Konstantinos - Uranus

terça-feira, 20 de abril de 2021

Ex-policial Derek Chauvin é condenado por morte de George Floyd


 Ex-policial Derek Chauvin é condenado por morte de George Floyd

Foram ouvidos depoimentos de 45 testemunhas


Publicado em 20/04/2021 - 18:51 Por Agência Reuters - Mineápolis

Reuters

O ex-policial de Mineápolis Derek Chauvin foi condenado nesta terça-feira (20) por homicídio no episódio de prisão e morte de George Floyd, um marco na história racial dos Estados Unidos e uma repreensão ao tratamento dado pela polícia aos negros no país.


O júri de 12 membros considerou Chauvin, de 45 anos, criminalmente responsável pela morte de Floyd, após três semanas de depoimentos de 45 testemunhas, incluindo transeuntes, policiais e especialistas médicos. Os jurados iniciaram suas deliberações na segunda-feira (19).


Em um confronto mostrado em vídeo, Chauvin, que é branco, pressionou o joelho no pescoço de Floyd, um homem negro de 46 anos algemado, por mais de nove minutos, no dia 25 de maio de 2020, quando ele e três colegas policiais detiveram Floyd, que foi acusado de usar uma nota falsa de US$ 20 para comprar cigarros em um supermercado.


A morte de Floyd gerou protestos contra o racismo e a brutalidade policial em muitas cidades dos Estados Unidos e ao redor do mundo no ano passado. O tribunal de Mineápolis foi cercado por barricadas e vigiado por agentes da Guarda Nacional.


https://agenciabrasil.ebc.com.br/

Como a CIA matou Che Guevara


 Como a CIA matou Che Guevara

https://averdade.org.br/


Categoria: Lutas e Heróis do Povo

Quando decidiu partir de Cuba, renunciando a todos os cargos e à convivência com seus “entes mais queridos” (mulher, filhos, amigos), Che Guevara sabia que poderia não voltar mais. Na carta a Fidel, afirmou: “…Se minha hora final me encontrar debaixo de outros céus, meu último pensamento será para o povo, especialmente para você…” . Para seus pais “queridos viejos”:  “…Muitos me chamam de aventureiro, e o sou, mas de um tipo diferente, sou daqueles que colocam a vida em jogo para demonstrar as suas verdades. É possível que esta seja a definitiva. Se tiver que ser, então este é meu último abraço…”.  Para Aleida March, sua última esposa, deixou uma fita em que recita  poemas de amor, vários de Pablo Neruda, seu poeta favorito.  Para os filhos, uma carta: “…Seu pai foi um homem que agiu de acordo com suas próprias crenças e sem dúvida foi fiel às suas convicções… Cresçam como bons revolucionários. Estudem muito…Acima de tudo, procurem sentir profundamente qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo…..Até sempre, filhinhos. Ainda espero vê-los de novo. Um beijo grande de verdade e um abraço apertado do seu papa…”  

“…Deixo-lhe um olhar que sempre traz (como passarinho ferido) ternura e a memória indelével (sempre latente e profunda) das crianças, que um dia você e eu concebemos, e o pedaço de vida que resta em mim, isso eu dou (convicto e feliz) à revolução…” (De Che para Aleida, escrito às vésperas de sua morte).

As primeiras batalhas


As primeiras batalhas sob outros céus se deram no Congo, África, no ano de 1965. Não deu certo. Então voltou para nuestra América Latina e escolheu a Bolívia como ponto de partida para a libertação do Continente. Chegou a Nancahuazú, interior boliviano, no final do ano de 1966. Em março de 1967, a guerra começou.


A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, a famigerada CIA, acompanhava os passos de Che. Ela participou direta ou indiretamente de todos os golpes de Estado ocorridos na América Latina, para garantir a continuidade do domínio imperialista dos EUA.


Mas a CIA não é onipresente. Seus dirigentes acreditavam que Che tinha morrido no Congo. Eles só desconfiaram que o comandante Ramon era o Che, com a prisão de dois desertores da guerrilha, fato que ocorreu logo após as primeiras escaramuças. E tiveram a confirmação com a captura de Régis Debray, escritor francês, e Ciro Bustos, enviado por Che para abrir uma frente guerrilheira na Argentina. Debray não suportou a tortura e revelou que “Ramon” era, na verdade, Ernesto Guevara, el Che.


Desde então, o governo dos EUA agiu rápido, pois não acreditava na capacidade das Forças Armadas Bolivianas, que, aliás, até o momento sofrera apenas derrotas. É o que afirma o principal agente enviado pela CIA para orientar e acompanhar a operação, Félix Rodriguez Lopez, o capitão Ramos. Ele era cubano de origem, se naturalizara norte-americano e combatia a Revolução desde o início. Afirma Lopez: “…O Exército boliviano estava totalmente despreparado para enfrentar uma guerrilha. A maior parte dos soldados trabalhava na construção de estradas e provavelmente jamais dera um tiro de fuzil. Nos primeiros embates, os guerrilheiros aprisionavam os soldados, tiravam suas roupas e os soltavam..”.


A Intervenção da CIA


Imediatamente, um grupo de “boinas verdes”, tropa especializada no combate a insurreições foi enviada para treinar o Exército da Bolívia, tendo formado o corpo de RANGERS, que recebeu a missão de desbaratar o grupo guerrilheiro e caçar o Che. Félix Rodriguez chegou à Bolívia no dia 1º de agosto.


Sem o apoio do Partido Comunista Boliviano, que fez exigências impossíveis de serem aceitas por Che, como a de ficar com o controle total da guerrilha (Che concordava em ceder apenas o comando político, ficando com o militar), sem o apoio dos camponeses, uma vez que na área escolhida não havia nenhum trabalho político prévio, o grupo ficou isolado.


Che dividira sua pequena tropa em duas colunas, uma comandada por ele e a outra por Juan Joaquin Vitalio Acuna. Joaquin participou da coluna de Che durante todo o período da guerra revolucionária em Cuba, assumindo função de comando nos últimos dias antes da tomada do poder. Era o mais velho do grupo, com 41 anos.


Em agosto, os dois grupos tinham perdido o contato e estavam à procura um do outro. A coluna de Joaquin, entretanto, traída por Honorato Rojas, o único camponês da região que estava apoiando a guerrilha, sofreu uma emboscada. Todos foram exterminados, inclusive a lendária Tania, a militante comunista alemã Tamara Bunke.


No início de outubro, foram cercados os vinte homens que restavam.  Apenas cinco combatentes escaparam: três cubanos (Harry Pombo Villegas, Dariel Alarcón Ramirez –Benigno e Leonardo Urbano Tamayo) e dois bolivianos (Inti Peredo e David Adriazola –Dario).


Che atirava por trás de um rochedo, quando um tiro inimigo inutilizou sua carabina M-2.  Sem a arma e ferido por uma bala na perna esquerda, o Comandante foi capturado e aprisionado numa escola do povoado de La Higuera. Era 8 de outubro de 1967.


Assassinato a sangue frio!


No dia seguinte, o grande revolucionário foi assassinado friamente. O executor foi o sargento Mario Terán, que pediu para fazê-lo porque queria se vingar de três colegas mortos no combate do dia anterior.


E quem deu a ordem de execução? Segundo Félix Rodriguez, foram as autoridades bolivianas, pois a CIA queria que Che fosse levado para a base militar estadunidense no Panamá, onde seria interrogado. A ordem teria partido do próprio presidente, o ditador-general Renê Barrientos.  Mas Félix Rodriguez reconhece que poderia desobedecer Zenteno Anaya, chefe militar que recebera as ordens de matar Che, retirá-lo dali e levá-lo para o Panamá, pois havia aviões norte-americanos esperando para transportá-lo, mas preferiu não fazê-lo.  E ainda colaborou com a farsa de que Che havia sido morto em combate, ao orientar o sargento Terán a atirar do pescoço para baixo, para passar a impressão de que não houvera a execução de um prisioneiro sem o devido processo legal, contrariando as regras internacionais de tratamento dos presos em combate. Não apenas Che, mas todos os outros prisioneiros foram assassinados friamente.


Félix Rodrigues acompanhou o corpo de Che no helicóptero que o conduziu para a cidade de Vallegrande, onde ficou exposto ao público e depois foi sepultado clandestinamente, com as mãos decepadas. Os restos mortais só viriam a ser encontrados 30 anos depois, graças às revelações do general Vargas Salinas e do major Andrès Selich, que comandaram a operação de execução e ocultação do cadáver.


Che vive, já os seus algozes….


