Esgotamos todos os recursos para combater a crise', diz Dilma
Estadão
José Roberto Castro
SÃO PAULO - A presidente Dilma Rousseff admitiu, em discurso no Rio de Janeiro, que a política anticíclica feita após a crise internacional de 2008 sacrificou as contas públicas. Dilma explicou que a base desta política foi baseada na oferta de crédito subsidiado e desonerações fiscais.
"Nós esgotamos todos os nossos recursos de combater a crise", disse a presidente. "Trouxemos para as contas públicas e Orçamento de União os problemas que, de outra forma, recairiam sobre a sociedade e os trabalhadores. (...) Agora temos que usar outros instrumentos de combate", falou Dilma, explicando o ajuste fiscal. Segundo Dilma, a sociedade se livrou de um "elevadíssimo desemprego" e de "uma redução violenta da taxa de crescimento".
A presidente voltou a usar a analogia do orçamento doméstico para explicar o corte de gastos implantado pela nova equipe econômica neste segundo mandato e para falar em retomada do crescimento. O governo já começa a discutir a segunda fase do ajuste fiscal, tentando mostrar que o ajuste fiscal inclui corte de gastos e aumento de imposto, mas também a retomada do crescimento.
"Estamos fazendo o que todo mundo faz na sua casa: reajustando as contas para seguir crescendo. Acreditamos que isso se dará nos próximos meses, chegando ao final do ano", prometeu Dilma, que disse ainda que o País está passando por um momento de dificuldades, mas tem bases sólidas.
Para justificar seu raciocínio, a presidente disse, ao inaugurar terminais privados no porto do Rio, que nenhum empresário investe tanto em um País se ele não tem condições de crescer. "Ajustes visam fortalecer nossos fundamentos econômicos. Melhorar as contas públicas faz com que o governo melhore desempenho", defendeu Dilma, que fez questão de falar em busca de investimentos produtivos e foco em programas sociais.
A presidente Dilma participa da inauguração da primeira etapa das obras de expansão do porto do Rio, com entrega de terminais privados. A volta de Dilma a Brasília deve acontecer no início da tarde. A presidente tem audiências marcadas a partir das 15h30. A primeira delas é com o ministro Aloizio Mercadante.
Parceria. Dilma falou sobre as parcerias entre o governo e o setor privado que permitiram, por exemplo, a inauguração de terminais feita no porto do Rio na manhã desta quinta-feira. Dilma defendeu que, para o empresário, "dar previsibilidade é crucial" e que as parcerias geram um "círculo virtuoso".
Dilma listou alguns desses projetos, como a abertura do processo de concessão da Ponte Rio-Niterói, marcada para o dia 18, além de intervenções no setor portuário. Segundo Dilma, são 38 investimentos totalizando R$ 1 bilhão, além de 27 pedidos em carteira em um total de R$ 11,2 bilhões. Neste ponto, a presidente falou da importância das mudanças do marco regulatório que, segundo ela, permitiram a expansão do investimento privado. Parcerias entre os níveis de governo também foram citadas.
No final de seu discurso, Dilma falou sobre as pessoas que, nos governos do PT, deixaram a pobreza e chegaram à classe média. Segundo números da presidente, 44 milhões de brasileiros chegaram à classe média, 36 milhões saíram da pobreza.
Konstantinos - Uranus
quinta-feira, 12 de março de 2015
quarta-feira, 11 de março de 2015
O que você precisa saber sobre impeachment
O que você precisa saber sobre impeachment
Do UOL, no Rio 11/03/2015
A série de manifestações convocadas via redes sociais para o próximo domingo (15) pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff coloca em questão esse instituto jurídico. Veja abaixo dez mitos e verdades sobre o processo de impeachment.
O que leva ao impeachment?
Para que o pedido de abertura de impeachment tenha consistência, devem existir provas de que o mandatário cometeu algum crime comum (como homicídio ou roubo) ou crime de responsabilidade –que envolve desde improbidade administrativa até atos que coloquem em risco a segurança do país, explicitados na lei 1.079.
O segundo colocado nas eleições assume?
Não. Segundo a Lei 1.079/50, caso o processo de impeachment seja julgado e considerado procedente, quem assume é o vice, no caso, Michel Temer (PMDB-SP), que permanece até o fim do mandato. Caso o vice também seja afastado ainda durante a primeira metade do mandato, serão convocadas novas eleições. Caso ele seja afastado a partir da segunda metade do mandato, as eleições são indiretas, no caso, apenas os membros do Congresso Nacional podem votar nos candidatos. Enquanto as eleições acontecem, quem assume é o terceiro na linha sucessória, o presidente da Câmara dos Deputados, atualmente o peemedebista Eduardo Cunha.
Qualquer pessoa pode pedir o impeachment do presidente?
Sim. Qualquer pessoa pode encaminhar ao Congresso Nacional uma denúncia de crime de responsabilidade, o que inclui políticos como parlamentares. No entanto, cabe ao presidente da Câmara dos Deputados julgá-la procedente e abrir uma comissão especial para analisar o pedido.
O pedido de impeachment pode ser feito via abaixo-assinado?
Não. A denúncia por crime de responsabilidade precisa ser feita por uma pessoa física e deve ser acompanhada dos documentos que a comprovem. No caso do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, o processo durou cerca de sete meses, desde a instalação da comissão parlamentar mista de inquérito, em 1º de junho de 1992, até a renúncia de Collor, em 29 de dezembro de 1992.
Impeachment leva a uma nova eleição direta?
A única possibilidade de ocorrer uma nova eleição é se, além do presidente, o vice também for afastado ainda na primeira metade do primeiro mandato. Enquanto a eleição é convocada, no entanto, quem assume é o presidente da Câmara dos Deputados.
Impeachment pode ser decidido por voto popular?
Não. Quem recebe a denúncia e avalia se ela será transformada em processo e encaminhada aos parlamentares é o presidente da Câmara dos Deputados.
CPI pode aprovar impeachment?
Não, a Comissão Parlamentar de Inquérito não tem o poder de decidir pelo impeachment. Quem recebe a denúncia e avalia se ela será transformada em processo e encaminhada aos parlamentares é o presidente da Câmara dos Deputados.
Qual a diferença entre impeachment e cassação?
Impeachment é o processo que envolve a cassação do mandato de um político do Executivo, tornando-o inelegível por oito anos. Já a cassação envolve a perda do mandato e pode resultar na inelegibilidade, como nos casos em que o político é cassado com base na Lei da Ficha Limpa. O impeachment contra o ex-presidente Fernando Collor foi aprovado por 441 dos então 509 deputados em 29 de setembro de 1992. Collor foi afastado e substituído por Itamar Franco, seu vice. Sabendo que seria afastado, ele acabou renunciando no dia 29 de dezembro, mas o Senado prosseguiu o julgamento, afastando-o do cargo e privando-o dos direitos políticos por oito anos por 76 votos a 3. A decisão foi confirmada pelo STF em 1993.
Pode ocorrer uma intervenção militar no país?
Segundo o artigo 142 da Constituição, "as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem." Para a jurista e professora da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Vania Aieta, especialista em direito constitucional, hoje não parece haver indícios de que as Forças Armadas teriam interesse em intervir no processo democrático do país. "Não há grandes lideranças militares e os quadros das Forças Armadas parecem mais preocupados com questões como o soldo e melhoria do padrão de vida."
Quem pode determinar o impeachment?
O pedido de impeachment é avaliado pelo presidente da Câmara dos Deputados e, caso seja encaminhado aos parlamentares, precisa receber os votos de dois terços dos 513 deputados da Casa para continuar. Depois o processo é levado para julgamento no Senado, e também precisaria da adesão de dois terços dos 81 membros. Atualmente a presidente Dilma Rousseff conta com 304 deputados e 52 senadores em sua base aliada. A sessão é presidida pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e precisa ocorrer em até 180 dias depois que chega ao Senado, período pelo qual o presidente fica afastado do cargo e o vice assume. Se o julgamento não tiver sido concluído nesse prazo, o presidente volta às funções.
O que precisa haver de provas para se afastar um presidente?
Para a jurista e professora da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Vania Aieta, especialista em direito constitucional, há uma confusão entre insatisfação política e a real necessidade de um impeachment. "O processo democrático nem sempre agrada. A população confunde institutos jurídicos com a insatisfação", afirma. Além da necessidade de se provar que houve de fato crime de responsabilidade, ela lembra que a possibilidade de impeachment está intimamente ligada ao prestígio de que o presidente goza dentro do Congresso Nacional e do Senado. "Antes de qualquer coisa, o impeachment é uma decisão política dentro do universo jurídico", afirma. "A grande pergunta agora é se o Congresso tem interesse nesse processo."
UOL
Do UOL, no Rio 11/03/2015
A série de manifestações convocadas via redes sociais para o próximo domingo (15) pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff coloca em questão esse instituto jurídico. Veja abaixo dez mitos e verdades sobre o processo de impeachment.
O que leva ao impeachment?
