Konstantinos - Uranus
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Sônia Braga será protagonista do segundo filme de Kleber Mendonça Filho
Sônia Braga será protagonista do segundo filme de Kleber Mendonça Filho
Publicado por Mirella Martins
A atriz brasileira Sônia Braga – e estrela em Hollywood – disse “sim” ao convite do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho para ser a protagonista do seu segundo filme Aquarius, que começa a ser rodado no próximo mês, no Pina. Ele fez o maior sucesso com O Som ao Redor. O longa-metragem foi indicado para representar o Brasil na categoria Melhor Filme Estrangeiro, mas acabou ficando de fora do Oscar. O filme ficou na lista dos melhores do ano no News York Times e foi apresentado como exemplo de destaque do novo cinema brasileiro pela Variety e pelo El País.
Sônia Braga em nova produção americana
Sônia Braga virá gravar no Recife.
No Facebook, Kleber comentou sobre a participação da atriz: “Já está correndo a informação, Sônia Braga será a protagonista do meu próximo filme, Aquarius, que começamos a rodar em agosto, no Recife. Vai ser incrível. Eu estou muito feliz de poder trabalhar com Sonia em Aquarius. Sonia é não apenas uma grande atriz, mas um ícone da cultura brasileira através do teatro, da TV e do cinema, seu carisma é também reconhecido internacionalmente. Poder tê-la interpretando essa personagem Clara, mulher rochedo que está em praticamente todas as cenas, é uma honra, pura e simplesmente, e a sintonia de Sonia com Clara é linda. Sonia é uma estrela, no sentido clássico da imagem de cinema. Fuck Yeah”.
O cineasta ainda divulgou um depoimento da própria Sônia sobre o filme: “Quando li Aquarius, tive que parar para respirar. Sim, respirar e entender que era real. Que era um roteiro do Kleber Mendonça e que ele estava me oferecendo para participar. Pareceu de cara um sonho: uma personagem íntegra, da minha idade, com meus sonhos, com os meus sonhados filhos e família. Quis logo viver esta mulher. As palavras do roteiro pareciam que ja tinham andado na minha boca. Quando assisti a O Som ao Redor, entendi logo que tinha que parar, respirar, voar, para entrar no universo incrível e magnificamente estranho do Kleber. Me vi, me senti nele. Sei que a viagem em Aquarius será um mergulho num profundo mar azul, infinito e misterioso, mas simples. Um mergulho nos meus mais profundos sonhos e desejos. Mas, principal e finalmente, a volta e um mergulho na minha língua mãe, que me acolheu sempre tão carinhosamente. Kleber me escolheu e eu fico muito agradecida que um grande cineasta como ele me veja assim, dentro deste universo estranhamente desnivelado, mas com linhas paralelas, que só os artistas colocam no infinito”.
http://blogs.ne10.uol.com.br/
Dilma diz em reunião com governadores que estabilidade fiscal é responsabilidade de todos
Dilma diz em reunião com governadores que estabilidade fiscal é responsabilidade de todos
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia em Brasília. 28/07/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira durante reunião com governadores que a estabilidade fiscal do país é uma responsabilidade de todos e disse enxergar uma volta ao crescimento econômico em um prazo menor do que previsto por muitos.
Em discurso na abertura da reunião, pontuado em vários momentos por apelos pela necessidade de cooperação entre União e Estados, Dilma disse ainda que a busca de formas "mais institucionalizadas" de cooperação federativa permitirá que haja aceleração do período de travessia pelo qual passa o Brasil.
"Nós sabemos que a estabilidade fiscal do país é muito importante, que a estabilidade econômica do país é muito importante, e é responsabilidade de todos os Poderes da Federação", disse a presidente.
"A União tem que arcar com a responsabilidade de liderar esse processo e assumir todas as suas necessidades e condições
e, ao mesmo tempo, nós consideramos que, como algumas medidas afetam os Estados e portanto o país, os governadores também têm de ter clareza do que está em questão."
Em um momento em que o Executivo conta com baixa aprovação e dificuldades com sua base de apoio no Legislativo, sendo alvejado inclusive por líderes da base aliada, a presidente destacou a existência de algumas propostas legislativas "de grave impacto já votadas pelo Congresso", completando que "todas essas medidas terão impacto sobre os Estados sem sombra de dúvidas".
"A cooperação federativa é uma exigência constitucional, é exigência da forma como nós organizamos Estado e sociedade brasileira. Devemos respeitar a democracia, devemos somar forças e trabalhar para melhor atender a população", afirmou.
"Sei suportar pressão e até injustiça. Isso é algo que qualquer governante tem de se capacitar para e saber que faz parte da sua atuação. Eu também quero dizer que tenho o ouvido aberto e também o coração", completou, num aceno ao diálogo.
A presidente disse também que a conjuntura econômica era mais favorável durante a campanha eleitoral do ano passado do que atualmente, citando fatores como a queda no preço das commodities, desaceleração da China e queda do real ante o dólar, com impacto sobre a inflação. Como governantes que somos, não podemos nos dar ao luxo de não ver a realidade com olhos muito claros", afirmou, pontuando que, apesar disso, o país tem condições de voltar a crescer com ajuda de maiores exportações, concessões públicas e um novo ciclo de expansão sustentável do crédito que, de acordo com Dilma, virá com a redução da inflação já no ano que vem.
"O governo tem todas as condições de superar essas dificuldades, de enfrentar os desafios e, num prazo bem mais curto que alguns pensam, assistir à retomada do crescimento da economia", avaliou.
A respeito das iniciativas que podem ser tocadas em conjunto com os governadores, Dilma citou a reforma do ICMS, imposto sobre circulação de mercadorias e serviços.
"É reforma microeconômica que pode ter repercussão macroeconômica para o crescimento, para a geração de emprego, para a melhoria de arrecadação dos Estados", afirmou.
(Reportagem de Marcela Ayres)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia em Brasília. 28/07/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira durante reunião com governadores que a estabilidade fiscal do país é uma responsabilidade de todos e disse enxergar uma volta ao crescimento econômico em um prazo menor do que previsto por muitos.
Em discurso na abertura da reunião, pontuado em vários momentos por apelos pela necessidade de cooperação entre União e Estados, Dilma disse ainda que a busca de formas "mais institucionalizadas" de cooperação federativa permitirá que haja aceleração do período de travessia pelo qual passa o Brasil.
"Nós sabemos que a estabilidade fiscal do país é muito importante, que a estabilidade econômica do país é muito importante, e é responsabilidade de todos os Poderes da Federação", disse a presidente.
"A União tem que arcar com a responsabilidade de liderar esse processo e assumir todas as suas necessidades e condições
e, ao mesmo tempo, nós consideramos que, como algumas medidas afetam os Estados e portanto o país, os governadores também têm de ter clareza do que está em questão."
Em um momento em que o Executivo conta com baixa aprovação e dificuldades com sua base de apoio no Legislativo, sendo alvejado inclusive por líderes da base aliada, a presidente destacou a existência de algumas propostas legislativas "de grave impacto já votadas pelo Congresso", completando que "todas essas medidas terão impacto sobre os Estados sem sombra de dúvidas".
"A cooperação federativa é uma exigência constitucional, é exigência da forma como nós organizamos Estado e sociedade brasileira. Devemos respeitar a democracia, devemos somar forças e trabalhar para melhor atender a população", afirmou.
"Sei suportar pressão e até injustiça. Isso é algo que qualquer governante tem de se capacitar para e saber que faz parte da sua atuação. Eu também quero dizer que tenho o ouvido aberto e também o coração", completou, num aceno ao diálogo.
A presidente disse também que a conjuntura econômica era mais favorável durante a campanha eleitoral do ano passado do que atualmente, citando fatores como a queda no preço das commodities, desaceleração da China e queda do real ante o dólar, com impacto sobre a inflação. Como governantes que somos, não podemos nos dar ao luxo de não ver a realidade com olhos muito claros", afirmou, pontuando que, apesar disso, o país tem condições de voltar a crescer com ajuda de maiores exportações, concessões públicas e um novo ciclo de expansão sustentável do crédito que, de acordo com Dilma, virá com a redução da inflação já no ano que vem.
"O governo tem todas as condições de superar essas dificuldades, de enfrentar os desafios e, num prazo bem mais curto que alguns pensam, assistir à retomada do crescimento da economia", avaliou.
A respeito das iniciativas que podem ser tocadas em conjunto com os governadores, Dilma citou a reforma do ICMS, imposto sobre circulação de mercadorias e serviços.
"É reforma microeconômica que pode ter repercussão macroeconômica para o crescimento, para a geração de emprego, para a melhoria de arrecadação dos Estados", afirmou.
(Reportagem de Marcela Ayres)
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Sid Vicious
Sid Vicious
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sid Vicious (nome artístico de John Simon Ritchie-Beverly, Londres, 10 de Maio de 1957 — Nova Iorque, 2 de Fevereiro de 1979) foi um músico inglês, conhecido por tratar-se de um ícone da cultura punk, tocar baixo na banda Sex Pistols.1
Sid Vicious, antes de entrar para a banda Sex Pistols, era baterista do Siouxsie & The Banshees. Também foi vocalista da banda The Flowers Of Romance.
Biografia
Infância
Sid Vicious nasceu em 10 de maio de 1957, em Londres. Batizado como John Simon Ritchie, era filho de um ex-guarda, John Ritchie, e de Anne Randall, uma hippie, o que o deixava mais solto. Alguns o consideravam meio problemático desde pequeno, tinha carência de atenção e fazia de tudo para que todos olhassem para ele. A família morava em Lee Green e seu pai abandonou Anne logo após seu nascimento.
