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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Cinema Novo




Cinema Novo

Por Ana Lucia Santana  

O Cinema Novo nasceu em 1952, no I Congresso Paulista de Cinema Brasileiro e no I Congresso Nacional do Cinema Brasileiro. Nestes eventos foram debatidas idéias que já tinham começado a brotar nas conversas entre jovens inconformados com a derrocada dos grandes estúdios cinematográficos paulistas. De seus desejos de ver um cinema realizado com maior realismo, mais substância e mais barato, inspirado pelo Neo-realismo dos cineastas italianos e pela ‘Nouvelle Vague’ francesa, surgiu o movimento brasileiro, intitulado Cinema Novo.
Em Portugal havia se criado uma escola, de mesmo nome, fruto de um contexto semelhante, batizada de ‘Novo Cinema’, o que garantiu ao grupo paulista um impulso criativo na mesma direção. Os jovens artistas, reunidos nos Congressos de 52, definiram novos parâmetros para a elaboração de filmes nacionais. Tem início uma nova etapa na história do cinema brasileiro, a partir do filme Rio, 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, lançado em 1955, completamente influenciado pelo realismo italiano.

Obra de caráter popular, ela revelava as entranhas do povo para a própria população. Não havia lugar, na simplicidade desta película, para o artificialismo da fala empolada. A narrativa se desenrola em ambientes naturais, como o Maracanã, o Corcovado, as favelas, praças urbanas, retratando patifes, soldados, favelados, crianças no mundo do crime e deputados.

Os ideais do Cinema Novo logo cativaram artistas cariocas e baianos, que decidiram adotar os mesmos mecanismos. Nada dos filmes suntuosos outrora produzidos pela Vera Cruz, nenhum espaço para a alienação inerente às deliciosas chanchadas realizadas pelos grandes estúdios. O que se desejava agora era o cinema criado com “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”. O destaque, no Cinema Novo, é para a esfera dos conceitos, é o auge do chamado “cinema cabeça ou autoral”. Importante é refletir nas telas o real contexto brasileiro, através de uma linguagem despojada e adequada à realidade social deste período, marcada pelo subdesenvolvimento.

Na estética deste Cinema predominavam os deslocamentos lentos e escassos da câmera, os ambientes desprovidos de luxo, o destaque conferido aos diálogos, personagens principais dos filmes, muitos deles filmados em preto e branco. Na primeira etapa dessa escola, que se estende de 1960 a 1964, os cineastas se voltam para o Nordeste como fonte temática, abordando os graves problemas que afetam o sertão. São lançadas ‘Vidas Secas’, de Nelson Pereira dos Santos, e ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’, de Glauber Rocha.

Os diretores mais conhecidos neste momento são Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Joaquim Pedro de Andrade, Carlos Diegues, Paulo Cesar Saraceni, Leon Hirszman, David Neves, Ruy Guerra e Luiz Carlos Barreto.

A segunda fase, que vai de 1964 a 1968, reflete a meditação destes cineastas sobre os caminhos ditados pela Ditadura Militar para a política e a economia brasileira, as conseqüências do desenvolvimentismo adotado pelos militares. Surgem O Desafio (1965), de Paulo Cezar Saraceni, O Bravo Guerreiro (1968), de Gustavo Dahl, Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha.

A terceira e última etapa do Cinema Novo, que se prolonga de 1968 a 1972, revela o desgaste sofrido por este movimento, com a repressão e, principalmente, com a censura. As produções deste período são profundamente inspiradas pelo Tropicalismo. Recorria-se agora ao famoso exotismo nacional, com o uso de indígenas, araras, bananas, enfim, tudo que é típico das terras brasileiras. Mesmo em declínio, o Cinema Novo traz clássicos como Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, estrelado pelo genial Grande Otelo, baseado na obra-prima de Mário de Andrade.

Infelizmente não demorou muito para que os mecanismos repressivos da Ditadura Militar desbaratassem o movimento, perseguindo muitos de seus representantes, obrigados a fugir do país. Embora alguns dos veteranos do Cinema Novo procurassem se conformar ao contexto político, os mais novos rejeitavam completamente este cenário opressivo. O movimento dá lugar então ao Cinema Marginal.

InfoEscola

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Economia brasileira cresce 0,59% no 3º tri e sai da recessão, indica BC

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

 Bandeira do Brasil em frente à sede do Banco Central, em Brasília. 15/01/2014  REUTERS/Ueslei Marcelino
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SÃO PAULO (Reuters) - A economia brasileira acelerou o ritmo de crescimento em setembro para fechar o terceiro trimestre no azul, mostrou o Banco Central nesta segunda-feira, numa indicação de que o país deve ter saído da recessão técnica.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,59 por cento entre julho e setembro sobre o segundo trimestre, quando houve queda de 0,79 por cento sobre janeiro-março.

Só em setembro, o indicador subiu 0,40 por cento sobre agosto, quando havia subido 0,20 por cento sobre o mês anterior. O resultado de setembro veio acima do esperado pelo economistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontava para alta de 0,14 por cento.

No primeiro semestre deste ano, a economia brasileira entrou em recessão, levando os agentes econômicos a piorarem suas projeções. Pesquisa Focus do BC mostrou que, pela mediana das contas, o PIB crescerá 0,21 por cento neste ano, muito aquém da expansão de 2,5 por cento de 2013.

O cenário de fraco crescimento vem junto com o de inflação elevada, que levou o BC a iniciar um novo ciclo de aperto monetário no final do mês passado.

O IBC-Br também mostra estagnação no acumulado do ano até setembro, com ligeira alta de 0,01 por cento, sendo que em 12 meses, tem alta de 0,60 por cento.

Apesar dos melhores números trazidos pelo indicador, a economia brasileira não consegue mostrar sinais mais consistentes de aceleração.

Em setembro, a produção industrial interrompeu dois meses seguidos de alta, ao mesmo tempo em que o varejo desacelerava a expansão.

O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.

(Por Patrícia Duarte)

VEJA MAIS

Isolado no G20, Putin mostra que vai agir da própria maneira na Ucrânia

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKCN0J125S20141117?pageNumber=1&virtualBrandChannel=0

A História e a luta das Mães da Praça de Maio



Argentina

A História e a luta das Mães da Praça de Maio

“Vocês não podem ficar paradas aqui. Circulando!”, disse o militar. Sem outra alternativa que não obedecer, o pequeno grupo de mulheres reunido na Praça de Maio, em Buenos Aires, circulou. Literalmente – elas começaram andar ao redor da Pirâmide de Maio, monumento erguido em 1811 para celebrar a luta pela independência da Argentina. Ao andar em círculos pela praça mais importante da nação, aquelas mulheres não contrariavam a ordem da ditadura, que proibia a reunião de três ou mais pessoas em lugares públicos, principalmente em frente à Casa Rosada, sede do poder argentino.

Isso aconteceu no dia 30 de abril de 1977. Desde então, elas fizeram a mesma coisa, toda quinta-feira, sempre às 15h30, durante 37 anos. Por 1945 quintas-feiras, as Mães da Praça de Maio circularam a Pirâmide, numa demonstração clara de um dos lemas do movimento: “A única luta que se perde é aquela que você abandona”. E isso elas não fizeram, nem mesmo quando as três fundadoras foram sequestradas, torturadas e mortas por um grupo de militares, em dezembro de 1977.

Elas não pararam nem durante a Copa do Mundo de 1978, quando o mundo inteiro estava com os olhos na Argentina e a tensão política aumentou. Nem depois que a ditadura caiu, em 1983. Se você estiver em Buenos Aires numa quinta-feira, às 15h30, vai encontrá-las na Praça de Maio – agora já de cabelos brancos e bengalas, com idades entre 75 e 92 anos. As Mães da Praça de Maio continuam seu protesto e mostram aquilo que os ditadores tentaram esconder: o governo militar matou 30 mil jovens argentinos. O governo matou os filhos delas. E elas não se esquecem disso – e fazem questão que o mundo saiba, de modo a evitar que algo assim se repita.

Luta das mães da Praça de Maio

Como em quase todos os países da América do Sul, a Guerra Fria deu à Argentina um demônio: uma ditadura militar, que ficou no poder entre 1976 e 1983. A ditadura argentina foi a mais violenta do continente, tendo torturado operários, funcionários públicos, profissionais liberais, estudantes universitários e até estudantes de ensino médio. Assim como o regime nazista, a ditadura argentina usou campos de concentração e inovou na hora de sumir com os corpos das vítimas – se Hitler tinha as câmaras de gás e de cremação, os ditadores argentinos tinham os voos da morte.

Cerca de cinco mil opositores do regime foram arremessados vivos de aviões durante sobrevoos ao Rio de Prata, isso depois de passarem por torturas terríveis. Um dos casos mais marcantes foi o do estudante Floreal Avellaneda, que tinha apenas 15 anos. O corpo dele foi encontrado no Rio da Prata pelos militares uruguaios, assim como o de muitos outros perseguidos. A quantidade de corpos encontrada em território uruguaio foi tão grande que os militares desse país – na época também uma ditadura – reclamaram com o governo argentino. A saída? Os voos para a morte continuaram, mas no Oceano Atlântico, bem longe da costa do Uruguai.