Para que o pedido de abertura de impeachment tenha consistência, devem existir provas de que o mandatário cometeu algum crime comum (como homicídio ou roubo) ou crime de responsabilidade –que envolve desde improbidade administrativa até atos que coloquem em risco a segurança do país, explicitados na lei 1.079.
O segundo colocado nas eleições assume?
Não. Segundo a Lei 1.079/50, caso o processo de impeachment seja julgado e considerado procedente, quem assume é o vice, no caso, Michel Temer (PMDB-SP), que permanece até o fim do mandato. Caso o vice também seja afastado ainda durante a primeira metade do mandato, serão convocadas novas eleições. Caso ele seja afastado a partir da segunda metade do mandato, as eleições são indiretas, no caso, apenas os membros do Congresso Nacional podem votar nos candidatos. Enquanto as eleições acontecem, quem assume é o terceiro na linha sucessória, o presidente da Câmara dos Deputados, atualmente o peemedebista Eduardo Cunha.
Qualquer pessoa pode pedir o impeachment do presidente?
Sim. Qualquer pessoa pode encaminhar ao Congresso Nacional uma denúncia de crime de responsabilidade, o que inclui políticos como parlamentares. No entanto, cabe ao presidente da Câmara dos Deputados julgá-la procedente e abrir uma comissão especial para analisar o pedido.
O pedido de impeachment pode ser feito via abaixo-assinado?
Não. A denúncia por crime de responsabilidade precisa ser feita por uma pessoa física e deve ser acompanhada dos documentos que a comprovem. No caso do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, o processo durou cerca de sete meses, desde a instalação da comissão parlamentar mista de inquérito, em 1º de junho de 1992, até a renúncia de Collor, em 29 de dezembro de 1992.
Impeachment leva a uma nova eleição direta?
A única possibilidade de ocorrer uma nova eleição é se, além do presidente, o vice também for afastado ainda na primeira metade do primeiro mandato. Enquanto a eleição é convocada, no entanto, quem assume é o presidente da Câmara dos Deputados.
Impeachment pode ser decidido por voto popular?
Não. Quem recebe a denúncia e avalia se ela será transformada em processo e encaminhada aos parlamentares é o presidente da Câmara dos Deputados.
CPI pode aprovar impeachment?
Não, a Comissão Parlamentar de Inquérito não tem o poder de decidir pelo impeachment. Quem recebe a denúncia e avalia se ela será transformada em processo e encaminhada aos parlamentares é o presidente da Câmara dos Deputados.
Qual a diferença entre impeachment e cassação?
Impeachment é o processo que envolve a cassação do mandato de um político do Executivo, tornando-o inelegível por oito anos. Já a cassação envolve a perda do mandato e pode resultar na inelegibilidade, como nos casos em que o político é cassado com base na Lei da Ficha Limpa. O impeachment contra o ex-presidente Fernando Collor foi aprovado por 441 dos então 509 deputados em 29 de setembro de 1992. Collor foi afastado e substituído por Itamar Franco, seu vice. Sabendo que seria afastado, ele acabou renunciando no dia 29 de dezembro, mas o Senado prosseguiu o julgamento, afastando-o do cargo e privando-o dos direitos políticos por oito anos por 76 votos a 3. A decisão foi confirmada pelo STF em 1993.
Pode ocorrer uma intervenção militar no país?
Segundo o artigo 142 da Constituição, "as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem." Para a jurista e professora da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Vania Aieta, especialista em direito constitucional, hoje não parece haver indícios de que as Forças Armadas teriam interesse em intervir no processo democrático do país. "Não há grandes lideranças militares e os quadros das Forças Armadas parecem mais preocupados com questões como o soldo e melhoria do padrão de vida."
Quem pode determinar o impeachment?
O pedido de impeachment é avaliado pelo presidente da Câmara dos Deputados e, caso seja encaminhado aos parlamentares, precisa receber os votos de dois terços dos 513 deputados da Casa para continuar. Depois o processo é levado para julgamento no Senado, e também precisaria da adesão de dois terços dos 81 membros. Atualmente a presidente Dilma Rousseff conta com 304 deputados e 52 senadores em sua base aliada. A sessão é presidida pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e precisa ocorrer em até 180 dias depois que chega ao Senado, período pelo qual o presidente fica afastado do cargo e o vice assume. Se o julgamento não tiver sido concluído nesse prazo, o presidente volta às funções.
O que precisa haver de provas para se afastar um presidente?
Para a jurista e professora da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Vania Aieta, especialista em direito constitucional, há uma confusão entre insatisfação política e a real necessidade de um impeachment. "O processo democrático nem sempre agrada. A população confunde institutos jurídicos com a insatisfação", afirma. Além da necessidade de se provar que houve de fato crime de responsabilidade, ela lembra que a possibilidade de impeachment está intimamente ligada ao prestígio de que o presidente goza dentro do Congresso Nacional e do Senado. "Antes de qualquer coisa, o impeachment é uma decisão política dentro do universo jurídico", afirma. "A grande pergunta agora é se o Congresso tem interesse nesse processo."
UOL
terça-feira, 10 de março de 2015
Ex-gerente da Petrobras Barusco diz que Vaccari gerenciava propina do PT
Ex-gerente da Petrobras Barusco diz que Vaccari gerenciava propina do PT
terça-feira, 10 de março de 2015
Ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco na CPI em Brasília. 10/3/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-gerente-executivo da diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, um dos principais operadores do esquema de corrupção na estatal, afirmou nesta terça-feira que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, gerenciava o recebimento de propinas para o partido no sistema que envolveu a petroleira, empreiteiras e políticos.
Barusco, que firmou um acordo de delação premiada com a Justiça, declarou em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que o PT teria recebido de 150 milhões a 200 milhões de dólares em propina, reafirmando declarações dadas à Justiça. O montante, segundo ele, foi estimado com base nos valores que ele próprio recebeu.
"A gente sempre combinava esse tipo de assunto com o João Vaccari", afirmou Barusco, ressaltando não saber como o tesoureiro do PT administrava os recursos recebidos e se os valores entravam de forma legal, como doação registrada, para o partido político.
O PT declarou anteriormente que Barusco faz acusações sem provas. Em fevereiro, o partido processou o ex-gerente pelas alegações feitas contra Vaccari, de que teria intermediado a arrecadação ilegal de recursos para o partido.
O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou naquela oportunidade que o partido não recebeu doações ilegais e que suas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Vaccari prestou depoimento no início de fevereiro à Polícia Federal em São Paulo. O tesoureiro foi levado em uma condução coercitiva pela PF e depois liberado.
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal autorizou abertura de inquérito contra Vaccari, que consta numa lista de investigados que inclui também os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além de dezenas de outros parlamentares, incluindo integrantes do PT, PP, PMDB, PSDB e PTB, no âmbito das investigações de corrupção na Petrobras.
Em depoimento à CPI, Barusco afirmou não conhecer outro operador do PT, a não ser Vaccari.
Barusco declarou ainda que começou a receber valores ilícitos entre 1997 e 1998, em atos de corrupção de iniciativa própria, causando indignação entre parlamentares petistas que participaram do depoimento, que pedem investigações na Petrobras durante o período do governo do PSDB. Barusco declarou ainda que começou a receber valores ilícitos entre 1997 e 1998, em atos de corrupção de iniciativa própria, causando indignação entre parlamentares petistas que participaram do depoimento, que pedem investigações na Petrobras durante o período do governo do PSDB.
O ex-gerente da Petrobras declarou que o esquema teria ficado "institucionalizado" a partir de 2004, já durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele disse ainda não saber quem deu autorização para Vaccari atuar junto a empresas envolvidas no esquema de fraude de licitações, mas o fato é que tesoureiro do PT atuava no esquema, segundo Barusco.
DINHEIRO PARA CAMPANHA
Barusco relatou que chegou a haver pedido de "patrocínio" à fornecedora de sondas da Petrobras SBM Offshore para a campanha presidencial de 2010, quando foi eleita a presidente Dilma Rousseff.
No entanto, afirmou não saber se os valores repassados foram diretamente direcionados para a campanha eleitoral.
"Foi solicitado à SBM (fornecedora da Petrobras) um patrocínio de campanha, só que não foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei num acerto de contas em outro recebimento", afirmou Barusco.
As ações ordinárias da Petrobras fecharam em queda de mais de 5 por cento, em meio à forte queda dos preços do petróleo no exterior. Agentes financeiros também estiveram atentos ao depoimento do ex-gerente de serviços.
PROTAGONISTAS
O mecanismo de desvio de recursos envolvia empresas, o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque e Vaccari, segundo Barusco, que chegou a dizer que os três eram "protagonistas".
Apesar das acusações feitas contra Vaccari, Barusco disse que o ex-diretor da estatal Renato Duque nunca realizou pagamentos ao tesoureiro do PT.
Segundo Barusco, a primeira ação de cartel de empresas envolvidas na corrupção percebida foi nas obras da Refinaria do Nordeste (Rnest) e depois no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Também ressaltou que apenas sabia do esquema quem participava do desvio de recursos. Ele disse não saber se o Conselho de Administração da Petrobras conhecia o esquema.
