Konstantinos - Uranus

domingo, 22 de janeiro de 2017

Nissan | Comparou x Comprou Nissan Kicks

Polêmicas de TRUMP / Aproximação com a Rússia

Aproximação com a Rússia

Trump já deixou claro muitas vezes que vai buscar uma aproximação com a Rússia em seu mandato. Essa era uma de suas propostas durante a campanha presidencial e prosseguiu no discurso do presidente após o resultado das eleições. Ele chegou a dizer em seu perfil no Twitter que “pessoas estúpidas ou tolas” pensam que uma aproximação com a Rússia é uma coisa negativa.

Ele também escolheu para secretário de Estado Rex Tillerson, ex-patrão de uma empresa petrolífera próxima à Rússia e algumas personalidades importantes de Moscou, como o presidente russo Vladimir Putin. Tillerson, contudo, já criticou a anexação da Crimeia pela Rússia. Ele também admitiu que o envolvimento do país no vazamento de e-mails de pessoas ligadas à candidata democrata Hillary Clinton, porém afirmou que isso não contribuiu para a sua vitória na corrida eleitoral.

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Donald Trump / Protecionismo e a China


Donald Trump / Protecionismo e a China

Protecionismo e a China

Não foi apenas em um momento que o presidente americano propôs transformar a indústria do país "grandiosa outra vez". Nesta quarta-feira (18), ele já afirmou que empresas como a Ford, General Motors, Carrier, Lockheed ou Bayer prometeram lançar investimentos nos EUA, ao invés de apostas em outros países. Ele chegou a ameaçar empresas americanas e estrangeiras que não invistam nos EUA, além de prometer barreiras alfandegárias e outras medidas protecionistas, como baixar impostos.

O principal país que pode enfrentar problemas comerciais com os EUA é a China. Trump já criticou as práticas comerciais da China e ameaçou adotar tarifas punitivas sobre as importações chinesas. "Acredito que a China e os Estados Unidos podem resolver qualquer disputa através do diálogo e negociação, e que as relações comerciais China-EUA não vão se afastar de forma significativa da trajetória de benefício mútuo", afirmou Sun Jiwen, porta-voz do Ministério do Comércio da China durante coletiva com jornalistas.

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China


Candidato à presidência americana, Donald Trump faz discurso de campanha Foto: JOSHUA ROBERTS / REUTERS
Foto: JOSHUA ROBERTS / REUTERS

"É tempo de sermos mais duros com os chineses devido à manipulação de sua moeda e à espionagem. A China será taxada por cada mau passo, e se eles continuarem vamos taxá-los ainda mais."

Donald Trump empresário norte-americano e o atual presidente dos Estados Unidos

Biografia de Donald Trump

Donald Trump (1946) é um empresário norte-americano e o atual presidente dos Estados Unidos. Candidato do Partido Republicano venceu a democrata Hillary Clinton na disputa presidencial de 2016.

Donal John Trump (1946) nasceu em Queens, Nova Iorque, Estados Unidos, no dia 14 de junho de 1946. Filho de Anne MacLeod e Frederick Trump, grande empresário que fez fortuna no ramo da construção civil, erguendo prédios nos bairros do Brooklyn e do Queens, em Nova Iorque. Em 1968, Donald Trump bacharelou-se em Economia pela Wharton School of Finance da Universidade da Pensilvânia.

Donald Trump começou sua carreira trabalhando na Elizabeth Trump & Son, empresa de seu pai, quando ainda era estudante. Depois de formado assumiu o controle dos negócios e reuniu os empreendimentos da família na “Trump Organization”. Em 1971 mudou-se para Manhattam, onde começou a ver grandes oportunidades imobiliárias. Em 1974, iniciou seu primeiro grande projeto com a reforma do prédio do Hotel Comodoro, quando se associou ao grupo hoteleiro Hyatt e o transformou no Grand Hyatt.

Donald Trump continuou investindo em grandes edifícios em Nova Iorque, como o edifício do Hotel Plaza e da antiga sede do Banco Manhattan. Seu grande empreendimento foi o Trump Tower, inaugurado em 1983, um edifício luxuoso de 58 andares localizado na Quinta Avenida. O prédio é também a sede das organizações Trump e a residência da família instalada no tríplex superior.

Aos poucos seus negócios se transformaram em um grande império. Entrou para o mercado de linhas aéreas com a compra da Eastern Shuttle e para o ramo de cassinos. Em 1995 fundou a Trump Entretainment Resort, que passou a operar com cassinos pelo mundo. Ainda na década de 90, com um grande endividamento e a falência do Taj Mahal Cassino Resort, de Atlantic City, passou por uma grave crise financeira. Em 2001 concluiu o residencial Worlld Trump Tower, iniciado em 1999, com 72 andares, e iniciou o Trump Palace, com 55 andares.

A partir de 2004, Donald Trump passou a coproduzir e apresentar na NBC, o reality show “The Apprentice”. Com a constante presença na televisão, com seu modo extravagante e suas declarações fora do contexto se tornou uma das pessoas mais polêmicas do país.
Em 2005, Donald Trump casou-se com a modelo Melania Knauss, em uma luxuosa cerimônia realizada na Flórida. Em 2006, o casal teve um filho. Seus casamentos anteriores foram com a modelo Ivana Trump, com quem teve três filhos, e com a modelo Marla Maples, com quem teve uma filha.

Donald Trump é também dono das concessões dos concursos de beleza Miss EUA, Miss Teen EUA. É dono de campos de golfe em vários países. Já lançou diversos livros, entre eles: “A Arte da Negociação”, “Como Ficar Rico”, “Como Chegar Lá” e “Crippled América”.

