comunista Chinês até a incitação de rebelião na cadeia.


Ela foi morta com um tiro no dia 29 de abril de 1968, há exatos 53 anos. Para adicionar requintes de crueldade à uma história já triste, os pais da jovem só souberam de sua morte quando um oficial do governo foi cobrar uma taxa de cinco centavos pela bala usada em sua execução.


Em 1981, já sob o governo de Deng Xiaoping, ela foi exonerada de seus crimes e reabilitada. Em 2004, o cineasta Hu Jie fez um documentário sobre ela, chamado, em tradução livre, À Procura da Alma de Lin Zhao.


Anvisa: replicação de adenovírus na Sputnik é comprovada em documentos. Agência fez pronunciamento para responder ao laboratório russo


 Anvisa: replicação de adenovírus na Sputnik é comprovada em documentos

Agência fez pronunciamento para responder ao laboratório russo


Publicado em 29/04/2021 - 18:58 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, fez um pronunciamento hoje (24) por meio das redes sociais do órgão questionando críticas feitas pelos laboratórios e instituições responsáveis pelo desenvolvimento da vacina Sputnik V.


O pedido de importação de 66 milhões de doses do imunizante foi negado na segunda-feira (26). A Anvisa apontou uma série de problemas, entre eles, a presença ou não de adenovírus com capacidade de replicação no corpo dos pacientes que receberem doses da vacina.


Hoje pela manhã, a conta oficial dos responsáveis pela vacina no Twitter comunicou a intenção de judicializar a análise feita pela agência brasileira. “Após a admissão do regulador brasileiro Anvisa de que não testou a vacina Sputnik V, a Sputnik V está iniciando um processo judicial de difamação no Brasil contra a Anvisa por espalhar informações falsas e imprecisas intencionalmente”, diz a mensagem.


No pronunciamento, a Anvisa buscou rebater o argumento da Sputnik V e reforçar a análise realizada por sua equipe técnica, bem como a decisão de negativa da importação. O presidente da agência e o gerente-geral de Medicamentos do órgão, Gustavo Mendes, disseram que a informação da presença de adenovírus com capacidade de replicação foi admitida nos documentos entregues pelo laboratório.


“A Anvisa foi acusada de mentir, de atuar de maneira antiética e de produzir fake news sobre a identificação do adenovírus replicante em documentos que tratam da vacina Sputnik V. As informações sobre a presença de adenovírus replicantes constam dos documentos entregues à Anvisa pelo desenvolvedor da vacina Sputnik V”, disse Barra Torres.


Equipe experiente

Gustavo Mendes defendeu a equipe responsável pela análise de vacinas, que, segundo ele, tem experiência no assunto. O gerente-geral argumentou que o exame das propostas é orientado sobretudo pela avaliação acerca da segurança da vacina. Na análise, a equipe teria encontrado nos documentos e durante testes sinais da presença de adenovírus com possibilidade de replicação.


“A sequência da avaliação começa quando a empresa atesta que o processo de fabricação das partículas RAD5SCov2, uma das partículas importantes neste caso, pode produzir partículas replicantes, aquelas que vão se espalhar pelo corpo, o que não é esperado de uma vacina. A vacina é composta de dois tipos de adenovírus. Para um é apresentada justificativa para não replicação, para outro não”, disse Mendes.


Reunião com Instituto Gamaleya

O gerente-geral acrescentou que a detecção de adenovírus replicante ocorreu no produto acabado, e não em fases intermediárias da fabricação. O índice de presença teria sido 300 vezes superior ao maior limite permitido por uma autoridade sanitária, no caso a dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).


Mendes relatou que no dia 23 de abril foi realizada uma reunião entre a equipe técnica da Anvisa e do Instituto Gamaleya, responsável pelo desenvolvimento da vacina Sputnik V. No pronunciamento, foi exibido vídeo em que os técnicos da Anvisa questionam o ponto do adenovírus replicante e por que não houve correção da questão.


O vídeo mostra o que seria a voz de representantes do instituto russo admitindo que o ajuste levaria muito tempo. No diálogo registrado, os representantes da Sputnik V se colocam à disposição para responder a questionamentos dos técnicos da Anvisa. Segundo Gustavo Mendes, a agência enviou por escrito as dúvidas, mas as respostas recebidas do Instituto Gamaleya não teriam contemplado os questionamentos.


