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quinta-feira, 5 de março de 2015

Iluminismo

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Iluminismo


Por Thais Pacievitch  
O iluminismo  foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das idéias e pensadores Iluministas foi a cidade de Paris.
Os iluministas defendiam a criação de escolas para que o povo fosse educado e a liberdade religiosa. Para divulgar o conhecimento, os iluministas idealizaram e concretizaram a idéia da Enciclopédia (impressa entre 1751 e 1780), uma obra composta por 35 volumes, na qual estava resumido todo o conhecimento existente até então.

O iluminismo foi um movimento de reação ao absolutismo europeu, que tinha como características as estruturas feudais, a influencia cultural da Igreja Católica, o monopólio comercial e a censura das “idéias perigosas”.

O nome “iluminismo” fez uma alusão ao período vivido até então, desde a Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja regravam a cultura e a sociedade.


Os principais pensadores iluministas foram:

Montesquieu  (1689-1755) – fez parte da primeira geração de iluministas. Sua obra principal foi “O espírito das leis”. Antes mesmo da sociologia surgir, Montesquieu levantou questões sociológicas, e foi considerado um dos precursores da sociologia.

Voltaire (1694-1778) – Critico da religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das idéias iluministas. Segundo historiadores, as correspondências de Voltaire eram concluídas sempre com o mesmo termo:

Écrasez l’Infâme (Esmagai a infame). A infame a que se referia era a Igreja católica. Sua principal obra foi “Cartas Inglesas”.

Diderot (1713-1784) – Dedicou parte de sua vida à organização da primeira Enciclopédia, sendo essa a sua principal contribuição.

D’Alembert (1717-1783) – Escreveu e ajudou na organização da enciclopédia.

Rousseau (1712-1778) – redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. Suas idéias eram por vezes contrárias as dos seus colegas iluministas, o que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”.

O movimento iluminista utilizou da razão no combate a fé na Igreja e a idéia de liberdade para combater o poder centralizado da monarquia. Com essa essência transformou a concepção de homem e de mundo.

A partir do iluminismo surgiu outro movimento, de cunho mais econômico e político: o liberalismo.

René Descartes
França
1596 // 1650
Filósofo

Penso, logo Existo

De há muito tinha notado que, pelo que respeita à conduta, é necessário algumas vezes seguir como indubitáveis opiniões que sabemos serem muito incertas, (...). Mas, agora que resolvera dedicar-me apenas à descoberta da verdade, pensei que era necessário proceder exactamente ao contrário, e rejeitar, como absolutamente falso, tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida, a fim de ver se, após isso, não ficaria qualquer coisa nas minhas opiniões que fosse inteiramente indubitável.
Assim, porque os nossos sentidos nos enganam algumas vezes, eu quis supor que nada há que seja tal como eles o fazem imaginar. E porque há homens que se enganam ao raciocinar, até nos mais simples temas de geometria, e neles cometem paralogismos, rejeitei como falsas, visto estar sujeito a enganar-me como qualquer outro, todas as razões de que até então me servira nas demonstrações. Finalmente, considerando que os pensamentos que temos quando acordados nos podem ocorrer também quando dormimos, sem que neste caso nenhum seja verdadeiro, resolvi supor que tudo o que até então encontrara acolhimento no meu espírito não era mais verdadeiro que as ilusões dos meus sonhos. Mas, logo em seguida, notei que, enquanto assim queria pensar que tudo era falso, eu, que assim o pensava, necessáriamente era alguma coisa. E notando esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as extravagantes suposições dos cépticos seriam impotentes para a abalar, julguei que a podia aceitar, sem escrúpulo, para primeiro princípio da filosofia que procurava.

René Descartes, in 'Discurso do Método'
http://www.citador.pt/





quarta-feira, 4 de março de 2015

2015 VW Passat

Descoberta casa onde Jesus teria passado a infância



Descoberta casa onde Jesus teria passado a infância
Construção de argamassa e pedra já havia sido apontada como a morado do Cristo menino por freiras, no século 19
Foto do que restou da suposta casa em que Jesus cresceu / Ken Dark/Reprodução/Biblical Archaeological Review
Foto do que restou da suposta casa em que Jesus cresceu
Ken Dark/Reprodução/Biblical Archaeological Review
Da Redação com Jornal da Band noticias@band.com.br

A casa onde Jesus teria passado a infância foi descoberta por arqueólogos na cidade de Nazaré, em Israel.

A construção, que tem paredes feitas de argamassa e pedra, está apoiada em uma encosta rochosa. No fim do século 19, freiras do convento das irmãs de Nazaré tinham encontrado a casa, mas só nove anos atrás arqueólogos britânicos identificaram que a estrutura datava do primeiro século da era cristã.

Os pesquisadores descobriram relatos de pessoas que viveram centenas de anos depois da época de Jesus, afirmando que ele havia sido criado ali por Maria e José.

Também foi constatado que o Império Bizantino, que controlava a cidade até o ano 700, decorou a casa com mosaicos e ergueu uma igreja sobre a construção, para protegê-la.


