Konstantinos - Uranus

domingo, 2 de março de 2014

Putin está pronto para invadir Ucrânia; tropas tomam a Crimeia





Putin está pronto para invadir Ucrânia; tropas tomam a Crimeia

Por Lidia Kelly e Pavel Polityuk

MOSCOU/KIEV, 1 Mar (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, pediu e conseguiu neste sábado a aprovação de seu Parlamento para invadir a Ucrânia, onde as suas tropas aparentemente já tomaram a península da Crimeia, rejeitando apelos ocidentais para contenção.

Conversas sobre confronto ou guerra total se espalharam rapidamente por toda a Ucrânia, com manifestantes pró-Moscou levantando a bandeira da Rússia em prédios do governo em várias cidades e políticos antirussos pedindo mobilização.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatseniuk, disse que uma intervenção militar russa levaria à guerra e ao fim de qualquer relação com Moscou. Ele pediu uma solução política.

A afirmação aberta de Putin sobre o direito de enviar tropas para um país de 46 milhões de habitantes na Europa Central criou o maior impasse entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.

A medida também rejeita o apelo de líderes ocidentais por uma não intervenção russa, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que na véspera pronunciou um discurso transmitido pela televisão para avisar Moscou das consequências de uma eventual ação.

Tropas sem identificação, mas claramente russas - algumas em veículos com placas registradas na Rússia - já tomaram a Crimeia, uma península isolada no Mar Negro onde Moscou tem uma base militar. As novas autoridades de Kiev não têm sido capazes de intervir na região.

O Ocidente pediu uma resposta, mas até agora isso tem sido limitado a palavras de raiva de Washington e seus aliados europeus. Uma autoridade dos EUA disse que o secretário de Defesa norte-americano, Chuck Hagel, conversou com o seu homólogo russo, Sergei Shoigu. O funcionário disse que não houve mudança de postura militar dos EUA.

A chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, afirmou que a aprovação russa para o uso da força na Ucrânia representava uma escalada injustificada e exortou Moscou a não enviar tropas ao país vizinho.
Da Suécia, o chanceler Carl Bildt disse que a ação russa era "claramente contra a lei internacional". O presidente tcheco, Milos Zeman, lembrou a invasão soviética da Tchecoslováquia em 1968.

"Necessidade urgente de alívio (da tensão) na Crimeia", pediu o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, em mensagem no Twitter. "Os aliados da Otan continuam acompanhando de perto."

A Grã-Bretanha convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas para este sábado com o objetivo de discutir os acontecimentos na Ucrânia.

Putin pediu ao Parlamento para aprovar o uso da força "em conexão com a situação extraordinária na Ucrânia, a ameaça à vida dos cidadãos da Federação Russa, os nossos compatriotas" e para proteger a Frota do Mar Negro na Crimeia.

A Câmara Alta rapidamente aprovou o pedido de forma unânime em uma votação que foi transmitida pela TV.

A autorização durará "até a normalização da situação sociopolítica no país", disse Putin em seu pedido. Sua justificativa - a necessidade de proteger os cidadãos russos - era a mesma que ele usou para lançar uma invasão da Geórgia, onde as forças russas tomaram duas regiões separatistas e as reconheceram como independentes em 2008.

Até agora não houve nenhum sinal de ação militar russa na Ucrânia para além da Crimeia, a única parte do país com uma maioria étnica russa, que em muitas vezes expressou intenções separatistas.

Enquanto a tensão aumentava neste sábado, manifestações se tornaram violentas em cidades do leste, onde a maioria das pessoas, embora etnicamente ucraniana, fala russo, e muitas apoiam Moscou e o presidente deposto Viktor Yanukovich.

"A GUERRA CHEGOU"
Apesar de não haver dúvidas de que as tropas não identificadas que já tomaram a Crimeia sejam russas, o Kremlin ainda não confirmou abertamente. Um porta-voz do governo russo disse que Putin ainda não tinha decidido sobre a intervenção e que ainda esperava evitar uma nova escalada.

O ritmo acelerado dos acontecimentos abalou os novos líderes da Ucrânia, que tomaram o poder em um país à beira da falência quando Yanukovich fugiu de Kiev na semana passada depois de a polícia matar dezenas de manifestantes da oposição na capital do país.

A crise na Ucrânia começou em novembro do ano passado, quando Yanukovich, sob pressão de Moscou, desistiu de assinar um pacto de livre comércio com a UE para estreitar os laços com a Rússia.

Após o anúncio do pedido de Putin para intervir, o presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchynov, convocou uma reunião de seus chefes de segurança. Vitaly Klitschko, outro líder da oposição, pediu uma mobilização geral.

Na Praça da Independência de Kiev, onde os manifestantes acamparam durante meses em protesto contra Yanukovich, um filme de Segunda Guerra Mundial sobre a Crimeia era exibido em uma tela gigante. O ex-ministro do Interior Yuri Lutsenko interrompeu para anunciar: "A guerra chegou."

Na Crimeia em si, a chegada das tropas foi aplaudida pela maioria russa. Na cidade costeira de Balaclava, as famílias posaram para fotos com os soldados.

"Eu quero viver com a Rússia. Eu quero me juntar à Rússia", disse Alla Batura, de 71 anos, que viveu em Sebastopol por 50 anos. "Eles são bons... estão nos protegendo, assim nos sentimos seguros."

Mas nem todo mundo estava tranquilo. Inna, balconista de 21 anos, disse: "Estou em estado de choque. Não entendo o que diabos é isso... As pessoas dizem que eles vieram aqui para nos proteger. Quem sabe?"

Para muitos na Ucrânia, a perspectiva de um conflito militar era arrepiante. "Quando um eslavo luta contra outro eslavo, o resultado é devastador", disse Natalia Kuharchuk, uma contadora em Kiev. "Que Deus nos salve."

(Reportagem adicional de Alissa de Carbonnel, em Balaclava, na Ucrânia; de Timothy Heritage e Stephen Grey, em Kiev; e de Lina Kushch, em Donetsk)

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Mestres da Arquitetura Barroca,Francesco Borromini







Francesco Borromini

Arquiteto e escultor italiano, Francesco Castelli, mais conhecido por Francesco Borromini, nasceu em 1599, em Bissone, na Lombardia, e morreu a 2 de setembro de 1667, em Roma. Por volta de 1610 foi para Milão aprender o ofício de talhar a pedra e, em 1620, mudou-se para Roma onde se torna um dos artesãos de Carlo Maderna (1556-1629), o mais importante arquiteto italiano na época, colaborando nos trabalhos da Catedral de S. Pedro e no Palácio Barberini.Com a morte de Maderna, em 1926, passa a trabalhar com Giovanni Bernini (1598-1680) que fora nomeado arquiteto oficial de S. Pedro em sua substituição, e participa na execução do Baldaquino sobre o túmulo de S. Pedro. Em 1633, Borromini começa a trabalhar como arquiteto por conta própria, iniciando uma contenda com Bernini que duraria até ao fim dos seus dias. A sua primeira grande encomenda, e uma das suas obras primas, foi a igreja de S. Carlo alle Quattrofontane (1638-41) onde expressa o seu estilo pessoal e que foi criticada por Bernini que o acusa de subverter as regras da arquitetura clássica e as proporções arquitetónicas baseadas no corpo humano, que ele entende serem sagradas por este ser feito à imagem de Deus.De facto Borromini, que é um grande conhecedor da arquitetura clássica, reivindica o direito de interpretar livremente os motivos herdados da grande arquitetura romana recusando o que ele considera ser uma mera cópia desses monumentos.
Esta atitude, que representa o pensamento barroco, foi largamente seguida pelas gerações vindouras e o seu exemplo espalhou-se por toda a Europa.
Borromini era uma pessoa perturbada, morreu com um ferimento que infligiu a si próprio, deprimido por a sua obra não ser devidamente reconhecida pelos seus contemporâneos.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

CARAVAGGIO, vida e obra.

Mestres do Barroco, CARAVAGGIO




Na sequência:  Flagelação de Cristo, João Batista no deserto e A morte da Virgem
Coreografia com contrastes de claro-escuro.

Caravaggio. Artista barroco italiano, 29/09/1571, Caravaggio, Lombardia
18/07/1610, Porto Ercole.



Michelangelo Merisi nasceu na pequena aldeia lombarda de Caravaggio, cujo nome depois adotou. Aos 12 anos, seu pai, mestre de obras, o inscreveu no ateliê de Simone Peterzano, um modesto pintor que se intitulava "discípulo de Ticiano".

Por volta dos 15 anos, Caravaggio foge para Roma, onde passa de um ateliê a outro e troca inúmeras vezes de protetor. Suas primeiras obras conhecidas mostram independência em relação à representação católica tradicional e causaram escândalo, gerando conflito com os cânones artísticos da época e dividindo o público entre admiradores e inimigos.