Equipe da Sputnik V

Em sua conta no Twitter, a equipe responsável pela vacina Sputnik V interpretou o pronunciamento como uma admissão de não ter encontrado presença de adenovírus replicante no imunizante, mas que estava preocupada com o limite regulatório teórico russo para esse parâmetro.


Em entrevista coletiva a jornalistas após o pronunciamento, o diretor-presidente da Anvisa rebateu as mensagens da Sputnik V. “Não há interpretação. Está escrito e foi falado no vídeo apresentado. Não, eles apresentam documentos [sobre o] que seria o valor máximo aceitável, que é entendimento que conflita com o FDA e o que foi encontrado nas amostras, e o que foi encontrado é superior ao valor zero”, disse Barra Torres. Ele acrescentou que, se não houver mudanças na vacina, não há como autorizar seu uso no Brasil.


União Química

A União Química, empresa brasileira que firmou parceria para produção da Sputnik V, divulgou carta enviada ao presidente da Anvisa ontem (28). No documento, a farmacêutica questiona que doses da vacina foram analisadas e coloca que nenhuma vacina Sputnik V foi oficialmente fornecida à Anvisa nem por ela e nem pelo parceiro russo.


Na carta, a União Química alega que o Instituto Gamaleya negou ter encontrado qualquer presença de adenovírus replicante em qualquer lote do imunizante. A companhia considera que as afirmações da Anvisa sobre a presença de adenovírus replicante são falsas e reitera a informação de que uma subsidiária do Fundo de Investimento Direto Russo (outra instituição participante no consórcio de produção da vacina) vai entrar com processo judicial.


Sobre o assunto, Barra Torres declarou na entrevista coletiva que a agência não se utiliza de laboratório. “Houve circulação na mídia de que a Anvisa teria analisado em seus laboratórios vacina falsificada. A análise é feita em cima de documentos enviados pelo desenvolvedor. Há várias questões para além do adenovírus”, pontuou o diretor-presidente.


Vírus replicante  

Em sua apresentação na segunda-feira (26) o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, argumentou que os lotes analisados mostram a presença de adenovírus com capacidade de reprodução no composto da vacina, o que traz riscos à saúde. A tecnologia utilizada na fabricação da Sputnik V é a do adenovírus vetor. Por meio dessa técnica, o código genético do Sars-Cov-2, que é o vírus da covid-19, é inserido no adenovírus e este, ao ser administrado em seres humanos por meio da vacina, estimula as células do organismo a produzir uma resposta imune. 


O adenovírus é um vírus que possui uma capacidade natural de replicação no corpo humano, mas quando utilizado como imunizante, essa capacidade de reprodução deve estar neutralizada, o que não teria ocorrido no caso dos lotes da Sputnik avaliados pela Anvisa.    


"Um dos pontos críticos, cruciais, foi a presença de adenovírus replicante na vacina. Isso significa que o vírus, que deve ser utilizado apenas para carregar o material genético do coronavírus para as células humanas e promover a resposta imune, ele mesmo se replica. Isso é uma não conformidade grave", disse Mendes na segunda-feira. "Esse adenovírus replicante foi detectado em todos os lotes apresentados da vacina Sputnik", 


Esse procedimento, explicou o gerente-geral, está em desacordo com o desenvolvimento de qualquer vacina de vetor viral, de acordo com os parâmetros de autoridades regulatórias dos Estados Unidos e da União Europeia. Ele alertou que, uma vez no organismo humano, o adenovírus replicante poderia causar viroses e se acumular em tecidos específicos do corpo, como nos rins. 


*Matéria alterada às 19h24 para acréscimo de informações sobre o adenovírus replicante


Edição: Fábio Massalli

https://agenciabrasil.ebc

Homens Que Marcaram O Século XX: Michel Foucault

 



Homens Que Marcaram O Século XX: Michel Foucault 


Michel Foucault foi filósofo, professor, psicólogo e escritor francês. Dono de um estilo literário único, Foucault revolucionou as estruturas filosóficas do século XX ao analisá-las por meio de uma nova ótica. Profundamente influenciado por Nietzsche, Marx e Freud, o filósofo contemporâneo também recebeu influências do filósofo e amigo Gilles Deleuze, da medicina e da psiquiatria.


