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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Dilma busca investidores para infraestrutura em NY e garante que fundamentos do país são sólidos



Por Luciana Lopez

NOVA YORK, 25 Set (Reuters) - Em um esforço para atrair investidores estrangeiros ao Brasil, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira em Nova York que os projetos na área de infraestrutura são a grande aposta para o crescimento do país, ao mesmo tempo em que tentou dar garantias sobre a solidez dos fundamentos econômicos do país.

Diante de uma plateia de empresários em um seminário organizado pelo banco Goldman Sachs, Dilma disse que há no país forte demanda por serviços de infraestrutura, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e energia.

Ela também garantiu aos presentes que o governo brasileiro respeita os contratos e reiterou o compromisso de manter a inflação sob controle e o rigor fiscal.

"O Brasil precisa do investimento e da gestão privadas para fazer face ao desafio de atacar os principais problemas logísticos e de energia", disse a presidente, que garantiu que o programa federal de concessões na área de infraestrutura já está "em ritmo acelerado".

"Estamos prevendo concessões de 10.000 km de ferrovias, de 7.500 km de rodovias, de 5 aeroportos internacionais, 33 mil MW de energia, três leilões na área de óleo e gás, dois no modelo de concessões e um no modelo de partilha, e diversos programas de mobilidade urbana, metrôs, monotrilhos, VLTs e BRTs, espalhados pelo país", afirmou.

Dilma disse aos empresários que os investimentos em infraestrutura são a grande aposta de seu governo para impulsionar o crescimento econômico e declarou, durante o seminário, a preferência de seu governo pelo regime de concessões.

Ela afirmou, no entanto, que nos casos em que não for possível adotar essa estratégia, o governo poderá recorrer a outras fórmulas, como obras públicas e parcerias públicos privadas (PPPs).

Um dos exemplos dados por Dilma foi a duplicação e gestão do trecho da BR-262 entre Minas e Gerais e Espírito, que chegou a entrar num leilão de concessões de rodovias realizado na semana passada, mas não atraiu interessados. A presidente disse que uma das alternativas em estudo para esta rodovia é a PPP.
O que nós preferimos é a concessão e daremos prioridade ao que pode ser imediatamente concedido", disse, destacando que além da arrecadação de recursos obtida com as concessões, o governo também procura uma melhor gestão dessas obras.

"Há entraves imensos no Brasil para a gestão de obras. Quando elas são feitas pelo setor privado exclusivamente, elas são mais ágeis, mais eficientes e inclusive de menor custo."

A presidente disse ainda que o governo federal desenhou um modelo de significativa rentabilidade para o setor privado com vistas a garantir o sucesso de seu programa de concessões, que também inclui condições vantajosas de financiamento.

O leilão da área de petróleo de Libra, a maior do pré-sal, também foi lembrado por Dilma em seu discurso aos empresários em Nova York.

Ela destacou que 7 das 11 empresas que se qualificaram para a disputa estão entre as maiores do mundo e garantiu que Libra será um passo importante para que o Brasil torne-se um player importante no mercado mundial de petróleo.

"Nós sabemos que o Brasil será um exportador de petróleo. Nós estamos caminhando para isso", disse. "O Brasil vai se posicionar como um grande produtor de petróleo do mundo, e um grande exportador."

FUNDAMENTOS SÓLIDOS

Dilma ressaltou aos empresários os compromissos de seu governo com a estabilidade econômica e defendeu que o equilíbrio das contas públicas é uma "precondição" para o crescimento da economia.

"Os nossos fundamentos macroeconômicos nunca deixaram de ser sólidos. E nós podemos olhar que o nosso nível de endividamento permaneceu baixo e pouco vulnerável a movimentos bruscos de saída dos investidores", garantiu.  A presidente enfatizou o modelo de flutuação do câmbio e disse que o governo não está comprometido com um patamar para o real. "O que nós tentamos sempre é diminuir a volatilidade e dar mais previsibilidade aos investidores, empresas e agentes que atuam no Brasil", disse.

Diante de potenciais investidores no país, Dilma voltou a afirmar que o Brasil respeita contratos, prática iniciada, segundo a presidente, no governo Fernando Henrique Cardoso e mantida em sua gestão e na de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não é possível tratar a questão do respeito aos contratos como se fosse uma questão governamental. Não é uma questão do governo, é uma questão do Estado brasileiro. Não interessa quem fez o contrato", disse.

domingo, 22 de setembro de 2013

Merkel lidera eleição na Alemanha, mas coalizão é incerta, mostra boca de urna


 Chanceler alemã Angela Merkel é vista depositando seu voto durante as eleições gerais do país, em Berlim. O grupo conservador de Merkel ganhou a maioria dos votos na eleição deste domingo, colocando-a no caminho para um terceiro mandato, mas não ficou claro se ela será capaz de preservar a sua coalizão de centro-direita ou se terá de negociar com seus rivais de esquerda, mostrou uma pesquisa boca de urna. 22/09/2013 REUTERS/Kai Pfaffenbach

BERLIM, 22 Set (Reuters) - O grupo conservador da primeira-ministra alemã, Angela Merkel, ganhou a maioria dos votos na eleição deste domingo, colocando-a no caminho para um terceiro mandato, mas não ficou claro se ela será capaz de preservar a sua coalizão de centro-direita ou se terá de negociar com seus rivais de esquerda, mostrou uma pesquisa boca de urna.