Considerado tanto fascinante quanto turbulento, o artista estava sempre envolvido em duelos e discussões. "Não sou um pintor valentão, como me chamam, mas sim um pintor valente, isto é, que sabe pintar bem e imitar bem as coisas naturais", disse Caravaggio perante o tribunal que julgava sua primeira acusação de perturbar a ordem pública.

Após um período inicial de miséria, quando chegou a vender pinturas nas ruas, ele passa a trabalhar para o cardeal Del Monte, patrono da escola de pintores de Roma, a "Academia de São Lucas". Com um aposento no "palazzo" do cardeal e uma pensão regular, Caravaggio realiza uma série de importantes quadros de temática religiosa.

Uma das características mais importantes de suas pinturas é retratar o aspecto mundano dos eventos bíblicos usando o povo comum das ruas de Roma: vendedores, músicos ambulantes, ciganos, prostitutas. Outra característica marcante são os efeitos de iluminação criados pelo jogo de luzes e sombras, que causam um impacto realista em seus quadros.

Ele geralmente usava um fundo escuro e agrupava a cena em primeiro plano com focos de luz sobre os detalhes, ressaltando principalmente os rostos. Estes efeitos receberam o nome de tenebrismo.

Caravaggio freqüentou tanto ambientes cultos e refinados como as tavernas romanas. Usava roupas extravagantes e chapéus de feltro com abas largas. Exibia uma espada na cintura e carregava um cachorro no colo.

Com a vida boêmia e afundado em dívidas, começa a decadência. Recusa a oferta do príncipe Doria Pamphili para decorar uma parte de seu palácio (hoje sede da embaixada brasileira na Itália) e insiste em pintar "quadros verdadeiros", certo de encontrar compradores.

Sua situação piora em 1606, quando ele mata o nobre Tommasoni, durante um jogo de pallacorda, antepassado do tênis. Ferido, foge para Nápoles e enquanto seu perdão era pleiteado em Roma, se dirige à ilha de Malta, onde recebe a Cruz de Malta.

Pouco depois tem problemas com um nobre maltês e é preso. Ajudado por amigos, foge para a Sicília. Muda de cidade seguidamente: de Siracusa a Messina, daí a Palermo, depois retorna a Nápoles, no outono de 1609.

Os sicários do cavaleiro maltês ultrajado descobrem, porém, seu esconderijo e, perto de uma taverna, ferem-no a espada. Recolhido e medicado, convalescia quando a notícia de que o papa estava prestes a conceder-lhe perdão e permitir-lhe o regresso a Roma animou-o a deixar Nápoles por via marítima.

Todavia, não totalmente recuperado, vertendo sangue e minado pela malária, Caravaggio morre numa praia deserta próxima de Roma, aos 39 anos.

Características da obra

Caravaggio tomava emprestada a imagem de pessoas comuns das ruas de Roma para retratar Maria e os apóstolos. A sua inspiração estava entre comerciantes, prostitutas, marinheiros, todo o tipo de pessoas que não eram de nobre estirpe e que tivessem grande expressão, como as suas obras retratam. Talvez tenha sido um dos primeiros artistas a saber conciliar a arte com o "ministério de Jesus", que teria acontecido entre pescadores, camponeses e prostitutas.
O artista levou este princípio estético às últimas consequências, a ponto de ter sido acusado de usar o corpo de uma prostituta fisgada morta do rio Tibre para pintar A Morte da Virgem. Esta foi uma das duas mais importantes características das suas pinturas: retratar o aspecto mundano dos eventos bíblicos, usando o povo comum das ruas de Roma.
Em a "Flagelação de Cristo"  compôs uma coreografia com contrastes de claro-escuro, onde Cristo se apresentava num movimento de total abandono, conseguindo uma composição de beleza carismática. Já em "São João Batista"  , demonstra um jovem de olhar provocador -julgava-se que esse modelo era um dos seus amantes.[carece de fontes]

Coreografia com contrastes de claro-escuro


A outra característica marcante foi a dimensão e impacto realista que ele deu aos seus quadros, ao usar um fundo sempre raso, obscuro, muitas vezes totalmente negro, e agrupar a cena em primeiro plano com focos intenso de luz sobre os detalhes, geralmente os rostos. O uso de sombra e luz é marcante em seus quadros e atrai o observador para dentro da cena - como fica bem demonstrado em A ceia de Emaús . Os efeitos de iluminação que Caravaggio criou receberam um nome específico: tenebrismo.
Na obra "David com a cabeça de Golias"  , uma cabeça decapitada, onde ele mesmo é o Golias, um sanguinário grotesco, um monstro. Na decapitação de João Batista, o mal era representado por outra pessoa. Aqui, é Caravaggio quem personifica a maldade. Na espada de David foi escrito Humilitas Occedit Superbiam ("A Humildade Conquista o Mundo"). Uma batalha que tem sido travada dentro da cabeça de Caravaggio, entre os dois lados opostos do pintor retratado nessa fascinante obra.

Uso da luz e sombras


No fim do Renascimento, os grandes mestres caminhavam para uma visão mais obscura e realista das escrituras sagradas, como se vê principalmente em A Conversão de São Paulo  e no Martírio de São Pedro - afrescos de Michelangelo Buonarroti, realizados na Cappella Paolina, no Palácio Vaticano. Caravaggio pintou versões próprias desses temas - A conversão de São Paulo, a caminho de Damasco 8 e Crucificação de São Pedro  - que ilustram bem como foi capaz de igualar, senão de superar seus mestres.

Caravaggio reagiu às convenções do maneirismo e opôs a elas uma pintura natural, direta, e até mesmo brutal, que pela sua franqueza renovou a natureza morta (Cesta de frutas - 1596)10 , e as cenas profanas (Baco, 1593-1594)11 , bem como os temas religiosos (Descanso durante fuga para o Egito 12 , 1594-1596). Os contrastes de forma e luz sublinham formas maciças que, na maior parte de suas obras, emergem vigorosamente de um fundo negro escuro com pouca profundidade como em temas cotidianos, a exemplo de A Advinha.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Edson Marinho (O Papa do conhecimento) aprovado em matemática na UFRPE

 Edson Marinho com a sua mãe Flávia.
 Edson com a prima e amiga Larrissa.
 Aqui o nosso Papa do conhecimento é comparado a um monge budista.  Este cara é mais que um monge ele sempre foi visto como uma promessa a sua aprovação já estava escrita na galeria da intelectualidade.Parabéns Papa!!!

 Edson Marinho (O PAPA DO CONHECIMENTO)) aprovado em matemática na UFRPE.


Querido Edson marinho, estamos todos felizes pelo seu grande êxito de ser aprovado no curso de matemática da UFRPE. Todos nós que convivemos com você ao longo desses longos e árduos anos sabíamos da sua grande capacidade intelectual e que sempre se destacou como um dos alunos mais aplicados e sábio da UI/Performance.  Esta meta alcançada será uma das muitas que alcançará ao longo dessa bela trajetória que se inicia. E com certeza a partir de hoje você sem dúvida assume a cátedra da intelectualidade e que será acompanhada de grande sucesso. Parabéns!!! PAPA DO CONHECIMENTO. Com carinho de todos os professores da UI/Performance e em especial do seu amigo e professor Alarcon.

Crise na Venezuela




A vaga de protestos aumenta e os venezuelanos estão dividos. Os confrontos entre os opositores e os apoiantes do governo já provocaram vários mortos e dezenas de feridos.
Há pouco mais de uma semana, os estudantes e a oposição, em geral, iniciaram os protestos contra a política económica de Maduro e a insegurança crescente. O presidente reforçou a segurança e prometeu que não vai facilitar nenhum golpe de Estado.

Um ano depois da morte de Hugo Chavez, Nicolas Maduro tem cada vez mais dificuldades em conter a zona de turbulência que atravessa o país e assume que está em guerra (económica) contra o setor privado, ou seja, a oposição.

As grandes empresas e o patronato são acusados de inflacionar os preços por falta de patriotismo económico. O governo aprovou uma lei que proibe margens de lucro superiores a 30%. O exército vai às lojas fiscalizar os preços.

A inflação subiu para 55%, principalmente por causa das taxas de câmbio.

A taxa oficial de câmbio do dólar é 6,3 bolivares, mas no mercado negro o dólar atinge 70 bolivares.
A Venezuela está a viver cada vez mais da exportação do petróleo, que aumentou 20% em 17 anos.
Para completar o quadro, o país é considerado um dos mais corruptos do mundo.

Uma corrupção que o governo atribui à “burguesia parasitára e ao capitalismo especulativo”. Mas desde o tempo de Chavez, que todas as regiões foram entregues a governantes da família Chavez e amigos, como acusa a oposição.