Em 2015, Trump anunciou sua candidatura para a presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano. No dia 19 de julho de 2016 seu nome foi confirmado nas primárias do partido, para disputar a sucessão de Barack Obama. Concorrendo com a candidata do Partido Democrata Hillary Clinton, no dia 9 de novembro de 2016, Donald Trump foi eleito Presidente dos Estados Unidos. Tomou posse no dia 20 de janeiro de 2017, como o 45º Presidente do país.

ps://www.ebiografia.com/donald_trump/

Paulista. Mata do Frio Pede Socorro!!!! Queremos Progresso com Desenvolvimento Sustentável

Caros vizinhos e amigos, peço a vocês que assinem, marquem e compartilhem com seus amigos e seguidores das redes sociais o link do abaixo assinado SALVE A MATA DO FRIO. A Mata, localizada em Paulista/PE, vem sendo degradada há muito tempo e nesses últimos meses estão destruindo o pouco que resta dela. Precisamos do maior número de assinaturas para compor denúncia feita ao Ministério Público de Pernambuco. Precisamos zelar pelo Meio Ambiente. Precisamos garantir aos nossos filhos, netos e descendentes um município mais verde e um mundo mais sadio.

A MATA DO FRIO PEDE SOCORRO. Conto com tod@s vocês

#salveamatadofrio
http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR97166 — Daniela Cabral com Lucia Maria, Gabriel Diniz, Diogenes Andrade Andrade e outras 20 pessoas

Mata do Frio Pede Socorro!!!!


Homens Que Marcaram O Século XX: Caio Prado Júnior



Caio Prado Júnior

Caio da Silva Prado Júnior (São Paulo, 11 de fevereiro de 1907 — São Paulo, 23 de novembro de 1990) foi um historiador, geógrafo, escritor, político e editor brasileiro.

As suas obras inauguraram, no país, uma tradição historiográfica identificada com o marxismo, buscando uma explicação diferenciada da sociedade colonial brasileira.

Biografia

Caio da Silva Prado Júnior nasceu em São Paulo, em 11 de fevereiro de 1907. Proveniente de uma família de políticos e da sociedade nobre paulista, vários parentes seus exerceram papel de destaque na vida político-econômica de São Paulo, como por exemplo, seu avô Martinho Prado Júnior e seus tios-avô Antônio Prado e Eduardo Prado; sendo que os dois primeiros também possuíram mandatos na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco em 1928 onde mais tarde seria livre-docente de Economia Política.

Como intelectual teve importante atuação política ao longo das décadas de 1930 e 1940, tendo participado das articulações para a Revolução de 1930. Decepcionado com a inconsistência política e ideológica da República Nova, aproximou-se do marxismo e filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro, em 1931.

A 12 de agosto de 1931, em São Paulo, nasce seu filho (com Hermínia F. Cerquilho), Caio Graco, que mais tarde conduzirá a Editora Brasiliense, fundada pelo pai em 1943.

Publicou, em 1933, a sua primeira obra - Evolução Política do Brasil -, uma tentativa de interpretação da história política e social do país.Após uma viagem à União Soviética em 1933, à época no governo de Stálin, e a alguns países socialistas, alinhados à União Soviética, publicou URSS - um novo mundo (1934), edição apreendida pela censura do governo de Getúlio Vargas, que passaria a combater. Ingressou na Aliança Nacional Libertadora,[4] a qual presidiu em São Paulo.

Em 1934, ano de implantação da Universidade de São Paulo (USP), juntamente com os professores Pierre Deffontaines, Luís Flores de Morais Rego e Rubens Borba de Morais, Caio Prado Júnior participou da fundação da Associação dos Geógrafos Brasileiros - AGB, primeira entidade científica de caráter nacional.

Em 1942 publicou o clássico Formação do Brasil Contemporâneo - Colônia, divisor de águas da historiografia brasileira. O livro deveria ter sido a primeira parte de uma coletânea sobre a evolução histórica brasileira, a partir do período colonial. Entretanto, os demais volumes jamais foram escritos. Neste livro, alcança superar uma prática até então usual na Historiografia brasileira, qual seja, a da anacronia, consistente em se se analisarem os fatos passados sem perder de vista o seu desenlace presente. Caio Prado Júnior, por seu turno, é capaz de analisar os processos históricos a partir do mundo em que se desenvolveram, elaborando o mais completo quadro do Brasil Colônia até então traçado. Pautando a sua investigação em relatos coetâneos ao período do Brasil Colônia, pinta um retrato sem retoques de uma plano geográfico de que se encontram não poucas marcas no Brasil de hoje. O livro, ao lado de "Casa-Grande e Senzala", de Gilberto Freyre, e de "Raízes do Brasil", de Sérgio Buarque de Holanda, forma uma tríade inelutável para se alcançar um conhecimento de como funcionam as estruturas sociais do país. Entrementes, em diferenciação a seus pares, Prado Júnior tende a dar as costas a um certo subjetivismo e a um certo tom redentor - apegando-se a evidências e evitando lucubrações simplistas, acaba por elaborar o livro que mais solidamente caracteriza a formação da sociedade brasileira.

Em 1945 foi eleito deputado estadual, como terceiro suplente pelo Partido Comunista Brasileiro e, em 1948 como deputado da Assembleia Nacional Constituinte. Todavia, este último mandato lhe seria cassado em 1948, na sequência do cancelamento do registro do partido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Na condição de membro da Assembleia Constituinte Paulista de 1947, foi responsável, junto com Mário Schenberg, pela inclusão do artigo 132 da constituição estadual: "O amparo à pesquisa científica será propiciado pelo Estado por intermédio de uma fundação organizada em moldes a serem estabelecidos por lei." Ao ser regulamentado em 1962, esse artigo levou à criação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Dirigiu o vespertino A Plateia e, em 1943, juntamente com Arthur Neves e Monteiro Lobato, fundou a Editora Brasiliense, na qual lançou, posteriormente, a Revista Brasiliense, editada entre 1956 e 1964.

Na década de 1950, desenvolveu sua discussão sobre dialética, publicando dois livros: A Dialética do Conhecimento (1952) e Notas Introdutórias à Lógica Dialética (1959).

Em 1960, juntamente com outros intelectuais brasileiros, participa da criação da União Cultural Brasil-União Soviética, atual União Cultural pela Amizade dos Povos, sendo o seu primeiro presidente.

