Konstantinos - Uranus

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Collor escondeu Porsche e Lamborghini da Justiça

Collor escondeu Porsche e Lamborghini da Justiça

Leandro Mazzini 15/07/2015

A Lamborghini do senador Collor, avaliada em R$ 3,3 milhões, dirigida por um agente da PF. Foto: Folha/UOL
O Lamborghini do senador Collor, avaliada em R$ 3,3 milhões, dirigida por um agente da PF. Foto: Folha/UOL

Vinte e quatro anos depois da queda de Fernando Collor da Presidência da República, a famigerada e indevassável Casa da Dinda em Brasília, sua residência oficial, virou alvo de operação da Polícia Federal.

Os agentes saíram de lá com três caros carros importados: uma Ferrari, um Lamborghini e um Porsche.

Alvo da Operação Lava Jato, com as apreensões o senador Collor agora pode ter problemas também com a Justiça Eleitoral. ‘Apreenderam três veículos de minha propriedade’, frisou Collor na tribuna do Senado no fim da tarde de ontem, num discurso de protesto. Ocorre que o senador não declarou na relação de bens ao TSE, na campanha do ano passado, o Lamborghini e o Porsche.

Collor dirige o Lamborghini (R$ 3,3 milhões) e o Porsche (R$ 900 mil) por Brasília há mais de ano, indicam fontes ouvidas. Procurada, a assessoria do senador não retornou.

No seu discurso no Senado, no fim do dia, Collor criticou a operação da PF, a chamou de irregular e espetaculosa, por ‘recolher bens declarados’.

Ano passado o senador Collor, ao disputar a reeleição para o Senado, declarou à Justiça R$ 20,3 milhões em patrimônio entre imóveis, terrenos, cotas de empresas, automóveis etc.

UM JARDIM DE POSSANTES

Collor tem mais de R$ 3,6 milhões declarados apenas em carros. Citou à Justiça uma BMW avaliada em R$ 714 mil, dois Kia Carnival (de R$ 183 mil e de R$ 133 mil), a Ferrari (R$ 1,9 milhão), um Toyota Land Cruiser (R$ 180 mil), um Mercedes E320 (R$ 342 mil), duas picape Hillux (R$ 142 mil e R$ 14 mil, versão antiga).

São 14 carros no total. Segue a lista: um Hyunday Vera Cruz (R$ 132 mil), um Honda Accord (R$ 51 mil) e uma Land Rover (R$ 114 mil); Um Citroen C6 (R$ 322 mil), um Gol Rally (R$ 27 mil) e um Cadilac SRX (R$ 65 mil).
http://colunaesplanada.blogosfera.uol.com.br/

terça-feira, 14 de julho de 2015

Eduardo da Fonte no Esquema de Corrupção da lava Jato



Eduardo da Fonte


O doleiro Alberto Youssef disse que o deputado federal pernambucano Eduardo da Fonte (PP) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) receberam entre 2010 e 2011 propinas de valores, ainda não determinados, pagos pela construtora Queiroz Galvão. Os recursos seriam para a implantação de tubo vias em Abreu e Lima. O contrato referente a este serviço é da ordem de R$ 2,7 bilhões. A Queiroz Galvão foi uma das responsáveis pela construção da Refinaria Abreu e Lima, no município de Ipojuca, no Grande Recife.
 Ainda segundo o delator,Eduardo da Fonte, é acusado de intermediar a aproximação do esquema com o então senador Sérgio Guerra (PSDB), morto em março de 2014. As propinas seriam para evitar a instalação de uma CPI no Congresso. O ex-presidente do PSDB, o pernambucano Sérgio Guerra também teria sido um dos beneficiários pela propina paga pela Queiroz Galvão. O tucano recebeu, de acordo com Youssef, parte dos R$ 10 milhões destinados para impedir a realização da CPI da Petrobras.

Até quando OS CURDOS ficarão sem um ESTADO?







Até quando OS CURDOS ficarão sem um ESTADO?

Nick Cohen

Curdos estão certos ao classificar o islã radical como fascismo, mas o Ocidente é tímido demais para deter este grupo.

Sem saber ou se importar, os curdos que protestam contra a aceitação pelo mundo de que Kobani caia nas mãos do Estado Islâmico inflamaram duas causas agudas de desconforto ocidental. Eles não hesitaram em descrever o islã radical como "fascismo" e em ver Kobani como a Guernica de nossa geração. Eles foram igualmente rápidos em perguntar à "comunidade internacional" algo que ela não quer escutar: por quantos anos ainda vai permitir que um dos maiores e mais perseguidos grupos étnicos do mundo viva sem um Estado próprio?

"Flutuem nas ondas até Kobani", os manifestantes entoaram durante protestos inúteis contra a inação turca, que vem a ser colaboração. "Parem com o fascismo do EI."

Para mim, parece óbvio que a religião militante é uma força reacionária radical. Qualquer que seja sua forma, ela tritura os direitos das mulheres e nega as liberdades básicas da sociedade liberal. Está igualmente claro que sua variante islâmica se apoia em um grau extraordinário nas teorias da Europa fascista sobre a conspiração judaica. Se você duvida, veja a declaração nos documentos de fundação do Hamas de que os judeus "estiveram por trás da Revolução Francesa [e] da revolução comunista". Poderia ter vindo de Hitler. (Mas até Adolf teria hesitado em repetir a alegação do Hamas de que os judeus também criaram "os Rotary Clubs [e] os Lions" para alcançar "interesses sionistas".)

O islã radical, como o fascismo antes dele, chafurda no culto da morte: "Morte à inteligência! Longa vida à morte!", gritou o general franquista José Millán Astray em 1936. "Nós amamos a morte mais do que vocês amam a vida", gritam os combatentes islâmicos hoje. Existe o mesmo apoio de financistas e empresários, do que nós velhos esquerdistas costumávamos chamar de burguesia capitalista, e a mesma crença comum de que as mulheres não podem aspirar a ser qualquer coisa além de esposas obedientes.

Em um sentido, o islã radical supera os fascistas e até os comunistas. Os velhos totalitarismos podiam prometer a seus seguidores que a morte levaria apenas à maior glória da pátria ou à vitória inevitável da classe trabalhadora. Um radical islâmico pode dizer a seus executores que a morte não apenas aumentará o triunfo global do islã como levará o mártir ao paraíso.

Não posso encontrar boas bases para discordar dos esquerdistas iranianos que chamam o islamismo radical de fascismo da nossa época. Ninguém diz que você não pode falar sobre a "direita cristã" nos Estados Unidos, ao descrever os colonos judeus messiânicos nos territórios ocupados por Israel como "ultradireitistas". Fale da direita islâmica, porém, ou mencione suas ligações com a tradição fascista no Ocidente, e encontrará incompreensão irritada. Eu perdi a conta do número de vezes que adversários me disseram que o fascismo se baseava em Estados, e não em religiões. Alguns aceitavam que era legítimo descrever o Iraque de Saddam Hussein como fascista. Ele tinha todos os adereços: o grande líder com sua imagem em toda tela de TV e o Estado de partido único determinado a exterminar os racialmente impuros – os curdos, no caso do Iraque. Mas, eles continuavam em tons de dar calafrios, usar a mesma linguagem sobre extremistas religiosos era um jogo linguístico perigoso.

Muitos liberais temem que condenar o islamismo radical em uma linguagem clara de esquerda permitirá que a extrema-direita branca pinte todos os muçulmanos como extremistas. Uma esquerda liberal com princípios realmente rejeitaria suas preocupações e se oporia tanto ao racismo branco quanto ao preconceito religioso com a mesma força e, como gosto de dizer, pelos mesmos motivos. Ela tem ainda mais causas para fazê-lo agora que o islamismo radical tem um Estado, o Estado Islâmico com seu próprio califa supremo, Abu Bakr al-Baghdadi, e todos os armamentos modernos que o exército iraquiano deixou para trás ao fugir.

