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sábado, 17 de abril de 2021

Covid-19: Brasil tem 13,8 milhões de casos e 368,7 mil mortes https://agenciabrasil.ebc.com.br/




Covid-19: Brasil tem 13,8 milhões de casos e 368,7 mil mortes


Segundo Ministério da Saúde, 12.298.863 pessoas já se recuperaram


Publicado em 16/04/2021 - 20:22 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília


Nova atualização do Ministério da Saúde trouxe um total de 368.749 vidas perdidas para a pandemia do novo coronavírus. Já a soma de diagnósticos positivos de covid-19 subiu para 13.832.455.


Em 24 horas, foram registradas 3.305 novas mortes em decorrência do vírus. Já o número de casos confirmados pelas autoridades sanitárias foi 85.774. O resultado é maior que os novos diagnósticos confirmados no balanço de ontem (15), que ficaram em 73.174.


Há ainda 3.647 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.


O número de pessoas recuperadas está em 12.298.863. Já a quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.164.843.


De acordo com novo boletim epidemiológico da pasta, as mortes e os casos de covid-19 registrados entre os dias 4 e 10 de abril aumentaram, respectivamente, 8% e 6%.


Estados

O ranking de estados com mais mortes por covid-19 é liderado por São Paulo (87.326), Rio de Janeiro (40.716), Minas Gerais (29.538), Rio Grande do Sul (22.977) e Paraná (20.182). Já as unidades da federação com menos óbitos são Acre (1.395), Roraima (1.435), Amapá (1.456), Tocantins (2.348) e Sergipe (3.903).


 

Internações de pessoas entre 20 e 39 anos triplicam em Pernambuco


 Internações de pessoas entre 20 e 39 anos triplicam em Pernambuco


Números indicam rejuvenescimento da covid-19 no estado


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Publicado em 17/04/2021 - 15:26 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

As internações de pessoas com covid-19 com idades entre 20 e 39 anos quase triplicaram entre o início do ano e abril. A informação foi divulgada esta semana pelo governo do estado em boletim sobre a situação da pandemia.Quando comparadas as duas primeiras semanas epidemiológicas de janeiro com as duas mais recentes de abril, o aumento das hospitalizações de jovens e adultos com até 29 anos teve uma variação de 197%.


As semanas epidemiológicas são formas de registro temporal utilizadas pelas autoridades de saúde para acompanhar as evoluções de pandemias. Os boletins epidemiológicos dos estados e do governo federal analisam o avanço e retração das curvas de casos e mortes a partir dessas semanas.


Já na faixa entre 40 e 59 anos, a alta foi de 205%, o que significa também um incremento expressivo, de três vezes os casos registrados no início do ano. Os aumentos indicam um rejuvenescimento da pandemia no estado, o que ocorre também em âmbito nacional. O fenômeno ocorre também entre os idosos, que passaram a viver uma situação inversa, de queda das internações. Na faixa de mais de 85 anos, as hospitalizações caíram 33% no mesmo período.


Esta foi a primeira faixa etária dos grupos prioritários da vacinação. Assim, segundo o governo de Pernambuco, a redução das internações está associada ao impacto positivo da campanha de imunização. Já na faixa etária de 60 a 69 anos, onde há muitas pessoas que ainda não foram vacinadas, o aumento de internações foi de 134% entre o início do ano e as duas últimas semanas epidemiológicas de abril.


Edição: Kleber Sampaio

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Organização Setembro Negro "Setembro Negro" dos Jogos Olímpicos de 1972 ( Postagem destinada há um questionamento sobre Olimpíadas do aluno Vinícius Cássio do 1º Ano Medio UI /Performance)








Organização Setembro Negro

 Se procura os confrontos de setembro de 1970, entre a OLP e o exército da Jordânia, veja Setembro Negro.

Memorial placa na Embaixada de Israel em Londres.
A Organização Setembro Negro (em árabe: منظمة أيلول الأسود‎, transl. Munaẓẓamat Aylūl al-Aswad) foi um grupo militante secular palestino, fundado em 1970. O nome do grupo vem de uma série de conflitos entre militantes da OLP e o exército da Jordânia, conhecida como Setembro Negro, que teve início em 16 de setembro de 1970, quando, em resposta a uma tentativa de golpe de estado por parte dos fedayin, o exército do rei Hussein da Jordânia começou a eliminar a presença da militantes palestinos no país, o que resultou na expulsão de milhares deles e provocou a morte de 10.000 pessoas.

A organização começou como uma pequena célula dos homens da Fatah determinados a se vingar do rei Hussein e do exército da Jordânia. Grupos ligados à Organização para a Libertação da Palestina, como As-Sa'iqa e outros juntaram-se ao movimento.

O Setembro Negro é muito conhecido pelo sequestro e assassinato de onze atletas israelenses, e pelo assassinato de um agente policial alemão, durante o ataque à Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos de Munique na Alemanha, em 1972, fato que ficou conhecido como o Massacre de Munique.

Outros actos atribuídos ao grupo Setembro Negro foram a tentativa de assassinato do embaixador jordano em Londres (dezembro de 1971), a sabotagem de uma instalação eléctrica na Alemanha Ocidental e de uma fábrica de gás holandesa (fevereiro de 1972), o sequestro de um avião comercial belga que voava de Viena para Tel Aviv (maio de 1972) e o atentado contra a embaixada saudita no Sudão (março de 1973), que custou a vida de três diplomatas - o embaixador e o embaixador-delegado dos Estados Unidos e o encarregado de negócios belga. Após este último atentado, a organização foi desmantelada, supostamente por pressão da OLP, segundo a qual os actos terroristas seriam prejudiciais à causa palestiniana. Mas, além disso, os assassinatos selectivos da Mossad, durante a operação conhecida como "Cólera de Deus", acabaram com a vida de muitos líderes da organização. Entre 1972 e 1979 mais de doze palestinos foram assassinados.

A partir de 1974, outros grupos como Abu Nidal e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) começaram a relacionar o nome de Setembro Negro com alguns dos seus próprios actos; porém, o mais provável é que estes grupos não tenham nada a ver com a organização original.1

Setembro Negro continua a fazer parte da lista de organizações consideradas como terroristas pela União Europeia.