Assim como outro delator do esquema, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, Barusco disse à CPI estar arrependido de ter participado do esquema e que está "tendo a oportunidade de reparar" a situação. O ex-gerente disse estar devolvendo os recursos desviados.
(Por Maria Carolina Marcello)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
terça-feira, 10 de março de 2015
Ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco na CPI em Brasília. 10/3/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-gerente-executivo da diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, um dos principais operadores do esquema de corrupção na estatal, afirmou nesta terça-feira que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, gerenciava o recebimento de propinas para o partido no sistema que envolveu a petroleira, empreiteiras e políticos.
Barusco, que firmou um acordo de delação premiada com a Justiça, declarou em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que o PT teria recebido de 150 milhões a 200 milhões de dólares em propina, reafirmando declarações dadas à Justiça. O montante, segundo ele, foi estimado com base nos valores que ele próprio recebeu.
"A gente sempre combinava esse tipo de assunto com o João Vaccari", afirmou Barusco, ressaltando não saber como o tesoureiro do PT administrava os recursos recebidos e se os valores entravam de forma legal, como doação registrada, para o partido político.
O PT declarou anteriormente que Barusco faz acusações sem provas. Em fevereiro, o partido processou o ex-gerente pelas alegações feitas contra Vaccari, de que teria intermediado a arrecadação ilegal de recursos para o partido.
O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou naquela oportunidade que o partido não recebeu doações ilegais e que suas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Vaccari prestou depoimento no início de fevereiro à Polícia Federal em São Paulo. O tesoureiro foi levado em uma condução coercitiva pela PF e depois liberado.
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal autorizou abertura de inquérito contra Vaccari, que consta numa lista de investigados que inclui também os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além de dezenas de outros parlamentares, incluindo integrantes do PT, PP, PMDB, PSDB e PTB, no âmbito das investigações de corrupção na Petrobras.
Em depoimento à CPI, Barusco afirmou não conhecer outro operador do PT, a não ser Vaccari.
Barusco declarou ainda que começou a receber valores ilícitos entre 1997 e 1998, em atos de corrupção de iniciativa própria, causando indignação entre parlamentares petistas que participaram do depoimento, que pedem investigações na Petrobras durante o período do governo do PSDB. Barusco declarou ainda que começou a receber valores ilícitos entre 1997 e 1998, em atos de corrupção de iniciativa própria, causando indignação entre parlamentares petistas que participaram do depoimento, que pedem investigações na Petrobras durante o período do governo do PSDB.
O ex-gerente da Petrobras declarou que o esquema teria ficado "institucionalizado" a partir de 2004, já durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele disse ainda não saber quem deu autorização para Vaccari atuar junto a empresas envolvidas no esquema de fraude de licitações, mas o fato é que tesoureiro do PT atuava no esquema, segundo Barusco.
DINHEIRO PARA CAMPANHA
Barusco relatou que chegou a haver pedido de "patrocínio" à fornecedora de sondas da Petrobras SBM Offshore para a campanha presidencial de 2010, quando foi eleita a presidente Dilma Rousseff.
No entanto, afirmou não saber se os valores repassados foram diretamente direcionados para a campanha eleitoral.
"Foi solicitado à SBM (fornecedora da Petrobras) um patrocínio de campanha, só que não foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei num acerto de contas em outro recebimento", afirmou Barusco.
As ações ordinárias da Petrobras fecharam em queda de mais de 5 por cento, em meio à forte queda dos preços do petróleo no exterior. Agentes financeiros também estiveram atentos ao depoimento do ex-gerente de serviços.
PROTAGONISTAS
O mecanismo de desvio de recursos envolvia empresas, o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque e Vaccari, segundo Barusco, que chegou a dizer que os três eram "protagonistas".
Apesar das acusações feitas contra Vaccari, Barusco disse que o ex-diretor da estatal Renato Duque nunca realizou pagamentos ao tesoureiro do PT.
Segundo Barusco, a primeira ação de cartel de empresas envolvidas na corrupção percebida foi nas obras da Refinaria do Nordeste (Rnest) e depois no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Também ressaltou que apenas sabia do esquema quem participava do desvio de recursos. Ele disse não saber se o Conselho de Administração da Petrobras conhecia o esquema.
Assim como outro delator do esquema, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, Barusco disse à CPI estar arrependido de ter participado do esquema e que está "tendo a oportunidade de reparar" a situação. O ex-gerente disse estar devolvendo os recursos desviados.
(Por Maria Carolina Marcello)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Comitê Pernambuco 2017 será lançado nesta sexta-feira, Data Magna do Estado Grupo foi criado para celebrar os 200 anos da Revolução Pernambucana de 1817
Vanessa Oliver, da Folha de Pernambuco
Acontece, nesta sexta-feira (6), a partir das 19h, no Museu da Cidade do Recife, no bairro de São José, na área central do Recife, o lançamento do Comitê Pernambuco 2017. Na ocasião, será comemorada a Data Magna do Estado, que marca a primeira comemoração do comitê. O grupo foi criado para celebrar os 200 anos da Revolução Pernambucana de 1817, movimento de emancipação que contribuiu para acelerar a independência do Brasil.
Nesses próximos dois anos, o comitê promoverá uma série de ações para despertar na sociedade a reflexão sobre a revolução e a bandeira do Estado, que também completa seu centenário em 2017. “Nós queremos fazer a articulação de várias entidades representativas para refletirmos a luz dos dias atuais sobre a revolução,” afirmou a Diretora do Museu do Recife, Betânia Correia.
Além da estreia do comitê, o romance “Seminário”, de Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque, cujo enredo gira em torno da revolução, também será lançado. O escritor Paulo Santos de Oliveira também apresentará no evento a 4ª edição do seu livro, “A Noiva da Revolução”, outro romance histórico sobre o tema.
O Comitê Pernambuco 2017 contará com a participação de representantes do Museu da Cidade do Recife, do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco, da Academia Pernambucana de Letras, da Fundação Joaquim Nabuco, da Associação Centro Vivo Recife e do Centro de Trabalho e Cultura.
http://www.folhape.com.br/
Acontece, nesta sexta-feira (6), a partir das 19h, no Museu da Cidade do Recife, no bairro de São José, na área central do Recife, o lançamento do Comitê Pernambuco 2017. Na ocasião, será comemorada a Data Magna do Estado, que marca a primeira comemoração do comitê. O grupo foi criado para celebrar os 200 anos da Revolução Pernambucana de 1817, movimento de emancipação que contribuiu para acelerar a independência do Brasil.
Nesses próximos dois anos, o comitê promoverá uma série de ações para despertar na sociedade a reflexão sobre a revolução e a bandeira do Estado, que também completa seu centenário em 2017. “Nós queremos fazer a articulação de várias entidades representativas para refletirmos a luz dos dias atuais sobre a revolução,” afirmou a Diretora do Museu do Recife, Betânia Correia.
Além da estreia do comitê, o romance “Seminário”, de Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque, cujo enredo gira em torno da revolução, também será lançado. O escritor Paulo Santos de Oliveira também apresentará no evento a 4ª edição do seu livro, “A Noiva da Revolução”, outro romance histórico sobre o tema.
O Comitê Pernambuco 2017 contará com a participação de representantes do Museu da Cidade do Recife, do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco, da Academia Pernambucana de Letras, da Fundação Joaquim Nabuco, da Associação Centro Vivo Recife e do Centro de Trabalho e Cultura.
http://www.folhape.com.br/
Revolução Pernambucana de 1817
Revolução Pernambucana de 1817
Origem: Wikipédia
A bandeira da Revolução Pernambucana de 1817 cujas estrelas representam Pernambuco, Paraíba e Ceará, inspirou a atual bandeira pernambucana. Notar que a estrela central que representava o estado localizado entre as duas extremidades da proto-confederação agora representa o estado pernambucano na ausência das demais.
A chamada Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, foi um movimento emancipacionista que eclodiu em 6 de março de 1817, na então Província de Pernambuco, no Brasil.
Dentre as suas causas, destacam-se: a crise econômica regional, o absolutismo monárquico português e a influência das ideias Iluministas, propagadas pelas sociedades maçônicas (sociedades secretas).
No começo do século XIX, Olinda e Recife, as duas maiores cidades pernambucanas, tinham juntas cerca de 40 000 habitantes (o Rio de Janeiro, capital da colônia, possui 60 000 habitantes). O porto do Recife escoava a produção de açúcar, das centenas de engenhos da Zona da Mata, e de algodão. Além de sua importância econômica e política, os pernambucanos tinham participado de diversas lutas libertárias. A primeira e mais importante tinha sido a Insurreição Pernambucana, em 1645. Depois, na Guerra dos Mascates, foi aventada a possibilidade de proclamar a independência de Olinda.
As ideias liberais que entravam no Brasil junto com os viajantes estrangeiros e por meio de livros e de outras publicações, incentivavam o sentimento de revolta entre a elite pernambucana, que participava ativamente, desde o fim do século XVIII, de sociedades secretas, como as lojas maçônicas. Em Pernambuco as principais foram o Areópago de Itambé, a Patriotismo, a Restauração, a Pernambuco do Oriente e a Pernambuco do Ocidente, que serviam como locais de discussão e difusão das "infames ideias francesas". Nas sociedades secretas, reuniam-se intelectuais religiosos e militares, para elaborar planos para a revolução.