A situação económica gera penúria de bens de consumo corrente. A Venezuela importa praticamente tudo, nomeadamente bens alimentares. Há falta de produtos básicos nas prateleiras dos supermercados.

Outra praga venezuelana é o aumento da criminalidade. O goveno não devulgou números, entre 2006 e 2012, mas os cálculos ultrapassam em muito os dados do Observatório da Venezuela para a Violência.

Em 1998 registaram-se 4500 homicídios. Em 2012 mais de 20 mil, ou seja, 73 mortes por 100 mil habitantes. A Venezuela tornou-se um dos países com uma das mais altas taxas de criminalidade do mundo. Circulam cerca de 3 a 18 milhões de armas, mas apenas alguns milhares estão legalizadas.

Criminalidade, corrupção, inflação, penúria….males que corroem a Venezuela e fragilizam o poder do sucessor de Chavez

http://pt.euronews.com/.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Entenda a crise na Ucrânia



Bandeira e mapa da Ucrânia


http://agenciabrasil.ebc.com.br/

Carolina Sarres - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
Os conflitos na Ucrânia que ocupam os noticiários recentemente são o resultado de uma divisão interna histórica no país acirrada pelo abandono de um acordo de associação à União Europeia (UE) e de manutenção das tradicionais relações com a Rússia. A desistência do governo em se aliar à UE levou milhares de pessoas às ruas. As manifestações foram reprimidas pelo Estado com violência e o númeo de mortos aumenta a cada dia.

“Quando se decidiu abandonar essa opção [acordo de associação com a UE] e as pessoas foram às ruas, a reação do governo foi a pior possível, como geralmente acontece nos países dessa região. Com tradição autoritária, baixou Exército e polícia. Quando há franco-atiradores matando civis, isso é um ambiente de descontrole total”, explicou o professor de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) Christian Lohbauer.

Para o ex-secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores (MRE) embaixador Marcos Azambuja, a crise ucraniana não deve ser resolvida num curto prazo. “A capital está dividida. Esse tipo de mobilização a longo prazo provoca crise. Não se pode ter pessoas armadas por meses sem que haja descontrole e violência como houve nesta semana. Isso torna a conciliação não impossível, mas muito difícil. É uma crise de longo prazo, não vejo luz no fim do túnel. O importante é que não haja uma guerra civil ou uma partilha do Estado em dois”, explicou.

Protesto na Ucrânia
Pelo menos 100 pessoas já morreram durante os confrontos na Ucrânia
De acordo com o embaixador, também vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), a origem dos conflitos na Ucrânia remonta a Guerra Fria, que vigorou da década de 1950 até o fim da União Soviética, no começo dos anos de 1990.


Como legado do fim da Guerra Fria, estabeleceu-se uma Ucrânia dividida: uma ocidentalizada, com tendências europeizantes – que, atualmente, é representada pelos manifestantes que pedem a associação do país à União Europeia; outra, com forte ligações com a Rússia, – representada por parte da população que mantém costumes russos e pelo atual governo do presidente Viktor Ianukóvitch. Cerca de 20% da população da Ucrânia é russa – étnica e culturalmente.

“O fim do império soviético foi abrupto. Certas partes se desligaram dele, inclusive, as mais importantes; hoje, Ucrânia e Bielorússia. A Ucrânia, a rigor, não é um país homogêneo, mas uma entidade demográfica e socioeconômica”, explicou Azambuja.

Para ele, a oferta da União Europeia para que a Ucrânia fizesse parte do bloco foi uma alternativa política e econômica à dependência do regime do presidente russo, Vladimir Putin. Por meio da associação à UE, que busca ampliação, a Ucrânia - não como membro pleno, mas associado - teria acesso a acordos comerciais preferenciais com a Europa e empréstimos facilitados. Ainda que haja abundância de recursos naturais - como o petróleo e o gás -, a Ucrânia não tem uma economia diversificada e se mantém por meio de produtos primários, o que acaba por gerar um crônico desequilíbrio de balança comercial.

Apesar do apelo à união com o bloco europeu, o contexto atual é de enfraquecimento da Europa, que não se recuperou completamente da crise, e o fortalecimento da Rússia, mais autoconfiante, que pretende estabelecer uma união aduaneira em sua vizinhança.

Além disso, um dos principais pontos para entender o conflito é a relação entre a Rússia e a União Europeia, que depende do fornecimento de energia russo. “A Rússia é a maior fornecedora de energia da UE, por isso [o presidente] Putin joga, ele não teria condição de enfrentar a Europa se não fosse pela chantagem da política energética. O que o bloco europeu poderia fazer agora é peitar a Rússia, mas não pode fazer porque o Putin pode decidir que a Europa fica sem energia”,  disse o professor da USP Christian Lohbauer.

Segundo o embaixador Marcos Azambuja, a Ucrânia é um país de grande importância agrícola e o potencial de abastecimento que oferece seria benéfico tanto para a UE quanto para a Rússia, que tem a vantagem de já ter a integração de infraestrutura necessária – estradas, ferrovias, gasodutos e sistemas de comunicação.

Para Azambuja, a única opção para dar fim à crise é a negociação, inclusive com a mediação de outros países. O professor da USP, por outro lado, acredita que a crise poderia ser amenizada se, por pressão internacional, o governo da Ucrânia optasse por interromper o ciclo político atual e convocar eleições gerais.

Ucrânia está pronta para falar com Rússia, mas Europa é prioridade, diz presidente


O presidente ucraniano destituído Viktor Yanukovich


KIEV, 23 Fev (Reuters) - O presidente em exercício da Ucrânia, Oleksander Turchinov, disse neste domingo que o país está pronto para conversar com a liderança da Rússia para tentar melhorar as relações, mas deixou claro que a volta de Kiev à integração europeia é a prioridade.

Em discurso à nação, Turchinov disse que a nova liderança ucraniana, após a deposição de Viktor Yanukovich, está pronta para um diálogo com a Rússia para colocar as relações em "um patamar novo, igual e de boa vizinhança, que reconheça e leve em consideração a escolha europeia da Ucrânia".

"Outra prioridade", disse ele, "é retornar ao caminho da integração europeia".

Ele também afirmou que um dos desafios do próximo governo é estabilizar a economia, que ele disse correr risco de descumprir suas obrigações.

(Reportagem de Natalia Zinets)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Novo grupo militante reivindica autoria de ataques no Cairo

Novo grupo militante reivindica autoria de ataques no Cairo

CAIRO, 8 Fev (Reuters) - Um novo grupo militante reivindicou a responsabilidade por dois ataques a bomba no Cairo na sexta-feira que tinha como alvo a polícia egípcia, e prometeu realizar mais ataques, elevando o risco de uma onda de violência contra as forças de segurança.

O grupo -denominado Ajnad Misr, ou Soldados do Egito- disse, por meio de um comunicado postado em uma página do Facebook em nome da facção, ter realizado o ataque que feriu seis pessoas.

O comunicado foi reproduzido por um website usado por grupos militantes e pelo órgão de inteligência SITE, que monitora tais páginas.

Tiroteios e ataques a bomba contra forças de segurança se tornaram frequentes no país desde julho, quando o Exército depôs o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, após grandes protestos contra o seu governo.

O Estado classificou a Irmandade Muçulmana como um grupo terrorista, mas ela diz estar comprometida com o ativismo pacífico.

O Ajnad Misr surgiu no mês passado, reivindicando a autoria de seis ataques no fim de janeiro, de acordo com o SITE. "(As forças de segurança) não estão a salvo da retaliação contra elas", disse o grupo no comunicado.

Muitos dos ataques foram reivindicados pelo Ansar Bayt al-Maqdis, um grupo com sede no Sinai do Norte, que transferiu sua atenção de Israel para o governo egípcio depois da queda de Mursi.

As autoridades, apoiadas pelo Exército, reprimem os simpatizantes de Mursi desde a sua queda. Centenas de partidários do ex-presidente foram mortos durante protestos nas semanas posteriores à troca. Milhares de pessoas foram presas.

Centenas de membros das forças de segurança foram mortos desde então em bombardeios e tiroteios.

(Texto de Tom Perry)

Stephany Albuquerque aprovada em Ciências Biológicas na UPE e na UFPE em Geologia




Stephany Albuquerque  aprovada em Ciências Biológicas na UPE e na UFPE em Geologia.