Massacre de Munique

O prédio onde o Massacre de Munique aconteceu esta quase inalterado hoje.
Local Munique,  Alemanha Ocidental
Data 5 de setembro de 1972
Tipo de ataque Assassínio em massa
Mortes 17 total
6 treinadores israelenses
5 atletas israelenses
5 membros do Setembro Negro
1 policial da Alemanha Ocidental
Responsável(is) Organização Setembro Negro

O Massacre de Munique, também conhecido como Tragédia de Munique, teve lugar durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique, quando, a 5 de Setembro, 11 membros da equipe olímpica de Israel foram tomados de reféns pelo grupo terrorista palestino denominado Setembro Negro.

O governo da RFA, então liderado pelo primeiro-ministro Willy Brandt, recusou-se a permitir a intervenção de uma equipe de operações especiais do Tzahal, conforme proposta da premiê de Israel, Golda Meir.

Memorial placa na frente dos quartos dos atletas israelenses. A inscrição, em alemão e hebraico, lê-se: A equipe do Estado de Israel permaneceu neste edifício durante os Jogos Olímpicos de Verão de 21 agosto - 5 setembro 1972. Em 5 de setembro, teve uma morte violenta. Honra de sua memória.
Os onze desportistas israelitas acabaram sendo assassinados em vários momentos do sequestro. Foram eles:

David Berger
Ze'ev Friedman
Joseph Gottfreund
Eliezer Halfin
Joseph Romano
Andrei Schpitzer
Amitsur Shapira
Kahat Shor
Mark Slavin
Yaakov Springer
Moshe Weinberg

A operação policial

Como se viria a constatar depois, as forças policiais alemãs estavam muito mal preparadas e a situação fugiu do seu controle. Uma tentativa de libertação dos reféns levou à morte de todos os atletas, além de cinco terroristas e um agente da polícia alemã.

Os três terroristas que sobreviveram ao ataque foram encarcerados. O governo alemão federal ficou altamente embaraçado pelo fracasso e pela demonstração de incompetência da sua polícia. A operação foi mal planejada e foi executada por agentes sem qualquer preparação especial.

A idéia da operação era eliminar os terroristas num aeroporto próximo de Munique, o Fürstenfeldbruck. No entanto, os poucos políciais colocados nas torres do aeroporto não tinham capacidade de fogo suficiente para executar a tarefa, não dispunham de comunicações de rádio entre si para coordenar os disparos e foram surpreendidos por um número de terroristas superior ao esperado.

Após um tiroteio que durou 45 minutos, entre a polícia e os terroristas, os terroristas fuzilaram os atletas israelenses que estavam amarrados uns aos outros dentro de dois helicópteros. Os atletas morreram fuzilados e carbonizados. A divulgação dos pormenores do atentado, seguida atentamente pela mídia internacional, causou um forte abalo na imagem da Alemanha Federal no exterior. Os três prisioneiros não chegaram a ser julgados.

A 29 de Outubro de 1972 foi desviado um avião da Lufthansa por um outro grupo terrorista, sendo exigida a libertação dos três terroristas aprisionados. Curiosamente, entre os passageiros desse misterioso vôo da Lufthansa não havia nenhuma mulher nem criança. Os reféns eram todos homens adultos. Soldados alemães conseguiram libertar os reféns e matar os sequestradores.

Consequências


Pouco depois do massacre dos atletas, o governo alemão decidiu fundar uma unidade policial contra-terrorista, o GSG 9, para lidar melhor com situações semelhantes no futuro. Esta unidade se transformou num exemplo mundial no combate ao terrorismo.

Os três terroristas sobreviventes passaram a ser perseguidos pela Mossad e crê-se que dois deles foram assassinados. Esta operação chamou-se Cólera de Deus. Mohammed Oudeh, o terceiro terrorista e líder do sequestro, conseguiu sobreviver a um atentado contra sua vida em 1981, na cidade de Varsóvia, mas faleceu dia 3 de Julho de 2010, em Damasco (capital da Síria), de falência renal.

Filme


Foi lançado em 2005 o filme Munique, dirigido por Steven Spielberg, tendo sido indicado a 5 Oscars, incluindo melhor filme e melhor diretor. O filme conta a história da suposta operação de retaliação do governo israelense lançada logo após o massacre contra os responsáveis pelo atentado.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


PÂNICO E CADÁVERES: HÁ 80 ANOS, ACONTECIA O TÉTRICO BOMBARDEIO DE BELFAST


 Cidade de Belfast destruída depois de bombardeio - Divulgação


PÂNICO E CADÁVERES: HÁ 80 ANOS, ACONTECIA O TÉTRICO BOMBARDEIO DE BELFAST

Em 1941, a cidade irlandesa estava pouco preparada para lidar com as aeronaves alemães


INGREDI BRUNATO, SOB SUPERVISÃO DE THIAGO LINCOLINS PUBLICADO EM 15/04/2021, ÀS 00H00


“Eu estava subindo a estrada quando ouvi o som de aviões. Logo em seguida as sirenes de ataque aéreo dispararam e eu soube pelo som peculiar de ‘phut, phut, phut’ que aqueles eram os alemães vindo e era o fim”, relatou Jimmy Kelly à BBC em uma reportagem de 2001. 


O homem se referia a um evento vivido por ele décadas antes, na cidade de Belfast, localizada na Irlanda do Norte. Era então o ano de 1941, em meio à Segunda Guerra Mundial, e até então a localidade irlandesa havia permanecido distante do conflito. Na noite de 15 de abril, todavia, tudo mudou. 


Ainda de acordo com a BBC, o bombardeio de Belfast se tornou o pior ataque fora de Londres realizado pelos alemães. 


Noite catastrófica 

As sirenes citadas por Jimmy, que serviam para avisar quando os caças inimigos estavam se aproximando, começaram a soar às 22h45, segundo o site WartimeNI. Para as pessoas da época, esse foi, naturalmente, o momento que o ataque começou.  


Porém, a preparação para esse bombardeio já aterrorizava desde semana anterior, quando um avião alemão havia soltado uma bomba sobre o reservatório de água central da cidade.


Essa ação anterior tornou o ataque a Belfast muito mais mortal, uma vez que prejudicou o trabalho de extinção das chamas dos muitos focos de incêndio que tomaram a área. 