Em 1966 foi eleito o Intelectual do Ano, com a conquista do Prêmio Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores, devido à publicação, naquele ano, do polêmico A revolução brasileira, uma análise dos rumos do país após o movimento de 1964. Este trabalho impulsionaria a reflexão auto-crítica da esquerda brasileira em relação ao golpe.

Sofreu novas perseguições durante o Regime Militar de 1964.[3] Foi expurgado, juntamente com outras 64 pessoas, do cargo de professor em dezembro de 1968. Em 1967 havia concedido uma entrevista ao grêmio da Faculdade de Filosofia da USP, em março de 1969 a 2a Auditoria Militar de São Paulo abriu processo contra o historiador por causa de uma das respostas, acusando-o de incitação subversiva.[5] Em 25 de março de 1970 foi condenado à pena máxima de 4 anos e meio de detenção, depois de apelar ao STF conseguiu reduzir a pena a 21 meses.[5] Esteve preso no presídio Tiradentes e no 16° Batalhão Universitário da Força Pública, atrás da USP, onde dividiu a cela com um delegado preso por tráfico de drogas.[5].[5]Quando havia cumprido quase toda a pena, foi absolvido pelo STF e libertado, após 525 dias na prisão com 64 anos de idade.

Crítica historiográfica

"Sua produção teórica é mais marxiana do que marxista-leninista.[...]Lida com fatos em termos de relações, processos e estruturas, localiza e explica desigualdades, diversidades, contradições sociais”

Fábio Hanna caracteriza Caio Prado, citando Otávio Ianni, dentro da geração moderna, e o caracteriza como sendo um intelectual do pensamento social brasileiro, marcado por uma preocupação política nacionalista e de modernização do país; e segue sua argumentação falando que este está inserido dentro de uma cultura na escrita da história que vem desde a independência, com o intuito de dar início à formação do estado nacional brasileiro e sentido e condução para a política e cultura do Estado. Já José Carlos Reis analisa, em especial, a obra Revolução Brasileira, por sintetizar a realidade brasileira e sua mudança revolucionária, marcando profundamente o pensamento revolucionário brasileiro.

Para Fábio Hanna as obras de Caio Prado Jr. estão inseridas na perspectiva de atividade política advinda dos anos 20, como meio de relacionar com os processos de transformação que estavam em pauta na sociedade brasileira. Assim O nacionalismo defendido por Caio Prado Jr. se identifica com um nacionalismo econômico. Trabalhando a questão de um país atrasado por causa da submissão de exportadores de produtos ao mercado internacional, privilegia a briga política com os países imperialistas ao qual exercem seu domínio subvertendo, dessa maneira a ordem vigente. Analisando as obras, Evolução política do Brasil (1933) e Formação do Brasil contemporâneo (1942), este percebe que são textos escritos em uma dinâmica da realidade com projeções para o futuro discutido através de uma perspectiva histórica, que produzem novos desafios para o projeto modernizador da sociedade brasileira e que estão sedo escritos no calor dos acontecimentos sociais, políticos e econômicos de suas épocas.

Caracterizando a colônia como o sentido fundamental da estrutura e colonização que de forma inevitável perpassava pela formação do nacionalismo, Caio Prado tenta mostrar que a solução para o Brasil estava no mercado interno; pois se na época da colônia o mercado era voltado para o mercado externo, a iniciativa nacional deveria opor-se a esta e desenvolver a criação de um mercado que atendesse internamente o país. Assim aceitando a tese do sentido da colonização onde o Brasil é dependente por ser exportador estamos aceitando a contraproposta de que para tornar um país independente tanto politicamente quanto economicamente está atrelado à constituição do mercado interno. Seu projeto está escrito na categoria básica de sentido da colonização; assim “[...] inaugura uma nova etapa na historiografia brasileira. Muitas são as razões: pela primeira vez o materialismo histórico é utilizado eficazmente como método de interpretação da história brasileira, as classes sociais passam a ser uma categoria analítica e as revoluções saem das notas de rodapé e passam a figurar no corpo do texto entre outras.” [10] É este novo tipo de interpretação histórica que para Hanna reflete nas opções políticas que influenciaram o autor ao longo de sua trajetória política.

José Carlos Reis dará melhor ênfase na análise do “sentido da colonização”. Ao falar da Obra “A Revolução Brasileira”, dissertará que a obra se insere na de redescobrimento do Brasil e que usa do materialismo histórico de forma inovadora, pois ate os anos 30 a intelectualidade via o Brasil com desconfiança por causa de seu gênero racial mestiço, e as classes sociais mais baixas que não “passavam confiança” para o futuro do Brasil, sendo Caio Prado Jr. o primeiro a dar essa oportunidade histórica a esses grupos. Sendo assim argumenta que as elites não construíram a história do Brasil sozinhas, as classes sociais também são agentes históricos e cita; “Redescobrir o Brasil significa ver nessa sua face oculta, neste seu outro lado, o verdadeiro Brasil. Este outro lado deverá ser integrado, valorizado e recuperado, pois nele estão os construtores da sociedade brasileira presente/futura.” Dessa forma seu sentido estrutural será as relações sociais e o modo de produção capitalista, fugindo de uma perspectiva tradicional onde influenciará uma corrente de interpretação marxista do Brasil mais crítica. Assim ele inaugurou uma corrente de interpretações marxista no Brasil descentrada do PCB, com o intuito de pensar a sociedade brasileira com relações do passado e presente e com expectativas de discussão para o futuro.

Assim José Carlos Reis argumenta que, segundo Caio Prado, as análises marxistas que interpretavam o Brasil eram reinterpretas e readaptadas para o caso brasileiro com o objetivo de ajustar a realidade brasileira. Para se contrapor a este pensamento seus escritos enfatizam a “criação” do Brasil em quadros do capitalismo moderno atrelado ao continente e atividades europeias a partir do século XV, o que ia à contramão do pensamento marxista proposto para a época que segundo eles o Brasil possuía resquícios feudais. Nesse sentido ele defende que o Brasil foi um fornecedor de produtos tropicais e que fazia parte de um sentido amplo da história. “Todos os acontecimentos dessa era dos descobrimentos articulam-se num conjunto que só é um capítulo da história do comércio europeu. A colonização do Brasil é uma capítulo dessa historia.”