A fundação do Seminário de Olinda, filiado a ideias iluministas, deve ser levado em consideração. Não é por outro motivo que o levante ficaria conhecido como "revolução dos padres", dada a participação do clero católico. Frei Caneca tornar-se-ia um símbolo disso.
Causas imediatas
Presença maciça de portugueses na liderança do governo e na administração pública;
Criação de novos impostos por Dom João VI provocando a insatisfação da população pernambucana. Segundo escritor inglês então residente no Recife, era grande a insatisfação local ante a obrigatoriedade de se pagar impostos para a manutenção da iluminação pública do Rio de Janeiro, enquanto no Recife era praticamente inexistente a dita iluminação;
Grande seca que havia atingido a região em 1816 acentuando a fome e a miséria, como consequência, houve uma queda na produção do açúcar e do algodão, que sustentavam a economia de Pernambuco, esses produtos começaram a sofrer concorrência do algodão nos Estados Unidos e do açúcar na Jamaica;
Influências externas com a divulgação das ideias liberais e iluministas, que estimularam as camadas populares de Pernambuco na organização do movimento de 1817;
A crescente pressão dos abolicionistas na Europa vinha criando restrições gradativas ao tráfico de escravos, que se tornavam mão-de-obra cada vez mais cara, já que a escravidão era o motor de toda a economia agrária pernambucana;
O movimento queria a Independência de Pernambuco sob um regime republicano.
O decorrer da revolução
O movimento iniciou com a ocupação do Recife, em 6 de março de 1817. No regimento de artilharia, o capitão José de Barros Lima, conhecido como Leão Coroado, reagiu à voz de prisão e matou a golpes de espada o comandante Barbosa de Castro. Depois, na companhia de outros militares rebelados, tomou o quartel e ergueu trincheiras nas ruas vizinhas para impedir o avanço das tropas monarquistas. O governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro refugiou-se no Forte do Brum, mas, cercado, acabou se rendendo.
O movimento foi liderado por Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de Andrada e Silva e de Frei Caneca. Tendo conseguido dominar o Governo Provincial, se apossaram do tesouro da província, instalaram um governo provisório e proclamaram a República.
Em 29 de março foi convocada uma assembléia constituinte, com representantes eleitos em todas as comarcas, foi estabelecida a separação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário; o catolicismo foi mantido como religião oficial, porém havia liberdade de culto ( o livre exercício de todas as religiões ); foi proclamada a liberdade de imprensa (uma grande novidade no Brasil); abolidos alguns impostos; a escravidão entretanto foi mantida.
À medida que o calor das discussões e da revolta contra a opressão portuguesa aumentava, crescia, também, o sentimento de patriotismo dos pernambucanos, ao ponto de passarem a usar nas missas a aguardente (em lugar do vinho) e a hóstia feita de mandioca (em lugar do trigo), como forma de marcar a sua identidade.
Expansão e queda
As tentativas de obter apoio das províncias vizinhas fracassaram. Na Bahia, o emissário da revolução, José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima, o Padre Roma, foi preso ao desembarcar e imediatamente fuzilado por ordem do governador, o conde dos Arcos. No Rio Grande do Norte, o movimento conseguiu a adesão do proprietário de um grande engenho de açúcar, André de Albuquerque Maranhão, que depois de prender o governador, José Inácio Borges, ocupou Natal e formou uma junta governativa, porém não despertou o interesse da população e foi tirado do poder em poucos dias. O jornalista Hipólito José da Costa foi convidado para o cargo de ministro plenipotenciário da nova república em Londres, mas recusou.
No Ceará, Bárbara de Alencar e seu filho Tristão Ararípe aderiram ao movimento, mas foram detidos por José Pereira Filgueiras que também participou da luta pela independência do Brasil no Maranhão e recebeu o título de capitão-mor do Crato. Tristão e Filgueiras se uniram contra o governo imperial na Confederação do Equador.
Tropas enviadas da Bahia, chefiadas por Luís do Rego Barreto, avançaram pelo sertão pernambucano, enquanto uma força naval, despachada do Rio de Janeiro, bloqueou o porto do Recife. Em poucos dias 8000 homens cercavam a província. No interior, a batalha decisiva foi travada na localidade de Ipojuca. Derrotados, os revolucionários tiveram de recuar em direção ao Recife. Em 19 de maio as tropas portuguesas entraram no Recife e encontraram a cidade abandonada e sem defesa. O governo provisório, isolado, se rendeu no dia seguinte.
Apesar de sentenças severas, um ano depois todos os revoltosos foram anistiados, e apenas quatro haviam sido executados.
Auxílio externo
Em maio de 1817, Antônio Gonçalves Cruz, o Cruz Cabugá, desembarcou na Filadélfia com 800 mil dólares (atualizado ao cambio 2007 aproximadamente 12 milhões de dólares )na bagagem com três missões :
Comprar armas para combater as tropas de D. João VI
Convencer o governo americano a apoiar a criação de uma república independente no Nordeste brasileiro.
Recrutar alguns antigos revolucionários franceses exilados em território americano para, com a ajuda deles, libertar Napoleão Bonaparte, exilado na Ilha de Santa Helena, que seria transportado ao Recife, onde comandaria a revolução pernambucana. Depois retornando a Paris para reassumir o trono de imperador da França.
Porém na data de chegada do emissário aos Estados Unidos, os revolucionários pernambucanos já estavam sitiados pelas tropas monarquistas portuguesas e próximas da rendição. Quando chegaram ao Brasil os quatro veteranos de Napoleão recrutados conde Pontelécoulant, coronel Latapie, ordenança Artong e soldado Roulet), muito depois de terminada a revolução, foram presos antes de desembarcar.
Em relação ao governo americano, Cruz Cabugá chegou a se encontrar com o secretário de Estado, Richard Rush, mas somente conseguiu o compromisso de que, enquanto durasse a rebelião, os Estados Unidos autorizariam a entrada de navios pernambucanos em águas americanas e que também aceitariam dar asilo ou abrigo a eventuais refugiados, em caso de fracasso do movimento .
Consequências
Dominada a revolução, foi desmembrada de Pernambuco a comarca de Rio Grande (atual Rio Grande do Norte), tornando-se província autônoma. Essa havia sido anexada ao território pernambucano ainda na segunda metade do século XVIII, juntamente a Ceará e Paraíba, que também se tornaram autônomas ainda no período colonial, em 1799.
Também a comarca de Alagoas, cujos proprietários rurais haviam se mantido fiéis à Coroa, como recompensa, puderam formar uma província independente .
Apesar dos revolucionários terem ficado no poder menos de três meses, conseguiram abalar a confiança na construção do império americano sonhado por D. João VI, a coroa nunca mais estaria segura de que seus súditos eram imunes à contaminação das idéias responsáveis pela subversão da antiga ordem na Europa .
Data Magna
Em 2007, o dia 6 de março foi declarado a Data Magna de Pernambuco, por causa da Revolução Pernambucana.2
Em 2009, o Governo de Pernambuco aprovou nova lei, alterando a Data Magna do Estado para o primeiro domingo de março.
segunda-feira, 9 de março de 2015
Dilma diz que é preciso razões para impeachment que não sejam 3º turno da eleição
segunda-feira, 9 de março de 2015
Presidente Dilma Rousseff discursa durante evento em Brasília. REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que as manifestações são importantes para o país, mas que protestos pró-impeachment carecem de conteúdo e não legitimam rupturas democráticas, nem podem significar um terceiro turno eleitoral.
A avaliação da presidente ocorre um dia depois de terem sido registrados protestos e panelaços em cidades do país, enquanto ela fazia um pronunciamento na TV, defendendo o ajuste fiscal proposto pelo governo.
Questionada sobre a legitimidade da manifestação convocada para o próximo dia 15 para defender seu impeachment, Dilma disse que "aí é outra questão". "É uma questão do conteúdo. Eu acho que há que caracterizar razões para o impeachment e não o terceiro turno das eleições", afirmou a presidente a jornalistas, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto em que sancionou a lei que torna o feminicídio crime hediondo.
"Terceiro turno das eleições para qualquer cidadão brasileiro não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática", prosseguiu, acrescentando que não acredita que os brasileiros estejam dispostos a tal ruptura.
"Quem convocar, convoque do jeito que quiser. Ninguém controla quem convoca. A manifestação vai ter característica que tiverem seus convocadores, mas ela em si não representa nem a legalidade e nem a legitimidade de pedidos que rompam a democracia", afirmou.
Os protestos agendados para domingo ocorrem num momento em que a presidente tem sua pior avaliação e, segundo uma pesquisa do instituto Datafolha de fevereiro, apenas 23 por cento da população considera sua gestão ótima ou boa.
Dilma também enfrenta uma crise política com os aliados no Congresso e se esforça para fazer um forte ajuste fiscal, que pode desacelerar os investimentos públicos no país e dificultar ainda mais a retomada do crescimento econômico.