Outro detalhe, que colaborou para a perda de vidas durante esse capítulo da Segunda Guerra, foi o fato de a Irlanda do Norte não ter direcionado recursos suficientes para proteger os civis no caso de uma investida inimiga como essa, o que foi também documentado pela matéria de 2001 da BBC. 


Dessa forma, Belfast contava apenas quatro abrigos antiaéreos públicos, por exemplo, e alguns desses refúgios eram, ainda por cima, mal construídos. Em um deles, localizado na Hallidays Road, o impacto direto de uma bomba foi o suficiente para que não houvesse sobreviventes. 


Às 4h55 do dia 16 de abril, novas sirenes soaram, dessa vez para avisar que as aeronaves alemãs haviam partido, e já era seguro deixar os esconderijos. Era então de manhã, mas para os moradores de Belfast não houve noite, com a luz emitida pelas constantes explosões criando um dia artificial, e todos acordados em pavor, precisando encarar a possibilidade da morte iminente. 


Sequelas 


No total, o ataque fez cerca de 900 mortos, e deixou mais 1500 feridos. O site WartimeNI revela que a capacidade do necrotério da cidade foi superada em muito, com cadáveres precisando ser amontoados no mercado local, para serem posteriormente sepultados em valas coletivas. O hospital da região enfrentou lotação semelhante, sem ser capaz de dar atendimento a todos. 


Brigadas de incêndio vieram de Dublin e outras cidades irlandesas para ajudar a enfrentar o fogo. "Quando chegamos à cidade, os incêndios se espalhavam por toda parte. O oxigênio era tão curto que era difícil respirar”, contou para a BBC um homem que fez parte das equipes de bombeiros que vieram acudir Belfast. 


Os lares destruídos ainda fizeram com que cerca de cem mil irlandeses se tornassem refugiados da noite para o dia, de forma que vários dos moradores do local bombardeado acabaram indo para regiões vizinhas. 


Demorou vários anos para que Belfast pudesse se reconstruir, recuperando os danos causados pelo bombardeio. Ainda que a herança visível do conflito já tinha sido apagada, todavia, a Irlanda ainda guarda o doloroso capítulo na memória.


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Projeto da LDO prevê crescimento de 2,5% para o próximo ano ( https://agenciabrasil.ebc.com.br/)



 Projeto da LDO prevê crescimento de 2,5% para o próximo ano


Inflação deve cair para 3,5% em 2022, depois de alcançar 4,4% em 2021


Publicado em 15/04/2021 - 16:48 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A economia brasileira deverá crescer 2,5% no próximo ano, depois de crescer 3,2% em 2021. A estimativa consta do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2022, enviado hoje (15) ao Congresso Nacional.


Pelas estimativas oficiais, a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cairá para 3,5% em 2022 e para 3,2% em 2023 e 2024. As projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado na correção do salário mínimo, serão 3,5% em 2022, 3,4% em 2023 e 3,5% em 2024.


O projeto também prevê uma média de 4,7% ao ano para a taxa Selic (juros básicos da economia), taxa de câmbio média a R$ 5,10 e preço médio do barril do petróleo (usado para estimar receitas da União com royalties) em US$ 60,9.


Com data determinada pela Constituição, o envio do PLDO de 2022 ocorre em um momento em que o Orçamento Geral da União de 2021 não foi sequer sancionado. Nas últimas semanas, o governo e o Congresso têm negociado vetos parciais ao Orçamento aprovado no fim de março para remanejar dinheiro de emendas parlamentares para gastos obrigatórios, como Previdência Social e seguro-desemprego.


Como o Orçamento de 2021 ainda não entrou em vigor, o Ministério da Economia não alterou as projeções para este ano. A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) continuou em 3,2%.


As estimativas para a inflação foram mantidas em 4,4% para o IPCA e em 4,3% para o INPC. A taxa de câmbio média em 2021 permaneceu em R$ 5,30.


O Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias traz parâmetros que orientam a elaboração do Orçamento do ano seguinte. Em tese, o projeto precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional até o fim do semestre legislativo, na metade de julho. Caso contrário, a pauta do Congresso fica trancada.


Edição: Nádia Franco

quarta-feira, 14 de abril de 2021

MUNDO ISOLADO: A QUARENTENA DURANTE A PESTE NEGRA


 Vestimenta utilizada por médicos durante o surto de Peste Negra / Crédito: Wikimedia Commons



MUNDO ISOLADO: A QUARENTENA DURANTE A PESTE NEGRA

Durante a Idade Média, a pandemia da doença dizimou uma grande parte da população da Europa com uma força assustadora


PENÉLOPE COELHO E PAMELA MALVA 

Há pouco mais de um ano, o primeiro caso de Coronavírus foi registrado no Brasil. Depois disso, semanas se passaram até que o lockdown fosse instaurado no país, a fim de conter uma doença que já estava se espalhando por todo o mundo.


Atualmente, em 2021, o número de mortos pela doença em território nacional já passa dos 259 mil. Ao mesmo tempo, novas variantes da Covid-19 são descobertas em diversos países — inclusive no Brasil, onde uma cepa foi registrada no Amazonas.


Com isso em mente, muitas pessoas passam a questionar o verdadeiro poder da quarentena na contenção de uma pandemia. Registros da Peste Negra, uma epidemia que dizimou grande parte da população europeia no século 14, no entanto, nos mostram que o lockdown pode ser essencial para a redução dos impactos de uma doença.


Herança do passado


Ainda que as gerações modernas não estejam acostumadas com o conceito de uma quarentena geral, não é a primeira vez que o mundo recorre à medida. Em casos de doenças como a SARS e a Gripe Espanhola, por exemplo, o lockdown foi um dos recursos mais usados para tentar evitar a disseminação da enfermidade.


Em meados do século 14, no entanto, foi a Peste Negra que gerou uma onda de pânico em diversos países da Europa e da Ásia. Originário de uma bactéria disseminada através de pulgas e era carregado por ratos em embarcações.


No total, estima-se que a pandemia da Peste Negra resultou na morte de cerca de 50 milhões de pessoas. Acometidos pela doença, os enfermos faleceram rapidamente, em um processo agressivo que durava, no máximo, cinco dias.

 


Sistema de quarentena


Durante a Idade Média, no entanto, o método do isolamento social era bastante precário e levou muito tempo para acontecer da forma recomendada. Por isso, a luta para tentar reduzir a força, potência e letalidade da doença durou anos.


