Risco de pedido de impeachment de Dilma prosperar dobra, diz consultoria
ECONOMIA & NEGÓCIOS
09 Fevereiro 2015
Temor de analistas do mercado financeiro é de que a crise política contamine ainda mais a economia, dificultando o ajuste fiscal
Dilma, na posse do ministro a Secretaria de Assuntos Estrategicos, Mangabeira Unger: popularidade em queda (Foto: Ed Ferreira/Estadão)
Dilma, na posse do ministro de Assuntos Estrategicos, Mangabeira Unger (Foto: Ed Ferreira/Estadão)
Em relatório a clientes nesta segunda-feira, 9, a empresa de consultoria política Arko Advice calcula que a probabilidade de um pedido de impeachment prosperar dobrou desde a semana passada e agora chega a 30%
O risco era ao redor de 15% antes da pesquisa Datafolha mostrar no fim de semana que a popularidade da presidente Dilma Rousseff despencou.
O porcentual de risco atual, “embora pequeno, é significativo”, dizem os analistas da Arko Advice, lembrando no relatório que já existe nas redes sociais a convocação de uma manifestação pró-impeachment para o dia 15 de março.
Independentemente de se colocar um número para o risco de Dilma enfrentar um processo de impeachment, que hoje ainda não deveria ser o cenário base de investidores e empresários, os ruídos causados por notícias relacionadas a esse tema vão tornar o ambiente macroeconômico muito mais difícil.
Qual o empresário que, em meio à uma forte desaceleração da atividade e projeções de retração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, decidirá investir e contratar mão de obra vendo crescer à frente o risco de um impeachment da presidente?
Caso o barulho político comece a contaminar os preços dos ativos brasileiros, como os investidores de longo prazo vão reagir? E o capital externo?
Para além das notícias de isolamento de Dilma nas suas relações com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o Partido dos Trabalhadores, é interessante observar que ataques e críticas veladas ao seu governo começam a vir não somente da oposição.
Não passou em branco o artigo publicado na edição de domingo da Folha de S. Paulo pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o qual teria sido indicado por Lula para vários cargos no governo Dilma, os mais recentes incluindo o comando do Ministério da Fazenda e também da Petrobrás, como a imprensa vem divulgando há tempos em notas de bastidor.
Sempre comedido na escolha das suas palavras, Meirelles começa o seu texto, cujo foco seria eventos externos, desta maneira: “Com recessão, apagão, seca e petrolão …”. Ele arremata o artigo assim: “O caminho passa por uma administração profissional de governos e estatais, uma regulação pró-competição que dê condições aos empresários de empreenderem e gerar crescimento e emprego, um bom funcionamento do sistema de preços e a maior transparência possível.”
Isso sem falar no artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, publicado na edição de 1º de fevereiro de O Estado de S. Paulo, o qual pedia: “Resta, portanto, a Justiça. Que ela leve adiante a purga; que não se ponham obstáculos insuperáveis ao juiz, aos procuradores, delegados ou à mídia. Que tenham a ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas, desde que efetivamente culpados.”
Ou ainda no parecer do advogado Ives Gandra Martins dando sustentação jurídica a um pedido de impeachment.
O cerco à Dilma saiu da oposição, começa a migrar para políticos ligados a “aliados”, como o ex-presidente Lula, e agora passa a ter o termômetro da avaliação popular.
Aliás, não se esperava que a deterioração do índice de popularidade, assim como a disparada na avaliação ruim/péssima, da presidente fosse tão rápida mal tendo começado seu segundo mandato.
A avaliação ótimo/bom de Dilma despencou de 42% na pesquisa anterior para 23% no levantamento divulgado no fim de semana, enquanto a nota ruim/péssimo subiu de 24% para 44%.
A piora das perspectivas para a economia brasileira – com o temor de inflação em alta, de recessão e do aumento do desemprego – explica em boa parte o sentimento negativo das pessoas ouvidas pelo Datafolha.
Mas não só isso: tem também o desgaste com o crescente risco do racionamento de água e de energia elétrica e o sentimento de que, com as medidas amargas do ajuste fiscal, especialmente com o corte de benefícios trabalhistas e elevação da carga tributária, Dilma fez exatamente o contrário do que prometeu na campanha eleitoral.
Para agravar a situação, as denúncias publicadas com a investigação da Operação Lava Jato sobre o esquema de corrupção na Petrobras azedaram o humor em relação ao PT e ao governo.
É nesse contexto econômico e político que dá para entender o porquê de a Arko Advice ter dobrado a probabilidade de um pedido de impeachment da presidente Dilma prosperar.
E o cenário à frente não é promissor. Isso porque, com a divulgação do depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, haverá maior turbulência política a partir de futuras fases da Lava Jato, quando os investigadores passarem a detalhar quais políticos receberam doações ilegais para as suas campanhas eleitorais.
Barusco disse, em delação premiada ao Ministério Público Federal, que o PT recebeu até US$ 200 milhões entre 2003 e 2013 em propinas provenientes de contratos da Petrobrás.
O que preocupa a investidores e analistas no ambiente de fragilidade política de Dilma Rousseff é a sua implicação para a determinação da presidente em levar adiante uma correção nos rumos macroeconômicos.
Interlocutores desta coluna concordam que a economia, comandada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pode ser a tábua de salvação da presidente.
Mas o próprio Levy já não goza da mesma lua de mel com o mercado de quando começou a anunciar as medidas para obter a meta de superávit primário de 1,2% do PIB em 2015.
No auge do bom humor do mercado com Levy e com o Brasil, o dólar bateu, no dia 22 de janeiro, a cotação mínima de 2014, a R$ 2,5570. Por volta das 11 horas na manhã desta segunda-feira, a moeda americana era cotada a R$ 2,7900.
No fechamento do dia 21 de janeiro, a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro 2017 – um indicador da percepção de risco e também das expectativas em relação à inflação e aos juros – fechou a 12,33%. No nível máximo registrado na sessão de negócios até às 11 horas de hoje, essa taxa bateu 12,78%.
Ou seja, o investidor já não está apostando tanto que Levy irá conseguir atingir o esforço fiscal prometido para 2015 nem que domará a inflação.
E esse é o problema que o Brasil pode ter de enfrentar no curto prazo: a política contaminando a economia, que por sua vez agravará mais o ambiente político.
(fabio.alves@estadao.com)
* Fábio Alves é jornalista do Broadcast
http://economia.estadao.com.br/
Konstantinos - Uranus
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Tesoureiro do PT depõe na PF; delator fala em propina de até US$200 mi ao partido
Tesoureiro do PT depõe na PF; delator fala em propina de até US$200 mi ao partido
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Vista da sede da Petrobras no Rio de Janeiro. 04/02/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Por Gustavo Bonato
SÃO PAULO (Reuters) - O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi levado nesta quinta-feira pela Polícia Federal para prestar depoimento como parte de nova fase da Operação Lava Jato, diante de informações de que o petista teria arrecadado até 200 milhões de dólares em propina para o partido durante uma década.
Vaccari figura entre suspeitos de operar esquemas de corrupção nomeados pela PF na mais recente rodada da Lava Jato, que em sua nona fase teve desdobramentos na BR Distribuidora, controlada da Petrobras.
"Nós queremos saber informações a respeito de doações que ele solicitou, legais ou ilegais, envolvendo pessoas que mantinham contratos com a Petrobras", disse a repórteres o procurador-regional da República Carlos Fernando Lima, sobre o tesoureiro do partido.
Segundo depoimento do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro José Barusco Filho à PF, mediante delação premiada, o tesoureiro petista teria arrecadado o valor "aproximado de 150 a 200 milhões de dólares" em propinas para o partido sobre cerca de 90 contratos da estatal entre 2003 e 2013.
Em nota, o advogado de Vaccari diz que o PT "não tem caixa dois, nem conta no exterior, que não recebe doações em dinheiro e somente recebe contribuições legais ao partido, em absoluta conformidade com a lei", e que seu cliente "permanece à disposição das autoridades, para prestar todos e quaisquer esclarecimentos".
No mesmo tom, a assessoria de imprensa do PT disse que o partido recebe apenas doações legais e que são declaradas à Justiça Eleitoral.
A PF deu início na manhã desta quinta à nova etapa da Lava Jato, deflagrada após depoimentos de Barusco. A operação investiga lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos, principalmente em contratos de obras da Petrobras.
Cerca de 200 policiais federais, com apoio da Receita Federal, cumpriram 62 mandados judiciais, incluindo prisões e busca e apreensão, em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. O operação fez buscas em 26 empresas, a maior parte delas de fachada, segundo a PF "Tão poderoso quanto (o doleiro Alberto) Youssef seriam poucos (operadores), mas efetivamente são pessoas com muitas relações com agentes públicos, principalmente dentro da Petrobras", disse o procurador Lima.
Os operadores atuavam na intermediação entre pagamento de recursos desviados de empreiteiras e agentes públicos, explicou a PF.
Policiais fizeram buscas e apreenderam grande quantidade de dinheiro em endereços de uma empresa em Itajaí (SC).
"É uma empresa de construção de tanques de combustível e também de caminhões tanque. Ela tem contratos com a BR Distribuidora. É uma segunda vertente de investigação", afirmou o delegado da PF Igor Romário de Paula.
Segundo o Ministério Público, os desvios envolvendo a BR Distribuidora ocorreram até 2014.
O procurador Lima disse que ainda não há clareza sobre a data de início dos acontecimentos. "A importância desse fato é que desta vez estamos trabalhando fora das diretorias de Serviços, Abastecimento ou Internacional (da Petrobras). Estamos trabalhando com a BR Distribuidora. Também estamos trabalhando com fatos que aconteceram até o ano passado", disse ele.
Fases anteriores da Lava Jato já resultaram nas prisões dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró, e de altos executivos de importantes empreiteiras do país.
A Petrobras, que está no centro de um escândalo bilionário de corrupção, comunicou na quarta-feira a renúncia da presidente Maria das Graças Foster e de cinco diretores. A decisão surpreendeu integrantes do governo, uma vez que a saída da diretoria estava prevista apenas para o fim do mês.
Em comunicado, a empresa informou que novos executivos serão eleitos na sexta-feira em reunião do Conselho de Administração. Continuação...
(Reportagem adicional de Caroline Stauffer, Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro; Jeferson Ribeiro em Brasília)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Vista da sede da Petrobras no Rio de Janeiro. 04/02/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Por Gustavo Bonato
SÃO PAULO (Reuters) - O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi levado nesta quinta-feira pela Polícia Federal para prestar depoimento como parte de nova fase da Operação Lava Jato, diante de informações de que o petista teria arrecadado até 200 milhões de dólares em propina para o partido durante uma década.
