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terça-feira, 9 de julho de 2013
Câmara enterra plebiscito para valer em 2014 e PT promete reagir / MÁRCIO FALCÃO DE BRASÍLIA
A maioria dos líderes da Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (9) descartar a realização de um plebiscito para discutir uma reforma no sistema político brasileiro com efeitos para as eleições de 2014.
A decisão foi tomada por líderes da base aliada e da oposição. O PT ficou isolado na defesa de um plebiscito imediato, como o Planalto sugeriu ao Congresso.
Aécio propõe fim da reeleição e mandato de cinco anos
Congresso quer votar fim do foro privilegiado até sexta-feira
Em resposta, os petistas devem começar a recolher assinaturas para tentar viabilizar um projeto de decreto legislativo propondo a consulta popular, mas os próprios deputados da legenda reconhecem que há dificuldades para avançar com a proposta na Casa.
São necessárias 171 assinaturas para que a proposta comece a tramitar na Câmara, mas, além do prazo apertado, outra dificuldade é a falta de consenso sobre o conteúdo do plebiscito. O PT espera contar com o apoio das bancadas do PC do B e do PDT_ sendo que juntos os três partidos reúnem 128 parlamentares.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que a proposta do plebiscito com efeitos para a disputa eleitoral de 2014 ficou inviável.
"Se aparecer uma proposta de plebiscito que recolha assinaturas, essa Casa poderá votar, não vai se furtar a votar, mas mesmo vindo o plebiscito só terá validade para 2016", afirmou.
O líder do PT, José Guimarães (CE), afirmou que a prioridade é trabalhar para um plebiscito neste ano e que pode negociar a validade das medida em outra etapa.
"O PT considera que dá, sim, para realizar o plebiscito em 2013. Nossa missão agora é recolher as assinaturas para conformar a ideia do decreto para a convocação do plebiscito. Esse negócio de tempo hábil quando se quer faz, quando se quer consegue", disse.
O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), afirmou que a proposta do plebiscito com uma reforma política em 2014 "foi enterrado e já teve até a missa de 7º de sétimo dia". Segundo ele, o PMDB pode até aceitar discutir uma consulta popular em 2014, junto com as eleições para não "ter custos. "Não queremos despesas".
"É uma questão que está superada. A grande maioria [dos líderes] reconhece que não tem como realizar [o plebiscito]", afirmou o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO).
A ideia do plebiscito foi lançada pela presidente Dilma Rousseff há duas semanas como uma das principais medidas em resposta às manifestações nas ruas do país.
Na semana passada, os líderes da base aliada já informavam ao governo que não havia condições de realizar a consulta popular para direcionar uma reforma política com impacto nas próximas eleições.
O vice-presidente Michel Temer e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) chegaram a descartar a medida na semana passada, mas recuaram depois de pressionados pelo Planalto.
Além de reclamarem de que Dilma atropelou o Congresso ao anunciar a consulta, os aliados apontam que o prazo de 70 dias estabelecido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para organizar e realizar o plebiscito torna a medida inviável.
Para uma reforma ter validade em 2014, o Congresso teria que aprovar as mudanças na legislação antes de 5 de outubro, um ano antes do pleito.
REFERENDO
Independente do plebiscito, a Câmara decidiu criar hoje um grupo de trabalho para discutir uma reforma política. Essa comissão, que será coordenada pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), terá 90 dias para discutir projetos que proponham mudanças no sistema político. Entre as medidas podem entrar o fim do voto secreto no Congresso, das coligações proporcionais e das reeleições, por exemplo.
O petista deve fazer uma consulta aos representantes de grupos da sociedade civil organizada para discutir uma pauta de votação. Os deputados ainda vão decidir se a reforma política aprovada pelo Congresso será submetida a referendo.
O governo rejeita essa ideia porque acha que exclui a sociedade, que teria motivado esse debate, de orientar as alterações no sistema.
O referendo é defendido especialmente pelos partidos de oposição. "A maioria quer que o grupo de trabalho entregue a reforma política e depois a população siga se aprova por meio de referendo", disse o líder do PPS, Rubens Bueno.
O presidente da Câmara não se comprometeu com o referendo. Ele disse apenas que a reforma "poderá" ser submetida a consulta aos eleitores depois de aprovada.
sábado, 6 de julho de 2013
Governo não aposta no bloco comercial dos EUA e UE
Edla Lula (elula@brasileconomico.com.br)
Barbosa: “O país terá de correr atrás do prejuízo ou se tornará um mero exportador de commodities”
Fontes oficiais afirmam que americanos e europeus mantêm interesses conflitantes, difíceis de contornar.
O governo brasileiro ainda não formulou uma posição oficial sobre os impactos da formação do megabloco Estados Unidos/União Europeia, anunciada esta semana.
Mas, nos bastidores, corre o comentário de que "é muito pouco provável este acordo se concretize", conforme opinou ao Brasil Econômico uma alta fonte do governo.Repetindo Shakespeare em inglês, esta fonte falou: "é muito barulho por nada esses comentários que andam fazendo sobre o acordo".