Na Europa, as medidas de quarentena foram pioneiras. Frente ao número assustador de mortes diárias, cada cidade estipulou uma organização baseada nas informações e condições presentes na época. Assim, o continente tornou-se uma referência.


Em entrevista ao History Extra, a historiadora Helen Carr explica que a cidade italiana de Veneza, por exemplo, foi a primeira a definir medidas de isolamento em uma tentativa de controlar o caos. Inicialmente, os venezianos determinaram o fechamento de seus portos para os navios que chegavam. 


Modelo de quarentena


Segundo a historiadora, sempre que uma nova tripulação chegava na cidade, era obrigatório o cumprimento de um período de 30 dias em isolamento, o que logo se tornou 40 dias. Foi assim que nasceu a quarentena, como conhecemos hoje.


Mais tarde, no entanto, “os venezianos chegaram ao ponto de estabelecer uma ilha de quarentena”. Naquela época, a região de Lazzaretto Vecchio recebeu um hospital de emergência, erguido especificamente para cuidar das vítimas.


De acordo com a historiadora, tais medidas ajudaram a diminuir alguns impactos da doença e, sem elas, eventualmente, mais mortes ocorreriam. Apesar delas, cerca de 100 mil pessoas faleceram em decorrência da enfermidade na cidade italiana.


Muito por isso, cemitérios foram construídos de última hora para enterrar as centenas de vítimas da peste. Séculos mais tarde, em 2007, uma escavação realizada na cidade revelou mais de 1.500 esqueletos de pessoas que supostamente faleceram com a peste.


Além das fronteiras


Ainda em entrevista ao portal da BBC, Helen Carr lembra que Londres, a capital da Inglaterra, também aderiu a algumas medidas de contenção. Acontece que, em 1377, a população local foi brutalmente dizimada pela doença, porque as medidas tomadas até então não foram o suficiente para controlar a Peste.


Com tantas mortes, as autoridades locais buscaram uma nova forma de se comportar e, quando a doença voltou a assolar Londres, o prefeito criou diversas exigências. Em 1563, por exemplo, passou a ser obrigatório que cruzes na cor azul fossem ser colocadas nas portas das casas de pessoas portadoras da doença.


Ainda mais, caso conhecessem alguma vítima da Peste, as pessoas eram obrigadas a permanecer em casa por um mês. Só quem não tinha nenhum tipo de contato com pacientes infectados tinham a permissão para sair de casa.


Em casos de pessoas não afetadas pela Peste Negra, os indivíduos eram aconselhados a carregar algo branco consigo. E todos na cidade seguiam a regra: quem se esquecesse das obrigações era multado no ato e até mesmo preso pelos oficiais locais.


Por fim, segundo a historiadora, algumas medidas no esquema de migração também foram tomadas, visto que viajantes de regiões contaminadas eram proibidos de entrar na cidade. Embora as medidas de contenção não tenham sido suficientes para evitar mortes, os impactos foram, de fato, menores.


Cicatrizes eternas


Levou mais de 200 anos, entretanto, até que a Europa conseguisse se restabelecer após as inúmeras perdas causadas pela temida Peste Negra. Por sorte, a letal versão da doença que assolou o mundo no passado já não existe mais.


Ainda assim, estudos divulgados pela Organização Mundial da Saúde, a OMS, indicam algumas informações inquietantes. De acordo com os dados, entre os anos de 2010 e 2015, cerca de 3.248 casos da peste foram registrados no mundo, com 584 mortes.


Todavia, devido ao avanço da medicina, a doença tornou-se mais fácil de controlar e de tratar. De qualquer forma, o risco por contágio ainda existe, apesar de ser pequeno. A maioria dos casos aconteceram na República Democrática do Congo e no Peru.


Fonte:https://aventurasnahistoria.uol.com.br/


Thomas Skidmore, historiador que morreu mês de junho de 2016, explicou muito bem o Brasil para os brasileiros ( Por Euler de França Belém )



Thomas Skidmore, historiador que morreu  mês de junho de 2016, explicou muito bem o Brasil para os brasileiros

Por Euler de França Belém  

O brasilianista, em dois livros de excelente qualidade, interpretou a história do país de 1930 a 1985 a partir de uma pesquisa exaustiva e não ideologizada. Ele tinha Alzheimer e morreu aos 83 anos


Thomas Skidmore 10

Histórias gerais de qualidade são raras. No geral, por abarcar períodos longos e até muito longos, tendem à simplificação. Aspectos cruciais às vezes são contados rapidamente e, até, negligenciados. Escritas para não especialistas, se não úteis para estudantes fazerem provas e passarem de ano, raramente ajudam a compreender, de maneira ampla, certas passagens históricas, com suas clivagens, contradições. Poucos historiadores se aventuraram a escrever sobre a história do século 20 de modo amplo. O norte-americano Thomas Skidmore — falecido no sábado, 11, aos 83 anos (com Alzheimer e síndrome do pânico, vivia num asilo) — escreveu duas sínteses apreciáveis.


Em 1982, há 34 anos, o brasilianista Thomas Skidmore publicou “Brasil — De Getúlio a Castelo: 1930-1964” (na verdade, Castello), pela Editora Paz e Terra, com tradução de Ismênia Tunes Dantas e apresentação de Francisco de Assis Barbosa (que teria sido o criador da palavra brasilianista). Com uma pesquisa exaustiva, escreveu uma história decente do período, examinando com percuciência tanto a política quanto a economia. Os governos de Getúlio Vargas, Eurico Dutra, Juscelino Kubitschek e João Goulart e, seguida, a chegada da ditadura civil-militar, com Castello Branco, são analisados com rigor e sem politização e ideologização (frequentes em período de conturbação política).



