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terça-feira, 17 de setembro de 2013

11 de Setembro: O atentado terrorista que mudou o mundo





11 de Setembro: O atentado terrorista que mudou o mundo

A destruição das Torres Gémeas nos Estados Unidos nos atentados da Al-Qaeda há oito anos marcaram o início de um novo ciclo com o qual o mundo ficou mais inseguro e sobretudo mais à beira do abismo. O mundo nunca havia visto nada assim. O atentado que fez despenhar dois aviões nos edifícios foi tão devastador (mais de 3000 mortos) que até o grupo terrorista que os planeou e executou não teve coragem de o reivindicar inicialmente, só o fazendo bastante mais tarde a 27 de Dezembro desse mesmo ano.

Os ataques terroristas de 11 de Setembro, foram uma série de ataques suicidas, coordenados pela Al-Qaeda contra alvos civis nos Estados Unidos da América em 11 de Setembro de 2001.
Na manhã deste dia, quatro aviões comerciais foram sequestrados, vindo dois deles a colidir contra as torres do World Trade Center em Manhattan, Nova York. Um terceiro avião, o American Airlines Flight 77, foi direcionado pelos sequestradores para uma colisão contra o Pentágono, no Condado de Arlington, Virgínia. Os destroços do quarto avião, que atingiria o Capitólio, o United Airlines Flight 93, foram encontrados espalhados num campo próximo de Shanksville, Pensilvânia. A versão oficial apresentada pelo governo norte-americano reporta que os passageiros enfrentaram os supostos sequestradores e que, durante este ataque, o avião viria a cair. Os atentados causariam a morte de 3234 pessoas e o desaparecimento de 24.
Desde a Guerra de 1812, esse foi o primeiro ataque imposto por forças inimigas em território americano. Causado por uma célula terrorista ligada à rede Al Qaeda, esse inimigo invisível deixou um saldo de mortes superior a 3 mil. Para se ter uma ideia quantitativa de seu resultado arrasador, só o ataque em si excedeu o saldo de aproximadamente 2400 militares norte-americanos mortos no ataque sem aviso prévio dos japoneses à base naval de Pearl Harbor em 1941; além disso, essa terrível demonstração de impunidade foi caprichosamente planeada e direccionada aos símbolos americanos, praticada impunemente, e tendo como armas aviões comerciais.
Para além da destruição das torres gémeas de 110 andares cada uma, cinco edifícios do World Trade Center ficaram destruídos ou seriamente danificados, quatro estações do metro de Nova York e a igreja cristã ortodoxa de São Nicolau. No total, 25 edifícios em Manhattan sofreram danos e sete edifícios do complexo do World Trade Center foram arrasados. Mais tarde, o Deutsche Bank Building situado na rua Libery Street e o Borough of Manhattan Community College’s Fiterman Hall tiveram que ser demolidos devido ao estado em que se encontravam. Vários equipamentos de comunicações também sofreram danos. As antenas de telecomunicações da Torre Norte caíram com seu desmoronamento.
Em Arlington, uma parte do Pentágono foi severamente danificada pelo fogo e impacto do avião. Uma secção inteira do edifício foi derrubada.

A responsabilidade da Al-Qaeda

As investigações do Governo dos Estados Unidos incluíram a operação do FBI, a maior da história com mais de 7.000 agentes envolvidos. Os resultados desta determinaram que Al-Qaeda e Osama bin Laden tinham responsabilidade dos atentados. A idêntica conclusão chegaram as investigações do governo britânico.
Sua declaração de guerra santa contra os Estados Unidos, e uma frota firmada por Bin Laden e outros chamando a matar a civis norte-americanos em 1998, são consideradas por muitos como evidência de sua motivação para cometer estes actos.
No entanto no próprio dia 16 de Setembro de 2001, Bin Laden negou qualquer participação nos atentados lendo um comunicado que foi emitido por ele por um canal de televisão via satélite do Qatar, a Al Jazeera e posteriormente emitido em numerosas cadeias americanas. “Insisto que não executei este acto, que parece ter sido executado por indivíduos com seus próprios motivos.”
Entretanto, em novembro de 2001, as Forças Armadas dos Estados Unidos da América encontraram uma fita de vídeo caseiro numa casa destruída em Jalalabad, Afeganistão, onde Osama bin Laden reconhece ter planeado os ataques: “Nós calculamos por adiantado a quantidade de baixas do inimigo, que morreríam por ficarem presos na torre. Nós calculamos que os andares que deveriam ser prejudicados eram três ou quatro. Eu era o mais optimista de todos… devido a minha experiência neste campo. Pensava que o fogo da gasolina do avião derreteria a estrutura de ferro do edifício e somente faria colapsar a área onde o avião chocara e os andares acima. Isso era todo o que esperávamos.”
No dia 27 de Dezembro de 2001, foi difundido outro vídeo de Bin Laden no qual afirma: “Ocidente em geral, e os Estados Unidos em particular, têm um ódio pelo islão. O terrorismo contra os Estados Unidos é benéfico e está justificado.”
Pouco antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2004, num comunicado por vídeo, Bin Laden reconheceu publicamente a responsabilidade da al-Qaeda nos atentados dos Estados Unidos, e admitiu sua implicação directa nos ataques. Disse “nós decidimos destruir as torres na América… Deus sabe que não nos ocorreu originalmente essa ideia, mas nossa paciência se esgotou diante da injustiça e inflexibilidade da aliança entre Americanos e Israelitas contra o nosso povo na Palestina e no Líbano e então a ideia surgiu na minha mente.”
Em uma fita de áudio transmitida pela Al Jazeera em 21 de Maio de 2006, Bin Laden disse que ele dirigiu pessoalmente os 19 sequestradores. Outro vídeo obtido pela Al Jazeera em Setembro de 2006 mostra Osama bin Laden com Ramzi Binalshibh, assim como dois dos sequestradores, Hamza al-Ghamdi e Wail al-Shehri, fazendo preparações para os atentados.
A Comissão Nacional sobre os Ataques Terroristas contra os Estados Unidos foi formada pelo governo dos Estados Unidos e é habitualmente conhecida como Comissão 11 de Setembro. Publicou uma informação em 22 de Julho de 2004, concluindo que os atentados foram elaborados e executados por membros da al-Qaeda.