A pesquisa da emissora pública ARD mostrou o bloco conservador de Merkel, formado pela União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã Bávara (CSU), com 42 por cento, a sua pontuação mais forte desde 1990.

Mas a sondagem não deu uma indicação clara se seus aliados do Partido Democrático Liberal (FDP), com 4,7 por cento, contribuiriam com sua volta ao Parlamento. Um novo partido eurocéptico, o Alternativa para a Alemanha (AfD), beirava 4,9 por cento, quase no limite mínimo de 5 por cento para ganhar assentos no Congresso.

O apoio ao Social-Democrata (SPD), de centro-esquerda, estava em 26 por cento, os ambientalistas Verdes ficaram com 8 por cento e o radical o Partido da Esquerda, com 8,5 por cento.

Se o FDP não conseguir entrar no Bundestag, então Merkel terá quase que certamente iniciar um diálogo para formar uma coalizão com o SPD, com quem governou entre 2005 e 2009. As negociações podem durar meses e um novo governo poderia adotar políticas mais de esquerda, como um salário mínimo e aumento de impostos para os mais ricos.

(Reportagem de Noah Barkin, Stephen Brown e Madeline Chambers)

JESUS E OS ESSÉNIOS





JESUS E OS ESSÉNIOS

     Em 1947 foram descobertos uns manuscritos com mais de 2000 anos que se crê terem sido escritos pelos Essénios que  eram um povo humilde, de grande conhecimento, originário do Egipto, que formavam um grupo de Judeus que abandonaram as cidades e rumaram para o deserto, passando a viver às margens do Mar Morto. Foram uma das três principais seitas religiosas da Palestina (Saduceus, Fariséus e Essénios) e acreditava-se que Jesus foi membro do grupo do norte que se concentrava ao redor do Monte Carmelo, como de resto o tinha sido seu primo João Baptista.

     Um dos seus redutos era Nazaré e por isso eram conhecidos também por “os Nazarenos” e seus membros vestiam-se todos de branco, fazendo uma vida simples, de serviço e entrega a Deus, seguindo uma dieta estritamente vegetariana.

      Existe mesmo um Manuscrito encontrado nos arquivos do Vaticano em 1923, pelo húngaro Edmond Szekely que obteve permissão para pesquisar os arquivos secretos à procura de livros que teriam influenciado São Francisco de Assis, que confirmam este facto. Szekely vagueou pelos mais de 40 quilómetros de estantes com pergaminhos e papiros milenares e manuscritos originais de muitos santos e apóstolos condenados a permanecer escondidos para sempre. De todas as raridades viu uma obra que lhe chamou a atenção. Era o Evangelho Essênio da Paz. O livro teria sido escrito pelo apóstolo João e narrava passagens desconhecidas na Bíblia sobre a vida de Jesus Cristo. Ele traduziu o texto e o publicou em quatro volumes. A Igreja sentindo-se traida  pelo pesquisador, excomungou-o.

       Mas foi em 1880 que o reverendo inglês Gideon Ouseley achou um manuscrito chamado O “Evangelho dos Doze Santos”  num monastério budista na índia, escrito em aramaico - a língua que Jesus falava - que teria sido levado para o Oriente por essênios refugiados. Nessa versão desconhecida do Novo Testamento se revela mesmo um Jesus que defendia a crença na  Reencarnação e era vegetariano, pois condenava o próprio morticínio de animais dizendo o seguinte:

  “Vim para abolir as festas sangrentas e os sacrifícios, e se não cessais de sacrificar e comer carne e sangue dos animais, a ira de Deus não terminará de persegui-los, como também perseguiu a vossos antepassados no deserto, que se dedicaram a comer carne e que foram eliminados por epidemias e pestes". (capítulo 21)

E mais acrescentava:

“Na verdade eu vos digo que aqueles que partilham dos benefícios obtidos praticando actos contra uma das criaturas de Deus não podem ser íntegros, nem podem aqueles cujas mãos estejam manchadas de sangue, ou cujas bocas estejam contaminadas pela carne...” (capítulo 38)

     Mais se afirma nesse mesmo Evangelho que “as aves se reuniam ao seu redor (de Jesus) e lhes davam as boas-vindas com seu canto e outras criaturas vivas se postavam aos seus pés e ele as alimentava com suas mãos"...

   Talvez todo este conhecimento tenha chegado a Francisco de Assis e o tenha inspirado na sua vida, pois que amava todas as criaturas, tratando todos os animais por irmãos, e também era vegetariano, respeitando a vida de todos os seres da Criação.

    Os Essênios acreditavam na santidade e unidade da vida e muitas passagens do evangelho essênico referem-se à doutrina do amor incondicional a Deus, à Humanidade e a todas as criaturas e seres viventes.  Vale a pena ler o capitulo 90 onde Jesus fala sobre o que é a Verdade. Clicar aqui.