Como Saddam Hussein, o Estado Islâmico está decidido a usar suas armas para exterminar os curdos. Se você vive no Curdistão iraquiano, as finas distinções entre o totalitarismo baseado no Estado fascista e o totalitarismo religioso desapareceram. Tudo o que você sabe é que durante décadas assassinos marcharam em direção à sua terra natal querendo matá-lo porque você é da raça errada ou adora seu deus da maneira errada.

Amigos curdos iraquianos descrevem a década após a queda de Saddam Hussein como seus "anos dourados". No Iraque, se não nas áreas curdas do Irã, da Síria e da Turquia, eles tinham autonomia. A economia florescia e, apesar dos problemas habituais de corrupção proporcionados pela exploração do petróleo, os curdos construíram uma sociedade decente com proteções, embora imperfeitas, aos direitos das mulheres e das minorias religiosas. Apesar de a paz ter terminado com os ataques do Estado Islâmico, um estrangeiro poderia pensar que a sorte dos curdos estava melhorando.

Depois de duas décadas em que os ocidentais liberais defenderam o direito dos palestinos a ter um Estado, mas nunca mencionaram os curdos sem Estado, há manifestações animadoras de camaradagem na esquerda europeia. De modo mais significativo, os Estados Unidos e a Europa precisam dos curdos. Barack Obama e David Cameron garantem a seus eleitores que não haverá "botas em campo". Os peshmerga curdos irão à luta por nós. Os curdos lutaram contra Saddam Hussein, que já foi um aliado do Ocidente e virou inimigo do Ocidente. Hoje eles combatem o Estado Islâmico, que nossos líderes condenam como o movimento mais bárbaro do planeta. As regras normais da política ditam que eles deveriam ser recompensados por seus sacrifícios, particularmente quando é tão fácil encontrar uma recompensa adequada.

Os curdos iraquianos estão organizando um referendo de independência, sob a alegação de que o Iraque é um Estado falido cujas fronteiras foram traçadas por colonialistas europeus mortos e cujos governantes só lhes trouxeram terror. De modo tocante, eles enviaram representantes à Escócia para aprender como o mundo civilizado resolve essas coisas. Eles também aprenderam a amarga lição de que, por mais liberal que seja sua sociedade ou corajosos seus combatentes, o mundo civilizado não aceitará seu direito à autodeterminação.

O Ocidente e os países árabes temem que um acordo justo para os curdos do Iraque perturbe a Turquia, apesar de os curdos iraquianos serem escrupulosos em seu apoio ao protesto interno turco-curdo pela paz e não façam reivindicações territoriais. Somado a isso, há o medo mais amplo de que a liberdade para os curdos, mesmo depois de tudo o que eles sofreram e sofrerão nas lutas contra o fascismo moderno em todas as suas formas, perturbe a "estabilidade do Oriente Médio".

Eu conheço Bayan Abdul Rahman, a maravilhosa embaixatriz do Curdistão iraquiano na Grã-Bretanha, há vários anos. Ela é uma diplomata modelo: de fala suave, educada e discreta. Mas quando ouve arengas sobre a "estabilidade" no Oriente Médio ela solta um desabafo totalmente antidiplomático. "Estabilidade?", grita. "Que estabilidade? Por quanto tempo teremos de ser punidos por uma estabilidade que não existe?"

Carta Capital / Diário Liberdade

http://brasilsoberanoelivre.blogspot.com.br/


Fonte: Wikipedia

Os Curdos
Curdos
(Kurd)
População total
27 a 36 milhões
Regiões com população significativa
Curdistão: Turquia, Irã, Iraque, Síria e Armênia
Línguas
curdo, zazaki, gorani, turco, árabe, persa
Religiões
Islamismo (maioritariamente sunita), Iazdânismo

Os curdos (em curdo: Kurd; em turco: Kürtler) são um grupo étnico que se considera como sendo nativo de uma região frequentemente referida como Curdistão, que inclui partes adjacentes do Irã, Iraque, Síria , Turquia , Armênia e Geórgia. Também há comunidades curdas no Líbano, Azerbaijão (Kalbajar e Lachin, a oeste de Nagorno-Karabakh) e, em décadas recentes, em alguns países europeus e nos Estados Unidos. Etnicamente aparentados com outros povos iranianos, eles falam curdo, uma língua indo-europeia do ramo iraniano. Todavia, as origens étnicas curdas são incertas.

De acordo com Vladimir Minorsky, "não há dúvidas que o termo mar (medos) se refere aos curdos". Além disso, ele escreve que "no raro manuscrito armênio contendo amostras de alfabetos e línguas, escrito em algum momento antes de 1446, uma oração curda aparece como exemplo da língua dos medos"
População
O número exato de curdos vivendo no Oriente Médio ainda não se sabe, devido à análise dos recenseamentos recentes e à relutância dos vários governos das regiões habitadas por curdos em fornecer dados importantes.

De acordo com o CIA Factbook, os curdos compreendem 20% da população da Turquia, de 15 a 20% no Iraque, possivelmente 8% na Síria, 7% no Irã e 1,3% na Armênia. Em todos estes países com exceção do Irã, os curdos são o segundo maior grupo étnico. Aproximadamente 55% dos curdos no mundo vivem na Turquia, 20% no Irã, 20% no Iraque e um pouco menos de 5% na Síria. Estas estimativas estabelecem o número total de curdos entre 27 e 36 milhões.

Há outras fontes que registram uma população maior de curdos que a que está acima. Além disso, estima-se que os curdos, especialmente na Turquia, têm um índice de natalidade quase 50% mais que os turcos. Devido a isso, eles são vistos como um desafio demográfico para o estado.

PF cumpre mandados de busca e apreensão contra Collor no âmbito da Lava Jato

PF cumpre mandados de busca e apreensão contra Collor no âmbito da Lava Jato

terça-feira, 14 de julho de 2015

(Reuters) - A Polícia Federal lançou nesta terça-feira ação para cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da operação Lava Jato e, segundo a mídia, o senador e ex-presidente Fernando Collor de Melo (PTB-AL) foi um dos alvos.

Policiais estiveram nas residências de Collor em Brasília e Alagoas, e também foram à TV Gazeta no Estado nordestino, que tem Collor como um dos principais acionistas, segundo reportagens. O também senador Ciro Nogueira (PP-PI) seria outro alvo da chamada Operação Politéia, de acordo com a mídia.

A investigação contra Collor foi autorizada pelo STF após pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por suspeita de envolvimento no esquema bilionário de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato.

Em comunicado, a Polícia Federal informou que a nova operação tem como objetivo o cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF referentes a seus processos instaurados a partir de provas obtidas na Lava Jato.

Os mandados foram expedidos para os Estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal.

"As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos", disse a PF em nota.

"As medidas decorrem de representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nas investigações que tramitam no Supremo. Elas têm como objetivo principal evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados."

Segundo a polícia, os investigados respondem a acusações por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude a licitação, organização criminosa, entre outros.

A Lava Jato investiga um esquema de corrupção na Petrobras no qual empreiteiras formaram um cartel para vencerem contratos de obras da estatal. Em troca, pagavam propina a funcionários da empresa, a operadores que lavavam dinheiro do esquema, a políticos e partidos.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)

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São Francisco de Assis




São Francisco de Assis
Religioso italiano

Biografia de São Francisco de Assis:

São Francisco de Assis (1182-1226) foi um religioso italiano. Fundou a Ordem dos Franciscanos. Era filho de um rico comerciante, mas fez votos de pobreza. Foi canonizado pelo papa Gregório IX, dois anos depois de sua morte. É conhecido como o protetor dos animais.

São Francisco de Assis (1182-1226) nasceu em Assis, na Itália, no dia 5 de julho de 1182. Era filho de Joana e Pedro Bernardone Maricone, rico comerciante de tecidos. Suas mercadorias eram vendidas na praça central da cidade de Assis. Estudou na escola Episcopal, onde aprendeu a ler, escrever e principalmente contar. Enriquecer era uma obsessão naquela época. Ajudou seu pai no comércio, mas viver atrás de um balcão não era trabalho que o atraísse.