O funcionário do governo brasileiro lembrou que Estados Unidos e União Europeia têm interesses conflitantes que não vão se desfazer facilmente. Citou o setor aeronáutico e a agricultura.
E ressaltou que existem países periféricos na Europa que provavelmente sairiam prejudicados com este acordo. "Eles rifariam um pedaço inteiro da Europa, rifariam o Leste Europeu inteiro, Portugal e até Espanha. Você acha que a União Europeia vai abrir o mercado agrícola para os Estados Unidos?"
Para ele, "é legítimo e um movimento até esperado" das economias maduras quererem se proteger, já que, no seu entender, o anúncio é uma tentativa de reagir ao crescimento dos países emergentes nos últimos anos, com a forte atuação dos Brics - especialmente China.
Já no Itamaraty a informação é de que o governo ainda está levantando o impacto que a decisão anunciada terá na estratégia brasileira de comércio exterior. "O governo brasileiro entende que o novo bloco pode até ser um sinal positivo no sistema de comércio internacional a ponto de vir a destravar a Rodada de Doha", disse um assessor do Ministério das Relações Exteriores.
"O Itamaraty defende que este acordo esteja dentro das regras da Organização Mundial do Comércio", disse o assessor.
Isolado das negociações multilaterais, o Brasil tem recebido crítica de analistas de comércio exterior quanto a inabilidade dos negociadores.
"O Brasil dormiu no ponto, ficou isolado no mundo e agora vai ter que correr atrás do prejuízo se não quiser restringir os manufaturados ao mercado interno e exportar apenas alguns produtos agrícolas", diz o ex-embaixador do país nos Estados Unidos, Rubens Barbosa. Ele desqualifica a tese de que o novo bloco, previsto para valer a partir de 2015 possa ressuscitar a rodada de Doha.
"Doha acabou, não tem como voltar. O Brasil jogou todas as suas fichas em Doha e perdeu", disse Barbosa.
O embaixador recorda que o primeiro bloco pretendido pelos Estados Unidos foi a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e que fracassou, em boa medida por culpa do governo brasileiro.
"Hoje o que se vê é os Estados Unidos fazendo acordos com vários países e blocos. Isto mostra que há 20 anos havia uma estratégia americana pela formação de blocos", diz.
Para Barbosa, atualmente presidente do Conselho de Comércio Exterior da Fiesp, a alternativa imediata para o Brasil é retomar as negociações em torno do acordo com a União Europeia, iniciada em 2004 e interrompida ao longo dos últimos anos por problemas internos ao Mercosul.
"Se o Mercosul não conseguir fazer a oferta, como foi anunciado. A saída para o Brasil é fazer o acordo sozinho", opinou. Durante a Cúpula Mercosul/União europeia, no mês passado, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o bloco sul-americano fará oferta à União Europeia no segundo semestre deste ano.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Exército derruba presidente e anuncia transição no Egito
Por Tom Perry e Yasmine Saleh
CAIRO, 3 Jul (Reuters) - As Forças Armadas do Egito derrubaram o presidente islâmico Mohamed Mursi na quarta-feira, desencadeando uma festa nas ruas com a perspectiva de novas eleições, enquanto políticos de várias tendências manifestavam apoio a uma nova transição política.
Mursi estava retido em um quartel da Guarda Republicana depois de denunciar um "golpe militar" que interrompeu seu mandato, iniciado há pouco mais de um ano. Enquanto tanques e soldados ocupavam a área, dezenas de milhares de partidários da Irmandade Muçulmana, de Mursi, faziam um protesto nos arredores contra a deposição dele.
A dramática queda de Mursi, primeiro presidente eleito livremente na história egípcia, marca outra reviravolta na crise que envolve a mais populosa nação árabe desde a revolução popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak, em janeiro de 2011.
O principal negociador da oposição liberal com os militares, Mohamed El Baradei, disse que o plano acertado na quarta-feira com os generais garantirá a continuidade da revolução de 2011, que foi parte da chamada Primavera Árabe.
Dizendo ter um mandato popular para agir, diante de protestos que reuniram milhões de pessoas contra Mursi, o comandante do Exército, general Abdel Fattah al Sisi, disse que Mursi estava sendo deposto por ter ignorado as reivindicações de unidade nacional.
"Os que estavam na reunião concordaram com um mapa para o futuro que inclua passos iniciais rumo a obter a construção de uma sociedade egípcia forte, que seja coesa e não exclua ninguém, e que acabe com o estado de tensão e divisão", disse Sisi em um pronunciamento solene, transmitido ao vivo pela TV estatal.
Ele disse que as forças de segurança manterão a ordem. Houve confrontos isolados entre facções rivais em vários pontos do país, mas sem atingir até agora a escala de violência das últimas semanas, quando mais de 40 pessoas morreram e centenas ficaram feridas.
As forças de segurança disseram que pelo menos 10 pessoas morreram na quarta-feira
Sisi discursou tendo ao seu lado a cúpula militar e líderes políticos - incluindo liberais e um barbado representante do partido ultraislâmico Nour. Também estavam presentes um clérigo muçulmano graduado e o papa copta. Líderes juvenis presentes no ato receberam uma menção especial de Sisi.