Consequências nos Estados Unidos

Foram cerca de 1200 estrangeiros que foram presos e encarcerados secretamente em relação à investigação dos ataques de 11 de Setembro, ainda que o governo não tenha divulgado o número exacto.
Os métodos entretanto utilizados pelo Estado para investigar e deter suspeitos têm sido severamente criticados por organizações de direitos humanos como Human Rights Watch [18] e chefes de governo como a chanceler alemã Angela Merkel.
Foi na sequência deste ataque que os Estados Unidos invadiram o Iraque com as consequências já conhecidas, que projectaram o mundo numa espiral de insegurança terrível. O mundo ficou mais inseguro e o terrorismo ganhou um alento e protagonismo que já não conhecia desde os anos setenta no Médio Oriente.

José Manuel Duarte
jduarte@mundoportugues.org

Dilma adia visita de Estado aos EUA após denúncias de espionagem

Dilma adia visita de Estado aos EUA após denúncias de espionagem

Presidente Dilma Rousseff é vista durante reunião plenária no Palácio do Planalto, em Brasília, em julho. Dilma adiou nesta terça-feira a visita de Estado que faria a Washington em outubro, por considerar que ainda não foi alcançada uma "solução satisfatória" para as denúncias de espionagem pelos Estados Unidos de comunicações pessoais da presidente, de empresas e cidadãos brasileiro. 17/07/2013 REUTERS/Ueslei Marcelino

BRASÍLIA, 17 Set (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff adiou nesta terça-feira a visita de Estado que faria a Washington em outubro, por considerar que ainda não foi alcançada uma "solução satisfatória" para as denúncias de espionagem pelos Estados Unidos de comunicações pessoais da presidente, de empresas e cidadãos brasileiro.

Dilma decidiu adiar a viagem em comum acordo com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apesar de ter mantido uma conversa de 20 minutos por telefone com ele na noite de segunda-feira numa última tentativa de salvar a viagem.

A decisão da presidente, anunciada em nota divulgada pelo Palácio do Planalto, é um duro golpe nas relações entre Brasil e Estados Unidos, que melhoraram sensivelmente desde a posse de Dilma em 2011, mas foram abaladas pelas denúncias de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) espionou emails, mensagens de texto e telefonemas entre a presidente e assessores.

"Tendo em conta a proximidade da programada visita de Estado a Washington --e na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação-- não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada", disse a Presidência em nota.

"Dessa forma, os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado, pois os resultados desta visita não devem ficar condicionados a um tema cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada."

A Casa Branca também anunciou que a visita fora adiada. O presidente Obama disse, segundo um porta-voz, que entende e lamenta as preocupações que supostas atividades de inteligência dos EUA geraram no Brasil e deixou claro que está empenhado em trabalhar em conjunto com Dilma e seu governo nos canais diplomáticos para superar a questão.

Apesar do anúncio de adiamento dos dois governos, duas fontes com conhecimento da decisão tomada por Dilma disseram que a viagem dificilmente acontecerá em breve.

Denúncias feitas com base em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden e publicacos pela mídia brasileira revelaram que a agência norte-americana usou programas secretos de vigilância da Internet para monitorar as comunicações no Brasil. Alegações recentes afirmam que as comunicações pessoais de Dilma e a Petrobras também foram alvo de espionagem dos EUA.

As denúncias enfureceram Dilma, que exigiu explicações de Obama quando ambos se encontraram durante a reunião do G20 neste mês na Rússia. As revelações também arranham os esforços de anos para melhorar as relações entre as duas maiores economias das Américas.
Presidente Dilma Rousseff é vista durante reunião plenária no Palácio do Planalto, em Brasília, em julho. Dilma adiou nesta terça-feira a visita de Estado que faria a Washington em outubro, por considerar que ainda não foi alcançada uma "solução satisfatória" para as denúncias de espionagem pelos Estados Unidos de comunicações pessoais da presidente, de empresas e cidadãos brasileiro. 17/07/2013 REUTERS/Ueslei Marcelino
1 de 1Versão na íntegra
Dilma tomou a decisão de adiar a viagem para os EUA, marcada para 23 de outubro, depois de se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que na semana passada viajou a Washington para discutir as denúncias de espionagem com a conselheira de Segurança Nacional de Obama, Susan Rice.

Em breve comunicado após o encontro entre Rice e Figueiredo, a Casa Branca disse que as alegações recentes "levantaram questões legítimas em nossos amigos e aliados" sobre a inteligência norte-americana, sem fazer um pedido de desculpas a Dilma.

Autoridades norte-americanas afirmam que o monitoramento realizado pela NSA tem o objetivo de detectar atividades suspeitas de terroristas e não de bisbilhotar comunicações internacionais.

O governo brasileiro, no entanto, rejeitou o argumento de Washington de que os EUA buscam apenas reunir informações críticas para a segurança nacional dos EUA. O Brasil é uma democracia pacífica sem histórico de terrorismo internacional ou acesso a armas de destruição em massa.

A visita de Estado de Dilma era a única do tipo oferecida pelo governo Obama neste ano. A viagem tinha o objetivo de servir como plataforma para acordos nas áreas de exploração de petróleo e tecnologias de biocombustível, além da potencial compra pelo Brasil de caças de combate fabricados pela norte-americana Boeing.

Dilma tem viagem marcada para o fim deste mês aos EUA para participar da Assembleia-Geral da ONU em Nova York.