Quase todos os que participaram do assassinato de Che Guevara tiveram fim trágico e estão lançados na lata de lixo da história. Alguns exemplos:


General René Barrientos Antuño, presidente da Bolívia na época e um dos que decidiram pela execução de Guevara: morreu carbonizado num acidente de helicóptero em abril de 1969. As circunstâncias do ocorrido nunca foram completamente esclarecidas

Major Andrés Selich, chefe dos rangers que capturaram Che e um dos últimos a falar com ele em La Higuera: morreu sob tortura em 1973, durante a ditadura do general boliviano Carlos Hugo Bánzer

General Juan José Torres, chefe do Estado-Maior do Exército e um dos que decidiram a morte de Che: foi assassinado na Argentina em fevereiro de 1976, durante a “guerra suja”

Coronel Joaquín Zenteno Anaya, comandante da zona militar onde ocorreu o assassinato de Che: morreu vítima de um atentado fatal em Paris. Quem assumiu o assassinato foi a desconhecida “Brigada Internacional Che Guevara”

Coronel Toto Quintanilla, um dos principais chefes da polícia política na Bolívia durante o governo Barrientos: após a execução de Guevara, preocupado com possíveis atentados, pediu para ir para a Alemanha, onde trabalhou como cônsul em Hamburgo. Foi assassinado em novembro de 1970, num atentado assumido pelo Exército de Libertação Nacional (ELN), grupo peruano revolucionário criado e dirigido por Hector Bejar e Juan Pablo Chang, este morto com Che na guerrilha

General Gary Prado, prendeu Che Guevara: em 1981, foi baleado numa reunião de militares e ficou paraplégico.

Honorato Rojas, o agricultor que havia delatado o grupo de Joaquin e preparado a emboscada em 31 de agosto (que acabou com a morte de nove guerrilheiros): foi encontrado e executado em 14 de julho de 1969, pelo ELN.

Já o Che, continua mais vivo do que nunca nas mentes e nos corações de milhões de pessoas em todo o mundo. Desde o povoado de La Higuera, onde foi morto, até as selvas mexicanas (zapatistas), os movimentos populares latino-americanos,  Europa, Ásia, África e o próprio coração do Imperialismo, os EUA.  Para o povo de La Higuera, ele é um santo a quem recorrem em suas necessidades; para os demais, é exemplo do Homem Novo, coerente, íntegro, pleno de profundo sentimento de amor, capaz de renunciar a tudo e doar a vida pela causa da libertação dos oprimidos. Assim falava, assim o fez. Hasta La Victoria, Siempre, Comandante!”


Nota: por proposta do presidente Fidel Castro, a celebração a Che Guevara ocorre mundialmente no dia 8 de outubro, data do seu último combate, e não no dia de sua morte.


José Levino é historiador


segunda-feira, 19 de abril de 2021

ELIZABETH II PRESENCIOU MORTE DA IRMÃ, MÃE E AGORA PHILIP


 ELIZABETH II PRESENCIOU MORTE DA IRMÃ, MÃE E AGORA PHILIP

Monarca há mais tempo no trono, Elizabeth enfrenta o funeral do marido quatro dias antes do aniversário de 95 anos


PENÉLOPE COELHO PUBLICADO EM 15/12/2020, ÀS 12H36 - ATUALIZADO EM 17/04/2021, 


https://aventurasnahistoria.uol.com.br/


Princesa Margaret (esq.) Elizabeth e Philip (centro) e Rainha-mãe (dir.) - Wikimedia Commons


No dia 9 de abril, o Reino Unido recebeu a notícia do falecimento do príncipe Philip, marido de Elizabeth II e Duque de Edimburgo. Aos 99 anos, a família real apenas divulgou que o nobre faleceu 'pacificamente'. A principal causa da morte ainda não foi revelada. 


"É com profunda tristeza que Sua Majestade, a Rainha anunciou a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo. Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor", anunciou a conta oficial da Família Real.


A cerimônia está sendo realizada neste sábado, 17, na capela de St. George, no castelo de Windsor, Londres e - diante da pandemia do novo coronavírus, restrita a 30 membros da família real.


Contudo, não é a primeira vez que Elizabeth encara a morte de um membro presente em sua rotina. Aos 94 anos, a monarca presenciou também o falecimento de sua irmã e mãe num breve intervalo. 


Todos os olhares

Os membros da realeza britânica englobam uma das famílias mais famosas do mundo. Sempre vigiados pelos olhos da mídia, os participantes da monarquia costumam ser motivo de curiosidade, principalmente quando estão envolvidos em alguma polêmica.


Porém, apesar de todo o garbo e elegância que envolve o universo dos membros da realeza, eles não deixam de ser familiares. A perda de um parente querido pode ser dolorida, ainda mais quando as mortes acontecem em períodos próximos.


No ano de 2002, duas tristes fatalidades aconteceram na família da Rainha Elizabeth II, deixando uma grande perda para a realeza.


Margaret

Nascida em 21 de agosto de 1930, filha de Elizabeth Angela Marguerite Bowes-Lyon e do Rei George VI, a irmã mais nova da rainha, Princesa Margaretsempre chamou a atenção por sua espontaneidade e irreverência, características que não eram esperadas por um membro da monarquia britânica.


A mulher ficou conhecida como primeira ‘celebridade da realeza’, sempre chamando a atenção por onde passava. Margaret gostava de se divertir e muitas vezes não se importava com as consequências.


A dama se casou com o fotógrafo Antony Armstrong-Jones, em 1960, contudo, o casamento repleto de polêmicas não deu certo e a princesa se tornou uma das primeiras mulheres da família real a oficializar um divórcio, no ano de 1978.


Sua vida foi marcada pelo hábito de fumar. Acredita-se que a irmã da rainha fumava desde os 15 anos de idade, um vício que acabou se tornando um grande problema para a princesa.


O pulmão da nobre foi acometido e ela precisou passar por cirurgias em 1985, os dez anos seguintes foram difíceis para Margaret — que estava com a saúde muito debilitada: a mulher enfrentou uma pneumonia severa e também um derrame.


No dia 9 de fevereiro de 2002, a princesa sofreu outro ataque cardíaco, mas, dessa vez não resistiu e faleceu aos 71 anos de idade. Na ocasião, a Rainha Elizabeth afirmou estar “profundamente triste com a perda de sua querida irmã”.


O funeral de Margaret aconteceu em 15 de fevereiro de 2002, no mesmo dia em que a morte de seu pai, rei George VI, completava 50 anos. Essa ocasião foi marcante já que além das coincidências, aquela representou a última vez que a Rainha-mãe seria vista.


A Rainha-mãe

Após o óbito de Margaret, os olhos da Inglaterra se voltaram para a Rainha-mãe. Antes do falecimento de sua filha mais nova, já se sabia que Elizabeth Angela também estava doente, contudo, ninguém esperava que as mortes aconteceriam em um período de tempo tão curto, cerca de um mês.


Nascida em 4 de agosto de 1900, a Rainha-mãeteve uma vida longa, ao contrário de seu marido, que faleceu aos 56 anos de idade. Ao longo de sua trajetória, a mulher foi uma figura marcante da família real britânica, envolvida em decisões importantes para a monarquia.


No início do ano de 2002, a mãe da rainha enfrentava uma longa gripe que já durava quatro meses, a enfermidade não se curava de jeito nenhum. No dia 30 de março de 2002, aos 101 de idade, a nobre faleceu enquanto dormia.


Na ocasião, um porta-voz da monarquia britânica anunciou a morte da mãe de Margaret e Elizabeth II: "A Rainha-mãe vinha se tornando cada vez mais fraca nas últimas semanas por causa da infecção respiratória que teve no Natal [...] Seu estado de saúde piorou e Rainha-mãe morreu em paz enquanto dormia, às 15h15".


Na época, o príncipe Charles, neto de Elizabeth Angela, lamentou o ocorrido, dizendo estar “absolutamente devastado” com a perda de uma das pessoas “mais notáveis e maravilhosas do mundo”.


Após as dificuldades enfrentadas pela família de Elizabeth II no início de 2002, a monarca decidiu doar parte do acervo de sua mãe ao Royal Collection, para que o legado da mulher ficasse eternizado. 


Atividade econômica no Brasil dispara em fevereiro, antes do impacto da segunda onda do COVID-19


 Atividade econômica no Brasil dispara em fevereiro, antes do impacto da segunda onda do COVID-19

Reuters Jamie Mcgeever


A atividade econômica do Brasil disparou em fevereiro, mostrou um índice do banco central na segunda-feira, um dos maiores ganhos já registrados e um sinal de que a economia estava funcionando bem antes de ser atingida por uma segunda onda mortal da pandemia COVID-19.