Seguindo o raciocínio Caio Prado Júnior, faz alusão de que não se pode interpretar a realidade brasileira e nem seu futuro a partir de situações que não se comparam com a nossa. A partir dessa forma otimizada com que o autor trabalhará a interpretação brasileira é que ele tratará do sentido da historia brasileira que de forma dialeticamente e com transição dinâmica leva de um passado para um futuro. Segundo sua teoria, se o Brasil tivesse um caráter feudal, a luta social seria dada a partir da reivindicação da propriedade da terra, o que para ele era um erro teórico, histórico e político, pois os operários do campo reivindicavam as leis trabalhistas. Reis, de maneira geral resume a dialética do sentido da colonização; “Abordada assim, a realidade brasileira atual revelaria uma transição de um passado colonial a um futuro, já próximo, de uma nação estruturada, com uma organização econômica voltada para o interior, moderna. [...] Eis o sentido da história brasileira, que uma teoria especialmente elaborada para abordá-la em sua especificidade revela: da heterogeneidade inicial, da dispersão original, a uma homogeneidade nacional estruturada. Economicamente o mercado interno deverá superar o externo, o que estimulará a diversificação da produção. Este é o caminho da sociedade brasileira: da sociedade colonial ao Brasil-nação. Realizar esta transição radical é realizar a verdadeira revolução brasileira, que aliás já está em marcha há muito tempo”

Contudo as obras revelam o caráter economicista em sua estrutura onde a prioridade da infraestrutura é utilizada como instancia determinante para sua análise.Todas as suas grandes obras são de síntese e de certa forma dizem respeito sobre o sentido da história brasileira contendo características de origem e identidade do brasileiro. Hanna, ainda concluí; que são textos político pois são escrito para surtir um efeito para o presente. “[...] na análise político social brasileira, o objetivo é o mesmo [entre ele e Oliveira Vianna]: modernizar o Brasil torná-lo uma nação de fato”.

Obras

As principais obras de Prado Júnior:

1933: Evolução política do Brasil
1934: URSS - um novo mundo
1942: Formação do Brasil Contemporâneo
1945: História Econômica do Brasil
1952: Dialética do Conhecimento
1953: Evolução Política do Brasil e Outros Estudos
1954: Diretrizes para uma Política Econômica Brasileira
1957: Esboço de Fundamentos da Teoria Econômica
1959: Introdução à Lógica Dialética (Notas Introdutórias)
1962: O Mundo do Socialismo
1966: A Revolução Brasileira
1971: Estruturalismo de Lévi-Strauss - O Marxismo de Louis Althusser
1972: História e Desenvolvimento
1979: A Questão Agrária no Brasil
1980: O que é Liberdade
1981: O que é Filosofia
1983: A Cidade de São Paulo

Obs.: A maior parte das obras do autor foi publicada pela Editora Brasiliense.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Mulheres lideram protestos em massa contra Trump



domingo, 22 de janeiro de 2017
 Mulheres usando chapéus rosa protestam contra posse de Donald Trump como presidente dos EUA, em Washington

WASHINGTON (Reuters) - Centenas de milhares de mulheres tomaram as ruas das principais cidades norte-americanas para liderar uma onda sem precedentes de protestos contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ridicularizando e denunciando o novo líder do país um dia após sua posse.

Mulheres ativistas, furiosas pela retórica de Trump e por um comportamento considerado por elas como misógino, lideraram marchas nos EUA e protestos ao redor do mundo neste final de semana.

Organizadores disseram ter atraído quase 5 milhões de manifestantes ao todo, superando em muito as expectativas.

As manifestações também destacaram o forte descontentamento em relação aos comentários de Trump e os posicionamentos políticos dele em direção a uma variedade de grupos, incluindo imigrantes mexicanos, muçulmanos, deficientes e ambientalistas.

Em contraste com o tom aquecido, muitas vezes estridente da campanha presidencial, e da imagem de "carnificina americana" que Trump evocou em seu discurso inaugural, o clima dos protestos foi em grande parte otimista, festivo até.

Cantando slogans como "Precisamos de um líder de verdade, não de um tweeter assustador", e "Hey-hey, ho-ho, Donald Trump tem que ir embora", muitas manifestantes usavam chapéus rosas em referência à frase de Trump, em um vídeo de 2005 que foi tornado público semanas antes das eleições, sobre pegar as mulheres pelos genitais.

Enquanto as mulheres constituíam o grosso dos manifestantes, muitas estavam acompanhadas de maridos, namorados e crianças.

O centro dos protestos, a Marcha das Mulheres em Washington, pareceu atrair uma multidão maior do que a que compareceu um dia antes para testemunhar o juramento de Trump nos degraus do Capitólio.

Estimativas oficiais não ficaram disponíveis, mas claramente superaram os 200 mil manifestantes projetados pelos organizadores, preenchendo longas faixas do centro de Washington ao redor da Casa Branca e do National Mall.
 Centenas de milhares de mulheres se aglomeraram em Nova York, Los Angeles, Chicago, Denver e Boston, somando a uma manifestação pública de dissidência em massa contra Trump incomparável na política moderna dos EUA para o primeiro dia completo de um novo presidente no cargo.

Organizadoras da chamada Marcha das Irmãs estimaram 750 mil manifestantes nas ruas de Los Angeles, uma das maiores no sábado. A polícia afirmou que o comparecimento foi maior que a marcha pró-imigração que levou às ruas 500 mil pessoas.

Cerca de 400 mil pessoas marcharam em Nova York, de acordo com o prefeito Bill de Blasio, apesar dos organizadores estimarem 600 mil.

O evento de Chicago ficou tão grande que os organizadores fizeram um comício, em vez de uma parada pela cidade. A polícia afirmou que mais de 125 mil pessoas compareceram, enquanto patrocinadores estimaram uma multidão de 200 mil, mesmo número reportado para Boston e Denver.