CRESCIMENTO NO FINAL DO ANO O ajuste fiscal proposto pelo governo visa a atingir uma meta de superávit primário de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto e, para isso, estão sendo feitos cortes orçamentários e mudanças em regras de benefícios trabalhistas e previdenciários e sendo reduzidas desonerações tributárias para vários setores da economia. Essas mudanças têm sofrido resistência no Congresso e das centrais sindicais.
Passada essa fase, a presidente disse que o país poderá voltar a crescer ainda neste ano.
"Acho que o Brasil voltará a crescer. Mas não é só que ele voltará a crescer em relação ao período anterior. Eu acho que nós iremos para um patamar muito melhor do que estamos hoje", disse.
"Então, eu acho que até o final desse ano nós voltamos a ter um certo crescimento. É isso que nós esperamos", acrescentou.
O mercado, porém, não compartilha do otimismo da presidente. O boletim Focus dessa semana, que reúne as previsões das instituições financeiras para crescimento, inflação e juros, prevê uma contração de 0,66 por cento do PIB em 2015. Foi a 10ª vez seguida em que os economistas consultados pioram sua estimativa em relação ao PIB.
Em relação a 2016, a projeção para o crescimento do PIB caiu a 1,40 por cento, 0,10 ponto percentual a menos do que na pesquisa anterior.
(Por Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Presidente Dilma Rousseff discursa durante evento em Brasília. REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que as manifestações são importantes para o país, mas que protestos pró-impeachment carecem de conteúdo e não legitimam rupturas democráticas, nem podem significar um terceiro turno eleitoral.
A avaliação da presidente ocorre um dia depois de terem sido registrados protestos e panelaços em cidades do país, enquanto ela fazia um pronunciamento na TV, defendendo o ajuste fiscal proposto pelo governo.
Questionada sobre a legitimidade da manifestação convocada para o próximo dia 15 para defender seu impeachment, Dilma disse que "aí é outra questão". "É uma questão do conteúdo. Eu acho que há que caracterizar razões para o impeachment e não o terceiro turno das eleições", afirmou a presidente a jornalistas, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto em que sancionou a lei que torna o feminicídio crime hediondo.
"Terceiro turno das eleições para qualquer cidadão brasileiro não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática", prosseguiu, acrescentando que não acredita que os brasileiros estejam dispostos a tal ruptura.
"Quem convocar, convoque do jeito que quiser. Ninguém controla quem convoca. A manifestação vai ter característica que tiverem seus convocadores, mas ela em si não representa nem a legalidade e nem a legitimidade de pedidos que rompam a democracia", afirmou.
Os protestos agendados para domingo ocorrem num momento em que a presidente tem sua pior avaliação e, segundo uma pesquisa do instituto Datafolha de fevereiro, apenas 23 por cento da população considera sua gestão ótima ou boa.
Dilma também enfrenta uma crise política com os aliados no Congresso e se esforça para fazer um forte ajuste fiscal, que pode desacelerar os investimentos públicos no país e dificultar ainda mais a retomada do crescimento econômico.
CRESCIMENTO NO FINAL DO ANO O ajuste fiscal proposto pelo governo visa a atingir uma meta de superávit primário de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto e, para isso, estão sendo feitos cortes orçamentários e mudanças em regras de benefícios trabalhistas e previdenciários e sendo reduzidas desonerações tributárias para vários setores da economia. Essas mudanças têm sofrido resistência no Congresso e das centrais sindicais.
Passada essa fase, a presidente disse que o país poderá voltar a crescer ainda neste ano.
"Acho que o Brasil voltará a crescer. Mas não é só que ele voltará a crescer em relação ao período anterior. Eu acho que nós iremos para um patamar muito melhor do que estamos hoje", disse.
"Então, eu acho que até o final desse ano nós voltamos a ter um certo crescimento. É isso que nós esperamos", acrescentou.
O mercado, porém, não compartilha do otimismo da presidente. O boletim Focus dessa semana, que reúne as previsões das instituições financeiras para crescimento, inflação e juros, prevê uma contração de 0,66 por cento do PIB em 2015. Foi a 10ª vez seguida em que os economistas consultados pioram sua estimativa em relação ao PIB.
Em relação a 2016, a projeção para o crescimento do PIB caiu a 1,40 por cento, 0,10 ponto percentual a menos do que na pesquisa anterior.
(Por Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
domingo, 8 de março de 2015
08 de março — Dia Internacional da Mulher É celebrado em 08 de março o Dia Internacional da Mulher, data que acabou sendo símbolo das conquistas que as mulheres efetivaram no século XX.
08 de março — Dia Internacional da Mulher
É celebrado em 08 de março o Dia Internacional da Mulher, data que acabou sendo símbolo das conquistas que as mulheres efetivaram no século XX.
O Dia Internacional da mulher é comemorado em 08 de março
Desde meados da década de 1960, convencionou-se comemorar o Dia Internacional da Mulher em 08 de março. Essa data é tida como símbolo de uma série de reivindicações e conquistas de direitos, sobretudo no âmbito trabalhista. Entretanto, a escolha dessa data para tal comemoração frequentemente está associadas a equívocos ou a invenções históricas que precisam ser elucidadas.
Conta-se que em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram carbonizadas em um incêndio que ocorrera nas instalações de uma fábrica têxtil na cidade de Nova York. Esse incêndio teria, supostamente, sido intencional. O proprietário da fábrica, como forma de repressão extrema às greves e levantes das operárias, teria trancado suas funcionárias na fábrica e nelas ateado fogo. Essa história, contudo, é falsa. E, obviamente, o 8 de março não está relacionado a ela.
Entretanto, houve sim um incêndio em uma fábrica de tecidos em Nova York, mas ele aconteceu no dia 25 de março de 1911, às cinco horas da tarde, na Triangle Shirtwaist Company, e vitimou 146 pessoas, sendo 125 mulheres e 21 homens. A maior parte dos mortos era constituída de judeus. As causas desse incêndio foram as péssimas instalações elétricas da fábrica associadas à composição do solo e das repartições da fábrica e, também, à grande quantidade de tecido presente no recinto, o que serviu de acelerador para o fogo. A esse cenário trágico somou-se o agravante de alguns proprietários de fábrica da época, incluindo o da Triangle, usarem como forma de contenção de motins e greves o artifício de trancar os funcionários na hora do expediente. No momento em que a Triangle pegou fogo, as portas estavam trancadas.
Um ano antes dessa tragédia, em 1910, na cidade de Copenhague, ocorreu o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, que foi apoiado pela Internacional Comunista. Nesse evento, a então membro do Partido Comunista Alemão, Clara Zetkin, propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher, sem, entretanto, estipular uma data específica. Essa proposta era fruto tanto do feminismo, que ascendia naquela época, quanto das correntes revolucionárias de esquerda, como o comunismo e o anarquismo – inclusive, a anarquista lituana Emma Goldman foi um dos nomes mais importantes da época.
O incêndio de 1911 viria a ser sugerido, nos EUA, como dia simbólico das mulheres (tal como sugerido por Clara Zetkin). A maioria dos movimentos reivindicava melhorias nas condições de trabalho nas fábricas e, por conseguinte, a concessão de direitos trabalhistas e eleitorais (entre outros) para as mulheres. Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX. O movimento feminista e as demais associações de mulheres capitalizaram essas manifestações, de modo a enquadrá-las, por vezes, à agenda revolucionária. Foi o que aconteceu em 08 de março de 1917 na Rússia.
Sabemos que a Revolução Russa ocorreu em 1917, ou melhor, completou-se em outubro de 1917. Pois bem, no dia 08 de março desse ano, as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve e reivindicaram a ajuda dos operários do setor de metalurgia. Essa data entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias e também como prenúncio da Revolução Bolchevique, como acentuou a pesquisadora Eva Alterman Blay, em seu artigo intitulado 8 de março: conquistas e controvérsias:
“No século XX, as mulheres trabalhadoras continuaram a se manifestar em várias partes do mundo: Nova Iorque, Berlim, Viena (1911); São Petersburgo (1913). Causas e datas variavam. Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Cristiana, perto de Oslo, contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no Calendário Juliano), trabalhadoras russas do setor de tecelagem entraram em greve e pediram apoio aos metalúrgicos. Para Trotski esta teria sido uma greve espontânea, não organizada, e teria sido o primeiro momento da Revolução de Outubro.”
Após a Segunda Guerra Mundial, o dia 08 de março (em virtude da greve das mulheres russas) começou a tornar-se aos poucos o símbolo principal de homenagens às mulheres. Ao mês de março também foi, a partir de então, associado o evento do incêndio em Nova York, ocorrido no dia 25. A partir dos anos 1960, a data já estava praticamente consolidada, como apontou Eva Blay:
“Na década de 60, o 8 de Março foi sendo constantemente escolhido como o dia comemorativo da mulher e se consagrou nas décadas seguintes. Certamente esta escolha não ocorreu em consequência do incêndio na Triangle, embora este fato tenha se somado à sucessão de enormes problemas das trabalhadoras em seus locais de trabalho, na vida sindical e nas perseguições decorrentes de justas reivindicações.”