O Professor Alarcon e todos que fazem parte da Instituição UI/Colégio e Curso Perfomance parabeniza a querida aluna Stephany Albuquerque pelo mérito de ser aprovada  no  curso de Ciências Biológicas da UPE e na UFPE em Geologia. Stephany para nós que sempre acreditamos no seu grande potencial, esta meta alcançada é apenas uma das muitas realizações que estará por vir diante desta brilhante capacidade intelectual que foi testificada ao longo desses anos em que você foi esta grande e maravilhosa aluna. Com carinho de todos os professores. Alarcon

Ferrovia Berlim-Bagdá





Ferrovia Berlim-Bagdá

A Ferrovia de Bagdá (em turco: Bağdat Demiryolu, em alemão: Bagdadbahn), construída entre 1903-1940, foi planejada para ligar Berlim com a cidade de Bagdad do (então) Império Otomano com 1.600 quilômetros (990 Km) através de linha moderna passando por Turquia, Síria e Iraque.
Seu financiamento e engenharia foi principalmente prestada por bancos e empresas do Império Alemão, que na década de 1890 havia construído a Ferrovia de Anatólia (Anatolische Eisenbahn) ligando Istambul, Ancara e Konya. A conclusão da estrada de ferro de Bagdá teria ligado Berlim e em Bagdá, de onde os alemães tentaram estabelecer um porto no Golfo Pérsico.  O Império Otomano desejava manter o controle da Arábia, e expandir a sua influência através do Mar Vermelho no Egito, que era controlado pela Grã-Bretanha. Os alemães ganhariam acesso e posse de campos de petróleo no Iraque, e uma linha para o porto de Basra teria ganho um melhor acesso à parte oriental do império colonial alemão, ignorando o Canal de Suez.
A ferrovia tornou-se uma fonte de conflitos internacionais durante os anos imediatamente anteriores a Primeira Guerra Mundial. Embora tenha sido alegado que foram resolvidos em 1914, antes do início da guerra, também tem sido alegado que a ferrovia foi uma das principais causas da Primeira Guerra Mundial  . Dificuldades técnicas para o controle das remotas Montes Tauro e os atrasos diplomáticos significaram que em 1915, o transporte ferroviário ainda estava a 480 quilômetros (300 milhas) de curto termo, limitando severamente seu uso durante a guerra, em que Bagdá foi ocupada pelos britânicos, enquanto completou-se a Ferrovia de Hejaz no Sul que foi atacada pela guerrilha liderada por T. E. Lawrence. A construção recomeçou em 1930 e foi concluída em 1940.
Rota da ferrovia.
A ferrovia passou pelas seguintes cidades e lugares, na ordem dada, de norte a sul:
Konya
região de Anatólia
Karaman
Ereğli
Montes Tauro, através do Passo de Gülek
planície de Cukurova
Adana
Yenice
Montes Nur
Alepo
Nusaybin
Mosul
Bagdá
Bassorá
A linha de Mersin, Adana-Yenice existia antes da construção da ferrovia Bagdad e foi utilizada para a tarde em sua seção Yenice-Adana.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Estilo Rococó

Estilo Rococó


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        





Rococó





Definição
Rococó é um estilo artístico que se desenvolveu na Europa no século XVIII. Surgiu em 1700, na cidade de Paris, buscando a sutileza em contraposição aos excessos e suntuosidades do Barroco. Espalhou-se pela Europa no século XVIII e chegou à América em meados deste século. Esteve presente na pintura, arquitetura, música e escultura.
A palavra rococó tem origem no termo francês “rocaille” que é um tipo de decoração de jardim em formato de conchas.

Principais características:
- Uso de cores luminosas e suaves, em contraposição às cores fortes do Barroco;
- Estilo artístico marcado pelo uso de linhas leves, sutis e delicadas;
- Utilização de linhas curvas;
- Uso de temas da natureza: pássaros, flores delicadas, plantas, rochas, cascatas de águas;
- Uso de temas relacionados a vida cotidiana e relações humanas;
- Representação da vida profana da aristocracia;
- Arte sem influência de temas religiosos (exceção do Brasil);
- Busca refletir o que é refinado, agradável, sensual e exótico.

Exemplos de artistas do Rococó:
- Pierre Lepautre – decorador francês
- Jean Bérain – gravurista francês
- Jean-Antoine Watteau – pintor francês
- Juste-Aurèle Meissonier – pintor, escultor, desenhista de móveis e arquiteto francês.
- Nicolas Pineau – entalhador e designer de interiores francês.
- Jean-Honoré Fragonard - pintor francês

O Rococó no Brasil
Ao contrário do que aconteceu em grande parte dos países europeus, o Rococó ao chegar ao Brasil em meados do século XVIII teve influência de temas religiosos, manifestando-se, principalmente, no campo da arquitetura. A arquitetura religiosa do Rococó brasileiro pode ser vista nas cidades históricas de Minas Gerais, em Belém e Pernambuco.

Além de ser um artista do Barroco, Aleijadinho foi também um dos principais representantes do Rococó no Brasil.
Jean-Honoré Fragonard (1732-1806), discípulo de Chardin e de Boucher, marcou o ápice do rococó na pintura francesa. Notabilizou-se, primeiro, como grande paisagista, para em seguida enveredar pelo retrato familiar em interiores e pelo erotismo.

Sua obra mais conhecida é O Balanço (1767). Nela, ele antecipa técnicas e conceitos fundamentais aos impressionistas. Um século à frente das inovações trazidas por Monet, Manet e Renoir, já podemos ver a tentativa de capturar o "momento fugidio" da moça que se diverte; a suprema alegria e jovialidade, aliada à ternura e à sensação de acolhimento, que brotam com toda força do quadro; as pinceladas vivas e libertas do rigor acadêmico; os jogos de luz e de cores apenas possíveis ao ar livre, em contato com a natureza.

Vitória Trindade dois anos consecutivos Aluna do Ano 2012 e 2013. Parabéns !!!!




A característica marcante da aluna Vitória Trindade que cursa o 3º médio no Colégio e Curso Performance no Janga é a determinação, a amizade e a sua capacidade criadora. Envolvida em vários projetos no decorrer dos anos letivos,todo o projeto que esta garota coloca a mão vira uma mega produção.Não é atoa que durante dois anos consecutivos ela foi eleita Aluna do Ano 2012 e 2013. Com forte tendência para publicidade e propaganda. Vitória ainda almeja ser uma grande jornalista. É desse tipo de jovens criativos que está repleto o CCP e que nós professores só temos a nos orgulharmos, pois este perfil se encaixa muito bem na nova dinâmica tecnológica exigida atualmente em nosso país . Para terminar Vitória além de ser uma grande aluna também é uma grande amiga dos professores e especialmente do professor Alarcon.

Governo não deixará que alta da energia chegue a consumidor, diz Mantega


Governo não deixará que alta da energia chegue a consumidor, diz Mantega

BRASÍLIA, 5 Fev (Reuters) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que o governo não deixará que o aumento do custo da energia, devido ao acionamento das térmicas, chegue ao consumidor final.

Por conta da falta de chuvas e forte consumo de energia, as geradoras térmicas mais caras foram acionadas neste ano, levando o preço da energia de curto prazo a patamar recorde.

"Se for necessário, isso será feito, mas não sabemos em que medida até porque temos que esperar mais um pouco para saber qual rumo que a chuva vai tomar", disse Mantega ao ser questionado se o Tesouro ajudará as distribuidoras a arcar com custos mais altos. O Orçamento já prevê o repasse de 9 bilhões de reais para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

"Por enquanto é um problema de janeiro e fevereiro, mas estaremos dando cobertura de modo que isso não passe para a tarifa do consumidor final", disse Mantega a jornalistas.

(Por Nestor Rabello; Texto de Raquel Stenzel)

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Aprovada no Curso de Ciências Sociais da UFPE /Thaiza Vasconcelos compartilhou a foto de Thaiza Vasconcelos. 28 de janeiro



Thaiza Vasconcelos compartilhou a foto de Thaiza Vasconcelos.
28 de janeiro
Sou imensamente grata a Deus por ter me dado a oportunidade de ser uma de suas discípulas.
Aquele momento de pura felicidade.


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Alarcon Jose : Eu é que tenho o orgulho de ter conhecido e convivido durante muitos anos com uma pessoa tão brilhante como você- Esta é apenas uma das muitas cátedras que irá conseguir durante a sua trajetória de vida. Te amo de coração!!!!! Alarcon
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Thaíza aprovada no Curso de Ciências Sociais da UFPE, Parabéns !!!!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Ao Congresso, Dilma diz que apoia medidas para levar inflação a centro da meta

Ao Congresso, Dilma diz que apoia medidas para levar inflação a centro da meta

BRASÍLIA, 3 Fev (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff reafirmou, em mensagem enviada ao Congresso Nacional, o compromisso de seu governo com a responsabilidade fiscal e medidas que façam com que a inflação convirja para o centro da meta estabelecida pelo governo.

