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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Dólar sobe mais de 1%, encosta em R$2,60 e renova máxima de fechamento desde abril de 2005

Dólar sobe mais de 1%, encosta em R$2,60 e renova máxima de fechamento desde abril de 2005
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta de mais de 1 por cento nesta quinta-feira, encostado em 2,60 reais, refletindo incertezas sobre quem substituirá Guido Mantega no Ministério da Fazenda, em meio ao clima de incerteza sobre a condução da política econômica do segundo mandato de Dilma Rousseff.

A moeda norte-americana subiu 1,20 por cento, a 2,5948 reais na venda, maior cotação de fechamento desde 18 de abril de 2005, quando encerrou a 2,609 reais. Na máxima da sessão desta quinta-feira, a divisa atingiu 2,6120 reais, maior patamar intradia desde 5 de dezembro de 2008, quando alcançou 2,6190 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 900 milhões de dólares.

"Cada dia ouvimos uma notícia indicando um nome diferente. O mercado não sabe mais para onde apontar, então vai se proteger no dólar", disse o gerente de operações do Banco Confidence, Felipe Pellegrini.

A atual equipe econômica é criticada por praticar uma política fiscal pouco transparente e excessivamente expansionista.

Entre os nomes mais citados para o Ministério estão o ex-secretário-executivo da Fazenda Nelson Barbosa, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e, nos últimos dias, o atual presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini.

Dilma já afirmou que só anunciará nomes de sua equipe após a reunião do G20 neste fim de semana, o que tem sustentado a cautela dos investidores e limitado o volume de negócios, empurrando o dólar para cima e deixando o mercado mais sensível a boatos e especulações.

"Enquanto não soubermos quem vai ser a próxima equipe econômica, o dólar vai continuar assim: sem volume e reagindo a fatores pontuais", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 1,75 mil contratos para 1º de junho e 2,25 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 197,2 milhões de dólares.

O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 9 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de dezembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 36 por cento do lote total, equivalente a 9,831 bilhões de dólares.

(Por Bruno Federowski)

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