Em 1197, com a morte do imperador romano-germânico Henrique VI, que dominava a região, inicia-se uma revolta dos mercadores de Assis, O Ducado de Assis era controlado pelo Duque de Spoleto, que cobrava pedágio de tudo que atravessasse a região. Os revoltosos, entre eles Francisco, organizam uma tropa para dar combate à nobreza feudal que havia se refugiado na Perúgia. Na luta os mercadores de Assis são derrotados e Francisco e levado para prisão, onde permanece durante um ano.

Em 1203, de volta a cidade natal, Francisco entrega-se a uma vida de festas e luxo. Depois de um tempo resolve mudar de vida e ser cavaleiro. Para chegar a esse posto teria que começar como escudeiro de um nobre. Francisco parte para sua missão. Durante o percurso, ao encontrar os mendigos, vai se desfazendo de seus pertences.

Em 1206, orando na capela de São Damião, acredita ouvir de Cristo as seguintes palavras: "Vá Francisco, e restaure a Minha Casa". Imaginando tratar-se de reconstruir a Capela, volta para casa, vende boa parte dos tecidos do pai, e entrega-se ao serviço de Deus e dos miseráveis. Em 1208, faz votos de pobreza.

Francisco de Assis, decidido a cumprir as Escrituras sagradas, passa a viver voltado apenas para o espírito. Seus sermões eram cada vez mais frequentados, sua fama vai se espalhando e as poucos já tinha seguidores, dispostos a formar uma nova ordem religiosa. Em 1210, fundaram a "Ordem dos Irmãos Mendigos de Assis", que se instalou em cabanas no alto dos montes.

Em 1215, o papa Inocêncio III reconhece a "Ordem dos Franciscanos" e designa o Cardeal Ugolino, como protetor da Ordem. Os discípulos são separados em dois grupos para seguir em peregrinação pelo mundo para disseminar o sentimento da fé cristã.

Durante a peregrinação os franciscanos tiveram seus primeiros martírios, cinco discípulos foram mortos pelos muçulmanos, em Ceuta, por recusarem a conversão ao islamismo. Francisco embarca para a Terra Santa, onde é aprisionado e levado ao Sultão. Para mostrar a superioridade da fé cristã, Francisco anda sobre brasas. É imediatamente libertado e volta para a Itália.

Em 1221, apresenta um texto com as regras para a ordem, que é recusado pelo cardeal Ugolino. Em 1223, o texto é retocado e finalmente aceito pelo papa Honório III. Em 1224, decepcionado e doente, é obrigado a moderar suas atividades. Nesse mesmo ano renuncia a direção efetiva da irmandade que criara.

Em companhia dos discípulos Ange, Rufino e Leão partem para floresta. Conta-se que na floresta, em sua presença, os peixes saltavam da água e os pássaros pousavam em seus ombros. Certo dia orando, no alto do rochedo, desceu do céu um serafim de asas resplandecentes, trazendo nos braços uma cruz. Quando a imagem desaparece, Francisco percebe marcas de sangue nas mãos e pés. Doente, Francisco implora que o levem para Assis, onde falece, assistido pelos discípulos, no dia 3 de outubro de 1226.


Informações biográficas de São Francisco de Assis:
Idade: 833 anos
Data do Nascimento: 05/07/1182
Data da Morte: 03/10/1226
Nasceu há 833 anos
Morreu aos 44 anos
Morreu há 788 anos
Última atualização do biografia de São Francisco de Assis: 06/05/2015.
Biografias Relacionadas
http://www.e-biografias.net/



Oração pela Paz

Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde há ódio, que eu leve o amor.
Onde há ofensa, que eu leve o perdão.
Onde há discórdia, que eu leve a união.
Onde há dúvida, que eu leve a fé.
Onde há erro, que eu leve a verdade.
Onde há desespero, que eu leve a esperança.
Onde há tristeza, que eu leve a alegria.
Onde há trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido;
amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
é morrendo que se vive para a vida eterna.

São Francisco de Assis



segunda-feira, 13 de julho de 2015

Mulheres Que Marcaram O Século XX: Sônia Braga, A maior Diva de Todos Os tempos.












Mulheres Que Marcaram O Século XX: Sônia Braga
Sônia Maria Campos Braga (Maringá, 8 de junho de 1950) é uma atriz brasileira. Ela tem aparecido em vários filmes e telenovelas no Brasil e nos Estados Unidos e também é reconhecida como um símbolo sexual e ícone cultural no Brasil.

Biografia
(1950—1964): Primeiros anos
Sônia Braga nasceu em 8 de junho de 1950, filha de Hélio Fernando Ferraz Braga e Maria Braga Jaci Campos, figurinista natural de Maringá, é irmã de Júlio, Ana e Hélio e tia de Alice Braga, também atriz. Os pais e seus seis irmãos se mudaram para Curitiba e depois para Campinas, São Paulo. Quando Braga tinha 8 anos seu pai faleceu, e ela se mudou para uma escola de convento na cidade de São Paulo. Na sua adolescência, conseguiu um emprego no tradicional Buffet Torres como recepcionista e datilografava orçamentos.

(1965—1968): Início da carreira
Aos 14 anos, Sônia Braga foi convidada pelo diretor Vicente Sesso para fazer teleteatros e programas infanto-juvenis no programa Jardim Encantado. Depois disso, ela se integrou num grupo teatral que se apresentava na região do ABC Paulista. Aos 17 anos, estreou na peça Jorge Dandin em Santo André.  Em 1968, quando Sônia tinha 18 anos ela participou da montagem brasileira de Hair onde causou escândalo ao aparecer em cena nua.  Braga também foi uma atriz no teatro infantil em 1979 na peça No País dos Prequetés.

(1968—1974): Estreia no cinema e na TV
Ainda em 1968, Braga participaria do filme O Bandido da Luz Vermelha, e no inicio dos anos 70, apareceu em papéis coadjuvantes nos filmes A moreninha e Cléo e Daniel e na novela Irmãos Coragem.   Nos anos Sônia Braga consolidaria sua carreira na televisão brasileira em papéis marcantes nas telenovelas Selva de Pedra de 1972 como Flavia, e em Fogo sobre Terra de 1974, como Brisa. Ela ainda participou da versão brasileira de Sesame Street, Vila Sésamo, no início da década de 1970.

(1975—1981): Reconhecimento nacional, Sex symbol
A carreira de Sônia Braga ganhou novas conotações em 1975 ao protagonizar a telenovela Gabriela. No papel-título, Braga "tomou o Brasil no início dos anos 70, tornando-se um nome conhecido", como observou Sue Branford e David Treece para o jornal britânico The Guardian. A novela baseada na obra de um dos mais conhecidos escritores brasileiros, Jorge Amado, e atingiu uma das maiores audiências em sua época, uma média de 25 milhões de pessoas.

A personagem logo a levou a estrelar outra história de Amado, Dona Flor e Seus Dois Maridos (1977), uma das maiores bilheterias do cinema brasileiras de todos os tempos. Dirigido por Bruno Barreto, Dona Flor conta a história de uma jovem viúva que perde seu marido Vadinho - interpretado por José Wilker - e logo se casa de novo, com o recatado e pacífico farmacêutico da cidade, Dr. Teodoro Madureira (Mauro Mendonça). Com saudades do antigo marido que apesar dos defeitos era um ótimo amante, acaba causando o retorno dele em espírito, que só ela vê. O sucesso da comédia ajudou a lançar o nome de Braga a nível internacional, e também chamou a atenção favorável para o cinema brasileiro em geral.

Suas personagens em Tieta do Agreste e Saramandaia ajudaram ela a manter seu posto de Sex symbol1 Em 1978, estrelou como Julia Matos a novela Dancin' Days.  Escrita por Gilberto Braga, sua personagem é uma ex-presidiária que tenta reconquistar o amor de sua filha.