Podemos dividir o trabalho de Foucault em três partes distintas: uma produção que perdurou até a década de 1960, em que ele faz o que chamou de "arqueologia" das ciências humanas, da literatura, da escrita e do pensamento em geral; uma segunda fase, já nos anos 70, na qual o pensador preocupou-se com as formas de subjetivação e poder, tecendo análises filosóficas mediante o método genealógico; por último, a fase em que escreveu O cuidado de si, como o terceiro volume publicado da coletânea História da Sexualidade.



Biografia

Um dos mais importantes filósofos do século XX, Foucault modificou as estruturas metodológicas da filosofia e das ciências humanas. 


Paul-Michel Foucault nasceu no dia 15 de outubro de 1926, em Poitiers, na França. Seus pais chamavam-se Paul Foucault e Anna Malapert. O pai de Foucault era cirurgião e professor de anatomia, e os seus avôs (tanto o paterno quando o materno) também eram cirurgiões, o que mostra que a medicina sempre esteve presente na sua educação e formação. Porém, o jovem passou a interessar-se por história, o que decidiu o restante de sua carreira.


O interesse pela filosofia apareceu ainda na juventude de Foucault, o que o levou a uma busca precoce por leituras na área. Apesar dos anseios paternos para que o filho se tornasse médico, o jovem decidiu, a contragosto do pai, estudar Filosofia, posição apoiada por sua mãe, pessoa com quem o filósofo nutria uma relação muito afetuosa. Com seu pai, ao contrário, Foucault não se dava muito bem.


Foucault mudou-se para Paris, em 1945, e iniciou os seus preparos para ingressar no ensino superior. Nessa época, conheceu o filósofo e professor Jean Hyppolite, que apresentou ao novo aluno o pensamento de Hegel. Ingressou na École Normale da rue d'Ulm para estudar Filosofia no ano de 1946. Sua personalidade introspectiva foi acentuando-se ao longo do tempo no centro de estudos, pois o filósofo recusava cada vez mais o contato com os colegas, por conta do clima de disputa do local.



Ele tentou suicídio pela primeira vez em 1948 e passou a ser acompanhado por avaliações psiquiátricas constantes. Uma das causas que levaram ao problema psiquiátrico do filósofo foi a sua homossexualidade, ainda em fase de descoberta e em dificuldade de aceitação de si mesmo.


No ano de 1948, o filósofo licenciou-se em Filosofia e, no ano seguinte, em Psicologia. Tornou-se assistente de ensino na Universidade de Lille e terminou seu curso de Psicologia Patológica, em 1952. O filósofo lecionou e proferiu conferências e palestras em diversas universidades na França, Alemanha, Estados Unidos e Suíça, estando, inclusive, na Universidade de São Paulo (USP), em 1965 e 1975.


Foucault também trabalhou como psicólogo patologista em diversos hospitais psiquiátricos e presídios, o que forneceu elementos empíricos para a constituição de algumas de suas obras, como Vigiar e punir e História da loucura.


A publicação de As palavras e as coisas, em 1966, abriu portas para que o jovem professor de Filosofia e Psicologia se tornasse conhecido no cenário intelectual mundial. Ele ministrou cursos, palestras e conferências, participou de debates e desenvolveu uma vasta obra filosófica. Em 1968, Foucault, assim como Deleuze, Marcuse, Sartre e tantos outros professores universitários ilustres, envolveu-se com a luta estudantil deflagrada no mês de maio daquele ano na França, a qual atingiu setores educacionais no mundo todo. Na época, Foucault lecionava na Tunísia.


Logo após, em 1969, o pensador publicou A arqueologia do saber, livro que restaurou e encerrou a sua primeira fase de pensamento. Já em 1970, Foucault foi aceito em processo seletivo para ocupar a cátedra de Jean Hyppolite, no Collège de France, com a aula inaugural A ordem do discurso, publicada no mesmo ano.


Em 1975, ele publicou Vigiar e Punir - a história da violência nas prisões. No ano seguinte, publicou o primeiro volume da coletânea História da Sexualidade, intitulado A vontade de saber. Em 1984, publicou os dois últimos volumes da série, que deveria conter seis volumes, intitulados O uso dos Prazeres e Cuidado de Si. O motivo da interrupção do trabalho foi a morte do pensador aos 57 anos de idade. A sua morte decorreu de complicações causadas pela aids.