Na mensagem de mais de uma hora, lida pelo senador João Vicente Claudino (PTB-PI), Dilma relacionou as realizações de seu governo em 2013 e afirmou ver fortes indícios de que os primeiros sinais de que as economias desenvolvidas estão começando a se recuperar da recente crise.

A presidente disse que "manterá" neste ano, em que tentará a reeleição, o "compromisso" com a responsabilidade fiscal e o controle da inflação.

Dilma reafirmou sua "determinação" com "medidas orientadas para a convergência da inflação para o centro da meta".

O Banco Central iniciou em abril do ano passado um ciclo de aperto monetário que trouxe, até o momento, a taxa básica de juros de 7,25 por cento para 10,5 por cento ao ano, apesar do fraco crescimento econômico. E no final do ano passado, o governo assinou com líderes parlamentares um pacto para que o Legislativo não aprove medidas que possam ter impacto nas contas públicas.

Em sua mensagem, a presidente lembrou que pelo décimo ano seguido a inflação ficou dentro do intervalo de tolerância da meta, que é de 4,5 por cento ao ano com margem de dois pontos para mais ou para menos.

A presidente lembrou ainda das atividades de política externa de seu governo em 2013 e pediu a "implementação urgente" da reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e garantiu que o Brasil seguirá sendo um "mercado atraente" para o investidor estrangeiro.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

domingo, 2 de fevereiro de 2014

svetlana zakharova - o lago dos cisnes - clipe ballet

O Lago dos Cisnes (The Royal Ballet, 1980)

Tchaikovsky


Tchaikovsky
Músico russo

Tchaikovsky (1840-1893) foi músico russo. "O Lago dos Cisnes", seu primeiro balé, estreou no teatro Bolshoi em Moscou. "A Bela Adormecida", o "Quebra Nozes" e a "Quarta Sinfonia" são algumas de suas composições. Um dos músicos russos mais conhecidos no mundo.

Tchaikovsky (1840-1893) nasceu em Votkinsk, na Rússia, no dia 7 de maio de 1840. Filho de Ilia Petrovitch, engenheiro, e de Alexandra d'Assier, de origem francesa. Com cinco anos já dedilhava o piano e aos sete já compunha. Em 1850, a família vai morar em São Petersburgo onde o jovem se encantou com o teatro e os concertos. Em 1854, perde sua mãe, contaminada pela cólera.

Em 1859, formado em Direito, ingressa no Ministério da Justiça, como escriturário. O trabalho lhe deixava irritado, vivia entre a euforia e a depressão, sentia-se rejeitado por sua orientação sexual. Pede licença do Ministério e como tradutor, acompanha um negociante em viagem para o Ocidente. De volta, pede demissão e ingressa no Conservatório de São Petersburgo. Entra em contato com as escolas musicais de Berlim e Viena.

Compõe a sinfonia "Sonho de Inverno", a abertura sinfônica "A Tempestade" e danças para a ópera "Voievoda". Conclui seus estudos no conservatório, com a cantata para solo, coro e orquestra "Ode ao Júbilo". Em 1866, é nomeado professor de Harmonia do Conservatório de Moscou.

Em 1871, compõe o "Quarteto em Ré Maior" e conquista o público. Dedica-se ao trabalho de criação. Em 1873, escreve a música de cena para a peça Strovsky e sua terceira ópera, "Oprischnik". O exito dessa obra vem junto com o sucesso da "Segunda Sinfonia". Em 1874 executa o "Concerto nº 1", que o popularizou definitivamente.

Tchaikovsky apresenta, em 1875, sua "Terceira Sinfonia", a "Polonesca" e a pedido do Teatro de Moscou, compõe "O Lago dos Cisnes". Em 1877, casa-se com Ivanovna Milyukova, mas a união só durou 15 dias. Entre 1877 e 1879, compõe "A Quarta Sinfonia", as óperas "Eugene Onegin" e "Joana D'Arc" também chamada "Donzela D'Orléans".

Em 1890, compõe a "Dama de Espada" e em 1891, sua última ópera "A Filha do Rei René", o balé "A Bela Adormecida" e "Quebra-nozes", e a "Quinta Sinfonia". Em 1893, compõe sua última sinfonia, "Patética". Nesse mesmo ano vai à Inglaterra, e na Universidade de Cambridge recebe o título de Doutor Honoris Causa.

Pyotr Ilitch Tchaikovsky morre no dia 6 de novembro de 1893, de cólera, em São Petersburgo.

http://www.e-biografias.net/tchaikovsky/

Tailândia encerra eleição após incidentes; crise política permanece




Tailândia encerra eleição após incidentes; crise política permanece
Reuters Em Bancoc


População vai às ruas contra o governo da Tailândia
2.fev.2014 - A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra deposita seu voto num centro de votação de Bancoc, capital do país, neste domingo (2). As votações acontecem um dia depois de conflitos entre manifestantes pró e antigoverno do qual sete pessoas saíram feridas. Protestos começaram a ocorrer no país desde que a primeira-ministra dissolveu o parlamento, em dezembro de 2013 Rachen Sageamsak/Xinhua
A população da Tailândia foi às urnas sob forte esquema de segurança neste domingo, em uma eleição que poderá intensificar a turbulência política em um país dividido e deixar o vencedor paralisado durante meses em meio a protestos de rua e complexos desafios legais.

Apesar de alguns incidentes, a votação foi relativamente pacífica, um dia depois de sete pessoas ficarem feridas por tiros e explosões durante um confronto entre partidários e opositores da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, em um reduto do seu partido Puea Thai no norte de Bancoc.

A votação terminou às 15 horas locais, mas nenhum resultado será anunciado neste domingo. Uma nova votação já está marcada para 23 de fevereiro, devido a problemas na votação com antecedência no último domingo. Além disso, a votação em algumas áreas do sul ainda deve levar algumas semanas.

GOVERNO DECLARA ESTADO DE EXCEÇÃO EM BANCOC DEVIDO AOS PROTESTOS

A votação em 13 das 33 seções eleitorais de Bancoc foi interrompida. Trinta e sete das 56 seções eleitorais no sul, onde a oposição ao governo também é forte, sofreram interrupções. O processo eleitoral no restante do país não foi afetado.

"A situação geral é calma e não recebemos nenhum relato de violência esta manhã", disse o chefe do Conselho de Segurança Nacional Paradorn Pattanatabutr à Reuters. "Os manifestantes estão se reunindo pacificamente para mostrar a sua oposição a esta eleição."

Um funcionário da justiça eleitoral foi morto com três soldados em um ataque a bomba na província de Pattani, mas a polícia afirmou que o incidente está relacionado à insurgência no sul e não às eleições.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Coréia do Sul - Turismo em 3 minutos.

Dólar sobe 2,33% ante o real em janeiro, 4º mês seguido de valorização

Dólar sobe 2,33% ante o real em janeiro, 4º mês seguido de valorização

Por Bruno Federowski

SÃO PAULO, 31 Jan (Reuters) - O dólar fechou com leve queda ante o real nesta sexta-feira, encerrando janeiro com valorização pelo quarto mês consecutivo com o ambiente de maior aversão ao risco sobre mercados emergentes.

Segundo analistas, no entanto, já não há tanto espaço para o dólar continuar subindo muito em relação ao real no curto prazo, o que diminui a expectativa de que o Banco Central brasileiro intensifique suas intervenções no câmbio.

A moeda norte-americana recuou 0,10 por cento, a 2,4124 reais na venda, acumulando em janeiro alta de 2,33 por cento, quarto mês consecutivo de ganhos. Neste período, a valorização foi de 8,85 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em 1,2 bilhão de dólares no dia.

"Já dá para perceber que o dólar não está numa escalada contra o real. Podemos ver volatilidade, mas não espero muito mais alta", afirmou o economista-chefe do banco J. Safra e ex-secretário do Tesouro, Carlos Kawall.

Ativos de países em desenvolvimento vêm sendo fortemente pressionados desde a semana passada em meio ao mau humor mundial com mercados emergentes, levando o dólar a chegar a encostar em 2,45 reais nesta semana no intradia.

Neste período, o avanço da divisa norte-americana contra o real não foi tão intenso quanto em outros mercados, mas já havia subido bastante nos meses anteriores. Só em janeiro, o dólar subiu cerca de 5 por cento sobre a lira turca e o rand sul-africano.

"Esses níveis de agora (do dólar ante o real), que já incluem tudo que a gente subiu ano passado, parecem adequados", afirmou o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros, acrescentando que vê o dólar, no máximo, em torno de 2,45 reais.

Neste contexto, acrescentou ele, não há necessidade de que o BC intensifique a intervenção no câmbio.
A autoridade monetária deu continuidade às atuações diárias nesta sexta-feira vendendo a oferta total de até 4 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalentes a venda futura de dólares--, distribuídos entre 3 mil com vencimento em 1º de setembro e 1 mil para 1º de dezembro deste ano. A operação teve volume equivalente a 197,6 milhões de dólares.