O ministro da Economia, Paulo Guedes, apontou como evidência o registro de arrecadação de impostos e de empregos formais em janeiro e fevereiro. Agora ele pode somar o índice de atividade IBC-Br, um indicador antecedente do produto interno bruto.


O índice apresentou ajuste sazonal de 1,7% em fevereiro, marcando o décimo mês consecutivo de variação e seguindo a alta de 1,3% revisada para cima no mês anterior.


Foi o nono maior ganho desde o início da série em 2003, segundo dados do Refinitiv. Com essa medida, a maior economia da América Latina em fevereiro voltou ao tamanho de março de 2015.



O índice com ajuste sazonal em fevereiro ficou em 143,24, superior aos 139,98 de fevereiro do ano passado, antes que a pandemia de COVID-19 paralisasse a economia e desencadeasse a maior queda anual da atividade desde 1990.



O gráfico do banco central acima mostra, no entanto, que apesar dessa forte recuperação, a maior economia da América Latina medida pelo índice IBC-Br ainda é 3,7% menor do que estava em seu pico em dezembro de 2013, em uma base com ajuste sazonal.


As perspectivas imediatas permanecem incertas, já que a segunda onda da pandemia não mostra sinais de diminuir, o desemprego continua alto e a ajuda governamental de emergência a milhões de pessoas pobres será apenas uma fração dos pagamentos do ano passado.


O índice IBC-Br subiu 1% em uma base não corrigida de sazonalidade em relação a fevereiro do ano passado, disse o banco central.


Nossos padrões: Princípios de confiança da Thomson Reuters.

domingo, 18 de abril de 2021

Covid-19: governadores pedem ajuda à ONU para obter vacinas



                         


Covid-19: governadores pedem ajuda à ONU para obter vacinas


https://agenciabrasil.ebc.com.br/


Até agora Brasil recebeu apenas 1 milhão de doses do Covax Facility

 

Publicado em 16/04/2021 - 20:46 Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil - Brasília


O Fórum de Governadores se reuniu hoje (16) com representantes da secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU), Amina Mohamed, e com representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) para solicitar auxílio na viabilização de mais doses de vacinas. Os governantes estaduais defenderam um tratamento especial ao Brasil como uma “ajuda humanitária” diante do reconhecimento dos órgãos internacionais de que o país é o novo centro da pandemia.


Os governadores solicitaram apoio das instituições internacionais para destravar o repasse de doses previstas no acordo do mecanismo Covax Facility, consórcio coordenado pela OMS. Segundo o coordenador do Fórum, o governador do Piauí, Wellington Dias, o Brasil teria direito a 9,1 milhões de doses oriundas do mecanismo, mas só recebeu até o momento 1 milhão.


“Haverá esforço para que uma entrega que estava prevista para maio possa ser antecipada para até o fim de abril, de 4 milhões de doses. Vamos tratar com Coreia, Índia e China, que estão neste esforço de produção [dos imunizantes]. Até o mês de maio completa essa entrega e maio-junho tem perspectiva de regularização”, declarou Dias em entrevista coletiva após a reunião.


Outro pleito foi a participação de tratativas junto à Índia para enviar 15 milhões de Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs) – as matérias-primas chave da fabricação de uma vacina - para a produção e novas doses da vacina CoronaVac, desenvolvida a partir de uma parceria entre Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac.


Os 15 milhões de IFAs foram prometidos e seriam disponibilizados pelo laboratório Serum, da Índia. Contudo, com a explosão de casos nesse país os insumos e produção de imunizantes estão sendo voltados para atender ao mercado interno.


A demanda dos governadores é que sejam entregues até o fim de abril pelo menos 10 milhões de IFAs ou de doses prontas da Coronavac pela China. Isso porque eles alertam para o risco da falta desta quantidade deixar pessoas desprotegidas sem a aplicação da 2ª dose ainda no mês de abril.


Transferência de tecnologia

Tanto no caso da CoronaVac quanto no da vacina de Oxford/AstraZeneca, o Fórum defendeu a atuação da ONU e OMS na interlocução com as farmacêuticas para antecipar a transferência de tecnologia aos laboratórios brasileiros: o Instituto Butantan e a Fiocruz, respectivamente.


Tal antecipação permitiria que as duas instituições passassem a produzir novas doses inteiramente no Brasil, sem dependência do envio de insumos de outros países, o que agilizaria o atendimento do mercado interno.


Os governadores requisitaram aos representantes dos dois organismos internacionais ajuda na intermediação também junto ao governo e Congresso dos Estados Unidos para alterar a proibição de exportação do excedente de vacinas produzidas no país.


A expectativa do governo estadunidense é imunizar toda a sua população até maio. A previsão de é que sobrem doses. Os governadores querem que a venda ou empréstimo de parte deste excedente sejam autorizados ao Brasil como uma situação excepcional de “ajuda humanitária”.


Insumos e patentes

Os governadores também trataram do colapso no sistema de saúde nacional e da falta de insumos, especialmente dos medicamentos que fazem parte do chamado “kit intubação”, usado no suporte ventilatório de pacientes com covid-19. Eles requisitaram à secretária-geral adjunta da ONU auxílio no diálogo com países que possuam estoques desses medicamentos que que possam disponibilizá-los.


Outra proposta apresentada foi que, a exemplo do que ocorreu no caso das drogas para tratamento de pessoas com HIV/AIDS, ocorra uma quebra das patentes para que outros laboratórios possam também produzir as vacinas.


 


Edição: Claudia Felczak

D. Pedro I ( Imperador do Brasil de 1822 a 1831)


 Dom Pedro I foi imperador do Brasil de 1822 a 1831


D. Pedro I


HISTÓRIA DO BRASIL

https://brasilescola.uol.com.br/


Dom Pedro I é um dos grandes nomes da história do Brasil. Foi um dos condutores do processo de independência, além de ter sido imperador brasileiro de 1822 a 1831. Filho de d. João VI, rei de Portugal, Dom Pedro I ficou conhecido ao longo de sua vida por ser impulsivo e mulherengo.


Durante seu reinado sobre o Brasil, a sua grande marca foi o autoritarismo e, por esse motivo, sua relação com as elites do Brasil desgastou-se ao ponto de d. Pedro renunciar ao trono, em 1831. Depois disso, retornou a Portugal, onde lutou na Guerra Civil Portuguesa, em defesa do direito de sua filha d. Maria assumir o trono português.


Biografia]

D. Pedro foi uma das figuras mais importantes da história brasileira e esteve envolvido em acontecimentos marcantes. Herdeiro da dinastia Bragança, abriu mão do seu direito de ocupar o trono português para assumir o trono brasileiro.


Nome completo de D. Pedro I

Uma das maiores curiosidades que envolvem d. Pedro I é o seu nome completo, que ficou bastante famoso por ser um nome consideravelmente longo: Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.


Juventude


Pedro de Alcântara nasceu em Lisboa, no dia 12 de outubro de 1798. Era filho de d. João VI e d. Carlota Joaquina, príncipe e princesa de Portugal na ocasião do nascimento de Pedro (d. João VI e Carlota Joaquina só se tornaram rei e rainha em 1816). O menino era o quarto filho do casal (o segundo filho homem), mas acabou tornando-se o herdeiro do trono português quando d. Antônio de Bragança, seu irmão mais velho, morreu.


Ainda na infância, d. Pedro veio para o Brasil em decorrência da transferência da Corte portuguesa para cá. Isso aconteceu porque Portugal seria invadido por tropas francesas e, para evitar ser prisioneiro de Napoleão, d. João VI decidiu por mudar-se para o Rio de Janeiro. Quando isso aconteceu, d. Pedro tinha nove anos de idade.


No Rio de Janeiro, d. Pedro ficou instalado no Palácio de São Cristóvão, local que abrigava o Museu Nacional – recentemente destruído por um incêndio. Teve uma instrução de qualidade, como era de praxe para membros da realeza, embora os biógrafos afirmem que d. Pedro era pouco dedicado aos estudos. Um de seus mestres, d. Antônio de Arábida, acompanhou-o durante sua vida.


Na passagem da infância para a adolescência, d. Pedro demonstrava uma provável hiperatividade, uma vez que não conseguia ficar sem ter algum tipo de ocupação. Os biógrafos de d. Pedro também reportam que ele sofria com eventuais ataques de convulsão, causados por epilepsia. A historiadora Isabel Lustosa afirma que existem registros de 1811 que detalham convulsões sofridas por d. Pedro |1|.