As menções à vontade popular e a apresentação de uma frente política unificada e com um rosto civil - algo que ganhará contornos mais completos na quinta-feira, com a posse do chefe da Corte Constitucional como presidente interino - têm o claro objetivo de aplacar preocupações internacionais sobre um golpe militar.
Os Estados Unidos vinham apoiando as declarações de Mursi sobre sua legitimidade democrática, mas o pressionavam cada vez mais para partilhar poderes com seus adversários. O presidente Barack Obama expressou profunda preocupação com a deposição do presidente egípcio e pediu um rápido retorno a um governo civil democraticamente eleito.
Os EUA entregam 1,3 bilhão de dólares em ajuda militar ao Egito, e podem ser pressionados a impor sanções se houver a impressão de que Mursi foi vítima de um golpe. A instabilidade no Egito já vinha causando grande preocupação entre aliados ocidentais do Cairo e em Israel, país com o qual o Egito estabeleceu um tratado de paz em 1979.
"EGITO PARA TODOS"
Refletindo as esperanças da "juventude revolucionária" que liderou a rebelião contra Mubarak, o jovem que passou a encarnar a oposição contra Mursi disse que o novo período de transição não deverá repetir os erros do passado recente.
"Queremos construir um Egito com todos e para todos", disse Mahmoud Badr, um jornalista de 28 anos que há dois meses teve a ideia de iniciar um abaixo-assinado pela renúncia de Mursi. No fim de semana passado, o movimento "Tamarud - Rebelde!" já tinha 22 milhões de apoiadores, dos quais muitos foram às ruas no domingo.
O Exército se mostrava cada vez mais alarmado com a possibilidade de Mursi envolver o Egito no conflito sectário da Síria, e a presença popular nas ruas deu a Sisi uma justificativa para impor na segunda-feira um prazo de 48 horas para que o presidente aceitasse partilhar poderes ou renunciar.
Depois das revoluções da Primavera Árabe, em 2011, vários políticos de tendência islâmica assumiram o poder em seus países. Mursi é o primeiro deles a ser derrubado, e o fato irá despertar questionamentos em toda a região, especialmente na Tunísia.
O país que foi o berço do movimento democrático árabe há dois anos e meio agora também tem seu próprio movimento "Tamarud", buscando o fim do domínio islâmico no Parlamento.
Na praça Tahrir, no Cairo, epicentro da rebelião egípcia de 2011, centenas de milhares de pessoas dançavam e soltavam rojões, celebrando a deposição de Mursi. "O povo e o Exército são uma só mão", gritava a multidão.
Os últimos quatro dias pareceram para muita gente uma repetição acelerada dos 18 dias que levaram à queda de Mubarak, quando o Exército, após décadas de apoio ao regime, percebeu que o tempo dele havia se esgotado.
Sisi anunciou a suspensão imediata da Constituição aprovada em referendo em 2012, com viés islâmico, e divulgou um "mapa" para o retorno ao regime democrático, sob regras revistas.
O presidente da Corte Constitucional substituirá Mursi. Um governo tecnocrata será empossado até a realização de novas eleições presidenciais e parlamentares - datas não foram mencionadas.
A Constituição será revista por um painel representativo de todos os setores da sociedade. A liberdade de imprensa, ameaçada durante o governo de Mursi, será protegida.
Sisi mencionou Mursi nominalmente apenas em um preâmbulo no qual detalhou como o comandante militar - nomeado pelo presidente no ano passado - havia repetidamente tentando convencê-lo a acabar com a polarização profunda da política egípcia. O presidente, afirmou o general, "deixou de atender às exigências do povo egípcio".
“Leda e il Cigno”, de Leonardo da Vinci é uma das 53 obras em exposição no CCBB
“Leda e il Cigno”, de Leonardo da Vinci é uma das 53 obras em exposição no CCBB
Do UOL, em São Paulo
Com 57 obras, chega ao Brasil em julho a mostra inédita "Mestres do Renascimento: Obras-primas italianas". Obras de Rafael, Ticiano, Tintoretto, Leonardo da Vinci e Michelangelo fazem parte da mostra, que será exposta de 13 de julho a 23 de setembro no CCBB São Paulo.
Com curadoria da historiadora da arte Cristina Acidini, a exposição oferece um panorama do florescimento cultural dos séculos 15 e 16.
A mostra está dividida em quatro andares e seis núcleos. No quarto andar, o primeiro núcleo, "Florença", apresenta obras como "Cristo benedicente" (Cristo abençoando), de Rafael, e "Morte di Lucrezia" (Morte de Lucrecia), de Giovanni Bazzi dito Il Sodoma.
No terceiro andar, o núcleo "Roma" conta com outras obras-primas, como um estudo arquitetônico de Michelangelo e o "Giudizio Universale, Pentecoste e Predica di San Pietro, Ascensione di Cristo", de Fra Angelico.
No segundo andar, haverá quatro núcleos, "Urbino", "Milão", "Ferrara" e "Veneza", em que serão apresentadas pinturas de artistas como Giovanni Santi, Lorenzo Lotto, Paolo Veronese, Ticiano e Tintoretto, "Sacra Famiglia con una santa" [Sagrada Família com uma santa], de Andrea Mantegna, "Ritratto di Elisabeta Gonzaga" de Rafael e "Annunciazione" do Giovanni Bellini.