Em 1981, com Eu Te Amo (1981), filme dirigido por Arnaldo Jabor, Braga venceu o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Gramado. Neste ponto de sua carreira, Braga era anunciada como a próxima grande estrela sensual do cinema internacional, aos passos de Sophia Loren. Os relatos da imprensa ligando seu nome a romances com seus colegas de elenco ou diretores só aumentava o fascínio; tais rumores cercaram a produção de um remake de Gabriela, para o cinema, em 1983, com o galã italiano Marcello Mastroianni.

(1986—1995): Carreira internacional

Sônia Braga com Melanie Griffith e Robert Redford no Festival de Cannes, em 1988.
Sônia Braga, alcançou reconhecimento internacional em, O Beijo da Mulher Aranha de 1985, filme baseado em um romance de Manuel Puig, que se tornou um dos lançamentos mais aclamados desse ano, a atriz coestrelou ao lado de William Hurt, que venceu o Oscar de melhor ator. O filme foi descrito como "tenso, carregado de energia intelectual e espirituosa com o humor negro de desespero", bem como "hipnotizante" pelo crítico da revista People, Ralph Novak. Braga admitiu que o sucesso de O Beijo da Mulher Aranha surpreendeu até ela. Ela estava desconfortável com seu primeiro papel falado em inglês, "Às vezes, eu dizia uma fala e me perguntava: O que significa isso?", disse ao jornalista do Los Angeles Times, Roderick Mann. "agora me sinto muito mais segura."

Ela foi se tornou a brasileira de apresentar uma categoria no Oscar ao lado do astro Michael Douglas em 1987, com apenas 36 anos. Os aplausos e críticas logo levaram Braga a aparecer em mais dois grandes papéis em Hollywood, ambos lançados em 1988: The Milagro Beanfield War, dirigido por Robert Redford, e na comédia, Moon over Parador, no qual foi indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante em 1989.

Ela assumiu os personagens coadjuvantes em The Rookie ao lado de Clint Eastwood e Charlie Sheen, e em inúmeros telefilmes e minisséries. No entanto, mesmo como coadjuvante Braga foi nomeada a dois prêmios Globos de Ouro e um Emmy Awards por seu papel em The Burning Season, produzido pela HBO em 1994. O filme fala sobre a vida do seringueiro acriano Chico Mendes.

Ela também foi indicada ao um prêmio Bravo do National Council of La Raza em 1995, por seu papel na minissérie Streets of Laredo transmitido pela rede CBS. Nesse mesmo ano, o renomado diretor Nicolas Roeg a convidou para o papel principal no filme Two Deaths ao lado de Patrick Malahide.

(1996—1999)
Em 1996, Braga atuou em Tieta do Agreste, filme baseado no romance homônimo de Jorge Amado, com direção de Cacá Diegues. A história se passa em uma aldeia pobre no estado da Bahia, Tieta retorna a sua terra natal, a pequena Santana do Agreste, após 25 anos de ausência. Sua volta causa certa apreensão na família, uma vez que Tieta saíra escorraçada pelo pai Zé Esteves, movido pelas intrigas de Perpétua, sua irmã mais velha. "A beleza sensual de Braga e a paixão ardente são perfeitos para a corajosa mas emocionalmente marcada Tieta", declarou ao Los Angeles Times, o escritor Kevin Thomas.

(2001—atualmente)
Em 2001, Braga participou do elenco de Angel Eyes, no papel de Josephine Pogue, mãe de Sharon Pogue interpretada por Jennifer Lopez.

Nos anos 2000, Sônia participou em vários programas e séries americanas como: Sex and the City (2001), Law & Order (2003), Ghost Whisperer, CSI: Miami (2005) e no seriado American Family, que retrata uma família latina em uma grande cidade americana, a série foi ao ar pela rede PBS.15 Depois de quase 20 anos sem participação na televisão brasileira, Sônia participou da novela Força de um Desejo (1999).

Em 2006, voltou a trabalhar em Páginas da Vida de Manoel Carlos, onde interpretou uma escultora internacionalmente reconhecida. Depois ela protagonizou o episódio A Adúltera da Urca da série As Cariocas em 2010, e participou da serie Tapas & Beijos em 2011.

Vida pessoal
Nos anos 70, Sônia namorava o ator Arduíno Colassanti e os dois moravam num barco à vela que ficava ancorado em Parati.17 Ela depois namorou Caetano Veloso no final dos anos 1970 e Veloso depois escreveu as músicas “Tigresa” e “Trem das Cores” para ela.

O último relacionamento da estrela foi com o guitarrista Mark Lambert, durou quase dois anos e acabou em 1996.

Agora sua casa em Niterói está sendo renovada e por enquanto mora num apartamento em Cinelândia, perto do centro do Rio de Janeiro.

Filmes para cinema
1968 O Bandido da Luz Vermelha Vítima
1970 Cleo e Daniel Sandra
1970 A Moreninha Carolina, a Moreninha
1971 Capitão Bandeira Contra o Dr. Moura Brasil Atriz
1973 Mestiça, a Escrava Indomável Mestiça
1975 O Casal Maria Lúcia
1976 Dona Flor e Seus Dois Maridos Dona Florípides “Flor” Guimarães
1978 A Dama do Lotação Solange
1981 Eu Te Amo Maria
1983 Gabriela, Cravo e Canela Gabriela
1984 Patriamada Sonia Braga
1985 O Beijo da Mulher Aranha Leni Lamaison/ Marta/ Mulher Aranha
 1988 Rebelião em Milagro Ruby Archuleta
 1988 Luar Sobre Parador Madonna Mendez
 1990 Rookie – Um Profissional do Perigo Liesl
 1993 A Volta Juana Morales
 1995 Two Deaths Ana Puscasu
 1996 Tieta do Agreste Tieta
 1999 Um Drink No Inferno 3: A Filha do Carrasco Quixtla
 2001 Perfume Irene Mancini
 2001 Memórias Póstumas Marcela
 2001 Olhar de Anjo Josephine Pogue
 2002 Império Íris
 2003 Testosterone Mãe de Pablo
 2004 Scene Stealers Celia Crouch
 2005 Che Guevara Celia
 2005 Baila Comigo Tina
 2006 Sea of Dreams Nurka
 2006 Cidade do Silêncio Teresa Casillas
 2006 Um Amor Jovem Sra. Garcia
 2010 Lope Paquita
 2010 Matemática do Amor Mãe
 2012 Emoticon (pós-produção)
 2012 The Wine of Summer (pós-produção)

Novelas

1970 Irmãos Coragem Lídia Siqueira
1972 Selva de Pedra Flávia
1974 Fogo Sobre Terra Brisa
1975 Gabriela Gabriela
1976 Saramandaia Marcina
1977 Espelho Mágico Camila / Cinthia Levy
1978 Dancin’ Days Júlia Matos
1980 Chega Mais Gelly
1999 Força de Um Desejo Helena Silveira Sobral
2006 Páginas da vida Tônia Werneck

 Prêmios:

1981 — Eu Te Amo
—Melhor atriz no Festival de Gramado
Indicações
1981 — Dona Flor e Seus Dois Maridos
BAFTA de melhor atriz revelação
1986 — O Beijo da Mulher-Aranha
—Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante
1989 — Luar sobre Parador
—Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante
1995 — The Burning Season
—Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante em televisão
1995 — The Burning Season
—Emmy de melhor atriz coadjuvante em minissérie
Fontes: Wikipédia, a enciclopédia livre e  http://www.soniabragaonline.com


Homens Que Marcaram O Século XX: VINICIUS DE MORAES



VINICIUS DE MORAES


Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, conhecido como Vinicius de Moraes nasceu em 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro, com ascendência nobre e de dotes artísticos.