Amado por uns e odiado por outros, por conta de seus escritos, de sua visibilidade nos anos 70 e de sua atuação política, sempre voltada para a esquerda (mas sempre recebendo, também, duras críticas de pensadores e ativistas da esquerda), Foucault foi um dos filósofos mais aclamados do século XX.


Influenciado, principalmente, por filósofos e escritores como Marx, Freud, Bachelard, Lacan, Heidegger, Nietzsche, Blanchot, Sade, Kafka, entre outros, o seu tipo de escrita e de método filosófico, junto ao de pensadores como Nietzsche, Deleuze e Derrida, começou a ser chamado, por detratores, de pós-moderno.

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche foi a maior influência do pensamento de Michel Foucault.

No âmbito acadêmico, alguns classificaram Foucault como pós-estruturalista, título que ele mesmo recusava. É fato que sua obra, assim como a de tantos outros, como a de seu amigo Deleuze, de Sartre, de Beauvoir e, como início de tudo, a de Nietzsche, rompeu com as estruturas tradicionais da Filosofia feita até o século XIX, essencial e dogmaticamente voltada para a análise estruturada da racionalidade e de suas formas.


Leia também: Filosofia contemporânea: período da filosofia que confronta os avanços tecnológicos


Principais ideias

Como foi dito, a obra foucaultiana pode ser dividida em três períodos: o Foucault arqueológico, o Foucault genealógico e o último Foucault. Os períodos apresentam ideias e temas diferentes sobre os quais o filósofo debruçou-se.


Período arqueológico

Ficou marcado por uma busca de estabelecer um estudo utilizando o que ele chamou de método "arqueológico" das estruturas das ciências humanas, em especial da História e das Ciências Sociais. Também foram examinadas à exaustão, nesse período, a Filosofia, a Linguística e a Literatura. As principais obras do período arqueológico são As palavras e as coisas e Arqueologia do saber.


Período genealógico

Esse período foi marcado, essencialmente, pela publicação das obras A verdade e as formas jurídicas, Vigiar e punir e Vontade de saber (esse último como o primeiro volume de História da Sexualidade). Nesse momento, o filósofo francês passou a se preocupar com as formas de poder e subjetivação na sociedade.


Profundamente influenciado por seus anos de clínica psicológica em manicômios e prisões e pelo método genealógico de Nietzsche (ferramenta intelectual adaptada e aprimorada por Foucault para o seu trabalho), o filósofo passou a tentar estudar, por meio de uma complexa reconstrução histórica e cultural de cenários complexos, a formação do que ele denominou de sociedade disciplinar.


Segundo o filósofo, a humanidade seria organizada em formas diferentes e em momentos diferentes mediante o modo que ela lida politicamente com elementos relacionados à vida (biopolítica). Entre esses modos de organização, o filósofo encontrou, entre as sociedades modernas e a sociedade contemporânea, uma diferença crucial, em especial o modo de domínio político nas antigas monarquias e nos sistemas políticos recentes. O pensador caracterizou essas diferenças como relações microfísicas e macrofísicas, descritas a seguir:


Macrofísica do poder: o poder existia e era exercido em grande escala (macro) por meio do monarca, que era o único responsável por aplicar, pelo medo, a atividade necessária para controlar as vontades díspares mediante sua própria vontade.


Microfísica do poder: relacionada ao poder exercido pelo que ele chamou de sociedade disciplinar, era uma rede de poderes pequenos, exercidos em pequenos núcleos sociais por meio da aplicação de técnicas disciplinares que docilizariam os corpos das pessoas, treinando-os para as atividades diversas. A escola, a igreja, o quartel, a fábrica, a cadeia e o hospital seriam instituições disciplinares que aplicam a disciplinarização dos corpos, enquanto os líderes de pequenos núcleos de poder, como os pais na família patriarcal, exercem algum tipo de poder microfísico em cima das pessoas subjugadas a ele.


Período final ou o último Foucault

Nietzsche aparece mais uma vez na teoria foucaultiana, dessa vez com mais força. O filósofo francês utilizou as teorias de seu influenciador alemão, sobretudo nas análises dele sobre os gregos antigos, para imergir na cultura grega em O uso dos prazeres e desvendar o modo como a sociedade grega encarava a sexualidade.