     Por fim, em 1970 um ‘pesquisador’ inglês, de nome John Allegro,  pretendia desmistificar a existência de Jesus dizendo que não passava tudo de uma invenção ou alucinação colectiva causada pela ingestão de cogumelos. As suas afirmações estapafurdias cairam no ridículo e muitos cientistas até o censuraram, pois já haviam provas irrefutáveis sobre a existência de Jesus que o historiador romano Flávio Josefo referia em seus escritos, e mais ainda os Manuscritos encontrados nas cavernas de Qumram onde estavam escondidos dentro de jarros de barro, falando da vida Jesus Cristo. Foi de resto o maior achado arqueológico da história da Humanidade sobre aspectos bíblicos que se desconheciam ou estavam omissos até hoje.

   Na foto abaixo se vê o local onde foram encontrados acidentalmente os Manuscritos por um pastor beduino, chamado Muhammad Dib, da tribo dos Tamirés, que saiu à procura de uma cabra desgarrada que tinha desaparecido do seu rebanho e se perdera entre as rochas. Não foi por acaso naturalmente. Ele foi atraido ao local daquele modo e descobriu uma caverna onde começaria todo o achado do grande  'tesouro' mantido ali por mais de dois milénios até ser descoberto a meio do século X
       Por fim, o Papa emérito Bento XVI estabeleceu no dia 5-4-2007 uma relação entre Jesus e os Essênios, na sua homilia na “Missa da Santa Ceia” realizada na basílica romana de S. João de Latrão, referindo-se aos manuscritos de Qumran.

  Pesquisa e elaboração de Rui Palmela

Islâmicos se escondem com reféns em shopping de Nairóbi; ataque deixou 59 mortos





Por Richard Lough e Edmund Blair

NAIRÓBI, 22 Set (Reuters) - Militantes islâmicos se esconderam com reféns no domingo em um shopping center de Nairóbi, onde ao menos 59 pessoas foram mortas em um ataque pelo grupo al Shabaab, que é contra a participação do Quênia em uma missão de paz na vizinha Somália.

Um série de tiros que durou cerca de 30 segundos interrompeu uma calma de várias horas, disse uma testemunha da Reuters, falando de perto do shopping center que tem várias lojas de proprietários israelenses e frequentado por expatriados e quenianos.

Estrangeiros, incluindo dois diplomatas --um do Canadá e outro de Gana-- foram mortos no ataque de sábado no shopping Westgate, reivindicado pelo grupo islâmico somali al Shabaab.

Pouco depois dos tiros, soldados camuflados rastejaram sob o terraço de um restaurante na frente do prédio que estava cheio de clientes quando o ataque começou.

Por horas após o ataque, os mortos ficaram pelas mesas ainda com refeições sobre elas. Em uma lanchonete, um homem e uma mulher ficaram abraçados depois de terem sido mortos, antes de seus corpos serem removidos. A música ainda estava tocando.

Vários quenianos se reuniram no local, aguardando o que esperam ser um final violento. "Eles entraram com sangue, é assim que vão sair", disse Jonathan Maungo, um segurança particular.

O presidente Uhuru Kenyatta, enfrentando seu maior desafio de segurança desde a eleição em março, afirmou que alguns membros próximos de sua família estão entre os mortos, e prometeu derrotar os militantes.

"Superamos ataques terroristas antes", disse ele. O ataque é o maior no Quênia desde que uma célula da al Qaeda no leste da África bombardeou a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi em 1998, matando mais de 200 pessoas. Em 2002, a mesma célula militante atacou um hotel israelense e tentou derrubar jatos israelenses em um ataque coordenado.

O ministro do Interior, Joseph Ole Lenku, disse a repórteres que o número de mortos subiu para 59, e que as forças de segurança estão fazendo tudo que podem para resgatar os reféns que ainda estão dentro do shopping center.

(Reportagem adicional de James Macharia, Kevin Mwanza, Drazen Jorgic e Duncan Miriri)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Chevrolet Onix. Conectado ao GPS do seu celular.

11 de Setembro: O atentado terrorista que mudou o mundo





11 de Setembro: O atentado terrorista que mudou o mundo

A destruição das Torres Gémeas nos Estados Unidos nos atentados da Al-Qaeda há oito anos marcaram o início de um novo ciclo com o qual o mundo ficou mais inseguro e sobretudo mais à beira do abismo. O mundo nunca havia visto nada assim. O atentado que fez despenhar dois aviões nos edifícios foi tão devastador (mais de 3000 mortos) que até o grupo terrorista que os planeou e executou não teve coragem de o reivindicar inicialmente, só o fazendo bastante mais tarde a 27 de Dezembro desse mesmo ano.