Por seu caráter inovador, quase único, com a apresentação de uma espécie de nova história, Thomas Skidmore não agradou inteiramente a academia. No momento em que publicava seu livro, o país estava conflagrado, começando a sair da ditadura instaurada em 1964. Portanto, uma obra que escarafunchava a história de 1930 a 1964 (a ditadura não é examinada de maneira ampla, o que ficou para outro livro), mas sem as condenações adjetivadas de fatos e indivíduos, só poderia ser uma espécie de porta-voz de interesses nebulosos. Diziam, e não só nos bastidores, que o pesquisador era agente da CIA e, por isso, teria obtido acesso a documentos inacessíveis aos estudiosos brasileiros. De fato, era amigo de Lincoln Gordon, embaixador americano que apoiou o golpe de 1964, mas, até onde sabe, não era um agente do governo americano (teve acesso a militares, é fato, porque não era partícipe do processo político patropi). Quando oportuno, chegou a fazer críticas à ditadura, mas não era radical. Na verdade, era um scholar especializado por Harvard, um pesquisador criterioso que queria mais entender o país, explicando-o para os próprios brasileiros e para outros povos, do que criticá-lo de maneira politizada e ideologizada. Pessoalmente, do ponto de vista político, era um moderado.


Procede que “Brasil — De Getúlio a Castelo” está datado, parcialmente, pois a pesquisa histórica, com a descoberta de novos documentos e a apresentação de novas pesquisas e interpretações, avançou e continua avançando. No geral, permanece como uma pesquisa interessantíssima e vívida do período. A biografia em três volumes de Getúlio Vargas, do jornalista Lira Neto — que pesquisa como verdadeiro historiador, com meticulosidade rara —, revisa em parte o trabalho de Thomas Skidmore, embora não seja a sua intenção.


Thomas Skidmore 

A biografia escrita por Lira Neto, também autor de uma ótima biografia de Castello Branco, não cuida tão-somente de Getúlio Vargas, embora o presidente seja o centro de sua atenção. É um exame preciso da história do país, do início do século ao suicídio de Getúlio Vargas em 1954. Suicídio que abortou o golpe que civis da UDN e militares já haviam “colocado” nas ruas e na imprensa.


(Na esteira de Thomas Skidmore, o brasilianista Stanley Hilton escreveu um livro notável: “Oswaldo Aranha — Uma Biografia”. Aquilo que parece consenso, como o apoio total de Getúlio Vargas à movimentação pró-Revolução de 1930, ganha novos contornos. O pesquisador americano mostra que inicialmente Getúlio Vargas tentou conciliar com o presidente Washington Luís e só aderiu aos revolucionários um pouco mais tarde. Oswaldo Aranha pressionou-o pelo rompimento com o político de São Paulo e para que se unisse aos mineiros. Histórias específicas, como a de Stanley Hilton, costumam acrescentar informações para a história geral.)


Thomas Skidmore

Em 1988, há 28 anos, Thomas Skidmore voltou às livrarias com outro portento — uma história geral de um período menos longo. “Brasil — De Castelo a Tancredo: 1964-1985”, publicado pela Editora Paz e Terra, com tradução de Mário Salviano Silva. Seu livro deve ser lido (mas não comparado, pois não tinha como obter as informações apresentadas pelos historiadores posteriores), com algumas perdas, com o acompanhamento das obras de Carlos Fico, Daniel Aarão Reis, Ronaldo Costa Couto (autor de excelente livro sobre a Abertura) e Elio Gaspari. E outros, é claro.


Thomas Skidmore vasculhou arquivos, conversou com historiadores e políticos, examinou livros e jornais e revistas. O resultado é uma excelente síntese sobre os governos civis-militares. Como os fatos do pós-1964, acontecidos “ontem”, ainda estão quentes e os arquivos ainda estão sendo vasculhados, a obra está ligeiramente datada. Mas a movimentação do jogo político, a análise das ações que levaram à distensão e à abertura e a apresentação do sucesso econômico e das crises econômicas, muitos bem examinados, permanecem vívidos. O brasilianista tinha um “olho bom” para o papel dos indivíduos na história, sem perder a dimensão do quadro geral. O operário-político Lula da Silva, por exemplo, é citado em onze páginas. Petrônio Portella é mencionado como articulador de primeira linha, ainda que falte um livro que registre com mais atenção seu papel no processo de distensão e Abertura. O historiador Luís Mir está preparando sua esperada e necessária biografia.


Fonte: https://www.jornalopcao.com.br/


Konstantinos - Running Man [ instrumental electronic music ]

Giovanni Boccaccio ( Matéria em homenagem a todos os alunos do 7º ANO B UI/Performance

Giovanni Boccaccio

Poeta italiano

Por Dilva Frazão

https://www.ebiografia.com/boccaccio/

Biografia de Boccaccio

Giovanni Boccaccio (1313-1375) foi um poeta italiano. Sua obra-prima foi "Decameron" – reunião de várias histórias amorosas narradas por sete damas e três cavaleiros. Precursor do Humanismo renascentista era um cronista do mundo palpável, da sensualidade dos sentidos, dos prazeres e dores carnais.


Giovanni Boccaccio nasceu em Paris, França, no dia 16 de junho de 1313. Filho de Boccaccino da Chellino, que saiu de Certaldo, um povoado agrícola da Itália, para trabalhar na casa bancária Bardi, em Florença.


Na Itália, ficou rico e realizou o sonho de viajar pela Europa. Em Paris se apaixonou por uma dama da aristocracia e com ela teve um filho.


Em 1320, ao regressar para a Itália, com seu filho Boccaccio, resolve casar e escolhe Margarida dos Mardoli, parente de Beatriz, a amada de Dante Alighieri.


Giovanni Boccaccio passou sua infância em Florença, onde aprendeu a ler, escrever e calcular com Giovanni da Strada, renomado mestre-escola.


Logo começa a fazer suas primeiras histórias e aos sete anos já escrevia contos e imaginava fábulas.


Em 1327, foi levado para Nápoles, para aprender comércio e finanças. A cidade de Nápoles era um dos centros intelectuais do país, de costumes liberais, e Boccaccio encantou-se.


Estudou direito canônico e línguas clássicas e fez amizades valiosas. O bibliotecário real Paolo de Perúgia lhe proporciona a leitura de manuscritos raros, dos romances franceses e da poesia trovadoresca.


Boccaccio dedicou o seu tempo à atividade literária e para aproveitar os textos clássicos, estudou latim e grego. Abandonou o curso e a universidade.


Admirava a corte e a nobreza. Seu amigo Niccolò, filho de importante banqueiro, tinha livre acesso à corte e foi fácil apresentar Boccaccio. Mais tarde, na obra "Decameron", recorda esses tempos felizes.


Primeiros poemas

Em 1337, Boccaccio iniciou sua produção literária com uma série de poemas amorosos, entre eles: “Il Filóstrato" e “Theseida” que refletiam sua admiração pelo mundo greco-romano e sua paixão pela filha natural do rei Roberto de Nápoles, Fiammetta.