Vaccari figura entre suspeitos de operar esquemas de corrupção nomeados pela PF na mais recente rodada da Lava Jato, que em sua nona fase teve desdobramentos na BR Distribuidora, controlada da Petrobras.
"Nós queremos saber informações a respeito de doações que ele solicitou, legais ou ilegais, envolvendo pessoas que mantinham contratos com a Petrobras", disse a repórteres o procurador-regional da República Carlos Fernando Lima, sobre o tesoureiro do partido.
Segundo depoimento do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro José Barusco Filho à PF, mediante delação premiada, o tesoureiro petista teria arrecadado o valor "aproximado de 150 a 200 milhões de dólares" em propinas para o partido sobre cerca de 90 contratos da estatal entre 2003 e 2013.
Em nota, o advogado de Vaccari diz que o PT "não tem caixa dois, nem conta no exterior, que não recebe doações em dinheiro e somente recebe contribuições legais ao partido, em absoluta conformidade com a lei", e que seu cliente "permanece à disposição das autoridades, para prestar todos e quaisquer esclarecimentos".
No mesmo tom, a assessoria de imprensa do PT disse que o partido recebe apenas doações legais e que são declaradas à Justiça Eleitoral.
A PF deu início na manhã desta quinta à nova etapa da Lava Jato, deflagrada após depoimentos de Barusco. A operação investiga lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos, principalmente em contratos de obras da Petrobras.
Cerca de 200 policiais federais, com apoio da Receita Federal, cumpriram 62 mandados judiciais, incluindo prisões e busca e apreensão, em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. O operação fez buscas em 26 empresas, a maior parte delas de fachada, segundo a PF "Tão poderoso quanto (o doleiro Alberto) Youssef seriam poucos (operadores), mas efetivamente são pessoas com muitas relações com agentes públicos, principalmente dentro da Petrobras", disse o procurador Lima.
Os operadores atuavam na intermediação entre pagamento de recursos desviados de empreiteiras e agentes públicos, explicou a PF.
Policiais fizeram buscas e apreenderam grande quantidade de dinheiro em endereços de uma empresa em Itajaí (SC).
"É uma empresa de construção de tanques de combustível e também de caminhões tanque. Ela tem contratos com a BR Distribuidora. É uma segunda vertente de investigação", afirmou o delegado da PF Igor Romário de Paula.
Segundo o Ministério Público, os desvios envolvendo a BR Distribuidora ocorreram até 2014.
O procurador Lima disse que ainda não há clareza sobre a data de início dos acontecimentos. "A importância desse fato é que desta vez estamos trabalhando fora das diretorias de Serviços, Abastecimento ou Internacional (da Petrobras). Estamos trabalhando com a BR Distribuidora. Também estamos trabalhando com fatos que aconteceram até o ano passado", disse ele.
Fases anteriores da Lava Jato já resultaram nas prisões dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró, e de altos executivos de importantes empreiteiras do país.
A Petrobras, que está no centro de um escândalo bilionário de corrupção, comunicou na quarta-feira a renúncia da presidente Maria das Graças Foster e de cinco diretores. A decisão surpreendeu integrantes do governo, uma vez que a saída da diretoria estava prevista apenas para o fim do mês.
Em comunicado, a empresa informou que novos executivos serão eleitos na sexta-feira em reunião do Conselho de Administração. Continuação...
(Reportagem adicional de Caroline Stauffer, Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro; Jeferson Ribeiro em Brasília)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Estado Islâmico vende, crucifica e enterra crianças vivas no Iraque, diz ONU
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Várias pessoas da minoria yazidi, fugidas da violência na cidade iraquiana de Sinjar, fazem fila para receber alimentos num acampamento nos arredores da província de Dohuk, em setembro. 13/09/2014 REUTERS/Ari Jalal
Por Stephanie Nebehay
GENEBRA (Reuters) - Militantes do Estado Islâmico estão vendendo crianças iraquianas sequestradas em mercados como escravos sexuais e matando outras, inclusive crucificando e enterrando vivas, denunciou uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira.
Meninos iraquianos menores de 18 anos estão sendo cada vez mais usados pelo grupo radical como homens-bomba, fabricantes de bomba, informantes ou escudos humanos para proteger instalações contra ataques aéreos conduzidos pelos Estados Unidos, afirmou o Comitê das Nações Unidas para os Direitos da Criança.
"Realmente estamos profundamente preocupados com a tortura e o assassinato destas crianças, especialmente daquelas que pertencem a minorias, mas não só das minorias", disse Renate Winter, especialista do comitê, em boletim à imprensa. "A abrangência do problema é enorme."
Crianças da seita yazidi ou de comunidades cristãs, mas também xiitas e sunitas, têm sido vítimas, disse ela.
"Temos tido relatos de crianças, especialmente crianças com problemas mentais, que foram usadas como homens-bomba, muito provavelmente sem sequer entender a situação", declarou Winter à Reuters. "Foi publicado um vídeo (na Internet) que mostrava crianças de muito pouca idade, aproximadamente 8 anos ou mais novas, já sendo treinadas para serem soldados."
O Estado Islâmico é uma dissidência da Al Qaeda que declarou um califado islâmico em partes da Síria e do Iraque em meados do ano passado e já matou e expulsou de casa milhares de pessoas. Na terça-feira, o grupo divulgou um vídeo que mostra um piloto jordaniano capturado sendo queimado vivo.
O organismo da ONU denunciou "a matança sistemática de crianças pertencentes a minorias religiosas e étnicas cometida pelo assim chamado Estado Islâmico, incluindo vários casos de execuções coletivas de meninos, assim como relatos de crianças decapitadas, crucificadas e enterradas vivas".
Um grande número de crianças foi morto ou ficou seriamente ferido durante ataques aéreos ou bombardeios das forças de seguranças iraquianas, e outras morreram de "desidratação, inanição e calor", afirma a entidade. O Estado Islâmico cometeu "violência sexual sistemática", inclusive "o sequestro e a escravização sexual de crianças".
"Crianças de minorias têm sido capturadas em vários lugares... vendidas no mercado com etiquetas, etiquetas de preço nelas, foram vendidas como escravas", disse Winter.
Os 18 especialistas independentes que elaboraram o relatório pediram às autoridades iraquianas que adotem todas as medidas necessárias para "resgatar as crianças" sob controle do grupo militante e processar os perpetradores dos crimes.
(Reportagem adicional de Marina Depetris)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Nadia Comăneci a grande estrela das olímpiadas de Montreal 1976
Nadia Comăneci
Nadia Elena Comăneci é uma ex-ginasta romena, que disputou a modalidade artística e é ainda hoje tida como um ídolo mundial esportivo. Wikipédia
Nascimento: 12 de novembro de 1961 (53 anos), Oneşti, Romênia
Altura: 1,62 m
Há mais de 30 anos, alcançar a perfeição na ginástica era algo tão impensável que o placar do ginásio em Montreal, no Canadá, simplesmente não tinha espaço para quatro algarismos (10,00) e a jovem atleta posou para fotos ao lado do painel que exibia a nota 10.0
O show da romena em terras canadenses ainda contaria com outras seis 'notas 10' nos dias seguintes de competições. No total, foram três medalhas de ouro (barras assimétricas, trave de equilíbrio e por equipes), além de uma prata e um bronze.
A inovação dos movimentos de Nadia é até hoje lembrada na ginástica. Um de seus movimentos recebeu o nome de “Comaneci salto“, e é tido como um dos mais complexos da modalidade pela FIG (Federação Internacional de Ginástica). A ideia do movimento surgiu depois um erro durante práticas da ginasta ao lado do técnico Bela Karolyi.
“Um elemento que nunca foi feito antes é criado sem querer'', explicou a ginasta ao jornal The Guardian. “Tentei fazer algo que já está no plano de pontuação, como um salto da barra baixa para a barra alta. Então cometi um errinho e acabei acertando o pé na barra inferior. Neste momento, Bela disse 'acho que você devia voltar pra mesma barra. Vamos ver se pode ser feito'''.
Segura de seu lugar na história e do que realizou naqueles Jogos em Montreal, Nadia brinca: “Eu não sei o que pode ser feito na lua, mas nas barras assimétricas e na trave de equilíbrio, eu sei tudo o que se pode fazer''.
Dilma aceita pedido de demissão de CEO da Petrobras, diz fonte do governo
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Presidente-executiva da Petrobras, Graça Foster, chega a aeroporto de Brasília após encontro com a presidente Dilma Rousseff 3/02/ 2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Luciana Otoni
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff aceitou o pedido de demissão da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e procura definir um nome para ocupar o cargo ainda em fevereiro, disse nesta terça-feira uma fonte do governo.
A Petrobras está no epicentro da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um escândalo bilionário de corrupção que envolve ex-empregados, executivos de empreiteiras e políticos.
"Graça Foster vinha já há um tempo manifestando o desejo de deixar a empresa. Dessa vez, a presidente aceitou", afirmou a fonte à Reuters sob condição de anonimato.
O governo busca um executivo para comandar a estatal que preferencialmente seja ligado ao setor, afirmou a fonte, acrescentando que Dilma também quer realizar mudanças em algumas diretorias da estatal. O objetivo é ter uma nova diretoria composta por nomes do mercado e também da empresa, disse a fonte.
A mudança na diretoria da Petrobras é aguardada há meses, mas Dilma vinha, até então, defendendo a manutenção de Graça, de quem é amiga pessoal. Dilma e a executiva da Petrobras estiveram reunidas nesta terça-feira no Palácio do Planalto, em Brasília, por quase duas horas, acertando as condições da mudança no comando da companhia.
"O governo quer uma transição segura", disse a fonte, acrescentando que Dilma pretende definir o substituto ainda em fevereiro.
No entanto, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, negou no início da noite que a troca de comando da Petrobras tenha sido decidida na reunião desta terça-feira.
"O que eu posso dizer é que essa questão não foi decidida na reunião entre ela (Dilma) e Graça", afirmou o ministro a jornalistas, após ser questionado sobre a demissão da CEO da Petrobras.
Presidente-executiva da Petrobras, Graça Foster, chega a aeroporto de Brasília após encontro com a presidente Dilma Rousseff 3/02/ 2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
1 de 1Versão na íntegra
Após o encontro, Graça se limitou a dizer a jornalistas que a reunião tinha sido "muito boa", e não comentou os rumores de sua demissão.