Os ataques terroristas de 11 de Setembro, foram uma série de ataques suicidas, coordenados pela Al-Qaeda contra alvos civis nos Estados Unidos da América em 11 de Setembro de 2001.
Na manhã deste dia, quatro aviões comerciais foram sequestrados, vindo dois deles a colidir contra as torres do World Trade Center em Manhattan, Nova York. Um terceiro avião, o American Airlines Flight 77, foi direcionado pelos sequestradores para uma colisão contra o Pentágono, no Condado de Arlington, Virgínia. Os destroços do quarto avião, que atingiria o Capitólio, o United Airlines Flight 93, foram encontrados espalhados num campo próximo de Shanksville, Pensilvânia. A versão oficial apresentada pelo governo norte-americano reporta que os passageiros enfrentaram os supostos sequestradores e que, durante este ataque, o avião viria a cair. Os atentados causariam a morte de 3234 pessoas e o desaparecimento de 24.
Desde a Guerra de 1812, esse foi o primeiro ataque imposto por forças inimigas em território americano. Causado por uma célula terrorista ligada à rede Al Qaeda, esse inimigo invisível deixou um saldo de mortes superior a 3 mil. Para se ter uma ideia quantitativa de seu resultado arrasador, só o ataque em si excedeu o saldo de aproximadamente 2400 militares norte-americanos mortos no ataque sem aviso prévio dos japoneses à base naval de Pearl Harbor em 1941; além disso, essa terrível demonstração de impunidade foi caprichosamente planeada e direccionada aos símbolos americanos, praticada impunemente, e tendo como armas aviões comerciais.
Para além da destruição das torres gémeas de 110 andares cada uma, cinco edifícios do World Trade Center ficaram destruídos ou seriamente danificados, quatro estações do metro de Nova York e a igreja cristã ortodoxa de São Nicolau. No total, 25 edifícios em Manhattan sofreram danos e sete edifícios do complexo do World Trade Center foram arrasados. Mais tarde, o Deutsche Bank Building situado na rua Libery Street e o Borough of Manhattan Community College’s Fiterman Hall tiveram que ser demolidos devido ao estado em que se encontravam. Vários equipamentos de comunicações também sofreram danos. As antenas de telecomunicações da Torre Norte caíram com seu desmoronamento.
Em Arlington, uma parte do Pentágono foi severamente danificada pelo fogo e impacto do avião. Uma secção inteira do edifício foi derrubada.

A responsabilidade da Al-Qaeda

As investigações do Governo dos Estados Unidos incluíram a operação do FBI, a maior da história com mais de 7.000 agentes envolvidos. Os resultados desta determinaram que Al-Qaeda e Osama bin Laden tinham responsabilidade dos atentados. A idêntica conclusão chegaram as investigações do governo britânico.
Sua declaração de guerra santa contra os Estados Unidos, e uma frota firmada por Bin Laden e outros chamando a matar a civis norte-americanos em 1998, são consideradas por muitos como evidência de sua motivação para cometer estes actos.
No entanto no próprio dia 16 de Setembro de 2001, Bin Laden negou qualquer participação nos atentados lendo um comunicado que foi emitido por ele por um canal de televisão via satélite do Qatar, a Al Jazeera e posteriormente emitido em numerosas cadeias americanas. “Insisto que não executei este acto, que parece ter sido executado por indivíduos com seus próprios motivos.”
Entretanto, em novembro de 2001, as Forças Armadas dos Estados Unidos da América encontraram uma fita de vídeo caseiro numa casa destruída em Jalalabad, Afeganistão, onde Osama bin Laden reconhece ter planeado os ataques: “Nós calculamos por adiantado a quantidade de baixas do inimigo, que morreríam por ficarem presos na torre. Nós calculamos que os andares que deveriam ser prejudicados eram três ou quatro. Eu era o mais optimista de todos… devido a minha experiência neste campo. Pensava que o fogo da gasolina do avião derreteria a estrutura de ferro do edifício e somente faria colapsar a área onde o avião chocara e os andares acima. Isso era todo o que esperávamos.”
No dia 27 de Dezembro de 2001, foi difundido outro vídeo de Bin Laden no qual afirma: “Ocidente em geral, e os Estados Unidos em particular, têm um ódio pelo islão. O terrorismo contra os Estados Unidos é benéfico e está justificado.”
Pouco antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2004, num comunicado por vídeo, Bin Laden reconheceu publicamente a responsabilidade da al-Qaeda nos atentados dos Estados Unidos, e admitiu sua implicação directa nos ataques. Disse “nós decidimos destruir as torres na América… Deus sabe que não nos ocorreu originalmente essa ideia, mas nossa paciência se esgotou diante da injustiça e inflexibilidade da aliança entre Americanos e Israelitas contra o nosso povo na Palestina e no Líbano e então a ideia surgiu na minha mente.”
Em uma fita de áudio transmitida pela Al Jazeera em 21 de Maio de 2006, Bin Laden disse que ele dirigiu pessoalmente os 19 sequestradores. Outro vídeo obtido pela Al Jazeera em Setembro de 2006 mostra Osama bin Laden com Ramzi Binalshibh, assim como dois dos sequestradores, Hamza al-Ghamdi e Wail al-Shehri, fazendo preparações para os atentados.
A Comissão Nacional sobre os Ataques Terroristas contra os Estados Unidos foi formada pelo governo dos Estados Unidos e é habitualmente conhecida como Comissão 11 de Setembro. Publicou uma informação em 22 de Julho de 2004, concluindo que os atentados foram elaborados e executados por membros da al-Qaeda.

Consequências nos Estados Unidos

Foram cerca de 1200 estrangeiros que foram presos e encarcerados secretamente em relação à investigação dos ataques de 11 de Setembro, ainda que o governo não tenha divulgado o número exacto.
Os métodos entretanto utilizados pelo Estado para investigar e deter suspeitos têm sido severamente criticados por organizações de direitos humanos como Human Rights Watch [18] e chefes de governo como a chanceler alemã Angela Merkel.
Foi na sequência deste ataque que os Estados Unidos invadiram o Iraque com as consequências já conhecidas, que projectaram o mundo numa espiral de insegurança terrível. O mundo ficou mais inseguro e o terrorismo ganhou um alento e protagonismo que já não conhecia desde os anos setenta no Médio Oriente.

