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domingo, 1 de janeiro de 2017

O MÉTODO DIALÉTICO NA DIDÁTICA / O professor tem um compromisso político com o aluno

O MÉTODO DIALÉTICO NA DIDÁTICA

O professor tem um compromisso político com o aluno

EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA


Segundo URBANETZ e Melo (2008), a didática instrumentaliza o bom professor, sendo que o bom professor precisa dominar três aspectos do ensino: o conteúdo a ensinar, o saber ensinar e as relações situacionais.


Estudando o autor anteriormente citado pode-se inferir de seu trabalho que o ato de ensinar não se baseia simplesmente em passar o conteúdo, mas em utilizar o conteúdo como instrumento. Este instrumento que o professor utiliza tem o objetivo de socializar o aluno, ou melhor, de humanizá-lo.  Para o autor, o pensamento sobre uma educação como uma instituição destinada a formar trabalhadores obedientes e competentes é fato proscrito. Porque a nova corrente que tem se difundido é a de que o professor escreve na lousa com uma mão e com a outra ele humaniza o aluno. A despeito do nível de neutralidade da didática, o autor ainda afirma que ela não é neutra a maneira que ensinamos imprime, e muito nos alunos, a visão que eles têm do mundo.


Assim fica claro que não se ensina somente o conteúdo, mas também o modo de agir em sociedade. O professor tem um compromisso político com o aluno. Em suma para URBANETZ ST. e Melo, A (2008) o trabalho educativo é o ato de produzir direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto de homens.


Para ser mais preciso URBANETZ e Melo (2008) aponta que o ato de ensinar precisa ser fundamentado no diálogo entre professor e aluno, aonde o docente tem o papel de mediador do conhecimento. Este fundamento recebe o nome de método dialético e segue alguns passos que foram delimitados por URBANETZ e Melo (2008) e os transcrevo assim:


1) Prática social - deve-se buscar ensinar ao aluno buscando informações que ele já tenha coisas que já são da prática social dele e do professor;


2) Problematização - a partir do que o aluno as sabe levantam-se as questões do problema; é nesse ponto que o aluno é instigado novamente a perguntar o "porquê" das coisas.


3) Instrumentalização - neste ponto o professor disponibiliza instrumentos para o aluno resolver o problema levantado;


4) Catarse - este é o ponto culminante do processo de aprendizagem, neste ínterim o aluno tem o "insight", o "click" que diz: "Agora entendi esse negócio!" A aprendizagem somente acontece quando o aluno se sujeita a aprender algo, afinal é uma via de mão dupla. E a catarse que o professor busca a cada aula dada.


5) Prática social - após o aluno fazer o "insight" de "entender a matéria" o que tem-se pedido: que voltemos este conhecimento para a pratica social. Isto significa trazer o que foi aprendido para o dia a dia do aluno; é mostrar o "porquê" o aluno aprendeu aquilo.


Este método dialógico de URBANETZ e Melo (2008) leva em consideração a pergunta rotineira dos alunos: por que eu preciso saber disto? Assim na didática dialética, nosso papel é mostrar a utilidade dos conhecimentos que eles estão adquirindo, pois os tempos em que o professor simplesmente pregava a matéria para os alunos e estes somente aceitavam está proscrita.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.

por Alexandre do Prado Caldas Serafim

Especialista em Biologia Celular e Molecular. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior. Especialista em Metodologia do Ensino de Biologia e Química pelo Centro Universitário Internacional. Licenciatura em Ciências Biológicas. Licenciatura em Ciências Naturais pela USP. Licenciatura em Pedagogia.
https://www.portaleducacao.com.br





O QUE É MARIOLOGIA?




                                





Mariologia

Doutrina da Igreja Católica

Mariologia é o conjunto de estudos teológicos acerca de Maria, mãe de Jesus Cristo na Igreja Católica, que compreende uma vasta produção bibliográfica que visa a salientar a importância da figura feminina de Maria e a profunda e piedosa crença dos fiéis a ela, com o objetivo de enriquecer o âmbito teológico cristão.

Subdivisões

A Mariologia tradicionalmente sub-divide-se em Mariologia Histórica (estuda os dados históricos, sociais e afins que permitem aceder à figura histórica de Maria), Mariologia Bíblica (versa sobre os fundamentos bíblicos das afirmações sobre Maria), Mariologia "popular" (trabalha os dados que as devoções populares sobre Maria receberam da Tradição eclesiástica e vice-versa) e Mariologia Sistemática (aprofunda os dados da história, das Escrituras e da piedade sistematizando-os em coerência com as doutrinas cristológicas e eclesiológicas).

História

Há seis períodos a considerar na divulgação pública da mariologia:
O início da igreja.
Período compreendido entre o final da revelação para o Concílio de Éfeso 431.
Período de Éfeso para a Reforma Gregoriana.
A partir de 1000 até que o Concílio de Trento.
De Trento até Vaticano II.
Desde o Concílio Vaticano II ao presente.