Com 3 anos, John foi com a mãe para Ibiza (ilha espanhola) com a ajuda financeira do pai. Anne vendia drogas para sobreviver e, após perder o apoio financeiro do "ex", foi obrigada a voltar para a Inglaterra com John.
Após a volta de Ibiza, John e a mãe não se estabeleciam em uma residência fixa e a mãe acabou se casando com Christover Beverly, que morreu 6 meses depois, antes mesmo de adotar a criança. Em 1971 (ou 1974 - varia conforme a fonte) John mudou-se para Hackney (com ou sem a mãe, também varia de acordo com a fonte). Segundo o que se conta, o garoto foi estudar fotografia e arte e nessa época já tinha tido empregos temporários e já tinha vendido LSD em concertos para ajudar a mãe.
O encontro com Johnny Rotten
Em Hackney (bairro no nordeste de Londres), John conheceu John Joseph Lydon (que mais tarde se tornou Johnny Rotten), John Wardle e John Gray, formando "o bando de Johns". Nessa época, ele se tornou bem amigo de John Lydon e eles já eram considerados estranhos, ele já pintava os cabelos, influenciado por David Bowie.
Antes de ser Sid Vicious, John eram chamado de Sly e acabou trocando seu apelido após levar uma mordida do roedor de John Lyndon, Sydney, e chamá-lo de perverso (vicious significa perverso em inglês - daí surgiu o nome Sid Vicious).
Sid e John andavam sempre estranhos e Sid se inspirava muito em David Bowie. John não aguentava mais o fanatismo religioso da família e fugiu de casa, levando Sid com ele.
Abandonando a escola, Sid e o amigo passaram por diversos "squats" (prédios abandonados que são invadidos por jovens, e que passaram a ficar conhecidos por se tornarem centros culturais e de encontros promovidos por punks) e acabaram se estabelecendo no apartamento de Linda Ashby, uma prostituta lésbica amiga deles.
A formação dos Sex Pistols e a Sex
Sid Vicious, ex-integrante do Sex Pistols.
Nessa época, Sid vivia sem emprego fixo e as idéias anarquistas começavam a se formar. A vida era difícil e, em outro canto da cidade, Malcom McLaren teve a brilhante idéia de criar uma banda (os Sex Pistols) para divulgar sua loja, a Sex, onde vendia roupas roqueiras e acessórios considerados "estranhos" que atraiam jovens como Sid e John.
Um dia, Sid e John chamaram a atenção de McLaren na Sex pelo seu cabelo vermelho e estilo estranho. O Sex Pistols precisava de um vocalista e Malcon convenceu Lydon a tentar preencher o cargo.
Foi cantando com uma jukebox a música "I'm Eighteen", de Alice Cooper que Lydon se tornou oficialmente vocalista da banda punk e Sid, que acompanhava de perto se apaixonou de vez pelo estilo.
Sid substituiu David Bowie pelo punk, que cada vez mais crescia, e, no primeiro festival punk, o 100 Club, em Oxford Street, apareceu como baterista da banda Siouxsie & The Banshees. O festival contava com outras bandas, tais como: Subway Seet, The Clash e os próprios Sex Pistols. Mesmo nunca tendo tocado bateria, Sid impressionou com sua performance que durou pouco pois a banda foi criada apenas para o evento. Após a bateria, Sid se arriscou como vocalista da banda The Flowers of Romance, que também durou pouco.
Os Sex Pistols cresceram mas havia constantes brigas entre Johnny Rotten (Lydon já havia adquirido o novo nome nessa época) e o baixista Glen Matlock - que segundo o que dizem, era o único da banda que realmente sabia tocar.
A entrada nos Sex Pistols e o fim da banda
Sem Matlock, Malcom foi atrás de Vicious para assumir a vaga de baixista. Sid não sabia tocar mas compensava em seu estilo e aparência, o mais importante da banda. Em março de 1977, Sid entra para os Pistols e recusa a ajuda de Matlock para aprender a tocar baixo.
Como Sid não sabia tocar baixo, Jones(o guitarrista da banda) teve que ajuda-lo em todas as músicas do álbum da banda, com exceção de "Anarchy in the UK" que o Glen Matlock (baixista original da banda) gravou.
Mesmo que não tivesse nenhum senso sobre como tocar, Sid era uma imagem publicitária enorme para os Pistols e eles fecham um contrato com a A&M Records. Como a festa de comemoração do novo contrato acabou em muita baixaria (bem ao estilo deles), a A&M cancelou tudo e eles estavam novamente sem gravadora.
Com os problemas causados pelas letras polêmicas e infringência às regras impostas pela rainha da Inglaterra (eles foram proibidos de tocar em território inglês então fizeram um show em um barco, sob as águas da Inglaterra) eles foram parar na cadeia. Eles começaram a ser obrigados a tocar escondidos e a palavra "bollocks" no encarte de seu disco (Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols) fez com que ele fosse retirado das lojas.
Para a felicidade de McLaren, os Sex Pistols deixavam notícias por onde passavam. Porém, além de alguns problemas envolvendo Sid e Nancy, as brigas entre os integrantes fez com que a banda finalmente acabasse, em 1978, em São Francisco após a turnê americana.
Os outros integrantes dos Pistols nunca gostaram de Sid, viam ele como um idiota.
Musicalidade
Foram debatidas as habilidades de Vicious como baixista. Durante uma entrevista para a Guitar Hero III , quando o guitarrista Steve Jones foi perguntado por que ele, em vez de Vicious, gravou as partes de baixo de Never Mind the Bollocks , Jones respondeu: "Sid estava em um hospital com icterícia e não podia realmente tocar, não que ele pudesse tocar de alguma maneira ". A única música que ele tocou no estúdio foi "Bodies". Vicious pediu a Lemmy , baixista do Motörhead , para ensiná-lo a tocar baixo com as palavras: "Eu não posso tocar baixo", ao que Lemmy respondeu: "Eu sei." Em outra entrevista Lemmy declarou: "É. Foi tudo difícil. E ele ainda não conseguia tocar baixo quando morreu".
Vicious tocando com sua curta grupo de punk viveu Vicious Branco Crianças
De acordo com Paul Cook , nos poucos meses entre a adesão à banda e conhecer Spungen, Vicious era um trabalhador dedicado e tentou arduamente aprender a tocar, na verdade, este período era o favorito de Cook na banda. Viv Albertine foi mais longe no defesa de sua capacidade, dizendo que uma noite ela "foi para a cama, e Sid ficado com um álbum dos Ramones e um baixo, e quando me levantei de manhã, ele podia tocar. Ele tinha levado uma carga de velocidade e .. aprendeu sozinho Ele era tão rápido " Keith Levene , membro do The Flowers of Romance com Vicious e mais tarde um membro do The Clash e Public Image Ltd , também relata uma história semelhante: "Poderia Sid tocar baixo? Não sei, mas uma coisa que eu sabia era que Sid fez coisas rapidamente. Uma noite, ele tocou o primeiro álbum Ramones sem parar, toda a noite, em seguida, na manhã seguinte, Sid podia tocar baixo. Era isso, ele estava pronto! Eu lhe disse que Sid fez coisas rapidamente! " Até o momento do último show dos Sex Pistols no Winterland Ballroom, San Francisco, Vicious foi um baixista razoavelmente competente, como é evidente na filmagem do show.
Carreira Solo
Com Spungen agindo como seu "manager", Vicious embarcou em uma carreira solo, durante o qual ele se apresentou com músicos como Mick Jones do The Clash , Sex Pistols baixista Glen Matlock , Rat Sarna de The Damned eo New York Dolls ' Arthur Kane , Jerry Nolan e Johnny Thunders . Vicious realizou a maioria de suas performances no Max Kansas City e atraiu grandes multidões. Suas últimas apresentações como músico a solo ocorreu no Max de.
Sid e Nancy
O encontro
Em novembro de 1977, Sid conheceu Nancy Spungen, por quem se apaixonou. Nancy era uma drogada que tentava a vida como prostituta em Nova York e acabou com fama de groupie, por correr atrás de vários astros do rock. Ninguém gostava dela, então ela arriscou a sorte na Inglaterra e foi parar no apartamento da amiga Linda, o mesmo de Sid e Johnny, bem na epóca que Sid entrou nos Sex Pistols.
Nancy já era viciada em heroína, enquanto Sid ainda era virgem. Começaram a namorar, e Sid pediu a Nancy que lhe desse heroína, afirmando que já sabia usar. Passou o dia inteiro a vomitar.
Nancy dividia um colchão com Sid no apartamento.Ela relata que tirou sua virgindade e o encantou.
Sid se uniu a ela e aos seus amigos e se viciaram juntos em heroína (ele já tinha a filosofia de vida de viver intensamente e morrer jovem). Ele usava maconha e anfetaminas apenas para se divertir.
Os amigos de Sid tentaram ajudá-lo a sair da situação. Eles achavam que afastá-lo de Nancy seria a solução. Malcon, sem sucesso, tentou sequestrá-la, mas apenas conseguiu mantê-la fora da turnê americana. De qualquer forma, Sid bebia e falava de Nancy o tempo todo durante a turnê, o que comprova que era sua vontade estar com Nancy.
Após o termino da banda, Sid foi morar com Nancy em Nova York, no hotel Chelsea. Spungen tornou-se sua manager em 1978. Chegou um momento em que Sid estava convencido de que ele era a alma da banda e que poderia muito bem seguir em carreira solo. Até fez uma versão da música My Way (de Paul Anka), mas não foi muito longe. A carreira solo de Sid fracassou completamente e todo o dinheiro que conseguia era destinado ao vício em heroína.