A eventual saída de Graça do comando da petroleira repercutiu no mercado.
As ações preferenciais da companhia fecharam em alta de 15,47 por cento, para 10 reais, na máxima da sessão. O Ibovespa, que reúne os principais papéis do mercado acionário do país, teve alta de 2,76 por cento.
A Petrobras divulgou na semana passada o balanço não auditado do terceiro trimestre de 2014 citando avaliações internas de que 88 bilhões de reais em ativos estariam supervalorizados devido a corrupção e falhas administrativas.
Mas o balanço não incluiu nenhuma baixa contábil relacionada às denúncias de corrupção, e a petroleira alegou dificuldade para separar as baixas resultantes de corrupção daquelas decorrentes de outros fatores.
De acordo com a fonte do governo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi escalado por Dilma para sondar nomes para a presidência da Petrobras e para ocupar o Conselho de Administração da empresa.
A Petrobras não respondeu aos pedidos da Reuters para comentar o assunto.
(Reportagem adicional de Jeferson Ribeiro e Ueslei Marcelino, em Brasília; e de Marta Nogueira, no Rio de Janeiro)
Presidente-executiva da Petrobras, Graça Foster, chega a aeroporto de Brasília após encontro com a presidente Dilma Rousseff 3/02/ 2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Luciana Otoni
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff aceitou o pedido de demissão da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e procura definir um nome para ocupar o cargo ainda em fevereiro, disse nesta terça-feira uma fonte do governo.
A Petrobras está no epicentro da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um escândalo bilionário de corrupção que envolve ex-empregados, executivos de empreiteiras e políticos.
"Graça Foster vinha já há um tempo manifestando o desejo de deixar a empresa. Dessa vez, a presidente aceitou", afirmou a fonte à Reuters sob condição de anonimato.
O governo busca um executivo para comandar a estatal que preferencialmente seja ligado ao setor, afirmou a fonte, acrescentando que Dilma também quer realizar mudanças em algumas diretorias da estatal. O objetivo é ter uma nova diretoria composta por nomes do mercado e também da empresa, disse a fonte.
A mudança na diretoria da Petrobras é aguardada há meses, mas Dilma vinha, até então, defendendo a manutenção de Graça, de quem é amiga pessoal. Dilma e a executiva da Petrobras estiveram reunidas nesta terça-feira no Palácio do Planalto, em Brasília, por quase duas horas, acertando as condições da mudança no comando da companhia.
"O governo quer uma transição segura", disse a fonte, acrescentando que Dilma pretende definir o substituto ainda em fevereiro.
No entanto, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, negou no início da noite que a troca de comando da Petrobras tenha sido decidida na reunião desta terça-feira.
"O que eu posso dizer é que essa questão não foi decidida na reunião entre ela (Dilma) e Graça", afirmou o ministro a jornalistas, após ser questionado sobre a demissão da CEO da Petrobras.
Presidente-executiva da Petrobras, Graça Foster, chega a aeroporto de Brasília após encontro com a presidente Dilma Rousseff 3/02/ 2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
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Após o encontro, Graça se limitou a dizer a jornalistas que a reunião tinha sido "muito boa", e não comentou os rumores de sua demissão.
A eventual saída de Graça do comando da petroleira repercutiu no mercado.
As ações preferenciais da companhia fecharam em alta de 15,47 por cento, para 10 reais, na máxima da sessão. O Ibovespa, que reúne os principais papéis do mercado acionário do país, teve alta de 2,76 por cento.
A Petrobras divulgou na semana passada o balanço não auditado do terceiro trimestre de 2014 citando avaliações internas de que 88 bilhões de reais em ativos estariam supervalorizados devido a corrupção e falhas administrativas.
Mas o balanço não incluiu nenhuma baixa contábil relacionada às denúncias de corrupção, e a petroleira alegou dificuldade para separar as baixas resultantes de corrupção daquelas decorrentes de outros fatores.
De acordo com a fonte do governo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi escalado por Dilma para sondar nomes para a presidência da Petrobras e para ocupar o Conselho de Administração da empresa.
A Petrobras não respondeu aos pedidos da Reuters para comentar o assunto.
(Reportagem adicional de Jeferson Ribeiro e Ueslei Marcelino, em Brasília; e de Marta Nogueira, no Rio de Janeiro)
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Andrei Sakharov
CALENDÁRIO HISTÓRICO
1980: Banido o dissidente soviético Andrei Sakharov
Em 22 de janeiro de 1980, o cientista e dissidente político soviético Andrei Sakharov é banido para Gorki, na União Soviética. Seus contatos com o Ocidente o haviam tornado um incômodo para o governo soviético.
"Naturalmente estou muito emocionado. Este passo tornou-se possível graças à grandiosa proteção internacional. Todos esses anos, fui defendido pelos colegas cientistas, por políticos e amigos, meus filhos e minha mulher." Essas foram as primeiras palavras de Andrei Sakharov ao desembarcar na estação ferroviária de Moscou em 1986.
Mais de cem jornalistas esperavam o famoso dissidente soviético no seu retorno após quase sete anos de desterro em Gorki (hoje Nizhni Novgorod). A libertação do físico nuclear ocorrera por ordem do então chefe do Partido Socialista Unificado (PSU), Mikhail Gorbatchov, que lhe havia comunicado a decisão por telefone.
Gorbatchov queria demonstrar ao mundo que seguia uma política diferente da de seus antecessores, que haviam mandado Sakharov para o isolamento em Gorki, a 22 de janeiro de 1980.
Tiro saiu pela culatra
Gorki, situada a 400 quilômetros de Moscou, era uma cidade proibida para estrangeiros. Ao prender Sakharov, o promotor público lhe disse que seria desterrado para que não tivesse mais contato com correspondentes estrangeiros e seu nome sumisse da imprensa internacional. Devido à sua fama, os líderes comunistas não ousavam simplesmente confiná-lo – como faziam com outros dissidentes.
O plano da KGB (serviço secreto soviético), que organizou e vigiou o desterro para calar o cientista, não deu certo. Políticos ocidentais e intelectuais de todo o mundo exigiam a libertação de Sakharov. Um deles, o dissidente Lev Kopelev, lembra que, ao receber o telefonema de Gorbatchov, Sakharov imediatamente pediu a libertação de outros presos políticos.
A partir de 1988, Sakharov integrou a direção da Academia das Ciências e, em 1989, assumiu o mandato parlamentar na ala dos "reformistas radicais" do Congresso dos Deputados do Povo. Em 14 de dezembro do mesmo ano, faleceu, aos 68 anos de idade, vítima de uma parada cardíaca.
Luta longa por justiça e democracia
Sakharov foi símbolo da coragem civil e da consciência russa. Destemido, lutou pela justiça e pela democracia com cartas abertas, greves de fome e entrevistas à imprensa. Protestou contra o tratamento forçado de presos políticos em clínicas psiquiátricas e ergueu a voz contra a invasão das tropas soviéticas no Afeganistão.
Em 1968, pouco antes de as tropas do Pacto de Varsóvia reprimirem a chamada Primavera de Praga, Sakharov publicou suas Reflexões sobre Progresso, Coexistência Pacífica e Liberdade de Pensamento. Pouco depois, perdeu o emprego de físico.
Por haver atuado no programa nuclear secreto, as autoridades soviéticas o impediram de viajar ao Ocidente. Embora nunca tivesse se filiado ao PSU, a direção do partido o distinguiu com altas condecorações e lhe concedeu inúmeros privilégios nos anos 50 e 60.
Sakharov, no entanto, nunca foi subornável. Lutou contra a tecnologia militar atômica e se engajou na defesa do meio ambiente. Em 1970, criou em Moscou o Comitê "Inoficial" dos Direitos Humanos, baseado nos princípios das Nações Unidas.
Em 1975, Sakharov recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
http://www.dw.de/
1980: Banido o dissidente soviético Andrei Sakharov
Em 22 de janeiro de 1980, o cientista e dissidente político soviético Andrei Sakharov é banido para Gorki, na União Soviética. Seus contatos com o Ocidente o haviam tornado um incômodo para o governo soviético.
"Naturalmente estou muito emocionado. Este passo tornou-se possível graças à grandiosa proteção internacional. Todos esses anos, fui defendido pelos colegas cientistas, por políticos e amigos, meus filhos e minha mulher." Essas foram as primeiras palavras de Andrei Sakharov ao desembarcar na estação ferroviária de Moscou em 1986.
Mais de cem jornalistas esperavam o famoso dissidente soviético no seu retorno após quase sete anos de desterro em Gorki (hoje Nizhni Novgorod). A libertação do físico nuclear ocorrera por ordem do então chefe do Partido Socialista Unificado (PSU), Mikhail Gorbatchov, que lhe havia comunicado a decisão por telefone.
Gorbatchov queria demonstrar ao mundo que seguia uma política diferente da de seus antecessores, que haviam mandado Sakharov para o isolamento em Gorki, a 22 de janeiro de 1980.
Tiro saiu pela culatra
Gorki, situada a 400 quilômetros de Moscou, era uma cidade proibida para estrangeiros. Ao prender Sakharov, o promotor público lhe disse que seria desterrado para que não tivesse mais contato com correspondentes estrangeiros e seu nome sumisse da imprensa internacional. Devido à sua fama, os líderes comunistas não ousavam simplesmente confiná-lo – como faziam com outros dissidentes.
O plano da KGB (serviço secreto soviético), que organizou e vigiou o desterro para calar o cientista, não deu certo. Políticos ocidentais e intelectuais de todo o mundo exigiam a libertação de Sakharov. Um deles, o dissidente Lev Kopelev, lembra que, ao receber o telefonema de Gorbatchov, Sakharov imediatamente pediu a libertação de outros presos políticos.
A partir de 1988, Sakharov integrou a direção da Academia das Ciências e, em 1989, assumiu o mandato parlamentar na ala dos "reformistas radicais" do Congresso dos Deputados do Povo. Em 14 de dezembro do mesmo ano, faleceu, aos 68 anos de idade, vítima de uma parada cardíaca.
Luta longa por justiça e democracia
Sakharov foi símbolo da coragem civil e da consciência russa. Destemido, lutou pela justiça e pela democracia com cartas abertas, greves de fome e entrevistas à imprensa. Protestou contra o tratamento forçado de presos políticos em clínicas psiquiátricas e ergueu a voz contra a invasão das tropas soviéticas no Afeganistão.