José Manuel Duarte
jduarte@mundoportugues.org

Dilma adia visita de Estado aos EUA após denúncias de espionagem

Dilma adia visita de Estado aos EUA após denúncias de espionagem

Presidente Dilma Rousseff é vista durante reunião plenária no Palácio do Planalto, em Brasília, em julho. Dilma adiou nesta terça-feira a visita de Estado que faria a Washington em outubro, por considerar que ainda não foi alcançada uma "solução satisfatória" para as denúncias de espionagem pelos Estados Unidos de comunicações pessoais da presidente, de empresas e cidadãos brasileiro. 17/07/2013 REUTERS/Ueslei Marcelino

BRASÍLIA, 17 Set (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff adiou nesta terça-feira a visita de Estado que faria a Washington em outubro, por considerar que ainda não foi alcançada uma "solução satisfatória" para as denúncias de espionagem pelos Estados Unidos de comunicações pessoais da presidente, de empresas e cidadãos brasileiro.

Dilma decidiu adiar a viagem em comum acordo com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apesar de ter mantido uma conversa de 20 minutos por telefone com ele na noite de segunda-feira numa última tentativa de salvar a viagem.

A decisão da presidente, anunciada em nota divulgada pelo Palácio do Planalto, é um duro golpe nas relações entre Brasil e Estados Unidos, que melhoraram sensivelmente desde a posse de Dilma em 2011, mas foram abaladas pelas denúncias de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) espionou emails, mensagens de texto e telefonemas entre a presidente e assessores.

"Tendo em conta a proximidade da programada visita de Estado a Washington --e na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação-- não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada", disse a Presidência em nota.

"Dessa forma, os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado, pois os resultados desta visita não devem ficar condicionados a um tema cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada."

A Casa Branca também anunciou que a visita fora adiada. O presidente Obama disse, segundo um porta-voz, que entende e lamenta as preocupações que supostas atividades de inteligência dos EUA geraram no Brasil e deixou claro que está empenhado em trabalhar em conjunto com Dilma e seu governo nos canais diplomáticos para superar a questão.

Apesar do anúncio de adiamento dos dois governos, duas fontes com conhecimento da decisão tomada por Dilma disseram que a viagem dificilmente acontecerá em breve.

Denúncias feitas com base em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden e publicacos pela mídia brasileira revelaram que a agência norte-americana usou programas secretos de vigilância da Internet para monitorar as comunicações no Brasil. Alegações recentes afirmam que as comunicações pessoais de Dilma e a Petrobras também foram alvo de espionagem dos EUA.

As denúncias enfureceram Dilma, que exigiu explicações de Obama quando ambos se encontraram durante a reunião do G20 neste mês na Rússia. As revelações também arranham os esforços de anos para melhorar as relações entre as duas maiores economias das Américas.
Presidente Dilma Rousseff é vista durante reunião plenária no Palácio do Planalto, em Brasília, em julho. Dilma adiou nesta terça-feira a visita de Estado que faria a Washington em outubro, por considerar que ainda não foi alcançada uma "solução satisfatória" para as denúncias de espionagem pelos Estados Unidos de comunicações pessoais da presidente, de empresas e cidadãos brasileiro. 17/07/2013 REUTERS/Ueslei Marcelino
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Dilma tomou a decisão de adiar a viagem para os EUA, marcada para 23 de outubro, depois de se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que na semana passada viajou a Washington para discutir as denúncias de espionagem com a conselheira de Segurança Nacional de Obama, Susan Rice.

Em breve comunicado após o encontro entre Rice e Figueiredo, a Casa Branca disse que as alegações recentes "levantaram questões legítimas em nossos amigos e aliados" sobre a inteligência norte-americana, sem fazer um pedido de desculpas a Dilma.

Autoridades norte-americanas afirmam que o monitoramento realizado pela NSA tem o objetivo de detectar atividades suspeitas de terroristas e não de bisbilhotar comunicações internacionais.

O governo brasileiro, no entanto, rejeitou o argumento de Washington de que os EUA buscam apenas reunir informações críticas para a segurança nacional dos EUA. O Brasil é uma democracia pacífica sem histórico de terrorismo internacional ou acesso a armas de destruição em massa.

A visita de Estado de Dilma era a única do tipo oferecida pelo governo Obama neste ano. A viagem tinha o objetivo de servir como plataforma para acordos nas áreas de exploração de petróleo e tecnologias de biocombustível, além da potencial compra pelo Brasil de caças de combate fabricados pela norte-americana Boeing.

Dilma tem viagem marcada para o fim deste mês aos EUA para participar da Assembleia-Geral da ONU em Nova York.

(Reportagem de Anthony Boadle e Brian Winter)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Responsável por desempate no mensalão, Celso de Mello promete voto independente


O ex-ministro José Dirceu (D) conversa com amigos enquanto assiste à sessão do STF sobre o mensalão, nesta quinta-feira, em São Paulo. REUTERS/Paulo Whitaker

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA, 12 Set (Reuters) - Ministro mais antigo do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello tem nas mãos a responsabilidade de desempatar o placar sobre a possibilidade de pelo menos 11 condenados no processo do mensalão apresentarem novos recursos e prometeu que seu voto, a ser divulgado na próxima semana, foi redigido de maneira independente da opinião pública.