Representando a arquitetura renascentista, a mostra apresenta ainda "Porta della stanza da letto del Duca che accede alla sala delle udienze" (Porta do quarto de dormir do Duque que dá acesso para a sala de audiências), obra talhada em nogueira.
Depois de São Paulo, a exposição parte para o CCBB de Brasília, onde ficará de 12 de outubro de 2013 a 6 de janeiro de 2014.
Serviço
Mestres do Renascimento: Obras-primas italianas
Quando: 13 de julho a 23 de setembro de 2013
Segundas, quartas, quintas e sextas das 7h às 23h. Sábados e domingos das 8h às 23h
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo - Rua Álvares Penteado, 112, Centro - São Paulo/SP
Quanto: entrada gratuita
Estacionamento conveniado: Edifício Zarvos, localizado na rua da Consolação, 228) até a entrada do prédio
Mais informações:(11) 3113-3651 / 3113-3652
Justiça determina fim da greve de motoristas e cobradores no Recife
Folha de S.Paulo
O Tribunal Regional do Trabalho considerou abusiva a greve iniciada ontem por motoristas, cobradores e fiscais de ônibus na região metropolitana do Recife, e determinou que eles voltem ao trabalho nesta quarta-feira (3).
As rodadas de negociação foram realizadas em junho, sem sucesso, e a Justiça resolveu o impasse na noite desta terça-feira (2).
O TRT estabeleceu que o reajuste da categoria será de 7%. O sindicato dos trabalhadores pedia 33%, enquanto a Urbana-PE (sindicato das empresas de ônibus) oferecia 3%.
O tribunal indeferiu o pedido de cestas básicas durante as férias e reajustou o valor do ticket alimentação (7%) e da hora extra. O adicional pelas duas primeiras horas passa de 50% para 70%. As demais terão adicional de 100%.
Na sexta-feira (28), o TRT determinou que, em caso de paralisação, 80% da frota opere nos horários de pico, e 50% no restante do dia.
Ontem (1º), de acordo com a Urbana-PE, apenas 56% da frota rodou no pico da manhã. A entidade acionou a Justiça e pediu que a greve fosse considerada ilegal.
Ontem à tarde, a Justiça intermediou uma nova tentativa de acordo entre as empresas e os representantes dos trabalhadores, mas não houve consenso mais uma vez.
A Folha tentou contato com o sindicato dos trabalhadores desde as 10h30, mas, até a publicação desta reportagem, ninguém atendeu os telefonemas.
terça-feira, 2 de julho de 2013
Dilma sugere que plebiscito questione qual sistema eleitoral deve ser usado Por Jeferson Ribeiro
Documento foi entregue a Renan Calheiros pelo vice-presidente Michel Temer, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
BRASÍLIA, 2 Jul (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff sugeriu ao Congresso nesta terça-feira que o plebiscito para fazer a reforma política questione aos eleitores sobre qual o sistema eleitoral deve ser usado no país para escolher parlamentares, segundo mensagem enviada ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
O vice-presidente Michel Temer e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que entregaram a mensagem a Renan, salientaram que ela apresenta apenas sugestões, que podem ser modificadas pelo Congresso, que também determinará quando e como a consulta popular será feita.
O plebiscito para realização de uma reforma política, que ainda suscita bastante debate no Congresso tanto na base aliada como na oposição, foi uma das respostas da presidente à onda de manifestações populares que tomou conta do país nas últimas semanas.
"O que o Executivo está fazendo é uma mera sugestão, quem vai conduzir esse processo do seu início até o final é o Congresso Nacional", disse Temer a jornalistas.
Cardozo listou os cinco temas sugeridos pela presidente ao chegar no Congresso nesta terça.
No caso do sistema eleitoral, a consulta deveria definir se será pelo voto proporcional como é hoje, se será pelo voto distrital, distrital misto, distritão, se será a proposta em dois turnos "como vem propondo a Ordem dos Advogados do Brasil e outras entidades", disse o ministro.
Outro ponto é a forma de financiamento das campanhas eleitorais, "se pública, se privada, se mista", acrescentou o ministro. Em ambos os casos, projetos com conteúdos semelhantes tramitam na Câmara e no Senado há anos.
A presidente também sugeriu a avaliação sobre a continuidade ou não da suplência no Senado, a manutenção ou não das coligações partidárias nas eleições e o fim ou não do voto secreto no Parlamento. Também nesses casos há propostas semelhantes em tramitação no Congresso.
Após receber a mensagem, Renan defendeu a consulta popular e disse que "é importante mobilizar todas as forças para aprovarmos o projeto de decreto legislativo que convoca o plebiscito".
E afirmou que dois temas sugeridos por Dilma estão resolvidos: "a questão da suplência de senador e a questão do voto aberto que já foi aprovado no Senado e na CCJ da Câmara."
No texto enviado ao Congresso, Dilma afirma que é "imprescindível um amplo e imediato esforço conjunto para renovação do sistema político brasileiro".