(Reportagem de Anthony Boadle e Brian Winter)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Responsável por desempate no mensalão, Celso de Mello promete voto independente


O ex-ministro José Dirceu (D) conversa com amigos enquanto assiste à sessão do STF sobre o mensalão, nesta quinta-feira, em São Paulo. REUTERS/Paulo Whitaker

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA, 12 Set (Reuters) - Ministro mais antigo do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello tem nas mãos a responsabilidade de desempatar o placar sobre a possibilidade de pelo menos 11 condenados no processo do mensalão apresentarem novos recursos e prometeu que seu voto, a ser divulgado na próxima semana, foi redigido de maneira independente da opinião pública.

Em conversa com jornalistas após a sessão do Supremo desta quinta-feira, Celso de Mello lembrou que já tratou da questão dos chamados embargos infringentes --recurso que pode dar um novo julgamento a réus condenados que tiveram pelo menos quatro votos pela absolvição-- por duas vezes, uma delas na primeira sessão de julgamento do mensalão em agosto do ano passado.

Na ocasião ele se posicionou favorável a este tipo de recurso e, nesta quinta, questionado se manteria a posição, disse que a levaria em conta em seu voto, assim como as manifestações dos demais ministros do Supremo.

Durante a sessão do STF desta quinta, encerrada após empate de 5 votos a 5 sobre a questão, os ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello alertaram para o impacto que a decisão do tribunal poderia ter na sociedade, uma vez que os embargos infringentes, se aceitos, podem prolongar o julgamento do esquema de compra de apoio político no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou conhecido como mensalão.

"A responsabilidade é inerente ao cargo e às funções... é preciso decidir e decidir com absoluta independência e independentemente do que pensa a opinião pública", disse Celso de Mello a jornalistas.

"Me pauto pelo respeito e pela reverência que sempre prestei à autoridade da Constituição", afirmou, acrescentando que está "em condições" de votar.

Há mais de um ano, na primeira sessão de julgamento da ação penal do mensalão em agosto de 2012, Celso de Mello disse: "o Supremo Tribunal Federal, em normas que não foram derrogadas e que ainda vigem, reconhece a possibilidade de impugnação de decisões emanadas do plenário desta Corte em sede penal, não apenas nos embargos de declaração, como aqui se falou, mas também em embargos infringentes do julgado".

Questionado se repetiria a posição na próxima semana, o ministro limitou-se a responder: "Será? Acho que não evoluí. Será que evoluí?"

domingo, 8 de setembro de 2013

Papa Francisco pede fim do tráfico ilegal de armas

Papa Francisco pede fim do tráfico ilegal de armas

ROMA, 8 Set (Reuters) - O papa Francisco fez uma conclamação neste domingo pelo fim do tráfico ilegal de armas e repetiu seu apelo pela paz na Síria.

"A guerra contra o mal significa dizer não ao ódio fratricida e às mentiras que o alimentam, dizendo não à violência em todas as suas formas, dizendo não à proliferação de armas e do tráfico ilegal de armas", disse ele em seu Angelus dominical regular.

"Há sempre a dúvida se essas guerras aqui ou lá são guerras por problemas reais ou guerras para vender armas", disse ele.

"Há uma guerra comercial para vender essas armas no comércio ilegal. Estes são os inimigos a serem combatidos, juntos e unidos, seguindo não outro interesse que não o da paz e o do bem comum."

Esse chamamento ocorreu horas depois de o papa se dirigir a cerca de 100 mil pessoas na Praça de São Pedro, em um dia de jejum e oração pela paz na Síria.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Dilma se reúne com Obama após suposta espionagem dos EUA, diz Casa Branca


 O presidente dos EUA, Barack Obama (direita), senta-se ao lado da presidente do Brasil, Dilma Rousseff (centro), no início de uma sessão do G20 no Palácio Konstantin em São Petersburgo, Rússia.

BRASÍLIA, 5 Set (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff se encontrou nesta quinta-feira com o presidente norte-americano, Barack Obama, e os dois discutiram a recente denúncia de que os Estados Unidos teriam espionado suas comunicações privadas.

Uma autoridade da Casa Branca disse à Reuters que Dilma e Obama discutiram a suposta espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), mas não forneceu mais detalhes.

Os dois líderes, que estão em São Petersburgo, na Rússia, para participar da cúpula do G20, se sentaram lado a lado na primeira sessão plenária do encontro.

Uma fonte do governo brasileiro afirmou à Reuters na quarta-feira que Dilma estava "furiosa" com as denúncias de que teria sido espionada e queria um pedido público de desculpas do governo norte-americano, pois poderia cancelar a visita de Estado a Washington, marcada para outubro.

O Palácio do Planalto informou, na manhã desta quinta-feira, o cancelamento da ida a Washington de uma equipe do governo para preparar a viagem de Dilma à capital dos EUA, sem dar mais detalhes.

O governo brasileiro deu prazo até sexta-feira para os Estados Unidos darem uma explicação por escrito sobre qual era a intenção da NSA em monitorar as comunicações de Dilma.

As informações da suposta espionagem foram divulgadas no domingo por uma reportagem do programa "Fantástico", da TV Globo, feita com base em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da agência Edward Snowden.

A NSA teria monitorado o conteúdo de emails, telefonemas e mensagens de texto de Dilma.

O vice-assessor de segurança nacional para Comunicações Estratégicas dos Estados Unidos, Ben Rhodes, disse que Washington trabalhará para resolver o impasse por meio de "canais diplomáticos e de inteligência".

"Entendemos quanto isso é importante para os brasileiros", disse. "Estamos concentrados em garantir que os brasileiros entendam exatamente qual a natureza do nosso esforço de inteligência... Então temos o objetivo de resolver essas coisas numa base bilateral."

(Reportagem de Anthony Boadle e Maria Carolina Marcello, com reportagem adicional de Steve Holland, em São Petersburgo)

http://br.reuters.com/

No G20, aumenta a pressão sobre Obama na questão síria



 O presidente dos EUA, Barack Obama, comparece à primeira sessão da cúpula do G20 no Palácio de Constantine em Strelna, próximo a São Petersburgo, Rússia. REUTERS/Sergei Karpukhin
Por Timothy Heritage

SÃO PETERSBURGO, Rússia , 5 Set (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrentou nesta quinta-feira crescente pressão de líderes mundiais para que não lance ataques militares contra a Síria, durante a cúpula sobre a economia mundial, tema que ficou em segundo plano por causa do conflito.