A morte de Nancy
Vicious e a namorada brigavam muito e, em 12 ou 13 de outubro, varia conforme a fonte, ele encontrou a namorada morta no banheiro com uma facada no abdômen, no quarto nº100 onde moravam. Uma das histórias diz que Sid estava drogado e a matou. Outra versão envolve dinheiro desaparecido durante o assassinato e conta que Nancy foi assassinada por um traficante que vivia no apartamento. A terceira versão da história diz que Nancy, drogada, se matou. Ela não esperava nada da vida e eles tinham um pacto de suicídio.
Sid foi preso acusado de assassinar a mulher. Arrasado, tentou se matar várias vezes na cadeia e, enquanto esteve lá, Sid escreveu poesias e músicas para Nancy.
Juntando 30 mil dólares, a gravadora pagou a fiança e Sid foi libertado. Dizem que ele era um bom compositor e que as letras escritas na prisão nunca foram gravadas.
A recuperação de Sid e sua morte[editar | editar código-fonte]
Após ser liberado, Sid começa a namorar Michelle Robinson e, mesmo estando com ela, se envolve com a namorada do irmão de Patti Smith, Todd Smith. A história acaba em briga e Sid agride Todd com uma garrafa de cerveja em seu rosto. Sid retorna a cadeia e mais uma vez sob fiança, sai de lá após 55 dias com liberdade condicional.
Todos acreditavam na desintoxicação de Sid, mas após a festa em homenagem a sua libertação na casa de sua mãe ele se trancou no banheiro e injetou uma dose a mais de heroína. Depois foi achado morto, deitado de costas na cama do apartamento de Michelle Robinson, na manhã de 2 de fevereiro de 1979, aos 21 anos, de overdose de heroína. Acredita-se que Sid havia roubado a droga da própria mãe (que tem registro de prisão por posse de drogas). Uma das últimas pessoas que estiveram com ele naquela noite foi Jerry Only o baixista do Misfits.
Após a morte, sua mãe encontrou na sua jaqueta uma carta suicida que dizia:
We had a death pact, and I have to keep my half of the bargain. Please bury me next to my baby in my leather jacket, jeans and motorcycle boots. Goodbye.
(Nós tinhamos um pacto de morte, e eu tenho que manter minha parte no trato. Por favor, me enterre próximo a minha querida com minha jaqueta de couro, jeans e botas de motoqueiro. Adeus.)
— Sid Vicious
Pelo fato de Nancy ser judia e ter sido enterrada em cemitério israelita, Vicious não foi autorizado a ser enterrado junto a Nancy. Ele foi cremado e conta-se que sua mãe perdeu parte de suas cinzas no aeroporto de Heathrow e depositou o resto no túmulo de Nancy, contrariando as autoridades judaicas.
O seu romance com Nancy tornou-se a versão de Romeu e Julieta no mundo punk.
No documentário disponível no You Tube sob título "sid vicius-24 horas antes de morir. documental", Alan Parker, jornalista, amigo da mãe de Sid, afirma que foi ela, sua própria mãe, quem lhe deu a dose fatal de heroína. Ele acredita que seria um ato de piedade em razão de sua condição física e da possibilidade de vir novamente a ser preso.
Filmografia
Sex Pistols Number One (1976, ohj. Derek Jarman)
Jubilee (1978, ohj. Derek Jarman)
Will Your Son Turn into Sid Vicious? (1978)
The Great Rock‘n’Roll Swindle (1979, ohj. Julien Temple, VHS, Virgin Films)
The Punk Rock Movie (1979, ohj. Don Letts)
Dead On Arrival (1981, ohj. Lech Kowalski)
The Filth and the Fury (2000, ohj. Julien Temple, VHS/NTSC)
Sid & Nancy (O Amor Mata) . (1986 Metro Godewyn Mayer)
Amor a moda de Springfield, especial onde os personagens de Simpsons interpretam as mais famosas histórias de amor, uma delas é a de Sid e Nancy.
Bibliografia
Anne Beverley, The Sid Vicious Family álbum (1980, Virgin Books)
Gerald Cole, Sid And Nancy (1986, Methuen)
Alex Cox & Abbe, Sid And Nancy (1986, Faber and Faber)
Keith Bateson and Alan Parker, Sid’s Way (1991, Omnibus Press)
Tom Stockdale, Sid Vicious. They Died Too Young (1995, Parragon)
Malcolm Butt, Sid Vicious. Rock‘n’Roll Star (1997, Plexus)
David Dalton, El Sid (1998, St. Martin’s Griffin)
Sid Vicious, Too Fast To Live…Too Young to Die (1999, Retro Publishing)
Alan Parker, Vicious. Too Fast To Live… (2004, Creation Books)
Ver também[editar | editar código-fonte]
Punk
Sid and Nancy
Sex Pistols
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Fotolog Sid Vicious
A confissão de Vicious à polícia de Nova York e outros documentos
Biografia e fotos
Site com fotos da cena do crime
sid vicius-24 horas antes de morir. documental
Referências
Ir para cima ↑ Tony Hall, editor principal, vários outros colaboradores, They Died too Young (título original), Parragon Publishing (editora original), 1996, ISBN 0-7525-1975-1
Atletas vão competir no Rio em águas com vírus causadores de doenças, diz Associated Press
quinta-feira, 30 de julho de 2015
RIO DE JANEIRO (Reuters) - As águas da Baía de Guanabara, da Lagoa Rodrigo de Freitas e da praia de Copacabana, que receberão diferentes competições durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, estão contaminadas com vírus causadores de doenças, revelou um estudo publicado pela agência de notícias Associated Press nesta quinta-feira.
Testes virais encomendados pela AP a especialistas em qualidade de água do Brasil e do exterior revelaram alta presença de vírus que se replicam no trato intestinal ou respiratório das pessoas, conhecidos por causar doenças estomacais, respiratórias e outras, incluindo diarreia aguda e vômitos.
Segundo a agência, as concentrações dos vírus foram aproximadamente as mesmas que são encontradas no esgoto, mesmo na praia de Copacabana, onde serão realizadas as provas de natação do triatlo e de maratona aquática nos Jogos Olímpicos.
O local mais poluído é a Baía de Guanabara, palco das competição de vela, enquanto a Lagoa Rodrigo de Freitas, que receberá provas de remo e canoagem, também apresentou altos índices de contaminação.
Iatistas brasileiros e estrangeiros que velejam no Rio de Janeiro há muitos anos reclamam da poluição da Baía de Guanabara, cuja limpeza era uma promessa das autoridades da cidade quando se candidatou a receber os Jogos Olímpicos.
No entanto, o governo já reconheceu que não vai cumprir a meta de tratar 80 por cento do esgoto lançado no local e tem buscado medidas paliativas para enfrentar o problema, como a construção de barreiras no entorno da raia olímpica e a limpeza da superfície por meio de barcos.
O local receberá um evento-teste para os Jogos entre os dias 15 e 22 de agosto.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
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quarta-feira, 29 de julho de 2015
MPF apresenta nova denúncia contra ex-diretor da Petrobras e delator de Cunha na Lava Jato
MPF apresenta nova denúncia contra ex-diretor da Petrobras e delator de Cunha na Lava Jato
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque durante sessão de uma CPI na Câmara dos Deputados, em Brasília. 19/03/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público Federal (MPF) apresentou nesta quarta-feira nova denúncia no âmbito da operação Lava Jato contra o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque e o empresário Julio Camargo, que acusou em depoimento o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de pedir propina.
A nova denúncia, feita também contra outras três pessoas, trata de um suposto esquema de corrupção para favorecer a empresa italiana Saipem em contratos de obras com a Petrobras, segundo nota da Procuradoria da República no Paraná divulgada nesta quarta-feira.
De acordo com o MPF, houve pagamento de propina a Duque para que a Petrobras contratasse a empresa italiana para a obra de instalação do Gasoduto Submarino de Interligação dos campos de Lula e Cernambi.
Duque é acusado pelo Ministério Público neste caso do crime de corrupção passiva, enquanto que Julio Camargo é acusado de lavagem de dinheiro. Duque já é réu em outros processos relacionados à Lava Jato.
O advogado de Duque, Alexandre Lopes, classificou a denúncia do Ministério Público de "absolutamente improcedente".
"A base da acusação são delações que não se comprovam", disse Lopes. "Não há justa causa que permita a deflagração da ação penal", acrescentou.
Camargo, por sua vez, fez acordo de delação premiada em troca de redução de pena e, em depoimento ao juiz Sergio Moro, que analisa os processos da Lava Jato, disse que Cunha lhe pediu pessoalmente o pagamento de propina de 5 milhões de dólares envolvendo um contrato para uso de navios-sonda pela Petrobras. Cunha nega as irregularidades.
(Por Eduardo Simões; Reportagem adicional de Caroline Stauffer)
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quarta-feira, 29 de julho de 2015
Ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque durante sessão de uma CPI na Câmara dos Deputados, em Brasília. 19/03/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público Federal (MPF) apresentou nesta quarta-feira nova denúncia no âmbito da operação Lava Jato contra o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque e o empresário Julio Camargo, que acusou em depoimento o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de pedir propina.
A nova denúncia, feita também contra outras três pessoas, trata de um suposto esquema de corrupção para favorecer a empresa italiana Saipem em contratos de obras com a Petrobras, segundo nota da Procuradoria da República no Paraná divulgada nesta quarta-feira.