Catolicismo

No catolicismo os estudos mariológicos são parte integrante da teologia. Na Encíclica Ecclesia de Eucharistia o Papa João Paulo II preconizou:

"Se quisermos redescobrir em toda a sua riqueza a relação íntima entre a Igreja e a Eucaristia, não podemos esquecer Maria, Mãe e modelo da Igreja. Um exame acurado dos Evangelhos demonstra Maria tendo como único filho Jesus Cristo. Com efeito, Maria pode guiar-nos para o Santíssimo Sacramento porque tem uma profunda ligação com ele."

Principais documentos mariológicos da Igreja promulgados nos últimos cento e cinquenta anos:

Papa Leão XIII: Encíclicas Magnae Dei Matris, 1892, Adiutricem populi, 1895, Augustissimae Virginis Mariae, 1897.
Papa Pio IX: Bula dogmática Ineffabilis Deus, de 8 de dezembro de 1854.
Papa Pio X: Encíclica Ad diem illum laetissimum, 1904
Papa Pio XI: Encíclica Lux veritatis, 1931.
Papa Pio XII: Encíclicas Bulla Munificentissimus Deus, 1950, Fulgens corona, 1953 e Ad Caeli Reginam, 1954.
Concílio Vaticano II, Constituição Lumen Gentium, cap. VIII, 1964.
Papa Paulo VI: Exortações apostólicas Marialis cultus, 1974 e Signum magnum, 1967.
Papa João Paulo II: Encíclica Redentoris Mater (1987), Exortação Apostólica Redentoris custos, 1989 e Carta apostólica Rosarium Virginis Mariae, (2002).

Fonte Wikipedia


A Mariologia pela ótica da Igreja Católica.

O que é Mariologia?

Pe. Eugênio Antônio Bisinoto C. Ss. R., 08 de Agosto de 2016 às 14h09. Atualizada em 31 de Agosto de 2016 às 11h42.

MARIOLOGIA, ESTUDO ATUAL

No contexto atual, os cristãos, que buscam viver seu cristianismo de maneira consciente e responsável, sentem a necessidade de conhecer melhor a figura e a missão de Maria, a Mãe de Jesus Cristo. Por isso, procuram aprofundar seus conhecimentos pelo estudo das Sagradas Escrituras, da Tradição e da doutrina da Igreja, da teologia e de outras formas científicas de análise da fé.
A veneração da Virgem Maria está presente na vida da Igreja, tanto na piedade popular como no culto oficial. É “um fato eclesial relevante e universal. Ela brota da fé e do amor do povo de Deus para com Cristo, Redentor do gênero humano, e da percepção da missão salvífica que Deus confiou a Maria de Nazaré, através da qual a Virgem não é somente Mãe do Senhor e do Salvador, mas também, no plano da graça, a Mãe de todos os homens” (Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, nº. 183).
Quando os cristãos, que estão imbuídos da veneração mariana, desejam compreender bem as verdades da fé, experimentam o dever e a urgência de considerar e refletir sobre a pessoa e o lugar de Maria no projeto de Deus e na vida da Igreja. Com razão buscam aprender a mariologia, disciplina valorosa e importante na caminhada da comunidade cristã.
Mariologia



O QUE É MARIOLOGIA?

A formulação da palavra “mariologia” foi feita pelo siciliano Plácido Nigido, que usando o nome de seu irmão Nicolau publicou, em Palermo, no ano de 1602, a sua obra mariana. “Mariologia” é um termo grego, que significa “discurso” ou “estudo” de Maria.
A mariologia é a parte da teologia que estuda a figura, o mistério, a missão e o significado de Maria na história da salvação. É “a ciência teológica que investiga, esclarece e aprofunda a presença atuante de Nossa Senhora no mistério de Cristo e da Igreja” (Ir. Aleixo Maria Autran, marista e escritor mariano).
Paulatinamente, os cristãos, que têm sede de compreender melhor os fundamentos de sua fé, vão descobrindo a importância e o valor da mariologia, realizando estudos em seus grupos, comunidades, centros culturais, academias, associações, institutos e faculdades.

ORIENTAÇÕES DO CONCÍLIO VATICANO II


O próprio Concílio Vaticano II (1962-1965) incentivou e orientou o estudo da mariologia, expondo bases sólidas e diretrizes seguras.
Na Constituição Dogmática “Lumen Gentium”, que trata da Igreja, o Concílio recomendou aos “os teólogos e pregadores da palavra divina a que na consideração da singular dignidade da Mãe de Deus se abstenham com diligência tanto de todo o falso exagero quanto da demasiada estreiteza de espírito. Sob a direção do Magistério cultivem o estudo da Sagrada Escritura, dos Santos Padres e Doutores e das liturgias da Igreja para retamente ilustrar os ofícios e privilégios da Bem-aventurada Virgem que sempre levam a Cristo, origem de toda verdade, santidade e piedade” (LG no. 67).


Ao mesmo tempo em que insiste, com diligência e abertura, na atitude de diálogo ecumênico, o Concílio faz saber aos cristãos que “a verdadeira devoção não consiste num estéril e transitório afeto, nem numa certa vã credulidade, mas procede da fé verdadeira pela qual somos levados a reconhecer a excelência da Mãe de Deus, excitados a um amor filial para com nossa Mãe e à imitação das suas virtudes” (LG no. 67).