Escreveu também “Il Filocolo”, uma adaptação em prosa do motivo medieval de Florio e Brancaflor, considerada a primeira grande composição novelesca da prosa romanesca.


Nos cinco livros da obra, Boccaccio deu nova orientação ao tema e introduziu elementos autobiográficos.


Neste ano, tem início a guerra entre França e Inglaterra. Os bancos entram em crise, seu pai suspende a mesada. Entre 1339 e 1340, mora em um bairro pobre e deixa de frequentar a corte.


Tudo que escreveu nesse tempo foram queixas e lamentações como nos doze contos do poema "Teséida", e nas cartas que enviou para seus amigos.


Em 1341, retornou à Florença. Escreveu "Ameto" e no ano seguinte escreveu "Amorosa Visão". Em 1344, escreve o romance "Elegia de Madonna Fiammetta", no qual imortaliza sua amada Giovanna e prenuncia a novela psicológica.


DECAMERON A OBRA MAIS FAMOSA DE BOCCACCIO


Em 1348, assola uma peste em Florença e milhares de pessoas morrem, entre elas, sua filha Violante, com sete anos de idade. Boccaccio se refugia em Nápoles.


Começa a escrever sua obra-prima "Decameron" (em grego, que significa "Dez dias"), que reúne uma coleção de cem contos de amor.


Em Decameron, dez personagens, cada um deles responsável por uma narrativa diária, por dez dias, reúne cem "novelas" e carrega a fama de ser uma coletânea de anedotas eróticas e licenciosas.


Há ali uma galeria de clérigos dissolutos e mulheres adúlteras. Há também virtudes insuperáveis como a história de Griselda, modelo extremo de subserviência ao marido.


Há o amor do cavaleiro condenado a perseguir, matar e eviscerar a mulher que desprezara suas investidas apaixonadas - história que, no século XV, serviria de tema ao pintor Sandro Botticelli.


Aliado ao realismo e ao tom frequentemente licencioso e sensual motivou as mais duras críticas das autoridades religiosas e toda espécie de censura.


Por volta de 1350, Boccaccio voltou para Florença e conseguiu estabilidade financeira. Iniciou uma amizade com o poeta Francesco Petrarca.


Nesse mesmo ano foi nomeado embaixador do governo florentino, na cidade de Ravena. Foi o início de uma série de viagens pela Itália. Em 1353, publicou "Decameron".


O Grande Corvo

Em 1355, publicou “Il Carbaccio” (O Grande Corvo), radicalmente oposta a Decameron, no qual ex´bia aversão às mulheres, certamente produzida por algum desencanto amoroso. É uma sátira, agressiva e virulenta.


Últimos Anos

Em 1262, Boccaccio abandonou Florença e instalou-se em Certaldo, aldeia de Toscana, onde escreveu suas últimas obras, a maior parte em latim.


Em 1373, iniciou uma série de conferências sobre "A Divina Comédia" de Dante, na Igreja de Santo Stefano de Badia.


Redigiu o "Comentário", sobre o mesmo assunto, que pretendia fosse a maior obra depois de "Decameron". Mal chegou a comentar o décimo sétimo canto do Inferno. Em 1374, doente, abandona as conferências.


Giovanni Boccaccio faleceu em Certaldo, Itália, no dia 21 de dezembro de 1375.


Última atualização: 21/11/2019


Caixas de comida chegam às favelas brasileiras em um momento de pandemia e onda de fome ( Pela equipe da Reuters)


 Caixas de comida chegam às favelas brasileiras em um momento de pandemia e onda de fome

Pela equipe da Reuters


SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil é um dos produtores agrícolas mais importantes do mundo, mas milhões de pessoas no maior país da América Latina estão lutando para colocar comida na mesa enquanto o surto de COVID-19 está causando estragos na economia.

Para combater a fome crescente, um grupo denominado G-10 Favelas começou a distribuir cestas básicas para favelas da cidade de São Paulo. Até o final deste mês, 30 mil toneladas terão sido entregues, informou.

O grupo distribuiu pacotes para brasileiros que esperavam em longas filas socialmente distantes na favela Heliópolis na quarta-feira. Entre os que receberam o pacote estava Irami Castro, que se disse grata pela ajuda.


“Agradeço a Deus, porque hoje eu preciso. Sou viúva, não tenho ajuda, não tenho nada ”, disse ela.


O Brasil tornou-se um dos países mais afetados pela pandemia no mundo, com cerca de 4.000 pessoas morrendo por dia de COVID-19. O sistema de saúde está à beira do colapso em São Paulo.

O surto criou uma crise política para o presidente Jair Bolsonaro, gerou um polo na economia do Brasil e causou crescente sofrimento para os residentes mais pobres do país.

A Fundação Getulio Vargas estima que 12,8% da população brasileira - cerca de 27 milhões de pessoas - vive agora abaixo da linha de pobreza de 246 reais (US $ 43) por mês, o máximo desde que a série de dados começou, há uma década.

Aproximadamente 66 milhões de brasileiros receberam um programa de transferência de renda do governo no ano passado. Essa explosão de quase $ 60 bilhões de renda básica suavizou o golpe econômico do coronavírus, impulsionou a popularidade do Bolsonaro e combateu a pobreza.

No entanto, ele expirou no final do ano passado. Um novo pacote de ajuda, a partir deste mês, proporcionará quatro transferências mensais de uma média de 250 reais para uma população mais restrita.

“Essa ação de doação de alimentos na favela é muito importante porque está dando a opção de esses moradores poderem comer por pelo menos um mês”, disse Gilson Rodrigues, presidente da associação G-10. “Estamos vivendo em um Brasil de fome.”