Floreal Avellaneda


Se no início o mundo fechava os olhos para o que acontecia na Argentina (e no restante da América do Sul), a Copa de 1978, tão usada pela propaganda do regime, trouxe visibilidade para as Mães da Praça de Maio. Redes de TV e jornais de todo o mundo relataram a luta das mulheres em busca de seus filhos desaparecidos. Logo a ajuda chegou – no ano seguinte, um grupo de mães da Holanda fez uma doação às argentinas, que puderam continuar com o movimento de forma mais organizada.

As mães da Praça de Maio As mães da Praça de Maio

Quase 40 anos depois, muita coisa mudou. As Mães da Praça de Maio ganharam diversos prêmios internacionais e passaram até a fazer parte da própria praça – os panos brancos que elas usavam nas cabeças para chamar atenção agora marcam o chão ao redor da Pirâmide, numa forma de homenagem depois de tantas décadas de luta.

Mães da Praça de Maio

Os ditadores não estão mais no poder e, ao contrário do que aconteceu no Brasil, alguns deles foram julgados e presos. Jorge Rafael Videla, presidente do país durante a maior parte da ditadura, foi condenado à prisão perpétua em 1986, mas permaneceu apenas 5 anos na prisão. É que em 1990, o então presidente Carlos Menem usou o perdão presidencial para liberá-lo e vários outros líderes do governo militar.

Videla, no entanto, foi novamente julgado e condenado à prisão perpétua. Ele morreu na prisão, em 2013, um ano depois de admitir ter sido o responsável direto por 8 mil mortes. E ele ainda garantiu que não estava arrependido de nada. Os julgamentos de outros militares prosseguem até hoje. Desde o governo de Néstor Kirchner (2003 – 2007), mais de 500 envolvidos nos assassinatos foram condenados.

A luta das Mães da Praça de Maio continua, agora não apenas para buscar a condenação dos torturadores e assassinos, mas também para lutar por direitos humanos e outras causas em geral. Quando eu estive numa reunião delas, na terceira quinta-feira de julho, uma das pautas era a morte de milhares de palestinos na Faixa de Gaza.

Elas têm programas de rádio, organizam manifestações e até criaram uma universidade. “Não aceitamos nenhum cargo político, mas fazemos política. Não somos um órgão de direitos humanos e nem uma ONG, somos uma organização política, sem partido”, explica Hebe de Bonafini, umas das fundadoras do movimento.

As mães da Praça de Maio

Além disso, elas trabalham pela reconstrução de suas famílias. O grupo Avós da Praça de Maio tem estreitas ligações com o grupo das Mães. Na última semana, as Avós anunciaram a recuperação de mais um bebê sequestrado durante a ditadura, justo o neto da presidenta do movimento. Acredita-se que centenas de bebês argentinos, todos filhos de opositores do regime, foram sequestrados e hoje vivem com outra identidade e sem saber de seu passado. Em muitos dos casos, esses argentinos vivem em famílias de militares, que tomaram as crianças como despojo de guerra.

Testemunhar uma caminhada das Mães da Praça de Maio é como visitar um monumento que relembra as atrocidades do nazismo, em Berlim. Não, não é algo legal de se ver. É triste, uma experiência que dá um tremendo nó na garganta. Mas há beleza nessa história também, nem que seja de ver que elas não desistiram da luta. Elas continuam. Mesmo sabendo que provavelmente nunca vão recuperar os restos mortais de seus filhos, mesmo tendo a certeza de que nunca saberão o que realmente aconteceu com eles. Até a vitória.  Sempre.




domingo, 16 de novembro de 2014

Dilma diz que investigações na Petrobras podem mudar o Brasil

Dilma diz que investigações na Petrobras podem mudar o Brasil
domingo, 16 de novembro de 2014
(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse neste domingo que a operação Lava Jato envolvendo a Petrobras é simbólica e pode mudar o país para sempre.

"Isso pode de fato mudar o país para sempre, no sentido de que vai acabar com a impunidade", disse Dilma em entrevista coletiva antes de deixar a reunião do G20, grupo formado pelas principais economias do mundo, na Austrália.

Segundo a presidente, a questão da Petrobras é simbólica por ser a primeira investigação efetiva, de forma aberta, que envolve segmentos privados e públicos e "vai a fundo".

“Não se pode condenar a empresa. O que nós temos de condenar são pessoas: corruptos e corruptores”, acrescentou.

Na véspera, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, prometeu uma investigação completamente isenta na operação Lava Jato, mas criticou o uso eleitoral da operação.

A Polícia Federal lançou na sexta-feira nova fase da Operação Lava Jato, com a prisão do ex-diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais da Petrobras, Renato Duque, e de executivos de empresas privadas, após uma série de denúncias de corrupção nos últimos meses envolvendo grandes obras da petroleira.

(Por Juliana Schincariol, no Rio de Janeiro)

G20 compromete-se com crescimento maior; Rússia fica isolada

G20 compromete-se com crescimento maior; Rússia fica isolada
domingo, 16 de novembro de 2014
Por Lincoln Feast e Alexei Anishchuk

BRISBANE Austrália (Reuters) - Líderes do G20, grupo formado pelas principais economias do mundo, concordaram neste sábado em impulsionar o crescimento global, enfrentar as mudanças climáticas e reprimir a evasão fiscal, mas os laços entre o Ocidente e a Rússia atingiram uma nova baixa com a crise na Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, deixou a reunião do G20 em Brisbane mais cedo, uma vez que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acusou a Rússia de invadir a Ucrânia e o Reino Unido alertou sobre um possível "conflito congelado" na Europa.

Várias nações ocidentais alertaram a Rússia sobre mais sanções se ela não retirar tropas e armas da Ucrânia.

"Eu acho que o presidente Putin pode ver que ele está em uma encruzilhada", disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron. "Se ele continuar a desestabilizar a Ucrânia haverá mais sanções, mais medidas".

Obama disse que o isolamento da Rússia era inevitável.

"Nós preferiríamos uma Rússia totalmente integrada com a economia global", disse em uma entrevista coletiva.

Antes de deixar a reunião do G20, Putin disse que uma solução para a crise da Ucrânia era possível, mas não elaborou.

"Hoja a situação (na Ucrânia), na minha visão, tem boas chances de resolução, não importa o quão estranho isso possa soar", disse Putin. Ele pulou um almoço de trabalho na reunião para sair mais cedo, citando o longo voo para a casa e a necessidade de descansar.
A Rússia negou qualquer envolvimento no conflito na Ucrânia que matou mais de 4 mil pessoas este ano.

Segurança e mudanças climáticas ofuscaram as conversas do G20 para impulsionar o crescimento econômico global na reunião, embora os líderes tenham assinado um pacote de medidas para adicionar 2,1 pontos percentuais extras para o crescimento global em cinco anos.

(Reportagem adicional de Jane Wardell, Ian Chua, Matt Spetalnick e Matt Siegel em Brisbane)

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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Presidente Dilma Rousseff desembarca em Brisbane, Austrália, para cúpula do G20 :

Dilma se encontra com emir do Catar antes de ir para o G20, na Austrália

Nesta quarta (12), Dilma havia feito escala em Doha, no Catar, e se reuniu com o emir do país, xeque Tamim bin Hamad Al Thani. Ela também esteve com a Rainha-mãe do Catar, xeica Mozah bint Nasser.

No G20, há previsão de que a presidente tenha reuniões privadas com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin. As duas reuniões farão parte de uma série de encontros bilaterais que Dilma terá nos próximos dias com líderes mundiais presentes ao evento.
A cúpula
Conforme informou o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazeda, Carlos Cozendey, a Cúpula do G20 deste ano terá como tema principal a retomada do crescimento da economia mundial. A expectativa é de que o Brasil defenda em discursos a necessidade da retomada do crescimento global, por meio de medidas de médio e longo prazos.
Na reunião, é esperado ainda que a presidente reforce a necessidade de que países que têm espaço fiscal adotem medidas de crescimento a curto prazo. O Brasil apresentará interesse em apoiar os investimentos estrangeiros em projetos de infraestrutura, além de defender a implementação integral das normas de regulação financeira internacional.
O país também deverá participar de discussões sobre temas relacionados a tributação, emprego e comércio. Quanto às discussões sobre taxas de juros, o Brasil espera comunicar aos países do G20 quais serão as previsões de 2015.
Dilma chega à Austrália para participar de reunião do G20
Presidente desceu na cidade de Brisbane às 9h10 (horário de Brasília).
Cúpula dos 20 países mais ricos do mundo ocorre nos dias 15 e 16.
Do G1, em Brasília

 Presidente Dilma Rousseff desembarca em Brisbane, Austrália, para cúpula do G20 :

A presidente Dilma Rousseff chegou na manhã desta quinta-feira (13), às 9h10 no horário de Brasília, à cidade de Brisbane, na Austrália, onde vai ocorrer o encontro da cúpula do G20. O evento, que reúne líderes das 20 maiores economias do mundo, está marcado para os próximos dias 15 e 16 de novembro.