Em 1968, pouco antes de as tropas do Pacto de Varsóvia reprimirem a chamada Primavera de Praga, Sakharov publicou suas Reflexões sobre Progresso, Coexistência Pacífica e Liberdade de Pensamento. Pouco depois, perdeu o emprego de físico.
Por haver atuado no programa nuclear secreto, as autoridades soviéticas o impediram de viajar ao Ocidente. Embora nunca tivesse se filiado ao PSU, a direção do partido o distinguiu com altas condecorações e lhe concedeu inúmeros privilégios nos anos 50 e 60.
Sakharov, no entanto, nunca foi subornável. Lutou contra a tecnologia militar atômica e se engajou na defesa do meio ambiente. Em 1970, criou em Moscou o Comitê "Inoficial" dos Direitos Humanos, baseado nos princípios das Nações Unidas.
Em 1975, Sakharov recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
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Teoria da História (Uma análise da História)
Teoria da História (Uma análise da História)
Por Pedro Augusto
A Teoria da Historia é um campo de estudo que busca entender as diversas teorias que envolve o conhecimento Histórico. Justamente por não ter uma concepção única de analisar o passado, todas essas teorias alimentam vários debates entres várias concepções. As correntes mais famosas, e principais são elas: Positivismo, Marxismo. Escola dos Annales, Nova História, Microhistória.
O Positivismo foi elaborado por Augusto Comte no século XIX. Tal teoria acreditava que os pesquisadores deveriam encontrar um fator que determinasse a verdadeira história, ela seria indiscutível e encontrada nos documentos governamentais, que por isso, nunca estariam errados. De acordo com esse pensamento, apenas as histórias politicas teriam importância de serem verificadas. Além disso, defende a ideia que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro, podendo-se afirmar que uma teoria é verdadeira apenas se a mesma for comprovada através de métodos científicos válidos. Assim, os positivistas, excluem tudo o que se refere a crenças, supertições, ou qualquer outra coisa que não possa ser comprovada cientificamente. Toda essa devoção à ciência fez com que com o Positivismo fosse considerado como “a religião da humanidade”.
História Marxista
Por Antonio Gasparetto Junior
A História Marxista consiste em uma forma de escrever a História baseada numa filosofia da História com traços economicistas.
Filosofia da História e História da Filosofia são termos semelhantes, entretanto bem diferentes. Enquanto a História da Filosofia se preocupa em contar os fatos da história da Filosofia, a Filosofia da História se preocupa em explicar como se desenvolve a história. No século XVIII, simultaneamente com o crescimento em importância e notoriedade da ciência História, a Filosofia da História foi tema ao qual muitos pensadores dedicaram suas reflexões. Surgindo várias concepções de progresso histórico.
Entre os vários pensadores que investiram esforços em explicar a lógica do progresso da História, destacou-se a escola alemã de filosofia, de onde vieram várias formulações filosóficas sobre a História. Entre eles estava Karl Marx.
O filósofo alemão Karl Marx baseou sua explicação histórica para as relações sociais em pilares economicistas. Segundo Marx, é a economia que interfere na vida social em todas as suas formas, gerando frutos em sua conseqüência. Para explicar o impacto da economia na vida social, Marx utiliza-se de ferramentas como o materialismo dialético e o caráter teleológico.
O materialismo dialético consiste em ler a história baseando-se na constante luta de classes. Dessa forma, sempre há uma classe dominante e uma classe dominada, sendo que ambas estão em confronto de interesses, já que uma explora a outra. Esse embate seria o motor da história, através do qual se daria o progresso da história e seria a origem das transformações na estrutura.
O caráter teleológico consiste em considerar o final da história como algo previamente conhecido. Como Karl Marx postulava o Comunismo e, segundo o pensador, este só seria alcançado através da tomada do poder pelo proletariado e após passar por etapas necessárias, fica aparente para Marx que o final da história se dá em uma sociedade comunista.
Essa forma de conceber o progresso da história foi absorvida pela historiografia de corrente marxista. A História Marxista é escrita baseando-se em critérios econômicos e considerando a permanente luta de classes na sociedade. A escola marxista na escrita da História dominou durante muito tempo no século XX. A História Marxista continua recorrente, mas hoje se considera outras formas de se escrever História além da visão marxista, como é o caso da observação cultural, da Micro-História ou da recente História Aventureira.
O modo de se pensar a História como construída através de etapas, ressaltando a luta de classes e considerando-a teleológica tem suas limitações. Após ser muito utilizado e predominante, os historiadores perceberam que tal modo não dava conta de responder certos aspectos da vida social. É bem verdade que o método marxista não é unicamente economicista, por isso mesmo o marxismo se diversificou na História apresentando novas formulações com intenção de responder as questões que ficavam de fora do grosso modo da teoria. Assim surgem a História Social e a História Social da Cultura, por exemplo.
A Escola dos Annales ( Por Pedro Augusto CONTINUANDO)
A Escola dos Annales é uma corrente historiográfica nascida na França, em torno da revista “Annales d'histoire économique et sociale”, e criada por Marc Bloch e Lucien Febvre que acreditavam que era insuficientes a forma com que a história era tratada. Apesar disso, não foram os primeiros a propor novas abordagens a História. Tal corrente se destaca por incorporar métodos das Ciências Sociais à História, o que ampliou o quadro das pesquisas históricas com a incorporação de atividades até então pouco investigadas, rompendo assim com a compartimentação das Ciências Sociais (História, Sociologia, Psicologia, Economia, Geografia) e privilegiando os métodos pluridisciplinares.
A Nova História é a corrente historiográfica correspondente a terceira geração da “Escola dos Annales”. Surgiu nos anos de 1970 e seu nome derivou da publicação da obra “Fazer a História”, organizadas pelos historiógrafos Jacques Le Goff e Pierre Nova. Tal corrente é acima de tudo a historia das mentalidades. Seus seguidores propõe que se estabeleça uma historia serial das estruturas mentais das sociedades, e cabe ao historiador a análise dos dados.
Microhistoria é um gênero historiográfico que surge com a publicação da coleção “Microstorie”, sob a direção de Carlo Ginzburg e Giovanni Levi entre 1981 e 1988. A proposta de análise histórica defende uma delimitação extrema do tema por parte do historiador (inclusive em termos de espacialidade e de temporalidade). Com todo esse objeto (tema) bem delimitado a análise se desenvolve a partir de uma exploração exaustiva das fontes. O próprio Giovanni Levi conceitua a microhistoria como se fosse um “zoom” em uma fotografia, o pesquisador observa um pequeno espaço ampliado, mas, ao mesmo tempo, tendo em conta o restante da paisagem, apesar de não estar ampliada.
InfoEscola
Por Pedro Augusto
A Teoria da Historia é um campo de estudo que busca entender as diversas teorias que envolve o conhecimento Histórico. Justamente por não ter uma concepção única de analisar o passado, todas essas teorias alimentam vários debates entres várias concepções. As correntes mais famosas, e principais são elas: Positivismo, Marxismo. Escola dos Annales, Nova História, Microhistória.
O Positivismo foi elaborado por Augusto Comte no século XIX. Tal teoria acreditava que os pesquisadores deveriam encontrar um fator que determinasse a verdadeira história, ela seria indiscutível e encontrada nos documentos governamentais, que por isso, nunca estariam errados. De acordo com esse pensamento, apenas as histórias politicas teriam importância de serem verificadas. Além disso, defende a ideia que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro, podendo-se afirmar que uma teoria é verdadeira apenas se a mesma for comprovada através de métodos científicos válidos. Assim, os positivistas, excluem tudo o que se refere a crenças, supertições, ou qualquer outra coisa que não possa ser comprovada cientificamente. Toda essa devoção à ciência fez com que com o Positivismo fosse considerado como “a religião da humanidade”.
História Marxista
Por Antonio Gasparetto Junior
A História Marxista consiste em uma forma de escrever a História baseada numa filosofia da História com traços economicistas.
Filosofia da História e História da Filosofia são termos semelhantes, entretanto bem diferentes. Enquanto a História da Filosofia se preocupa em contar os fatos da história da Filosofia, a Filosofia da História se preocupa em explicar como se desenvolve a história. No século XVIII, simultaneamente com o crescimento em importância e notoriedade da ciência História, a Filosofia da História foi tema ao qual muitos pensadores dedicaram suas reflexões. Surgindo várias concepções de progresso histórico.
Entre os vários pensadores que investiram esforços em explicar a lógica do progresso da História, destacou-se a escola alemã de filosofia, de onde vieram várias formulações filosóficas sobre a História. Entre eles estava Karl Marx.
O filósofo alemão Karl Marx baseou sua explicação histórica para as relações sociais em pilares economicistas. Segundo Marx, é a economia que interfere na vida social em todas as suas formas, gerando frutos em sua conseqüência. Para explicar o impacto da economia na vida social, Marx utiliza-se de ferramentas como o materialismo dialético e o caráter teleológico.
O materialismo dialético consiste em ler a história baseando-se na constante luta de classes. Dessa forma, sempre há uma classe dominante e uma classe dominada, sendo que ambas estão em confronto de interesses, já que uma explora a outra. Esse embate seria o motor da história, através do qual se daria o progresso da história e seria a origem das transformações na estrutura.
O caráter teleológico consiste em considerar o final da história como algo previamente conhecido. Como Karl Marx postulava o Comunismo e, segundo o pensador, este só seria alcançado através da tomada do poder pelo proletariado e após passar por etapas necessárias, fica aparente para Marx que o final da história se dá em uma sociedade comunista.
Essa forma de conceber o progresso da história foi absorvida pela historiografia de corrente marxista. A História Marxista é escrita baseando-se em critérios econômicos e considerando a permanente luta de classes na sociedade. A escola marxista na escrita da História dominou durante muito tempo no século XX. A História Marxista continua recorrente, mas hoje se considera outras formas de se escrever História além da visão marxista, como é o caso da observação cultural, da Micro-História ou da recente História Aventureira.
O modo de se pensar a História como construída através de etapas, ressaltando a luta de classes e considerando-a teleológica tem suas limitações. Após ser muito utilizado e predominante, os historiadores perceberam que tal modo não dava conta de responder certos aspectos da vida social. É bem verdade que o método marxista não é unicamente economicista, por isso mesmo o marxismo se diversificou na História apresentando novas formulações com intenção de responder as questões que ficavam de fora do grosso modo da teoria. Assim surgem a História Social e a História Social da Cultura, por exemplo.