O Grupo dos 20 (G20), que reúne economias desenvolvidas e emergentes, está reunido em São Petersburgo para tentar forjar uma frente unida para o crescimento econômico, comércio, transparência bancária e combate à evasão fiscal.

Mas o grupo, cujos membros perfazem dois terços da população e 90 por cento da produção mundial, está dividido em questões que variam da decisão do Federal Reserva, o banco central dos EUA, de encerrar seu programa de estímulo econômico à guerra civil na Síria.

O presidente russo, Vladimir Putin, quer aproveitar o encontro, realizado num palácio czarista à beira-mar, para convencer Obama a desistir da ação contra o presidente da Síria, Bashar al-Assad, motivada por um ataque com armas químicas que os EUA dizem ter sido desferido por forças do governo sírio.

Obama abriu um sorriso duro ao se aproximar de Putin na chegada à cúpula e apertou sua mão. Putin também manteve uma expressão formal. Somente quando eles se viraram para posar para as câmeras Obama ampliou o sorriso.

A primeira rodada da cúpula favoreceu Putin, já que a China, a União Europeia e o papa Francisco --em uma carta aos líderes do G20-- se alinharam mais estreitamente com ele do que com Obama sobre a possibilidade e a legitimidade de uma intervenção armada.

"Uma ação militar teria um impacto negativo sobre a economia global, especialmente sobre o preço do petróleo --vai causar um aumento no preço do petróleo", disse o vice-ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, antes do início das negociações dos líderes do G20.

O papa Francisco disse em carta ao presidente russo, Vladimir Putin, por ocasião da cúpula do G20, que os líderes mundiais deveriam "deixar de lado a busca inútil por uma solução militar" na Síria.

Líderes da União Europeia, normalmente forte aliados dos EUA, descreveram o ataque de 21 de agosto, perto de Damasco e no qual se estima terem morrido 1.400 pessoas, como "abominável", mas acrescentaram: "Não há solução militar para o conflito sírio".

Os líderes do grupo de economias emergentes Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- expressaram, durante reunião na cúpula do G20, preocupação de que um ataque militar contra a Síria possa prejudicar a economia mundial, segundo um porta-voz de Putin.

"Foi notório em meio ao diálogo dos Brics que entre os fatores que podem afetar negativamente a situação da economia mundial estão as consequências de uma eventual intervenção externa nos assuntos sírios. Tais consequências podem ter um efeito extremamente negativo sobre a economia mundial", disse o porta-voz Dmitry Peskov.

Putin, o mais importante aliado de Assad, ficou isolado em junho na questão síria durante a reunião do Grupo dos Oito, o último grande encontro de potências mundiais. Ele poderia agora virar a mesa contra Obama, que recentemente o comparou a "um aluno entediado no fundo da sala de aula".

Somente a França, que se prepara para se unir aos EUA na ação militar, se posicionou ao lado de Obama.

"Nós estamos convencidos de que se não houver nenhuma punição para Assad, não haverá nenhuma negociação", declarou o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, antes de partir para São Petersburgo.

Por ser improvável o apoio da China e da Rússia no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, onde os dois países têm poder de veto, Obama está buscando o aval do Congresso norte-americano.

Putin diz que forças rebeldes podem ter realizado o ataque com gás venenoso e qualquer ataque militar sem a aprovação do Conselho de Segurança violaria o direito internacional, um ponto de vista que conta com crescente apoio.

Não está prevista uma conversa direta entre Putin e Obama, mas o líder russo espera discutir a questão síria em um jantar com todos os líderes. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o enviado especial da organização, Lakhdar Brahimi, também estão em São Petersburgo, esperando obter um acordo para a realização de uma conferência internacional de paz sobre a Síria.

Nenhuma decisão do G20 sobre a Síria teria caráter de cumprimento obrigatório, mas Putin gostaria de chegar a um consenso para evitar uma ação militar, o que seria um triunfo pessoal significativo, embora improvável.

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Síria envia carta ao Congresso dos EUA pedindo que rejeitem ataque


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O governo sírio enviou, nesta quinta-feira (5), uma carta endereçada ao presidente da Câmara dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, pedindo que o Congresso americano rejeite a proposta do presidente Barack Obama de atacar a Síria.
Reprodução/Sky News
Reprodução de carta enviada pela Síria ao Congresso dos EUA

Desde a semana passada, quando a inteligência americana afirmou ter provas do uso de armas químicas pelo regime do presidente sírio, Bashar Assad, em ataque do dia 21 de agosto num subúrbio de Damasco, Obama disse que a linha vermelha tinha sido ultrapassada e isso demandaria uma reposta imediata --no caso, um ataque limitado e sem tropas em terra em território sírio, pelas forças americanas. No entanto, o presidente afirmou que só daria a ordem para atacar se os parlamentares americanos autorizassem a ação.

Na carta, segundo o site de notícias "Sky News" --que reproduz imagem do documento de cinco páginas--, assinada pelo presidente do Parlamento sírio, Jihad al-Laham, há um apelo para que os parlamentares não sejam coniventes com um "ataque irresponsável e que poderá matar civis inocentes".

Citando o presidente americano Franklin Roosevelt (1882-1945), o documento também pede que os americanos mantenham a linha civilizada da diplomacia, para se chegar a uma solução do conflito sírio, e evitem a linguagem da violência.

Al-Laham faz, ainda, um convite para que os congressistas americanos viagem à Síria para "verem com seus próprios olhos o que realmente está acontecendo no país", dando a entender que o regime sírio não está por trás do ataque com armas químicas, mas, sim, terroristas jihadistas.

Uma carta com teor semelhante foi entregue aos governos da França e do Reino Unido, no mês passado. No dia 29 de agosto, o Parlamento britânico rechaçou, após votação, a participação do Exército do Reino Unido numa ação conjunta com o Exército dos EUA contra o território sírio.