Casamentos

Pedro de Alcântara casou-se com Leopoldina da Áustria em 13 de maio de 1817. Sua esposa era filha do imperador austríaco Francisco I, e o casamento dos dois visava a assegurar um acordo muito importante tanto para Portugal quanto para a Áustria.


Para Portugal, era a oportunidade de assegurar a aliança de uma nação que saía vitoriosa na luta contra Napoleão e que tinha grande influência na Santa Aliança (coligação das monarquias absolutistas europeias que lutaram contra Napoleão).


Para os austríacos, havia a garantia de um acordo com uma nação que possuía vastos territórios na América – principalmente pelo fato de que o Brasil tinha acabado de ser elevado à condição de Reino Unido. Com isso, as duas nações buscavam alinhar seus interesses e criar laços para um desenvolvimento comercial mútuo.


Apesar de o casamento ter acontecido em maio, Leopoldina só conheceu d. Pedro em novembro de 1817, na ocasião de sua mudança para o Rio de Janeiro. Os relatos dos historiadores contam que a princesa austríaca encantou-se rapidamente pelo seu marido. Desse casamento, nasceram sete filhos: Maria, Miguel, João Carlos, Januária, Paula, Francisca e Pedro.


Apesar do encantamento inicial, o casamento de d. Pedro e d. Maria Leopoldina (como foi nomeada depois da independência) foi extremamente difícil para a austríaca. Os historiadores contam das traições cometidas por d. Pedro, sendo o caso com a Marquesa de Santos o mais famoso. Também existem historiadores que apontam evidências de que a imperatriz teria sido agredida por d. Pedro.


Em 1826, d. Maria Leopoldina faleceu, e d. Pedro resolveu casar-se novamente somente em 1829. Depois da morte da imperatriz, d. Pedro I afastou-se de sua amante, a Marquesa de Santos, e passou a procurar uma nova esposa na realeza europeia. Em 1829, casou-se com d. Amélia de Leuchtenberg, princesa da Baviera. Desse casamento, nasceu uma filha, chamada Maria Amélia.



Morte

Depois de abdicar do trono brasileiro, em 1831, d. Pedro I retornou a Portugal e lá se envolveu na Guerra Civil Portuguesa. Esse conflito foi resultado da crise de sucessão que estourou no país depois que o pai de d. Pedro I faleceu, em 1826. Uma disputa foi iniciada entre liberais (defendiam uma monarquia constitucional) e absolutistas (defendiam uma monarquia absolutista).


Nos últimos anos de sua vida, d. Pedro I envolveu-se com a Guerra Civil Portuguesa para garantir que a filha, d. Maria, assumisse o trono de Portugal.


Dom Pedro I liderou tropas liberais na defesa do direito de sua filha, d. Maria II, a governar Portugal. Os liberais acabaram vencendo e, com isso, o adversário e também irmão de d. Pedro, chamado d. Miguel, foi derrotado e expulso de Portugal. Durante a guerra, d. Pedro I ficou doente e, em 24 de setembro de 1834, acabou falecendo por conta de uma tuberculose.


Independência do Brasil


A relação de d. João VI e d. Pedro I enfrentava alguns problemas. D. Pedro respeitava seu pai, mas como sabia que d. João VI era advertido por seus conselheiros a manter seu filho afastado do governo, acabava criticando o comentava de seu pai. Essa situação acabou sendo radicalmente modificada por acontecimentos que se iniciaram em Portugal.


Em 1820, eclodiu em Portugal a Revolução Liberal do Porto, uma revolução de caráter liberal, organizada pela burguesia portuguesa, para recolocar Portugal como o centro administrativo do reino. Uma das exigências das Cortes portuguesas (instituição política surgida com essa revolução) foi o retorno imediato do rei para Portugal.


Por causa da pressão dos portugueses sobre d. João VI, o rei jurou lealdade à Constituição portuguesa em 26 de fevereiro de 1821. Nesse dia, o rei também pôs fim ao afastamento de d. Pedro dos assuntos do governo, e isso marcou o envolvimento do príncipe, politicamente falando, com a crise que levou à independência do Brasil.


Em 7 de março, um decreto determinou que d. Pedro seria regente do Brasil. No dia 23 de abril de 1821, outro decreto estipulou quais eram as suas atribuições nessa função. Esse decreto determinou que:


Ficava o príncipe com o direito de conferir cargos, postos e condecorações. Estava autorizado até, em caso urgente, a fazer a guerra ou a admitir tréguas. D. Pedro deliberaria com o auxílio de quatro ministérios, do Reino e Estrangeiros, da Guerra, da Marinha e da Fazenda […]. Em caso de morte do regente, governaria d. Leopoldina, com um Conselho de Regência.


Desse momento em diante, d. Pedro foi uma peça-chave no decorrer dos acontecimentos que levaram à independência do Brasil. Em 1821, a ideia de independência não estava muito consolidada ainda, mas a intransigência das Cortes e as tentativas de recolonizar o Brasil mudaram esse quadro.


O acontecimento decisivo que mobilizou o movimento de independência aconteceu em 29 de setembro de 1821, quando ordens de Portugal exigiam o retorno do regente para Lisboa e revogavam uma série de medidas implementadas por d. João VI. Pedro de Alcântara estava convicto de seu retorno a Portugal, mas sua esposa, d. Leopoldina, atuou consideravelmente para convencê-lo a ficar.


Paralelamente à ação da princesa, um grupo de brasileiros – defensores da independência – começou a se organizar em um movimento que exigia a permanência do regente. Esse grupo, chamado Clube da Resistência, formulou um documento argumentando o porquê de o regente permanecer no Brasil e entregou a d. Pedro em 1º de janeiro de 1822.


Entre os dias 8 e 9 de janeiro, d. Pedro recebeu um abaixo-assinado com 8 mil assinaturas de pessoas que defendiam sua permanência no Brasil. Motivado por isso, d. Pedro supostamente anunciou a frase que marcou o Dia do Fico:


“Como é para bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico.”

A relação com Portugal foi desgastando-se com o passar dos meses. Entre agosto e setembro de 1822, existiam três grupos com propostas diferentes para os rumos do Brasil.


Os portugueses instalados aqui eram o primeiro grupo e queriam que d. Pedro retornasse a Portugal e que as decisões tomadas pelas Cortes fossem implantadas aqui. O segundo grupo era liderado por Joaquim Gonçalves Ledo e defendia a independência e a implantação de um modelo republicano no país. O terceiro grupo era apoiado por José Bonifácio de Andrada e Silva, pessoa de grande influência sobre d. Pedro, e defendia a instalação de um regime monárquico constitucional.


Dom Pedro acabou declarando a independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo. Nessa ocasião, d. Pedro estava em uma viagem para negociar com lideranças políticas de São Paulo o apoio ao movimento de independência. Durante a viagem, uma carta com novas ordens de Portugal chegou.


A regência do Brasil, na ausência de d. Pedro, era transmitida para d. Leopoldina. Ela, após atualizar-se, convocou um conselho em caráter de emergência e, nesse conselho, decidiu-se pela independência. Na sequência, cartas foram enviadas para d. Pedro, e o mensageiro, chamado Paulo Bregaro, encontrou-o na altura do Rio Ipiranga.


A ocasião da declaração de independência do Brasil, no entanto, não foi nada pomposa. Os relatos contam que d. Pedro estava sofrendo severamente de disenteria na viagem a São Paulo.


Primeiro Reinado


Após a independência, seguiu-se uma guerra interna contra aqueles que ainda eram leais a Portugal. Dom Pedro foi aclamado como imperador do Brasil, e sua coroação aconteceu em 1º de dezembro de 1822. Era necessário organizar o novo país, assegurar o reconhecimento internacional e derrotar os que ainda se recusavam a aceitar a independência.


O Primeiro Reinado ficou marcado pela vontade excessiva do imperador de centralizar o poder. O autoritarismo de d. Pedro I foi um problema que desgastou sua relação com as elites do país, criou conflitos internos e levou-o a renunciar ao trono em favor de seu filho em 7 de abril de 1831.


Os grandes acontecimentos que marcaram o Primeiro Reinado foram:


Outorga da Constituição de 1824: d. Pedro não aceitou o texto original da Constituição, que tinha ficado pronto em 1823. Ele queria ter poderes amplos e, por isso, ordenou o cercamento e dissolução da Constituinte.


Confederação do Equador: revolta separatista e republicana que eclodiu no Nordeste e foi duramente reprimida a mando do imperador.


Guerra da Cisplatina: declarou guerra às Províncias Unidas (atual Argentina) por conta da Revolta da Cisplatina, que se iniciou em 1825. O envolvimento do Brasil nessa guerra foi um erro, pois prejudicou a economia, já bastante fraca do país, e aumentou o número de insatisfeitos com o reinado de d. Pedro I.