A Escola dos Annales ( Por Pedro Augusto CONTINUANDO)
A Escola dos Annales é uma corrente historiográfica nascida na França, em torno da revista “Annales d'histoire économique et sociale”, e criada por Marc Bloch e Lucien Febvre que acreditavam que era insuficientes a forma com que a história era tratada. Apesar disso, não foram os primeiros a propor novas abordagens a História. Tal corrente se destaca por incorporar métodos das Ciências Sociais à História, o que ampliou o quadro das pesquisas históricas com a incorporação de atividades até então pouco investigadas, rompendo assim com a compartimentação das Ciências Sociais (História, Sociologia, Psicologia, Economia, Geografia) e privilegiando os métodos pluridisciplinares.
A Nova História é a corrente historiográfica correspondente a terceira geração da “Escola dos Annales”. Surgiu nos anos de 1970 e seu nome derivou da publicação da obra “Fazer a História”, organizadas pelos historiógrafos Jacques Le Goff e Pierre Nova. Tal corrente é acima de tudo a historia das mentalidades. Seus seguidores propõe que se estabeleça uma historia serial das estruturas mentais das sociedades, e cabe ao historiador a análise dos dados.
Microhistoria é um gênero historiográfico que surge com a publicação da coleção “Microstorie”, sob a direção de Carlo Ginzburg e Giovanni Levi entre 1981 e 1988. A proposta de análise histórica defende uma delimitação extrema do tema por parte do historiador (inclusive em termos de espacialidade e de temporalidade). Com todo esse objeto (tema) bem delimitado a análise se desenvolve a partir de uma exploração exaustiva das fontes. O próprio Giovanni Levi conceitua a microhistoria como se fosse um “zoom” em uma fotografia, o pesquisador observa um pequeno espaço ampliado, mas, ao mesmo tempo, tendo em conta o restante da paisagem, apesar de não estar ampliada.
InfoEscola
domingo, 1 de fevereiro de 2015
Eleito presidente da Câmara, Cunha defende independência e nega retaliação ao governo
Eleito presidente da Câmara, Cunha defende independência e nega retaliação ao governo
domingo, 1 de fevereiro de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerado desafeto do Palácio do Planalto, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados neste domingo, já no primeiro turno, colocando fim a uma das mais duras campanhas pela presidência da Casa.
Com a vitória, Cunha se torna o segundo na linha da sucessão presidencial, atrás somente do vice-presidente Michel Temer. No cargo, ele também terá papel decisivo na definição da pauta de votações e na decisão sobre outros temas, como a tramitação de processos de cassação de parlamentares e a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI).
Após a proclamação do resultado, simpatizantes do novo presidente da Câmara gritaram seu nome em plenário. Ao discursar logo depois de tomar posse, Cunha adotou tom conciliador.
"Estamos aqui para ser o presidente e não somente daqueles que votaram no nosso nome. As disputas se encerram na apuração e todos somos deputados iguais", disse.
"Nunca em nenhum momento nós falamos que seríamos oposição e também falamos que não seremos submissos", disse.
Apesar do tom mais ameno do que o da campanha, o novo presidente da Câmara voltou a dizer que houve interferência do governo na disputa, mas afirmou querer enviar uma "palavra de tranquilidade" ao Executivo.
"Não há de nossa parte nenhum jugo de retaliação", garantiu. "O Parlamento, pela sua independência, ele sabe reagir (à interferência) e ele reagiu no voto... Passada a disputa, isso é um episódio virado", acrescentou Cunha, que já se comprometeu a colocar em votação o segundo turno da proposta de emenda à Constituição do Orçamento Impositivo, que obriga o governo federal a pagar as emendas parlamentares ao Orçamento.
Cunha teve 267 votos, dez a mais do que o necessário para vencer no primeiro turno, e superou Arlindo Chinaglia (PT-SP), que teve 136 votos; Júlio Delgado (PSB-MG), que angariou 100 votos; e Chico Alencar (PSOL-RJ), que recebeu 8 votos.
Líder do PMDB na Câmara, Cunha criou problemas para o governo da presidente Dilma Rousseff na Legislatura que se encerrou no sábado. Durante a campanha, ele negou que faria uma presidência de oposição, mas pregou a independência do Parlamento em relação ao Executivo. Também durante a disputa, Cunha entrou em choque com o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), e alertou que se o governo decidisse tomar lado na disputa haveria consequências.
(Por Eduardo Simões, com reportagem de Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello
domingo, 1 de fevereiro de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerado desafeto do Palácio do Planalto, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados neste domingo, já no primeiro turno, colocando fim a uma das mais duras campanhas pela presidência da Casa.
Com a vitória, Cunha se torna o segundo na linha da sucessão presidencial, atrás somente do vice-presidente Michel Temer. No cargo, ele também terá papel decisivo na definição da pauta de votações e na decisão sobre outros temas, como a tramitação de processos de cassação de parlamentares e a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI).
Após a proclamação do resultado, simpatizantes do novo presidente da Câmara gritaram seu nome em plenário. Ao discursar logo depois de tomar posse, Cunha adotou tom conciliador.
"Estamos aqui para ser o presidente e não somente daqueles que votaram no nosso nome. As disputas se encerram na apuração e todos somos deputados iguais", disse.
"Nunca em nenhum momento nós falamos que seríamos oposição e também falamos que não seremos submissos", disse.
Apesar do tom mais ameno do que o da campanha, o novo presidente da Câmara voltou a dizer que houve interferência do governo na disputa, mas afirmou querer enviar uma "palavra de tranquilidade" ao Executivo.
"Não há de nossa parte nenhum jugo de retaliação", garantiu. "O Parlamento, pela sua independência, ele sabe reagir (à interferência) e ele reagiu no voto... Passada a disputa, isso é um episódio virado", acrescentou Cunha, que já se comprometeu a colocar em votação o segundo turno da proposta de emenda à Constituição do Orçamento Impositivo, que obriga o governo federal a pagar as emendas parlamentares ao Orçamento.
Cunha teve 267 votos, dez a mais do que o necessário para vencer no primeiro turno, e superou Arlindo Chinaglia (PT-SP), que teve 136 votos; Júlio Delgado (PSB-MG), que angariou 100 votos; e Chico Alencar (PSOL-RJ), que recebeu 8 votos.
Líder do PMDB na Câmara, Cunha criou problemas para o governo da presidente Dilma Rousseff na Legislatura que se encerrou no sábado. Durante a campanha, ele negou que faria uma presidência de oposição, mas pregou a independência do Parlamento em relação ao Executivo. Também durante a disputa, Cunha entrou em choque com o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), e alertou que se o governo decidisse tomar lado na disputa haveria consequências.
(Por Eduardo Simões, com reportagem de Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello
Maniqueísmo e o filósofo Maniqueu
Representação de Maniqueus.
Maniqueísmo
Wikipédia, a enciclopédia livre.
O maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.
História
Quando o gnosticismo primitivo já perdia a sua influência no mundo greco-romano, surgiu na Babilônia e na Pérsia, no século III, uma nova vertente, o maniqueísmo.
O seu fundador foi o profeta persa Mani (ou Manés) e as suas, através de uma revelação divina, purificar e superar as mensagens individuais de ideias sincretizavam elementos do zoroastrismo, do hinduísmo, do budismo, do judaísmo e do cristianismo. Desse modo, Mani considerava Zoroastro, Buda e Jesus como "pais da Justiça", e pretendia cada um deles, anunciando uma verdade completa.
Conforme as suas ideias, a fusão dos dois elementos primordiais, o reino da luz e o reino das trevas, teria originado o mundo material, essencialmente mau. Para redimir os homens de sua existência imperfeita, os "pais da Justiça" haviam vindo à Terra, mas como a mensagem deles havia sido corrompida, Mani viera a fim de completar a missão deles, como o Paráclito prometido por Cristo, e trouxera segredos para a purificação da luz, apenas destinados aos eleitos que praticassem uma rigorosa vida ascética. Os impuros, no máximo podiam vir a ser catecúmenos e ouvintes, obrigados apenas à observância dos dez mandamentos.
As ideias maniqueístas espalharam-se desde as fronteiras com a China até ao Norte da África. Mani acabou crucificado no final do século III, e os seus adeptos sofreram perseguições na Babilónia e no Império Romano, neste último nomeadamente sob o governo do Imperador Diocleciano e, posteriormente, os imperadores cristãos. Apesar da igreja ter condenado esta doutrina como herética em diversos sínodos desde o século IV, ela permaneceu viva até à Idade Média.
Agostinho de Hipona foi adepto do maniqueísmo até se decidir de vez pelo cristianismo.
Maniqueísmo e gnosticismo
O dualismo maniqueísta - cuja origem provém do elcasaismo do século II como prova o fato de extratos do Apocalipse de Elkasaï se encontrarem no codex de Manis conhecido como Vita Mani - diferencia-se do dualismo gnóstico uma vez que, se para este último, a divindade é superior ao demiurgo criador, para o primeiro trata-se de dois princípios igualmente poderosos, sem que haja subordinação, apenas igualdade de origens.
Maniqueu (216-274)
Escrito por Clemente Nogueira
Maniqueu (também chamado Mani ou Manes e conhecido como o "Apóstolo da Luz" e supremo "Iluminador" nasceu em 14 de Abril de 216 no sul da Babilónia e foi o fundador persa da religião maniqueísta, uma religião que defendia uma doutrina de visão dualista do mundo como uma fusão de espírito e matéria, os princípios contrários originais do bem e do mal, respectivamente.
Antes do nascimento de Maniqueu, o seu pai, Patek, um nativo de Hamadan, juntou-se a uma comunidade religiosa que praticava o batismo e a abstinência. Através da sua mãe Maniqueu manteve relações com a família real Parthian (derrubada em 224). Informações sobre a sua vida parecem derivar dos seus próprios relatos escritos e das tradições da sua igreja. Ele cresceu na sua terra natal e falava uma forma de aramaico do leste. Por duas vezes, quando era um menino e depois um jovem, ele teve a visão de um anjo , o "Gémeo", que, na segunda aparição chamou-o para pregar uma nova religião.