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terça-feira, 3 de março de 2015

Arte Barroca






Arte Barroca
http://arte-barroca.info/
     
Mão sete maravilhasA arte barroca surgiu em meados do século XVIII, na Itália. A igreja católica adotou o formato artístico em suas construções e propagou a nova onda cultural por vários países do continente europeu. O movimento foi criado após o desenvolvimento do Renascimento e ambos seguiam uma ideologia semelhante, em que valorizavam elementos da antiguidade.

O mundo passava por diversas descobertas e reformas sociais e políticas. A religião católica estava perdendo muitos membros para os seguidores da ideologia de Martin Lutero, com o protestantismo. Estabelecia-se, então, a Monarquia: o país era comandado por um rei ou imperador.

As obras do movimento Barroco apresentam características fortes e vivas, o que mexe com o emocional do ser humano. Ao se deparar com as construções e/ou pinturas da arte barroca, é possível observar os detalhes e a proximidade que elas têm com os seres humanos. O sentimento nas obras, a beleza, eram características bem fortes.

O Barroco chegou ao continente americano, juntamente com os colonizadores europeus. Muitas das construções dos países da América são da arte barroca. O Brasil, por exemplo, possui algumas cidades onde ainda existem essas edificações, como é o caso de Ouro Preto, em Minas Gerais. No estado da Bahia, encontram-se enormes igrejas, dos séculos passados e a influência da arte barroca se faz presente.

Não apenas em grandes edificações é que o Barroco exerce influência, mas também em objetos de decoração como os móveis, por exemplo. Ainda hoje existem camas, cômodas e outros acessórios desenhados de acordo com esse tipo de arte. Era comum o uso deles nos palácios reais e um exemplo disso era o Palácio de Versalhes, onde residia o rei Luís XIV, da França.

A arte barroca marcou a história no campo da música. A partir desse movimento, surgiram os grandes mestres da música erudita, além do nascimento dos gêneros como a ópera, a suíte e os concertos. Também os movimentos do Barroco e do Rococó marcaram grande parte da Europa e revelou um dos maiores artistas da cultura brasileira, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Movimento Barroco
O movimento Barroco teve seu início na Itália, ao final do século XVI e início do século XVIII. A partir daí, se difundiu pelos países da Europa e chegou até as colônias, como, por exemplo, o Brasil. A palavra 'barroco', de origem portuguesa, significa uma pedra preciosa imperfeita, com os seus formatos irregulares. O Barroco é uma manifestação literária.

RomaO Renascimento, a onda artística que antecede o Barroco, serviu de grande influência para o novo movimento. Havia estourado uma crise por causa do desenvolvimento da política, da religião, da modernização da sociedade e seus valores, e, principalmente, do meio cultural. O conflito maior se dava entre a fé e a ciência, uma vez que a segunda ganhava mais espaço.

Uma das ideias do fenômeno do Barroco era de fazer a junção dos dois elementos, fé e ciência, o primeiro, resgatado pela Contrarreforma e o segundo se expandia com a modernidade. A partir disso, surgiu uma vertente encontrada no Barroco, que era o fusionismo. Esse segmento da arte barroca visava a mistura dos elementos presentes nas duas ideologias.

Nas pinturas era comum o ponto de vista medieval e os ideais renascentistas, ou seja, havia a mistura de luz e sombra nas pinturas; a literatura combinava os pensamentos racionais com os irracionais. A imagem das divindades ganhava formas humanas, na mistura entre o homem e Deus, a fé e a razão, os seres celestiais, nas pinturas, eram homens e mulheres.

No movimento Barroco, há uma valorização do contraste entre as coisas opostas, chamada de culto do contraste. Neles, os extremos são colocados em um mesmo lugar e mesma obra, como forma de aproximação dos extremos, como a junção do sagrado e do profano, a juventude e a velhice, os céus e a terra, pecado e o perdão, dentre outros.

O pessimismo também é outra característica encontrada na arte barroca, assim como o conflito entre o 'eu' e o mundo, em que os autores se sentiam divididos entre razão e fé. Na arte barroca, encontram-se alguns atributos que relatam o sofrimento do ser humano, com miséria e dor. O Apóstolo Pedro, sendo crucificado de cabeça para baixo, é um dos quadros da arte barroca.

A linguagem da literatura barroca é riquíssima. Os escritos são bastante trabalhados na tentativa de demonstrar tal riqueza que acompanha as pinturas e esculturas, através da leitura. Os escritores utilizam-se de várias figuras de linguagem como antíteses e paradoxos, que valorizam a aproximação dos opostos.

Ainda na linguagem do movimento barroco, existia outra forma de expressão, chamada de Conceptismo, o qual, funcionava de forma contrária ao rebuscamento linguístico e procurava atrair o leitor, de sorte a seduzi-lo. A construção era mais intelectualizada e não tinha características do cultismo. Os textos eram redigidos na forma de prosa.

No Brasil, o Barroco chega no século XVIII, com os colonos europeus, na mesma época em que permeavam as ideias iluministas e o pensamento racionalista e antropocêntrico. Nesse período, o Brasil tinha sua economia baseada no ouro branco - o açúcar. As lavouras se concentravam no nordeste brasileiro, de onde saíram os primeiros escritores do Barroco.