O envolvimento de d. Pedro I com os assuntos a respeito da sucessão do trono português e a sua vida privada agitada reforçavam a insatisfação de muitos com seu reinado. A situação ficou insustentável em 1831, quando, durante uma viagem a Minas Gerais, espalhou-se um boato de que o imperador planejava dissolver novamente o Congresso.


Quando o imperador retornou ao Rio de Janeiro, os ânimos estavam tão acirrados que uma briga generalizada entre os defensores do imperador e seus opositores iniciou-se e estendeu-se por dias, em março de 1831. O imperador, pressionado, acabou renunciado ao trono no dia 7 de abril de 1831 em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, futuro d. Pedro II.


A VERDADE POR TRÁS DA FOTO DE ELIZABETH II SAUDANDO HITLER NA DÉCADA DE 1930


Jornal The Sun estampa a imagem / Crédito: Divulgação



Imagem de 1933, na qual Elizabeth II faz a saudação nazista 


Imagem de 1933, na qual Elizabeth II faz a saudação nazista 


 https://aventurasnahistoria.uol.com.br/


A VERDADE POR TRÁS DA FOTO DE ELIZABETH II SAUDANDO HITLER NA DÉCADA DE 1930

Divulgada pelo The Sun em 2015, a imagem criou polêmica e irritou a família real britânica


ALANA SOUSA PUBLICADO EM 18/04/2021, ÀS 12H00


Imagem de 1933, na qual Elizabeth II faz a saudação nazista - Divulgação/Youtube

Ainda que não tenha tido nenhuma ligação direta com o nazismo, a rainha Elizabeth II sempre se viu rodeada de pessoas que tinham simpatia pelo partido de Adolf Hitler. Desde as irmãs de seu falecido marido, o príncipe Philip, ao seu tio Edward VIII, a monarca em si jamais havia se envolvido em qualquer polêmica do tipo.


Evitando a presença das irmãs e de seus respectivos maridos em seu casamento, no ano de 1947, ainda que a guerra já tivesse terminado, Elizabeth se preocupava com sua corte sendo referenciada como uma aliada dos nazistas.


Seu tio Edward VIII foi um exemplo fatídico. O homem, que abdicou do trono para se casar com a americana Wallis Simpson, apresentava um certo gosto pelo partido alemão desde cedo. Segundo apontado pela BBC Internacional, o rei britânico enxergava nos nazistas a maneira ideal para combater o tão ameaçador comunismo.


A ideologia do monarca ficou ainda mais clara — e controversa — quando, na década de 1930, visitou pessoalmente o Führer. Em 1937, Hitler convidou Edward e Simpson para uma estadia em seu chalé, que ficava localizado na Áustria.


Para o ex-rei do Reino Unido, "Hitler era o líder certo e lógico para o povo alemão", conforme repercutiu a BBC Brasil, anos mais tarde. Embora tenha tentado esconder a ligação com o nazismo, uma fotografia escapou e gerou polêmica no ano de 2015


A monarquia britânica jamais falou diretamente sobre a aliança que Edward queria fazer com Hitler, alegando que "Sua Alteza real nunca afastou sua lealdade da causa britânica". Elizabeth, por sua vez, também se mostrou discreta sobre o assunto.


Até que uma foto ressurgiu da década de 1930 para atormentar a monarquia. Divulgado pelo jornal The Sun em julho de 2015, uma imagem retirada de um vídeo de cerca de 20 segundos mostra Elizabeth com seis anos, ao lado de sua irmã mais nova Margaret, sua mãe e seu infame tio Edward.


Na cena divulgada, ainda em preto e branco, é possível observar a pequena fazendo a famosa saudação nazista, na qual se levanta o braço direito para mostrar lealdade a figura do ditador alemão.


A captura retirada da gravação saiu na primeira página do jornal inglês, com uma chamada na qual afirma que Edward VIII ensinou as sobrinhas a repetirem a terrível saudação. Acredita-se que a ocasião tenha ocorrido entre 1933 e 1934, no Castelo de Balmoral, onde a família real passa as férias.


A realeza rapidamente se manifestou, dizendo através de um porta-voz do Palácio de Buckingham estar profundamente decepcionada; uma maneira de amenizar o impacto na reputação do reino. “É desapontador que o filme, capturado oito décadas atrás e aparentemente do arquivo pessoal da Sua Majestade tenha sido obtido e explorado dessa maneira”, dizia trecho de comunicado.


Dias depois, o editor executivo do The Sun, Stig Abell, reportou o assunto: "É uma imagem fascinante. Não só porque tem Edward VIII que tornou-se rei em 1936. E em 1937 ele foi para a Alemanha. E em 1940 houve uma conspiração para levá-lo de volta ao trono. E ele se matou em 1970 dizendo que Hitler não foi um mau sujeito na Segunda Guerra Mundial". Acrescentando que a divulgação da imagem foi feita de “de maneira apropriada e responsável a serviço do interesse público”, como reportou na época o G1.


Paulo Cacela e os encantos de Cabo Verde. Vídeo :Os artesãos da Boavista - Cabo Verde 🇨🇻 2021



Gente esse ai é o Paulo Cacela um Youtuber que anda produzindo vídeos fantásticos, mostrando as belezas  raras desse belo país africano chamado Cabo Verde. Paulo Cacela  é natural de Portugal, mas por algum motivo  se encantou com  as belezas desse pitoresco e apaixonante país formado por dez ilhas encantadoras.

Paulo mostra ter uma grande afinidade com a sua câmera e além de uma resistência física que nos surpreende tem produzido belas matérias que encantam e prende qualquer telespectador aos seus maravilhosos vídeos. Para mim o que mais me  chama a atenção em seus vídeos é a preocupação que o Paulo tem com os seus assinantes. Pois além de passar informações precisas de cada pedacinho do país, visitando cada lugar mágico da ilha e de ter uma boa relação com os nativos da região. Ele ainda  é capaz de dar umas pitadas críticas sobre o passado colonial de Portugal. Ele ainda tem uma preocupação de responder com carinho cada comentário que seus assinantes fazem ao assistir os seus encantadores vídeos. Pessoal não deixem de acessar o Canal de Paulo Cacela no Youtube e compartilhar, pois um trabalho tão grandioso como este não pode passar despercebido. Conto com vocês. Alarcon Morais.

Link do canal: https://www.youtube.com/results?search_query=paulo+cacela
Instagram: Paulo Cacela



sábado, 17 de abril de 2021

Homens Que Marcaram O Século XX: François Mitterrand


 Homens Que Marcaram O Século XX: François Mitterrand


https://www.britannica.com

 

Os editores da Encyclopaedia Britannica


Os editores da Encyclopaedia Britannica supervisionam as áreas de conhecimento nas quais possuem amplo conhecimento, seja por anos de experiência adquirida trabalhando com esse conteúdo ou por meio do estudo para um grau avançado.


Presidente da França, François Mitterrand , na íntegra François-maurice-marie Mitterrand , (nascido em 26 de outubro de 1916, Jarnac, França - morreu em 8 de janeiro de 1996, Paris), político que cumpriu dois mandatos (1981-95) como presidente da França , liderando seu país para uma integração política e econômica mais estreita com a Europa Ocidental. O primeiro socialista a ocupar o cargo, Mitterrand abandonou as políticas econômicas de esquerda no início de sua presidência e geralmente governou como um centrista pragmático .


França: primeiro mandato de Mitterrand


Mitterrand agiu imediatamente para cumprir o que parecia ser o mandato dos eleitores. Ele nomeou primeiro-ministro um militante socialista de longa data, ...

Filho de um chefe de estação, Mitterrand estudou direito e ciências políticas em Paris . Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial , ele se alistou na infantaria e em junho de 1940 foi ferido e capturado pelos alemães. Depois de escapar de um campo de prisioneiros no final de 1941, ele trabalhou com o governo colaboracionista de Vichy - um fato que não se tornou conhecido publicamente até 1994 - antes de se juntar à Resistência em 1943.

Em 1947 ele se tornou ministro do gabinete da Quarta República no governo de coligação de Paul Ramadier , tendo sido eleito para a Assembleia Nacional no ano anterior. Nos 12 anos seguintes, Mitterrand ocupou cargos de gabinete em 11 governos de curta duração da Quarta República.


Originalmente um tanto centrista em suas opiniões, ele se tornou mais esquerdista na política e, a partir de 1958, cristalizou a oposição ao regime de Charles de Gaulle . Em 1965, ele se opôs a De Gaulle como o único candidato da esquerda socialista e comunista à presidência francesa, obtendo 32% dos votos e forçando De Gaulle a um segundo turno.