Conscientes das orientações do Concílio, os cristãos assumem o estudo da mariologia com solicitude, seriedade, método, perseverança e ternura, esclarecendo e aprofundando seu conhecimento, sua reflexão e sua cultura. De maneira didática, o estudo, que se baseia nas Sagradas Escrituras e considera o contexto atual, abrange a tradição e vida da Igreja, a história da mariologia, a compreensão dos dogmas marianos, a reflexão teológica e cultural, o diálogo ecumênico e inter-religioso, o culto e piedade do povo, a aproximação com as ciências humanas e a missão dos cristãos na Igreja e na sociedade.

MARIOLOGIA NO CONJUNTO DA FÉ CRISTÃ

A mariologia há estar sempre integrada no conjunto da fé cristã. “O estudo da mariologia não é e jamais poderia ser uma reflexão isolada. É preciso evitar apresentações unilaterais da figura e da missão de Maria. Há necessidade de ligá-la aos estudos de cristologia, eclesiologia, pneumatologia, antropologia, escatologia etc.” (Dom Murilo S. R. Krieger, bispo e escritor mariano).
A mariologia ilumina e orienta a vida e missão dos cristãos. Não é uma ciência fechada em si mesma, presa em seus conceitos e formulações. Ao contrário, constitui um estudo teológico que ajuda os devotos em sua caminhada humana e espiritual. Iluminada pela mariologia e desenvolvida por uma dinâmica pastoral mariana, a piedade para com a Virgem Maria tem uma “grande força pastoral e constitui uma força inovadora dos costumes cristãos” (Paulo VI. Exortação Apostólica “Marialis Cultus”, nº. 31).
O estudo de mariologia ajuda os cristãos a renovarem e a aprofundarem o seu culto autêntico para com a Mãe do Salvador. O próprio Papa Paulo VI insiste na necessidade desta renovação mariana, dizendo que a “veneração dos fiéis pela Mãe de Deus tem revestido, de fato, formas diversas, de acordo com as circunstâncias de lugar e de tempo, com a distinta sensibilidade dos povos e com as suas diferentes tradições culturais. Disso resulta que, sujeitas ao desgaste do tempo, essas formas em que se expressa a piedade se apresentam necessitadas de uma renovação, que permita substituir nelas os elementos caducos, precisam valorizar os perenes e incorporar os novos dados doutrinais adquiridos pela reflexão teológica e propostos pelo magistério eclesiástico” (Exortação Apostólica “Marialis Cultus”, nº. 24).

 ESTUDO E ESPIRITUALIDADE

 “Mariologia” é um termo grego, que significa “discurso” ou “estudo” de Maria.
É de fundamental importância que o estudo de mariologia seja feito em clima de espiritualidade, inspirando e favorecendo a oração dos cristãos. Teólogo franciscano, São Boaventura (1221-1274) já recomendava: “Ninguém creia que basta a leitura sem a unção, a especulação sem o estupor, a pesquisa sem o exultamento, a atividade sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humilde, o estudo sem a graça divina, o perscrutar sem a sabedoria da inteligência divina” (Itinerarium Mentis in Deum, Prologus 4,53).

Por outro lado, o estudo da mariologia deve favorecer o cristão a adquirir uma sólida e ardorosa espiritualidade mariana. O estudioso não pode reduzir suas reflexões marianas a um conjunto de conceitos intelectuais bem expressos. Precisa unir o esforço mental com a prática espiritual, sem cair tanto no racionalismo como no sentimentalismo. Estudando a mariologia, procura também inspirar sua vida nas atitudes e virtudes de Nossa Senhora, querendo seguir, com a Igreja, “as pegadas do itinerário percorrido pela Virgem Maria, a qual avançou na peregrinação da fé, mantendo fiel a união com seu Filho até a cruz” (João Paulo II. Carta Encíclica “Redemptoris Mater”, nº. 2).

A formação do cristão na mariologia deve ser sempre completa, integrando bem e de forma harmoniosa o estudo, o culto e a vivência. Para isso, é imprescindível que ele adquira um conhecimento abrangente e exato da doutrina que a Igreja tem sobre a Mãe de Jesus. É preciso também que nutra um amor verdadeiro à Mãe de Deus, cultivando a devoção mariana com conteúdos e expressões profundas e autênticas. Além disso, o devoto deve desenvolver a habilidade de comunicar os seus conhecimentos marianos aos outros com competência, cordialidade e sabedoria.



ROTEIRO DE ESTUDO DA MARIOLOGIA

Para estudar a mariologia, o cristão precisa perceber e analisar, com critérios e a ajuda das ciências humanas, a situação atual da Igreja, da sociedade e da cultura em relação à presença e ao significado da Mãe de Jesus. Existem vários livros e revistas que mostram como os nossos contemporâneos se relacionam com a figura de Nossa Senhora.