De acordo com o MPF, houve pagamento de propina a Duque para que a Petrobras contratasse a empresa italiana para a obra de instalação do Gasoduto Submarino de Interligação dos campos de Lula e Cernambi.
Duque é acusado pelo Ministério Público neste caso do crime de corrupção passiva, enquanto que Julio Camargo é acusado de lavagem de dinheiro. Duque já é réu em outros processos relacionados à Lava Jato.
O advogado de Duque, Alexandre Lopes, classificou a denúncia do Ministério Público de "absolutamente improcedente".
"A base da acusação são delações que não se comprovam", disse Lopes. "Não há justa causa que permita a deflagração da ação penal", acrescentou.
Camargo, por sua vez, fez acordo de delação premiada em troca de redução de pena e, em depoimento ao juiz Sergio Moro, que analisa os processos da Lava Jato, disse que Cunha lhe pediu pessoalmente o pagamento de propina de 5 milhões de dólares envolvendo um contrato para uso de navios-sonda pela Petrobras. Cunha nega as irregularidades.
(Por Eduardo Simões; Reportagem adicional de Caroline Stauffer)
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Brasil corre risco de perder grau de investimento, alerta S&P
terça-feira, 28 de julho de 2015
Edifício da agência Standard & Poor's em Nova York, nos Estados Unidos. 05/02/2013
REUTERS/Brendan McDermid
Por Walter Brandimarte
SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação risco Standard & Poor's alertou nesta terça-feira que o Brasil pode perder o grau de investimento devido a riscos políticos e econômicos, em mais um revés para os esforços do governo da presidente Dilma Rousseff de reconquistar a confiança de investidores.
A S&P manteve a classificação de crédito do Brasil de longo prazo em moeda estrangeira em "BBB-", o nível mais baixo do grau de investimento, mas piorou de "estável" para "negativa" a perspectiva da nota, sinalizando que um rebaixamento é possível em 12 a 18 meses.
Segundo a S&P, as investigações de corrupção em curso, que envolvem empresas e políticos no âmbito da operação Lava Jato, têm um peso cada vez maior nas perspectivas fiscais e econômicas. Na visão da agência, aumentou a chance de "novo deslize" na execução do plano de ajuste fiscal liderado pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento).
Embora algumas autoridades do governo já temessem possível piora de rating ou de sua perspectiva por agências de risco, poucos viam uma revisão pela S&P tão cedo. "Isso pegou o time de surpresa", disse uma fonte do Ministério da Fazenda, falando sob condição de anonimato.
Por outro lado, alguns viram na notícia uma oportunidade de maior munição para o Palácio do Planalto nas negociações com o Congresso para aprovação de medidas importantes para o ajuste fiscal. "O governo pode usar isso para pressionar o Congresso a acelerar a aprovação de medidas de austeridade e de projetos que aumentem a receita", disse um importante parlamentar da base aliada.
No mercado financeiro, o dólar acelerou a valorização contra o real, os juros futuros ampliaram a alta e a Bovespa perdeu força após a mudança da perspectiva do rating brasileiro pela S&P. O movimento, porém, teve curta duração.
"Não há nada de surpresa, já era esperado um movimento desse sem tirar o grau de investimento. O ajuste das perspectivas de agências já estava na conta", afirmou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves.
Para o economista-chefe do banco J.Safra, Carlos Kawall, as agências Moody’s e Fitch --que atribuem rating ao Brasil no segundo degrau da escala de grau de investimento-- devem cortar a nota do país e colocá-la em perspectiva negativa em breve "Todas chegarão no mesmo nível que a S&P está. Temos seis meses. Se não houver sinalização clara para reverter essa deterioração, podemos ver no início do ano que vem a perda do grau de investimento", afirmou Kawall.
Em teleconferência, a analista da S&P Lisa Schineller disse que "embora estejamos assumindo uma situação fiscal mais fraca, também estamos assumindo que ela melhorará e que o Brasil evitará um rebaixamento do rating". Ela citou o exemplo da Índia, que teve a perspectiva para seu rating "BBB-" colocada em "negativa" e foi capaz de evitar um rebaixamento.
FRAQUEZA ECONÔMICA E FISCAL
Há menos de uma semana, o governo reduziu drasticamente suas metas de superávit primário --a economia feita para o pagamento de juros da dívida--, diante de arrecadação bastante aquém do previsto devido à fraqueza da atividade.
"Uma falha no avanço dos ajustes nas políticas fiscais dentro e fora do orçamento poderia resultar em uma erosão maior do que o esperado no perfil financeiro do Brasil e em mais um impacto na confiança e nas perspectivas de crescimento, o que poderia levar ao rebaixamento", disse a S&P.
Ao reduzir as metas fiscais, o governo também traçou uma trajetória pra a dívida pública do país que não convenceu o mercado e especialistas de modo geral. Passou a prever que a relação dívida bruta/PIB --importante indicador monitorado pelas agências de classificação de risco-- fechará este ano a 64,7 por cento, indo a 66,4 por cento em 2016 e 66,3 por cento em 2017. Para 2018, a vê em 65,6 por cento.
O Brasil caminha para ter em 2015 seu pior desempenho econômico em 25 anos, com retração de 1,76 por cento, segundo o mais recente boletim Focus, do Banco Central. A inflação deve superar os 9 por cento, ao menos o dobro da meta do governo de 4,5 por cento, mesmo com o juro básico no maior patamar em vários anos.
Pela manhã, antes de a S&P comunicar sua decisão, Levy participou de evento onde defendeu seu cenário sobre a dívida pública no país, reforçando a necessidade de priorizar as despesas e o diálogo com o Congresso. Na véspera, Levy havia marcado uma entrevista coletiva para esta tarde, após outro evento, mas em cima da hora cancelou sem explicações. Uma fonte do governo afirmou à Reuters que Levy teria dito à sua equipe que a ação da S&P é alerta e poderia aumentar o senso de urgência do Congresso para aprovar as medidas.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo está trabalhando para melhorar as condições da economia e que isso deve gerar efeitos.
"Estamos trabalhando para melhorar a situação econômica em todos os seus aspectos, controle da inflação, reequilíbrio fiscal e principalmente recuperar o crescimento. Estamos confiantes que isso vai gerar efeitos no futuro próximo e manteremos a avaliação de risco em situação favorável", comentou o ministro após ser questionado sobre a piora na perspectiva do rating do Brasil pela S&P.
A S&P informou ainda que os ratings poderiam "se estabilizar se o atual elevado nível de incerteza política diminuísse e as condições para uma execução de políticas consistente --nas várias instâncias do governo para estancar a deterioração fiscal-- melhorassem".
"É nossa opinião que tais melhoras dariam suporte a uma virada mais rápida e poderiam ajudar o Brasil a sair de sua atual recessão, facilitando um resultado fiscal melhor e oferecendo um espaço de manobra maior diante de choques econômicos, consistente com um rating nas faixas mais baixas do grau de investimento", acrescentou a S&P.
(Reportagem adicional de Flavia Bohone e Bruno Federowski)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Edifício da agência Standard & Poor's em Nova York, nos Estados Unidos. 05/02/2013
REUTERS/Brendan McDermid
Por Walter Brandimarte
SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação risco Standard & Poor's alertou nesta terça-feira que o Brasil pode perder o grau de investimento devido a riscos políticos e econômicos, em mais um revés para os esforços do governo da presidente Dilma Rousseff de reconquistar a confiança de investidores.
A S&P manteve a classificação de crédito do Brasil de longo prazo em moeda estrangeira em "BBB-", o nível mais baixo do grau de investimento, mas piorou de "estável" para "negativa" a perspectiva da nota, sinalizando que um rebaixamento é possível em 12 a 18 meses.
Segundo a S&P, as investigações de corrupção em curso, que envolvem empresas e políticos no âmbito da operação Lava Jato, têm um peso cada vez maior nas perspectivas fiscais e econômicas. Na visão da agência, aumentou a chance de "novo deslize" na execução do plano de ajuste fiscal liderado pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento).
Embora algumas autoridades do governo já temessem possível piora de rating ou de sua perspectiva por agências de risco, poucos viam uma revisão pela S&P tão cedo. "Isso pegou o time de surpresa", disse uma fonte do Ministério da Fazenda, falando sob condição de anonimato.
Por outro lado, alguns viram na notícia uma oportunidade de maior munição para o Palácio do Planalto nas negociações com o Congresso para aprovação de medidas importantes para o ajuste fiscal. "O governo pode usar isso para pressionar o Congresso a acelerar a aprovação de medidas de austeridade e de projetos que aumentem a receita", disse um importante parlamentar da base aliada.
No mercado financeiro, o dólar acelerou a valorização contra o real, os juros futuros ampliaram a alta e a Bovespa perdeu força após a mudança da perspectiva do rating brasileiro pela S&P. O movimento, porém, teve curta duração.
"Não há nada de surpresa, já era esperado um movimento desse sem tirar o grau de investimento. O ajuste das perspectivas de agências já estava na conta", afirmou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves.
Para o economista-chefe do banco J.Safra, Carlos Kawall, as agências Moody’s e Fitch --que atribuem rating ao Brasil no segundo degrau da escala de grau de investimento-- devem cortar a nota do país e colocá-la em perspectiva negativa em breve "Todas chegarão no mesmo nível que a S&P está. Temos seis meses. Se não houver sinalização clara para reverter essa deterioração, podemos ver no início do ano que vem a perda do grau de investimento", afirmou Kawall.