Após sua eleição como primeiro secretário do Partido Socialista em 1971


Após sua eleição como primeiro secretário do Partido Socialista em 1971, Mitterrand deu início a uma grande reorganização partidária, o que aumentou muito seu apelo eleitoral. Embora Mitterrand tenha sido derrotado em sua segunda candidatura presidencial, em 1974, sua estratégia de fazer do Partido Socialista o partido majoritário da esquerda enquanto ainda aliado do Partido Comunista levou à vitória socialista frustrada em 10 de maio de 1981, quando ele derrotou o presidente presidente, Valéry Giscard d'Estaing . Mitterrand convocou eleições legislativas logo após sua vitória, e uma nova maioria de esquerda na Assembleia Nacional permitiu que seu primeiro-ministro , Pierre Mauroy, realizasse as reformas que Mitterrand havia prometido. Essas medidas incluíram a nacionalização de instituições financeiras e empresas industriais importantes, aumentando o salário mínimo, aumentando os benefícios sociais e abolindo a pena de morte . Na política externa, Mitterrand defendeu uma posição relativamente dura em relação à União Soviética e cultivou boas relações com os Estados Unidos .


As políticas econômicas socialistas de Mitterrand 


As políticas econômicas socialistas de Mitterrand causaram aumento da inflação e outros problemas, então em 1983 o governo começou a cortar gastos. No final do primeiro mandato de Mitterrand, o Partido Socialista abandonou as políticas socialistas em tudo, exceto no nome, e essencialmente adotou o liberalismo de livre mercado . Em 1986, os partidos de direita conquistaram a maioria dos assentos na Assembleia Nacional e, portanto, Mitterrand teve que pedir a um dos líderes da maioria de direita,Jacques Chirac , para ser seu primeiro ministro. Sob esse arranjo de divisão de poder sem precedentes, conhecido como “coabitação”, Mitterrand manteve a responsabilidade pela política externa. Ele derrotou Chirac nas eleições presidenciais de 1988 e, assim, assegurou outro mandato de sete anos.


O recém-reeleito Mitterrand 


O recém-reeleito Mitterrand novamente convocou eleições e os socialistas recuperaram a maioria de trabalho na Assembleia Nacional. Seu segundo mandato foi marcado por esforços vigorosos para promover a unidade europeia e evitar a dominação econômica alemã sobre a França, unindo ambos os países em instituições europeias fortes. Mitterrand foi, portanto, um dos principais proponentes do Tratado da União Europeia (1991), que previa um sistema bancário europeu centralizado, uma moeda comum e uma política externa unificada.


Mitterrand teve menos sucesso em questões domésticas, particularmente em lidar com a persistentemente alta taxa de desemprego da França , que havia subido para 12 por cento em 1993. Em 1991, ele nomeou o socialista Edith Cresson para ser primeira-ministra; ela se tornou a primeira mulher na história da França a ocupar esse cargo. O Partido Socialista sofreu uma derrota esmagadora nas eleições legislativas de 1993, e Mitterrand passou os últimos dois anos de seu segundo mandato trabalhando com um governo de centro-direita sob o primeiro-ministro Edouard Balladur 

Covid-19: Brasil tem 13,8 milhões de casos e 368,7 mil mortes https://agenciabrasil.ebc.com.br/




Covid-19: Brasil tem 13,8 milhões de casos e 368,7 mil mortes


Segundo Ministério da Saúde, 12.298.863 pessoas já se recuperaram


Publicado em 16/04/2021 - 20:22 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília


Nova atualização do Ministério da Saúde trouxe um total de 368.749 vidas perdidas para a pandemia do novo coronavírus. Já a soma de diagnósticos positivos de covid-19 subiu para 13.832.455.


Em 24 horas, foram registradas 3.305 novas mortes em decorrência do vírus. Já o número de casos confirmados pelas autoridades sanitárias foi 85.774. O resultado é maior que os novos diagnósticos confirmados no balanço de ontem (15), que ficaram em 73.174.


Há ainda 3.647 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.


O número de pessoas recuperadas está em 12.298.863. Já a quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.164.843.


De acordo com novo boletim epidemiológico da pasta, as mortes e os casos de covid-19 registrados entre os dias 4 e 10 de abril aumentaram, respectivamente, 8% e 6%.


Estados

O ranking de estados com mais mortes por covid-19 é liderado por São Paulo (87.326), Rio de Janeiro (40.716), Minas Gerais (29.538), Rio Grande do Sul (22.977) e Paraná (20.182). Já as unidades da federação com menos óbitos são Acre (1.395), Roraima (1.435), Amapá (1.456), Tocantins (2.348) e Sergipe (3.903).


 

Internações de pessoas entre 20 e 39 anos triplicam em Pernambuco


 Internações de pessoas entre 20 e 39 anos triplicam em Pernambuco


Números indicam rejuvenescimento da covid-19 no estado


https://agenciabrasil.ebc.com.br


Publicado em 17/04/2021 - 15:26 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

As internações de pessoas com covid-19 com idades entre 20 e 39 anos quase triplicaram entre o início do ano e abril. A informação foi divulgada esta semana pelo governo do estado em boletim sobre a situação da pandemia.Quando comparadas as duas primeiras semanas epidemiológicas de janeiro com as duas mais recentes de abril, o aumento das hospitalizações de jovens e adultos com até 29 anos teve uma variação de 197%.


As semanas epidemiológicas são formas de registro temporal utilizadas pelas autoridades de saúde para acompanhar as evoluções de pandemias. Os boletins epidemiológicos dos estados e do governo federal analisam o avanço e retração das curvas de casos e mortes a partir dessas semanas.


Já na faixa entre 40 e 59 anos, a alta foi de 205%, o que significa também um incremento expressivo, de três vezes os casos registrados no início do ano. Os aumentos indicam um rejuvenescimento da pandemia no estado, o que ocorre também em âmbito nacional. O fenômeno ocorre também entre os idosos, que passaram a viver uma situação inversa, de queda das internações. Na faixa de mais de 85 anos, as hospitalizações caíram 33% no mesmo período.


Esta foi a primeira faixa etária dos grupos prioritários da vacinação. Assim, segundo o governo de Pernambuco, a redução das internações está associada ao impacto positivo da campanha de imunização. Já na faixa etária de 60 a 69 anos, onde há muitas pessoas que ainda não foram vacinadas, o aumento de internações foi de 134% entre o início do ano e as duas últimas semanas epidemiológicas de abril.


Edição: Kleber Sampaio

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Organização Setembro Negro "Setembro Negro" dos Jogos Olímpicos de 1972 ( Postagem destinada há um questionamento sobre Olimpíadas do aluno Vinícius Cássio do 1º Ano Medio UI /Performance)








Organização Setembro Negro

 Se procura os confrontos de setembro de 1970, entre a OLP e o exército da Jordânia, veja Setembro Negro.

Memorial placa na Embaixada de Israel em Londres.
A Organização Setembro Negro (em árabe: منظمة أيلول الأسود‎, transl. Munaẓẓamat Aylūl al-Aswad) foi um grupo militante secular palestino, fundado em 1970. O nome do grupo vem de uma série de conflitos entre militantes da OLP e o exército da Jordânia, conhecida como Setembro Negro, que teve início em 16 de setembro de 1970, quando, em resposta a uma tentativa de golpe de estado por parte dos fedayin, o exército do rei Hussein da Jordânia começou a eliminar a presença da militantes palestinos no país, o que resultou na expulsão de milhares deles e provocou a morte de 10.000 pessoas.

A organização começou como uma pequena célula dos homens da Fatah determinados a se vingar do rei Hussein e do exército da Jordânia. Grupos ligados à Organização para a Libertação da Palestina, como As-Sa'iqa e outros juntaram-se ao movimento.

O Setembro Negro é muito conhecido pelo sequestro e assassinato de onze atletas israelenses, e pelo assassinato de um agente policial alemão, durante o ataque à Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos de Munique na Alemanha, em 1972, fato que ficou conhecido como o Massacre de Munique.

Outros actos atribuídos ao grupo Setembro Negro foram a tentativa de assassinato do embaixador jordano em Londres (dezembro de 1971), a sabotagem de uma instalação eléctrica na Alemanha Ocidental e de uma fábrica de gás holandesa (fevereiro de 1972), o sequestro de um avião comercial belga que voava de Viena para Tel Aviv (maio de 1972) e o atentado contra a embaixada saudita no Sudão (março de 1973), que custou a vida de três diplomatas - o embaixador e o embaixador-delegado dos Estados Unidos e o encarregado de negócios belga. Após este último atentado, a organização foi desmantelada, supostamente por pressão da OLP, segundo a qual os actos terroristas seriam prejudiciais à causa palestiniana. Mas, além disso, os assassinatos selectivos da Mossad, durante a operação conhecida como "Cólera de Deus", acabaram com a vida de muitos líderes da organização. Entre 1972 e 1979 mais de doze palestinos foram assassinados.