Com apenas 16 anos entrou para a Faculdade de Direito do Catete, onde se formou em 1933, ano no qual teve seu primeiro livro publicado “O caminho para a distância”. Durante o período de formação acadêmica firmou amizades com vínculos boêmios e desde então, viveu uma vida ligada à boemia.

Após alguns anos foi estudar Literatura Inglesa na Universidade de Oxford, no entanto, não chegou a se formar em razão do início da Segunda Guerra Mundial. Ao retornar ao Brasil, morou em São Paulo, onde fez amizade com Mário de Andrade, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade e também efetivou o primeiro de seus nove casamentos. Logo após algumas atuações como jornalista, cronista e crítico de cinema, ingressou na diplomacia em 1943. Por causa da carreira diplomática, Vinicius de Moraes viajou para Espanha, Uruguai, França e Estados Unidos, contudo sem perder contato com o que acontecia na cultura do Brasil.

É um dos fundadores do movimento revolucionário na música brasileira, chamado de “Bossa Nova”, juntamente com Tom Jobim e João Gilberto. Com essa nova empreitada no mundo da música, Vinicius de Moraes abandonou a diplomacia e se tornou músico, compôs diversas letras e viajou através das excursões musicais. Durante esse período viveu intensamente os altos e baixos da vida boêmia, além de vários casamentos.

O início da obra de Vinicius de Moraes segue uma aliança com o Neo-Simbolismo, o qual traz uma renovação católica da década de 30, além de uma reformulação do lado espiritual humano. Vários poemas do autor enquadram-se nesta fase de temática bíblica. Porém, com o passar dos anos, as poesias foram focando um erotismo que passava a entrar em contradição com a sua formação religiosa.

Após essa fase de dicotomia entre prazer da carne e princípios cristãos, infelicidade e felicidade, Vinicius de Moraes partiu para uma segunda fase poética: a temática social e a visão de amor do poeta.
Há diferenças na estrutura da primeira fase poética do escritor em relação à segunda: a mudança dos versos longos e melancólicos para uma linguagem mais objetiva e coloquial.

Vinicius de Moraes foi um poeta que marcou a literatura e a música, e até hoje é relembrado, inclusive em nomes de avenidas, ruas, perfumes, etc.


O verbo no infinito

Vinicius de Moraes

Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer,
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

http://www.brasilescola.com/

Zona do euro fecha acordo com Grécia após negociações durante toda a noite

segunda-feira, 13 de julho de 2015
 Primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, chega à cúpula de líderes europeus em Bruxelas.
12/06/2015 REUTERS/Philippe Wojazer

Por Paul Taylor e Renee Maltezou

BRUXELAS (Reuters) - Líderes da zona do euro fizeram a Grécia ceder grande parte de sua soberania à supervisão externa nesta segunda-feira em troca de concordar com negociações sobre resgate de 86 bilhões de euros para manter o país no bloco de moeda única.

Os termos impostos pelos credores internacionais liderados pela Alemanha, em negociações que duraram a noite toda em uma cúpula de emergência, obrigaram o primeiro-ministro Alexis Tsipras a abandonar as promessas de acabar com a austeridade e pode rachar seu governo e provocar protestos na Grécia.

"Claramente a Europa da austeridade venceu", disse o ministro das Reformas grego, George Katrougalos.

"Ou vamos aceitar essas medidas draconianas ou é a morte súbita de nossa economia através da continuação do fechamento dos bancos. Então é um acordo que é praticamente imposto sobre nós", disse ele à rádio BBC.

Em um sinal da dificuldade que Tsipras pode ter para convencer seu próprio partido Syriza a aceitar o acordo, o ministro do Trabalho, Panos Skourletis, afirmou que os termos são inviáveis e que levarão a novas eleições neste ano.

Seis medidas, incluindo cortes de gastos, aumentos de impostos e reformas de aposentadorias têm que ser aprovadas até quarta-feira à noite e o pacote inteiro precisa ser endossado pelo Parlamento antes que as negociações possam começar, decidiram os líderes.

Se a cúpula tivesse falhado, a Grécia estaria diante de um abismo econômico com seus bancos fechados à beira do colapso e a perspectiva de ter que imprimir uma moeda paralela e, com o tempo, deixar a união monetária europeia.

"O acordo foi trabalhoso, mas foi concluído. Não há saída da Grécia (da zona do euro)", disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, após 17 horas de discussões.
Ele descartou sugestões de que Tsipras havia sido humilhado mesmo que o comunicado final da cúpula tenha insistido repetidamente que a Grécia tenha que daqui em diante sujeitar grande parte de sua política pública à concordância prévia dos monitores do resgate.

O próprio Tsipras, eleito há cinco meses para acabar com cinco anos de austeridade sufocante, afirmou que ele e sua equipe "disputaram uma batalha dura" e tiveram que tomar decisões difíceis. Ele disse que garantiu uma promessa melhorada de reestruturação da dívida e que "evitou o plano de estrangulamento financeiro".

A Grécia conseguiu um acordo condicional para receber possíveis 86 bilhões de euros ao longo de três anos, junto com uma garantia de que os ministros das Finanças da zona do euro iniciarão dentro de horas discussões sobre maneiras de cobrir um déficit de financiamento até que o resgate --sujeito a aprovações parlamentares-- esteja finalmente pronto.

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que pode recomendar "com total confiança" que o Parlamento alemão autorize a abertura de negociações de empréstimo com Atenas uma vez que o Parlamento grego tenha aprovado o programa todo e aprovado as primeiras leis.

O secretário-geral dos conservadores de Merkel disse que o Parlamento deve votar sobre a Grécia na sexta-feira.

ALEMANHA

Tsipras aceitou compromisso relativo a demandas lideradas pela Alemanha para o sequestro de ativos estatais gregos avaliados em 50 bilhões de euros --incluindo bancos recapitalizados-- em um trust fund além do alcance do governo, a ser vendido principalmente para reduzir a dívida. Em um gesto para a Grécia, cerca de 12,5 bilhões de euros dos rendimentos irão para investimentos na Grécia, disse Merkel.

O líder grego teve que desistir de sua oposição a uma atribuição completa para o Fundo Monetário Internacional (FMI) no próximo resgate, no qual Merkel insistiu para conseguir o apoio parlamentar em Berlim.

(Reportagem de Alastair Macdonald, Andreas Rinke, Tom Koerkemeier, Philip Blenkinsop, Julia Fioretti, Alexander Saeedy, Robert-Jan Bartunek e Julien Ponthis, em Bruxelas; George Georgiopoulos e Lefteris Karagiannopoulos, em Atenas)

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Situação de Dilma é mais complicada do que a de Collor, diz historiador

Mariana Schreiber
Da BBC Brasil em Brasília
9 julho 2015

boris fausto

'Por muito menos Collor sofreu impeachment', afirma o historiador Boris Fausto
Boris Fausto, um dos principais historiadores do Brasil, considera difícil relacionar a crise política que enfrenta a presidente Dilma Rousseff com a que derrubou João Goulart, em 1964, conforme fez neste domingo (5) o senador tucano José Serra.

Ele não vê problemas, porém, em fazer comparações com a queda, em 1992, do primeiro presidente eleito após a redemocratização do país, Fernando Collor.

Na avaliação do historiador, que declarou voto em Aécio Neves, há mais razões técnicas hoje para o impeachment de Dilma do que havia no caso de Collor, sobretudo por "problemas no Orçamento [as chamadas 'pedaladas fiscais'] e no financiamento da sua campanha".

"A comparação com o Collor é interessante porque, por muito menos, o Collor sofreu impeachment", afirmou, em entrevista à BBC Brasil.

Questionado sobre a ausência de acusações diretas de corrupção contra a presidente, Fausto disse que Dilma "fez um esforço no sentido de controlar os piores aspectos da corrupção e dar um rumo para a Petrobras". "Mas o problema é que ela está metida em toda uma instituição política da qual faz parte, não obstante suas supostas e prováveis intenções", completou.