Em teleconferência, a analista da S&P Lisa Schineller disse que "embora estejamos assumindo uma situação fiscal mais fraca, também estamos assumindo que ela melhorará e que o Brasil evitará um rebaixamento do rating". Ela citou o exemplo da Índia, que teve a perspectiva para seu rating "BBB-" colocada em "negativa" e foi capaz de evitar um rebaixamento.
FRAQUEZA ECONÔMICA E FISCAL
Há menos de uma semana, o governo reduziu drasticamente suas metas de superávit primário --a economia feita para o pagamento de juros da dívida--, diante de arrecadação bastante aquém do previsto devido à fraqueza da atividade.
"Uma falha no avanço dos ajustes nas políticas fiscais dentro e fora do orçamento poderia resultar em uma erosão maior do que o esperado no perfil financeiro do Brasil e em mais um impacto na confiança e nas perspectivas de crescimento, o que poderia levar ao rebaixamento", disse a S&P.
Ao reduzir as metas fiscais, o governo também traçou uma trajetória pra a dívida pública do país que não convenceu o mercado e especialistas de modo geral. Passou a prever que a relação dívida bruta/PIB --importante indicador monitorado pelas agências de classificação de risco-- fechará este ano a 64,7 por cento, indo a 66,4 por cento em 2016 e 66,3 por cento em 2017. Para 2018, a vê em 65,6 por cento.
O Brasil caminha para ter em 2015 seu pior desempenho econômico em 25 anos, com retração de 1,76 por cento, segundo o mais recente boletim Focus, do Banco Central. A inflação deve superar os 9 por cento, ao menos o dobro da meta do governo de 4,5 por cento, mesmo com o juro básico no maior patamar em vários anos.
Pela manhã, antes de a S&P comunicar sua decisão, Levy participou de evento onde defendeu seu cenário sobre a dívida pública no país, reforçando a necessidade de priorizar as despesas e o diálogo com o Congresso. Na véspera, Levy havia marcado uma entrevista coletiva para esta tarde, após outro evento, mas em cima da hora cancelou sem explicações. Uma fonte do governo afirmou à Reuters que Levy teria dito à sua equipe que a ação da S&P é alerta e poderia aumentar o senso de urgência do Congresso para aprovar as medidas.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo está trabalhando para melhorar as condições da economia e que isso deve gerar efeitos.
"Estamos trabalhando para melhorar a situação econômica em todos os seus aspectos, controle da inflação, reequilíbrio fiscal e principalmente recuperar o crescimento. Estamos confiantes que isso vai gerar efeitos no futuro próximo e manteremos a avaliação de risco em situação favorável", comentou o ministro após ser questionado sobre a piora na perspectiva do rating do Brasil pela S&P.
A S&P informou ainda que os ratings poderiam "se estabilizar se o atual elevado nível de incerteza política diminuísse e as condições para uma execução de políticas consistente --nas várias instâncias do governo para estancar a deterioração fiscal-- melhorassem".
"É nossa opinião que tais melhoras dariam suporte a uma virada mais rápida e poderiam ajudar o Brasil a sair de sua atual recessão, facilitando um resultado fiscal melhor e oferecendo um espaço de manobra maior diante de choques econômicos, consistente com um rating nas faixas mais baixas do grau de investimento", acrescentou a S&P.
(Reportagem adicional de Flavia Bohone e Bruno Federowski)
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segunda-feira, 27 de julho de 2015
Artista faz retrato de Putin com cartuchos de bala recolhidos na Ucrânia chamado de "The Face of War"
Gleb Garanich/Reuters
Economistas veem alta de 0,50 p.p. no juro agora e pioram projeções de PIB e inflação
Economistas veem alta de 0,50 p.p. no juro agora e pioram projeções de PIB e inflação
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Sede do Banco Central, em Brasília. 15/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino
SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras pioraram suas estimativas econômicas para este ano e o próximo após o governo reduzir as metas de superávit primário, ao mesmo tempo em que cravaram a aposta de que a taxa básica de juros será elevada em 0,50 ponto percentual na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
A pesquisa Focus do BC mostrou ainda que a perspectiva para o fim do ano da Selic --atualmente em 13,75 por cento-- caiu a 14,25 por cento, sobre 14,50 por cento anteriormente.
No entanto, essas projeções foram feitas até sexta-feira, e podem ainda não refletir as mudanças nas expectativas provocadas pelas declarações do diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva feitas no mesmo dia.
Ele afirmou ser primordial que o BC continue vigilante diante de novos riscos à convergência da inflação ao centro da meta, numa indicação, segundo especialistas, às novas metas de primário. Com isso, o mercado futuro de juros passou a mostrar chances majoritárias de alta de 0,50 ponto nesta semana e outra elevação de 0,25 ponto em setembro.
Sobre o final de 2016, não houve mudanças na pesquisa Focus, com expectativa de que a Selic ficará em 12,00 por cento.
Na semana passada, o governo reduziu a meta para a economia feita para o pagamento de juros da dívida pública em 2015 para 8,747 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Também anunciou redução da meta fiscal de 2016 e 2017 para, respectivamente, 0,7 e 1,3 por cento do PIB.
Analistas consideraram que a política fiscal menos contracionista deve dificultar a missão do BC de trazer a inflação para o centro da meta de 4,5 por cento pelo IPCA até o fim de 2016.
Os especialistas consultados no Focus elevaram a projeção de alta do IPCA para 2015 em 0,08 ponto percentual, a 9,23 por cento, na 15ª semana seguida de piora. Para o final do próximo ano, a estimativa permaneceu em 5,40 por cento.
Em julho, a prévia da inflação oficial brasileira desacelerou a 0,59 por cento, mas em 12 meses o IPCA-15 ultrapassou 9 por cento pela primeira vez em 11 anos e meio, chegando a 9,25 por cento. O Focus mostrou também que a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) neste anos passou para contração de 1,76 por cento, contra queda de 1,70 por cento na pesquisa anterior. Para 2016, a expectativa de crescimento caiu em 0,13 ponto percentual, a 0,20 por cento.
Os especialistas consultados no Focus mantiveram em 37 por cento do PIB a projeção para a dívida líquida do setor público neste ano, mas para 2016 a expectativa subiu a 38,50 por cento, contra 38,35 por cento.
(Por Camila Moreira; Edição de Alexandre Caverni e Patrícia Duarte)
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segunda-feira, 27 de julho de 2015
Sede do Banco Central, em Brasília. 15/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino
SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras pioraram suas estimativas econômicas para este ano e o próximo após o governo reduzir as metas de superávit primário, ao mesmo tempo em que cravaram a aposta de que a taxa básica de juros será elevada em 0,50 ponto percentual na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
A pesquisa Focus do BC mostrou ainda que a perspectiva para o fim do ano da Selic --atualmente em 13,75 por cento-- caiu a 14,25 por cento, sobre 14,50 por cento anteriormente.
No entanto, essas projeções foram feitas até sexta-feira, e podem ainda não refletir as mudanças nas expectativas provocadas pelas declarações do diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva feitas no mesmo dia.
Ele afirmou ser primordial que o BC continue vigilante diante de novos riscos à convergência da inflação ao centro da meta, numa indicação, segundo especialistas, às novas metas de primário. Com isso, o mercado futuro de juros passou a mostrar chances majoritárias de alta de 0,50 ponto nesta semana e outra elevação de 0,25 ponto em setembro.
Sobre o final de 2016, não houve mudanças na pesquisa Focus, com expectativa de que a Selic ficará em 12,00 por cento.
Na semana passada, o governo reduziu a meta para a economia feita para o pagamento de juros da dívida pública em 2015 para 8,747 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Também anunciou redução da meta fiscal de 2016 e 2017 para, respectivamente, 0,7 e 1,3 por cento do PIB.
Analistas consideraram que a política fiscal menos contracionista deve dificultar a missão do BC de trazer a inflação para o centro da meta de 4,5 por cento pelo IPCA até o fim de 2016.
Os especialistas consultados no Focus elevaram a projeção de alta do IPCA para 2015 em 0,08 ponto percentual, a 9,23 por cento, na 15ª semana seguida de piora. Para o final do próximo ano, a estimativa permaneceu em 5,40 por cento.
Em julho, a prévia da inflação oficial brasileira desacelerou a 0,59 por cento, mas em 12 meses o IPCA-15 ultrapassou 9 por cento pela primeira vez em 11 anos e meio, chegando a 9,25 por cento. O Focus mostrou também que a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) neste anos passou para contração de 1,76 por cento, contra queda de 1,70 por cento na pesquisa anterior. Para 2016, a expectativa de crescimento caiu em 0,13 ponto percentual, a 0,20 por cento.
Os especialistas consultados no Focus mantiveram em 37 por cento do PIB a projeção para a dívida líquida do setor público neste ano, mas para 2016 a expectativa subiu a 38,50 por cento, contra 38,35 por cento.
(Por Camila Moreira; Edição de Alexandre Caverni e Patrícia Duarte)
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domingo, 26 de julho de 2015
sábado, 25 de julho de 2015
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Capiba
Capiba
Origem: Wikipédia
Lourenço da Fonseca Barbosa, mais conhecido como Capiba (Surubim, 28 de outubro de 1904 — Recife, 31 de dezembro de 1997) foi um músico e compositor brasileiro. Tornou-se o mais conhecido compositor de frevos do Brasil.