Protestos menores ocorreram também em cidades como Seattle, Portland, Oregon, Madison, Wisconsin e Bismarck, na Dakota do Norte.

(Reportagem adicional de Lisa Lambert, Mike Stone, Jonathan Landay, Ian Simpson Ginger Gibson e Joel Schectman em Washington; Lisa Girion em Los Angeles; Jonathan Allen em Nova York; Timothy McLaughlin em Chicago e Deborah Todd em San Francisco)

sábado, 21 de janeiro de 2017

Corpo do ministro Teori Zavascki é velado em Porto Alegre


Corpo do ministro Teori Zavascki é velado em Porto Alegre

SÃO PAULO (Reuters) - O corpo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, morto na quinta-feira na queda de um avião, está sendo velado desde a manhã deste sábado na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.

O funeral está marcado para o fim da tarde no cemitério Jardim da Paz.

O presidente Michel Temer e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, devem participar do velório.

Teori, de 68 anos, era relator da operação Lava Jato no Supremo e deveria decidir no início de fevereiro se homologaria ou não dezenas de acordos de delação premiada de ex-executivos da Odebrecht, que poderiam atingir muitos políticos, incluindo várias figuras importantes do governo do presidente Michel Temer.

O ministro do STF morreu na quinta-feira na queda de um pequeno avião que decolou de São Paulo rumo a Paraty. A aeronave pertencia ao grupo Emiliano, do empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, de 69, que também morreu no acidente.

O Regimento Interno do STF traz mais de uma possibilidade para a definição do novo relator para a Lava Jato.

Uma das opções seria transferir a relatoria para o sucessor a ser indicado por Temer e aprovado pelo Senado. Mas como o presidente é citado na Lava Jato, que também investiga senadores, o custo político dessa saída provavelmente seria muito alto.

Outro dispositivo do regimento prevê a redistribuição do processo em casos excepcionais, a partir de um pedido do Ministério Público ou de parte interessada.

Nesse caso, há dúvidas sobre os critérios a serem considerados, se ocorreria entre os ministros da Segunda Turma do STF, à qual pertencia Teori, juntamente com Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Ou se entre todos os integrantes da Corte.

A própria presidente do STF pode decidir assuntos emergenciais relacionados à Lava Jato, uma vez que responde pelo plantão do Supremo até o dia 31 deste mês, quando se encerra o recesso do Judiciário.

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Manifestantes e polícia entram em confronto em Washington no dia da posse de Trump



Manifestantes atiram pedras contra a polícia em protesto em Washington.   REUTERS/Bryan Woolston

Por Ian Simpson e Scott Malone

WASHINGTON (Reuters) - Ativistas mascarados contrários à posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos destruíram vidraças de lojas, bloquearam ruas e enfrentaram a polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral.

Cerca de 500 pessoas, algumas usando máscaras ou lenços para cobrir seus rostos, marcharam por Washington nesta sexta-feira, quebrando janelas de uma agência do Bank of America e de um restaurante do McDonald's, símbolos do sistema capitalista norte-americano.

Vários grupos de protestos gritavam slogans contra Trump e carregavam cartazes, um deles com os dizeres “Deixem os Racistas com Medo de Novo”. O incidente ocorreu cerca de 90 minutos antes de Trump prestar juramento no Congresso, a cerca de 2,4 quilômetros de distância.

A polícia prendeu dezenas de pessoas e disse que várias foram acusadas de provocar tumultos. O grupo de detidos tornou-se um ponto de inflamação depois que Trump tomou posse, quando uma multidão de várias centenas formada para pedir a libertação deles se tornou violenta, com alguns atirando garrafas e pedras na polícia, que reagiu com gás lacrimogêneo e granadas.

Dois policiais sofreram pequenos ferimentos, atingidos por pessoas que estavam tentando evitar a prisão, segundo a polícia.

"A mensagem que eu quero enviar é que Trump não representa este país, ele representa os interesses corporativos", disse Jessica Reznicek, 35 anos, voluntária católica de Des Moines, Iowa, que fez parte do protesto, mas não participou da violência.

Não muito longe da Casa Branca, os manifestantes entraram em confronto com a polícia, lançando cadeiras de alumínio numa lanchonete ao ar livre. Bob Hrifko, membro do grupo "Bikers for Trump", que estava na cidade para comemorar a posse de Trump, foi atingido no rosto quando tentou intervir.

"Eu sei, lei e ordem e tudo isso, precisamos de mais ordens. Isto não está certo", disse Hrifko, que estava sangrando.   O número de pessoas que viu o juramento na tarde desta sexta, em um dia cinzento ameaçando chuva, pareceu ser significativamente menor do que os estimados 2 milhões que compareceram para a posse do agora ex-presidente Barack Obama em 2009.

GRUPOS RIVAIS

Mais cedo, ativistas liberais com um grupo chamado Disrupt J20 bloquearam intermitentemente diversos pontos de segurança que levavam à maior área pública com vista para a cerimônia. Diversos foram retirados pela polícia.

A organizadora do protesto do Disrupt J20, Alli McCracken, de 28 anos, moradora de Washington, disse que o grupo estava expressando sua indignação sobre os controversos comentários de Trump a respeito de mulheres, imigrantes ilegais e muçulmanos.

“Temos muitas pessoas de diversos lugares que são contra o imperialismo dos EUA e sentimos que Trump vai continuar esse legado”, disse McCracken em uma manhã cinzenta e com leve chuva.

Apoiadores de Trump chegaram à capital, muitos com camisetas e bonés com seu slogan de campanha “Torne a América Grande Novamente”.

Carl Beams, de 36 anos, de Howell, Nova Jersey, entrou na fila junto a milhares de apoiadores que esperavam para acessar o National Mall para a cerimônia.

“Este é um grande momento na história. E quero ser capaz de dizer que estive aqui em primeira mão”, disse Beams, que é dono de uma escola de artes marciais. Ele disse acreditar que Trump pode ser uma força unificadora: “Eu acho que ele está enviando a mensagem certa e fazendo sua parte para fazer isso acontecer.”