Antes da chegada ao Brasil, o Barroco teve, em Portugal, um dos maiores escritores dessa literatura. O Padre Antônio Vieira, que era contra o movimento cultista (utilizava a junção dos opostos por meio de figuras de linguagem), escreveu diversos sermões e dentre eles, o mais famoso, chamado de Sermão da Sexagésima.

O Barroco teve grandes influências na arquitetura de alguns dos países da Europa e da América Latina também. As construções não costumam seguir padrões geométricos, muito menos simétricos. As edificações barrocas são imensas e belíssimas, repletas de detalhes, além dos desenhos em curvas. Muitas delas servem de referências religiosas e recebem milhares de devotos, como é o caso da Catedral de Santiago de Compostela, na Galícia, Espanha.

A Catedral, construída por volta de 1765, é um exemplo do movimento da arte barroca no território espanhol. Essa edificação é o término de uma caminhada de cerca de 700 quilômetros, os quais o escritor brasileiro, Paulo Coelho, dedicou um livro, chamado de 'O Diário de um Mago', onde conta tal experiência.

Além da Catedral de Santiago de Compostela, existem outras construções no formato da arte barroca. O Brasil conta com uma gama de templos dessa época da Literatura. A Igreja de São Francisco, em João Pessoa, Paraíba; a também Igreja de S. Francisco, em Salvador, Bahia e a Matriz de Santo Antônio, em Recife. Sem contar com os palácios construídos no Rio de Janeiro, no período colonial.
No BLog Pesquise também Mestres do Barroco.
Arte Barroca
Rococó
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Música Barroca

Desinvestimento da Petrobras vai focar em vendas de fatias de ativos, diz fonte

terça-feira, 3 de março de 2015
 Petrobras, sede no Rio de Janeiro. 16/12/2014  REUTERS/Sergio Moraes

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O desinvestimento de quase 14 bilhões de dólares previsto pela Petrobras para os anos de 2015 e 2016 pode envolver a venda de parcelas de ativos térmicos e de distribuição de gás no Brasil, além de participação em campos petrolíferos e ativos no exterior, disse nesta terça-feira uma fonte próxima ao programa anunciado pela estatal na véspera.

A fonte, que pediu para não ser identificada, garantiu que a intenção da empresa é manter controle em parte dos ativos que serão negociados e ressaltou que a companhia "não vai se desfazer de seus bens a qualquer preço", apesar do momento de queda no mercado internacional de petróleo.

Segundo a fonte, todas as áreas da empresa apresentaram à cúpula da estatal uma lista de "possibilidades" de ativos com potencial de negociação, mas nem o modelo nem a lista dos bens a serem negociados estão completamente fechados e definidos.

"As coisas estão sendo clarificadas e a intenção é fechar isso o quanto antes... As possibilidades estão definidas, mas os modelos definitivos estão sendo construídos", afirmou a fonte à Reuters.

A Petrobras aprovou plano para desinvestir 13,7 bilhões de dólares entre 2015 e 2016, uma mudança significativa em relação ao plano de negócios para 2014-2018, que previa desinvestimentos de até 11 bilhões de dólares ao longo de cinco anos, envolvida em um escândalo de corrupção que limita sua capacidade de captar recursos no exterior.

A Petrobras disse anteriormente que trabalha para não precisar captar recursos no mercado em 2015 e recorrer o mínimo possível a contratações de dívidas nos dois anos seguintes.

A empresa informou na segunda-feira que os desinvestimentos estarão divididos entre exploração e produção no Brasil e no exterior (30 por cento), abastecimento (30 por cento) e gás e energia (40 por cento).

"O que tem de potencial já foi identificado. Não depende só de querer, mas o que é atrativo ao mercado", acrescentou a fonte.  A decisão da empresa de vender ativos ocorre em um momento desfavorável do mercado, com o preço do barril de petróleo tendo caído pela metade em relação ao pico do ano passado.

Contudo, diante do elevado nível de endividamento e de uma crise de credibilidade da empresa provocada pelas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, a Petrobras decidiu recorrer à venda de ativos.

"Infelizmente, o mercado é assim. Na hora que você está cheio de recursos, o mercado está bom e você não precisa de dinheiro, os bancos querem te emprestar. Na hora que está tudo bem, você não quer vender, mas quando você está mal você precisa vender", declarou a fonte.

Mesmo diante da necessidade de fazer caixa rápido e se desfazer de ativos, a Petrobras não fará "loucuras" e "não vai se desfazer de ativos a qualquer preço" para atender o plano de desinvestimento traçado pela cúpula da companhia, afirmou a fonte.

"O melhor para vender é quando você não quer vender e não precisa vender. (Este) não é o melhor momento, mas é o momento que a empresa precisa para atingir seu objetivo", destacou. "Não vai vender por vender. Só vai ser feito o que será um bom negócio... Maus negócios não serão feitos", disse.