Por Me. Cláudio Fernandes
O papel da mulher na sociedade é cada vez maior, mas ainda são necessários muitos avanços A importância da mulher na sociedade
Confira uma análise sobre a importância da mulher na sociedade, as conquistas no âmbito da igualdade de gênero e os problemas ainda enfrentados. Direitos trabalhistas não garantem igualdade entre homens e mulheres Dia Internacional contra Exploração da Mulher
Lutas e conquistas feministas a partir do século XIX. Luta por igualdade entre homens e mulheres Feminismo, O que é
A história do movimento feminista dividida em três momentos. O feminismo brasileiro atravessou diferentes fases e dilemas ao longo do tempo Feminismo no Brasil
As demandas e transformações do feminismo no país. A mulher moderna é diferente da mulher da Criação Mulher Moderna
A Mulher Moderna, as faces de uma mulher, a evolução da mulher, o que torna a mulher moderna diferente das mulheres do passado, diferentes visões das mulheres na... A mulher assumiu diferentes lugares e significados ao longo de toda a Idade Média. A situação da mulher na Idade Média. Os diversos lugares ocupados pelo sexo feminino nesse longo período histórico.
Brasil Escola
quinta-feira, 5 de março de 2015
Iluminismo
InfoEscola » História »
Iluminismo
Por Thais Pacievitch
O iluminismo foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das idéias e pensadores Iluministas foi a cidade de Paris.
Os iluministas defendiam a criação de escolas para que o povo fosse educado e a liberdade religiosa. Para divulgar o conhecimento, os iluministas idealizaram e concretizaram a idéia da Enciclopédia (impressa entre 1751 e 1780), uma obra composta por 35 volumes, na qual estava resumido todo o conhecimento existente até então.
O iluminismo foi um movimento de reação ao absolutismo europeu, que tinha como características as estruturas feudais, a influencia cultural da Igreja Católica, o monopólio comercial e a censura das “idéias perigosas”.
O nome “iluminismo” fez uma alusão ao período vivido até então, desde a Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja regravam a cultura e a sociedade.
Os principais pensadores iluministas foram:
Montesquieu (1689-1755) – fez parte da primeira geração de iluministas. Sua obra principal foi “O espírito das leis”. Antes mesmo da sociologia surgir, Montesquieu levantou questões sociológicas, e foi considerado um dos precursores da sociologia.
Voltaire (1694-1778) – Critico da religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das idéias iluministas. Segundo historiadores, as correspondências de Voltaire eram concluídas sempre com o mesmo termo:
Écrasez l’Infâme (Esmagai a infame). A infame a que se referia era a Igreja católica. Sua principal obra foi “Cartas Inglesas”.
Diderot (1713-1784) – Dedicou parte de sua vida à organização da primeira Enciclopédia, sendo essa a sua principal contribuição.
D’Alembert (1717-1783) – Escreveu e ajudou na organização da enciclopédia.
Rousseau (1712-1778) – redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. Suas idéias eram por vezes contrárias as dos seus colegas iluministas, o que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”.
O movimento iluminista utilizou da razão no combate a fé na Igreja e a idéia de liberdade para combater o poder centralizado da monarquia. Com essa essência transformou a concepção de homem e de mundo.
A partir do iluminismo surgiu outro movimento, de cunho mais econômico e político: o liberalismo.
René Descartes
França
1596 // 1650
Filósofo
Penso, logo Existo
De há muito tinha notado que, pelo que respeita à conduta, é necessário algumas vezes seguir como indubitáveis opiniões que sabemos serem muito incertas, (...). Mas, agora que resolvera dedicar-me apenas à descoberta da verdade, pensei que era necessário proceder exactamente ao contrário, e rejeitar, como absolutamente falso, tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida, a fim de ver se, após isso, não ficaria qualquer coisa nas minhas opiniões que fosse inteiramente indubitável.
Assim, porque os nossos sentidos nos enganam algumas vezes, eu quis supor que nada há que seja tal como eles o fazem imaginar. E porque há homens que se enganam ao raciocinar, até nos mais simples temas de geometria, e neles cometem paralogismos, rejeitei como falsas, visto estar sujeito a enganar-me como qualquer outro, todas as razões de que até então me servira nas demonstrações. Finalmente, considerando que os pensamentos que temos quando acordados nos podem ocorrer também quando dormimos, sem que neste caso nenhum seja verdadeiro, resolvi supor que tudo o que até então encontrara acolhimento no meu espírito não era mais verdadeiro que as ilusões dos meus sonhos. Mas, logo em seguida, notei que, enquanto assim queria pensar que tudo era falso, eu, que assim o pensava, necessáriamente era alguma coisa. E notando esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as extravagantes suposições dos cépticos seriam impotentes para a abalar, julguei que a podia aceitar, sem escrúpulo, para primeiro princípio da filosofia que procurava.
René Descartes, in 'Discurso do Método'
http://www.citador.pt/
Iluminismo
Por Thais Pacievitch
O iluminismo foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das idéias e pensadores Iluministas foi a cidade de Paris.
Os iluministas defendiam a criação de escolas para que o povo fosse educado e a liberdade religiosa. Para divulgar o conhecimento, os iluministas idealizaram e concretizaram a idéia da Enciclopédia (impressa entre 1751 e 1780), uma obra composta por 35 volumes, na qual estava resumido todo o conhecimento existente até então.
O iluminismo foi um movimento de reação ao absolutismo europeu, que tinha como características as estruturas feudais, a influencia cultural da Igreja Católica, o monopólio comercial e a censura das “idéias perigosas”.
O nome “iluminismo” fez uma alusão ao período vivido até então, desde a Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja regravam a cultura e a sociedade.
Os principais pensadores iluministas foram:
Montesquieu (1689-1755) – fez parte da primeira geração de iluministas. Sua obra principal foi “O espírito das leis”. Antes mesmo da sociologia surgir, Montesquieu levantou questões sociológicas, e foi considerado um dos precursores da sociologia.
Voltaire (1694-1778) – Critico da religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das idéias iluministas. Segundo historiadores, as correspondências de Voltaire eram concluídas sempre com o mesmo termo:
Écrasez l’Infâme (Esmagai a infame). A infame a que se referia era a Igreja católica. Sua principal obra foi “Cartas Inglesas”.
Diderot (1713-1784) – Dedicou parte de sua vida à organização da primeira Enciclopédia, sendo essa a sua principal contribuição.
D’Alembert (1717-1783) – Escreveu e ajudou na organização da enciclopédia.
Rousseau (1712-1778) – redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. Suas idéias eram por vezes contrárias as dos seus colegas iluministas, o que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”.
O movimento iluminista utilizou da razão no combate a fé na Igreja e a idéia de liberdade para combater o poder centralizado da monarquia. Com essa essência transformou a concepção de homem e de mundo.
A partir do iluminismo surgiu outro movimento, de cunho mais econômico e político: o liberalismo.
René Descartes
França
1596 // 1650
Filósofo
Penso, logo Existo
De há muito tinha notado que, pelo que respeita à conduta, é necessário algumas vezes seguir como indubitáveis opiniões que sabemos serem muito incertas, (...). Mas, agora que resolvera dedicar-me apenas à descoberta da verdade, pensei que era necessário proceder exactamente ao contrário, e rejeitar, como absolutamente falso, tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida, a fim de ver se, após isso, não ficaria qualquer coisa nas minhas opiniões que fosse inteiramente indubitável.
Assim, porque os nossos sentidos nos enganam algumas vezes, eu quis supor que nada há que seja tal como eles o fazem imaginar. E porque há homens que se enganam ao raciocinar, até nos mais simples temas de geometria, e neles cometem paralogismos, rejeitei como falsas, visto estar sujeito a enganar-me como qualquer outro, todas as razões de que até então me servira nas demonstrações. Finalmente, considerando que os pensamentos que temos quando acordados nos podem ocorrer também quando dormimos, sem que neste caso nenhum seja verdadeiro, resolvi supor que tudo o que até então encontrara acolhimento no meu espírito não era mais verdadeiro que as ilusões dos meus sonhos. Mas, logo em seguida, notei que, enquanto assim queria pensar que tudo era falso, eu, que assim o pensava, necessáriamente era alguma coisa. E notando esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as extravagantes suposições dos cépticos seriam impotentes para a abalar, julguei que a podia aceitar, sem escrúpulo, para primeiro princípio da filosofia que procurava.
René Descartes, in 'Discurso do Método'
http://www.citador.pt/
quarta-feira, 4 de março de 2015
Descoberta casa onde Jesus teria passado a infância
Descoberta casa onde Jesus teria passado a infância
Construção de argamassa e pedra já havia sido apontada como a morado do Cristo menino por freiras, no século 19
Foto do que restou da suposta casa em que Jesus cresceu / Ken Dark/Reprodução/Biblical Archaeological Review
Foto do que restou da suposta casa em que Jesus cresceu
Ken Dark/Reprodução/Biblical Archaeological Review
Da Redação com Jornal da Band noticias@band.com.br
A casa onde Jesus teria passado a infância foi descoberta por arqueólogos na cidade de Nazaré, em Israel.