(Reportagem adicional de Jonathan Landay)


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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Em Davos, retração da globalização gera preocupação para países emergentes


Em Davos, retração da globalização gera preocupação para países emergentes

 Logo do Fórum Econômico Mundial visto em Davos, Suíça.    16/01/2017     REUTERS/Ruben Sprich

Por Sujata Rao

DAVOS, Suíça (Reuters) - Em 2014, Arnold Kamler, presidente-executivo da Kent International, empresa com sede em Nova Jersey, deu um grande passo: voltou a fazer bicicletas nos Estados Unidos 23 anos após levar a produção para a China. Neste ano, ele espera vender meio milhão de bicicletas feitas nos EUA.

Para líderes empresariais e políticos reunidos em Davos, nos Alpes suíços, para o Fórum Econômico Mundial deste ano, a experiência de Kamler --parte de um processo que o Morgan Stanley chegou a classificar como “reindustrialização” dos EUA--— é motivo para certa ansiedade.

Se um misto de automação acelerada e protecionismo comercial está definindo o clima econômico no momento, a globalização pode muito bem estar em declínio, e nações em desenvolvimento que falharam em capitalizar nas últimas duas décadas de integração econômica, em especial na África, podem ter perdido totalmente o momento.

É uma questão de profundas consequências, tanto para economias emergentes que construíram suas fortunas em exportações como para países ricos que esperam que uma retomada de produção industrial doméstica vá satisfazer descontentes trabalhadores e reacender o estagnado crescimento salarial.

O comércio global provavelmente cresceu no último ano a um ritmo de apenas 1,7 por cento, ficando atrás do crescimento econômico mundial pela primeira vez em 15 anos e pela segunda vez desde 1982, de acordo com a Organização Mundial do Comércio, que espera nova desaceleração em 2017.

Embora haja motivos complexos por trás da desaceleração, é difícil ignorar a crescente popularidade do protecionismo comercial e da antiglobalização. As promessas de campanha do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e os planos por um “grande imposto” sobre produtos importados fazem parte desta categoria.

Mas talvez ainda mais influente seja o processo de automação, digitalização, robótica e inovações como impressoras 3D, que derrubam a maior vantagem competitiva de países de baixa renda.

Isso contribuiu com o retorno de 250 mil empregos de manufatura para os EUA entre 2010 e 2015, de acordo com dados da Reshoring Initiative, um grupo que oferece consultoria a empresas nos EUA.

A fábrica de Kamler, por exemplo, em breve será capaz de produzir bicicletas com apenas 12 funcionários por turno. “A maioria dessas pessoas estará sentada, olhando para telas de computador. A mesma operação na China exigiria 60 pessoas”, disse.

(Por Sujata Rao)

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Brasil terá o pior crescimento entre países do G-20 em 2017

 Brasil terá o pior crescimento entre países do G-20 em 2017
 Jamil Chade, correspondente

A economia brasileira terá o pior desempenho entre os países do G-20 e, em todo o mundo, apenas cinco outras economias terão um crescimento mais fraco que o do Brasil. Os dados estão sendo publicados nesta terça-feira, 17, pela ONU em seu informe anual sobre a situação econômica do planeta e que indica que o pior da crise passou. Mas, com uma baixa taxa de expansão no Brasil, a plena recuperação do que foi perdido nos últimos três anos terá de aguardar até a próxima década.

A projeção das Nações Unidas é de que o PIB brasileiro tenha uma expansão de apenas 0,6% em 2017. A taxa é a mais baixa entre todas as economias do G-20 e, no mundo, apenas a Síria, Venezuela, Guiné Equatorial, Equador e Trinidad e Tobago terão um desempenho mais fraco. Para 2018, a previsão é de uma expansão de 1,6%.

No mundo, a perspectiva é de uma expansão do PIB global de 2,7% em 2017 e 2,9% em 2018, uma redução de 0,7 ponto porcentual em relação às projeções iniciais. Ainda assim, a projeção aponta para um cenário mais positivo que o de 2016, quando o crescimento foi de 2,2%.

Nos países em desenvolvimento, a taxa chegará em 2017 a 4,4% e 4,7% em 2018. Entre os países ricos, o crescimento será de 1,7% neste ano.

Depois de uma contração de 3,9% em 2015 e 3,2% em 2016 no Brasil, a projeção aponta para dois anos de expansão, ainda que insuficiente para recuperar o que se perdeu nos últimos dois anos. No total, os economistas das Nações Unidas estimam que a pior recessão vivida pelo Brasil em décadas tirou mais de 8% do PIB do país. O colapso seria equivalente a perder em apenas três anos toda a economia do Peru ou do Catar.

"O Brasil viveu sua recessão mais profunda já registrada nos últimos dois anos. A queda acumulada da economia do País desde o final de 2014 supera 8%, diante de desequilíbrios macroeconômicos severos e uma crise política que levou a uma contração profunda da demanda doméstica", indicou.

Se o fundo do poço foi superado, a ONU alerta que o Brasil também foi um dos países que sofreram a maior revisão na taxa de crescimento. Para 2017, o índice é 2,4 pontos porcentuais abaixo do que se esperava.

Mas a esperança é de que essa realidade ficou para trás. "A recessão no Brasil pode ter sido superada, depois de uma forte queda de produção em 2015 e 2016", disse a ONU. "A incerteza política no Brasil caiu e as fundações para um programa de gerenciamento macro foi introduzido", apontou. "Entretanto, altas taxas de desemprego e uma política fiscal dura continuarão a pesar sobre a economia", alertou a entidade.

De acordo com a ONU, a taxa de desemprego chegou a 11,8% no terceiro trimestre de 2016, contra apenas 6,5% em 2014. Essa realidade, somada à inflação e crédito restrito, levou a uma queda importante no consumo doméstico. No Brasil, o consumo privado caiu em 5% em 2016.

Para a ONU, políticas fiscais mais sólidas no Brasil podem ajudar a gerar maior "confiança do setor dos negócios e investimentos". Mas, mesmo assim, "a recuperação será relativamente rasa" por conta dos desequilíbrios macroeconômicos, dívida pública e privada e desafios importantes como o da reforma da aposentadoria.