Na área de gás e energia, por exemplo, a ideia é que a empresa venda parte de alguns ativos, mas mantenha o controle de boa parte dos bens.

Os ativos de geração térmicos, valorizados no mercado em razão da forte demanda por energia e escassez de água, podem entrar nessa lista de venda de participações da Petrobras.

Nas áreas de Exploração e Produção e de Abastecimento, a venda de ativos parcial e total também está sendo cogitada pela empresa. Os chamados "farm outs" de campos estão na lista de possibilidades elaborada pela empresa, assim como a venda de ativos no exterior.

Segundo a fonte, na área internacional existem ativos que não mais interessariam à Petrobras. "Tem que ver se o mercado vai ser receptivo", frisou.

De acordo com a fonte, apesar da necessidade de caixa, a venda alguns ativos pode ser postergada até que o mercado internacional se reaqueça e a própria cotação do barril volte a subir, tornando os bens mais atrativos.

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segunda-feira, 2 de março de 2015

Ministro diz que investigação de políticos na Lava Jato trará "turbulência"

Tribunal Federal (STF) os pedidos de abertura de inquérito ou denúncias contra políticos envolvidos na operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na estatal.

"Não sei qual é a dimensão, nem a quem atinge, mas evidentemente é ruim porque tem uma turbulência e o país precisa de calma e tranquilidade para tocar. Não a calma da omissão, mas de separar inquérito do funcionamento normal do país", disse Wagner a jornalistas no Rio de Janeiro, onde participou de um evento na Escola de Guerra Naval.

"Qualquer fato novo com esse tipo de denúncia e inquérito tira a tranquilidade momentânea de qualquer instituição", afirmou.

"Se começarem a perturbar tudo, daqui a pouco muita gente vai dizer 'acaba logo essa investigação porque o país precisa voltar à normalidade'".

A Lava Jato investiga um esquema de corrupção em que empreiteiras teriam formado cartel para participar das licitações de obras da estatal e pagariam propina a funcionários da empresa, operadores do esquema, políticos e partidos.

O envolvimento de parlamentares está sendo investigado com base nos depoimentos de delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.

Até agora, 40 pessoas respondem a processo na Justiça Federal no âmbito da Lava Jato. Entre elas, dois ex-diretores da Petrobras --além de Costa, o ex-chefe da área internacional Nestor Cerveró-- e 23 réus ligados a seis das maiores empreiteiras do Brasil.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Arte Marajoara



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Arte Marajoara


Por Emerson Santiago  
É conhecida pelo nome de arte marajoara o conjunto de artefatos, sobretudo a cerâmica, produzida por antigos habitantes da Ilha de Marajó, no Pará. Sua importância reside no fato de ser considerada a mais antiga arte cerâmica do Brasil e uma das mais antigas das Américas. Sua fase mais popular entre o público, e que também é alvo da maioria das pesquisas situa-se no período de 400 a 1400 d.C.
Localizada no estado do Pará, região norte do Brasil, Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo, cercada pelos rios Amazonas e Tocantins, e pelo Oceano Atlântico. Acredita-se que as fases arqueológicas da ilha do Marajó foram cinco, correspondendo cada uma a diferentes níveis de ocupação e a diferentes culturas instaladas na região (Ananatuba, Mangueiras, Formiga, Marajoara e Aruã).

Assim, a partir do século I, o povo Marajoara, ao lado do vizinho povo Tapajós (que habitava a foz do Amazonas e todo o trecho do Rio Tapajós, responsável pela chamada “arte tapajônica”) desenvolve uma agricultura itinerante, com queimadas e derrubadas de árvores. Suas casas eram construídas sob aterros artificiais, e dedicavam-se a confeccionar cerâmicas usando técnicas decorativas coloridas e extremamente complexas, que resultaram em peças requintadas de rara beleza.

Tal produção revela detalhes sobre a vida e os costumes dos antigos povos da Amazônia. Os Marajoaras faziam vasilhas, chocalhos, machados, potes, urnas funerárias, estatuetas, apitos, bonecas para crianças, cachimbos, porta-veneno para as flechas, além de curiosas tangas de cerâmica (um tapa-sexo usado para cobrir as genitália das mulheres), talvez as únicas, não só na América mas em todo o mundo.

A arte marajoara ora caracteriza-se pelo zoomorfismo (representação de animais) ou antropomorfismo (representação do homem ou parte dele), bem como a mistura das duas formas (antropozoomorfismo). Animais como serpentes, lagartos, jacarés, escorpiões, e tartarugas estão estilizados em forma de espirais, triângulos, retângulos, círculos concêntricos, ondas, etc. em técnicas variadas. Para aumentar a durabilidade do barro agregavam-se outras substâncias-minerais ou vegetais como as cinzas de cascas de árvores e de ossos, pó de pedra e concha, além do cauixi, uma esponja silicosa que recobre a raiz de algumas árvores.

A civilização Marajoara não deixou cidades nem obras de arquitetura para a posteridade, mas por outro lado legou uma cerâmica capaz de reconstituir sua história. Louças e outros objetos, como enfeites e peças de decoração dos antigos povos de Marajó são exemplos da riqueza cultural dos ancestrais dos povos nativos da área.