Ele viajou para a Índia (provavelmente Sind e Turan) e fez conversões. Ele foi favoravelmente recebido no seu regresso pelo rei persa recém-coroado, Sapor I, e foi autorizado a pregar a sua religião no Império Persa durante esse longo reinado. Há pouca informação sobre a vida de Mani naqueles anos. Ele provavelmente viajou muito pela parte ocidental do império, mas depois não existem relatos de que visitasse o nordeste. Sob o reinado do rei persa Bahram I, ele foi atacado por sacerdotes zoroastristas e foi preso pelo rei em Gundeshapur (Belapet), onde morreu em 274 após passar por um julgamento que durou 26 dias.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
Concílio Vaticano II
Concílio Vaticano II
Grave crise moral, ateísmo militante, sucessão de guerras sangrentas, ruínas espirituais causadas por tantas ideologias, amplo progresso científico que possibilitou aos homens a criação de instrumentos para a sua destruição. São estes alguns elementos que cercaram o Natal do ano de 1961, dia em que o beato João XXIII deu início àquele que seria um dos maiores acontecimentos dos últimos tempos na vida da Igreja: a convocação do Concílio Vaticano II.
No ano de 2011 a Igreja Católica comemora 50 anos da convocação do Concílio Vaticano II, o qual aconteceu com a promulgação da Constituição Apostólica Humane Salutis. Neste documento o Santo Padre fez um breve resumo das situações políticas, sociais, culturais e, sobretudo, religiosas, que motivaram a convocação do concílio, afirmando que “embora a Igreja não tenha a finalidade diretamente terrestre, ela não pode se desinteressar, no seu caminho, dos problemas e dos trabalhos de cá de baixo”. Meio século se passou, porém, muitos problemas apresentados pelo Papa continuam presentes na sociedade.
A Humane Salutis apresenta as principais razões que motivaram João XXIII a convocar o concílio. Estas se fundamentam principalmente na grave crise da sociedade da época, pois ao mesmo tempo em que se via na sociedade um grande progresso material, o mundo encontrava-se em uma profunda decadência moral, gerando uma crise de valores, os homens já não ansiavam pelos valores celestes, estavam enfraquecidos diante do impulso aos gozos terrenos. Sendo urgente, portanto, resgatar os valores cristãos de forma a possibilitar ao homem contemporâneo a salvação.
A Igreja, sendo a voz mais autorizada, intérprete e defensora da ordem moral, uma das grandes reivindicadoras dos direitos e dos deveres de todos os seres humanos e de todas as comunidades políticas, chamou para si a responsabilidade de manifestar seu apostolado, contribuindo na solução dos problemas da modernidade, a partir de um novo Concílio Ecumênico.
O Concílio Vaticano II, nas palavras do beato João XXIII, foi convocado para “oferecer uma possibilidade de suscitar, em todos os homens, pensamentos e propósitos de paz: provenientes das realidades espirituais e sobrenaturais da inteligência e da consciência humana, iluminadas e guiadas por Deus, criador e redentor da humanidade”.
Os frutos do Concílio Vaticano II são diversos, o certo é que essas palavras dirigidas a nós há 50 anos continuam vivas no coração da Igreja e dos fiéis. Hoje, diante da “ditadura do relativismo”– expressão criada pelo Papa Bento XVI – todos são chamados a mergulhar nos documentos do concílio, para oferecer ao mundo diretrizes acertadas na promoção da dignidade dos homens.
Neste Natal, quando a convocação do Concílio Vaticano II completa meio século, devemos celebrá-la não apenas como algo do passado, mas, de forma presente, à luz do Espírito, como em um novo Pentecostes, para que a Igreja santa, olhando para a sua história, continue a difundir o Reino do Divino Salvador, que é reino da verdade, da justiça, de amor e de paz. Neste tempo tão necessitado, à luz dos ensinamentos e principalmente no espírito de esperança emanado da convocação do Concílio Vaticano II.
Fernandez a nova sensação do Arrocha
Fernandez a nova sensação do Arrocha
Fernandez a nova sensação do Arrocha
Aclamado pela critica como a nova sensação do Arrocha music, Fernandez tem tudo para ser um dos artistas mais bem sucedidos nesse novo estilo musical que tem ganhado a cada dia uma legião de fãs por todo o Brasil. Dono de uma voz poderosa e inconfundível esse grande cantor, compositor e músico é cheio de façanhas, misturando romantismo e sensualidade ao seu estilo musical.
Com mais de dez anos de carreira, Fernandez estréia o seu primeiro álbum solo: Fernandez - Pra Sempre Seu. Que conta com sucessos que em pouco tempo já caíram no gosto popular e que se posicionam no topo das principais paradas musicais de todo Nordeste. Entre os sucessos estão as canções: Não tem perdão,Edredom, Encantadora de serpente e Pra sempre seu , sendo os sucessos mais bem cotados e exigidos por seus fãs em seus shows.
O segredo do sucesso e dos shows desse versátil e promissor artista tem a exclusividade da Mega Produtora Apollomix que tem apostado bastante nos novos talentos da região. Alarcon
Parabéns Genes Fernando (Juninho) por sua aprovação no Curso de Ciências Agrárias pela UEPB.
Esta conquista como aluno dedicado e compromissado é mais um reconhecimento para nós professores. Estamos contentes com o seu êxito e agradecidos pelo reconhecimento de que esta que é uma de suas primeiras conquistas foi fruto daqueles que convivem com você, principalmente os seus professores. Obrigado por ser este aluno determinado e consciente que reconhece a importância de que só somos alguém quando cultivamos uma boa convivência. Bola pra frente!!! com um carinho super especial do Professsor Alarcon.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Parabéns Vitória Trindade, 11º lugar no Curso de Letras da UFPB
Os Professores e Coordenadores do Colégio e Curso Performance, parabeniza a nossa querida aluna Vitória Trindade por sua aprovação no curso de letras da UFPB. Estamos muito felizes por este grande êxito e esperamos que esta seja apenas uma das muitas conquistas que estarão por vir. Pois sempre mostrou-se apta e determinada em todas as áreas de conhecimentos e projetos em que atuou como uma grande e inesquecível aluna. Com carinho e amabilidade de todos que sempre acreditaram em seu potencial. Seus professores e em especial o Professor Alarcon.
Gnosticismo
Irineu, quem usou pela primeira vez o termo "gnóstico" para descrever as heresias
Gnosticismo
Do grego gnostikós, “capaz de conhecer, conhecedor”, derivado do verbo grego gignóskein, “conhecer, saber”.
Conceito
Gnosticismo significa, em tese, o conhecimento místico dos segredos divinos através de uma revelação. Na história das religiões em geral, o termo designa os sistemas religiosos que dão importância primordial ao conhecimento de Deus e da essência do universo, como decisivo para a salvação. Mais particularmente, refere-se a um complexo e vasto movimento religioso ocorrido nos primeiros séculos da era cristã, envolvendo todos os grupos cristãos baseados no “conhecimento”. Conhecimento esse, que compreende uma sabedoria mística e sobrenatural capaz de levar os indivíduos a um entendimento completo e verdadeiro do universo e, dessa forma, à sua salvação do mundo mau da matéria. A “gnosis” é assim um conhecimento e também uma técnica de salvação. O alto grau de conhecimento das verdades religiosas, oferecido pelo gnosticismo, superaria tanto a fé quanto a razão natural. Reunindo elementos cristãos, judaicos e orientais, assumiu variadas formas e expressões, embora conservasse a mesma forma estrutural e fundamental.
Doutrina
A visão dualista do gnosticismo se expressa na oposição radical entre Deus e o mundo. A divina luz não pode compartilhar com as trevas, pois Deus é absolutamente transcendente e jamais poderia ter criado a matéria nem governá-la. A matéria teria sido criada pelo Demiurgo (artesão, em grego), um ser intermediário entre Deus e os homens. Deste modo, o gnosticismo se apropria da teoria platônica do contraste entre o mundo espiritual das idéias e o mundo material.
Para o gnosticismo o mundo é uma imensa prisão e a terra uma grande masmorra. Ao seu redor e acima dela, existe uma cadeia de esferas concêntricas que barram a passagem das almas após a morte.
O gnosticismo fala do homem como composto de corpo, alma e espírito. O corpo e a alma, produto dos poderes cósmicos, são parte do mundo e estão sujeitos às forças cegas do destino. O espírito é a porção da substância divina que pode participar da libertação através do conhecimento para prover a alma na travessia das esferas até levá-la de volta ao mundo da luz, favorecido pelas emanações de Deus, os éons.
O gnosticismo, por causa de sua natureza dualística, desenvolveu princípios morais contraditórios. Opondo-se radicalmente ao mundo, ensina a mortificação do corpo e a rejeição de todo prazer físico. Ou então, como possuidores da gnosis (conhecimento), os iniciados estariam acima de qualquer regra moral e não precisariam submeter-se a nenhuma restrição.
Tipos de gnose pré-cristã
a) Gnose helenística. A característica da gnose helenística, já na era cristã, manifestava-se no dualismo metafísico, representado pela oposição entre o bem e o mal e pela oposição total entre corpo e alma. No período helenístico pré-cristão, embora a ideia de Deus ainda fosse panteísta, era forte a influência do Deus oriental do Antigo Testamento e da doutrina da origem e da queda do homem.
b) Gnose judaica. Originária das seitas dos últimos séculos antes de Cristo, o dualismo entre os princípios do bem e o mal diferia na gnose judaica pelo seu aspecto mais ético do que cósmico. Segundo sua concepção, o Deus único, embora permitindo a existência do mal, um dia o eliminaria por completo. Os gnósticos judaicos especulavam sobre a essência dos “palácios divinos”, o que encerrava o início de todo o processo criador. O gnosticismo judaico pode ter sido uma das fontes do gnosticismo cristão; depois sobreviveu na Cabala.