Nesse último período, uma nova maneira ética também apareceu e deu nome, “Cuidado de si”, ao seu último escrito publicado. Os dois últimos volumes de História da Sexualidade, além de artigos acadêmicos, compõem a totalidade da obra publicada no último Foucault.


Obras de Michel Foucault

História da loucura: utilizando-se do método arqueológico, o filósofo buscou a compreensão de como se chegou a tratar e a entender a loucura como fizeram os psiquiatras e manicômios até o século XX. O livro levantou um debate, há muito tempo necessário, sobre a crueldade dos manicômios e a necessidade do entendimento mais profundo das desordens psiquiátricas como, muitas vezes, desordens sociais.


As palavras e as coisas: Foucault entende que o que dissemos ser "o homem" surgiu recentemente no âmbito do saber. Nesse livro, ele analisa o modo como as ciências, sobretudo as humanidades, constituem-se e modificam-se, tornando-se outras ciências ou outros modos de pensar, entre os séculos XVI e XVIII, partindo, inicialmente, da linguagem.


A Arqueologia do saber: livro que trata de uma resposta às críticas do livro anterior e explica, de maneira mais detalhada, o chamado método arqueológico de entendimento das ciências humanas.


Vigiar e punir: livro sobre a história das instituições disciplinares, da punição, do poder disciplinar do corpo e das cadeias como formas de aplicação da disciplina por excelência. É nessa obra que o filósofo apresenta o pan-óptico, proposto por Jehremy Bentham no século XVIII, relacionando-o à vigilância constante de nossa sociedade, e faz uma comparação entre a cadeia e as demais instituições disciplinares, como a escola, a fábrica e o hospital.


História da sexualidade: a série de livros, quando anunciada, prometia um total de seis publicações. No entanto, a interrupção da coletânea ocorreu quando ela estava pela metade em decorrência da morte precoce de Foucault. Os volumes dessa obra atestam a mudança de foco do filósofo, de um método genealógico no entendimento das formas de poder a um pensamento voltado para entender as questões biopolíticas relacionadas ao corpo e da relação das pessoas com as subjetividades mediante a questão corpórea.


https://brasilescola.uol.com.br/

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Homens Que Marcaram o Século XX: Marcello Mastroianni




 Marcello Mastroianni

Ator italiano nascido a 28 de setembro de 1924, em Fontana Liri, e falecido a 19 de dezembro de 1996, em Paris, vítima de cancro no pâncreas.


Durante a Segunda Grande Guerra, foi capturado pelo exército nazi e enviado para um campo de concentração. Conseguiu fugir, instalando-se em Veneza, onde esperou pelo fim do conflito.


Juntou-se a uma compania de teatro amador itinerante e, durante uma representação, chamou a atenção de Luchino Visconti que o convidou a protagonizar a peça teatral Um Elétrico Chamado Desejo.


Gradualmente, tornou-se um dos atores mais promissores do panorama artístico italiano e começaram a surgir os primeiros convites para fazer cinema.


Estrear-se-ia em I Miserabili (Os Miseráveis, 1948), mas só ganhou alguma projeção quando protagonizou ao lado de Sophia Loren a comédia Peccato Che Sia una Canaglia (Que Pena Seres Vigarista, 1955).


Mas o filme que lhe deu maior notoriedade a nível internacional foi La Doce Vita (A Doce Vida, 1960) de Fellini. O seu retrato de jornalista desiludido com a vida tornou-o extremamente popular entre os cinéfilos.


Dois anos depois, era apresentado a Hollywood, obtendo a nomeação para o Óscar de Melhor Ator com o seu trabalho na comédia Divorzio All'Italiana (Divórcio à Italiana, 1962).


O seu retrato de aristocrata siciliano falido tornou-o no primeiro ator europeu a ser nomeado para o Óscar de Melhor Ator por um trabalho num filme falado em língua que não a inglesa.


Continuou a demonstrar o seu talento em filmes de culto como Otto e Mezzo (Fellini Oito e Meio, 1963), Lo Staniero (O Estrangeiro, 1967) e La Grande Bouffe (A Grande Farra, 1973).


Em 1972, iniciou uma longa relação afetiva com Catherine Deneuve de quem viria a ter uma filha, Chiara Mastroianni, que seguiria a carreira dos progenitores.