Além disso, fez leilões de linha para rolagem de até 2,3 bilhões de dólares.

Nesta sessão, a divisa norte-americana chegou a subir de forma mais expressiva ante o real, reagindo à briga pela formação da Ptax de janeiro e ao ambiente global de aversão ao risco que levava investidores a se refugiar no dólar.

Após o fechamento da Ptax, no início da tarde, o dólar reduziu a alta, em linha com o arrefecimento da pressão sobre outros mercados emergentes.

FMI diz que turbulências entre emergentes eleva temores sobre liquidez
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014 12:55 BRST Imprimir [-] Texto [+]
WASHINGTON, 31 Jan (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) instou os bancos centrais nesta sexta-feira a garantir que as turbulências nos mercados emergentes não precipite um aperto nas condições de crédito internacionais.

Um porta-voz do FMI disse que alguns emergentes precisam adotar "ações urgentes" para garantir melhora nas suas economias, que estão ameaçadas por conta de vendas generalizadas da Índia e Turquia até o Brasil.

"As turbulências também ressaltam a necessidade de vigilância de bancos centrais sobre condições de liquidez nos mercados internacionais", afirmou o porta-voz.

(Reportagem de Tim Ahmann)

Com Dilma, renda da população cresce 3% ao ano e supera a era Lula


Com Dilma, renda da população cresce 3% ao ano e supera a era Lula

Sílvio Guedes Crespo





Enquanto a maior parte dos principais indicadores econômicos tem se deteriorado nos três primeiros anos do governo Dilma Rousseff, o mercado de trabalho permanece uma exceção, de acordo com dados de diversas fontes, estatais e privadas.


Desemprego atinge menor nível desde 2002
Negros ganham, em média, pouco mais da metade dos brancos
Em 10 anos, número de desempregados cai pela metade
Mais da metade dos trabalhadores tem carteira assinada
A renda da população teve um crescimento real (acima da inflação) acumulado de 2,6% em 2011, 3,2% em 2012 e outros 3,2% no ano passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na média anual, portanto, o ritmo de crescimento da renda no governo Dilma é de 3%, o que dá mais que o dobro do registrado durante o período do seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva (1,3% ao ano). Isso aconteceu porque, no primeiro ano do ex-presidente, a renda caiu mais de 10%, puxando para baixo a média dos seus oito anos.

rendimento medio - variacao 2003 2013 01

Não é possível comparar com o governo Fernando Henrique Cardoso porque o IBGE mudou a metodologia da pesquisa em 2002.

A série histórica do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em São Paulo, no entanto, é mais longa. Ela registra que, na média anual, a renda no governo Dilma cresceu mais do que nos dois mandatos de Lula e do que no segundo de Fernando Henrique Cardoso. Por outro lado, avançou em ritmo mais lento do que na primeira gestão de FHC e no período Itamar Franco.

renda media variacao por presidente dieese

Sempre que cito algum dado sobre o crescimento da renda, boa parte dos leitores diz que seu próprio salário não subiu e que, portanto, os dados estão errados ou manipulados.

Isso acontece provavelmente porque tais leitores devem ser de classe média. O aumento real da renda praticamente só ocorreu na classe baixa (e provavelmente na altíssima, que tem tão pouca gente e por isso não aparece nas pesquisas). Um estudo do próprio IBGE, por exemplo, mostrou que o rendimento da população com nível superior subiu só 0,7% de 2003 a 2012, enquanto o dos que têm até oito anos de estudo aumentou 37%.

Uma pesquisa da consultoria Mercer, citada neste blog, constatou que, nas grandes empresas privadas do país, somente os profissionais de nível operacional (o mais baixo da hierarquia) tiveram aumento salarial acima da inflação em 2013.

Para quem não acredita em pesquisas, nem estatais nem privadas, sugiro fazer o seu próprio levantamento. Tente se lembrar de quanto uma faxineira, um pedreiro ou um pintor cobrava pelo dia há três anos e veja quanto eles cobram hoje. Pergunte ao síndico do seu prédio qual foi o aumento dos porteiros. Caso ande de ônibus, pergunte ao cobrador qual foi o dissídio da categoria.

Desemprego

A taxa de desemprego é outro indicador de que o mercado de trabalho continua aquecido. Ela ficou em 5,4% em 2013, segundo o IBGE, sendo o menor valor desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego, em 2002.

O Dieese, que usa outra metodologia, apontou que o desemprego foi de 10,4% em São Paulo no ano passado, a menor desde 1990.

Uma observação a ser feita é que, nos últimos meses, o desemprego tem caído não por causa o aumento do emprego, mas porque o número de pessoas que procuram trabalho está diminuindo.

Segundo o IBGE, em março de 2002, 76% da população que estava fora do mercado dizia não ter interesse em trabalhar. Hoje, 91% afirmam não querer emprego. Não se trata necessariamente de preguiça. Entre essas pessoas, há aposentados e menores de 18 anos, além de donas de casa.

Uma hipótese é de que o envelhecimento da população e o desejo de cada vez maior dos jovens de estender os estudos podem ter contribuído para o aumento da população que não deseja trabalhar. De qualquer maneira, se elas não querem um emprego, não podem ser chamadas de desempregadas.

Quanto menos pessoas estão disponíveis para o mercado, maior a chance de os trabalhadores conseguirem reajustes, pois a disputa por cada vaga fica menor. A população chamada de “nem-nem”, que não estuda nem trabalha, contribui, indiretamente, para o aumento da renda dos demais.

Nos próximos meses poderemos ter uma noção melhor do mercado de trabalho, quando saírem os próximos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (chamada de Pnad Contínua), bem mais ampla que a atual Pesquisa de Emprego. Ela cobre mais de 3.000 cidades do país, enquanto a atual abrange apenas seis regiões metropolitanas.

Perspectiva

O bom momento do mercado de trabalho é ameaçado pelo menos por dois fatores. Primeiro, a alta do dólar torna o preço das mercadorias importadas mais caro. Dessa forma, os assalariados tendem a perder poder de compra.

Em segundo lugar, por causa do aumento da inflação, o Banco Central tem elevado sua taxa básica de juros. Com isso, as empresas ficam menos estimuladas a investir na produção (uma vez que podem ganhar mais com aplicações financeiras) e dessa forma a geração de empregos fica comprometida.

O aumento de juros também afeta o consumo. O crediário fica mais caro e, se o as empresas vendem menos, tendem a contratar menos ou até demitir trabalhadores.

O lado positivo é que o real mais fraco tende a ajudar a indústria nacional na competição com a estrangeira – mesmo que as máquinas importadas fiquem mais caras, os salários ficam mais baixos quando medidos em dólares. A questão agora é se o ganho das empresas com o câmbio vai ser suficiente para traze investimentos e compensar as incertezas do mercado e o custo gerado pelo aumento dos juros.

Notei que o IBGE destacou no texto de apresentação da Pesquisa Mensal de Emprego um número diferente do que eu usei. A instituição diz que a renda média no ano passado foi 1,8% maior do que em 2012. Ela somou a renda média de todos os meses de 2013 e dividiu por 12. Fez o mesmo com 2012. Depois, dividiu o resultado de 2013 pelo de 2012.

Já eu optei por um caminho diferente. Calculei quanto a renda aumento de dezembro de 2012 para janeiro de 2013, de janeiro para fevereiro etc, até chegar a dezembro de 2013. O resultado foi uma expansão de 3,2% acumulada no ano passado.

De qualquer modo, as duas formas de cálculo levam à conclusão destacada nesta postagem, de que o aumento médio anual da renda nos três primeiros anos do governo Dilma (de 3% ao ano no meu cálculo e 2,9% no do IBGE) foi superior ao registrado no segundo (3,1% no meu cálculo e 3,4% no do IBGE) e no primeiro mandato (-0,5% e -2,1%) de Lula.

http://achadoseconomicos.blogosfera.uol.com.br/

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Hegel

Filósofo alemão
Georg W. F. Hegel
27/8/1770, Stuttgart, Alemanha
14/11/1831, Berlim, Alemanha


Hegel lecionou em Heidelberg e foi reitor da Universidade de Berlim
Durante sua juventude, quando estudou no seminário de Tübingen e foi colega de classe de Hölderlin, Georg Wilhelm Friedrich Hegel adquiriu conhecimento perfeito da filologia clássica, sobretudo da língua grega. Depois de alguns anos trabalhando como preceptor em famílias ricas, habilitou-se como docente livre em Jena (1801).

Durante seu período em Tübingen, Hegel preparou-se para a carreira eclesiástica e seus primeiros escritos trataram de assuntos teológicos. Ao deixar o seminário, porém, afasta-se da religião e os trabalhos que produz refletem a influência de Kant. Nunca deixará, no entanto, de se preocupar com as questões religiosas.