Outro passo imprescindível do estudo de mariologia é a leitura e a meditação da Bíblia. A Sagrada Escritura é a alma e a base da formação mariana. Com ajuda de publicações de obras de exegese, o devoto pode conhecer e estudar a figura e a presença de Maria nos textos bíblicos. Nós encontramos a Mãe de Deus sempre “junto de Cristo, unida a Ele e à sua Igreja. A Palavra de Deus nas Escrituras (Antigo e Novo Testamento), lida e interpretada pela Igreja, é fonte do nosso culto de veneração, amor filial e imitação da Virgem Maria” (Ir. Aleixo Maria Autran).
Realizando sua formação mariana, o cristão deve levar em conta a tradição da Igreja, estudando os fatores, os desdobramentos e as contribuições referentes à doutrina e ao culto da Virgem Maria ao longo dos séculos. É importante aqui que estudar os documentos do magistério eclesiástico, os dogmas, as obras dos Padres da Igreja, os apócrifos, os escritores, os santos, a liturgia e piedade das comunidades.

Aprofundando e esclarecendo seus conhecimentos marianos, o cristão precisa do auxílio da teologia. Os leigos têm acesso ao estudo da teologia. “De uns tempos para cá, há algumas décadas já, o estudo da teologia, como ciência, deixou os ambientes restritos dos seminários e das casas de formação para se tornar um curso acessível a todos, não somente aos futuros padres e pastores, mas também aos leigos, religiosos, animadores de comunidade, e demais agentes de pastoral” (Antônio Mesquita Galvão, teólogo leigo e escritor). Existem vários cursos de mariologia, quer nos centros de teologia e nas comunidades, quer por correspondência. As editoras têm publicado muitos livros marianos, que trazem as reflexões dos teólogos.

Veja também

Mulher e religião
Virgem Maria nos concílios ecumênicos
Anexo:Títulos de Maria, mãe de Jesus
Dogmas e doutrinas marianas
Manifesto de Dresden
Maria no Código de Direito Canônico
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
A Virgem Maria na formação intelectual e espiritual. Texto da Congregação para a Educação Católica.
Livro:"As Aparições da Cova da Iria" por António Monteiro (edição digital em pdf, download)








sábado, 31 de dezembro de 2016

Fotos da Senhorita Di Lorena na Cidade Luz Paris/ Photos de Mademoiselle Di Lorena dans la Ville Lumière Paris


Um Video da Diva Francesa Edith Piaf
 A bela cidade de Paris




Nesta foto a visita ao túmulo do vocalista do The Doors Jim Morrison

Foto da Senhorita Di Lorena na Cidade Luz Paris
Foto de Mademoiselle Di Lorena dans la Ville Lumière Paris


Público se concentra na Times Square para Ano Novo com segurança reforçada em Nova York

                                       

Público se concentra na Times Square para Ano Novo com segurança reforçada em Nova York

Por Frank McGurty

NOVA YORK (Reuters) - Um verdadeiro mar de pessoas começou a convergir na Times Square na tarde deste sábado para acompanhar a descida da bola brilhante de Ano Novo, uma tradição centenária que será apresentada este ano sob um reforçado esquema de segurança sem precedentes.

Aproximadamente 2 milhões de pessoas, cercadas por um anel de caminhões de areia de 40 toneladas e algo em torno de 7.000 policiais, devem se reunir para assistir à cerimônia de passagem do ano, na qual a esfera de brilhantes vai completar sua descida à meia-noite, marcando o início de 2017.

Apesar de autoridades municipais e federais dizerem que não têm conhecimento de qualquer ameaça terrorista, as lembranças de dois ataques recentes com caminhões na Europa preocupa os organizadores do evento na Times Square, que atrai uma multidão para celebrar a passagem de ano desde o início do século 20.

Na elaboração do plano de segurança, a polícia de Nova York disse que prestou atenção às lições aprendidas com os recentes ataques na Alemanha e na França, onde suspeitos intencionalmente lançaram veículos sobre multidões, matando dezenas de pessoas.

Apesar da presença policial em peso, ou talvez por causa disso, uma multidão de pessoas, muitas delas vindas do exterior, chegou horas mais cedo para obter uma visão privilegiada dos festejos, que incluirão performances musicais de Mariah Carey, Thomas Rhett e Gloria Estefan. Embora o céu esteja nublado, espera-se que as temperaturas se mantenham em 5 graus Celsius, sem chuva, na hora da virada.

Às 23h59, a bola feita de cristais, com 152 centímetros de diâmetro, começará a deslizar por um poste que fica no topo de um edifício no ponto em que a Broadway atravessa a Sétima Avenida. Quando terminar sua descida à meia-noite, um sinal "2017" gigante será iluminado e fogos de artifício irão iluminar o céu de Nova York.

Ao longo da noite, um perímetro de proteção de 65 caminhões repletos de areia, bem como cerca de 100 outros veículos menores, cercará a Times Square. Colocados em posições estratégicas, os "bloqueadores" serão colocados para evitar qualquer repetição dos ataques de caminhão em Berlim e Nice deste ano, de acordo com as autoridades.