Em conversa com jornalistas após a sessão do Supremo desta quinta-feira, Celso de Mello lembrou que já tratou da questão dos chamados embargos infringentes --recurso que pode dar um novo julgamento a réus condenados que tiveram pelo menos quatro votos pela absolvição-- por duas vezes, uma delas na primeira sessão de julgamento do mensalão em agosto do ano passado.

Na ocasião ele se posicionou favorável a este tipo de recurso e, nesta quinta, questionado se manteria a posição, disse que a levaria em conta em seu voto, assim como as manifestações dos demais ministros do Supremo.

Durante a sessão do STF desta quinta, encerrada após empate de 5 votos a 5 sobre a questão, os ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello alertaram para o impacto que a decisão do tribunal poderia ter na sociedade, uma vez que os embargos infringentes, se aceitos, podem prolongar o julgamento do esquema de compra de apoio político no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou conhecido como mensalão.

"A responsabilidade é inerente ao cargo e às funções... é preciso decidir e decidir com absoluta independência e independentemente do que pensa a opinião pública", disse Celso de Mello a jornalistas.

"Me pauto pelo respeito e pela reverência que sempre prestei à autoridade da Constituição", afirmou, acrescentando que está "em condições" de votar.

Há mais de um ano, na primeira sessão de julgamento da ação penal do mensalão em agosto de 2012, Celso de Mello disse: "o Supremo Tribunal Federal, em normas que não foram derrogadas e que ainda vigem, reconhece a possibilidade de impugnação de decisões emanadas do plenário desta Corte em sede penal, não apenas nos embargos de declaração, como aqui se falou, mas também em embargos infringentes do julgado".

Questionado se repetiria a posição na próxima semana, o ministro limitou-se a responder: "Será? Acho que não evoluí. Será que evoluí?"

domingo, 8 de setembro de 2013

Papa Francisco pede fim do tráfico ilegal de armas

Papa Francisco pede fim do tráfico ilegal de armas

ROMA, 8 Set (Reuters) - O papa Francisco fez uma conclamação neste domingo pelo fim do tráfico ilegal de armas e repetiu seu apelo pela paz na Síria.

"A guerra contra o mal significa dizer não ao ódio fratricida e às mentiras que o alimentam, dizendo não à violência em todas as suas formas, dizendo não à proliferação de armas e do tráfico ilegal de armas", disse ele em seu Angelus dominical regular.

"Há sempre a dúvida se essas guerras aqui ou lá são guerras por problemas reais ou guerras para vender armas", disse ele.

"Há uma guerra comercial para vender essas armas no comércio ilegal. Estes são os inimigos a serem combatidos, juntos e unidos, seguindo não outro interesse que não o da paz e o do bem comum."

Esse chamamento ocorreu horas depois de o papa se dirigir a cerca de 100 mil pessoas na Praça de São Pedro, em um dia de jejum e oração pela paz na Síria.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Dilma se reúne com Obama após suposta espionagem dos EUA, diz Casa Branca


 O presidente dos EUA, Barack Obama (direita), senta-se ao lado da presidente do Brasil, Dilma Rousseff (centro), no início de uma sessão do G20 no Palácio Konstantin em São Petersburgo, Rússia.

BRASÍLIA, 5 Set (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff se encontrou nesta quinta-feira com o presidente norte-americano, Barack Obama, e os dois discutiram a recente denúncia de que os Estados Unidos teriam espionado suas comunicações privadas.

Uma autoridade da Casa Branca disse à Reuters que Dilma e Obama discutiram a suposta espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), mas não forneceu mais detalhes.

Os dois líderes, que estão em São Petersburgo, na Rússia, para participar da cúpula do G20, se sentaram lado a lado na primeira sessão plenária do encontro.

Uma fonte do governo brasileiro afirmou à Reuters na quarta-feira que Dilma estava "furiosa" com as denúncias de que teria sido espionada e queria um pedido público de desculpas do governo norte-americano, pois poderia cancelar a visita de Estado a Washington, marcada para outubro.

O Palácio do Planalto informou, na manhã desta quinta-feira, o cancelamento da ida a Washington de uma equipe do governo para preparar a viagem de Dilma à capital dos EUA, sem dar mais detalhes.

O governo brasileiro deu prazo até sexta-feira para os Estados Unidos darem uma explicação por escrito sobre qual era a intenção da NSA em monitorar as comunicações de Dilma.

As informações da suposta espionagem foram divulgadas no domingo por uma reportagem do programa "Fantástico", da TV Globo, feita com base em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da agência Edward Snowden.

A NSA teria monitorado o conteúdo de emails, telefonemas e mensagens de texto de Dilma.

O vice-assessor de segurança nacional para Comunicações Estratégicas dos Estados Unidos, Ben Rhodes, disse que Washington trabalhará para resolver o impasse por meio de "canais diplomáticos e de inteligência".

"Entendemos quanto isso é importante para os brasileiros", disse. "Estamos concentrados em garantir que os brasileiros entendam exatamente qual a natureza do nosso esforço de inteligência... Então temos o objetivo de resolver essas coisas numa base bilateral."