Além do interesse pelo problema religioso, Hegel sempre se preocupou com as questões políticas. Ele dizia que "a leitura dos jornais é uma espécie de oração da manhã realista". Em 1802, escreveu um trabalho sobre a constituição da Alemanha. A última obra que publicou em vida, Princípios da filosofia do direito, sistematiza suas idéias a respeito da sociedade e do Estado.

De 1807 a 1808, Hegel foi diretor de um jornal em Bamberg, e de 1808 a 1816, diretor do ginásio em Nuremberg. Tornou-se, então, professor da universidade de Heidelberg e, em 1818, foi chamado para Berlim, ocupando a cátedra de filosofia, vaga desde a morte de Fichte.

Hegel tinha grande talento pedagógico, mas era mau orador e pior estilista. Tampouco tinha qualquer atração pessoal, parecendo um pequeno-burguês tranqüilo e às vezes sonolento, "o espírito do mundo em robe-de-chambre", segundo alguns de seus contemporâneos. Mas exerceu influência enorme e seus discípulos dominaram todas as universidades da Alemanha.

No que se refere aos fatos históricos, a Revolução Francesa e o advento de Napoleão são os acontecimentos capitais na vida de Hegel, para quem a Revolução é a tentativa de restauração da cidade antiga - o triunfo da razão e da liberdade, a construção do real de acordo com o pensamento - e Napoleão é "a alma do mundo", a individualidade superior que, perseguindo apaixonadamente seu objetivo, é agente "de um fim que constitui uma etapa na marcha progressiva do Espírito Universal".



Hegelianismo
O sistema filosófico criado por Hegel, o hegelianismo, é tributário, de modo especial, da filosofia grega, do racionalismo cartesiano e do idealismo alemão, do qual representa o desfecho e a realização mais complexa.

De Heráclito de Éfeso, Hegel herda a idéia de dialética, entendida como estrutura da realidade e do pensamento. De Aristóteles, aceita três noções capitais: a do universal, imanente e não transcendente ao individual (antiplatonismo); a do movimento, ou de vir-a-ser, como passagem da potência para o ato; e, finalmente, a das relações entre a razão e a experiência, cuja necessidade interna deve ser revelada pelo pensamento.

Do racionalismo cartesiano, Hegel aceita a idéia da racionalidade do real, ou da consciência das res cogitans (coisa pensante) com a res extensa (coisa material); e do spinozismo, em particular, a intuição de que qualquer afirmação é uma negação, proposição de "importância capital", segundo Hegel.

Do criticismo kantiano, base e ponto de partida da moderna filosofia alemã, Hegel herda, de modo especial, a distinção entre o entendimento e a razão e a idéia de uma lógica transcendental que, remontando às origens do conhecimento, considera os conceitos a priori, em relação aos objetos, formula as regras do pensamento puro e vincula as categorias à consciência de si, ao eu subjetivo.

De Fichte, Hegel aceita a noção de dialética como processo de afirmação, negação e negação da negação, na síntese; e de Schelling, a noção do idealismo objetivo e da identidade do sujeito e do objeto, na consciência do absoluto.

O hegelianismo é um sistema, uma construção lógica, racional, coerente, que pretende apreender o real em sua totalidade. Antes de construir seu sistema, porém, Hegel escreveu a Fenomenologia do espírito. Essa obra, embora seja um resumo fenomenológico do hegelianismo, é também uma propedêutica ou introdução ao sistema criado por Hegel.

O hegelianismo é o último dos grandes sistemas filosóficos do Ocidente. Ele exerceu decisiva influência na formação da teoria da práxis e do existencialismo.

Fontes:
Huisman, Denis - Dicionário dos Filósofos, Martins Fontes, São Paulo, 2001.

Abbagnano, Nicola - Dicionário de Filosofia, Martins Fontes, São Paulo, 2000.

Law, Stephen - Filosofia (Guia Ilustrado Zahar), Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 2009.


http://educacao.uol.com.br/biografias/georg-w-f-hegel.jhtm

CELAC


CELAC

A Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos – CELAC foi criada na “Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe”, realizada na Riviera Maya (México), em fevereiro de 2010, em histórica decisão dos Chefes de Estado e de Governo da região. A Cúpula da Unidade compreendeu a II Cúpula da América Latina e o Caribe sobre Integração e Desenvolvimento – CALC e a XXI Cúpula do Grupo do Rio.

A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) tem origem na “Declaração da Cúpula da Unidade”, adotada pelos Chefes de Estado e de Governo da América Latina e do Caribe durante reunião de Cúpula realizada na Riviera Maya, México, em fevereiro de 2010. Naquela ocasião, houve consenso em constituir um novo mecanismo de concertação política e integração, que abrigará os trinta e três países da América do Sul, América Central e Caribe. A CELAC assumirá o patrimônio histórico do Grupo do Rio (concertação política), cuja Secretaria de turno é exercida atualmente pelo Chile, e da CALC (desenvolvimento e integração), cuja presidência temporária é venezuelana. Em julho de 2011, será realizada, na Venezuela, a III CALC, quando deverá ser completado o processo de constituição da CELAC.

A Declaração da Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe determinou ainda a constituição de um Foro Unificado como grupo de trabalho encarregado de redigir as regras de funcionamento do novo organismo. A convergência da CALC e do Grupo do Rio ocorrerá de forma gradual. Ambos os mecanismos manterão suas agendas e métodos de trabalho paralelos até a conclusão do processo de construção da CELAC.

Para o Brasil, a CELAC deverá contribuir para a ampliação tanto do diálogo político, quanto dos projetos de cooperação na América Latina e Caribe. O novo mecanismo também facilitará a conformação de uma identidade própria regional e de posições latino-americanas e caribenhas comuns sobre integração e desenvolvimento.

A dimensão política da CELAC partirá da base construída pelo Mecanismo Permanente de Consulta e Concertação Política, estabelecido no Rio de Janeiro em 1986 e conhecido como Grupo do Rio. Concebido como instrumento de articulação política de alto nível, o Grupo do Rio atuou tradicionalmente na consolidação da democracia, tendo como pressuposto o bem sucedido trabalho diplomático dos Grupos de Contadora e de Apoio em favor da paz na América Central. Sua interseção com a CALC é natural, uma vez que, por ser um foro de discussão política, o Grupo do Rio sempre prescindiu de atuação mais aprofundada na área econômica e de formas institucionalizadas de cooperação.

Os fundadores do Grupo do Rio resolveram delimitar seu escopo de atuação a reuniões de caráter informal, destinadas a servir como espaço exclusivamente político, apropriado para consultas, troca de informações e eventuais iniciativas conjuntas, decididas sempre por consenso. Ao longo de mais de duas décadas, foram realizadas vinte Cúpulas, vinte e nove reuniões ministeriais ordinárias e três extraordinárias.  Sua temática foi aberta, tratando, em geral, de temas importantes para a região. Em suas mais recentes reuniões, o Grupo do Rio abordou questões como a promoção dos direitos humanos e o impacto das migrações.

O Grupo do Rio fortaleceu-se gradualmente como espaço presidencial privilegiado e como um mecanismo regional representativo da América Latina e do Caribe em relação a outros países e blocos. Os contatos políticos institucionalizados do Grupo do Rio com terceiros promoveram o diálogo interregional entre autoridades do mais alto nível, com o intercâmbio de pontos de vista sobre importantes temas da agenda internacional. Atualmente, são dezenove parceiros de diálogo com o Grupo do Rio, que devem ser herdados pela CELAC: União Européia, Conselho de Cooperação do Golfo, China, Rússia, Canadá, Índia, Japão, Coréia do Sul, ASEAN, Israel, Ucrânia, Liga Árabe, G-77, Grupo GUUAM (Geórgia, Ucrânia, Uzbequistão, Azerbaijão e Moldova), CEI, Austrália, EUA e União Africana.

http://www.itamaraty.gov.br/

Paraguai também quer verba do BNDES para obras



Paraguai também quer verba do BNDES para obras

Leandro Mazzini


Com a generosa oferta presidencial, com o talonário do BNDES, para obras em países de governos amigos – como Cuba e alguns da África – não seria surpresa que o apetite das empreiteiras e de outros chegasse a Brasília.

Agora é a vez dos paraguaios reivindicarem um lugar na lista das benesses. Baixaram ontem em Brasília os ministros da Indústria, Gustavo Leite, e de Obras Públicas, Ramón Jiménez. Segundo boletim de suas assessorias, ‘manteriam várias reuniões a fim de captar recursos para o País’ vizinho.