Impacto

O fim da recessão no Brasil significará que a América Latina também deixará de sofrer uma contração de seu PIB e voltará a crescer em 1,3% em 2017. Além do Brasil, a Argentina deve sair de sua recessão, ajudando no que a ONU chama de uma "recuperação suave".

"Vários fatores devem apoiar essa recuperação, entre eles a demanda externa mais forte, preços internacionais de commodities se recuperando, uma queda da incerteza política e menor inflação", explicou o informe da ONU.

Os riscos, porém, ainda existem. Um deles seria uma desaceleração mais rápido do que se imagina na China, além de eventuais medidas protecionistas por parte do governo de Donald Trump.

Turbulências no mercado financeiro também não estão descartadas, o que poderia obrigar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a elevar taxas de juros.

Mesmo com uma retomada do crescimento na América Latina, a previsão de médio prazo da ONU é de que existem riscos de que as conquistas sociais da última década sejam minadas, o que também afetará a capacidade da região em atingir as metas da ONU de redução de pobreza até 2030.


Moody's prevê expansão de 0,9% do PIB do Brasil em 2017 e 1,5% em 2018


ONU projeta que crescimento mundial vai acelerar em 2017, mas vê ameaças com Trump e Brexit


ONU projeta que crescimento mundial vai acelerar em 2017, mas vê ameaças com Trump e Brexit

 Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na Trump Tower, em Manhattan. 16/01/2017 REUTERS/Alex Wroblewski

GENEBRA (Reuters) - O crescimento econômico global vai acelerar a 2,7 por cento este ano e 2,9 por cento em 2018, depois de ter crescido 2,2 por cento em 2016, afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU) em sua projeção econômica anual nesta terça-feira.

Entretanto, a ONU vê incertezas criadas pela decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia, e a expansão britânica deve cair de 2,0 por cento em 2016 para 1,1 por cento em 2017 e 1,3 por cento em 2018.

Políticas tributárias defendidas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, podem também ter efeitos adversos sobre a economia mundial, disse Alfredo Calcagno, chefe de políticas de desenvolvimento e macroeconomia da agência econômica da ONU, a Unctad.

"Isso pode gerar um déficit no curto prazo...e isso pode nos levar na direção de um desafio para a economia global", disse ele em entrevista à imprensa em Genebra.

"O outro elemento da reforma tributária...é se esse sistema tributário significará um topo de maior proteção para os produtores norte-americanos. Assim, isso vai incorporar um enorme desafio para o sistema multilateral e a Organização Mundial do Comércio."

(Reportagem de Tom Miles)

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

ENTREVISTA-Desemprego é maior preocupação do governo, diz Temer Presidente Michel Temer durante entrevista à Reuters, em Brasília REUTERS/Adriano Machado



ENTREVISTA-Desemprego é maior preocupação do governo, diz Temer
 Presidente Michel Temer durante entrevista à Reuters, em Brasília

REUTERS/Adriano Machado
Por Lisandra Paraguassu e Anthony Boadle

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira que sua maior preocupação é com o desemprego, mas admitiu que a retomada das contratações pode demorar, já que, mesmo com a esperada recuperação da economia, as empresas têm capacidade ociosa a preencher antes de retomarem contratações.

"Nós temos que nos ater muito à questão do desemprego, essa é a principal preocupação, e isto significa o crescimento da economia", afirmou o presidente em entrevista à Reuters no Palácio do Planalto. No trimestre encerrado em novembro, último dado disponível, a taxa de desemprego do país estava em 11,9 por cento, atingindo um recorde de 12,1 milhões de pessoas.[nL1N1EO0DA]

Otimista, Temer aposta em uma retomada do crescimento econômico no segundo semestre deste ano, mas admite que não deve haver um retorno das contratações no mesmo ritmo.

"Acho que este ano o país cresce a partir do segundo semestre", disse. "Mas não vamos também nos iludir que logo agora vamos ter a solução para todos os problemas, por uma razão muito singela: muitas empresas demitiram, mas muitas mantiveram sua capacidade ociosa."

"Então, quando se retoma o crescimento, num primeiro momento as empresas passam a usar essa capacidade ociosa, o trabalhadores que estão lá, e depois começam as contratações", acrescentou.

"É muito provável que ainda neste semestre a capacidade ociosa das empresas seja utilizada por elas, mas nós pensamos que, a partir do segundo semestre ou de meados do segundo semestre, o desemprego já comece a diminuir e o crescimento venha de uma vez."

Projeções divulgadas nesta segunda-feira apontam para um PIB positivo este ano. O Fundo Monetário Internacional divulgou nesta segunda-feira uma estimativa de crescimento de 0,2 por cento, menor do que a previsão anterior, de 0,5 por cento. Já o relatório Focus do Banco Central, também desta segunda mantém a projeção de expansão em 0,5 por cento. O governo trabalhava com um crescimento em torno de 1 por cento, depois de dois anos seguidos de quedas significativas.

Em dezembro, os indicadores de confiança dos setores da construção, de serviços e da indústria, além dos consumidores, recuaram para o menor patamar desde meados de 2016.
Apesar destes números e da previsão de um baixo crescimento este ano, Temer nega que a retomada econômica esteja demorando mais do que o esperado.

"Discordo que está demorando, estamos aqui há a sete, oito meses e já tomamos muitas medidas. Na verdade, estávamos numa recessão profunda e o primeiro passo é sair da recessão. Você só tem crescimento fora da recessão."

O presidente cita, ainda, a queda na inflação e a redução dos juros como uma vitória da política econômica do governo.

"Quando chegamos aqui a inflação anunciada era de 10,7 (por cento), caiu para 6,29 (por cento).Então em seis meses caiu para 6,29 a inflação. Em um segundo ponto, já fizemos duas reduções dos juros, que baixaram 0,50 ponto em um primeiro momento e agora, até para a surpresa de muitos, 0,75 ponto", disse. "Quando você reduz a possibilidade de uma inflação mais alta tem chance de reduzir os juros."