As forças policiais escolheram a mesma estratégia usada para o Desfile de Ação de Graças em Nova York, depois que militantes do Estado Islâmico incentivaram seguidores a atacarem o evento, que atraiu cerca de 3,5 milhões de pessoas para as ruas da maior cidade dos Estados Unidos.  Os caminhões de bloqueio também foram posicionados perto da Trump Tower depois que Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos, em novembro.

Além disso, para este Ano Novo Nova York terá equipes policiais fortemente armadas, atiradores de elite, cães farejadores de bombas e helicópteros. A Guarda Costeira e barcos da polícia também irão patrulhar as vias navegáveis ​​em torno de Manhattan.

Outras grandes cidades dos Estados Unidos, como Chicago e San Francisco, também empregaram segurança pesada para proteger as multidões que se reunirão para os eventos de Ano Novo.
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Polícia diz que embaixador grego foi assassinado por amante de sua mulher


Polícia diz que embaixador grego foi assassinado por amante de sua mulher

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A polícia brasileira disse nesta sexta-feira que um policial do Rio de Janeiro confessou ter esfaqueado até a morte o embaixador da Grécia a mando da esposa do diplomata, de quem era amante.

A esposa, o policial e um primo do policial - que agiu como vigia e ajudou a transportar o corpo do embaixador - estão todos presos enquanto a investigação continua, disseram os policiais em coletiva de imprensa no Rio de Janeiro.

O embaixador grego Kyriakos Amiridis, de 59 anos, estava desaparecido desde a noite de segunda-feira. Sua esposa, a brasileira Françoise, só informou a polícia sobre o desaparecimento na quarta-feira. O casal tem uma filha de 10 anos de idade.

Amiridis serviu como cônsul-geral da Grécia no Rio entre 2001 e 2004. Mais recentemente, foi embaixador de seu país na Líbia e assumiu o posto principal da representação grega no Brasil no início de 2016.

O governo brasileiro confirmou a morte do embaixador nesta sexta-feira e prestou condolências ao povo grego, ao presidente do país, Prokopis Pavlopoulos, e ao primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.

"Neste momento de dor e pesar, ofereço, em nome dos brasileiros, minhas condolências e solidariedade ao Governo e ao povo da Grécia, em particular aos familiares e pessoas próximas ao Embaixador Amiridis”, disse o presidente Michel Temer em carta enviada ao presidente Pavlopoulos.

O corpo carbonizado do embaixador foi encontrado dentro do veículo que tinha sido alugado por Amiridis e sua esposa, embaixo de um viaduto em uma estrada na região em que o casal estava hospedado no Rio.

O incidente é outro golpe à imagem do Rio, apenas quatro meses após ter sediado os Jogos Olímpicos.

(Por Paulo Prada e Brad Brooks)

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Rússia pede a Conselho de Segurança da ONU que endosse cessar-fogo na Síria

Conselho de Segurança da ONU. 19/12/2016. REUTERS/Andrew Kelly

Por David Ingram

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A Rússia exortou o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira a dar sua bênção a um frágil cessar-fogo na Síria, a terceira trégua adotada neste ano visando um fim aos quase seis anos da guerra síria.

O Conselho de Segurança se reuniu a portas fechadas durante uma hora para analisar a resolução proposta, que endossa o cessar-fogo que a Rússia e a Turquia anunciaram na quinta-feira.

    É possível que ocorra uma votação já no sábado, embora membros do conselho tenham recomendado mudanças no esboço, que provavelmente será revisado, disse o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, a repórteres após a reunião.

    "Acho que essas acomodações podem ser absorvidas facilmente no esboço", disse.

    Não ficou claro de imediato se a resolução terá um apoio amplo. O texto será estudado atentamente de sexta-feira para sábado, disse um diplomata ocidental, falando sob condição de anonimato.

    Confrontos, bombardeios e ataques aéreos ocorridos no oeste da Síria prejudicaram a trégua nesta sexta-feira pouco depois de sua entrada em vigor à meia-noite local, e os episódios de violência pareciam se agravar com o passar das horas.

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Governo analisa alternativas para Estados em situação mais crítica, diz Meirelles


Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. 30/09/2016. REUTERS/Paulo Whitaker

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o governo está analisando soluções para os Estados em situação mais crítica de endividamento, mas que eles precisarão estar de fato com problemas de solvência para se enquadrarem no projeto de recuperação fiscal.

"Estamos analisando o que fazer com os Estados em situação mais crítica" até a aprovação de um plano de recuperação, disse Meirelles a jornalistas.

"O que existe agora em discussão é exatamente o projeto de recuperação fiscal judicial das dívidas e dos Estados que estão com problemas de solvência", disse Meirelles.

O ministro, entretanto, não deu detalhes sobre o projeto de recuperação fiscal em estudo, mas destacou que não há hoje caminho jurídico para permitir o adiamento do pagamento das dívidas.

De olho na recuperação econômica após um ano de forte recessão, Meirelles projetou que o Brasil apresentará no quarto trimestre de 2017 um crescimento de 2 por cento na comparação com o mesmo período do ano anterior.