A partir de 1974, outros grupos como Abu Nidal e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) começaram a relacionar o nome de Setembro Negro com alguns dos seus próprios actos; porém, o mais provável é que estes grupos não tenham nada a ver com a organização original.1

Setembro Negro continua a fazer parte da lista de organizações consideradas como terroristas pela União Europeia.

Massacre de Munique

O prédio onde o Massacre de Munique aconteceu esta quase inalterado hoje.
Local Munique,  Alemanha Ocidental
Data 5 de setembro de 1972
Tipo de ataque Assassínio em massa
Mortes 17 total
6 treinadores israelenses
5 atletas israelenses
5 membros do Setembro Negro
1 policial da Alemanha Ocidental
Responsável(is) Organização Setembro Negro

O Massacre de Munique, também conhecido como Tragédia de Munique, teve lugar durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique, quando, a 5 de Setembro, 11 membros da equipe olímpica de Israel foram tomados de reféns pelo grupo terrorista palestino denominado Setembro Negro.

O governo da RFA, então liderado pelo primeiro-ministro Willy Brandt, recusou-se a permitir a intervenção de uma equipe de operações especiais do Tzahal, conforme proposta da premiê de Israel, Golda Meir.

Memorial placa na frente dos quartos dos atletas israelenses. A inscrição, em alemão e hebraico, lê-se: A equipe do Estado de Israel permaneceu neste edifício durante os Jogos Olímpicos de Verão de 21 agosto - 5 setembro 1972. Em 5 de setembro, teve uma morte violenta. Honra de sua memória.
Os onze desportistas israelitas acabaram sendo assassinados em vários momentos do sequestro. Foram eles:

David Berger
Ze'ev Friedman
Joseph Gottfreund
Eliezer Halfin
Joseph Romano
Andrei Schpitzer
Amitsur Shapira
Kahat Shor
Mark Slavin
Yaakov Springer
Moshe Weinberg

A operação policial

Como se viria a constatar depois, as forças policiais alemãs estavam muito mal preparadas e a situação fugiu do seu controle. Uma tentativa de libertação dos reféns levou à morte de todos os atletas, além de cinco terroristas e um agente da polícia alemã.

Os três terroristas que sobreviveram ao ataque foram encarcerados. O governo alemão federal ficou altamente embaraçado pelo fracasso e pela demonstração de incompetência da sua polícia. A operação foi mal planejada e foi executada por agentes sem qualquer preparação especial.

A idéia da operação era eliminar os terroristas num aeroporto próximo de Munique, o Fürstenfeldbruck. No entanto, os poucos políciais colocados nas torres do aeroporto não tinham capacidade de fogo suficiente para executar a tarefa, não dispunham de comunicações de rádio entre si para coordenar os disparos e foram surpreendidos por um número de terroristas superior ao esperado.

Após um tiroteio que durou 45 minutos, entre a polícia e os terroristas, os terroristas fuzilaram os atletas israelenses que estavam amarrados uns aos outros dentro de dois helicópteros. Os atletas morreram fuzilados e carbonizados. A divulgação dos pormenores do atentado, seguida atentamente pela mídia internacional, causou um forte abalo na imagem da Alemanha Federal no exterior. Os três prisioneiros não chegaram a ser julgados.

A 29 de Outubro de 1972 foi desviado um avião da Lufthansa por um outro grupo terrorista, sendo exigida a libertação dos três terroristas aprisionados. Curiosamente, entre os passageiros desse misterioso vôo da Lufthansa não havia nenhuma mulher nem criança. Os reféns eram todos homens adultos. Soldados alemães conseguiram libertar os reféns e matar os sequestradores.

Consequências


Pouco depois do massacre dos atletas, o governo alemão decidiu fundar uma unidade policial contra-terrorista, o GSG 9, para lidar melhor com situações semelhantes no futuro. Esta unidade se transformou num exemplo mundial no combate ao terrorismo.

Os três terroristas sobreviventes passaram a ser perseguidos pela Mossad e crê-se que dois deles foram assassinados. Esta operação chamou-se Cólera de Deus. Mohammed Oudeh, o terceiro terrorista e líder do sequestro, conseguiu sobreviver a um atentado contra sua vida em 1981, na cidade de Varsóvia, mas faleceu dia 3 de Julho de 2010, em Damasco (capital da Síria), de falência renal.

Filme


Foi lançado em 2005 o filme Munique, dirigido por Steven Spielberg, tendo sido indicado a 5 Oscars, incluindo melhor filme e melhor diretor. O filme conta a história da suposta operação de retaliação do governo israelense lançada logo após o massacre contra os responsáveis pelo atentado.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


PÂNICO E CADÁVERES: HÁ 80 ANOS, ACONTECIA O TÉTRICO BOMBARDEIO DE BELFAST


 Cidade de Belfast destruída depois de bombardeio - Divulgação


PÂNICO E CADÁVERES: HÁ 80 ANOS, ACONTECIA O TÉTRICO BOMBARDEIO DE BELFAST

Em 1941, a cidade irlandesa estava pouco preparada para lidar com as aeronaves alemães


INGREDI BRUNATO, SOB SUPERVISÃO DE THIAGO LINCOLINS PUBLICADO EM 15/04/2021, ÀS 00H00


“Eu estava subindo a estrada quando ouvi o som de aviões. Logo em seguida as sirenes de ataque aéreo dispararam e eu soube pelo som peculiar de ‘phut, phut, phut’ que aqueles eram os alemães vindo e era o fim”, relatou Jimmy Kelly à BBC em uma reportagem de 2001. 


O homem se referia a um evento vivido por ele décadas antes, na cidade de Belfast, localizada na Irlanda do Norte. Era então o ano de 1941, em meio à Segunda Guerra Mundial, e até então a localidade irlandesa havia permanecido distante do conflito. Na noite de 15 de abril, todavia, tudo mudou. 


Ainda de acordo com a BBC, o bombardeio de Belfast se tornou o pior ataque fora de Londres realizado pelos alemães. 


Noite catastrófica 

As sirenes citadas por Jimmy, que serviam para avisar quando os caças inimigos estavam se aproximando, começaram a soar às 22h45, segundo o site WartimeNI. Para as pessoas da época, esse foi, naturalmente, o momento que o ataque começou.  


Porém, a preparação para esse bombardeio já aterrorizava desde semana anterior, quando um avião alemão havia soltado uma bomba sobre o reservatório de água central da cidade.


Essa ação anterior tornou o ataque a Belfast muito mais mortal, uma vez que prejudicou o trabalho de extinção das chamas dos muitos focos de incêndio que tomaram a área. 


Outro detalhe, que colaborou para a perda de vidas durante esse capítulo da Segunda Guerra, foi o fato de a Irlanda do Norte não ter direcionado recursos suficientes para proteger os civis no caso de uma investida inimiga como essa, o que foi também documentado pela matéria de 2001 da BBC. 


Dessa forma, Belfast contava apenas quatro abrigos antiaéreos públicos, por exemplo, e alguns desses refúgios eram, ainda por cima, mal construídos. Em um deles, localizado na Hallidays Road, o impacto direto de uma bomba foi o suficiente para que não houvesse sobreviventes. 


Às 4h55 do dia 16 de abril, novas sirenes soaram, dessa vez para avisar que as aeronaves alemãs haviam partido, e já era seguro deixar os esconderijos. Era então de manhã, mas para os moradores de Belfast não houve noite, com a luz emitida pelas constantes explosões criando um dia artificial, e todos acordados em pavor, precisando encarar a possibilidade da morte iminente. 


Sequelas 


No total, o ataque fez cerca de 900 mortos, e deixou mais 1500 feridos. O site WartimeNI revela que a capacidade do necrotério da cidade foi superada em muito, com cadáveres precisando ser amontoados no mercado local, para serem posteriormente sepultados em valas coletivas. O hospital da região enfrentou lotação semelhante, sem ser capaz de dar atendimento a todos. 


Brigadas de incêndio vieram de Dublin e outras cidades irlandesas para ajudar a enfrentar o fogo. "Quando chegamos à cidade, os incêndios se espalhavam por toda parte. O oxigênio era tão curto que era difícil respirar”, contou para a BBC um homem que fez parte das equipes de bombeiros que vieram acudir Belfast. 