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Monitoramos os outros países "para entender melhor o mundo", diz Obama


Brasil x EUA (espionagem) - No início de julho, o jornal "O Globo" publicou uma série de reportagens sobre o monitoramento feito pelo governo americano no Brasil. Segundo o periódico, Brasília fez parte de uma rede de 16 bases de espionagem operadas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos, que espionaram milhares de chamadas telefônicas e e-mails. As matérias se baseiam nas informações de Edward Snowden, ex-consultor da NSA (sigla em inglês da Agência Nacional de Segurança). O governo brasileiro pediu explicações aos EUA após a divulgação da história. Na foto, o ministro da Defesa, Celso Amorim, que disse que o Brasil está "vulnerável" à espionagem Pedro Ladeira/Folhapress
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira (4) que o governo americano obteve "informações de inteligência" sobre outros países para "tentar entender melhor o mundo", e justificou a ação "porque nossos meios são significativamente maiores".

"Nossas capacidades militares são mais significativas que as de outros países. Podemos ter os mesmos objetivos, mas nossos meios são significativamente maiores", afirmou Obama em Estocolmo, durante uma coletiva de imprensa conjunta com o premiê da Suécia, Fredirik Reinfeldt.

Sem citar as revelações feitas pelo jornalista Glenn Greenwald, de que os EUA espionaram a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, Obama afirmou que a ação dos EUA visa "algumas áreas de preocupação".
As áreas, segundo ele, incluem contraterrorismo, armas de destruição em massa, cibersegurança e interesses de segurança nacional dos EUA.

Obama disse que, após os atentados de 11 de setembro de 2001, muito da inteligência americana foi ampliado para combater o terrorismo.

"Houve tempos em que os procedimentos não funcionaram como deveriam, o que levanta questões sobre se não estamos sendo invasivos demais. O risco de abusos hoje é maior."

Obama diz que, por essa razão, instruiu seu time a "revisar tudo que estamos fazendo, e equilibrar os meios com os fins".

"Não é porque podemos fazer algo que vamos fazer." Obama afirmou ainda que seu governo consulta a União Europeia para chegar a um consenso para "alinhar os interesses específicos da UE com nossa política" e "aliviar algumas preocupações" http://noticias.uol.com.br/

domingo, 1 de setembro de 2013

Livro: Dias de Inferno na Síria O Relato do Jornalista Brasileiro Que Foi Preso e Torturado em Plena Guerra



Livro: Dias de Inferno na Síria
O Relato do Jornalista Brasileiro Que Foi Preso e Torturado em Plena Guerra
1a. edição, 2012
Klester Cavalcanti
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O jornalista Klester Cavalcanti saiu de São Paulo, em maio de 2012, com a missão de registrar a realidade da guerra civil na Síria, iniciada em março de 2011.Partiu para Beirute, no Líbano, com toda a documentação em ordem. Tinha o visto sírio, uma lista dos equipamentos que poderia portar, passaporte e um contato esperando-o na cidade de Homs, então epicentro do conflito entre as forças do ditador Bashar al-Assad e os rebeldes do Exército Livre da Síria.

Seu plano era entrar em território sírio pela fronteira libanesa e acompanhar por alguns dias a ação dos rebeldes. Mas nada aconteceu como planejado. O jornalista foi preso pelas tropas oficiais, torturado e encarcerado por seis dias numa cela que dividia com mais de 20 detentos.

Naquele microcosmo, estavam os personagens e as histórias que precisava para retratar a guerra civil que acompanhava da cela, ouvindo os tiros e as explosões que vinham das ruas. O resultado é este "Dias de Inferno na Síria", que apresenta o conflito sírio de uma perspectiva inédita, já que visto de dentro, ao mesmo tempo em que e as vítimas e os algozes da guerra ganham a dimensão humana que faz refletir sobre as diferenças religiosas, de raça e de poder que maltratam o mundo.  http://livraria.folha.com.br/

O outono brasileiro os protestos do Brasil







Ricardo Guedes

Estamos no marco zero das políticas públicas.

As explosões sociais espontâneas se sucedem no país na demanda por transporte, saúde, educação, segurança, e pela falta de representatividade política da população em geral, culminando em protestos com mais de 1 milhão de pessoas em cerca de 100 cidades nesta última quinta feira e a invasão do Palácio do Itamaraty, em Brasília, com o confronto entre os manifestantes e policiais.

As recentes explosões sociais brasileiras se equivalem, em sua gênese, a outros movimentos sociais ocorridos na história, como os distúrbios sociais de Nova Iorque de 1863 por serviços públicos, o movimento dos Indignados na Espanha em 2011 contra os políticos e suas consequências na economia, e o Ocupe Wall Street em 2012 contra as instituições financeiras.

Do ponto de vista de sua espontaneidade inicial, embora com consequências por demais distintas, podem mesmo ser comparado às Primaveras Árabes e aos recentes protestos na Turquia, embora com ideologias específicas, diferentes intensidades, e distintas perspectivas.

Esses movimentos têm em comum o cansaço dos excluídos em relação aos seus governantes, na ausência de bens e produtos sociais e de conduta política que corresponda às expectativas das populações. Ganham, neste sentido, destaque na mídia mundial.

As pesquisas indicam que 80% dos participantes nas manifestações não têm identificação partidária, compatível com os resultados das pesquisas nacionais onde somente 20% apresentam identificação com partidos políticos.

Ou seja: temos nas manifestações uma amostra então crescente e representativa da população brasileira, onde 75% apoiam as manifestações. Estatisticamente, 1 milhão de pessoas representa uma amostra com margem de erro de 1/10 de 1% para o total da população de 190 milhões no pais, como movimento geral.

Na literatura das ciências sociais, alguns autores indicam que os problemas nascem na economia, se generalizam no social e se transformam no político.

No Brasil, a origem das manifestações tem por causa principal o crescimento da inflação e a falta de serviços públicos minimamente adequados na saúde, educação e transporte, contrastados com os gastos para a Copa, como denominador comum dos recentes problemas sociais.