A construção, que tem paredes feitas de argamassa e pedra, está apoiada em uma encosta rochosa. No fim do século 19, freiras do convento das irmãs de Nazaré tinham encontrado a casa, mas só nove anos atrás arqueólogos britânicos identificaram que a estrutura datava do primeiro século da era cristã.
Os pesquisadores descobriram relatos de pessoas que viveram centenas de anos depois da época de Jesus, afirmando que ele havia sido criado ali por Maria e José.
Também foi constatado que o Império Bizantino, que controlava a cidade até o ano 700, decorou a casa com mosaicos e ergueu uma igreja sobre a construção, para protegê-la.
terça-feira, 3 de março de 2015
Arte Barroca
Arte Barroca
http://arte-barroca.info/
Mão sete maravilhasA arte barroca surgiu em meados do século XVIII, na Itália. A igreja católica adotou o formato artístico em suas construções e propagou a nova onda cultural por vários países do continente europeu. O movimento foi criado após o desenvolvimento do Renascimento e ambos seguiam uma ideologia semelhante, em que valorizavam elementos da antiguidade.
O mundo passava por diversas descobertas e reformas sociais e políticas. A religião católica estava perdendo muitos membros para os seguidores da ideologia de Martin Lutero, com o protestantismo. Estabelecia-se, então, a Monarquia: o país era comandado por um rei ou imperador.
As obras do movimento Barroco apresentam características fortes e vivas, o que mexe com o emocional do ser humano. Ao se deparar com as construções e/ou pinturas da arte barroca, é possível observar os detalhes e a proximidade que elas têm com os seres humanos. O sentimento nas obras, a beleza, eram características bem fortes.
O Barroco chegou ao continente americano, juntamente com os colonizadores europeus. Muitas das construções dos países da América são da arte barroca. O Brasil, por exemplo, possui algumas cidades onde ainda existem essas edificações, como é o caso de Ouro Preto, em Minas Gerais. No estado da Bahia, encontram-se enormes igrejas, dos séculos passados e a influência da arte barroca se faz presente.
Não apenas em grandes edificações é que o Barroco exerce influência, mas também em objetos de decoração como os móveis, por exemplo. Ainda hoje existem camas, cômodas e outros acessórios desenhados de acordo com esse tipo de arte. Era comum o uso deles nos palácios reais e um exemplo disso era o Palácio de Versalhes, onde residia o rei Luís XIV, da França.
A arte barroca marcou a história no campo da música. A partir desse movimento, surgiram os grandes mestres da música erudita, além do nascimento dos gêneros como a ópera, a suíte e os concertos. Também os movimentos do Barroco e do Rococó marcaram grande parte da Europa e revelou um dos maiores artistas da cultura brasileira, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Movimento Barroco
O movimento Barroco teve seu início na Itália, ao final do século XVI e início do século XVIII. A partir daí, se difundiu pelos países da Europa e chegou até as colônias, como, por exemplo, o Brasil. A palavra 'barroco', de origem portuguesa, significa uma pedra preciosa imperfeita, com os seus formatos irregulares. O Barroco é uma manifestação literária.
RomaO Renascimento, a onda artística que antecede o Barroco, serviu de grande influência para o novo movimento. Havia estourado uma crise por causa do desenvolvimento da política, da religião, da modernização da sociedade e seus valores, e, principalmente, do meio cultural. O conflito maior se dava entre a fé e a ciência, uma vez que a segunda ganhava mais espaço.
Uma das ideias do fenômeno do Barroco era de fazer a junção dos dois elementos, fé e ciência, o primeiro, resgatado pela Contrarreforma e o segundo se expandia com a modernidade. A partir disso, surgiu uma vertente encontrada no Barroco, que era o fusionismo. Esse segmento da arte barroca visava a mistura dos elementos presentes nas duas ideologias.
Nas pinturas era comum o ponto de vista medieval e os ideais renascentistas, ou seja, havia a mistura de luz e sombra nas pinturas; a literatura combinava os pensamentos racionais com os irracionais. A imagem das divindades ganhava formas humanas, na mistura entre o homem e Deus, a fé e a razão, os seres celestiais, nas pinturas, eram homens e mulheres.
No movimento Barroco, há uma valorização do contraste entre as coisas opostas, chamada de culto do contraste. Neles, os extremos são colocados em um mesmo lugar e mesma obra, como forma de aproximação dos extremos, como a junção do sagrado e do profano, a juventude e a velhice, os céus e a terra, pecado e o perdão, dentre outros.
O pessimismo também é outra característica encontrada na arte barroca, assim como o conflito entre o 'eu' e o mundo, em que os autores se sentiam divididos entre razão e fé. Na arte barroca, encontram-se alguns atributos que relatam o sofrimento do ser humano, com miséria e dor. O Apóstolo Pedro, sendo crucificado de cabeça para baixo, é um dos quadros da arte barroca.
A linguagem da literatura barroca é riquíssima. Os escritos são bastante trabalhados na tentativa de demonstrar tal riqueza que acompanha as pinturas e esculturas, através da leitura. Os escritores utilizam-se de várias figuras de linguagem como antíteses e paradoxos, que valorizam a aproximação dos opostos.
Ainda na linguagem do movimento barroco, existia outra forma de expressão, chamada de Conceptismo, o qual, funcionava de forma contrária ao rebuscamento linguístico e procurava atrair o leitor, de sorte a seduzi-lo. A construção era mais intelectualizada e não tinha características do cultismo. Os textos eram redigidos na forma de prosa.
No Brasil, o Barroco chega no século XVIII, com os colonos europeus, na mesma época em que permeavam as ideias iluministas e o pensamento racionalista e antropocêntrico. Nesse período, o Brasil tinha sua economia baseada no ouro branco - o açúcar. As lavouras se concentravam no nordeste brasileiro, de onde saíram os primeiros escritores do Barroco.
Antes da chegada ao Brasil, o Barroco teve, em Portugal, um dos maiores escritores dessa literatura. O Padre Antônio Vieira, que era contra o movimento cultista (utilizava a junção dos opostos por meio de figuras de linguagem), escreveu diversos sermões e dentre eles, o mais famoso, chamado de Sermão da Sexagésima.
O Barroco teve grandes influências na arquitetura de alguns dos países da Europa e da América Latina também. As construções não costumam seguir padrões geométricos, muito menos simétricos. As edificações barrocas são imensas e belíssimas, repletas de detalhes, além dos desenhos em curvas. Muitas delas servem de referências religiosas e recebem milhares de devotos, como é o caso da Catedral de Santiago de Compostela, na Galícia, Espanha.
A Catedral, construída por volta de 1765, é um exemplo do movimento da arte barroca no território espanhol. Essa edificação é o término de uma caminhada de cerca de 700 quilômetros, os quais o escritor brasileiro, Paulo Coelho, dedicou um livro, chamado de 'O Diário de um Mago', onde conta tal experiência.
Além da Catedral de Santiago de Compostela, existem outras construções no formato da arte barroca. O Brasil conta com uma gama de templos dessa época da Literatura. A Igreja de São Francisco, em João Pessoa, Paraíba; a também Igreja de S. Francisco, em Salvador, Bahia e a Matriz de Santo Antônio, em Recife. Sem contar com os palácios construídos no Rio de Janeiro, no período colonial.
No BLog Pesquise também Mestres do Barroco.
Arte Barroca
Rococó
Arte Renascentista
Música Barroca
Desinvestimento da Petrobras vai focar em vendas de fatias de ativos, diz fonte
terça-feira, 3 de março de 2015
Petrobras, sede no Rio de Janeiro. 16/12/2014 REUTERS/Sergio Moraes
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O desinvestimento de quase 14 bilhões de dólares previsto pela Petrobras para os anos de 2015 e 2016 pode envolver a venda de parcelas de ativos térmicos e de distribuição de gás no Brasil, além de participação em campos petrolíferos e ativos no exterior, disse nesta terça-feira uma fonte próxima ao programa anunciado pela estatal na véspera.
A fonte, que pediu para não ser identificada, garantiu que a intenção da empresa é manter controle em parte dos ativos que serão negociados e ressaltou que a companhia "não vai se desfazer de seus bens a qualquer preço", apesar do momento de queda no mercado internacional de petróleo.
Segundo a fonte, todas as áreas da empresa apresentaram à cúpula da estatal uma lista de "possibilidades" de ativos com potencial de negociação, mas nem o modelo nem a lista dos bens a serem negociados estão completamente fechados e definidos.
"As coisas estão sendo clarificadas e a intenção é fechar isso o quanto antes... As possibilidades estão definidas, mas os modelos definitivos estão sendo construídos", afirmou a fonte à Reuters.
A Petrobras aprovou plano para desinvestir 13,7 bilhões de dólares entre 2015 e 2016, uma mudança significativa em relação ao plano de negócios para 2014-2018, que previa desinvestimentos de até 11 bilhões de dólares ao longo de cinco anos, envolvida em um escândalo de corrupção que limita sua capacidade de captar recursos no exterior.
A Petrobras disse anteriormente que trabalha para não precisar captar recursos no mercado em 2015 e recorrer o mínimo possível a contratações de dívidas nos dois anos seguintes.