"Daqui para a frente temos que ter um outro desafio importante... que é a capacidade do Brasil de crescer a taxas maiores, e portanto gerar mais renda para a população", disse ele após cerimônia de assinatura da adesão do Brasil ao Clube de Paris.

Ele afirmou ainda que o plano de regularização tributária envolverá empresas com prejuízos acumulados fortes, e que o governo está dando início a estudos para a reforma tributária.

Questionado sobre a correção da tabela do Imposto de Renda, o ministro disse que ela pode ser anunciado ainda nesta sexta-feira, ou na próxima segunda.

(Reportagem de Cesar Raizer)

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Parabéns Ester do 9º Ano da Universidade Infantil pela sua aprovação no Curso de Eletrônica IFPE

 Ester com os pais

Todos os professores UI/Performance Parabeniza a querida aluna Ester do 9º Ano que foi aprovada no Curso de Eletrônica do IFPE. Ester a sua conquista é um orgulho para todos nós que vem acompanhando  a sua trajetória ao longo desses anos. Lembre-se que a sua vitória é um reconhecimento para o nosso trabalho como também para os seus queridos pais que tem lhe dado uma educação esmerada como educadores brilhantes que são. Parabéns!!!!  Ester essa é apenas uma das grandes conquistas que virão ao  longo de sua vida querida aluna de ouro. Tio Alarcon

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Pessoas em busca de emprego fazem fila em local com vagas de trabalho em Brasília

SÃO PAULO (Reuters) - A taxa de desemprego brasileira subiu para 11,9 por cento no trimestre até novembro, máxima da série histórica, depois de permanecer em 11,8 por cento por três vezes seguidas, e o número de desempregados chegou a um recorde de 12,1 milhões de pessoas.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostrou que o número de desempregados no período subiu 33,1 por cento na comparação com o mesmo período de 2015, atingindo um total de 12,132 milhões de pessoas, maior nível para a série iniciada em 2012. Nos três meses até outubro eram 12,042 milhões de pessoas sem emprego.

A taxa de desemprego divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira não foi ainda pior porque aumentou o número de pessoas fora da força de trabalho.

Esse grupo representa aqueles que não estão procurando emprego e por isso saem da conta e aumentou 1,5 por cento no período entre setembro e novembro sobre o ano anterior, o que representa 967 mil trabalhadores.

A população ocupada continuou diminuindo, registrando um recuo de 2,1 por cento no trimestre até novembro sobre o ano anterior, ou 1,941 milhão de pessoas a menos.

A apatia do mercado de trabalho é reflexo da forte retração econômica pela qual o país passa, com a taxa de desemprego bem acima da leitura de 9,0 por cento no trimestre até novembro de 2015.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de que o dado dos três meses até novembro ficasse em 11,9 por cento.

A renda média do trabalhador, ainda segundo a Pnad Contínua, caiu mais uma vez, mostrando perda de 0,5 por cento sobre o mesmo período do ano passado, a 2.032 reais.

A recessão econômica vem ajudando a inflação a perder força no país em meio ao desemprego alto, mas as perspectivas não são de recuperação sustentada em breve, com a atividade mostrando dificuldades de retomada.A última pesquisa Focus do Banco Central mostra que os economistas veem uma expansão de apenas 0,5 por cento em 2017, após contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,49 por cento este ano.

(Por Camila Moreira)

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

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A Grande Questão A inteligência artificial está melhorando ou está tomando conta da nossa vida?

A Grande Questão

A inteligência artificial está melhorando ou está tomando conta da nossa vida?
The New York Times

Este artigo faz parte do especial Ano em transformações do "The New York Times News Service & Syndicate" que o UOL publica exclusivamente no Brasil. Ao final desta página você encontrará outros artigos relacionados a esse especial.
http://www.uol/noticias/especiais/nyt-retrospectiva-a-grande-questao.htm#tematico



A inteligência artificial está melhorando ou tomando conta da nossa vida? De carros autônomos a robôs inteligentes, passando por drones e computadores campeões de xadrez, será que a tecnologia está tornando nossa vida mais interessante, conveniente e segura? Ou será que está evoluindo mais rápido do que podemos assimilar?

Garry Kasparov, Nnedi Okorafor, Faith Popcorn, Shauna Mei, Neil Harbisson, Joi Ito e Susan Bennett comentam o impacto da IA em todos nós.
The New York Times
Por Garry Kasparov

As máquinas vêm substituindo o ser humano desde que a primeira foi inventada, há milhares de anos – e, logo no dia seguinte, provavelmente já gerou empregos, quando três pessoas tiveram de consertá-la. Somos adaptáveis. E criativos. Usamos máquinas para fazer coisas novas, resolver problemas novos e criar setores que nem tínhamos imaginado. O alarmismo é fácil e natural; vemos o que está sendo perdido, mas não enxergamos as coisas novas até o momento em que elas chegam.
Do que aprendi com as partidas de xadrez que disputei contra o computador Deep Blue da IBM, vinte anos atrás, nós sempre vamos encontrar uma forma de construir máquinas que imitem nosso desempenho. E embora o ser humano continue a jogar xadrez, várias profissões vão continuar se tornando obsoletas conforme as máquinas forem se tornando mais capazes. A boa notícia é que os equipamentos inteligentes também nos libertam do trabalho tedioso, permitindo-nos mais criatividade e ambição – apesar, é claro, de que a liberdade de uns ser o desemprego de outros, pelo menos em curto prazo.