Gnosticismo cristão
A fundação do gnosticismo cristão, segundo a tradição, deve-se a Simão Mago, com o qual o apóstolo Pedro travou polêmica em Samaria (At 8,9-24). Simão dizia-se manifestação do Deus supremo. Justino o Mártir (Apologia, c.150), refere-se a Simão como associado a uma mulher de reputação duvidosa, Helena, que dizia ser a primeira concepção de sua mente, do qual os anjos e poderes foram gerados. Seu sistema compreendia uma elaborada angelologia e astrologia. Pouco material chegou até os dias de hoje, a maioria dos personagens e suas doutrinas só puderam ser conhecidos por meio dos críticos do gnosticismo, sendo estes a principal fonte. A maior polêmica contra os gnósticos apareceu no período patrístico, com os escritos apologéticos de Irineu (130-200), Tertuliano (160-225) e Hipólito (170-236). Em muitos casos, porém, até que fossem considerados heréticos, adeptos ortodoxos da Igreja Cristã eram os maiores propagandistas da nova doutrina, que se auto-revelava como um aprofundamento do ensino apostólico. O gnosticismo tornou-se forte influência na Igreja primitiva levando muitos cristãos da época como Marcião (160 d. C.) e Valentim de Alexandria a ensinar sobre a cosmovisão dualista, premissa básica do movimento. Efetivamente, para os gnósticos, existem dois deuses: o criador imperfeito, que eles associam ao Deus do Antigo Testamento, e outro, bom, associado ao Novo Testamento. O primeiro criou o mundo com imperfeição, e desta imperfeição é que se origina o sofrimento humano. Mas, o deus bom teve pena dos homens e dotou-os de uma "centelha divina", que lhes dá a capacidade de despertar deste mundo de ilusões e imperfeição. Para que o homem possa se libertar dos sofrimentos deste mundo, ele deve retornar ao Todo Uno, e isto só pode ser alcançado pelo Conhecimento Verdadeiro (representado pela Gnose). Este despertar só pode ocorrer se o homem se descobre, "conhecendo-se a si próprio". Para que isso ocorra, segundo a gnose, Cristo se esgueirou através dos poderes das trevas para transmitir o conhecimento secreto (gnosis) e libertar os espíritos da luz, cativos no mundo material terreno, para conduzi-los ao mundo espiritual mais elevado. Segundo algumas linhas gnósticas, Cristo não veio em carne e nunca assumiu um corpo físico, nem foi sujeito à fraqueza e às emoções humanas, embora parecesse ser um homem, enquanto a principal linha de gnosticismo cristão, a Valentiniana defende a tese próxima do nestorianismo doutrina cristã, nascida no Século V, segundo a qual há em Jesus Cristo duas pessoas distintas, uma humana e outra divina, sendo Cristo (o ungido) o éon celestial que a um tempo se une a Jesus. Alguns historiadores afirmam que o apóstolo João se refere a esse assunto quando enfatiza que "o Verbo se fez carne" (Jo l,14) e em sua primeira epístola que "todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus..." (l Jo 4,3). Os escritos joaninos são do final do primeiro século, quando nasceu o gnosticismo cristão. O gnosticismo exerceu sua maior influência sobre o cristianismo, no período entre os anos 135 e 200. Constituindo a maior ameaça à fé cristã, sua existência prolongou-se por muito tempo. Doutrinas gnósticas voltaram várias vezes na história da teologia; hoje sobrevivem em teorias ocultistas, espíritas, esotéricas e da Nova Era.
Personagens da gnosticismo cristão
1) Valentin, de origem egípcia, foi possivelmente o mais importante representante do gnosticismo. Propunha que em Cristo se encontrava absorvido o Jesus dos Evangelhos, e sua missão redentora ficava rebaixada a de um simples cdsdsdsmediador entre Deus e o Homem. Por sua parte, o homem tinha a missão de libertar-se da matéria já que esta tinha por fundamento um princípio inferior e de natureza malvada. Sua visão cosmológica esteve representada por um mundo espiritual (pléroma), dirigido por um Deus invisível acompanhado por 30 eóns superiores. O mundo material foi criado pelo Demiurgo, que por sua vez criou o Homem. O Homem recebeu um elemento pneumático que lhe permite, após sua morte, retornar ao mundo espiritual. Acreditava que o mal é uma falsa direção do bem. Ensinava que a ordem atual das coisas cessaria quando se realizasse na terra a total redenção. Isso provocaria o retorno de todos os seres a sua condição primitiva (no Pléroma), sendo finalmente destruída a matéria e com isso, o mal.
2) Taciturno, que viveu na Antioquia em tempos do imperador Adriano e pregou na Síria, teve em suas doutrinas um forte teor ascético, a ponto de rechaçar o matrimônio por considerá-lo um ato de natureza malvada. Acreditava que Deus tinha criado aos anjos e estes criaram o mundo material e o homem. Este, entretanto, possuía uma porção ou faísca de divindade que lhe permitia elevar-se ao mundo espiritual. Afirmava que Cristo foi enviado Por Deus para redimir ao homem do jugo de Yavé.
3) Basílides, de origem egípcia, difundiu suas idéias principalmente em Alexandria. Representou o ramo Gnóstica que elogiou o ato do ‘conhecimento gnóstico’ em detrimento da moralidade das ações. Afirmava que Cristo era o primeiro eón e foi enviado Por Deus para liberar o mundo da escravidão do Yavé (Demiurgo). Sustentava que Cristo, como ser espiritual incriado, não pôde sofrer a paixão, tomando seu lugar Simão de Cirene.
4) Bardésanes, sírio, pregou suas doutrinas na Alexandria. Em geral, continuou o pensamento do Valentin, mas acompanhou sua pregação com populares hinos litúrgicos. Supunha a eternidade dos princípios do bem e do mal. Afirmava que as emanações espirituais do mal ao aproximar-se da Luz (o bem) procuravam elevar-se à Pléroma (Absoluto), que estava constituído por 365 inteligências denominadas Aberas.
5) Ofitas, grupo gnóstico que imaginou a expulsão do Adão e Eva do Paraíso junto com a serpente (tentadora), cujos descendentes tinham por missão continuar tentando o gênero humano.
6) Simão, o Mago. De origem judia ou samaritana, teve em Meandro seu principal discípulo, acreditava na existência de uma primeira Potência Divina, Infinita e Princípio de Tudo. Esse Primeiro Deus, identificado consigo mesmo, denominando-o Simón, tinha criado a Sophía e através dela criou o Cosmos, o universo todo. Mas Sophía caiu nas redes das forças inferiores, ou seja, a matéria. Simón (a Potência divina) veio ao mundo para resgatá-la e iniciar a redenção universal.
7) Cerinto, afirmava que o mundo não era obra de Deus, mas sim de um poder distinto, o demiurgo. Ensinava que Cristo não tinha nascido da Virgem Maria nem padeceu na cruz, mas sim Jesus, filho natural da Maria, em quem Cristo tinha assumido no batismo, para logo abandoná-lo nas horas prévias à paixão. Sua particular visão milenarista, o fez sustentar que chegariam tempos em que se instalaria um reino terrestre de mil anos, e que Jerusalém seria seu centro, durante o qual os homens poderiam satisfazer todos seus apetites carnais.
http://catholicum.wikia.com/wiki/Gnosticismo
Gnosticismo
Do grego gnostikós, “capaz de conhecer, conhecedor”, derivado do verbo grego gignóskein, “conhecer, saber”.
Conceito
Gnosticismo significa, em tese, o conhecimento místico dos segredos divinos através de uma revelação. Na história das religiões em geral, o termo designa os sistemas religiosos que dão importância primordial ao conhecimento de Deus e da essência do universo, como decisivo para a salvação. Mais particularmente, refere-se a um complexo e vasto movimento religioso ocorrido nos primeiros séculos da era cristã, envolvendo todos os grupos cristãos baseados no “conhecimento”. Conhecimento esse, que compreende uma sabedoria mística e sobrenatural capaz de levar os indivíduos a um entendimento completo e verdadeiro do universo e, dessa forma, à sua salvação do mundo mau da matéria. A “gnosis” é assim um conhecimento e também uma técnica de salvação. O alto grau de conhecimento das verdades religiosas, oferecido pelo gnosticismo, superaria tanto a fé quanto a razão natural. Reunindo elementos cristãos, judaicos e orientais, assumiu variadas formas e expressões, embora conservasse a mesma forma estrutural e fundamental.
Doutrina
A visão dualista do gnosticismo se expressa na oposição radical entre Deus e o mundo. A divina luz não pode compartilhar com as trevas, pois Deus é absolutamente transcendente e jamais poderia ter criado a matéria nem governá-la. A matéria teria sido criada pelo Demiurgo (artesão, em grego), um ser intermediário entre Deus e os homens. Deste modo, o gnosticismo se apropria da teoria platônica do contraste entre o mundo espiritual das idéias e o mundo material.
Para o gnosticismo o mundo é uma imensa prisão e a terra uma grande masmorra. Ao seu redor e acima dela, existe uma cadeia de esferas concêntricas que barram a passagem das almas após a morte.
O gnosticismo fala do homem como composto de corpo, alma e espírito. O corpo e a alma, produto dos poderes cósmicos, são parte do mundo e estão sujeitos às forças cegas do destino. O espírito é a porção da substância divina que pode participar da libertação através do conhecimento para prover a alma na travessia das esferas até levá-la de volta ao mundo da luz, favorecido pelas emanações de Deus, os éons.
O gnosticismo, por causa de sua natureza dualística, desenvolveu princípios morais contraditórios. Opondo-se radicalmente ao mundo, ensina a mortificação do corpo e a rejeição de todo prazer físico. Ou então, como possuidores da gnosis (conhecimento), os iniciados estariam acima de qualquer regra moral e não precisariam submeter-se a nenhuma restrição.
Tipos de gnose pré-cristã
a) Gnose helenística. A característica da gnose helenística, já na era cristã, manifestava-se no dualismo metafísico, representado pela oposição entre o bem e o mal e pela oposição total entre corpo e alma. No período helenístico pré-cristão, embora a ideia de Deus ainda fosse panteísta, era forte a influência do Deus oriental do Antigo Testamento e da doutrina da origem e da queda do homem.
b) Gnose judaica. Originária das seitas dos últimos séculos antes de Cristo, o dualismo entre os princípios do bem e o mal diferia na gnose judaica pelo seu aspecto mais ético do que cósmico. Segundo sua concepção, o Deus único, embora permitindo a existência do mal, um dia o eliminaria por completo. Os gnósticos judaicos especulavam sobre a essência dos “palácios divinos”, o que encerrava o início de todo o processo criador. O gnosticismo judaico pode ter sido uma das fontes do gnosticismo cristão; depois sobreviveu na Cabala.