Dilma se encontra com emir do Catar antes de ir para o G20, na Austrália
Nesta quarta (12), Dilma havia feito escala em Doha, no Catar, e se reuniu com o emir do país, xeque Tamim bin Hamad Al Thani. Ela também esteve com a Rainha-mãe do Catar, xeica Mozah bint Nasser.
No G20, há previsão de que a presidente tenha reuniões privadas com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin. As duas reuniões farão parte de uma série de encontros bilaterais que Dilma terá nos próximos dias com líderes mundiais presentes ao evento.
A cúpula
Conforme informou o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazeda, Carlos Cozendey, a Cúpula do G20 deste ano terá como tema principal a retomada do crescimento da economia mundial. A expectativa é de que o Brasil defenda em discursos a necessidade da retomada do crescimento global, por meio de medidas de médio e longo prazos.
Na reunião, é esperado ainda que a presidente reforce a necessidade de que países que têm espaço fiscal adotem medidas de crescimento a curto prazo. O Brasil apresentará interesse em apoiar os investimentos estrangeiros em projetos de infraestrutura, além de defender a implementação integral das normas de regulação financeira internacional.
O país também deverá participar de discussões sobre temas relacionados a tributação, emprego e comércio. Quanto às discussões sobre taxas de juros, o Brasil espera comunicar aos países do G20 quais serão as previsões de 2015.

http://g1.globo.com/

PF prende outro ex-diretor da Petrobras e executivos de empresas na Lava Jato


PF prende outro ex-diretor da Petrobras e executivos de empresas na Lava Jato
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
 Prédio da Petrobras no centro do Rio de Janeiro. 24/09/2010 REUTERS/Bruno Domingos

Por Sérgio Spagnuolo e Gustavo Bonato

CURITIBA/SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal lançou nesta sexta-feira nova fase da Operação Lava Jato, com a prisão do ex-diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais da Petrobras Renato Duque e de executivos de outras empresas, aumentando a tensão na estatal e no mercado, após uma série de denúncias de corrupção nos últimos meses envolvendo grandes obras da petroleira.

Segundo a PF, 300 policiais cumpriram quatro mandados de prisão preventiva, todos em São Paulo, 13 mandados de prisão temporária, a maioria na capital paulista, e seis de condução coercitiva, sendo que algumas das prisões envolveram altos executivos de diversas empreiteiras que prestavam serviços para a Petrobras.

A operação eleva os riscos financeiros para a Petrobras, cujas ações preferenciais chegaram a cair mais de 5 por cento durante a sessão e fecharam em queda de 2,94 por cento, em meio ao adiamento na divulgação do balanço do terceiro trimestre por conta da Lava Jato.[nL2N0T400K]

A ação da polícia nesta sexta-feira focou em sete grandes empreiteiras com 59 bilhões de reais em contratos com a estatal, ampliando as preocupações de investidores, que vêm sendo alertados de que a empresa poderá ter que realizar baixas contábeis, com implicações para o pagamento de dividendos, ou mesmo terá dificuldades de acessar mercados de bônus.

"Boa parte desses contratos está sendo investigada por ter sido obtida a partir de acordo prévio de um grupo com todas as características de cartel e, além disso, com a sistemática de propiciar o desvio de recursos para pagamento de agentes políticos e pagamento de agentes públicos", disse o o delegado Igor Romário de Paula, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, em Curitiba.

A estimativa da PF é que tenham sido bloqueados cerca de 720 milhões de reais em bens de 36 investigados.

Os envolvidos deverão responder por crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

"As diligências realizadas nos últimos oito meses, as quebras de sigilo e os depoimentos colhidos dão material robusto para demonstrar o envolvimento delas (empresas) na formação de cartel em licitações e também no desvio de recursos para corrupção de agentes públicos", disse o delegado a jornalistas Os envolvidos responderão por crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Segundo o delegado, boa parte dos contratos está sob investigação da Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal. "São contratos feitos nos últimos dois anos e a maioria deles ainda vigente."

O delegado explicou que as prisões desta sexta foram concentradas em executivos que participaram ativamente na celebração de contratos e em alguns agentes secundários envolvidos no transporte de valores para doleiros e para lavagem de dinheiro.

Duque, ligado ao PT, era responsável pela assinatura de diversos contratos da estatal.

O representante da Receita Federal Gerson Dagord Schaan disse a jornalistas pela manhã haver a estimativa de "1 bilhão de reais em impostos devidos, multas e juros sobre essas grandes empresas envolvidas", relativos a serviços "supostamente prestados" de assessoria e consultoria.

PRISÃO DE DUQUE

A defesa de Duque, ex-diretor da Petrobras, disse que ele foi preso em casa, no Rio de Janeiro, sem conhecimento de nenhuma acusação contra ele.

"A prisão do Renato Duque é um constrangimento ilegal porque é injustificada e desnecessária. A regra é responder em liberdade", afirmou o advogado de Duque, Alexandre Lopes, em nota  A defesa de Duque, ex-diretor da Petrobras, disse que ele foi preso em casa, no Rio de Janeiro, sem conhecimento de nenhuma acusação contra ele.

"A prisão do Renato Duque é um constrangimento ilegal porque é injustificada e desnecessária. A regra é responder em liberdade", afirmou o advogado de Duque, Alexandre Lopes, em nota.

Segundo a defesa, não existe nenhuma ação penal ajuizada contra Duque, e até o momento ele não é acusado de nenhum crime.

A prisão de Duque ocorreu no âmbito dos autos de pedido de busca e apreensão, segundo nota divulgada pela defesa do ex-diretor.

EMPRESAS

A empreiteira Odebrecht confirmou, em nota, que a Polícia Federal esteve no escritório da empresa no Rio de Janeiro para cumprimento de mandado de busca e apreensão de documentos, "expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras".

A Odebrecht disse que recebeu os policiais, colaborou no acesso a documentos e reafirmou que está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.

A empreiteira Mendes Júnior também confirmou, por meio da assessoria de imprensa, que agentes da PF estiveram em seu escritório em São Paulo, mas negou que o empresário Sérgio Cunha Mendes tenha sido preso, já que não está no Brasil.
A empreiteira Mendes Júnior também confirmou, por meio da assessoria de imprensa, que agentes da PF estiveram em seu escritório em São Paulo, mas negou que o empresário Sérgio Cunha Mendes tenha sido preso, já que não está no Brasil.

Outras empreiteiras foram alvo da ação da PF na manhã desta sexta.

Desde cedo, policiais estiveram na sede da Camargo Corrêa em São Paulo. A construtora afirmou em nota que "repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos".

A construtora OAS disse que policiais estiveram em sua sede em São Paulo e que prestou todos os esclarecimentos solicitados, dando acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal. Disse ainda que continuará colaborando com as investigações.

Queiroz Galvão, UTC Engenharia, Iesa, Engevix e Galvão Engenharia também foram alvo da operação.

A Queiroz Galvão limitou-se a dizer "que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários".​

Já a UTC Engenharia afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que "colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades".

(Reportagem adicional de Alberto Alerigi Jr., em São Paulo, e Anthony Boadle, em Brasília)

Organização Setembro Negro/ Massacre de Munique





Organização Setembro Negro

 Se procura os confrontos de setembro de 1970, entre a OLP e o exército da Jordânia, veja Setembro Negro.

Memorial placa na Embaixada de Israel em Londres.
A Organização Setembro Negro (em árabe: منظمة أيلول الأسود‎, transl. Munaẓẓamat Aylūl al-Aswad) foi um grupo militante secular palestino, fundado em 1970. O nome do grupo vem de uma série de conflitos entre militantes da OLP e o exército da Jordânia, conhecida como Setembro Negro, que teve início em 16 de setembro de 1970, quando, em resposta a uma tentativa de golpe de estado por parte dos fedayin, o exército do rei Hussein da Jordânia começou a eliminar a presença da militantes palestinos no país, o que resultou na expulsão de milhares deles e provocou a morte de 10.000 pessoas.

A organização começou como uma pequena célula dos homens da Fatah determinados a se vingar do rei Hussein e do exército da Jordânia. Grupos ligados à Organização para a Libertação da Palestina, como As-Sa'iqa e outros juntaram-se ao movimento.

O Setembro Negro é muito conhecido pelo sequestro e assassinato de onze atletas israelenses, e pelo assassinato de um agente policial alemão, durante o ataque à Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos de Munique na Alemanha, em 1972, fato que ficou conhecido como o Massacre de Munique.