A ambição é essencial para nos mantermos à frente da automatização e é isso que me preocupa muito mais do que robôs assassinos. Os enormes aumentos de produtividade que as máquinas possibilitam devem ser investidos agressivamente, e não desperdiçados. Somos muito bons de ensinar os robôs a cumprirem nossas antigas obrigações, ou seja, a solução é continuar a inventar máquinas novas. A única segurança da raça humana é continuar promovendo o novo e o desconhecido.

(Garry Kasparov é o diretor da Human Rights Foundation e ex-campeão mundial de xadrez. Seu livro, “Deep Thinking”, fala da relação homem-máquina e será publicado pela "Public Affairs" em março/abril de 2017.)

Anya Okorafor-Mbachu/The New York Times
Por Nnedi Okorafor

Quando contemplo o futuro impacto da inteligência artificial na humanidade, o que me vem à mente são as estradas africanas. Robôs humanoides gigantes, de produção local, já estão policiando as ruas de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Com quase 2,5 m, movidos a energia solar, ficam parados no meio dos principais cruzamentos, onde mantêm o tráfego fluindo e os motoristas e pedestres seguros.

Criados por Thérèse Izay Kirongozi, engenheira da cidade, as máquinas têm a parte superior do "corpo" rotativa, o que lhes permite fazer o trabalho de quatro semáforos. Também estão equipadas com câmeras que registram e monitoram os motoristas. Esses guardas de trânsito robóticos trabalham em tempo integral e são queridos pela população local (sem contar que não aceitam propina).
Já se fala em levá-los para outros cruzamentos de outras cidades africanas. Uma vez que forem instalados em cidades de trânsito congestionado como Lagos e Cairo, a próxima etapa lógica será melhorá-los com inteligência artificial para poderem cumprir suas tarefas complexas ainda melhor. As ruas das grandes metrópoles do continente ficarão livres, abrindo caminho para a eficiência em uma escala mais abrangente.

(Nnedi Okorafor é escritora de ficção científica e fantasia. Seu romance juvenil, “Akata Witch 2: Akata Warrior”, sai no segundo semestre de 2017.)
Victor Jeffreys III/The New York Times
Por Faith Popcorn

Sim, é possível que milhares de pessoas sejam substituídas por robôs: segundo a Universidade de Oxford, 47%o dos trabalhadores norte-americanos perderão o emprego para a automatização nas duas próximas décadas. Pepper, o robô humanoide, está roubando o emprego das recepcionistas; o serviço de inteligência artificial Brain.fm está compondo a música que nossos atletas olímpicos ouvem enquanto treinam; o programa Quill está escrevendo notícias financeiras. Uma renda mínima garantida será instaurada nos EUA em breve, quando os salários forem coisa do passado.

Porém, ao mesmo tempo, o reconhecimento de voz e o software de transcrição nos permitirão falar, e não escrever, nossos Grandes Romances Norte-Americanos. Aplicativos de tradução estão a ponto de fazer fluir as conversas em tempo real ao redor do mundo. Watson, o supercomputador da IBM, pode ter salvado a vida de uma mulher em Tóquio, descobrindo seu tipo raro de leucemia quando os médicos não conseguiram fazê-lo. Robôs como Robear (um robô cuidador/enfermeiro com cara de urso) ajudarão a aliviar a solidão quando nossa perspectiva de vida espichar para os 150 anos. Com a mente livre do tédio e dificuldade do trabalho, talvez consigamos elevar o nível de nossa sociedade e aproveitar uma nova Era Dourada. Estou dentro.

(Faith Popcorn é futurista, escritora e CEO da consultoria estratégica Brain Reserve.)
Marcos Fecchino/The New York Times
Por Shauna Mei

Quando compramos roupa, pensamos no tamanho, no preço e na cor, mas outros fatores são igualmente importantes: o estilo, a sensação e o caimento no corpo e o impacto de sua produção na economia local. Esses elementos devem ser definidos por um ser humano.
A inteligência artificial melhora esse julgamento; aprende seu “estilo”, sua propensão em relação ao “consumo consciente” e seus hábitos de compra para então escolher itens específicos de um catálogo com uma eficiência que você jamais teria. Esse filtro prevê suas compras muito melhor do que as recomendações de qualquer stylist, por mais experiente que seja.

No AHAlife.com, começamos a usar algoritmos para nos auxiliar com dois comportamentos de previsão: mostrando os produtos certos ao cliente antes mesmo que ele saiba que os quer e fornecendo a cópia correta para encorajá-lo a comprar. No mundo novo das "compras de descobertas" on-line, mesmo quando suas preferências guiam sua procura, as escolhas são muito amplas. A inteligência artificial com um toque humano o ajuda a ganhar tempo e fazer compras mais coerentes.
(Shauna Mei é CEO e fundadora da AHALife, portal de venda de produtos selecionados.)