"Muito empenho já houve para que esse sistema fosse reformulado. Mas, até o momento, todos os esforços, lamentavelmente, não produziram resultados significativos", afirmou a presidente na mensagem.
"A consulta popular é recomendável quando as formas de representação política dão sinais de que precisam ser renovadas", acrescentou Dilma.
ESCLARECIMENTO
Temer afirmou ainda que antes da realização do plebiscito haverá uma tempo de propaganda eleitoral gratuita para que a população seja informada detalhadamente sobre cada um dos pontos que constarão da consulta popular.
"Haverá um horário eleitoral, durante um mês, um mês e meio... para detalhar essas coisas", disse.
Em reunião nesta terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral definiu um prazo mínimo de 70 dias entre a convocação do plebiscito pelo Congresso e sua realização, de modo que o eleitorado seja devidamente informado de seu conteúdo. Ele e Cardozo também frisaram que a população terá condições de decidir sobre as principais diretrizes de uma reforma política, que seria aprovada pelo Congresso respeitando os limites definidos pelo plebiscito.
"Às vezes, ainda hoje, se parte de uma visão um pouco elitista de que o povo não sabe votar... o povo sabe votar", disse Cardozo. "O povo tem condições sim de fixar diretrizes para o que ele acha melhor."
(Reportagem de Jeferson Ribeiro; Edição de Alexandre Caverni)
domingo, 30 de junho de 2013
sábado, 29 de junho de 2013
Dilma perde apoio e tem 30% das intenções de voto para 2014--Datafolha
SÃO PAULO, 29 Jun (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff perdeu apoio dos eleitores, em meio a protestos nas principais cidades brasileiras, e hoje conta com 30 por cento das intenções de votos para a disputa presidencial de 2014, segundo um dos cenários de uma pesquisa Datafolha divulgada no site do jornal Folha de S.Paulo.
A taxa de votos da presidente caiu até 21 pontos percentuais nesse cenário em relação a uma pesquisa feita nos dias 6 e 7 de junho.
"Embora ainda lidere a disputa de 2014, Dilma é a pré-candidata que mais perdeu apoio na corrida presidencial, e a queda indica que hoje ela teria de enfrentar um segundo turno", afirmou a reportagem neste sábado.
O cenário hoje mais provável para a disputa inclui Dilma (PT), Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
O índice de votos de Dilma é o mesmo percentual da aprovação de seu governo, segundo outro levantamento divulgado pelo jornal neste sábado.
No cenário eleitoral que aponta Dilma com 30 por cento das intenções de voto, a taxa da ex-senadora Marina Silva subiu de 16 para 23 por cento --Marina disputou a última eleição presidencial pelo PV.
As intenções de voto do senador Aécio Neves aumentaram de 14 para 17 por cento. Já o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, oscilou de 6 para 7 por cento.
O Datafolha ouviu 4.717 pessoas entre quinta e sexta-feira em 196 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Albert Einstein, Físico e cientista alemão
14/03/1879, Ulm, Württemberg, Alemanha
18/04/1955, Princeton, Nova Jersey, EUA
Em foto célebre, o cientista mostra a língua e seu bom humor.
Albert Einstein, o mais célebre cientista do século 20, foi o físico que propôs a teoria da relatividade. Ganhou o Prêmio Nobel de física de 1921. Einstein tornou-se famoso mundialmente, um sinônimo de inteligência. Suas descobertas provocaram uma verdadeira revolução do pensamento humano, com interpretações filosóficas das mais diversas tendências.
Einstein nasceu na Alemanha em uma família judaica não-observante. Seus pais, Hermann Einstein e Pauline Koch, casaram-se em 1876 e se estabeleceram na cidade de Ulm. Hermann tornou-se proprietário de um negócio de penas de colchões.
Quando Einstein tinha um ano, a família se mudou para Munique. Com três anos de idade, Einstein apresentava dificuldades de fala. Aos seis, aprendeu a tocar violino, instrumento que o acompanharia ao longo da vida.
Em 1885, Hermann fundou, com o irmão Jacob, uma empresa de material elétrico. Em outubro daquele ano Einstein começou a freqüentar uma escola católica em Munique. Depois entrou no Luitpold Gymnasium, onde permaneceu até os 15 anos.
Com dificuldades nos negócios, em 1894 a família se mudou para a Itália. Einstein permaneceu em Munique a fim de terminar o ano letivo. Em 1895, fez exames de admissão à Eidgenössische Technische Hochschule (ETH), em Zurique. Foi reprovado na parte de humanidades dos exames. Foi então para Aarau, também na Suíça, para terminar a escola secundária.
Em 1896 recebeu o diploma da escola secundária e, aos 17 anos, renunciou à cidadania alemã, ficando sem pátria por alguns anos. A cidadania suíça lhe foi concedida em 1901. Cursou o ensino superior na ETH em Zurique, onde mais tarde foi docente.
A 6 de janeiro de 1903 casou-se com Mileva Maric. Tiveram três filhos: Lieserl, Hans Albert e Eduard. A primeira morreu ainda bebê, o mais velho tornou-se professor de hidráulica na Universidade da Califórnia e o mais jovem, formado em música e literatura, morreu num hospital psiquiátrico suíço.