Gnosticismo cristão
A fundação do gnosticismo cristão, segundo a tradição, deve-se a Simão Mago, com o qual o apóstolo Pedro travou polêmica em Samaria (At 8,9-24). Simão dizia-se manifestação do Deus supremo. Justino o Mártir (Apologia, c.150), refere-se a Simão como associado a uma mulher de reputação duvidosa, Helena, que dizia ser a primeira concepção de sua mente, do qual os anjos e poderes foram gerados. Seu sistema compreendia uma elaborada angelologia e astrologia. Pouco material chegou até os dias de hoje, a maioria dos personagens e suas doutrinas só puderam ser conhecidos por meio dos críticos do gnosticismo, sendo estes a principal fonte. A maior polêmica contra os gnósticos apareceu no período patrístico, com os escritos apologéticos de Irineu (130-200), Tertuliano (160-225) e Hipólito (170-236). Em muitos casos, porém, até que fossem considerados heréticos, adeptos ortodoxos da Igreja Cristã eram os maiores propagandistas da nova doutrina, que se auto-revelava como um aprofundamento do ensino apostólico. O gnosticismo tornou-se forte influência na Igreja primitiva levando muitos cristãos da época como Marcião (160 d. C.) e Valentim de Alexandria a ensinar sobre a cosmovisão dualista, premissa básica do movimento. Efetivamente, para os gnósticos, existem dois deuses: o criador imperfeito, que eles associam ao Deus do Antigo Testamento, e outro, bom, associado ao Novo Testamento. O primeiro criou o mundo com imperfeição, e desta imperfeição é que se origina o sofrimento humano. Mas, o deus bom teve pena dos homens e dotou-os de uma "centelha divina", que lhes dá a capacidade de despertar deste mundo de ilusões e imperfeição. Para que o homem possa se libertar dos sofrimentos deste mundo, ele deve retornar ao Todo Uno, e isto só pode ser alcançado pelo Conhecimento Verdadeiro (representado pela Gnose). Este despertar só pode ocorrer se o homem se descobre, "conhecendo-se a si próprio". Para que isso ocorra, segundo a gnose, Cristo se esgueirou através dos poderes das trevas para transmitir o conhecimento secreto (gnosis) e libertar os espíritos da luz, cativos no mundo material terreno, para conduzi-los ao mundo espiritual mais elevado. Segundo algumas linhas gnósticas, Cristo não veio em carne e nunca assumiu um corpo físico, nem foi sujeito à fraqueza e às emoções humanas, embora parecesse ser um homem, enquanto a principal linha de gnosticismo cristão, a Valentiniana defende a tese próxima do nestorianismo doutrina cristã, nascida no Século V, segundo a qual há em Jesus Cristo duas pessoas distintas, uma humana e outra divina, sendo Cristo (o ungido) o éon celestial que a um tempo se une a Jesus. Alguns historiadores afirmam que o apóstolo João se refere a esse assunto quando enfatiza que "o Verbo se fez carne" (Jo l,14) e em sua primeira epístola que "todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus..." (l Jo 4,3). Os escritos joaninos são do final do primeiro século, quando nasceu o gnosticismo cristão. O gnosticismo exerceu sua maior influência sobre o cristianismo, no período entre os anos 135 e 200. Constituindo a maior ameaça à fé cristã, sua existência prolongou-se por muito tempo. Doutrinas gnósticas voltaram várias vezes na história da teologia; hoje sobrevivem em teorias ocultistas, espíritas, esotéricas e da Nova Era.
Personagens da gnosticismo cristão
1) Valentin, de origem egípcia, foi possivelmente o mais importante representante do gnosticismo. Propunha que em Cristo se encontrava absorvido o Jesus dos Evangelhos, e sua missão redentora ficava rebaixada a de um simples cdsdsdsmediador entre Deus e o Homem. Por sua parte, o homem tinha a missão de libertar-se da matéria já que esta tinha por fundamento um princípio inferior e de natureza malvada. Sua visão cosmológica esteve representada por um mundo espiritual (pléroma), dirigido por um Deus invisível acompanhado por 30 eóns superiores. O mundo material foi criado pelo Demiurgo, que por sua vez criou o Homem. O Homem recebeu um elemento pneumático que lhe permite, após sua morte, retornar ao mundo espiritual. Acreditava que o mal é uma falsa direção do bem. Ensinava que a ordem atual das coisas cessaria quando se realizasse na terra a total redenção. Isso provocaria o retorno de todos os seres a sua condição primitiva (no Pléroma), sendo finalmente destruída a matéria e com isso, o mal.
2) Taciturno, que viveu na Antioquia em tempos do imperador Adriano e pregou na Síria, teve em suas doutrinas um forte teor ascético, a ponto de rechaçar o matrimônio por considerá-lo um ato de natureza malvada. Acreditava que Deus tinha criado aos anjos e estes criaram o mundo material e o homem. Este, entretanto, possuía uma porção ou faísca de divindade que lhe permitia elevar-se ao mundo espiritual. Afirmava que Cristo foi enviado Por Deus para redimir ao homem do jugo de Yavé.
3) Basílides, de origem egípcia, difundiu suas idéias principalmente em Alexandria. Representou o ramo Gnóstica que elogiou o ato do ‘conhecimento gnóstico’ em detrimento da moralidade das ações. Afirmava que Cristo era o primeiro eón e foi enviado Por Deus para liberar o mundo da escravidão do Yavé (Demiurgo). Sustentava que Cristo, como ser espiritual incriado, não pôde sofrer a paixão, tomando seu lugar Simão de Cirene.
4) Bardésanes, sírio, pregou suas doutrinas na Alexandria. Em geral, continuou o pensamento do Valentin, mas acompanhou sua pregação com populares hinos litúrgicos. Supunha a eternidade dos princípios do bem e do mal. Afirmava que as emanações espirituais do mal ao aproximar-se da Luz (o bem) procuravam elevar-se à Pléroma (Absoluto), que estava constituído por 365 inteligências denominadas Aberas.
5) Ofitas, grupo gnóstico que imaginou a expulsão do Adão e Eva do Paraíso junto com a serpente (tentadora), cujos descendentes tinham por missão continuar tentando o gênero humano.
6) Simão, o Mago. De origem judia ou samaritana, teve em Meandro seu principal discípulo, acreditava na existência de uma primeira Potência Divina, Infinita e Princípio de Tudo. Esse Primeiro Deus, identificado consigo mesmo, denominando-o Simón, tinha criado a Sophía e através dela criou o Cosmos, o universo todo. Mas Sophía caiu nas redes das forças inferiores, ou seja, a matéria. Simón (a Potência divina) veio ao mundo para resgatá-la e iniciar a redenção universal.
7) Cerinto, afirmava que o mundo não era obra de Deus, mas sim de um poder distinto, o demiurgo. Ensinava que Cristo não tinha nascido da Virgem Maria nem padeceu na cruz, mas sim Jesus, filho natural da Maria, em quem Cristo tinha assumido no batismo, para logo abandoná-lo nas horas prévias à paixão. Sua particular visão milenarista, o fez sustentar que chegariam tempos em que se instalaria um reino terrestre de mil anos, e que Jerusalém seria seu centro, durante o qual os homens poderiam satisfazer todos seus apetites carnais.
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MP diz que crimes já denunciados na Lava Jato apontam desvio de R$ 2,1 bi
MP diz que crimes já denunciados na Lava Jato apontam desvio de R$ 2,1 bi
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. 16/12/2014 REUTERS/Sergio Moraes
SÃO PAULO (Reuters) - Os crimes denunciados até agora pelo Ministério Público Federal no âmbito da operação Lava Jato apontam desvio de 2,1 bilhões de reais, de acordo com o MPF, que classificou a operação que apura irregularidades na Petrobras como "a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve".
O MPF lançou nesta quinta-feira um site explicando a operação (www.lavajato.mpf.mp.br/) no qual afirma que já recuperou 450 milhões de reais dos recursos desviados e que já obteve o bloqueio de 200 milhões de reais em bens de réus que respondem a processos ligados à Lava Jato.
Até o momento 39 acusados de envolvimento no suposto esquema de corrupção na Petrobras já se tornaram réus, entre eles 23 pessoas ligadas a seis das maiores empreiteiras do país.
Também respondem a processo dois ex-diretores da estatal: Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, e Nestor Cerveró, que comandou a diretoria internacional da companhia.
Em depoimento à Justiça, Costa, que está em processo de delação premiada, disse que as empreiteiras montaram um cartel nas obras contratadas pela Petrobras. As empresas pagavam, de acordo com o ex-diretor, propinas a diretores da estatal, a operadores que lavavam dinheiro do esquema e a políticos e partidos.
A Petrobras divulgou na quarta-feira o esperado balanço do 3º trimestre de 2014, mas sem incluir nenhuma baixa contábil relacionada às denúncias de corrupção da Lava Jato. A petroleira alegou dificuldade para separar as baixas resultantes de corrupção daquelas decorrentes de outros fatores.
Os resultados, que deveriam ter sido conhecidos em novembro, tiveram sua publicação adiada após o auditor PricewaterhouseCoopers ter se recusado a aprovar as contas da petroleira devido às denúncias de corrupção envolvendo a estatal e algumas das maiores empreiteiras do Brasil.
(Reportagem de Eduardo Simões)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. 16/12/2014 REUTERS/Sergio Moraes
SÃO PAULO (Reuters) - Os crimes denunciados até agora pelo Ministério Público Federal no âmbito da operação Lava Jato apontam desvio de 2,1 bilhões de reais, de acordo com o MPF, que classificou a operação que apura irregularidades na Petrobras como "a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve".
O MPF lançou nesta quinta-feira um site explicando a operação (www.lavajato.mpf.mp.br/) no qual afirma que já recuperou 450 milhões de reais dos recursos desviados e que já obteve o bloqueio de 200 milhões de reais em bens de réus que respondem a processos ligados à Lava Jato.
Até o momento 39 acusados de envolvimento no suposto esquema de corrupção na Petrobras já se tornaram réus, entre eles 23 pessoas ligadas a seis das maiores empreiteiras do país.
Também respondem a processo dois ex-diretores da estatal: Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, e Nestor Cerveró, que comandou a diretoria internacional da companhia.
Em depoimento à Justiça, Costa, que está em processo de delação premiada, disse que as empreiteiras montaram um cartel nas obras contratadas pela Petrobras. As empresas pagavam, de acordo com o ex-diretor, propinas a diretores da estatal, a operadores que lavavam dinheiro do esquema e a políticos e partidos.
A Petrobras divulgou na quarta-feira o esperado balanço do 3º trimestre de 2014, mas sem incluir nenhuma baixa contábil relacionada às denúncias de corrupção da Lava Jato. A petroleira alegou dificuldade para separar as baixas resultantes de corrupção daquelas decorrentes de outros fatores.
Os resultados, que deveriam ter sido conhecidos em novembro, tiveram sua publicação adiada após o auditor PricewaterhouseCoopers ter se recusado a aprovar as contas da petroleira devido às denúncias de corrupção envolvendo a estatal e algumas das maiores empreiteiras do Brasil.
(Reportagem de Eduardo Simões)
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