Dado o apelo comercial que a arte marajoara despertou por volta de meados do século XX, hoje em dia muitos dos moradores locais da ilha se dedicam a produzir réplicas de várias peças, especialmente os vasos, vendidos a um bom preço a turistas.

Bibliografia:

Arte Marajoara/Cerâmica Marajoara. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=5353 >. Acesso em: 18 jul. 2012.
Cerâmica Marajoara. Disponível em: <http://historiadores.skyrock.com/1784782318-ARTE-MARAJOARA.html>. Acesso em: 18 jul. 2012.
Iconografia. Disponível em: <http://www.marajoara.com/iconografia.html>. Acesso em: 18 jul. 2012.

 


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Declaração da Independência dos Estados Unidos



considerou que a Declaração deve ser o alicerce de sua filosofia política, e argumentou que a Declaração é uma declaração de princípios através dos quais a Constituição dos Estados Unidos deve ser interpretada.5 Ela inspirou os documentos de direitos humanos em todo o mundo.
Antecedentes
Até o momento da Declaração de Independência que foi adaptada em Julho de 1776, as Treze Colônias e Grã-Bretanha estava em guerra há mais de um ano. As relações entre as colônias e a metrópole estavam se deteriorando desde o final da Guerra dos Sete Anos em 1763. A guerra tinha mergulhado governo britânico profundo em dívida, e assim o Parlamento aprovou uma série de medidas para aumentar a receita fiscal das colônias. Por sua vez, o parlamento acreditava que esses atos, como a Lei do Selo de 1765 e as Tarifas Townshend de 1767, eram um meio legítimo de ter as colônias pagar a sua parte justa dos custos para manter as colônias no Império Britânico.6

A Declaração de Jefferson
As treze colônias tomaram este passo, pois os britânicos estavam se aproveitando da América do Norte, com impostos para pagar o prejuízo das guerras feitas pelos ingleses, então as treze colônias tomaram a decisão de criar A Declaração da Independência dos Estados Unidos da América1 .


Acredite, caro senhor: não há no império britânico um homem que mais ama cordialmente uma união com a Grã-Bretanha do que eu. Mas, pelo Deus que me fez, eu vou deixar de existir antes de me render a uma conexão em termos tais como o Parlamento britânico propor, e neste, eu acho que falar dos sentimentos da América.

— Thomas Jefferson, 28 de setembro de 17757
Acontecimentos durante a colonização da América, que revoltaram as treze colônias

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Dona Santa, rainha do Maracatu Elefante.






Ícone da cultura pernambucana


Dona Santa, rainha do Maracatu Elefante.

Acervo Katarina Real (Fundação Joaquim Nabuco)

Dona Santa, grande referência na memória dos maracatuzeiros ainda na atualidade, foi rainha do Maracatu Nação Elefante. Não sabemos quando se tornou rainha, apenas que ganhou o cargo ainda mocinha, vinda do maracatu Leão Coroado, e neste posto permaneceu até sua morte, ocorrida em 1962. Seu maracatu foi objeto de estudo do maestro César Guerra Peixe quando esteve no Recife, no final dos anos 1940 e de cuja observação resultou no livro Maracatus do Recife, publicado em 1955. Quando morreu, já nonagenária, teve enterro majestoso, digna da rainha que foi. Dona Santa, cujo nome de batismo era Maria Júlia do Nascimento, é tida como o maior símbolo da cultura afro-descendente no Recife e em torno de sua vida entretecem-se lendas e mitos, memória e história.



Percorrer as várias fases e faces da vida de Dona Santa tem me permitido formular diversas questões sobre práticas e representações construídas em torno da cultura de negros e negras, suas estratégias de inserção e reconhecimento social, e a constituição de redes de solidariedade diante das investidas disciplinares que visavam a constituição de uma sociedade “mestiça” e “racialmente democrática”. Afinal, estamos falando da terra de Gilberto Freyre, e foi aqui no Recife, nesses anos de 1930, enquanto ele escrevia para os jornais e publicava livros, organizava congressos e debatia a cultura pernambucana, nordestina, e brasileira, que Dona Santa foi presa como catimbozeira, ficou viúva e assumiu o comando de seu maracatu.
Sobre a vida de Dona Santa pouco se sabe efetivamente, além de dados bastante genéricos e controversos sobre a data de seu nascimento e sobre a condição de sua família (não sabemos se eram libertos ou não, se africanos ou crioulos). Sabe-se de seu casamento com o segundo sargento da Polícia Militar, João Vitorino, e sua eleição como rainha do maracatu Leão Coroado, ainda muito moça. A partir do momento em que ficou viúva, no final da década de 1920, ao que tudo indica, Dona Santa ganhou liberdade para firmar sua autoridade como mãe-de-santo e como líder do maracatu. Este é o período em que transformações culturais de vulto ocorriam no país, acerca das percepções sobre a cultura afro-descendente. Trata-se, portanto, de pensar como ao construir sua autoridade entre os negros e negras, e os intelectuais da cidade, Dona Santa contribuiu para transformar as representações construídas em torno dos maracatus e da cultura popular de modo mais amplo.