(Reportagem de Anthony Boadle e Maria Carolina Marcello, com reportagem adicional de Steve Holland, em São Petersburgo)

http://br.reuters.com/

No G20, aumenta a pressão sobre Obama na questão síria



 O presidente dos EUA, Barack Obama, comparece à primeira sessão da cúpula do G20 no Palácio de Constantine em Strelna, próximo a São Petersburgo, Rússia. REUTERS/Sergei Karpukhin
Por Timothy Heritage

SÃO PETERSBURGO, Rússia , 5 Set (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrentou nesta quinta-feira crescente pressão de líderes mundiais para que não lance ataques militares contra a Síria, durante a cúpula sobre a economia mundial, tema que ficou em segundo plano por causa do conflito.

O Grupo dos 20 (G20), que reúne economias desenvolvidas e emergentes, está reunido em São Petersburgo para tentar forjar uma frente unida para o crescimento econômico, comércio, transparência bancária e combate à evasão fiscal.

Mas o grupo, cujos membros perfazem dois terços da população e 90 por cento da produção mundial, está dividido em questões que variam da decisão do Federal Reserva, o banco central dos EUA, de encerrar seu programa de estímulo econômico à guerra civil na Síria.

O presidente russo, Vladimir Putin, quer aproveitar o encontro, realizado num palácio czarista à beira-mar, para convencer Obama a desistir da ação contra o presidente da Síria, Bashar al-Assad, motivada por um ataque com armas químicas que os EUA dizem ter sido desferido por forças do governo sírio.

Obama abriu um sorriso duro ao se aproximar de Putin na chegada à cúpula e apertou sua mão. Putin também manteve uma expressão formal. Somente quando eles se viraram para posar para as câmeras Obama ampliou o sorriso.

A primeira rodada da cúpula favoreceu Putin, já que a China, a União Europeia e o papa Francisco --em uma carta aos líderes do G20-- se alinharam mais estreitamente com ele do que com Obama sobre a possibilidade e a legitimidade de uma intervenção armada.

"Uma ação militar teria um impacto negativo sobre a economia global, especialmente sobre o preço do petróleo --vai causar um aumento no preço do petróleo", disse o vice-ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, antes do início das negociações dos líderes do G20.

O papa Francisco disse em carta ao presidente russo, Vladimir Putin, por ocasião da cúpula do G20, que os líderes mundiais deveriam "deixar de lado a busca inútil por uma solução militar" na Síria.

Líderes da União Europeia, normalmente forte aliados dos EUA, descreveram o ataque de 21 de agosto, perto de Damasco e no qual se estima terem morrido 1.400 pessoas, como "abominável", mas acrescentaram: "Não há solução militar para o conflito sírio".

Os líderes do grupo de economias emergentes Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- expressaram, durante reunião na cúpula do G20, preocupação de que um ataque militar contra a Síria possa prejudicar a economia mundial, segundo um porta-voz de Putin.

"Foi notório em meio ao diálogo dos Brics que entre os fatores que podem afetar negativamente a situação da economia mundial estão as consequências de uma eventual intervenção externa nos assuntos sírios. Tais consequências podem ter um efeito extremamente negativo sobre a economia mundial", disse o porta-voz Dmitry Peskov.

Putin, o mais importante aliado de Assad, ficou isolado em junho na questão síria durante a reunião do Grupo dos Oito, o último grande encontro de potências mundiais. Ele poderia agora virar a mesa contra Obama, que recentemente o comparou a "um aluno entediado no fundo da sala de aula".

Somente a França, que se prepara para se unir aos EUA na ação militar, se posicionou ao lado de Obama.

"Nós estamos convencidos de que se não houver nenhuma punição para Assad, não haverá nenhuma negociação", declarou o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, antes de partir para São Petersburgo.

Por ser improvável o apoio da China e da Rússia no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, onde os dois países têm poder de veto, Obama está buscando o aval do Congresso norte-americano.

Putin diz que forças rebeldes podem ter realizado o ataque com gás venenoso e qualquer ataque militar sem a aprovação do Conselho de Segurança violaria o direito internacional, um ponto de vista que conta com crescente apoio.

Não está prevista uma conversa direta entre Putin e Obama, mas o líder russo espera discutir a questão síria em um jantar com todos os líderes. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o enviado especial da organização, Lakhdar Brahimi, também estão em São Petersburgo, esperando obter um acordo para a realização de uma conferência internacional de paz sobre a Síria.

Nenhuma decisão do G20 sobre a Síria teria caráter de cumprimento obrigatório, mas Putin gostaria de chegar a um consenso para evitar uma ação militar, o que seria um triunfo pessoal significativo, embora improvável.

http://br.reuters.com/

Síria envia carta ao Congresso dos EUA pedindo que rejeitem ataque


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O governo sírio enviou, nesta quinta-feira (5), uma carta endereçada ao presidente da Câmara dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, pedindo que o Congresso americano rejeite a proposta do presidente Barack Obama de atacar a Síria.
Reprodução/Sky News
Reprodução de carta enviada pela Síria ao Congresso dos EUA

Desde a semana passada, quando a inteligência americana afirmou ter provas do uso de armas químicas pelo regime do presidente sírio, Bashar Assad, em ataque do dia 21 de agosto num subúrbio de Damasco, Obama disse que a linha vermelha tinha sido ultrapassada e isso demandaria uma reposta imediata --no caso, um ataque limitado e sem tropas em terra em território sírio, pelas forças americanas. No entanto, o presidente afirmou que só daria a ordem para atacar se os parlamentares americanos autorizassem a ação.