Mastroianni viria a ser nomeado por mais duas vezes para o Óscar de Melhor Ator: pelo seu trabalho em Una Giornata Particulare (Um Dia Inesquecível, 1977) de Ettore Scola, onde incorporou um atormentado homossexual, e por Oci Ciornie (Olhos Negros, 1987) de Nikita Mikhalkov onde interpretou o papel de um rico arquiteto que se arrepende de ter traído as convicções idealistas que defendera quando novo para embarcar num casamento por interesse com a filha de um banqueiro.


Trabalharia ainda com Federico Fellini em La Città Delle Donne (A Cidade das Mulheres, 1980) e Ginger e Fred (1986) e com Ettore Scola em La Nuit de Varennes (A Noite de Varennes, 1982). Marcou também presença em dois filmes portugueses: Sostiene Pereira (Afirma Pereira, 1996) e Viagem ao Princípio do Mundo (1997), que viria a ser o seu último filme.

Homenagem aos 90 anos de Marcello Mastroianni


https://www.infopedia.pt/

Um dos maiores colunistas de Pernambuco: João Alberto: 50 anos de muitas histórias


 João Alberto: 50 anos de muitas histórias

Publicado em 29/01/2020 por Revista algomais 


Foto: Tom Cabral

Quando João Alberto assinou sua primeira coluna social no Diario de Pernambuco, o Brasil e o Estado viviam um cenário completamente diferente. O País estava sob o comando da ditadura militar. No esporte, a seleção de futebol se preparava ainda para o tricampeonato mundial. O Porto de Suape, uma das âncoras da nossa economia atual, nem estava no papel. Enquanto isso, no jornalismo, era o mais antigo impresso da América Latina quem estava inovando. O jovem repórter, que começou a escrever no Jornal da AABB e passou na redação do Diario pelas mais variadas coberturas, começava a se posicionar no colunismo social com o destaque que carrega por 50 anos. Nesse jubileu de ouro da sua atividade profissional, ele coleciona boas histórias.


Responsável por uma das mais antigas colunas na imprensa brasileira, João Alberto começou a escrever um tanto por acaso, quando ainda era aluno da Escola de Cadetes no Ceará. Com facilidade nas disciplinas exatas, após um desentendimento com um professor, ele o desafiou: “o senhor ainda me dará uma nota 10 em redação”. O professor topou o desafio. Sua turma se mobilizou para ajudar o “caçulinha” (era o mais novo do grupo) a atingir a meta. Ele foi aprovado com a nota máxima.

Essa brincadeira na escola rendeu outros frutos, como o emprego no Banco do Brasil. Sim, João Alberto foi bancário por alguns anos. No concurso que ele prestou, o tema da redação foi o mesmo do desafio sobre a frase “Ordem e Progresso”. Aprovado, veio para o Recife, onde criou um jornal da classe, produzido com um mimeógrafo. Em um período que a AABB (clube dos funcionários do banco) tinha uma alta atividade social, João Alberto levava aquelas publicações para as grandes redações da cidade.


Da circulação dos jornais na redação, surgiu o convite para um estágio no Diario e os primeiros passos da nova carreira. Por anos, dividiu a atividade jornalística com a de bancário. “Não tinha repórter setorizado. Eu fazia polícia, economia, corpo consular, muito aeroporto, onde entrevistávamos as pessoas importantes que desciam no Recife”, conta João Alberto. Aos 18 anos, chegou a ser preso numa pauta no terminal aéreo dos Guararapes, por furar um bloqueio estabelecido pela política aeronáutica.


“O jornalismo na minha época era muito diferente. Havia muita gente nas redações. As matérias eram batidas na máquina de escrever, em uns papéis pautados. Era um jornalismo muito artesanal. Tudo mudou rapidamente com as novas tecnologias. Fui o primeiro jornalista a usar o computador em Pernambuco. Na época era uma coisa horrorosa! Um amigo prometeu me ensinar. Fiz um curso com ele e isso mudou muito nosso trabalho”, relatou.

Antes da Era WhatsApp, ele chegou a fazer mais de 40 ligações por dia para fechar sua coluna. “E era uma dificuldade para conseguir linha para fazer um telefonema. Às vezes esperávamos até 15 minutos. Por isso, muito do nosso trabalho era ainda de um jornalismo pé no chão. Circulávamos pela cidade caminhando ou pelo Jeep do jornal”. Desse tempo, ele afirma sentir falta da convivência com as equipes. “Tinha mais calor humano.”