Outros actos atribuídos ao grupo Setembro Negro foram a tentativa de assassinato do embaixador jordano em Londres (dezembro de 1971), a sabotagem de uma instalação eléctrica na Alemanha Ocidental e de uma fábrica de gás holandesa (fevereiro de 1972), o sequestro de um avião comercial belga que voava de Viena para Tel Aviv (maio de 1972) e o atentado contra a embaixada saudita no Sudão (março de 1973), que custou a vida de três diplomatas - o embaixador e o embaixador-delegado dos Estados Unidos e o encarregado de negócios belga. Após este último atentado, a organização foi desmantelada, supostamente por pressão da OLP, segundo a qual os actos terroristas seriam prejudiciais à causa palestiniana. Mas, além disso, os assassinatos selectivos da Mossad, durante a operação conhecida como "Cólera de Deus", acabaram com a vida de muitos líderes da organização. Entre 1972 e 1979 mais de doze palestinos foram assassinados.

A partir de 1974, outros grupos como Abu Nidal e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) começaram a relacionar o nome de Setembro Negro com alguns dos seus próprios actos; porém, o mais provável é que estes grupos não tenham nada a ver com a organização original.1

Setembro Negro continua a fazer parte da lista de organizações consideradas como terroristas pela União Europeia.

Massacre de Munique

O prédio onde o Massacre de Munique aconteceu esta quase inalterado hoje.
Local Munique,  Alemanha Ocidental
Data 5 de setembro de 1972
Tipo de ataque Assassínio em massa
Mortes 17 total
6 treinadores israelenses
5 atletas israelenses
5 membros do Setembro Negro
1 policial da Alemanha Ocidental
Responsável(is) Organização Setembro Negro

O Massacre de Munique, também conhecido como Tragédia de Munique, teve lugar durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique, quando, a 5 de Setembro, 11 membros da equipe olímpica de Israel foram tomados de reféns pelo grupo terrorista palestino denominado Setembro Negro.

O governo da RFA, então liderado pelo primeiro-ministro Willy Brandt, recusou-se a permitir a intervenção de uma equipe de operações especiais do Tzahal, conforme proposta da premiê de Israel, Golda Meir.

Memorial placa na frente dos quartos dos atletas israelenses. A inscrição, em alemão e hebraico, lê-se: A equipe do Estado de Israel permaneceu neste edifício durante os Jogos Olímpicos de Verão de 21 agosto - 5 setembro 1972. Em 5 de setembro, teve uma morte violenta. Honra de sua memória.
Os onze desportistas israelitas acabaram sendo assassinados em vários momentos do sequestro. Foram eles:

David Berger
Ze'ev Friedman
Joseph Gottfreund
Eliezer Halfin
Joseph Romano
Andrei Schpitzer
Amitsur Shapira
Kahat Shor
Mark Slavin
Yaakov Springer
Moshe Weinberg
Índice  [esconder]
A operação policial
Como se viria a constatar depois, as forças policiais alemãs estavam muito mal preparadas e a situação fugiu do seu controle. Uma tentativa de libertação dos reféns levou à morte de todos os atletas, além de cinco terroristas e um agente da polícia alemã.

Os três terroristas que sobreviveram ao ataque foram encarcerados. O governo alemão federal ficou altamente embaraçado pelo fracasso e pela demonstração de incompetência da sua polícia. A operação foi mal planejada e foi executada por agentes sem qualquer preparação especial.

A idéia da operação era eliminar os terroristas num aeroporto próximo de Munique, o Fürstenfeldbruck. No entanto, os poucos políciais colocados nas torres do aeroporto não tinham capacidade de fogo suficiente para executar a tarefa, não dispunham de comunicações de rádio entre si para coordenar os disparos e foram surpreendidos por um número de terroristas superior ao esperado.

Após um tiroteio que durou 45 minutos, entre a polícia e os terroristas, os terroristas fuzilaram os atletas israelenses que estavam amarrados uns aos outros dentro de dois helicópteros. Os atletas morreram fuzilados e carbonizados. A divulgação dos pormenores do atentado, seguida atentamente pela mídia internacional, causou um forte abalo na imagem da Alemanha Federal no exterior. Os três prisioneiros não chegaram a ser julgados.

A 29 de Outubro de 1972 foi desviado um avião da Lufthansa por um outro grupo terrorista, sendo exigida a libertação dos três terroristas aprisionados. Curiosamente, entre os passageiros desse misterioso vôo da Lufthansa não havia nenhuma mulher nem criança. Os reféns eram todos homens adultos. Soldados alemães conseguiram libertar os reféns e matar os sequestradores.

Consequências
Pouco depois do massacre dos atletas, o governo alemão decidiu fundar uma unidade policial contra-terrorista, o GSG 9, para lidar melhor com situações semelhantes no futuro. Esta unidade se transformou num exemplo mundial no combate ao terrorismo.

Os três terroristas sobreviventes passaram a ser perseguidos pela Mossad e crê-se que dois deles foram assassinados. Esta operação chamou-se Cólera de Deus. Mohammed Oudeh, o terceiro terrorista e líder do sequestro, conseguiu sobreviver a um atentado contra sua vida em 1981, na cidade de Varsóvia, mas faleceu dia 3 de Julho de 2010, em Damasco (capital da Síria), de falência renal.

Filme
Foi lançado em 2005 o filme Munique, dirigido por Steven Spielberg, tendo sido indicado a 5 Oscars, incluindo melhor filme e melhor diretor. O filme conta a história da suposta operação de retaliação do governo israelense lançada logo após o massacre contra os responsáveis pelo atentado.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Terrorismo no Peru,Sendero Luminoso


Abimael Guzmán


Sendero Luminoso


Por Felipe Araújo  
Grupo de guerrilha peruano criado durante os anos 60, o Sendero Luminoso tem inspiração maoísta e foi formado por um grupo de intelectuais, entre eles, Abimael Guzmán, que lecionava filosofia na Universidade de Ayacucho. Em português, o significado do nome do partido é “Caminho Iluminado”, título colocado para diferenciá-lo de outros partidos comunistas da época. O nome completo da facção é Partido Comunista do Peru - Sendero Luminoso (PCP-SL).
A definição dos princípios e forma de ação do Sendero Luminoso ocorreu nos anos 70, com autoria de Guzmán. O principal intuito do grupo é acabar com as instituições capitalistas e burguesas do Peru por meio de uma revolução comunista liderada pelos camponeses. Nos anos 60, durante a presidência de Fernando Belaúnde Terry, o Sendero ficou bastante conhecido por atacar propriedades rurais sem qualquer aviso anterior. Sua base para o recrutamento de novos membros são as camadas mais baixas da população peruana: os filhos dos camponeses e índios que não conseguiram adaptar-se às cidades desenvolvidas.

Ao lado das FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, o Sendero Luminoso é considerado um dos maiores grupos de guerrilha organizado da América do Sul. No período em que o Peru era comandado por um regime militar, o partido aumentou a sua atuação e iniciou a construção de uma comunidade independente que se localiza nas montanhas. Com suas ações repercutidas  em outros países, outros grupos foram fortemente influenciados. Um deles é o Partido Comunista do Nepal, que também é de inspiração maoísta.

Ao final dos anos 70, o Sendero Luminoso parte da guerrilha no campo para os ataques em ambiente urbano. Já na década de 80, época em que o regime militar terminava no Peru, o partido começa a boicotar seções eleitorais e aumenta suas ações violentas, chegando a fazer um esboço do que seria uma grande revolução no país. Ainda nos anos 80, o grupo expande seu número de participantes e aumenta suas áreas de ocupação, que agregavam o Sul e a região central peruana, além da área suburbana de Lima.

Porém, no início dos anos 90, o líder Guzmán foi capturado. Após enfraquecimento do Sendero, outras lideranças começam a ser presas até o ano de 1995. Naquele período, as ações do partido começam a ficar cada vez mais raras. Um dos últimos grandes atentados do grupo foi um ataque à bomba que ocorreu na embaixada dos EUA em Lima. Nesse ataque, 10 pessoas perderam a vida e 30 ficaram feridas.

Fontes:
AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sendero_Luminoso
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/10/guerrilha-do-sendero-luminoso-queima-3-helicopteros-no-peru.html

InfoEscola

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Dólar sobe mais de 1%, encosta em R$2,60 e renova máxima de fechamento desde abril de 2005

Dólar sobe mais de 1%, encosta em R$2,60 e renova máxima de fechamento desde abril de 2005
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta de mais de 1 por cento nesta quinta-feira, encostado em 2,60 reais, refletindo incertezas sobre quem substituirá Guido Mantega no Ministério da Fazenda, em meio ao clima de incerteza sobre a condução da política econômica do segundo mandato de Dilma Rousseff.