Biografia
Capiba nasceu em uma família de músicos (Severino Atanásio de Souza Barbosa, seu pai, foi maestro da banda municipal de Surubim1 ), e aos oito anos de idade já tocava trompa. Ainda pequeno mudou-se com a família para o estado da Paraíba. Lá, ainda criança trabalhava como músico pianista em cinemas.
Chegou a jogar como zagueiro no Campinense Clube, porém abandonou os gramados e aos 20 anos de idade gravou seu primeiro disco com a valsa "Meu Destino".
Torcedor declarado do Santa Cruz
Com 26 anos de idade, mudou-se para o Recife. Aprovado em concurso, tornou-se funcionário do Banco do Brasil. O que lhe rendeu sustento financeiro e lhe deu tempo para se aprimorar como músico.
1931, Funda a Jazz Band Acadêmica e, com Hermeto Pascoal (incoerência com a pagina de Hermeto Pascoal que informa que ele nasceu em 1936) e Sivuca, funda o trio "O Mundo Pegando Fogo".
1934, Consolidou-se como autor, vencendo uma disputa de músicas carnavalescas, com o frevo-canção É de amargar. Uma de suas obras mais conhecidas.
1938, termina o curso de Direito da Faculdade de Direito do Recife, mas nunca apanharia o diploma e nunca seguiu carreira.
1945 Teve seu primeiro sucesso nacional com a canção Maria Betânia, gravada por Nelson Gonçalves, em 1945.
Falecido em 31 de dezembro de 1997, de infecção generalizada, depois de passar dez dias na UTI.
Atuações
Fundador e diretor da orquestra Jazz Band Acadêmica e protagonista do primeiro galo da madrugada
Diretor do Teatro do Estudante e do Tearro Popular do Nordeste.
Obra
Capiba escreveu mais de 200 canções, em sua maioria de frevo, mas também de samba e música erudita. Várias são sempre lembradas nos carnavais de Pernambuco.
Também musicou poemas de Carlos Drummond de Andrade, Vinício de Morais e outros poetas brasileiros.
Autor de mais de 200 canções, não apenas frevo, como também outros vários gêneros: de samba à música erudita. Entre os seus sucessos, estão: Maria Batânia (canção); A Mesma Rosa Amarela (samba); Serenata Suburbana (guarânia); Verde Mar de Navegar (maracatu) e vários outros. No gênero frevo, compôs mais de cem canções.
Uma de suas canções carnavalescas mais famosas é É de Amargar. Ela foi vencedora de um festival de frevo em Pernambuco, em 1934. Entre outros prêmios, em 1967 conquistou o 5° lugar no Segundo Festival Internacional da Canção, com a música São os do Norte que Vêm.
Capiba produziu uma obra caudalosa, tanto gravada, quanto inédita (neste último item, estima-se que tenha deixado mais de quatro centenas de composições, entre frevos, peças eruditas).3
Parceiros
Capiba teve diversos parceiros nas suas composições. Alguns deles:
Carlos Pena Filho
Fernando Lobo
Carlos Drummond de Andrade
Manuel Bandeira
Vinícius de Moraes
Ariano Suassuna
João Cabral de Mello Neto
Ascenso Ferreira
Jorge de Lima.
Algumas composições
Valsa Verde (1931) 4
É de Tororó (1932)
É de Amargar (1934)
Quem Vai Pro Farol é o Bonde de Olinda (1937)
Guerreiro de Cambinda (1938)
Gosto de te Ver Cantando (1940)
Linda Flor da Madrugada (1941)
Quem Dera (1942)
Maria Betânia (1944)
Não Agüento Mais (1945)
Que Bom Vai Ser (1945)
E… Nada Mais (1947)
É Luanda (1949)
Olinda Cidade Eterna (1950)
Madeira que Cupim Não Roi (1963)
MPF denuncia CEOs da Odebrecht e Andrade Gutierrez e pede de R$7 bi em ressarcimento
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o promotor Deltan Dallagnol anuncia propostas do Ministério Público Federal para combater a corrupção no Brasil, em Brasília, em março. 20/03/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
1 de 1Versão na íntegra
Por Sérgio Spagnuolo
CURITIBA (Reuters) - O Ministério Público Federal denunciou nesta sexta-feira executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez no âmbito da operação Lava Jato, que investiga um escândalo de corrupção na Petrobras PETR4.SA, e pediu o ressarcimento de mais de 7 bilhões de reais aos acusados.
Os presidentes-executivos da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo, presos preventivamente desde junho, foram denunciados por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, junto com outras 20 pessoas.
Em uma apresentação detalhada sobre remessas de dinheiro, contratos de empresas e ligações entre executivos, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, promotor Deltan Dallagnol, apresentou evidências coletadas pelos investigadores.
As acusações envolvendo a Odebrecht, um dos maiores grupos da América Latina, atingem 13 pessoas --seis executivos, três operadores e quatro funcionários da Petrobras-- e 389 milhões de reais em corrupção.
Investigadores disseram que os acusados lavaram mais de 1 bilhão de reais, e que eles seriam responsáveis por um dano de 6 bilhões de reais causado por um contrato de fornecimento de nafta pela Petrobras PETR4.SA à Braskem BRKM5.SA, controlada pela Odebrecht.
Promotores buscam ressarcimento pelas pessoas físicas envolvidas no caso da Odebrecht de 6,7 bilhões de reais aos cofres públicos.
"Nesse momento foram oferecidas acusações em relação a pessoas físicas... virão certamente ações de improbidade administrativa, e aí, sim, envolvendo pessoas jurídicas", disse Dallagnol.
No caso da Andrade Gutierrez, o Ministério Público pede o ressarcimento de 486 milhões de reais e calcula que a corrupção teria envolvido 243 milhões de reais. A lavagem de dinheiro da empreiteira teria totalizado, ainda segundo o Ministério Público, 6,8 milhões de reais e 1 milhão de dólares. Assim, o MPF busca uma compensação por alegadas irregularidades vinculadas às duas companhias de cerca de 7,2 bilhões de reais.
Durante entrevista coletiva em Curitiba, Dallagnol disse ainda que, até o momento, a força-tarefa da Lava Jato já conseguiu a restituição de 870 milhões de reais aos cofres públicos, além de obter o bloqueio de outros 2 bilhões de reais.
"Vivemos um momento histórico em que a impunidade de poderosos grupos econômicos e políticos que se enriquecem às custas da sociedade brasileira é rompida ao longo de um grande caso e uma grande investigação", disse.
Também presente à entrevista coletiva, o delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat da Silva afirmou que as investigações apontam que tanto Marcelo Odebrecht quanto Otávio Azevedo tinham conhecimento das irregularidades praticadas nas empreiteiras que comandavam.
Em entrevista coletiva em São Paulo, os advogados da Odebrecht criticaram a denúncia do Ministério Público e o juiz da 13ª Vara Federal, Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato. Afirmaram ainda que a apresentação da denúncia pelo MPF é o "marco zero" do trabalho da defesa e questionaram a continuidade da prisão dos executivos da empreiteira.
"Hoje começa o marco zero da defesa, porque o Ministério Público ofereceu a denúncia e podemos ter acesso aos autos", disse a advogada Dora Cavalcanti, acrescentando que os pedidos de habeas corpus feitos em favor dos executivos serão mantidos, apesar da decretação de nova prisão preventiva contra eles nesta sexta-feira.
Em nota, a Braskem afirmou que comprou nafta da Petrobras nas mesmas condições dadas à época para sua então concorrente Quattor, posteriormente adquirida pela própria Braskem.
A Braskem disse ainda que ela e a Quattor eram as únicas consumidoras de nafta do país, e a Petrobras a única produtora e, por isso, o preço acertado era "a melhor alternativa de comercialização desse produto" para todas as partes envolvidas.
A Braskem acrescentou que, em depoimento no âmbito da Lava Jato, um executivo do grupo técnico da Petrobras disse à Polícia Federal que o valor acordado não trazia prejuízos à estatal. Já a Andrade Gutierrez declarou em nota que seus advogados ainda estão estudando a denúncia do MPF, mas que pelo que se viu na entrevista coletiva, a peça "parece não trazer elementos novos além dos temas já discutidos anteriormente, e que já foram devidamente esclarecidos no inquérito".
"A empresa entende que o campo adequado para as discussões, a partir desse momento, é o processo judicial, onde concentrará essa discussão, buscando a liberdade dos executivos e a conclusão pela improcedência das acusações. A empresa reitera que não pretende participar dessas discussões através da mídia", segundo a nota.
(Reportagem adicional de Alberto Alerigi Jr. e Aluísio Alves, em São Paulo)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o promotor Deltan Dallagnol anuncia propostas do Ministério Público Federal para combater a corrupção no Brasil, em Brasília, em março. 20/03/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
1 de 1Versão na íntegra
Por Sérgio Spagnuolo
CURITIBA (Reuters) - O Ministério Público Federal denunciou nesta sexta-feira executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez no âmbito da operação Lava Jato, que investiga um escândalo de corrupção na Petrobras PETR4.SA, e pediu o ressarcimento de mais de 7 bilhões de reais aos acusados.
Os presidentes-executivos da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo, presos preventivamente desde junho, foram denunciados por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, junto com outras 20 pessoas.
Em uma apresentação detalhada sobre remessas de dinheiro, contratos de empresas e ligações entre executivos, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, promotor Deltan Dallagnol, apresentou evidências coletadas pelos investigadores.
As acusações envolvendo a Odebrecht, um dos maiores grupos da América Latina, atingem 13 pessoas --seis executivos, três operadores e quatro funcionários da Petrobras-- e 389 milhões de reais em corrupção.