A empresa informou na segunda-feira que os desinvestimentos estarão divididos entre exploração e produção no Brasil e no exterior (30 por cento), abastecimento (30 por cento) e gás e energia (40 por cento).
"O que tem de potencial já foi identificado. Não depende só de querer, mas o que é atrativo ao mercado", acrescentou a fonte. A decisão da empresa de vender ativos ocorre em um momento desfavorável do mercado, com o preço do barril de petróleo tendo caído pela metade em relação ao pico do ano passado.
Contudo, diante do elevado nível de endividamento e de uma crise de credibilidade da empresa provocada pelas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, a Petrobras decidiu recorrer à venda de ativos.
"Infelizmente, o mercado é assim. Na hora que você está cheio de recursos, o mercado está bom e você não precisa de dinheiro, os bancos querem te emprestar. Na hora que está tudo bem, você não quer vender, mas quando você está mal você precisa vender", declarou a fonte.
Mesmo diante da necessidade de fazer caixa rápido e se desfazer de ativos, a Petrobras não fará "loucuras" e "não vai se desfazer de ativos a qualquer preço" para atender o plano de desinvestimento traçado pela cúpula da companhia, afirmou a fonte.
"O melhor para vender é quando você não quer vender e não precisa vender. (Este) não é o melhor momento, mas é o momento que a empresa precisa para atingir seu objetivo", destacou. "Não vai vender por vender. Só vai ser feito o que será um bom negócio... Maus negócios não serão feitos", disse.
Na área de gás e energia, por exemplo, a ideia é que a empresa venda parte de alguns ativos, mas mantenha o controle de boa parte dos bens.
Os ativos de geração térmicos, valorizados no mercado em razão da forte demanda por energia e escassez de água, podem entrar nessa lista de venda de participações da Petrobras.
Nas áreas de Exploração e Produção e de Abastecimento, a venda de ativos parcial e total também está sendo cogitada pela empresa. Os chamados "farm outs" de campos estão na lista de possibilidades elaborada pela empresa, assim como a venda de ativos no exterior.
Segundo a fonte, na área internacional existem ativos que não mais interessariam à Petrobras. "Tem que ver se o mercado vai ser receptivo", frisou.
De acordo com a fonte, apesar da necessidade de caixa, a venda alguns ativos pode ser postergada até que o mercado internacional se reaqueça e a própria cotação do barril volte a subir, tornando os bens mais atrativos.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Petrobras, sede no Rio de Janeiro. 16/12/2014 REUTERS/Sergio Moraes
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O desinvestimento de quase 14 bilhões de dólares previsto pela Petrobras para os anos de 2015 e 2016 pode envolver a venda de parcelas de ativos térmicos e de distribuição de gás no Brasil, além de participação em campos petrolíferos e ativos no exterior, disse nesta terça-feira uma fonte próxima ao programa anunciado pela estatal na véspera.
A fonte, que pediu para não ser identificada, garantiu que a intenção da empresa é manter controle em parte dos ativos que serão negociados e ressaltou que a companhia "não vai se desfazer de seus bens a qualquer preço", apesar do momento de queda no mercado internacional de petróleo.
Segundo a fonte, todas as áreas da empresa apresentaram à cúpula da estatal uma lista de "possibilidades" de ativos com potencial de negociação, mas nem o modelo nem a lista dos bens a serem negociados estão completamente fechados e definidos.
"As coisas estão sendo clarificadas e a intenção é fechar isso o quanto antes... As possibilidades estão definidas, mas os modelos definitivos estão sendo construídos", afirmou a fonte à Reuters.
A Petrobras aprovou plano para desinvestir 13,7 bilhões de dólares entre 2015 e 2016, uma mudança significativa em relação ao plano de negócios para 2014-2018, que previa desinvestimentos de até 11 bilhões de dólares ao longo de cinco anos, envolvida em um escândalo de corrupção que limita sua capacidade de captar recursos no exterior.
A Petrobras disse anteriormente que trabalha para não precisar captar recursos no mercado em 2015 e recorrer o mínimo possível a contratações de dívidas nos dois anos seguintes.
A empresa informou na segunda-feira que os desinvestimentos estarão divididos entre exploração e produção no Brasil e no exterior (30 por cento), abastecimento (30 por cento) e gás e energia (40 por cento).
"O que tem de potencial já foi identificado. Não depende só de querer, mas o que é atrativo ao mercado", acrescentou a fonte. A decisão da empresa de vender ativos ocorre em um momento desfavorável do mercado, com o preço do barril de petróleo tendo caído pela metade em relação ao pico do ano passado.
Contudo, diante do elevado nível de endividamento e de uma crise de credibilidade da empresa provocada pelas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, a Petrobras decidiu recorrer à venda de ativos.
"Infelizmente, o mercado é assim. Na hora que você está cheio de recursos, o mercado está bom e você não precisa de dinheiro, os bancos querem te emprestar. Na hora que está tudo bem, você não quer vender, mas quando você está mal você precisa vender", declarou a fonte.
Mesmo diante da necessidade de fazer caixa rápido e se desfazer de ativos, a Petrobras não fará "loucuras" e "não vai se desfazer de ativos a qualquer preço" para atender o plano de desinvestimento traçado pela cúpula da companhia, afirmou a fonte.
"O melhor para vender é quando você não quer vender e não precisa vender. (Este) não é o melhor momento, mas é o momento que a empresa precisa para atingir seu objetivo", destacou. "Não vai vender por vender. Só vai ser feito o que será um bom negócio... Maus negócios não serão feitos", disse.
Na área de gás e energia, por exemplo, a ideia é que a empresa venda parte de alguns ativos, mas mantenha o controle de boa parte dos bens.
Os ativos de geração térmicos, valorizados no mercado em razão da forte demanda por energia e escassez de água, podem entrar nessa lista de venda de participações da Petrobras.
Nas áreas de Exploração e Produção e de Abastecimento, a venda de ativos parcial e total também está sendo cogitada pela empresa. Os chamados "farm outs" de campos estão na lista de possibilidades elaborada pela empresa, assim como a venda de ativos no exterior.
Segundo a fonte, na área internacional existem ativos que não mais interessariam à Petrobras. "Tem que ver se o mercado vai ser receptivo", frisou.
De acordo com a fonte, apesar da necessidade de caixa, a venda alguns ativos pode ser postergada até que o mercado internacional se reaqueça e a própria cotação do barril volte a subir, tornando os bens mais atrativos.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
segunda-feira, 2 de março de 2015
Ministro diz que investigação de políticos na Lava Jato trará "turbulência"
Tribunal Federal (STF) os pedidos de abertura de inquérito ou denúncias contra políticos envolvidos na operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na estatal.
"Não sei qual é a dimensão, nem a quem atinge, mas evidentemente é ruim porque tem uma turbulência e o país precisa de calma e tranquilidade para tocar. Não a calma da omissão, mas de separar inquérito do funcionamento normal do país", disse Wagner a jornalistas no Rio de Janeiro, onde participou de um evento na Escola de Guerra Naval.
"Qualquer fato novo com esse tipo de denúncia e inquérito tira a tranquilidade momentânea de qualquer instituição", afirmou.
"Se começarem a perturbar tudo, daqui a pouco muita gente vai dizer 'acaba logo essa investigação porque o país precisa voltar à normalidade'".
A Lava Jato investiga um esquema de corrupção em que empreiteiras teriam formado cartel para participar das licitações de obras da estatal e pagariam propina a funcionários da empresa, operadores do esquema, políticos e partidos.
O envolvimento de parlamentares está sendo investigado com base nos depoimentos de delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Até agora, 40 pessoas respondem a processo na Justiça Federal no âmbito da Lava Jato. Entre elas, dois ex-diretores da Petrobras --além de Costa, o ex-chefe da área internacional Nestor Cerveró-- e 23 réus ligados a seis das maiores empreiteiras do Brasil.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
"Não sei qual é a dimensão, nem a quem atinge, mas evidentemente é ruim porque tem uma turbulência e o país precisa de calma e tranquilidade para tocar. Não a calma da omissão, mas de separar inquérito do funcionamento normal do país", disse Wagner a jornalistas no Rio de Janeiro, onde participou de um evento na Escola de Guerra Naval.
"Qualquer fato novo com esse tipo de denúncia e inquérito tira a tranquilidade momentânea de qualquer instituição", afirmou.
"Se começarem a perturbar tudo, daqui a pouco muita gente vai dizer 'acaba logo essa investigação porque o país precisa voltar à normalidade'".
A Lava Jato investiga um esquema de corrupção em que empreiteiras teriam formado cartel para participar das licitações de obras da estatal e pagariam propina a funcionários da empresa, operadores do esquema, políticos e partidos.
O envolvimento de parlamentares está sendo investigado com base nos depoimentos de delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Até agora, 40 pessoas respondem a processo na Justiça Federal no âmbito da Lava Jato. Entre elas, dois ex-diretores da Petrobras --além de Costa, o ex-chefe da área internacional Nestor Cerveró-- e 23 réus ligados a seis das maiores empreiteiras do Brasil.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
Assinar:
Postagens (Atom)