A moeda norte-americana subiu 1,20 por cento, a 2,5948 reais na venda, maior cotação de fechamento desde 18 de abril de 2005, quando encerrou a 2,609 reais. Na máxima da sessão desta quinta-feira, a divisa atingiu 2,6120 reais, maior patamar intradia desde 5 de dezembro de 2008, quando alcançou 2,6190 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 900 milhões de dólares.

"Cada dia ouvimos uma notícia indicando um nome diferente. O mercado não sabe mais para onde apontar, então vai se proteger no dólar", disse o gerente de operações do Banco Confidence, Felipe Pellegrini.

A atual equipe econômica é criticada por praticar uma política fiscal pouco transparente e excessivamente expansionista.

Entre os nomes mais citados para o Ministério estão o ex-secretário-executivo da Fazenda Nelson Barbosa, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e, nos últimos dias, o atual presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini.

Dilma já afirmou que só anunciará nomes de sua equipe após a reunião do G20 neste fim de semana, o que tem sustentado a cautela dos investidores e limitado o volume de negócios, empurrando o dólar para cima e deixando o mercado mais sensível a boatos e especulações.

"Enquanto não soubermos quem vai ser a próxima equipe econômica, o dólar vai continuar assim: sem volume e reagindo a fatores pontuais", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 1,75 mil contratos para 1º de junho e 2,25 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 197,2 milhões de dólares.

O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 9 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de dezembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 36 por cento do lote total, equivalente a 9,831 bilhões de dólares.

(Por Bruno Federowski)

Golpe de Estado na Argentina em 1976 e Processo de Reorganização Nacional







Golpe de Estado na Argentina em 1976 e Processo de Reorganização Nacional

A 24 de março de 1976 uma nova sublevação militar derrocou a Presidenta María Estela Martínez de Perón instalando uma ditadura de tipo permanente (Estado burocrático autoritário) autodenominada «Processo de Reorganização Nacional», governada por uma Junta Militar integrada por três militares, um por cada força. Pela sua vez a Junta Militar escolhia um funcionário público com o título de «presidente», com funções executivas e legislativas.

Assim como a ditadura anterior, a Junta Militar sancionou em 1976 um Estatuto e duas Atas de caráter complementar com hierarquia jurídica superior à Constituição.

O Processo foi governado por quatro juntas militares sucessivas:

1976-1980: Jorge Rafael Videla, Emilio Eduardo Massera e Orlando Ramón Agosti
1980-1981: Roberto Eduardo Viola, Armando Lambruschini, Omar Domingo Rubens Graffigna
1981-1982: Leopoldo Fortunato Galtieri, Basilio Lami Dozo e Jorge Isaac Anaya
1982-1983: Cristino Nicolaides, Rubén Franco, Augusto Jorge Hughes
Em cada uma destas etapas, as juntas designaram como «presidentes» de fato a Jorge Rafael Videla, Roberto Eduardo Viola, Leopoldo Fortunato Galtieri e Reynaldo Benito Bignone respectivamente, todos eles integrantes do Exército. Bignone, foi o único "presidente" que não pertenceu à junta.

O «Processo de Reorganização Nacional» levou adiante uma guerra suja na linha do terrorismo de Estado que violou massivamente os direitos humanos e causou o desaparecimento de dezenas de milheiros de opositores.

Internacionalmente, a ditadura argentina e a violação de direitos humanos contou com o apoio ativo do governo dos Estados Unidos (salvo durante a administração de Jimmy Carter) e a tolerância dos países europeus, a União Soviética e a Igreja Católica, sem cuja inação dificilmente se podia suster. Assim mesmo, nesse momento instalaram-se com apoio norte-americano ditaduras militares em todos os países do Cone Sul da América (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai) que coordenaram entre si e com os Estados Unidos a repressão, por meio de uma organização terrorista internacional denominada operação Condor.

Em matéria econômica, a ditadura entregou formalmente os ministérios econômicos às associações empresárias mais conservadoras que impulsionaram uma política econômica abertamente desindustrializadora e neoliberal, com máxima expansão de uma dívida externa contraída de maneira fraudulenta e mediante mecanismos de corrupção, para benefício do setor privado:

O Ministério de Economia a José Alfredo Martínez de Fouce, presidente do Conselho Empresario Argentino (CEA).
A Secretaria de Pecuária à Sociedade Rural Argentina, representada por Jorge Zorreguieta (o pai de Máxima Zorreguieta, princesa de Holanda).
O Banco Central à Associação de Bancos Privados de Capital Argentino (ADEBA).22
O Processo foi caracterizado por violência política e perseguição aos opositores, notadamente as facções de esquerda e direita do movimento peronista, sendo 30.000 pessoas desaparecidas aproximadamente. O governo militar sequestrou, torturou e assassinou milhares de dissidentes e suspeitos políticos de todos os tipos, incluindo médicos e advogados, que ofereciam apoio profissional aos perseguidos e estabeleceu centros clandestinos de detenção.

Em 1982 o governo militar empreendeu a Guerra de Malvinas contra o Reino Unido, num acontecimento sobre o qual seguem muito obscuras as causas desencadeantes. A derrota infligida provocou a queda da terceira junta militar e meses mais tarde a quarta junta convocou eleições para 30 de outubro de 1983, nas quais triunfou o candidato da União Cívica Radical, Raúl Alfonsín, quem assumiu em 10 de dezembro de 1983.

Os chefes militares foram ajuizados e condenados, e muitos de eles levados a prisão, em complexos processos que se estenderam no tempo.

A ditadura militar chamada «Processo de Reorganização Nacional» foi a última. Se bem que entre 1987 e 1990 ocorreram várias insurreições militares, denominadas carapintadas, nenhuma delas conseguiu derrocar os governos democráticos.

Questões gerais
Os golpes de estado na Argentina geraram uma série de problemas jurídico-políticos específicos:

A doutrina dos governos de fato da Corte Suprema de Justiça da Nação;
A validez e sorte dos chamados "decretos-leis" e demais normas sancionadas pelos governos militares, uma vez finalizada a ditadura;
A sanção dos golpistas.
Também é possível observar uma escalada na violência repressiva e uma paralela redução do respeito pelas formas legais em cada um dos golpes. Em particular, enquanto os quatro primeiros golpes de estado (1930, 1943, 1955 e 1962) definiram-se como "governos provisórios" e manifestaram desde um começo a sua intenção de chamar para eleições democráticas num breve lapso, os dois últimos golpes (1966 e 1976), estabeleceram ditaduras militares de tipo permanente, de acordo ao modelo de estado burocrático autoritário descrito por Guillermo O'Donnell.

Um elemento importante dos golpes de estado na Argentina está relacionado também com os planos econômicos e a atitude ante os mesmos das grandes potências mundiais. No primeiro caso, as equipas econômicas dos governos militares tenderam a recorrer às mesmas figuras, majoritariamente provenientes do setor conservador-liberal, chegando-se a dizer que as Forças Armadas se comportaram como partido político da classe alta.24 25 No segundo caso em quase todos os golpes de estado a ou as potências mundiais hegemônicas no país, tiveram participação direta, quer na sua realização ou posterior proteção dos golpistas.

Os golpes de estado na Argentina, sobretudo a partir da década de 1960, fizeram parte de um quadro sub-regional e regional mais amplo, de golpes militares generalizados em América do Sul e América Latina, na maioria dos casos apoiados ou promovidos pelos Estados Unidos, a partir das operações da Escola das Américas com base no Panamá e a Doutrina da Segurança Nacional.

Durante a Reforma da Constituição Argentina de 1994, a Convenção Constituinte discutiu largamente a doutrina dos governos de fato e a forma de evitar que a mesma pudesse voltar a ser invocada num eventual golpe de estado futuro. O resultado foi a aprovação do primeiro párrafo do artigo 36 da Constituição Nacional, conhecido também como de "defesa da democracia ou defesa da ordem constitucional":

Esta Constituição manterá o seu império embora se interromper a sua observância por atos de força contra a ordem institucional e o sistema democrático. Estes atos serão insanavelmente nulos.



fonte wikipedia

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Conteúdos -HISTÓRIA - Vestibular Tradicional -UPE/ UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE Vestibular UPE CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS PARA O VESTIBULAR UPE Triênio 2013-2015 (Provas 2012-2014)





Conteúdos -HISTÓRIA - Vestibular Tradicional -UPE/ Para os alunos do Performance/ Médio