Após uma década de controle da inflação e de políticas bem sucedidas na implantação de programas sociais e da política de crédito, temos hoje por quase dois anos o crescimento do PIB em aproximadamente 1% e inflação de 6% anuais, totalizando a diminuição em cerca de 10% do poder de compra, com a crise econômica corroendo os salários, retornando parte do eleitorado à linha de pobreza.

Nas pesquisas, saúde, educação, segurança, transporte e corrupção são apontados como os principais problemas, observando-se o cansaço em relação à falta de políticas públicas e a questões de ética.

Em grupos de discussão, os gastos com a Copa são fortemente criticados por todas as classes sociais, gerando a dicotomia entre o espetáculo do primeiro mundo e a ausência de políticas públicas.

A recente queda de popularidade de Dilma Rousseff abaixo dos níveis que garantem a reeleição é um indicador político da variabilidade do eleitorado.

É certo que o novo movimento social brasileiro, que poderá vir a se organizar na forma de representação da cidadania, atinge os três níveis de poder, com contornos específicos em cada manifestação, como mostram a tomada do teto do Congresso Nacional em Brasília, os ataques à Assembleia Legislativa no Rio de Janeiro, e a tentativa de invasão da Prefeitura em São Paulo.

Mas é o Governo Federal, a instituição executiva responsável e capaz de promover os grandes programas de transformação social, a depositária última das manifestações sociais.

Nas Eleições Presidenciais de 2010, Dilma obteve 35% dos votos do total do eleitorado no 1º turno, Serra 24%, e Marina 14%, com 25% de abstenção, brancos e nulos.

No 2º turno, Dilma obteve 41% dos votos no total do eleitorado, e Serra 32%, com 27% de abstenção, bancos e nulos. Em votos válidos, Dilma obteve 56% e Serra 44%, com margem de 6% do eleitorado decidindo as eleições.

Em pesquisa com os participantes do movimento em São Paulo, Joaquim Barbosa obtém 30% das preferências, Marina 20%, Dilma 10%, Aécio 5%, e Eduardo Campos 1%.

Com o movimento social, o voto da esperança no PT perde sua intensidade.

O Outono Brasileiro terá consequências nas eleições presidenciais de 2014. Embora com críticas à classe política em geral, o movimento social espontâneo contra o status quo terá nas oposições, como formas institucionalizadas de voto, os maiores catalisadores do descontentamento, com resultados imprevisíveis no momento.

Ricardo Guedes, Ph.D. em Ciências Políticas pela Universidade de Chicago, é diretor-presidente do Instituto de Pesquisa Sensus.

sábado, 31 de agosto de 2013

Pablo Picasso / Fonte: InfoEscola!

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Por Ana Lucia Santana
Nascido na cidade de Málaga, em 25 de outubro de 1881, Pablo Ruiz Picasso – pintor espanhol naturalizado francês – tornou-se um dos mestres das Artes Plásticas do século XX, pois era ainda escultor, artista gráfico e ceramista. Seu talento foi de certa forma herdado de seu pai, professor de desenho e eventualmente pintor, e não tardou a ser reconhecido logo no início, quando o artista tinha apenas quinze anos e, surpreendentemente, seu próprio ateliê.
Na infância, reproduzia episódios de touradas, tema de sua primeira obra – O Toureiro -, uma pintura a óleo sobre madeira, executada quando o artista tinha oito anos. Mais tarde, inclusive, criou outra tela semelhante – A morte da mulher destacada e fútil, símbolo de sua relação com as mulheres. Aliás, na história de Picasso, seu envolvimento com as mulheres e sua produção artística estão intrinsecamente ligados, e a cada novo relacionamento ele começa a trilhar uma vereda artística renovada.


Sua galeria de criações artísticas atinge o nível de milhares de obras, e ele é um dos mais renomados artistas em todo o planeta. Picasso chegou a Paris em outubro de 1900, cidade que ele imediatamente adotou como seu novo lar, o núcleo de toda produção da vanguarda artístico-cultural. A princípio, ele seguiu caminhos convencionais, transitando da Fase Azul (1901-05), caracteristicamente melancólica, na qual ele aborda a cegueira, a pobreza, a alienação e o desespero, para a alegre e sensível Fase Rosa (1905), quando se apaixona por Fernande Olivier.


Co-criador do Cubismo, ao lado de Georges Braque, no qual o visível era geometricamente desconstruído, o pintor deu um passo decisivo na instituição de uma nova crença, a de que o produtor artístico deve sempre adicionar algo novo ao real, e não meramente reproduzi-lo. A partir de então o artista é livre inclusive para escolher outros materiais que não os convencionais, complementando meios como a pintura e a escultura com colagens e outros artefatos.

Picasso trabalhava exaustivamente durante a noite, até o dia amanhecer. Mas não lhe faltou tempo para criar um grupo de amigos famosos nos bairros parisienses de Montmartre e Montparnasse – André Breton, Guillaume Apollinaire e a escritora Gertrude Stein. Apesar do sucesso da Fase Rosa, em 1907 ele decide abandonar este estilo, atraído pelas esculturas da Península Ibérica e da África, é quando ele pinta Les Demoiselles d’Avignon,(figura 3) trabalho pioneiro da arte moderna. Sua obra passa então a sofrer intensa influência das artes grega, ibérica e africana, constituindo o protocubismo, movimento que antecedeu o cubismo. Seu famoso retrato da amiga Gertrude Stein expressa uma face tratada em forma de máscara.

Versátil demais para se fixar em uma única forma, Picasso não chegou a produzir uma arte essencialmente abstrata, pois estava sempre à frente de seus contemporâneos, que reagiram com perplexidade quando o artista retomou seu estilo mais tradicional e logo depois, no princípio da década de 20, optou por um caminho neoclássico, justamente quando o pintor, recém-casado com a bailarina Olga Koklova, modificara seu modo de vida, agora abusivamente afortunado e convencional, embora extremamente tedioso para Picasso.