O historiador disse considerar que as acusações de corrupção que contribuíram para a queda de Getúlio Vargas, com seu suicídio em 1954, eram "um laguinho" diante das denúncias envolvendo a Petrobras.

A menção é uma referência à expressão "mar de lama", popularizada na época da crise de Getúlio. Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

BBC Brasil - Após indicações de uma possível ruptura entre PT e PMDB e de declarações de líderes do PSDB de que estariam prontos para assumir o país, Dilma partiu para o ataque e disse que não vai cair. Esse tipo de afirmação tende a ter algum resultado político?

Boris Fausto - Algum resultado certamente tem. Ela é presidente da República. Para usar uma linguagem do boxe, ela tentou sair das cordas. Presumo que teria tido uma boa acolhida no PT. Em outros círculos, não acredito.

BBC Brasil - Pareceu um bom passo dentro da disputa política?

Fausto - Não acho que seja um bom passo. Acho que ela teria que falar mais, porque a presença dela em momentos de crise seria muito importante e ela aparece muito pouco. Não gosto do conteúdo. Essa coisa de "eu não tenho medo, venham para a luta" parece um desafio de ginasianos, e não a palavra de uma presidente.
E essa exploração de uma outra época histórica, do fato de que ela tenha sido torturada, presa política, aliás, só a enaltece, mas essa exploração, transportada para o dia de hoje, não faz sentido.

BBC Brasil - O senador José Serra disse que o governo Dilma "é o mais fraco" que já presenciou. "O de Jango (João Goulart, deposto em 1964) era de uma solidez granítica se comparado com o de Dilma", afirmou na ocasião. O senhor concorda?

Fausto - Não concordo em parte. É difícil medir solidez granítica de governo. Acho que o governo Jango, sobretudo na última fase, teve um comportamento muito errático, se enfraqueceu muito e foi derrubado por um golpe. As épocas são muito diferentes, as razões (da fraqueza dos governos) são muito diferentes, as forças sociais em jogo são outras. Não vejo paralelismo.

BBC Brasil - A imprensa teve um papel importante na queda tanto de Jango como de Getúlio Vargas. O PT costuma acusar a imprensa de perseguir o partido e seu governo. Como o senhor vê a atuação da mídia hoje?

Fausto - A imprensa sempre teve um papel importante no Brasil. No passado tivemos algo que hoje não temos: órgãos da imprensa com diferentes posições. Por exemplo, o caso do (jornal) Globo em contraste com a Última Hora (jornal que apoiava Getúlio). Hoje não temos isso.
Agora, estou seguro de que essa teoria conspiratória sobre a imprensa manipulando a situação é falsa. A mídia em geral tem tido um papel muito importante no esclarecimento de fatos. Em vez de censurar a mídia é melhor censurar o comportamento das pessoas sobre quem a mídia fala.

Boris Fausto é autor de "História Concisa do Brasil" (2000) e "Getúlio Vargas: O poder e o sorriso" (2006), entre outros títulos.

BBC Brasil - No caso do Getúlio houve também acusações de corrupção. Essa seria uma semelhança entre os dois casos?

Fausto - Semelhança muito genérica existe porque o tema da corrupção apareceu nos dois casos, só que o grau de corrupção nos dias de hoje é infinitamente maior do que na época de Getúlio.
E, afinal de contas, aquilo que ele próprio chamou de "mar de lama" era um laguinho comparado à situação de hoje. O que significa que a corrupção é um elemento muito mais importante hoje do que no quadro da queda de Getúlio, o que não quer dizer que o tema da corrupção não tenha sido usado para derrubá-lo.

BBC Brasil - E hoje o senhor também vê alguma "luta de classes" como havia antes? Isso porque o governo também costuma classificar seus críticos como "elite que está contra as reformas do país e preocupada com seus próprios interesses".

Fausto - Pergunta difícil essa. Esse panorama no Brasil é muito complexo. Claro que há interesse se manifestando interesses das elites. Mas há uma coisa complicada se pensarmos o seguinte: o PT, que expressou a vontade de luta dos trabalhadores urbanos, se transformou num partido cuja principal liderança se uniu às empreiteiras, a ponto de a direção do partido fazer uma declaração em defesa das empreiteiras. Então, tudo isso embrulha muito o cenário da luta política brasileira. É difícil falar que o Partido dos Trabalhadores seja hoje o partido dos trabalhadores.

BBC Brasil - Hoje Dilma tem menos apoio popular que Jango e Getúlio tinham antes de suas quedas. Isso aumenta as chances de ela não terminar o mandato?

Fausto - A comparação histórica não aumenta. O fato de ter um prestígio tão baixo aumenta muito as chances de chegarmos a uma situação de impeachment. A falta de apoio popular, mais a queda enorme do prestígio da Dilma, que no começo do primeiro mandato tinha em torno de 60%, 65% de aprovação, isso, sim, concorre muito para desestabilizar seu governo.
BBC Brasil - José Sarney foi um presidente muito impopular e Fernando Henrique Cardoso também viveu momentos de baixa aprovação, mas ambos não caíram. Que semelhanças e diferenças há entre esses dois casos e o atual?

Fausto - É uma situação diferente. O Sarney tinha problema de legitimidade foi um nome que esteve integrado na Arena (o partido de sustentação da ditadura militar) e chegou ao poder por conta da morte de Tancredo (Neves, civil eleito presidente indiretamente pelo Congresso). E o Brasil atravessou um período muito difícil do ponto de vista econômico. As razões de queda da popularidade são compreensíveis, mas o quadro político não foi instável como hoje.

BBC Brasil - E no caso de Fernando Henrique? Ele também viveu momentos de baixa aprovação, houve o "Fora FHC".

Fausto - O FHC viveu momentos de desaprovação, principalmente no segundo mandato, quando enfrentou uma situação econômica também adversa, o desemprego subiu muito. Na verdade, com ele acontece uma coisa curiosa, e eu vou repetir uma frase dele porque eu acho boa. Ele, por muito tempo, perdeu a popularidade, mas não perdeu a credibilidade.

BBC Brasil - A democracia brasileira, embora ainda muito nova, superou bem o impeachment de Collor. A leitura predominante hoje é de que a queda do presidente foi justa e correta. O governo Dilma acusa os que propõem o impeachment de golpistas. Um impeachment hoje tem fundamento constitucional ou seria um golpe?

Fausto - O impeachment é uma coisa prevista na nossa legislação, não é um golpe de Estado. Mas é preciso considerar que o impeachment é sobretudo um instrumento político. O que significa que exista uma forte tendência a acreditar que o governo não tem condições de continuar. E, mais do que isso, é preciso indicar as razões porque isso acontece. Agora, a Dilma está cercada de razões dessa natureza – problemas no Orçamento [do governo], no financiamento do partido, da campanha dela.
Então, é preciso não se antecipar porque estamos vivendo aí numa tempestade, mas que existem razões para um impeachment, razões técnicas, eu acho difícil contestar. A comparação com o Collor é interessante porque por muito, muito menos, o Collor sofreu o impeachment.

BBC Brasil - É que no caso do Collor o acusam de ter sido corrupto em causa própria. E a presidente sustenta que a biografia dela é limpa, que ela é honesta. Não seriam então duas coisas diferentes?

Fausto - Eu já disse que Dilma fez um esforço no sentido de controlar os piores aspectos da corrupção, dar um rumo para a Petrobras. Mas o problema é que ela está metida em toda uma instituição política da qual ela faz parte, não obstante as suas supostas e prováveis intenções.

BBC Brasil - Volta a discussão hoje no país a adoção do parlamentarismo, defendida principalmente pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e também por José Serra. O sistema foi adotado no governo Jango, como forma de retirar força do presidente. O que acha da discussão hoje?