O presidente, que assumiu interinamente o comando do país em maio e definitivamente no final de agosto do ano passado, referiu-se à inflação de 2015, que foi de 10,67 por cento, e a de 2016, que ficou em 6,29 por cento. Sobre os juros, ele citou as duas reduções de 0,25 ponto percentual na taxa básica pelo Banco Central, além do corte de 0,75 ponto realizado na semana passada.

REFORMAS

O governo, disse Temer, está encontrando formas de injetar recursos na economia, como a liberação de contas inativas do FGTS e a redução dos juros do cartão de crédito, e está trabalhando pelas reformas, que são sua prioridade.

O presidente admite que as reformas propostas são difíceis, especialmente a da Previdência, e que protestos devem acontecer, mas que a oposição não é à reforma como um todo, mas a alguns pontos. De acordo com o presidente, o governo aceita negociar alguns temas, mas a idade mínima de 65 anos está fora de questão.
"Evidentemente, o caso da idade fica difícil você negociar. A idade é fundamental para esta reforma", afirmou. O governo aceita negociar outros pontos polêmicos que já foram citados por líderes no Congresso como difíceis de serem aprovados. Entre eles, a desvinculação do Benefício de Prestação Continuada --pago a pessoas com deficiência-- do reajuste do salário mínimo e a necessidade de contribuição de 49 anos para que o trabalhador receba o valor máximo da aposentadoria.

"Em vários países a regra tem sido essa. Você não ganha aposentadoria integral, ganha uma aposentaria parcial. Mas isso vai ser debatido lá. Se o Congresso decidir de outra maneira, tem que se cumprir", disse.

Temer garantiu que a reforma da Previdência, que começará a ser discutida a partir de fevereiro em uma comissão especial, será aprovada este ano. E defendeu ainda a discussão da reforma trabalhista, também já apresentada pelo governo.

"Este é um governo de reformas e sendo um governo de reformas é um governo preparatório para o governo que virá em 2018", afirmou.

Temer voltou a negar que possa ser candidato à reeleição em 2018, mesmo que consiga recuperar a economia e seu partido, o PMDB, peça que aceite o encargo.

"Eu espero apenas cumprir essa tarefa e deixar que meu sucessor possa encontrar um país mais tranquilo", disse.

Não nega que o PMDB possa apresentar um nome, mas afirma que é "muito cedo para isso" e lembra que tem uma base ampla, de onde pode sair mais de um candidato. Mas previu que a discussão só virá à luz, "lá por maio do ano que vem".

Em um ano que deve trazer à tona mais delações premiadas da operação Lava Jato, que podem atingir diretamente a base do governo, o presidente tentou não mostrar preocupação com os efeitos que as denúncias possam ter sobre sua administração.

Ao ser questionado se há possibilidade das investigações desestabilizarem seu governo, respondeu: "Zero. Não há a menor possibilidade disso. As informações das delações da empreiteira Odebrecht reveladas até agora apontam para diversos acusados de irregularidades, incluindo alguns nomes próximos a Temer, entre eles o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, Wellington Moreira Franco. Todos negam envolvimento.

No cenário internacional, Temer descartou que o governo possa ter dificuldades com o mandato do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Para o presidente, as relações entre os países são institucionais.

Disse ainda que, embora Trump não tenha assumido, até o momento não está vendo "nenhum gesto que comprometa o investimento norte-americano aqui no Brasil".

(Com reportagem de Maria Pia Palermo e Daniel Flynn)


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domingo, 15 de janeiro de 2017

Em noite de formatura Larryssa Gonçalves teve entrada triunfal





Com mais de 129 curtidas e comentários em sua página oficial no Facebook, sem dúvida a entrada triunfal de Larryssa com o seu belo vestido vermelho com todo charme, poses e uma beleza natural sem igual foi um dos momentos mais belos da formatura do 3º Ano Médio do Colégio e Curso Performance na noite de 13/01 no Andrea Guerra em Olinda. Acredita-se que a jovem fez todo um mistério em torno do seu belo vestido criando uma expectativa em todos. Sem contar que a garota fez todo um trabalho de preparação com dietas e sem dúvida assinalou um dos momentos mais inesquecíveis do evento. Alarcon

Em encontro em Paris, grandes potências alertam Trump sobre paz no Oriente Médio


Em encontro em Paris, grandes potências alertam Trump sobre paz no Oriente Médio

PARIS (Reuters) - As grandes potências irão sinalizar neste domingo ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que uma solução com dois Estados para israelenses e palestinos é a única solução, com a França alertando Trump de que os planos para mudar a embaixada norte-americana para Jerusalém poderiam prejudicar os esforços para a paz.

Cerca de 70 países, incluindo importantes países europeus e árabes, bem como os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, estão em Paris para uma reunião que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu rejeitou como "fútil". Nem os israelenses nem os palestinos serão representados na reunião.

No entanto, apenas cinco dias antes de Trump ser empossado presidente, a conferência fornece uma plataforma para os países enviarem fortes sinais ao futuro presidente norte-americano.

Trump prometeu perseguir mais políticas pró-Israel e mudar a embaixada dos EUA de Tel Aviv, onde está localizada há 68 anos, para Jerusalém, o que praticamente consagra a cidade como a capital de Israel, apesar das objeções internacionais.

Chamando de provocação, o ministro das Relações Exteriores da França Jean-Marc Ayrault disse que a mudança teria sérias consequências na prática.

"Não se pode ter uma posição tão clara, tão unilateral. Você precisa criar condições para a paz", disse ele ao canal France 3.

Paris afirmou que a reunião não irá impor nada sobre Israel ou sobre os palestinos e que apenas negociações diretas podem resolver o conflito.

Um comunicado de imprensa visto pela Reuters reafirma resoluções internacionais existentes, pede que ambos os lados reafirmem seu comprometimento com a solução de dois Estados e repudiem autoridades que a rejeitem. O comunicado pede que os protagonistas "se abstenham de passos unilaterais que prejulguem o resultado das negociações".

(Por John Irish e Lesley Wroughton)

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