1. História, fontes e historiadores; 1.1 Cultura e História; a diversidade do fazer e do pensar
humanos e sua relação com a Natureza. 2. A Pré-História: economia, sociedade e cultura;
2.1 O Brasil pré-cabralino; 3. As relações entre poder e saber na Antiguidade Oriental e
Ocidental e a busca pela compreensão e superação das dificuldades históricas. 3. As relações de poder na Idade Média Ocidental e Oriental e a importância da Igreja Católica
na construção das suas concepções de mundo;  3.1 O mundo islâmico medieval; 3.2 A
produção cultural no medievo. 4. A Modernidade com projeto histórico da sociedade
europeia; 4.1 A formação do mundo moderno: O Renascimento, A Reforma e a conquista e
colonização dos povos pré-colombianos e pré-cabralinos da América; 4.2 Violência e
dominação cultural nas relações políticas entre colonizados e colonizadores. 5. Europa-África-América: A escravidão e sua inserção no mundo moderno. 5.1 A luta contra o seu domínio   e sua contribuição para o crescimento do poderio europeu na gestão das riquezas e das concepções culturais de mundo. 6. O capitalismo e as suas relações históricas com a
formação da burguesia. 6.1 Novas formas de saber e poder e mudanças na Europa. 6.2 A
construção do liberalismo na política e na economia.  7. As resistências contra a colonização
dos europeus e lutas políticas nas Américas. 7.1 As influências das ideias liberais e as
crises do antigo regime. 8. O Brasil e a formação do Estado Nacional.  8.1 Autoritarismo e
escravidão, hierarquias sociais e revoltas políticas no período de Império. 9. A modernização
da sociedade ocidental e sua expansão. 9.1 O impacto das invenções modernas e a crítica às injustiças do capitalismo. 9.2 O político-cultural e suas renovações: Romantismo, Socialismo
e Anarquismo; 9.3 Produção cultural no Brasil do século XIX. 10. A expansão do mundo
capitalista: o neocolonialismo e a opressão cultural: América, África e Ásia. 10.1 Os
preconceitos científicos e as contradições do progresso. 10.2 As relações entre saber e poder  no século XIX. 11. As relações históricas entre o abolicionismo e republicanismo no  Brasil. 11.1 A busca de alternativas políticas e os ensaios de modernização nos centros
urbanos. 12. As primeiras décadas republicanas no Brasil. 12.1 Oligarquias e resistências.
Insatisfações e modernismos. 12.2 O movimento operário e suas primeiras organizações e
greves. 13. A primeira metade do século XX. 13.1 A I Guerra Mundial. 13.2 A Revolução Soviética. 13.3 O nazi-fascismo. 13.4 A Crise do capitalismo. 14. A modernização no Brasil e
o autoritarismo político na primeira metade do século XX. 14.1 As dificuldades de
construção da democracia e lutas dos trabalhadores. 15. A II Guerra Mundial e o fim dos
impérios. 15.1 A descolonização da África e da Ásia. 15.2 Guerra Fria. 16. O mundo depois
das guerras mundiais: as dificuldades, as utopias e as relações internacionais. 16.1 Produção cultural no século XX; 16.2 Resistências culturais e o crescimento tecnológico. 16.3
A globalização e a massificação cultural: o cotidiano e seu controle pelo poder hegemônico.
16.4 Tensões contemporâneas: o Oriente Médio, a América Latina e a África. 17. O regime
militar no Brasil: violência, censura e modernização. 17.1 A luta pela democracia e suas
dificuldades. 17.2 Produção cultural no Brasil do século XX; 17.3 Organização política e
violências social e urbana e a consolidação do capitalismo. 17.4 O Brasil e as suas relações
com a América Latina nos tempos atuais.

Nota final do Enem não depende só de quantas questões acertou; entenda


ENEM 2014

Nota final do Enem não depende só de quantas questões acertou; entenda

TRI permite que nota seja diferente mesmo com número de acertos iguais.

MEC divulga nota em janeiro quando também deve abrir o Sisu.

Do G1, em São Paulo

Com a divulgação do gabarito oficial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) feita na manhã desta quarta-feira (12) é possível que o candidato tente calcular a nota a partir de seus acertos. Por conta da Teoria de Resposta ao Item (TRI), metodologia usada no exame, isso não deve ser feito.
A TRI permite que candidatos com números semelhantes de acertos tenham recebido pontuação diferente. Ou ainda estudantes com menos acertos do que o outro, tenham nota maior.
O desempenho só pode ser medido com a divulgação das notas individuais que deve ser feita em janeiro de 2015, segundo o Ministério da Educação.

Também em janeiro será aberto o período de inscrição para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) onde os candidatos disputam vagas em instituições públicas. Cada universidade, no entanto, pode definir o peso que quer dar para as provas objetivas do Enem (ciências da natureza, ciências humanas, matemática e linguagens e códigos), influenciando na seleção.
Acertos iguais, notas diferentes.

O motivo desse fato, segundo especialistas, é que, ao observar diversos aspectos do desempenho dos candidatos, além de apenas o número de acertos, a TRI também consegue prever se um estudante acertou uma questão por acaso, ou seja, se ele "chutou", ao comparar essa resposta com as que ele deu para outras questões.

Por isso, dois estudantes que acertem a mesma questão podem não receber a mesma pontuação por ela –se a questão é considerada difícil, e só um dos alunos acertou outras questões com o mesmo nível de dificuldade, esse aluno receberá mais pontos pelo acerto da questão específica.

Nota 1.000 é impossível

No Enem, cada estudante tem cinco notas: uma para cada prova objetiva e uma para a prova da redação. As provas objetivas são as de ciências da natureza, ciências humanas, matemática e linguagens e códigos.

Uma das principais dúvidas sobre a TRI é o fato de que é impossível o aluno tirar nota 1.000 na prova de múltipla escolha (na redação, isso é possível). Por meio dessa metodologia, mesmo que o aluno acerte todas as 45 questões de cada prova, sua nota nunca será 1.000. Da mesma forma, um candidato que erre todas as questões não acaba com a nota zero (ou, no caso do Enem, a pontuação mínima, que é 200 pontos).

Isso acontece porque o exame dá pontos aos candidatos de acordo com uma escala. Ou seja, a nota do candidato não se trata diretamente do seu desempenho individual, mas de como ele se saiu dentro do conjunto dos demais candidatos. Por exemplo, quanto mais próximo da nota máxima, mais certeza é possível ter de que o estudante domina os conhecimentos exigidos na prova.

Homens que marcaram O Século XX: Salvador Allende




Salvador Allende
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Salvador Allende Gossens (Valparaíso, 26 de junho de 1908 — Santiago do Chile, 11 de setembro de 1973) foi um médico e político marxista chileno. Fundador do Partido Socialista, governou seu país de 1970 a 1973, quando foi deposto por um golpe de estado liderado por seu chefe das Forças Armadas, Augusto Pinochet.

Allende foi o primeiro presidente de república e o primeiro chefe de estado socialista marxista eleito democraticamente na América. Seus pilares ideológicos foram o socialismo, o marxismo e a maçonaria.  Allende foi um revolucionário atípico: acreditava na via eleitoral da democracia representativa, e considerava ser possível instaurar o socialismo dentro do sistema político então vigente em seu país.
Biografia
Filho do advogado e notário Salvador Allende Castro e de Laura Gossens Uribe, Allende casou-se em 1940 com Hortensia Bussi Soto, com quem teve três filhas - Paz, Isabel e Beatriz.

A família de Allende era bem de vida, seu pai viajou e mudou com sua família em todo o país devido aos diferentes cargos teve que assumir na administração pública. Por esta razão, os primeiros 8 anos de idade desenvolvem em Tacna.
Início da carreira política e breve historial
Estudou medicina na Universidade do Chile. Em 1927, é eleito presidente do Centro de Alunos, onde aprofundou o seu interesse pelo marxismo. Entra para a maçonaria, seguindo uma tradição familiar.

Grande orador, em 1933 é um dos fundadores do Partido Socialista Chileno onde integra o grupo parlamentar entre 1937 e 1943. Ocupa o Ministério da Saúde de 1939 a 1942. Sai do partido em 1946.

Em 1945, foi eleito senador, cargo que exerceu durante 25 anos. Candidata-se e perde as eleições presidenciais de 1952, 1958 e 1964.

Foi presidente constitucional do Chile de outubro 1970, apoiado pela Unidade Popular - que integrava comunistas, socialistas, radicais e outras correntes populares. Em 1972 foi-lhe atribuído, pela União Soviética, o Prêmio Lênin da Paz. Em 11 de setembro de 1973, tropas lideradas pelo general Augusto Pinochet, tomaram controle de todo o país e cercaram o palácio presidencial de La Moneda. Allende fez um discurso, transmitido pelas rádios fiéis ao governo, informando que não renunciaria. Mais tarde Allende se suicida, usando o rifle AK-47 que Fidel Castro havia lhe dado de presente.