Fausto - É preciso ver em que condições se adotará. Tenho muito receio da adoção do parlamentarismo, não do ponto de vista abstrato da qualidade de um sistema político dessa natureza - o parlamentarismo tem muitas virtudes. Mas fico imaginando se, com uma instituição como o Congresso Nacional, a presença no país de 32 partidos, a gente tem um arcabouço constitucional que possa sustentar um verdadeiro parlamentarismo.

BBC Brasil - E quando o senhor fala dos 32 partidos se refere a possíveis dificuldades na construção de alianças?

Fausto - Você vê as dificuldades que temos hoje num sistema presidencialista em que o Congresso ganha muita relevância - toda a falta de coerência, a criação de partidos que são simples balcões em busca de interesses. Tudo isso torna muito arriscada a implantação do parlamentarismo.

BBC Brasil - Qual sua opinião sobre Eduardo Cunha, uma figura polêmica, que despontou com muita força?

Fausto - Eu não o conheço suficientemente, prefiro não opinar. Vou dizer só uma coisa: o Eduardo Cunha conhece o regimento da Câmara muito bem. Ele sabe usar, e aí, veja você, mais um dado para que a gente fique com uma pulga atrás da orelha sobre o parlamentarismo.
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sábado, 11 de julho de 2015

Alemanha considera saída temporária da Grécia da zona do euro, diz jornal



Alemanha considera saída temporária da Grécia da zona do euro, diz jornal

Reuters 11/07/2015

BERLIM (Reuters) - O Ministério de Finanças da Alemanha acredita que as últimas propostas de reformas da Grécia não vão longe o suficiente e sugeriu duas alternativas para Atenas, incluindo uma saída temporária da zona do euro, segundo reportagem do jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung".

"Essas propostas deixam de fora reformas centrais importantes para modernizar o país e trazer crescimento econômico e desenvolvimento sustentável no longo prazo", escreveu o Ministério, segundo o jornal.

Em vez disso, o Ministério apresentou duas alternativas para a Grécia. Na primeira, Atenas melhoraria suas propostas rapidamente e transferiria ativos avaliados em 50 bilhões de euros para um fundo com o objetivo de pagar suas dívidas.

No segundo cenário, a Grécia sairia da zona do euro por pelo menos cinco anos e reestruturaria sua dívida, enquanto permaneceria membro da União Europeia.

O Ministério de Finanças da Alemanha se recusou a comentar a reportagem.

(Por Paul Carrel)

Ministros da zona do euro receosos avaliam resgate à Grécia

Ministros da zona do euro receosos avaliam resgate à Grécia
sábado, 11 de julho de 2015
Por Philip Blenkinsop e Robert-Jan Bartunek

BRUXELAS (Reuters) - Ministros de Finanças europeus céticos se reúnem neste sábado para decidir se negociam um terceiro resgate para a Grécia depois de o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, ganhar apoio dos parlamentares para as dolorosas medidas de austeridade que seu partido de esquerda foi eleito para evitar.

Wolfgang Schaeuble, ministro das Finanças da Alemanha, maior credor da Grécia e um defensor veterano de regras orçamentárias da UE, disse que as negociações seriam "extremamente difíceis".

Desde que Tsipras assumiu o poder em janeiro, disse ele, o otimismo emergente sobre a Grécia vinha sendo "destruído de uma maneira incrível nos últimos meses".

Outros ministros que chegavam para a reunião do Eurogrupo também falaram de uma falta fundamental de confiança depois de anos de promessas quebradas pelos gregos.

No entanto, fontes familiarizadas com uma reunião preparatória mais cedo neste sábado disseram que assessores dos ministros haviam endossado com reservas uma recomendação por parte das instituições da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que as propostas de Tsipras fornecem uma base para iniciar as negociações.

"Nós ainda estamos longe", disse Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças holandês que estava presidindo a reunião. "Tanto no lado do conteúdo como da questão mais complicada de confiança, ainda que esteja tudo bom no papel, a questão é se isso vai sair do chão e vai acontecer ... Nós estamos enfrentando uma negociação difícil."

Em Atenas, Tsipras teve de contar com votos da oposição da direita no Parlamento depois de alguns de seus parlamentares de esquerda resistirem a cortes de gastos, aumento de impostos e outras medidas que ele propôs, a fim de desbloquear 54 bilhões de euros em uma linha de crédito de três anos.

Mas a Alemanha, o maior credor em dois resgates anteriores, totalizando 240 bilhões de euros desde 2010, está profundamente cética depois de cinco meses de negociações com Tsipras.

Por outro lado, uma afirmação positiva sobre as propostas gregas feita por parte da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI na noite de sexta-feira, aliada a comentários otimistas da França, levantaram expectativas de que o Eurogrupo liberaria novas negociações sobre empréstimo.

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Governo pretende manter meta de superávit primário, diz Dilma





Governo pretende manter meta de superávit primário, diz Dilma
sábado, 11 de julho de 2015
(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse neste sábado, durante viagem à Itália, que o governo não pretende reduzir a meta de superávit primário, embora a questão esteja sempre em avaliação.

"Nós queremos manter a meta, é isso que nós queremos. Não houve nenhuma decisão, o Planejamento não está ainda colocando isso, de maneira alguma... Agora, a gente avalia sempre, e vamos fazer todos os esforços para manter a meta", disse a presidente durante visita ao Pavilhão do Brasil na Expo Milão 2015, segundo transcrição fornecida pelo Palácio do Planalto.

O relator do Orçamento de 2015, senador Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou esta semana que vai propor em seu relatório a redução da meta de superávit primário - que é a economia para o pagamento dos juros da dívida-- para 22,1 bilhões de reais, ou o equivalente a 0,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), contra o nível atual de 66,3 bilhões de reais, ou 1,1 por cento PIB. Também será proposta a redução da meta fiscal para o próximo ano 2 para 1 por cento do PIB.

Jucá disse que a proposta é sua e que não foi acertada com a equipe econômica do governo.

Dilma disse ainda que é "impossível o Brasil sustentar um reajuste" de até 78,56 por cento para servidores do Judiciário, conforme foi aprovado recentemente pelo Senado.

"Nem em momentos de grande crescimento se consegue garantir reajustes de 70 por cento. Muito menos num momento em que o Brasil precisa de fazer um grande esforço para voltar a crescer", afirmou Dilma, que deverá decidir se sanciona ou veta o reajuste.

"Certos valores, certas quantidades de recursos que algumas leis exigem... são impraticáveis. O país não pode fazer face a isso", disse a presidente.

O impacto do reajuste previsto para o orçamento seria de mais de 25 bilhões de reais nos próximos quatro anos.

(Por Gustavo Bonato, em São Paulo)

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Dilma diz a TV russa que cumprirá mandato até o fim e trabalha para tirar país da crise

Dilma diz a TV russa que cumprirá mandato até o fim e trabalha para tirar país da crise
sexta-feira, 10 de julho de 2015
 Presidente Dilma Rousseff na reunião dos Brics, em Ufá (Rússia) 9/7/2015 REUTERS/BRICS/SCO Photohost/RIA Novosti

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou a um canal de TV da Rússia que vai concluir o mandato até o fim e que trabalha "duro" para o país sair da crise econômica.

Em entrevista concedida na quinta-feira ao canal de TV RussiaToday, divulgada nesta sexta-feira por sua assessoria, Dilma voltou a reconhecer as dificuldades econômicas que o Brasil enfrenta, mas também disse ter "certeza" de uma melhora.

"Dilma Rousseff vai acabar essa legislatura. Em qualquer país do mundo você tem quedas de popularidade. A minha decorre de uma situação econômica bastante adversa", disse a presidente ao ser perguntada se terminará o mandato, diante da queda na popularidade e da eleição presidencial apertada em 2014.

"E o que importa é, sem sombra de dúvida, que nós estamos trabalhando duro para tirar o Brasil dessa situação de crise. E isso é o que nós vamos ter como nosso foco principal."