O périplo dos ministros ontem e hoje envolve em especial a sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a sede do BNDES. A incursão à CNI naturalmente suscita uma agenda de interesses comerciais e empresariais, mas ao bancão remete ao apetite por fomentos diretos.

A novidade é que de anos para cá todas encontraram no BNDES e no aval da Presidência da República – sob as gestões de Lula e a atual, de Dilma Rousseff – a anuência para financiamentos bilionários nem sempre transparentes, como é o caso do porto de Mariel, em Cuba, que recebeu US$ 682 milhões do bancão via Odebrecht. A América Latina vive uma efusão de grandes obras públicas, muitas delas tocadas por grandes empreiteiras brasileiras como OAS, Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Gouveia.

Para citar dois casos, a Odebrecht amplia o metrô de Caracas, na Venezuela; Pepe Mujica, presidente do Uruguai, abriu licitação para construção via PPP de uma penitenciária em Montevidéu, e brasileiras entraram na disputa. Equador, Bolívia e Colômbia completam o rol de obras das brasileiras que recorrem ao banco. Os paraguaios sabem onde pisam e querem entrar para a patota.

A vinda dos ministros é mais um passo da tentativa de aproximação do novo presidente, Horácio Cartes, com a presidente Dilma. Cartes é um figurão bilionário no país hermano. Dono da Tabesa, tarimbada na lista secreta das autoridades policiais brasileiras na remessa de cigarros contrabandeados para o Brasil. Concorrentes brasileiras indicam que a empresa de Cartes sonega descaradamente uns R$ 3 bilhões por ano em impostos no Brasil – imagine, então, quanto deve faturar.

Um detalhe, na posse de Cartes ano passado baixou em Assuncion no jatinho do clube o então presidente do Barcelona, Sandro Rosell, que caiu esta semana. São amigos de longa data. Em suma, é plausível dizer que a relação de Cartes com Rosell é tão misteriosa quanto a doação do BNDES para obras no exterior.


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10 Lugares Maravilhosos Para Ver Na Bangkok

Bangkok - Tailândia

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Brasil não deve cumprir meta contra analfabetismo




Brasil não deve cumprir meta contra analfabetismo


São Paulo - O Brasil tem 13,9 milhões de analfabetos adultos, segundo levantamento feito entre 2005 e 2011 pela Unesco, no Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, que será divulgado nesta quarta-feira, 29. O número é maior do que a população de São Paulo, 11,8 milhões, e de todo o Estado do Rio Grande do Sul, 11,1 milhões. O País está entre os dez que concentram a maior parte (72%, no total) do número de analfabetos adultos do mundo, que é de 774 milhões, junto com Índia, China, Paquistão, Bangladesh, Nigéria, Etiópia e Egito.

Brasil é o 8º país com mais adultos analfabetos, aponta Unesco
Em 2000, taxa de analfabetismo no Brasil era de 13,6%; meta é reduzir pela metade até 2015
"Esse indicador mostra a parte, mas não o todo. Além de ter uma herança de analfabetos, o sistema educacional brasileiro tem produzido ainda mais analfabetos", afirma a pesquisadora em Educação da USP e doutora em Educação por Harvard, Paula Louzano. "Oito por cento das pessoas que têm ensino médio completo podem ser consideradas analfabetos funcionais, segundo o último relatório do Inaf (indicador de analfabetismo funcional)."

EDUCAÇÃO PARA TODOS

Relatório mostra que meninas são 54% da população fora da escola
Unesco: países não atingirão meta de melhorar educação até 2015
Financiamento insuficiente é entrave para melhorar educação
Para Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, o alto número de analfabetos no País influencia as gerações seguintes. "Em uma família em que um membro é analfabeto, há um contexto menos favorável à educação dos filhos", afirma. No entanto, para Priscila Cruz, do Todos pela Educação, resolver o problema do analfabetismo entre adultos não é tarefa fácil. "É preciso admitir que é uma área muito difícil de se conseguir resultados, pois não existe uma lei que obrigue o adulto a frequentar a escola."

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2012 mostram que, no segundo ano do governo Dilma Rousseff, a taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais parou de cair. Em 2011, era de 8,6%. Chegou a 8,7% em 2012, mais longe de cumprir a meta firmada na ONU de 6,7% até 2015.

Segundo a Declaração de Dacar "Educação para Todos", elaborada pela Cúpula Mundial da Educação em 2000 e que compõe os objetivos do Relatório da Unesco, os países deveriam reduzir o analfabetismo em pelo menos 50% até 2015. "O Brasil também não vai atingir essa meta", afirma a coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, Maria Rebeca Otero Gomes. Ela afirma que o País precisa observar se os recursos para a educação estão de fato sendo bem empregados. "Além da redução no analfabetismo, o Brasil precisa alcançar uma melhor qualidade de ensino e corrigir as distorções idade/série."

Mundo
O cenário da educação em todo o mundo até o ano que vem, quando expira o prazo estabelecido pela Convenção, não é positivo. Nenhuma das metas globais do documento serão atingidas até 2015, segundo o relatório. De acordo com os dados, 57 milhões de crianças estão deixando de aprender simplesmente por não estarem na escola. Além da falta de acesso, a falta de qualidade é o que mais compromete a aprendizagem. Para alcançar os objetivos estabelecidos, que vão desde a universalização do ensino primário (1.º ao 5.º ano do ensino fundamental) à redução dos níveis de analfabetismo dos adultos, o documento pede aos governos que redobrem os esforços para todos os que enfrentam desvantagens - seja por pobreza, gênero, local de residência ou outros fatores.

O Brasil, porém, é citado como exemplo quando comparado com outros países, por ter receitas fiscais mais elevadas, que ajudam a explicar como investe dez vezes mais do que a Índia, por criança, na educação primária, por exemplo. A prioridade a escolas da área rural, e com maior ênfase dada a grupos indígenas altamente marginalizados, foi citada no documento como experiência que tem resultado em melhora nos números da educação, assim como as reformas que melhoraram as taxas de matrícula e aprendizagem na Região Norte. O relatório também afirma que bônus coletivos a escolas, como os que existem no Brasil, que recompensam as instituições de ensino, podem ser uma forma eficiente de melhorar os resultados da aprendizagem.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Émile Zola

Escritor francês
Émile Zola
02/04/1840, Paris, França
28/09/1902, Paris, França


Zola escreveu "J'accuse" defendendo Alfred Dreyfus da acusação de traição
Émile-Édouard-Charles-Antoine Zola foi o fundador e o principal representante do movimento literário naturalista. Educado em Aix-en-Provence, Zola começou a trabalhar em 1862 no departamento de vendas da uma editora. Quatro anos depois decidiu dedicar-se exclusivamente à literatura. Suas duas primeiras obras, "Contes à Ninon" (1864) e o romance "La Confession de Claude" (1865) marcaram a transição para o naturalismo, já definitivamente manifesto em "Thérèse Raquin" (1867).

Inspirado na filosofia positivista e na medicina da época, Zola partia da convicção de que a conduta humana é determinada pela herança genética, pela fisiologia das paixões e pelo ambiente. Conforme afirmou no ensaio "O romance experimental" (1880), o desenvolvimento dos personagens e das situações deve ser determinado de acordo com critérios científicos similares aos empregados nas experiências de laboratório. A realidade deve ser descrita de maneira objetiva, por mais sórdidos que possam parecer alguns aspectos.

Consciente da dificuldade de conferir caráter científico a uma obra de ficção, Zola procurou pôr em prática suas concepções. A partir de 1871, trabalhou num ciclo de vinte romances, "Os Rougon-Macquart", que tinha como subtítulo "História Natural e Social de uma Família no Segundo Império". Essa obra constitui um painel vigoroso e franco sobre a decadência da sociedade do Segundo Império - o que lhe valeu várias acusações de pornografia. A primeira parte do ciclo - "A Taberna" (1876) e "Nana" (1880) - é dominada por uma atmosfera de degeneração e fatalismo, mas a partir de "Germinal" (1885) a descrição das más condições de vida numa comunidade de mineradores destaca a opressão social como responsável pela paralisação moral da humanidade.

Posteriormente Zola escreveu outros dois conjuntos de romances, "As Três Cidades" (1894-1898) e "Os Quatro Evangelhos" (1899-1902), onde manteve a violência quase visionária dos trabalhos anteriores.

Nos últimos anos de vida, o escritor foi mais uma vez alvo de polêmica por sua intervenção no caso de Alfred Dreyfus, oficial judeu do Exército francês condenado por traição, cuja inocência Zola defendeu de público, acusando os comandos militares de terem admitido provas falsas. Julgado por injúria e condenado a um ano de prisão, Zola exilou-se em Londres em 1898 e só regressou à França 11 meses depois. Émile Zola e sua mulher morreram em Paris, asfixiados pelo monóxido de carbono de um acidente com uma chaminé.

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