Investigadores disseram que os acusados lavaram mais de 1 bilhão de reais, e que eles seriam responsáveis por um dano de 6 bilhões de reais causado por um contrato de fornecimento de nafta pela Petrobras PETR4.SA à Braskem BRKM5.SA, controlada pela Odebrecht.
Promotores buscam ressarcimento pelas pessoas físicas envolvidas no caso da Odebrecht de 6,7 bilhões de reais aos cofres públicos.
"Nesse momento foram oferecidas acusações em relação a pessoas físicas... virão certamente ações de improbidade administrativa, e aí, sim, envolvendo pessoas jurídicas", disse Dallagnol.
No caso da Andrade Gutierrez, o Ministério Público pede o ressarcimento de 486 milhões de reais e calcula que a corrupção teria envolvido 243 milhões de reais. A lavagem de dinheiro da empreiteira teria totalizado, ainda segundo o Ministério Público, 6,8 milhões de reais e 1 milhão de dólares. Assim, o MPF busca uma compensação por alegadas irregularidades vinculadas às duas companhias de cerca de 7,2 bilhões de reais.
Durante entrevista coletiva em Curitiba, Dallagnol disse ainda que, até o momento, a força-tarefa da Lava Jato já conseguiu a restituição de 870 milhões de reais aos cofres públicos, além de obter o bloqueio de outros 2 bilhões de reais.
"Vivemos um momento histórico em que a impunidade de poderosos grupos econômicos e políticos que se enriquecem às custas da sociedade brasileira é rompida ao longo de um grande caso e uma grande investigação", disse.
Também presente à entrevista coletiva, o delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat da Silva afirmou que as investigações apontam que tanto Marcelo Odebrecht quanto Otávio Azevedo tinham conhecimento das irregularidades praticadas nas empreiteiras que comandavam.
Em entrevista coletiva em São Paulo, os advogados da Odebrecht criticaram a denúncia do Ministério Público e o juiz da 13ª Vara Federal, Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato. Afirmaram ainda que a apresentação da denúncia pelo MPF é o "marco zero" do trabalho da defesa e questionaram a continuidade da prisão dos executivos da empreiteira.
"Hoje começa o marco zero da defesa, porque o Ministério Público ofereceu a denúncia e podemos ter acesso aos autos", disse a advogada Dora Cavalcanti, acrescentando que os pedidos de habeas corpus feitos em favor dos executivos serão mantidos, apesar da decretação de nova prisão preventiva contra eles nesta sexta-feira.
Em nota, a Braskem afirmou que comprou nafta da Petrobras nas mesmas condições dadas à época para sua então concorrente Quattor, posteriormente adquirida pela própria Braskem.
A Braskem disse ainda que ela e a Quattor eram as únicas consumidoras de nafta do país, e a Petrobras a única produtora e, por isso, o preço acertado era "a melhor alternativa de comercialização desse produto" para todas as partes envolvidas.
A Braskem acrescentou que, em depoimento no âmbito da Lava Jato, um executivo do grupo técnico da Petrobras disse à Polícia Federal que o valor acordado não trazia prejuízos à estatal. Já a Andrade Gutierrez declarou em nota que seus advogados ainda estão estudando a denúncia do MPF, mas que pelo que se viu na entrevista coletiva, a peça "parece não trazer elementos novos além dos temas já discutidos anteriormente, e que já foram devidamente esclarecidos no inquérito".
"A empresa entende que o campo adequado para as discussões, a partir desse momento, é o processo judicial, onde concentrará essa discussão, buscando a liberdade dos executivos e a conclusão pela improcedência das acusações. A empresa reitera que não pretende participar dessas discussões através da mídia", segundo a nota.
(Reportagem adicional de Alberto Alerigi Jr. e Aluísio Alves, em São Paulo)
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quarta-feira, 22 de julho de 2015
Popularidade do governo Dilma cai e apoio a impeachment aumenta, diz CNT/MDA
terça-feira, 21 de julho de 2015
Presidente Dilma Rousseff durante encontro do Mercosul, em Brasília. 17/07/2015
REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A avaliação do governo Dilma Rousseff sofreu nova queda devido principalmente à piora do quadro econômico, mostrou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, que apontou ainda um aumento do percentual de entrevistados favoráveis ao impeachment da presidente.
Segundo a pesquisa, a economia teve papel central na percepção que a população tem do governo, mas a instabilidade política e as denúncias de corrupção também tiveram peso. Para 60,4 por cento, a crise econômica é a mais grave, enquanto 36,2 por cento consideram que a crise política está mais séria.
“A crise econômica elege, a crise econômica derrota, isso é histórico para todo mundo”, disse a jornalistas o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade. “A economia vai eleger, a economia vai derrotar.”
Apenas 7,7 por cento dos entrevistados veem o governo Dilma como ótimo ou bom, enquanto 70,9 por cento têm uma avaliação negativa. Em março os números eram, respectivamente 10,8 e 64,8 por cento.
A avaliação positiva do governo atual é a pior da série histórica das pesquisas de opinião da CNT, ficando abaixo dos 8 por cento registrados para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em setembro de 1999.
O levantamento apontou, por exemplo, que apenas 6,8 por cento consideram que será possível resolver a crise econômica em até um ano. A maioria dos entrevistados, 61,7 por cento, responderam que a resolução da crise levará pelo menos três anos.
Metade dos consultados, exatos 50 por cento, respondeu que teme ficar desempregado, enquanto 43,7 por cento negaram ter essa preocupação. LAVA JATO
A fragilidade econômica e as turbulências na seara política provocaram o aumento do apoio a um eventual impeachment de Dilma. De acordo com o levantamento, agora são 62,8 por cento a favor, ante 59,7 por cento na pesquisa anterior. A margem de erro da pesquisa divulgada nesta terça-feira é de 2,2 pontos percentuais.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal para apurar denúncias de corrupção na Petrobras contam com o conhecimento de boa parte da população, segundo a sondagem – 78,3 por cento responderam que “têm acompanhado” ou que “ouviram falar” da operação Lava Jato. Segundo o presidente da CNT, as denúncias ajudaram a puxar para baixo a avaliação do governo.
Andrade, que foi vice do senador Aécio Neves (PSDB-MG) quando o parlamentar governou Minas Gerais, cita ainda a dificuldade de articulação de Dilma com o Legislativo e as turbulências que enfrenta no Congresso como fatores que contribuem para que as pessoas tenham uma avaliação negativa do governo no âmbito político.
Entre os que têm acompanhado ou ouviram falar do noticiário sobre a Lava Jato, 69,2 por cento consideram a presidente Dilma culpada pela corrupção investigada pela Polícia Federal. Na pergunta seguinte, se consideravam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva culpado pelas irregularidades, 65 por cento responderam afirmativamente.
Em seguida, o MDA perguntou ao universo de entrevistados que têm acompanhado a Lava Jato quem consideram "o maior responsável" pela corrupção. A maior parte, 40,4 por cento, apontou o governo, enquanto outros 34,4 por cento acreditam que os maiores responsáveis são os partidos políticos.
AÉCIO À FRENTE DE LULA
A pesquisa simula ainda cenários eleitorais. Em um deles, Aécio teria uma liderança folgada sobre Lula se a eleição presidencial fosse hoje O senador mineiro teria 35,1 por cento das intenções de voto, contra 22,8 por cento de Lula e 15,6 por cento da ex-senadora e terceira colocada na disputa de 2014, Marina Silva.
Segundo a sondagem, 44,8 por cento acreditam que se Aécio tivesse vencido no ano passado seu governo estaria melhor do que o de Dilma. Mas 36,5 por cento acham que o governo do tucano estaria igual ao da petista, enquanto apenas 10,9 por cento imaginam que estaria pior.
O instituto MDA ouviu 2.002 pessoas entre os dias 12 e 16 de julho, na pesquisa encomendada pela CNT.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Presidente Dilma Rousseff durante encontro do Mercosul, em Brasília. 17/07/2015
REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A avaliação do governo Dilma Rousseff sofreu nova queda devido principalmente à piora do quadro econômico, mostrou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, que apontou ainda um aumento do percentual de entrevistados favoráveis ao impeachment da presidente.
Segundo a pesquisa, a economia teve papel central na percepção que a população tem do governo, mas a instabilidade política e as denúncias de corrupção também tiveram peso. Para 60,4 por cento, a crise econômica é a mais grave, enquanto 36,2 por cento consideram que a crise política está mais séria.
“A crise econômica elege, a crise econômica derrota, isso é histórico para todo mundo”, disse a jornalistas o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade. “A economia vai eleger, a economia vai derrotar.”
Apenas 7,7 por cento dos entrevistados veem o governo Dilma como ótimo ou bom, enquanto 70,9 por cento têm uma avaliação negativa. Em março os números eram, respectivamente 10,8 e 64,8 por cento.
A avaliação positiva do governo atual é a pior da série histórica das pesquisas de opinião da CNT, ficando abaixo dos 8 por cento registrados para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em setembro de 1999.
O levantamento apontou, por exemplo, que apenas 6,8 por cento consideram que será possível resolver a crise econômica em até um ano. A maioria dos entrevistados, 61,7 por cento, responderam que a resolução da crise levará pelo menos três anos.