Entre 1909 e 1913 Einstein lecionou em Berna, Zurique e Praga. Voltou à Alemanha em 1914, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial. Aceitou um cargo de pesquisa na Academia Prussiana de Ciências junto com uma cadeira na Universidade de Berlim. Também assumiu a direção do Instituto Wilhelm de Física em Berlim.
Em novembro de 1915, Einstein fez uma série de conferências e apresentou sua teoria da relatividade geral. No ano seguinte o cientista publicou "Fundamento Geral da Teoria da Relatividade".
Em 1919, separou-se da esposa Mileva e se casou com a prima Elsa. Naquele ano tornou-se conhecido em todo o mundo, depois que sua teoria foi comprovada em experiência realizada durante um eclipse solar.
Einstein ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1921 e foi indicado para integrar a Organização de Cooperação Intelectual da Liga das Nações. No mesmo ano, publicou "Sobre a Teoria da Relatividade Especial e Geral".
Ao longo da vida, Einstein visitaria diversos países, incluindo o Brasil, em 1925. Entre 1925 e 1928, Einstein foi presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Em 1933, Hitler chegou ao poder na Alemanha e o cientista foi aconselhado por amigos a deixar o país, renunciando mais uma vez à cidadania alemã.
A 7 de outubro de 1933, Einstein partiu para os Estados Unidos, onde passou a integrar o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton. Em 1940 ganhou a cidadania americana, mantendo também a cidadania suíça.
Em 1941 teve início o Projeto Manhattan, que visava o desenvolvimento da bomba atômica pelos americanos. Einstein não teve participação no projeto. Em 1945, renunciou ao cargo de diretor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, mas continuou a trabalhar naquela instituição.
A intensa atividade intelectual de Einstein resultou na publicação de grande número de trabalhos, entre os quais "Por Que a Guerra?" (1933), em colaboração com Sigmund Freud; "O Mundo como Eu o Vejo" (1949); e "Meus Últimos Anos" (1950). A principal característica de sua obra foi uma síntese do conhecimento sobre o mundo físico, que acabou por levar a uma compreensão mais abrangente e profunda do universo.
Em 1952, Ben-Gurion, então primeiro-ministro de Israel, convidou Albert Einstein para assumir o cargo de presidente do Estado de Israel. Doente, Einstein recusou. Uma semana antes de sua morte assinou sua última carta, endereçada a Bertrand Russell, concordando em que o seu nome fosse incluído numa petição exortando todas as nações a abandonar as armas nucleares.
Contribuindo para a física no século 20 no âmbito das duas teorias que constituíram seus traços mais peculiares - a dos quanta e da relatividade -, Einstein deu à primeira o elemento essencial de sua concepção do fóton, indispensável para que mais tarde se fundissem, na mecânica ondulatória de Louis de Broglie, a mecânica e o eletromagnetismo. E deu à segunda sua significação completa e universal, que se extrapola dos campos da ciência pura e atinge as múltiplas facetas do conhecimento humano. Saliente-se também que algumas das descobertas de Einstein - como a noção de equivalência entre massa e energia e a do continuum quadridimensional, suscitaram interpretações filosóficas de variadas tendências.
Einstein morreu a 18 de abril de 1955, em Princeton, Nova Jersey, aos 76 anos. Seu corpo foi cremado.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Estudo do Planalto aponta três questões para plebiscito
Tânia Monteiro | Agência Estado
Estudo feito pela assessoria técnica do Palácio do Planalto está sendo usado pela presidente Dilma Rousseff como base para elaborar as perguntas do plebiscito sobre reforma política. Três temas são apontados como obstáculos para modernização do sistema partidário e eleitoral. A ideia é que o plebiscito traga questões sobre o financiamento público de campanha, o modelo de eleição de parlamentares e de escolha de candidatos. O governo reconhece que o tema é complexo e de difícil entendimento.
Na reunião com os presidentes das centrais sindicais, a presidente Dilma Rousseff defendeu ontem o financiamento público das campanhas. Nos diversos encontros que vem realizando, Dilma pede sugestões sobre as perguntas que devem ser feitas no plebiscito, destacando que precisam ser bem objetivas.
A presidente quer condensar as sugestões, o quanto antes. Ela pretende encaminhá-las ao Congresso até a próxima terça-feira, 2, sob forma de mensagem pedindo a convocação do plebiscito - que teria de ser realizado até agosto. Para a presidente, é "primordial" que as mudanças sejam aprovadas até o início de outubro e estejam em vigor na eleição de 2014.
O estudo do Planalto sugere três perguntas: a primeira seria sobre o sistema eleitoral para o Poder Legislativo. Se o eleitor escolheria entre um sistema proporcional, como é hoje, um sistema majoritário (apelidado de distritão), ou um sistema distrital misto. A segunda pergunta seria se o eleitor apoiaria lista aberta (como é hoje), com eleição proporcional, ou sistema de lista fechada (no partido), ou o voto em dois turnos, que é chamado de voto transparente.