Uma das pautas que ele não esquece foi quando colocou na cabeça que queria ganhar o Prêmio Esso. Ele reportou uma viagem de caminhão de uma transportadora do Recife até São Paulo levando cargas. “Foram 10 dias. Uma miséria, o caminhão atolava, não tinha onde dormir. Era uma verdadeira aventura. A reportagem foi bonita. Mas recebeu uma mísera menção honrosa (risos). Na época eram muitas menções honrosas”.


Ele conviveu muito tempo também com a censura. Um major acompanhava a redação, que não permitia nenhuma publicação relacionada a Dom Helder Camara, por exemplo. Um período cheio de tensões, mas também de “causos”. João Alberto conta que certa vez um fotógrafo colocou esporas, feitas com papel fotográfico, na bota do militar. “Esse major foi para o Cinema São Luiz sem perceber. À noite chegou decidido a prender o autor da brincadeira. Mas ninguém entregou”, contou entre risos.

Também conta de forma humorada que os maiores problemas, quando editava um suplemento do Diario, eram os artigos de Ricardo Noblat, . “Noblat colocava nas entrelinhas tudo que era safadeza e toda segunda-feira eu ia para a Polícia Federal me explicar. Fui várias vezes graças a ele”, recordou.


Se tem repórter que é resistente a novidades, João Alberto diz que sempre procurou ficar antenado com as tendências do que acontecia na comunicação. Sempre que viajava, comprava jornais, mesmo quando não conhecia o idioma. O objetivo era conhecer os formatos que estavam sendo testados mundo à fora. “Estou sempre me atualizando.”

Além do jornal impresso e colunista da Algomais, ele buscou uma atuação multimídia. Escreve o blog, está nas redes sociais e na TV. Para o futuro, João Alberto revela que não tem mais sonhos. Realizado, ele diz que já cumpriu tudo o que sonhava para sua carreira.


Ouça a nossa conversa com João Alberto, repleta de histórias engraçadas (uma inédita sobre um ex-governador do Estado), no primeiro episódio de 2020 do Pernambucast, o podcast da Revista Algomais.


https://revista.algomais.com

8 filmes para conhecer Federico Fellini, mestre do cinema italiano. O cineasta icônico completaria 101 anos em 2021

Federico Fellini (Foto: Reprodução)

 8 filmes para conhecer Federico Fellini, mestre do cinema italiano 


O cineasta icônico completaria 101 anos em  2021


CAMILLA MILLAN I @CAMILLAMILLAN 


Diretor e roteirista, o italiano Federico Fellini lançou obras aclamadas que continuam a inspirar novos cineastas e admiradores da sétima arte. Os filmes - mistura de memórias, sonhos e desejo - fizeram de Fellini um ícone da fantasia, e conseguiram transportar para a telona uma visão pessoal do cineasta acerca da sociedade. 


Não à toa o termo “Fellienesco” se instaurou no cinema. Usada para descrever cenas com imagens alucinógenas que invadam uma situação comum, a expressão representa a influência de Fellini no modo de fazer e pensar as produções. 


A Estrada (1955)

Fellini dirigiu 20 filmes, entre eles os famosos La Dolce Vita e 8 e Meio. A filmografia do cineasta rendeu mais de 12 indicações ao Oscar, além de 4 vitórias na categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira e do Prêmio Honorário da Academia.


O diretor morreu de ataque cardíaco em 1993, aos 73 anos, mas continua como uma grande referência, eternizado nas próprias obras. Cineastas como David Lynch, Stanley Kubrick, Martin Scorsese, Tim Burton e Pedro Almodóvar já citaram Fellini como inspiração para grandes trabalhos.


Em 20 de Janeiro de 2021 , Fellini completaria 101 anos - e a Rolling Stone Brasil separou 8 filmes para conhecer melhor o cineasta: 

Filmes de Fellini


A Estrada (1955)


Noites de Cabíria (1957)


La Dolce Vita (1960)


Oito e Meio (1963)


Satyricon (1969)


Roma (1972)


Amarcord (1973)


Casanova (1976)



https://rollingstone.uol.