É difícil encontrar alguém com o espírito de luta, a coragem e a história de Allende. Ele foi um homem que, na verdade, teve o nome marcado na história: democraticamente a esquerda chegou ao poder, e pelas bombas foi apeada do governo.3
—Senador Pedro Simon
Mais importante do que encontrar equívocos nos acontecimentos que culminaram nas quedas dos governos de João Goulart, no Brasil, e de Salvador Allende, no Chile, é reconhecer que havia forças imperialistas com interesses nesses países, com democracias frágeis.
—Senador Arthur Virgílio
Eleito presidente
Em 1964, perdeu as eleições presidenciais para Eduardo Frei, o candidato do Partido Democrata Cristão, graças a uma maciça intervenção publicitária da CIA que apoiou Frei, provendo mais da metade das verbas de sua campanha política, e promovendo uma maciça campanha publicitária em seu favor. Na terceira semana de junho de 1964 a agência publicitária encarregada pela CIA produziu nada menos que 20 spots radiofônicos por dia em Santiago, e em 44 estações provinciais e cinco "noticiários" radiofônicos de doze minutos ao dia em três rádios de Santiago, e em 22 rádios provinciais. No final de junho de 1964 a CIA produzia 26 programas radiofônicos semanais de "comentários políticos".

Nas eleições presidenciais de 1970 concorre como candidato da coalizão de esquerda Unidade Popular (UP) contra mais dois candidatos. Embora sem maioria absoluta, conquista o primeiro lugar com 36,2% dos votos, contra 34.9% de Jorge Alessandri, o candidato da direita, e 27.8% do terceiro candidato, Radomiro Tomic, do Partido Democrata Cristão.

Altos funcionários norte-americanos discutiram o desejo de impedir a posse do então recém-eleito presidente chileno, o esquerdista Salvador Allende, em 1970.
—Associated Press
Como a Constituição chilena previa a necessidade de "maioria dupla" (no voto popular e no Congresso), difíceis negociações foram entabuladas para a aprovação do nome de Allende no Parlamento. Após o brutal assassinato do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas chilenas, o general constitucionalista René Schneider, perpetrado por elementos ligados à Patria y Libertad, organização política de orientação política neofascista,7 Allende teve, finalmente, seu nome confirmado pelo Congresso chileno.
O partido da Democrata Cristão do Chile, uma grande confederação interclassista, com sua base popular autêntica no proletariado da grande indústria moderna, da industria moderna pequena e dos pequenos proprietários rurais, aliada ao Partido Nacional, de extrema-direita, controlava o Congresso chileno. A Unidade Popular, representando o proletariado formado pelos operários menos favorecidos, pelo proletariado agrícola, e pela baixa classe média urbana, controlava o Poder Executivo.
A oposição a Allende controlava 82 cadeias de radiodifusão contra 36 da esquerda, a maior parte dos canais de televisão, e possuía 64 jornais contra 10 de esquerda, sendo 10 diários contra 2. O presidente Nixon autorizou pessoalmente uma doação do governo norte-americano de US$ 700.000 para o jornal oposicionista El Mercurio, que depois foi seguida de várias outras.

A presidência
Allende assume a presidência e tenta socializar a economia chilena, com base num projeto de reforma agrária e nacionalização das indústrias. A sua política, a chamada "via chilena para o socialismo", pretendia, segundo ele, uma transição pacífica, com respeito às normas constitucionais chilenas e sem o emprego de força, para uma sociedade de paradigma socializante. Nacionaliza os bancos, a parte das minas de cobre que restou em mãos privadas após as nacionalizações promovidas por Frei, e várias grandes empresas - o Estado chileno chega a controlar 60% da economia - e passa a sofrer pesadas pressões políticas norte-americanas e de grupos de pressão criados no Chile pela CIA, como a organização terrorista Patria y Libertad, de orientação nacionalista-neofascista.

Em seu discurso de 21 de maio de 1971, falando sobre a meta e não apenas sobre a etapa, definiu o socialismo chileno como libertário, democrático e pluripartidário
A adoção dessa linha socialista por Allende, implementada durante seus três anos de permanência no poder, além de gerar a oposição dos democrata-cristãos direitistas, de causar um verdadeiro pânico na maioria da classe média chilena, que passou a sabotar sua economia, paralisando-a, quase totalmente, em 1973, provocou sua indisposição com a esquerda radical chilena, como o MIR, que pugnava pela tomada do poder pela força, e criou antipatia com uma parte importante do efetivo militar chileno, cujos chefes sempre foram treinados e doutrinados nas academias militares dos Estados Unidos. As sucessivas intervenções dos Estados Unidos na política interna chilena, iniciadas com do Projeto Fubelt - Track II) e seguintes, acabaram por aprofundar sensivelmente os problemas da sua já frágil economia. Em 1973, a inflação chegou a cifras de 381,1%, os produtos básicos de consumo desapareceram das prateleiras, o desemprego crescia assustadoramente e a produção e o valor da moeda de então, o Escudo Chileno, em proporção inversa, caíam de forma vertiginosa.

Envolvimento soviético
Declarações do general Nikolai Leonov da KGB, confirmou que a União Soviética apoiou o governo de Allende economicamente, politicamente e militarmente.13 Leonov declarou em uma entrevista no Centro Chileno de Estudos Públicos (CEP) que o apoio econômico soviético incluiu mais de US$ 100 milhões em crédito.

De acordo com documentos do Arquivo Mitrokhin, a KGB pediu a Allende "a reorganização dos serviços de inteligência do exército do Chile, e o estabelecimento de uma relação entre os serviços de inteligência do Chile e da URSS". Os documentos afirmam também que Allende recebeu da URSS trinta mil dolares, "a fim de solidificar as relações de confiança entre eles".
Selo da RDA, em homenagem a Salvador Allende (nov. 1973).
Allende fez um pedido pessoal de dinheiro a União Soviética através de o oficial da KGB Svyatoslav Kuznetsov (codinome LEONID), chegou ao Chile a partir de Cidade do México para ajudar Allende.  A distribuição original do dinheiro para estas eleições através da KGB foi de US$ 400.000 e um subsídio pessoal de US$ 50.000 foi enviada diretamente para Allende, com um adicional de US$ 100.000 canalizado através de fundos para o Partido Comunista do Chile.

O historiador Christopher Andrew argumentou que a ajuda do KGB foi um fator decisivo, porque Allende venceu por uma estreita margem de 39 mil votos em um total de 3 milhões. Após as eleições, o diretor da KGB, Yuri Andropov, obteve permissão para enviar quantias adicionais e outros recursos do Comitê Central do PCUS para garantir a vitória de Allende no Congresso. Em seu pedido, em 24 de outubro, ele afirmou que a KGB "vai levar a cabo medidas destinadas a promover a consolidação da vitória de Allende e sua eleição para o cargo de Presidente do país".

O apoio político e moral vieram principalmente através do Partido Comunista e dos sindicatos. Por exemplo, Allende recebeu o Prêmio da Paz Lênin da União Soviética em 1972. No entanto, houve algumas diferenças fundamentais entre Allende e analistas políticos soviéticos, que acreditavam que alguma violência - medidas que esses analistas "consideravam apenas teoricamente" - deveria ter sido utilizada.13 De acordo com o relato de Andrew, dos arquivos Mitrokhin: “Na opinião do KGB, o erro fundamental de Allende era a sua falta de vontade de usar a força contra seus oponentes. Sem estabelecer o controle completo sobre toda a máquina do Estado, a sua permanência no poder não poderia ser assegurada”.

O golpe militar no Chile
Uma das razões diretas do fracasso da "via chilena para o socialismo" deveu-se a situação geopolítica mundial de então, de plena Guerra Fria, com os Estados Unidos envolvidos na Guerra do Vietnã, não podendo admitir o nascimento de um segundo regime socialista na sua área de influência, após Cuba. Nos anos de 1970, na América do Sul inteira, apenas o Chile, a Colômbia e a Venezuela mantinham Estados de Direito, [carece de fontes] com governantes eleitos pelo povo. O Brasil, a Argentina, o Paraguai, a Bolívia, o Peru, o Equador e o Uruguai, estavam tomados por regimes militares, muitos instalados, e todos apoiados, por Washington.

As nacionalizações e estatizações adotadas pela Unidade Popular feriram diretamente os interesses de grandes corporações americanas, dentre elas a então poderosa ITT, que passou a pressionar o governo Richard Nixon "a tomar providências". Um memorando interno da ITT detalhava os planos estadounidense: "A esperança mais realista dentre aqueles que desejam destituir Allende é que uma rápida deterioração da economia provoque uma onda de violência que provoque um golpe militar".16 17 Em 1970 a CIA criara o Projeto Fubelt (também chamado Track II, ou "política dos dois trilhos"), com o objetivo de impedir a ascensão de Allende ao governo. Com a posse de Allende o Projeto Fubelt fracassou, e acabou sendo desativado e substituído por outros, não sem antes ter contribuído para o assassinato do Comandante em Chefe das Forças Armadas chilenas, o general constitucionalista René Schneider. Nisso também o Projeto Fubelt não obteve grande sucesso porque o general assassinado foi substituído pelo não menos constitucionalista general Carlos Prats. Esse projeto abarcou um amplo espectro de atividades que iam do apoio a assassinatos seletivos ao fomento greves desestabilizadoras, bem como à contratação de políticos e militares direitistas para articular um golpe de estado.