Na reunião com os sindicalistas, a presidente elogiou a sugestão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em relação ao tema. Entidades, incluindo a OAB, lançaram campanha pelo voto em dois turnos. No primeiro o eleitor escolhe o partido e, em seguida, o candidato. Este sistema acabaria com os votos de legenda e os "puxadores de votos".
A terceira pergunta seria se o eleitor quer que o sistema de financiamento de campanha continue abrangendo doações privadas, como ocorre hoje (atualmente o sistema é misto), se poderia ser um sistema exclusivamente público ou se seria um financiamento público e de pessoas físicas, com limite de contribuição.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
terça-feira, 25 de junho de 2013
Dilma ainda estuda como levar reforma política adiante, diz ministro
25 Jun (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff ainda avalia a maneira que será utilizada para realizar uma reforma política, mas quer que a sociedade seja ouvida sobre o tema, disse nesta terça-feira o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
Segundo ele, Dilma está ouvindo os vários setores da sociedade para colher propostas sobre as formas para realizar uma reforma política no Brasil.
Na segunda-feira, Dilma apresentou a governadores e prefeitos cinco pactos, entre eles "o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita".
Nesta terça-feira, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado, disse a jornalistas, após se reunir com a presidente, que ela havia descartado a convocação de uma assembleia constituinte específica para a reforma política, o que foi negado por Cardozo.
"A presidente se sensibilizou com a nossa pregação e autorizou que fosse comunicado... que o governo sai convencido de que convocar Constituinte não é adequado, porque atrasa o processo de reforma política, porque fazer um plebiscito para convocar uma Constituinte vai atrasar a aprovação da reforma política", disse o presidente da OAB.
Pouco depois, no entanto, o ministro da Justiça negou que Dilma tenha descartado qualquer forma de realizar a reforma política e disse que uma consulta à sociedade é premissa defendida pelo governo federal.
"A presidente ontem (segunda-feira) abriu um processo de discussão com a sociedade. E é assim que tem que ser visto", disse o ministro. "Não tem (proposta) preferida. Nós estamos discutindo o método, a forma."
Após a declaração de Cardozo, a Presidência da República divulgou nota à imprensa negando que Dilma tenha tomado qualquer decisão.
"A presidenta ouviu a proposta da OAB, considerou-a uma importante contribuição, mas não houve qualquer decisão. O governo continuará ouvindo outras propostas de reforma política que lhe forem apresentadas", segundo o comunicado "MUITO INTERESSANTE"
O presidente da OAB sugeriu à presidente que as propostas de alterações para a reforma política sejam diretamente apreciadas pelo povo em plebiscito, sem constituinte, proposta que Cardozo chamou de "muito interessante".
O ministro, no entanto, procurou deixar claro que Dilma e demais representantes do governo federal vão se reunir com vários setores da sociedade, e lembrou que a convocação de um plebiscito depende do Congresso Nacional.
"Vamos discutir as várias formas... Tem um monte de gente que será ouvida", prometeu.
Ainda nesta terça, Dilma tem reuniões marcadas com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Apesar da intenção declarada do governo de ouvir a sociedade, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou a presidente por ter anunciado suas intenções na reunião com governadores e prefeitos sem consultar o Parlamento, e defendeu que a reforma política seja feita por meio de proposta de emenda à Constituição.
"Nos chamou atenção o fato de ela não ter ouvido sequer os seus líderes do Congresso e os presidentes da Câmara ou do Senado, que foram comunicados a posteriori das suas intenções", disse Aécio a jornalistas.
"Cobraremos do governo federal sua proposta de reforma política, mas que venha através de uma emenda constitucional. Achamos que esse é o leito mais seguro, mais natural. Uma reforma que possa ser discutida pelo Congresso e, se aprovada, submetida a um referendo da população brasileira", completou.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Dilma anuncia plebiscito por reforma política e novo pacto com 5 itens/ Fernanda Calgaro e Marina Motomura Pedro Ladeira/Folhapress
Dilma comanda reunião com prefeitos e governadores das 27 unidades federativas, nesta segunda-feira (24), no Palácio do Planalto, em Brasília
Em reunião com prefeitos e governadores das 27 unidades federativas, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (24), no Palácio do Planalto, em Brasília, que irá pedir um plebiscito popular convocando uma reforma política no país. O último plebiscito do país ocorreu em 2011 -- foi sobre sobre a divisão do Estado do Pará, que foi rejeitada.
Ela anunciou um novo pacto com cinco itens. São eles:
1- pacto por responsabilidade fiscal nos governos federal, estaduais e municipais;
2 - pacto por reforma política, incluindo um plebiscito popular sobre o assunto e a inclusão da corrupção como crime hediondo;
3 - pacto pela saúde: "importação" de médicos estrangeiros para trabalhar nas zonas interioranas do país. A presidente anunciou ainda novas vagas de graduação em cursos de medicina e novas vagas de residência médica;
4 - pacto no transporte público: a presidente afirmou que o país precisa dar um "salto de qualidade no transporte públicos nas grandes cidades", com mais metrôs, VLTs e corredores de ônibus;
5 - pacto na educação pública: pediu mais recursos para a educação. A presidente voltou a falar que é necessário que o Congresso aprove a destinação de 100% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação.