Na carta, segundo o site de notícias "Sky News" --que reproduz imagem do documento de cinco páginas--, assinada pelo presidente do Parlamento sírio, Jihad al-Laham, há um apelo para que os parlamentares não sejam coniventes com um "ataque irresponsável e que poderá matar civis inocentes".

Citando o presidente americano Franklin Roosevelt (1882-1945), o documento também pede que os americanos mantenham a linha civilizada da diplomacia, para se chegar a uma solução do conflito sírio, e evitem a linguagem da violência.

Al-Laham faz, ainda, um convite para que os congressistas americanos viagem à Síria para "verem com seus próprios olhos o que realmente está acontecendo no país", dando a entender que o regime sírio não está por trás do ataque com armas químicas, mas, sim, terroristas jihadistas.

Uma carta com teor semelhante foi entregue aos governos da França e do Reino Unido, no mês passado. No dia 29 de agosto, o Parlamento britânico rechaçou, após votação, a participação do Exército do Reino Unido numa ação conjunta com o Exército dos EUA contra o território sírio.

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Monitoramos os outros países "para entender melhor o mundo", diz Obama


Brasil x EUA (espionagem) - No início de julho, o jornal "O Globo" publicou uma série de reportagens sobre o monitoramento feito pelo governo americano no Brasil. Segundo o periódico, Brasília fez parte de uma rede de 16 bases de espionagem operadas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos, que espionaram milhares de chamadas telefônicas e e-mails. As matérias se baseiam nas informações de Edward Snowden, ex-consultor da NSA (sigla em inglês da Agência Nacional de Segurança). O governo brasileiro pediu explicações aos EUA após a divulgação da história. Na foto, o ministro da Defesa, Celso Amorim, que disse que o Brasil está "vulnerável" à espionagem Pedro Ladeira/Folhapress
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira (4) que o governo americano obteve "informações de inteligência" sobre outros países para "tentar entender melhor o mundo", e justificou a ação "porque nossos meios são significativamente maiores".

"Nossas capacidades militares são mais significativas que as de outros países. Podemos ter os mesmos objetivos, mas nossos meios são significativamente maiores", afirmou Obama em Estocolmo, durante uma coletiva de imprensa conjunta com o premiê da Suécia, Fredirik Reinfeldt.

Sem citar as revelações feitas pelo jornalista Glenn Greenwald, de que os EUA espionaram a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, Obama afirmou que a ação dos EUA visa "algumas áreas de preocupação".
As áreas, segundo ele, incluem contraterrorismo, armas de destruição em massa, cibersegurança e interesses de segurança nacional dos EUA.

Obama disse que, após os atentados de 11 de setembro de 2001, muito da inteligência americana foi ampliado para combater o terrorismo.

"Houve tempos em que os procedimentos não funcionaram como deveriam, o que levanta questões sobre se não estamos sendo invasivos demais. O risco de abusos hoje é maior."

Obama diz que, por essa razão, instruiu seu time a "revisar tudo que estamos fazendo, e equilibrar os meios com os fins".

"Não é porque podemos fazer algo que vamos fazer." Obama afirmou ainda que seu governo consulta a União Europeia para chegar a um consenso para "alinhar os interesses específicos da UE com nossa política" e "aliviar algumas preocupações" http://noticias.uol.com.br/

domingo, 1 de setembro de 2013

Livro: Dias de Inferno na Síria O Relato do Jornalista Brasileiro Que Foi Preso e Torturado em Plena Guerra



Livro: Dias de Inferno na Síria
O Relato do Jornalista Brasileiro Que Foi Preso e Torturado em Plena Guerra
1a. edição, 2012
Klester Cavalcanti
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O jornalista Klester Cavalcanti saiu de São Paulo, em maio de 2012, com a missão de registrar a realidade da guerra civil na Síria, iniciada em março de 2011.Partiu para Beirute, no Líbano, com toda a documentação em ordem. Tinha o visto sírio, uma lista dos equipamentos que poderia portar, passaporte e um contato esperando-o na cidade de Homs, então epicentro do conflito entre as forças do ditador Bashar al-Assad e os rebeldes do Exército Livre da Síria.

Seu plano era entrar em território sírio pela fronteira libanesa e acompanhar por alguns dias a ação dos rebeldes. Mas nada aconteceu como planejado. O jornalista foi preso pelas tropas oficiais, torturado e encarcerado por seis dias numa cela que dividia com mais de 20 detentos.

Naquele microcosmo, estavam os personagens e as histórias que precisava para retratar a guerra civil que acompanhava da cela, ouvindo os tiros e as explosões que vinham das ruas. O resultado é este "Dias de Inferno na Síria", que apresenta o conflito sírio de uma perspectiva inédita, já que visto de dentro, ao mesmo tempo em que e as vítimas e os algozes da guerra ganham a dimensão humana que faz refletir sobre as diferenças religiosas, de raça e de poder que maltratam o mundo.  http://livraria.folha.com.br/