Rapidamente o governo estadounidense submeteu o Chile a um bloqueio econômico informal, que impedia o Chile de obter empréstimos internacionais ou bons preços para o cobre, o seu principal produto de exportação. Isso foi denunciado por Allende num dramático discurso na ONU. Os Estados Unidos adotaram a estratégia de sufocar gradualmente a economia chilena até que um levante das Forças Armadas pusesse fim a "via chilena para ao socialismo". Edward Korry, o embaixador estadounidense em Santiago, dizia: "não permitiremos que nenhuma porca e nenhum parafuso (americanos) cheguem ao Chile de Allende". O Chile, tradicionalmente dependente de importações dos Estados Unidos, passou a ver suas indústrias e suas frotas de caminhões, tratores, ônibus e táxis serem progressivamente paralisadas por falta de peças de reposição. Richard Nixon num seu despacho ao Departamento de Defesa fora enfático: "Há uma chance em dez, mas salvem o Chile, façam a economia estancar !".

Uma greve de proprietários de caminhões, financiada pela CIA, começou na primavera, em 9 de setembro de 1972,12 e foi declarada pela Confederación Nacional del Transporte, então presidida por León Vilarín, um dos líderes do grupo paramilitar neofascista Patria y Libertad. Essa greve, por prazo indeterminado, impediu o plantio da safra agrícola 1972/73 no Chile.

A asfixia econômica do Chile, preconizada pelo governo dos Estados Unidos logo começou a dar seus frutos venenosos. Os Estados Unidos sabotaram os empréstimos ao Chile, "convidaram" as empresas estadounidenses a abandonar os países que mantivessem relações comerciais com o Chile, subvencionaram vários conspiradores (por exemplo, a central da CIA no Paraguai financiou boa parte da greve dos proprietários de caminhões,e também deu apoio financeiro ao líder neofacista da Frentre Nacional Pátria y Libertad, Roberto Thieme, que se escondia em Mendoza). Até 1973 os industriais chilenos mantiveram o Sistema de Asociaciones Civiles Organizadas, cujo objetivo era provocar o desabastecimento de gêneros de primeira necessidade no país .

Criou-se um clima de enfrentamento, provocado tanto pela esquerda extremista doMIR, como pela extrema direita neofascista do Patria y Libertad, entidade criada com o apoio da CIA, e cujos membros recebiam treinamento de guerrilha e bombardeio em Los Fresnos, no estado estadounidense do Texas . Os integrantes do MIR fizeram chegar ao Chile armas soviéticas, vindas de Cuba, enquanto os direitistas articulavam-se com a CIA (a agência estadounidense gastou U$ 12 milhões de dólares financiando greves, especialmente a dos proprietários de caminhões - que paralisou o país, impedindo o plantio da safra e provocando a falta de gêneros de primeira necessidade), e com setores militares. Multiplicavam-se os atentados e assassinatos, e as greves gerais patronais.

Essa situação acabou por provocar o almejado "descalabro econômico" - que foi, em sua maior parte, provocado por sabotagens dos opositores de Allende contra a economia chilena - e que atingiu em cheio o governo da Unidade Popular, fazendo com que a inflação saltasse para patamares até então desconhecidos. A inflação passou de 22,1% em 1971 para 163,4% em 1972 e 381,1% no ano do golpe, o que fez com que o crescimento do PIB chileno passasse de 9% positivos em 1971 para 4,2% negativos em 1973.

Primeira tentativa
A primeira tentativa de golpe resultou de uma aliança entre o Patria y Libertad e militares chilenos, quando essa organização se aliou a um setor do exército que ocupava altos postos através do Chile, num projeto - fracassado - que pretendia tomar de assalto o Palácio de La Moneda e derrubar o governo. A operação ficou conhecida como El Tanquetazo e foi realizada em 29 de junho de 1973. A inteligência do exército, então comandado pelo general constitucionalista Carlos Prats, detectou a tentativa de golpe e ele teve que ser abortado, não sem antes alguns tanques terem saído às ruas e se dirigido a La Moneda.

O Estado de sítio
Logo após ter debelado El Tanquetazo, ainda envergando capacete e uniforme de combate, o Comandante em Chefe das Forças Armadas chilenas, o general Carlos Prats, dirigiu-se pessoalmente a Allende para dizer que era imperiosa a instauração imediata do estado de sítio no Chile, sem o que ele considerava ser impossível às forças armadas sufocar os atentados terroristas de direita e de esquerda, que já se multiplicavam, e assegurar a ordem constitucional no Chile. Em 2 de junho de 1973 a requisição de Allende, solicitando a instauração do estado de sítio, fora negada pelo Congresso Nacional, por 51 votos a 82.

O Povo, revoltado, clamava em uníssono nas ruas de Santiago do Chile pelo fechamento do Congresso Nacional, aos gritos de: "a cerrar, a cerrar, el Congresso Nacional…". Diante disso, Allende fez um discurso, no qual chegou até a ser vaiado pela multidão:
Faremos as mudanças revolucionárias em pluralismo, democracia e liberdade. Mas isso não significa, tolerância com antidemocratas, nem tolerância com os subversivos, nem tolerância com os fascistas, camaradas! Mas vocês devem entender qual é a real posição deste governo. Não vou, porque seria absurdo, fechar o Congresso. Não o farei. Já disse eu repito. Mas caso necessário, enviarei um projeto de lei de plebiscito para que o povo resolva esta questão.
— Salvador Allende
Também ajudou a promover a Unidade Popular, o poeta nacional Pablo Neruda, militante comunista, obteve o Prêmio Nobel de Literatura daquele ano. Neste clima, a Unidade Popular chegou a 49,731% dos votos nas eleições municipais.

O cerco se fecha
Em setembro o cerco se fechou. O general Prats, de fortes tendências constitucionalistas, e que se recusava a participar de qualquer golpe militar, desacatado publicamente por uma manifestação de esposas de oficiais golpistas diante de sua residência, se viu obrigado a renunciar a seu posto de Comandante em Chefe das Forças Armadas, e, em 11 de setembro seu sucessor, o general Pinochet, um antigo homem de confiança de Allende, terminou com a democracia chilena, encerrando com sua ditadura o chamado período presidencialista do Chile (1925-1973). O general Prats foi assassinado pela DINA - a polícia secreta pinochetista - no seu exílio em Buenos Aires, num atentado à bomba.

Análises do Governo Allende
Embora Allende se declarasse marxista, aliado dos governos de Cuba e União Soviética, o historiador marxista Moniz Bandeira alega que o chileno não seguiu à risca os ensinamentos do filósofo do século XIX, e acabou isolado no poder. Segundo escreve Bandeira em seu livro Fórmula para o Caos, que narra a experiência socialista do Chile: "a proposta da Unidade Popular de adotar um modelo vinho e empanadas de revolução estava destinada ao fracasso. Karl Marx dizia que o socialismo é inviável como via de desenvolvimento, sobretudo num país atrasado como o Chile, em que 70% da produção era de cobre e 70% dos alimentos tinham de ser importados. Era um país vulnerável, ainda mais na esfera de influência dos Estados Unidos(…)". "Minha ideia é sair do lugar comum de que a CIA fez tudo, ou de que o Brasil fez tudo. O projecto era inviável".

O Presidente Salvador Allende compreendeu então, e o disse, que o Povo tinha o Governo, mas não o Poder. Frase mais alarmante, porque Allende levava dentro de si uma amêndoa legalista, que seria a semente de sua própria destruição: um homem que lutou até a morte na defesa de legalidade, teria sido capaz de sair pela porta da frente de La Moneda, de cabeça erguida, se o Congresso o houvesse destituído dentro dos parâmetros da Constituição.
— Gabriel García Márquez
Versões sobre a morte
Há duas versões aceitas sobre a morte de Allende: a mais aceita é que ele se suicidara no Palácio de La Moneda, cercado por tropas do exército, com a arma que lhe fora dada por Fidel Castro; a outra versão é que ele fora assassinado pelas tropas invasoras. Sua sobrinha Isabel Allende Llona era uma das que acreditam que seu tio fora assassinado. A filha do Presidente, a deputada Isabel Allende, declarou que a versão do suicídio era a correta.6

Allende foi inicialmente enterrado numa cova comum, num caixão com as iniciais "NN". Com o término da ditadura de Pinochet, Allende teve um funeral com honras militares, em 1990 no Cemitério Geral de Santiago.

Os restos mortais do ex-presidente do Chile Salvador Allende foram exumados a 23 de Maio de 2011 para determinar a causa da morte. A exumação foi ordenada pelo juiz Mário Carroza, na sequência de um pedido feito em representação dos familiares pela senadora Isabel Allende, filha do ex-presidente chileno, para determinar com "certeza jurídica as causas da sua morte".  No dia 19 de Julho de 2011, a perícia realizada nos restos mortais do ex-presidente confirmou que sua morte fora ocasionada "por ferimento de projétil" e que a "forma corresponde a suicídio.