Quando Dona Santa assumiu a condução do Maracatu Elefante, era uma mulher viúva, mas se inseria numa rede de sociabilidade que lhe conferia poder e legitimidade, não só por ser rainha, mas por ser mãe de santo e juremeira afamada. Com mais de sessenta anos, tinha por obrigação proteger seus filhos e filhas de santo, e assegurar ao Elefante e seus maracatuzeiros um lugar ao sol no disputado carnaval recifense. A rainha, ao que tudo indica, cumpriu muito bem seu papel demonstrando que podia não só liderar seu grupo, mas também exercer o papel de mediadora cultural, criando condições para que seu grupo se sobressaísse na cena cultural da cidade, despertando a admiração e o carinho entre intelectuais, jornalistas, fotógrafos e escritores da cidade e do resto do país.



No meio intelectual recifense, Lula Cardoso Ayres e Ascenso Ferreira contribuíram sobremaneira para divulgar sua imagem, bem como para quebrar os estigmas que ainda perseguiam os maracatus. Nacionalmente, Dona Santa foi objeto de uma magnífica reportagem da revista O Cruzeiro, em 1947, ilustrada com fotografias de Pierre Verger, bem como teve uma pequena participação no filme de Alberto Cavalcanti, O canto do mar, em 1953. O maestro e compositor Guerra Peixe escolheu o Elefante como objeto de estudo, e mais uma vez a rainha foi celebrada nas páginas de Maracatus do Recife, publicado em 1955. Como resultado dessa popularidade, encontramos invariavelmente o maracatu Elefante se apresentando em quase todos os eventos em que autoridades ou celebridades visitavam o Recife entre as décadas de 1940 a 1960.
Dona Santa consolidou fama como rainha e matriarca dos negros e negras no Recife. Percorrer as notícias publicadas nos jornais no período comprova que a rainha solidificou uma imagem de poderosa sacerdotisa dos orixás, além, evidentemente, de juremeira. Sua autoridade entre os maracatuzeiros, conforme algumas reportagens de jornal, era inconteste. Conta Guerra Peixe que a rainha não precisava falar muito para manifestar seu desagrado diante de comportamentos que considerava indevido. Dona de um olhar penetrante, uma mirada bastava para que até o mais valente dos homens se calasse envergonhado do que tivesse feito. Possuidora de garbo e majestade, Dona Santa sempre desfilava no carnaval conduzindo seu maracatu desde Ponto de Parada, na zona norte da cidade onde se encontrava a sede, até as ruas centrais, apesar de sua avançada idade. E enquanto desfilava agraciava seus “súditos” com as bênçãos de seu espadim e cetro. Dona Santa só teria deixado de desfilar em duas únicas ocasiões: a morte de seu irmão, quando ainda era jovem, e do marido Vitorino.



Adentrando os anos cinqüenta, no entanto, Dona Santa já octogenária aceitou a oferta do Prefeito Pélopidas e passou a desfilar nos carnavais em um jeep. Mesmo assim, não perdeu o controle sobre seu maracatu até a sua morte, momento que trazia muita apreensão a todos. Desde os anos 1940 encontram-se pelas páginas dos jornais recifenses reportagens que prenunciam a morte da rainha.  Ao final do ano de 1955 a notícia de sua morte correu a cidade. O prefeito Pelópidas Silveira teria telegrafado a sua família oferecendo pêsames, bem como auxílio financeiro para a realização do enterro. Mas quem morrera tinha sido uma princesa. Dona Santa teria rido muito de sua “morte” porque assim sabia como esta seria recebida pela cidade, e não recusou a oferta do prefeito para o enterro da princesa!



Apesar de sua grande disposição em viver, Dona Santa preocupava-se com o que aconteceria com o Elefante quando partisse. Não tinha descendentes diretos, e teria decidido que quando a morte a levasse, o maracatu também deveria deixar de desfilar. Esta questão é muito controversa na historiografia, e já provocou grandes debates e contendas calorosas sobre as razões da rainha. Há quem diga que sua decisão se apoiaria em antigas tradições africanas, conforme defendeu o jornalista Paulo Viana, que afirmava ser a rainha descendente de antigos reis, e com ela morria um antigo reinado. Mas houve quem quisesse ocupar seu lugar! Sua filha adotiva, Antonia, declarou aos jornais, que continuaria com a tradição. Mas sofreu tamanha oposição daqueles que pensavam que o maracatu também deveria deixar de existir, que efetivamente o Elefante não mais saiu às ruas. Foi para o museu!

Postado por Isabel Guillenhttp://inventariomaracatus.blogspot.com.br/

Carnaval e História do Carnaval




Carnaval e História do Carnaval
Festas carnavalescas, carnaval, escolas de samba, história do carnaval, origens, escolas de samba vencedoras dos últimos carnavais no Rio de Janeiro e em São Paulo,


O que é

O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.

História do Carnaval
O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem europeia.

No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.

No século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.

A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.

 Bonecos gigantes em Recife
 O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.

Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das principais atrações desta cidade durante o carnaval.

Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.

Você sabia?

- As fantasias de carnaval mais usadas durante a festa brasileira são provenientes de personagens do teatro popular de comédia italiano dos séculos XVI ao XVIII. São eles: Pierrot, Colombina e Arlequim.

- O livro Guinness de Recordes Mundiais apresenta o Carnaval do RIo de Janeiro como sendo o maior do mundo. De acordo com o livro, a festa popular tem a participação de cerca de 2 milhões de foliões por dia.

Escolas de Samba Vencedoras nos Últimos Carnavais no Rio de Janeiro :

1998 - Mangueira e Beija-Flor
1999 - Imperatriz Leopoldinese
2000 - Imperatriz Leopoldinese
2001 - Imperatriz Leopoldinese
2002 - Mangueira
2003 - Beija-Flor
2004 - Beija Flor
2005 - Beija-Flor
2006 - Unidos de Vila Isabel
2007 - Beija-Flor
2008 - Beija-Flor
2009 - Acadêmicos do Salgueiro
2010 - Unidos da Tijuca
2011 - Beija-Flor
2012 - Unidos da Tijuca
2013 - Unidos de Vila Isabel
2014 - Unidos da Tijuca

Escolas de Samba Vencedoras nos Últimos Carnavais em São Paulo:

1998 - Vai-Vai
1999 - Vai-Vai, Gaviões da Fiel
2000 - Vai-Vai, X-9 Paulistana
2001 - Vai-Vai, Nenê de Vila Matilde
2002 - Gaviões da Fiel
2003 - Gaviões da Fiel
2004 - Mocidade Alegre
2005 - Império de Casa Verde
2006 - Império de Casa Verde
2007 - Mocidade Alegre
2008 - Vai-Vai
2009 - Mocidade Alegre
2010 - Rosas de Ouro
2011 - Vai-Vai
2012 - Mocidade Alegre
2013 - Mocidade Alegre
2014 - Mocidade Alegre




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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Jeep Renegade será feito no Brasil fábrica em Goiana Pernambuco

Pré-História



Pré-História
As fases da Pré-História, cultura e arte pré-histórica, Paleolítico (Idade da Pedra Lascada ), Mesolítico, Neolítico (Idade da Pedra Polida), a vida dos homens das cavernas, nômades e sedentários, origem da agricultura, arte rupestre, resumo

Introdução

Podemos definir a pré-história como um período anterior ao aparecimento da escrita. Portanto, esse período é anterior há 4000 a.C, pois foi por volta deste ano que os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme.

Foi uma importante fase, pois o homem conseguiu vencer as barreiras impostas pela natureza e prosseguir com o desenvolvimento da humanidade na Terra. O ser humano foi desenvolvendo, aos poucos, soluções práticas para os problemas da vida. Com isso, inventando objetos e soluções a partir das necessidades. Ao mesmo tempo foi desenvolvendo uma cultura muito importante. Esse período pode ser dividido em três fases: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.


Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada

Nesta época, o ser humano habitava cavernas, muitas vezes tendo que disputar este tipo de habitação com animais selvagens. Quando acabavam os alimentos da região em que habitavam, as famílias tinham que migrar para uma outra região. Desta forma, o ser humano tinha uma vida nômade (sem habitação fixa). Vivia da caça de animais de pequeno, médio e grande porte, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Usavam instrumentos e ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e pedras. Os bens de produção eram de uso e propriedade coletivas.

Nesta fase, os seres humanos se comunicavam com uma linguagem pouco desenvolvida, baseada em pouca quantidade de sons, sem a elaboração de palavras. Uma das formas de comunicação eram as pinturas rupestres. Através deste tipo de arte, o homem trocava idéias e demonstrava sentimentos e preocupações cotidianas.


Mesolítico

Neste período intermediário, o homem conseguiu dar grandes passos rumo ao desenvolvimento e à sobrevivência de forma mais segura. O domínio do fogo foi o maior exemplo disto. Com o fogo, o ser humano pôde espantar os animais, cozinhar a carne e outros alimentos, iluminar sua habitação além de conseguir calor nos momentos de frio intenso. Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência com relação a natureza. Com esses avanços, foi possível a sedentarização, pois a habitação fixa tornou-se uma necessidade.


Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por sexo dentro das comunidades. Enquanto o homem ficou responsável pela proteção e sustento das famílias, a mulher ficou encarregada de criar os filhos e cuidar da habitação.


Neolítico ou Idade da Pedra Polida

Nesta época o homem atingiu um importante grau de desenvolvimento e estabilidade. Com a sedentarização,  a criação de animais e a agricultura em pleno desenvolvimento, as comunidades puderam trilhar novos caminhos. Um avanço importante foi o desenvolvimento da metalurgia. Criando objetos de metais, tais como, lanças, ferramentas e machados, os homens puderam caçar melhor e produzir com mais qualidade e rapidez. A produção de excedentes agrícolas e sua armazenagem, garantiam o alimento necessário para os momentos de seca ou inundações. Com mais alimentos, as comunidades foram crescendo e logo surgiu a necessidade de trocas com outras comunidades. Foi nesta época que ocorreu um intenso intercâmbio entre vilas e pequenas cidades. A divisão de trabalho, dentro destas comunidades, aumentou ainda mais, dando origem ao trabalhador especializado.