A presidente voltou a comentar a onda de manifestações que ocorre no país há duas semanas. "É preciso saber escutar as vozes das ruas. É preciso que todos, sem exceção, entendam esse sinais com humildade", disse aos governadores e prefeitos.
Em vários atos pelo país, os manifestantes têm afirmado que não se sentem representados por nenhum partido político e chegaram a hostilizar integrantes de legendas partidárias que participam das manifestações. "O povo, unido, não precisa de partido!" e "Sem partido, sem partido" foram gritos de guerra comuns nos protestos pelo país.
Após os anúncios, a presidente começou, de fato, a reunião com os 27 governadores e 26 prefeitos das capitais.
Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão na última sexta, Dilma disse que anunciaria um pacto com governadores e prefeitos pela melhoria dos serviços públicos. "Esta mensagem [das ruas] exige serviços públicos de mais qualidade. Ela quer escolas de qualidade; ela quer atendimento de saúde de qualidade; ela quer um transporte público melhor e a preço justo; ela quer mais segurança. Ela quer mais. E para dar mais, as instituições e os governos devem mudar. Irei conversar, nos próximos dias, com os chefes dos outros poderes para somarmos esforços. Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos
Reunião com o MPL
Antes de se encontrar com os governadores, Dilma esteve reunida com integrantes do MPL (Movimento Passe Livre), que organizou os protestos pela revogação do aumento na tarifa em São Paulo.
Os integrantes do MPL, ao sair da reunião, disseram que "a luta continuará" até o governo apresentar medidas concretas para reduzir a tarifa de transporte público no país. "Foi importante para iniciar um diálogo, mas a luta pela tarifa zero continua até haver medidas concretas neste sentido", afirmou Mayara Vivian. "A presidente reconheceu o transporte como direito social e a gente vai cobrar isso".
Após a reunião com o MPL, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, reconheceu que o transporte público no Brasil é de má qualidade.
Antes da reunião de hoje, o MPL divulgou nesta segunda-feira (24) uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff, na qual criticam o tratamento dispensado pelo governo federal aos movimentos sociais e criticam a "máfia dos transportes".
"Ficamos surpresos com o convite para esta reunião. Esse gesto de diálogo que parte do governo destoa do tratamento aos movimentos sociais que tem marcado a política desta gestão", diz a carta.
Taiti agradece recepção brasileira com bandeiras e até volta olímpica / Pedro Ivo Almeida Do UOL, no Recife
Jogadores do Taiti agradecem o apoio dos brasileiros na Copa das Confederações.
O Taiti encontrou uma forma de agradecer o carinho e a recepção que teve durante a estadia no Brasil para a Copa das Confederações. Os jogadores não se abalaram com mais uma goleada sofrida neste domingo - 8 a 0 para o Uruguai - e deram uma volta olímpica na Arena Pernambuco enrolados em bandeiras brasileiras e com uma faixa com a frase "Obrigado, Brasil".
"Os brasileiros nos ajudaram até o fim e vamos levar isso nos nossos corações. Ficamos muito felizes porque nem no Taiti somos festejados desse jeito. Vamos lembrar por muito tempo", comentou o camisa 13 Steevy Chong Hue.
Assim que o árbitro encerrou a terceira partida dos taitianos na competição, os jogadores se dirigiram ao centro do campo e exibiram a faixa e as bandeiras do Brasil. Na volta olímpica, os torcedores presentes no estádio jogaram bandeiras do Náutico, Santa Cruz e Sport para os atletas.
O clima era de festa apesar de mais uma goleada. No total, a equipe sofreu 24 gols em três rodadas, média de oito por partida, e marcou apenas um tento, na estreia, contra a Nigéria.
Ainda assim, o time conquistou a simpatia da torcida brasileira, que apoiou a seleção da Oceania em todos os jogos da competição. Como retribuição, a delegação deu ingressos para crianças carentes, entre outros presentes, e se mostrou bem mais aberta ao contato com os torcedores do que as outras equipes que disputam a Copa das Confederações.
"Não queria deixar o Brasil e o que passamos aqui. Foi mágico, maravilhoso. Esses dias, esses momentos maravilhosos. Hoje pegaremos um avião e teremos de nos deparar com nossa realidade", lamentou o técnico Eddy Etaeta.
domingo, 23 de junho de 2013
O PODER EMANA DO POVO.
John Locke escreveu o Ensaio acerca do Entendimento Humano, onde desenvolve sua teoria sobre a origem e a natureza do conhecimento. Suas ideias ajudaram a derrubar o absolutismo na Inglaterra. Locke dizia que todos os homens, ao nascer, tinham direitos naturais - direito à vida, à liberdade e à propriedade. Para garantir esses direitos naturais, os homens haviam criado governos. Se esses governos, contudo, não respeitassem a vida, a liberdade e a propriedade, o povo tinha o direito de se revoltar contra eles. As pessoas podiam contestar um governo injusto e não eram obrigadas a aceitar suas decisões. OU SEJA O PODER EMANA DO POVO .
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