Hector Adalid/The New York Times
Por Neil Harbisson

Não acho que as máquinas terão interesse em nos matar ou destruir; não seria inteligente – e, aliás, o ser humano já sabe fazer isso. Evitar a morte por robôs, porém, não é a nossa única preocupação, agora que a inteligência artificial começa a despontar. Se não queremos que a tecnologia seja mais inteligente que nós, então os humanos precisam se tornar mais tecnologia. Se nos transformarmos em ciborgues, poderemos evoluir na mesma proporção que nossos correspondentes tecnológicos. Adicionando sentidos artificiais ao nosso corpo, poderemos aumentar a nossa percepção da realidade, adquirir mais conhecimento e nos tornarmos mais inteligentes.
Somos a primeira geração que pode realmente decidir o que quer ser enquanto espécie. Podemos acrescentar novos sentidos e órgãos para aumentar a capacidade do nosso corpo de vivenciar o mundo. Podemos, de fato, nos reprojetarmos. Nosso passo evolucionário atual é a fusão com a tecnologia e, assim, tomar parte ativa no nascimento da nossa própria versão futura.

(Neil Harbisson é um artista britânico e ativista ciborgue. Daltônico, tem uma antena implantada no crânio que o permite estender sua percepção de cores além do espectro visual.)
Mizuka Ito/The New York Times
Por Joi Ito

Grande parte das pesquisas sobre inteligência artificial (IA) hoje se concentra no aprendizado das máquinas, ou seja, os engenheiros as “treinam” para aumentar a inteligência coletiva de nossos governos, mercados e sociedades. Essa versão “estendida” (IE) provavelmente se tornará a forma dominante. Só que há um problema: os algoritmos que a criam são treinados por humanos e, consequentemente, podem propagar as mesmas tendenciosidades que atingem a sociedade, perpetuando-as sob a ilusão de "inteligência". Veja, por exemplo, os algoritmos de previsão de policiamento usados para determinar quais os bairros devem ser mais vigiados por causa das atividades criminais, ou quem deve ser classificado como terrorista. A menos que usemos uma base ética e moral, a tecnologia que deveria melhorar o nosso bem-estar, pode, de fato, ampliar os piores aspectos de nossa sociedade.

O uso bem-intencionado de tecnologias em desenvolvimento pode dar errado. Em 2003, fui um dos autores de um trabalho que previa que uma internet aberta teria um papel significativo na democratização das sociedades e na instauração da paz. Mais tarde, nos primórdios da Primavera Árabe, a impressão foi a de que a rede tinha, de fato, ajudado a começar o levante – mas conforme ela se torna um espaço cada vez mais tomado pelo preconceito e pela trollagem maliciosa, além de se tornar plataforma para organizações como o Estado Islâmico avançarem sua onda de ódio, fico imaginando o que foi que deu errado. Tenho o mesmo tipo de preocupação em relação ao desenvolvimento e uso da IE.

É absolutamente essencial desenvolver um modelo de evolução para o desenvolvimento de nossa ética, governo, sistema educacional e mídia na era da inteligência da máquina. Temos de dar início a uma discussão mais ampla e mais profunda sobre como a sociedade se desenvolverá junto com essa tecnologia, bem como montar um novo tipo de ciência da computação que seja não só "inteligente", mas também responsável socialmente. Se permitirmos que a IE se desenvolva sem um direcionamento cuidadoso da forma como se integra e afeta a sociedade, ela pode ampliar tendências e entidades perigosas. E talvez percebamos isso só quando for tarde demais.

(Joi Ito é o diretor do Media Lab do MIT, laboratório de pesquisas dedicado à integração da tecnologia com a arte e o design.)
Tyrone Myrick/The New York Times

Por Susan Bennett

Parece que não temos de usar o cérebro tanto quanto antes. Qualquer um de nossos dispositivos digitais pode nos fornecer a informação que antigamente nos teria exigido pesquisa, a leitura de livros... usar o computador que temos na cabeça. Será que o cérebro atrofia da mesma forma que o músculo que não é usado? Enquanto as máquinas estão ficando mais inteligentes, será que não está acontecendo o contrário conosco?

Se os robôs não forem programados com emoções humanas, teremos então novas criaturas inteligentes que não odiarão umas às outras por causa de raça, credo ou religião, coisa que os humanos parecem incapazes de fazer nos seis mil anos que o homem dito civilizado está no planeta – mas será que conseguirá criar arte, música, literatura, comédia?

Estamos prestes a descobrir isso nos próximos anos. Talvez a IA substitua os humanos e a Siri nos leve tranquilamente para o mar. Sorte que o comando não será o meu, pois, desde o i0S7, a Apple mudou as vozes originais da Siri no mundo todo. Quem sabe seja a do Morgan Freeman?
(Susan Bennett é atriz, dubladora e, em 2011, se tornou a voz original do Siri no iPhone da Apple.)