Idade dos Metais

Considerada a última fase do Neolítico, a Idade dos Metais marca o início da dominação dos metais por parte das primeiras sociedades sedentárias da Pré-História. No entanto, qual a importância de se ressaltar esse tipo de descoberta humana? O que podemos frisar é que a utilização dos metais foi de fundamental importância para algumas das sociedades que surgiram durante a Antiguidade.

Através do domínio de técnicas de fundição, o homem teve condições de criar instrumentos mais eficazes para o cultivo agrícola, derrubada de florestas e a prática da caça. Além disso, o domínio sobre os metais teve influência nas disputas entre as comunidades que competiam pelo controle das melhores pastagens e áreas férteis. Dessa maneira, as primeiras guerras e o processo de dominação de uma comunidade sobre outra contou com o desenvolvimento de armas de metal.

O primeiro tipo de metal utilizado foi o cobre. Com o passar dos anos o estanho também foi utilizado como outro recurso na fabricação de armas e utensílios. Com a junção desses dois metais, por volta de 3000 a.C., tivemos o aparecimento do bronze. Só mais tarde é que se tem notícia da descoberta do ferro. Manipulado por comunidades da Ásia Menor, cerca de 1500 a.C., o ferro teve um lento processo de propagação. Isso se deu porque as técnicas de manipulação da liga de ferro eram de difícil aprendizado.

Contando com sua utilização, observamos que a maior resistência dos produtos e materiais metálicos teve grande importância na consolidação das primeiras grandes civilizações do Mundo Antigo. Assim, o uso do metal pôde influenciar tanto na expansão, como no desaparecimento de determinadas civilizações.

Evolução do Homem na Pré-história (principais espécies)

- Australopithecus

- Pithecanthropus erectus

- Homem de Neandertal

- Homem de Cro-Magnon - Homo Sapiens






Civilizações Hidráulicas / Egito e Mesopotâmia


Civilização Hidráulica/ Egito e Mesopotâmia
InfoEscola

Por Antonio Gasparetto Junior  
Civilização Hidráulica é um termo que faz referência às civilizações que viveram na Mesopotâmia e no Antigo Egito.
O conceito de modo de produção asiático  está inserido na teoria marxista, nele estaria a explicação para sociedades que viviam suas organizações sociais e econômicas baseadas nos benefícios que as margens de grandes rios oferecia. Desta forma, haveria uma grande dependência desses povos em relação à condição dos rios margeados.

O Egito e a Mesopotâmia constituíram-se em duas civilizações que se desenvolveram com relações íntimas com os rios de seus respectivos territórios. Cada qual em sua região, a vida de suas comunidades foi toda planejada e dependente das variações de seus rios. No caso do Egito, o rio que marcou o nascimento e a vida do Império Antigo foi o Nilo, um dos maiores rios do mundo. Já a Mesopotâmia representa através de seu próprio nome, que significa entre rios, a importâncias desses fluxos de água para sua comunidade. Os mesopotâmios residiam e se aproveitavam dos benefícios oferecidos entre os rios Tigre e Eufrates.

As variações dos rios que caracterizavam tais sociedades determinavam o ritmo da economia e de suas produções. Para administrar as cheias sazonais, os habitantes que viviam nas margens desses rios desenvolveram várias técnicas para aprimorar os benefícios. Eram necessários trabalhos de irrigação que permitiam utilizar as terras com mais qualidade para agricultura.

De acordo com a teoria marxista, o domínio dessas técnicas e a importância das cheias dos rios para a economia das comunidades determinavam a estrutura política das mesmas. A complexidade de tal sistema resultaria em um estado de servidão que era baseado em um forte governo centralizado, responsável por administrar todo o povo e distribuir os excedentes da agricultura.

O conceito de Civilização Hidráulica foi expandido e, hoje, não está mais restrito às civilizações do Egito e da Mesopotâmia. Essa mesma noção de grande dependência dos rios e sua notória influência na vida da comunidade é utilizada também para explicar duas outras grandes sociedades que se organizaram em torno de rios: a China e a Índia. No primeiro caso, os chineses organizaram a vida social e econômica em torno dos rios Amarelo e Yang-Tsé. Já a Índia se estruturou com base nos rios Indo e Ganges.

Atualmente, a teoria marxista que explica o modo de produção asiático vem sendo questionada. Novas descobertas arqueológicas colocam em questão a organização de tais sociedades e suas relações com os rios. A maneira rígida apresentada pelos marxistas de grande dependência dos benefícios dos fluxos de água e a implicância que possuíam na organização social parece que não estava tão correta como se imaginava. É certo que tais sociedades possuíam íntima relação com os rios e deles dependiam para grande parte de sua produção, mas acredita-se que a organização política e social possuía características mais complexas e uma realidade mais dinâmica.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Civilizações_Hidráulicas