Reportagem de Leonardo Benassatto, edição de Rosalba O'Brien

terça-feira, 13 de abril de 2021

De Recife Para Manhattan (Autora: Daniela Levy )


 De Recife Para Manhattan (Autora:  Daniela Levy )

Editora: Academia de Inteligência

Publicado:  1 de Janeiro de 2018

Uma fantástica e desconhecida aventura Foi uma verdadeira epopeia. Em 1654, 23 amor, entre homens, mulheres e crianças, escolha a cidade do Recife em busca de uma nova terra. Após 24 anos de domínio holandês, Portugal recuperou a colônia da região de Pernambuco, expulsando os holandeses e estudando lá iluminada se estabelecido. A bordo do navio Valk, os sonhavam em voltar para a terra natal. Uma tempestade desviou-os do caminho e o navio acabou sendo saqueado por piratas espanhóis. O grupo foi socorrido por uma fragata francesa que lutou contra as piratas e resgatou a tripulação. Como obtido outro rumo, os franceses obtidos o grupo na Jamaica, então colônia espanhola. Depois de ficarem presos por algum tempo, os únicos foram libertados graças à intervenção do governo holandês. Por motivos financeiros, acabaram seguindo para um destino mais próximo do que a Europa: a colônia holandesa de Nova Amsterdã. Assim começa a participação dos filhos que saíram do Brasil e acabaram ajudando na formação de Manhattan, antes chamada de Nova Amsterdã. O grupo foi o primeiro formar uma comunidade judaica na América do Norte. Passados ​​os primeiros anos de adaptação, eles colaboraram com o desenvolvimento, então incipiente, do comércio, com uma organização inicial do mercado financeiro, a construção de modernos hospitais, a luta pela emancipação política, a formação de renomadas universidades e centros culturais. Os Estaduais do Brasil contribuíram muito para que Nova York fosse hoje a capital do mundo. Tanto é que a cidade ergueu um monumento aos chamados Padres Peregrinos Judeus. Esta história fascinante e pouco conhecida é narrada em detalhes neste livro.

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Covid-19: 1,5 milhão de brasileiros estão com segunda dose atrasada ( https://agenciabrasil.ebc.com.br/)


Covid-19: 1,5 milhão de brasileiros estão com segunda dose atrasada  ( https://agenciabrasil.ebc.com.br/)

Queiroga orienta essas pessoas a procurar um posto de vacinação

 

Publicado em 13/04/2021 - Por Karine Melo - Repórter Agência Brasil - Brasília

Cerca de 1,5 milhão de brasileiros estão com a segunda dose da vacina contra a covid-19 atrasada. O dado foi divulgado nesta terça-feira (13) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante um café da manhã com jornalistas, em Brasília. Segundo o ministro, a pasta vai divulgar uma lista, por estado, de pessoas que estão com a segunda dose atrasada. 


A complementação do esquema vacinal, ressaltou, será feita com o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Aos que estão com a segunda dose atrasada, o Ministério da Saúde orienta que não deixem de ir a um posto de vacinação para completar a imunização.


Intervalos

Desde que começou a vacinação da população contra a covid-19, duas vacinas são aplicadas no Brasil: a da farmacêutica CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e a da farmacêutica AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz. No caso da CoronaVac, estudos apontam melhor eficiência quando a segunda dose é aplicada num intervalo de 21 a 28 dias. Já a vacina da AstraZeneca deve ter a segunda dose aplicada em intervalo maior, de três meses.


Veja na TV Brasil



Medida provisória

Ainda no café da manhã com os jornalistas, ao dizer que o programa de vacinação é a prioridade número um do ministério, Queiroga adiantou que o governo deve publicar nos próximos dias uma medida provisória para criar uma secretaria específica para ações contra a covid-19. A atual coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Franciele Francinato, deverá comandar a nova secretaria.


Transporte

No encontro com os jornalistas, o ministro da Saúde cobrou disciplina e uso de máscaras por quem utiliza transporte público, como forma de evitar ainda mais a disseminação do novo coronavírus. Queiroga informou que haverá uma campanha nacional para prevenir a contaminação, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional, mas lembrou que cabe às prefeituras disciplinar regras para trens e ônibus. Segundo o secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, uma portaria conjunta com o Ministério do Desenvolvimento Regional deverá ser apresentada na próxima quinta-feira (15).


Lockdown

Sobre um possível lockdown nacional, o ministro da Saúde descartou a hipótese e disse que "uma medida homogênea para o país inteiro não vai funcionar". Ele acrescentou que tomará medidas "para evitar que o país chegue a cenários extremos".


Vacinas

Ainda em relação a vacinas, Queiroga disse que falou ontem com o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, e a previsão é manter o calendário de vacinação. “Quando a Fiocruz e o Instituto Butantan receberem mais matéria-prima para fabricarem vacinas, a situação vai melhorar ", garantiu. O ministro lembrou que o governo brasileiro investiu R$ 150 milhões no consórcio Covax Facility para receber vacinas e admitiu que esperava mais doses. "Temos buscado com o diálogo. Estou procurando diminuir a temperatura da fogueira para avançar", disse.


Ao falar da aprovação de imunizantes e medicamentos que possam ajudar no tratamento do novo coronavírus, o ministro avaliou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem feito o trabalho dela “de maneira apropriada". Queiroga garantiu que o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que não vai faltar dinheiro para a saúde.


Edição: Valéria Aguiar


AS MÃES E AVÓS DA PRAÇA DE MAIO: A TRAJETÓRIA DAS VÍTIMAS DA DITADURA MILITAR NA ARGENTINA (https://aventurasnahistoria.uol.com.br/)


As mães da Praça de Mayo ontem e hoje



AS MÃES E AVÓS DA PRAÇA DE MAIO: A TRAJETÓRIA DAS VÍTIMAS DA DITADURA MILITAR NA ARGENTINA


Entenda quem são essas netas, suas mães e suas avós — movimentos pela reparação dos danos causados durante um governo opressor da América Latina

ANDRÉ NOGUEIRA 

Assim como a Comissão Nacional da Verdade aqui no Brasil, a Argentina possui diversos grupos de memória que tentam reconstituir o trajeto de perseguidos políticos na ditadura para reaver os acontecidos durante a repressão e atingir um critério de justiça contra as graves violações dos direitos humanos dos governos militares na América Latina. Uma das principais organizações da Argentina para isso é a Associación Civil Madres de Plaza de Mayo (Mães da Praça de Maio), que é diretamente associada às Avós da Praça de Maio.


A missão desses grupos é localizar e reconstituir o caminho percorrido pelas crianças que foram sequestradas e torturadas durante o regime militar na Argentina entre 1973 e 1986. No último dia 10 de abril, por exemplo, o grupo foi responsável por encontrar a “neta 129”, garota nascida no cárcere (sua mãe era presa política) e que foi identificada aos 42 anos, na Espanha. Eles usam a numeração para não expor a identidade das vítimas.