Ao citar que a inflação passa por uma alta "momentânea" e que o endividamento do país em relação ao PIB é menor do que o de países europeus, a presidente defendeu que a economia brasileira tem "bases sólidas" e um sistema bancário "absolutamente robusto".

"Não há razão para que o Brasil não volte a crescer."

Questionada sobre a possibilidade de a situação econômica dos países que integram o Brics afetarem seus aportes ao grupo, Dilma respondeu que a situação de países como Brasil, China e Rússia é passageira.

A presidente participou nesta semana de reunião de cúpula dos Brics na Rússia, em que defendeu o papel desses países diante da crise e apresentou oportunidades de investimento em obras de infraestrutura no Brasil.

Provocada durante a entrevista na Rússia, negou que a crise prejudique as obras relacionadas ao Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.   "Todas estão completamente em dia. Não há a menor hipótese de serem afetadas por isso."

Dilma posicionou-se ainda contra sanções de qualquer espécie a países, quando perguntada sobre as que recaem sobre a Rússia por conta do conflito na Ucrânia.

Segundo a presidente, o tema foi abordado durante a reunião de cúpula, ocasião em que se posicionou contra.

"Nós não acreditamos que a sanção seja uma solução, em qualquer hipótese."

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Dilma reconhece momento “extremamente duro”, mas aposta em rápida recuperação da economia

quinta-feira, 9 de julho de 2015
 Presidente Dilma Rousseff. 01/07/2015 REUTERS/Stephen Lam

(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta quinta-feira que a economia do país passa por um momento “extremamente duro”, mas disse apostar em uma recuperação rápida do crescimento.

Segundo a presidente, a preocupação “é tanta” que o governo editou nesta semana o Programa de Proteção ao Emprego, uma medida que prevê a redução de salários e carga horária de trabalho em troca da manutenção do vínculo empregatício.

“Nós, de fato, estamos passando por um momento extremamente duro”, disse a presidente a jornalistas na Rússia, onde participou de reunião de cúpula dos países membros do Brics.

“A gente acha, que o Brasil tem, estruturalmente, fundamentos para se recuperar rápido. Não é só uma questão de eu achar ou não. Nós apostamos nisso, não porque temos uma visão rósea da situação, não temos não”, afirmou.

Dilma argumentou que a inflação do país tem sido pressionada por questões conjunturais, e não estruturais, sendo resultado do reajuste de preços relativos e também da desvalorização cambial.

“Ninguém no mundo faz ou sofre uma desvalorização cambial como nós sofremos sem efeitos inflacionários. Agora, ela não tem, não se espera que essa desvalorização cambial continue sistematicamente. Ela vai diminuir de intensidade”, disse.

A presidente fez as declarações no mesmo dia em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou sua projeção para a economia do Brasil, passando a ver uma contração de 1,5 por cento este ano, ante recuo de 1,0 por cento antes. [nL1N0ZP0VQ]
"GOLPISMO"
Questionada sobre declarações do senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmando que ela teria se munido de um discurso “golpista” ao tentar inibir as instituições, Dilma afirmou que elas são desrespeitadas quando há pré-julgamento.

A declaração do senador tucano foi motivada por entrevista da presidente à Folha de S.Paulo, em que Dilma se referiu a um setor da oposição “um tanto quanto golpista” por defender o impeachment de Dilma.

“A gente não fica discutindo quem é ou quem não é golpista. Quem é golpista mostra, na prática, as suas tentativas, porque começa por isso: pré-julgar uma instituição. Não há dentro, nem do TCU, nem do TSE, a possibilidade de dizer qual vai ser a decisão, até porque o futuro é algo que ninguém controla, nem eu, nem ninguém”, disse a presidente.

O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu explicações à presidente sobre manobras fiscais para fechar as contas do governo em 2014. Já o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar processos sobre contas da campanha de Dilma à Presidência no ano passado.

“Não passei por cima de nenhuma, nenhuma instituição. Nenhuma instituição se pronunciou. Nesse sentido, é estranho que pré-julguem”, disse a presidente a jornalistas em Ufá, na Rússia.

“Quem coloca como já tendo tido uma decisão está cometendo, eu acho, um desserviço para a instituição, um desserviço para o TCU e para o TSE, porque não há nenhuma garantia que qualquer senador da República possa, muito menos o senhor Aécio Neves, possa pré-julgar quem quer que seja ou definir o que uma instituição vai fazer ou não.”

Em resposta às declarações de Dilma, Aécio ocupou a tribuna do Senado nesta quinta para dizer que em “momento algum houve pré-julgamento”.

“O que nós ouvimos é algo absolutamente fora do sentido – aliás, me perdoem, como têm sido algumas das últimas declarações da presidente da República”, disse o senador tucano, derrotado por Dilma nas eleições presidenciais do ano passado.

(Por Maria Carolina Marcello, em Brasília)

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FMI reduz projeção de crescimento global em 2015, piora estimativa para Brasil

quinta-feira, 9 de julho de 2015
 Sede do Fundo Monetário Internacional, em Washington.   01/07/2015  REUTERS/Jonathan Ernst

WASHINGTON/BRASÍLIA (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu nesta quinta-feira sua previsão para o crescimento econômico global em 2015 para considerar o impacto da fraqueza recente nos Estados Unidos, enquanto piorou sua projeção para o Brasil, passando a ver uma contração na economia de 1,5 por cento este ano.

    Mas a instituição financeira global disse que as perspectivas de crescimento para o mundo no próximo ano permanecem intactas, apesar da crise da dívida da Grécia e recente volatilidade nos mercados financeiros chineses.

    Para o Brasil, em particular, o FMI ajustou sua estimativa para o recuo na economia a 1,5 por cento em 2015, ante 1,0 por cento antes. Para o ano que vem, a entidade também passou a ver um crescimento mais modesto para o país, de 0,7 por cento contra projeção anterior de 1,0 por cento.

Já para a economia global, o FMI disse em uma atualização do seu relatório World Economic Outlook que a expansão este ano deverá ser de 3,3 por cento este ano, 0,2 ponto percentual abaixo do previsto em abril. O crescimento deve acelerar para 3,8 por cento no próximo ano, disse a entidade, percentual inalterado em relação à previsão anterior.

Em nota, a entidade assinalou que o crescimento nos mercados emergentes deve desacelerar de 4,6 por cento em 2014 para 4,2 por cento este ano, fundamentalmente impactado pela queda no preço de commodities e condições mais apertadas de financiamento externo, particularmente na América Latina, citando nominalmente o Brasil. here

    Para justificar a projeção reduzida para o crescimento global neste ano, o FMI atribuiu boa parte da culpa à projeção para os Estados Unidos. A economia norte-americana sofreu contração no primeiro trimestre, impactada por nevascas excepcionalmente pesadas, um dólar ressurgente e paradas nos portos da Costa Oeste.

    O FMI disse que espera que a economia dos EUA cresça 2,5

por cento este ano. O FMI havia reduzido a estimativa para os EUA no mês passado ante 3,1 por cento em abril. O FMI também disse que a lentidão econômica nos EUA irá afetar Canadá e México.

    "(Mas) a fraqueza inesperada na América do Norte .
FMI reduz projeção de crescimento global em 2015, piora estimativa para Brasil
quinta-feira, 9 de julho de 2015 10:50 BRT Imprimir | Uma página [-] Texto [+]
 Sede do Fundo Monetário Internacional, em Washington.   01/07/2015  REUTERS/Jonathan Ernst
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deve se provar um revés temporário", assinalou o FMI no

relatório.

    O FMI também manteve suas previsões para uma retomada no crescimento na zona do euro, apesar de a Grécia se mover cada vez mais perto de um calote e para uma saída do bloco de moeda única.

    "Os desenvolvimentos na Grécia não resultaram, até agora, em qualquer contágio significativo", disse o FMI. "Uma ação de política oportuna deve ajudar a gerenciar tais riscos se forem se materializar", disse o FMI.

(Por Anna Yukhananov e Marcela Ayres)

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