Metade dos consultados, exatos 50 por cento, respondeu que teme ficar desempregado, enquanto 43,7 por cento negaram ter essa preocupação. LAVA JATO
A fragilidade econômica e as turbulências na seara política provocaram o aumento do apoio a um eventual impeachment de Dilma. De acordo com o levantamento, agora são 62,8 por cento a favor, ante 59,7 por cento na pesquisa anterior. A margem de erro da pesquisa divulgada nesta terça-feira é de 2,2 pontos percentuais.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal para apurar denúncias de corrupção na Petrobras contam com o conhecimento de boa parte da população, segundo a sondagem – 78,3 por cento responderam que “têm acompanhado” ou que “ouviram falar” da operação Lava Jato. Segundo o presidente da CNT, as denúncias ajudaram a puxar para baixo a avaliação do governo.
Andrade, que foi vice do senador Aécio Neves (PSDB-MG) quando o parlamentar governou Minas Gerais, cita ainda a dificuldade de articulação de Dilma com o Legislativo e as turbulências que enfrenta no Congresso como fatores que contribuem para que as pessoas tenham uma avaliação negativa do governo no âmbito político.
Entre os que têm acompanhado ou ouviram falar do noticiário sobre a Lava Jato, 69,2 por cento consideram a presidente Dilma culpada pela corrupção investigada pela Polícia Federal. Na pergunta seguinte, se consideravam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva culpado pelas irregularidades, 65 por cento responderam afirmativamente.
Em seguida, o MDA perguntou ao universo de entrevistados que têm acompanhado a Lava Jato quem consideram "o maior responsável" pela corrupção. A maior parte, 40,4 por cento, apontou o governo, enquanto outros 34,4 por cento acreditam que os maiores responsáveis são os partidos políticos.
AÉCIO À FRENTE DE LULA
A pesquisa simula ainda cenários eleitorais. Em um deles, Aécio teria uma liderança folgada sobre Lula se a eleição presidencial fosse hoje O senador mineiro teria 35,1 por cento das intenções de voto, contra 22,8 por cento de Lula e 15,6 por cento da ex-senadora e terceira colocada na disputa de 2014, Marina Silva.
Segundo a sondagem, 44,8 por cento acreditam que se Aécio tivesse vencido no ano passado seu governo estaria melhor do que o de Dilma. Mas 36,5 por cento acham que o governo do tucano estaria igual ao da petista, enquanto apenas 10,9 por cento imaginam que estaria pior.
O instituto MDA ouviu 2.002 pessoas entre os dias 12 e 16 de julho, na pesquisa encomendada pela CNT.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
MACHADO DE ASSIS
MACHADO DE ASSIS
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu dia 21 de junho de 1839, na cidade do Rio de Janeiro. O garoto pobre, filho de um operário mestiço chamado Francisco José de Assis e de Maria Leopoldina Machado de Assis, marcou a história da literatura brasileira. Ao contrário do que se imagina, a trajetória de Machado de Assis não o conduziu naturalmente para o mundo das letras. Ainda na infância o jovem “Machadinho”, como era carinhosamente chamado, perdeu sua mãe.
Durante sua infância e adolescência foi criado por Maria Inês, sua madrasta. A falta de recursos financeiros o obrigou a dividir seu tempo entre os estudos e o trabalho de vendedor de doces. Ainda sobre condições não muito favoráveis, Machado de Assis demonstrava possuir grande facilidade de aprendizado. Segundo alguns relatos – no tempo em que morou em São Cristóvão – aprendeu a falar francês com a dona de uma padaria da região.
Já aos 16 anos conseguiu publicar sua primeira obra literária na revista “Marmota Fluminense”, onde registrou as linhas do poema “Ela”. No ano seguinte, Machado conseguiu um cargo como tipógrafo na Imprensa Nacional e dividiu seu tempo com a criação de novos textos. Durante sua estadia na Imprensa Nacional, o escritor iniciante teve a oportunidade de conhecer Manuel Antônio de Almeida, diretor da instituição e autor do romance “Memórias de um sargento de milícias”.
O contato com o diretor lhe concedeu novas oportunidades no campo da literatura e o alcance de outros postos de trabalho. Aos 19 anos de idade, Machado de Assis se tornou colaborador e revisor do Jornal Marmota Fluminense. Nesse período conheceu outros expressivos escritores de seu tempo, como José de Alencar, Gonçalves Dias, Manoel de Macedo e Manoel Antônio de Almeida. Nesse tempo ainda se dedicou à escrita de obras românticas e ao trabalho jornalístico.
Entre 1859 e 1860, conseguiu emprego como colaborador e revisor de diferentes meios de comunicação da época. Entre outros jornais e revistas, Machado de Assis escreveu para o Correio Mercantil, Diário do Rio de Janeiro, O Espelho, A Semana Ilustrada e Jornal das Famílias. A primeira obra impressa de Machado de Assis foi o livro “Queda que as mulheres têm para os tolos”, onde aparece como tradutor. Na década de 1860, consolidou sua carreira profissional como revisor e editor.
Na mesma época conheceu Faustino Xavier de Novais, diretor da revista “O futuro” e irmão de sua futura esposa. Seu casamento com Carolina foi bem sucedido e marcado pela afinidade que sua companheira também possuía com o mundo da literatura. Em 1867, Machado de Assis publicou seu primeiro livro de poesias, intitulado “Crisálidas”. O sucesso da carreira literária teve seqüência com a publicação do romance “Ressurreição”, de 1872.
A vida de intelectual foi amparada por uma promissora carreira constituída no funcionalismo público. A conquista do cargo de primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas ofereceu uma razoável condição de vida. No ano de 1874, produziu o romance “A mão e a luva” em uma seqüência de publicações realizadas dentro do jornal O Globo, na época, mantido por Quintino Bocaiúva.
O prestígio artístico de Machado de Assis o tornou um autor de grande popularidade. Durante as comemorações do tricentenário de Luís de Camões, produziu uma peça de teatro encenada no Imperial Teatro Dom Pedro II. Entre 1881 e 1897, o jornal Gazeta de Notícias abrigou grande parte daquelas que seriam consideradas suas melhores crônicas.
O ano de 1881 foi marcante para a carreira artística e burocrática de Machado de Assis. Naquele mesmo ano, Machado tornou-se oficial de gabinete do ministério em que trabalhava e publicou o romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, considerado de suma importância para o realismo na literatura brasileira.
A ampla rede de relações e amizades de Machado de Assis lhe abriu portas para um outro importante passo na história da literatura brasileira. Em reuniões com seu amigo, e também escritor, José Veríssimo confabulou as primeiras medidas para a criação da Academia Brasileira de Letras. Participando ativamente das reuniões de escritores que apoiavam tal projeto, Machado de Assis tornou-se o primeiro presidente da instituição. Com a sua morte, em 1908, foi sucedido por Rui Barbosa.
A trajetória de Machado de Assis é alvo de interesse dos apreciadores da literatura e de vários pesquisadores. A sua obra conta com um leque temático e estilístico bastante variado, dificultando bastante o enquadramento de seu legado em um único gênero. O impacto da sua obra chegou a figurá-lo entre os principais nomes da literatura internacional.
Por Rainer Sousa
Equipe Brasil Escola
Obras : (Fonte Wikipedia)
Romances:
Ressurreição, (1872)
A mão e a luva, (1874)
Helena, (1876)
Iaiá Garcia, (1878)
Memórias Póstumas de Brás Cubas, (1881)
Casa Velha, (1885)
Quincas Borba, (1891)
Dom Casmurro, (1899)
Esaú e Jacó, (1904)
Memorial de Aires, (1908)
Coletânea de Poesias
Crisálidas, (1864)
Falenas, (1870)
Americanas, (1875)
Ocidentais, (1880)
Poesias Completas, (1901)
Coletânea de contos
Contos Fluminenses, (1870)
Histórias da Meia-Noite, (1873)
Papéis Avulsos, (1882)
Histórias sem Data, (1884)
Várias Histórias, (1896)
Páginas Recolhidas, (1899)
Relíquias da Casa Velha, (1906)
Peças de teatro:
Hoje Avental, Amanhã Luva, (1860)
Desencantos, (1861)
O Caminho da Porta, (1863)
O Protocolo, (1863)
Teatro, (1863)
Quase Ministro, (1864)
Os Deuses de Casaca, (1866)
Tu, só tu, puro amor, (1880)
Não Consultes Médico, (1896)
Lição de Botânica, (1906)
Traduções:
Queda que as mulheres têm para os tolos, (1861).297
Contos selecionados
"A Cartomante"
"Miss Dollar"
"O Alienista" (†)
"Teoria do Medalhão"
"A Chinela Turca"
"Na Arca"
"D. Benedita"
"O Segredo do Bonzo"
"O Anel de Polícrates"
"O Empréstimo"
"A Sereníssima República"
"O Espelho"
"Um Capricho"
"Brincar com Fogo"
Contos selecionados
"Uma Visita de Alcibíades"
"Verba Testamentária"
"Noite de Almirante"
"Um Homem Célebre"
"Conto de Escola"
"Uns Braços"
"A Cartomante"
"O Enfermeiro"
"Trio em Lá Menor"
"O Caso da Vara"
"Missa do Galo"
"Almas Agradecidas"
"A Igreja do Diabo"
Obras póstumas:
Critica (1910)
Outras Relíquias, contos (1921)
A Semana, Crônica - 3 Vol. (1914, 1937)
Páginas Escolhidas, Contos (1921)
Novas Relíquias, Contos (1932)
Crônicas (1937)
Contos Fluminenses - 2º Vol. (1937)
Crítica Literária (1937)
Crítica Teatral (1937)
Histórias Românticas (1937)
Páginas Esquecidas (1939)
Casa Velha (1944)
Diálogos e Reflexões de um Relojoeiro (1956)
Crônicas de Lélio (1958)
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