A ditadura Militar da Argentina foi uma das mais sangrentas do continente, responsável pela morte e desaparecimento de milhares de opositores políticos e particularmente marcada pelo desaparecimento e sequestro de diversas crianças cujas famílias pertenciam a círculos da oposição ao regime. O mesmo ocorreu em outros países como Brasil, Chile e Paraguai, mas a articulação do governo militar argentino, o Exército, empresas nacionais e estrangeiras, a CIA e a Mossad em criar redes de sequestro de crianças era singular.


As crianças iam parar nessa situação por diversos motivos: eram usadas na tortura dos pais, ou estavam com a mãe durante sua prisão, ou nasceram enquanto a mãe estava presa em alguma delegacia. Muitos jovens eram presos por já estarem se introduzindo em grupos de esquerda -- havia casos de puro sadismo de generais ligados à tortura, separação da criança da família, criação de redes para adoção clandestina, além do uso desses sequestros como tática de disseminação do terror, muito utilizada na Argentina.


Todo esse processo foi apelidado de Guerra Suja, em que o governo argentino foi o centro articulador e responsável por uma série de iniciativas generalizadas de perseguição, tortura, agressão, violação de direitos e violência indiscriminada contra a população argentina nos anos 1970.

O nome dos movimentos tem origem num ato de 1977, em que mais de uma dúzia de mão cujos filhos foram sequestrados pelo governo durante a ditadura se reuniram numa praça central de Buenos Aires, a Plaza de Maio, e caminharam em protesto em direção à Casa Rosada (sede do governo federal) exigindo respostas ao fato de seus filhos terem sumido e seus registros civis anulados, tentando pressionar a Junta Militar que governava à responder pelos crimes contra os direitos humanos que teriam praticado.


Porém, será só com a reabertura democrática que algumas respostas começaram a aparecer. Hoje, as Mães e as Avós da Praça de Maio concluíram os inquéritos e identificaram 256 crianças desaparecidas entre 1973 e 1986 e tiveram seu sucesso principalmente no fim dos anos 1990 e anos 2000, ao se associarem com o kirchnerismo.


A grande diferença entre as Avós e as Mães da Praça de Maio não se deve a qualquer divergência ideológica, mas sim termos práticos: enquanto as Mães buscam respostas em relação a seus filhos e abraçam a demanda de qualquer outra mãe cujo filho fora raptado pelo governo militar, as Avós se dedicam às crianças desaparecidas durante a ditadura e cujas mães também desapareceram durante os expurgos do regime.

 

As Mães e as Avós da Praça de Maio são os primeiros movimentos da América Latina em defesa direta aos Direitos Humanos e estão diretamente associadas também a lutas contra as restrições tradicionais às quais as mulheres estão historicamente sujeitadas.


O sucesso de sua luta está associado à extrema organização interna do grupo em seu esforço de exposição das atrocidades humanas ocorridas a nível regional, onde houve importantes investigações em arquivos e quartéis, e internacional, além do uso de símbolos e campanhas com importante adesão na sociedade.






 

RELATÓRIO DE 2019: OPERAÇÃO CONDOR EXECUTAVA OPOSITORES ATRAVÉS DE VOTAÇÃO ( Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/)


 RELATÓRIO DE 2019: OPERAÇÃO CONDOR EXECUTAVA OPOSITORES ATRAVÉS DE VOTAÇÃO

A organização era sediada na Argentina e reunia oficiais do Brasil, Peru, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile


GIOVANNA GOMES, SOB SUPERVISÃO DE THIAGO LINCOLINS PUBLICADO EM 11/04/2021


Documentos sobre a mais recente ditadura argentina, que se deu entre 1976 e 1983, revelados em 2019 pelos EUA, deram detalhes sobre a ação da Operação Condor.


Sediada na capital Buenos Aires, a organização formada pelos governos militares do Cone Sul (Brasil, Uruguai, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai, além da Argentina) tinha como principais objetivos a perseguição de inimigos políticos e a troca de inteligência. 


As 47 mil páginas de arquivos foram divulgadas três anos após um acordo ter sido realizado pelo então presidente americano, Barack Obama, e o representante da Argentina à época, Maurício Macri.


Entre os papéis, estão correspondências entre a embaixada dos EUA no país sul-americano e autoridades estadunidenses e também informes da CIA e do FBI.


Como funcionava

Os documentos revelaram que eram realizadas votações para decidir quem deveria ser assassinado primeiro, bem como o local e a maneira como o crime deveria ser realizado. Tudo era planejado nos mínimos detalhes, desde as roupas a serem utilizadas, até os gastos com diárias. Muitas vezes contratava-se pessoas por 3.500 dólares para cometer os assassinatos.

Cada um dos sete países deveria contribuir com 10 mil dólares ao entrar na operação e, em seguida, pagar mais uma anuidade.


Participação norte-americana

Os documentos ainda mostram que os EUA tiveram uma participação ativa nas questões da Operação Condor, sendo que chegaram a enviar agentes dos países latinos para solo norte-americano com o objetivo de realizar treinamentos. Apesar disso, a ação estadunidense não foi constante, tendo sido foi mais ativa entre 1973 e 1977, quando Henry Kissinger atuou como secretário de Estado.

Ele, inclusive, teria consentido que o governo argentino matasse opositores, dizendo apenas a seguinte frase: "o que tenham que fazer, façam, mas quanto mais rápido, melhor".

Porém, quando o democrata Jimmy Carter assumiu a presidência, os EUA passaram a pressionar a organização, exigindo o fim da perseguição política. Na mesma época, o país norte-americano começou a realizar inúmeras denúncias de violações dos direitos humanos.

A partir dos arquivos, foi possível descobrir o real destino de muitos opositores que desapareceram durante o período das ditaduras na América do Sul, já que os papéis os declararam mortos. Com isso, tornou-se possível a busca pelos responsáveis pelos crimes e, assim, foram iniciados novos julgamentos.

Entre os relatos estão os casos dos cubanos Jesús Cejas Arias e Crescencio Nicomedes Galañena Hernández, que foram ambos sequestrados e levados a um centro de detenção clandestino onde foram torturados até a morte. Logo em seguida, seus corpos foram jogados no rio Paraná e nunca mais foram encontrados.


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