Os lares destruídos ainda fizeram com que cerca de cem mil irlandeses se tornassem refugiados da noite para o dia, de forma que vários dos moradores do local bombardeado acabaram indo para regiões vizinhas. 


Demorou vários anos para que Belfast pudesse se reconstruir, recuperando os danos causados pelo bombardeio. Ainda que a herança visível do conflito já tinha sido apagada, todavia, a Irlanda ainda guarda o doloroso capítulo na memória.


https://aventurasnahistoria.uol.com.br/

Projeto da LDO prevê crescimento de 2,5% para o próximo ano ( https://agenciabrasil.ebc.com.br/)



 Projeto da LDO prevê crescimento de 2,5% para o próximo ano


Inflação deve cair para 3,5% em 2022, depois de alcançar 4,4% em 2021


Publicado em 15/04/2021 - 16:48 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A economia brasileira deverá crescer 2,5% no próximo ano, depois de crescer 3,2% em 2021. A estimativa consta do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2022, enviado hoje (15) ao Congresso Nacional.


Pelas estimativas oficiais, a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cairá para 3,5% em 2022 e para 3,2% em 2023 e 2024. As projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado na correção do salário mínimo, serão 3,5% em 2022, 3,4% em 2023 e 3,5% em 2024.


O projeto também prevê uma média de 4,7% ao ano para a taxa Selic (juros básicos da economia), taxa de câmbio média a R$ 5,10 e preço médio do barril do petróleo (usado para estimar receitas da União com royalties) em US$ 60,9.


Com data determinada pela Constituição, o envio do PLDO de 2022 ocorre em um momento em que o Orçamento Geral da União de 2021 não foi sequer sancionado. Nas últimas semanas, o governo e o Congresso têm negociado vetos parciais ao Orçamento aprovado no fim de março para remanejar dinheiro de emendas parlamentares para gastos obrigatórios, como Previdência Social e seguro-desemprego.


Como o Orçamento de 2021 ainda não entrou em vigor, o Ministério da Economia não alterou as projeções para este ano. A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) continuou em 3,2%.


As estimativas para a inflação foram mantidas em 4,4% para o IPCA e em 4,3% para o INPC. A taxa de câmbio média em 2021 permaneceu em R$ 5,30.


O Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias traz parâmetros que orientam a elaboração do Orçamento do ano seguinte. Em tese, o projeto precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional até o fim do semestre legislativo, na metade de julho. Caso contrário, a pauta do Congresso fica trancada.


Edição: Nádia Franco

quarta-feira, 14 de abril de 2021

MUNDO ISOLADO: A QUARENTENA DURANTE A PESTE NEGRA


 Vestimenta utilizada por médicos durante o surto de Peste Negra / Crédito: Wikimedia Commons



MUNDO ISOLADO: A QUARENTENA DURANTE A PESTE NEGRA

Durante a Idade Média, a pandemia da doença dizimou uma grande parte da população da Europa com uma força assustadora


PENÉLOPE COELHO E PAMELA MALVA 

Há pouco mais de um ano, o primeiro caso de Coronavírus foi registrado no Brasil. Depois disso, semanas se passaram até que o lockdown fosse instaurado no país, a fim de conter uma doença que já estava se espalhando por todo o mundo.


Atualmente, em 2021, o número de mortos pela doença em território nacional já passa dos 259 mil. Ao mesmo tempo, novas variantes da Covid-19 são descobertas em diversos países — inclusive no Brasil, onde uma cepa foi registrada no Amazonas.


Com isso em mente, muitas pessoas passam a questionar o verdadeiro poder da quarentena na contenção de uma pandemia. Registros da Peste Negra, uma epidemia que dizimou grande parte da população europeia no século 14, no entanto, nos mostram que o lockdown pode ser essencial para a redução dos impactos de uma doença.


Herança do passado


Ainda que as gerações modernas não estejam acostumadas com o conceito de uma quarentena geral, não é a primeira vez que o mundo recorre à medida. Em casos de doenças como a SARS e a Gripe Espanhola, por exemplo, o lockdown foi um dos recursos mais usados para tentar evitar a disseminação da enfermidade.


Em meados do século 14, no entanto, foi a Peste Negra que gerou uma onda de pânico em diversos países da Europa e da Ásia. Originário de uma bactéria disseminada através de pulgas e era carregado por ratos em embarcações.


No total, estima-se que a pandemia da Peste Negra resultou na morte de cerca de 50 milhões de pessoas. Acometidos pela doença, os enfermos faleceram rapidamente, em um processo agressivo que durava, no máximo, cinco dias.

 


Sistema de quarentena


Durante a Idade Média, no entanto, o método do isolamento social era bastante precário e levou muito tempo para acontecer da forma recomendada. Por isso, a luta para tentar reduzir a força, potência e letalidade da doença durou anos.


Na Europa, as medidas de quarentena foram pioneiras. Frente ao número assustador de mortes diárias, cada cidade estipulou uma organização baseada nas informações e condições presentes na época. Assim, o continente tornou-se uma referência.


Em entrevista ao History Extra, a historiadora Helen Carr explica que a cidade italiana de Veneza, por exemplo, foi a primeira a definir medidas de isolamento em uma tentativa de controlar o caos. Inicialmente, os venezianos determinaram o fechamento de seus portos para os navios que chegavam. 


Modelo de quarentena


Segundo a historiadora, sempre que uma nova tripulação chegava na cidade, era obrigatório o cumprimento de um período de 30 dias em isolamento, o que logo se tornou 40 dias. Foi assim que nasceu a quarentena, como conhecemos hoje.


Mais tarde, no entanto, “os venezianos chegaram ao ponto de estabelecer uma ilha de quarentena”. Naquela época, a região de Lazzaretto Vecchio recebeu um hospital de emergência, erguido especificamente para cuidar das vítimas.


De acordo com a historiadora, tais medidas ajudaram a diminuir alguns impactos da doença e, sem elas, eventualmente, mais mortes ocorreriam. Apesar delas, cerca de 100 mil pessoas faleceram em decorrência da enfermidade na cidade italiana.


Muito por isso, cemitérios foram construídos de última hora para enterrar as centenas de vítimas da peste. Séculos mais tarde, em 2007, uma escavação realizada na cidade revelou mais de 1.500 esqueletos de pessoas que supostamente faleceram com a peste.


Além das fronteiras


Ainda em entrevista ao portal da BBC, Helen Carr lembra que Londres, a capital da Inglaterra, também aderiu a algumas medidas de contenção. Acontece que, em 1377, a população local foi brutalmente dizimada pela doença, porque as medidas tomadas até então não foram o suficiente para controlar a Peste.


Com tantas mortes, as autoridades locais buscaram uma nova forma de se comportar e, quando a doença voltou a assolar Londres, o prefeito criou diversas exigências. Em 1563, por exemplo, passou a ser obrigatório que cruzes na cor azul fossem ser colocadas nas portas das casas de pessoas portadoras da doença.


Ainda mais, caso conhecessem alguma vítima da Peste, as pessoas eram obrigadas a permanecer em casa por um mês. Só quem não tinha nenhum tipo de contato com pacientes infectados tinham a permissão para sair de casa.


Em casos de pessoas não afetadas pela Peste Negra, os indivíduos eram aconselhados a carregar algo branco consigo. E todos na cidade seguiam a regra: quem se esquecesse das obrigações era multado no ato e até mesmo preso pelos oficiais locais.


Por fim, segundo a historiadora, algumas medidas no esquema de migração também foram tomadas, visto que viajantes de regiões contaminadas eram proibidos de entrar na cidade. Embora as medidas de contenção não tenham sido suficientes para evitar mortes, os impactos foram, de fato, menores.


Cicatrizes eternas


Levou mais de 200 anos, entretanto, até que a Europa conseguisse se restabelecer após as inúmeras perdas causadas pela temida Peste Negra. Por sorte, a letal versão da doença que assolou o mundo no passado já não existe mais.


Ainda assim, estudos divulgados pela Organização Mundial da Saúde, a OMS, indicam algumas informações inquietantes. De acordo com os dados, entre os anos de 2010 e 2015, cerca de 3.248 casos da peste foram registrados no mundo, com 584 mortes.


Todavia, devido ao avanço da medicina, a doença tornou-se mais fácil de controlar e de tratar. De qualquer forma, o risco por contágio ainda existe, apesar de ser pequeno. A maioria dos casos aconteceram na República Democrática do Congo e no Peru.


Fonte:https://aventurasnahistoria.uol.com.br/