Aos 87 anos, o artista ainda tem vigor suficiente para resgatar o estilo de sua juventude. Com fôlego invejável, ele produz em sete meses 347 gravuras, retomando temas como os do circo, das touradas, do teatro, do erotismo. Alguns anos depois, após uma cirurgia da próstata e da vesícula, com a visão imperfeita, Picasso encerra sua produção artística. Seus 90 anos são comemorados com uma exposição especial no Museu do Louvre, assim o artista em tudo pioneiro também nesse momento realiza um feito inédito – torna-se o primeiro artista vivo a expor suas obras na grande galeria deste famoso Museu.

O pintor parte deste mundo em 8 de abril de 1973, na cidade de Mougins, na França, aos 91 anos, legando ao planeta uma vasta herança artística, cultural e existencial. Destaca-se deste patrimônio sua obra mais conhecida, marcadamente pacifista e humanista, o mural Guernica,(figura 2) em exposição no Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid, que retrata a cidade basca após o bombardeio pelos aviões de Adolf Hitler – um símbolo da crueldade da guerra.

Obama diz que EUA devem atacar Síria; buscará apoio do Congresso



Obama diz que EUA devem atacar Síria; buscará apoio do Congresso

SÃO PAULO, 31 Ago (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado que decidiu que o país deve adotar uma ação militar contra alvos do governo sírio, em resposta a um mortal ataque com armas químicas, mas afirmou que irá buscar a aprovação do Congresso norte-americano.
"Não podemos e não iremos fechar os olhos para o que aconteceu em Damasco", disse Obama durante declarações na Casa Branca.

(Por Paul Eckert)


Obama busca apoio de Congresso para intervenção militar na Síria

 Presidente norte-americano Barack Obama é visto na Casa Branca em Washington. Os principais assessores de Obama irão defender neste sábado no Senado uma intervenção limitada contra a Síria, apresentando evidências sobre um ataque com armas químicas que segundo a Casa Branca deixou mais de 1.400 mortos. 30/08/2013 REUTERS/Kevin Lamarque

Por Roberta Rampton

WASHINGTON, 31 Ago (Reuters) - Os principais assessores do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, irão defender neste sábado no Senado uma intervenção limitada contra a Síria, apresentando evidências sobre um ataque com armas químicas que segundo a Casa Branca deixou mais de 1.400 mortos.

Obama dispõe de amplos poderes legais para tomar uma ação militar. Embora ele tenha dito que não tomou uma decisão final, ele deixou claro que acredita que os Estados Unidos devem fazer algo para responsabilizar o governo sírio pelo ataque.

Mas legisladores dos EUA pressionam por mais informações sobre as intenções de Obama na Síria, com muitos expressando reservas sobre o custo e o impacto dos potenciais ataques.

As discussões ocorrem um dia depois de a Casa Branca divulgar uma avaliação da inteligência não-classificado no qual diz que o governo tinha "muita confiança" de que o governo sírio foi responsável pelo ataque em 21 de agosto com armas químicas em uma dúzia de bairros nos arredores de Damasco que mataram pelo menos 1.429 civis, sendo um terço deles crianças.

A maioria dos norte-americanos não querem que os EUA façam uma intervenção na Síria. Uma pesquisa Reuters/Ipsos feita nesta semana mostrou que apenas 20 por cento acreditam que o país deveria tomar uma ação, isso ante 9 por cento uma semana antes.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Grécia nunca deveria ter sido admitida no Euro, diz Merkel



Grécia nunca deveria ter sido admitida no Euro, diz MerkelChanceler alemã culpou seu antecessor pela crise econômica europeia
   
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira (29/08), durante uma ação de campanha, que a Grécia não deveria ter sido admitida na zona do euro, responsabilizando o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder (social-democrata, SPD) pela atual crise.

"A crise surgiu ao longo de vários anos, devido a erros na fundação do euro. Por exemplo, a Grécia nunca deveria ter entrado na zona euro", frisou Merkel perante cerca de mil apoiantes do seu partido, a União Democrata Cristã, em Rendsburg, no Estado federado de Schleswig-Holstein.

Agência Efe

Partido de Merkel lidera pesquisas de intenção de voto para próxima eleição, em setembro

"O chanceler Schröder aceitou a Grécia (em 2001) e enfraqueceu o Pacto de Estabilidade. Ambas as decisões foram fundamentalmente equivocadas e um dos pontos de partida dos problemas atuais", acrescentou.

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Durante o seu discurso, Merkel reforçou a ideia de que é preciso uma moeda única europeia forte, mas deixou claro que isso só será viável por meio de reformas nos países em dificuldades, como é o caso da Grécia.

"(A zona do euro) é um tesouro tão grande, uma bênção tão grande, que não podemos colocá-la em dúvida", avançou a chanceler, sublinhando que é “por esse motivo que temos mostrado solidariedade, mas solidariedade sempre condicionada a reformas nos países que experimentam a nossa solidariedade."
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Segundo apontam as últimas sondagens divulgadas, a coligação CDU/FDP, liderada por Angela Merkel, terá uma vantagem de quatro pontos percentuais sobre SDP (22%), Verdes (13%) e o partido de esquerda Die Linke (8%). http://operamundi.uol.com.br/

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Mantega: momento é de minicrise, mas economia do Brasil segue sólida


SÃO PAULO, (Reuters) - O Brasil passa por um período de "minicrise" decorrente das expectativas globais em torno do fim dos estímulos econômicos pelo banco central norte-americano, mas a economia do país continua sólida, disse nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Segundo ele, mesmo assim, essa turbulência --que terá um impacto menor do que outros momentos-- não afetou o fluxo de entrada de capital estrangeiro no país e que a economia brasileira continua sólida.

"Ela é uma minicrise que estamos vivendo, mas trará um impacto muito menor... porque a economia mundial está em recuperação", afirmou Mantega em evento com empresários, em São Paulo. Ele voltou a falar que o Brasil possui amplas reservas internacionais para se proteger contra turbulências.

Mantega, mais uma vez, culpou a comunicação do Federal Reserve, banco central norte-americano, pelos problemas nos mercados financeiros. Para ele, o Fed não deixa claro o que fará sobre a retirada dos estímulos monetários --no valor mensal de 85 bilhões de dólares-- na maior economia do mundo.

"Quando o Fed começar de fato a retirar os estímulos, o mercado se acalma", afirmou Mantega, acrescentando acreditar que o salto dado pelo dólar ante o real recentemente pode ter ficado para trás. Para ele, não deverá haver desvalorização excessiva no real por "muito mais tempo".

Mantega afirmou que não falta liquidez no mercado à vista de dólares, por isso as atuações do BC estão concentradas no mercado futuro com leilões de swap cambial. Ele voltou a dizer que o governo trabalha para evitar o contágio cambial na inflação que, segundo ele, está sob controle no Brasil.

ATRATIVIDADE NAS CONCESSÕES

O titular da Fazenda lembrou ainda que o governo está trabalhando para tornar as concessões atrativas ao setor privado. E repetiu estar aberto a modificações para melhorar os programas.

Para o ministro, como há liquidez internacional grande neste momento, os investidores estrangeiros vão se interessar pelas concessões, uma vez que eles focam no longo prazo.
Mantega disse também que o a economia brasileira pode crescer 4 por cento em 2014, ano eleitoral, e que, a última estimativa para este ano era de expansão de 2,5 por cento.

"Eu acho que em 2014 nós vamos estar crescendo mais. Porque talvez melhore a economia internacional", afirmou ele.

Nesta semana, o governo tem de entregar o Orçamento de 2014 e já estava definido que reduziria a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), segundo mostrou a Reuters na semana passada.

(Reportagem de Eric Sukys)

sábado, 24 de agosto de 2013

Revolução Cubana O Histórico e os principais nomes da Revolução Cubana.







Fidel e Che: duas das principais lideranças que conduziram a Revolução Cubana, em 1959.

Sendo uma das últimas nações a se tornarem independentes no continente americano, Cuba proclamou a formação de seu Estado independente sob o comando do intelectual José Marti e auxílio direto das tropas norte-americanas. A inserção dos norte-americanos nesse processo marcou a criação de um laço político que pretendia garantir os interesses dos EUA na ilha centro-americana. Uma prova dessa intervenção foi a criação da Emenda Platt, que assegurava o direito de intervenção dos Estados Unidos no país.
Dessa maneira, Cuba pouco a pouco se transformou no famoso “quintal” de grandes empresas estadunidenses. Essa situação contribuiu para a instalação de um Estado fragilizado e subserviente. De fato, ao longo de sua história depois da independência, Cuba sofreu várias ocupações militares norte-americanas, até que, na década de 1950, o general Fulgêncio Batista empreendeu um regime ditatorial explicitamente apoiado pelos EUA.

Nesse tempo, a população sofria com graves problemas sociais que contrastavam com o luxo e a riqueza existente nos night clubs e cassinos destinados a uma minoria privilegiada. Ao mesmo tempo, o governo de Fulgêncio ficava cada vez mais conhecido por sua negligência com as necessidades básicas da população e a brutalidade com a qual reprimia seus inimigos políticos. Foi nesse tenso cenário que um grupo de guerrilheiros se formou com o propósito de tomar o governo pela força das armas.

Sob a liderança de Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, um pequeno grupo de aproximadamente 80 homens se espalhou em diversos focos de luta contra as forças do governo. Entre 1956 e 1959, o grupo conseguiu vencer e conquistar várias cidades do território cubano. No último ano de luta, conseguiram finalmente acabar com o governo de Fulgêncio Batista e estabelecer um novo regime pautado na melhoria das condições de vida dos menos favorecidos.

Entre outras propostas, o novo governo defendia a realização de uma ampla reforma agrária e o controle governamental sob as indústrias do país. Obviamente, tais proposições contrariavam diretamente os interesses dos EUA, que respondeu aos projetos cubanos com a suspensão das importações do açúcar cubano. Dessa forma, o governo de Fidel acabou se aproximando do bloco soviético para que pudesse dar sustentação ao novo poder instalado.

A aproximação com o bloco socialista rendeu novas retaliações dos EUA que, sob o governo de John Kennedy, rompeu as ligações diplomáticas com o país. A ação tomada no início de 1961 foi logo seguida por uma tentativa de contra-golpe, no qual um grupo reacionário treinado pelos EUA tentou instalar - sem sucesso - uma guerra civil que marcou a chamada invasão da Baía dos Porcos. Após o incidente, o governo Fidel Castro reafirmou os laços com a URSS ao definir Cuba como uma nação socialista.

Para que a nova configuração política cubana não servisse de exemplo para outras nações latino-americanas, os EUA criaram um pacote de ajuda econômica conhecido como “Aliança para o Progresso”. Em 1962, a União Soviética tentou transformar a ilha em um importante ponto estratégico com uma suposta instalação de mísseis apontados para o território estadunidense. A chamada “crise dos mísseis” marcou mais um ponto da Guerra Fria e, ao mesmo tempo, provocou o isolamento do bloco capitalista contra a ilha socialista.

Com isso, o governo cubano acabou aprofundando sua dependência com as nações socialistas e, durante muito tempo, sustentou sua economia por meio dos auxílios e vantajosos acordos firmados com a União Soviética. Nesse período, bem-sucedidos projetos na educação e na saúde estabeleceram uma sensível melhoria na qualidade de vida da população. Entretanto, a partir da década de 1990, a queda do bloco socialista exigiu a reformulação da política econômica do país.

Em 2008, com a saída do presidente Fidel Castro do governo e a eleição do presidente Barack Obama, vários analistas políticos passaram a enxergar uma possível aproximação entre Cuba e Estados Unidos da América. Em meio a tantas especulações, podemos afirmar que vários indícios levam a crer na escrita de uma nova página na história da ilha que, durante décadas, representou o ideal socialista no continente americano.
Por Rainer Sousa  Graduado em História     http://www.brasilescola.com/