Francesco Borromini
Arquiteto e escultor italiano, Francesco Castelli, mais conhecido por Francesco Borromini, nasceu em 1599, em Bissone, na Lombardia, e morreu a 2 de setembro de 1667, em Roma. Por volta de 1610 foi para Milão aprender o ofício de talhar a pedra e, em 1620, mudou-se para Roma onde se torna um dos artesãos de Carlo Maderna (1556-1629), o mais importante arquiteto italiano na época, colaborando nos trabalhos da Catedral de S. Pedro e no Palácio Barberini.Com a morte de Maderna, em 1926, passa a trabalhar com Giovanni Bernini (1598-1680) que fora nomeado arquiteto oficial de S. Pedro em sua substituição, e participa na execução do Baldaquino sobre o túmulo de S. Pedro. Em 1633, Borromini começa a trabalhar como arquiteto por conta própria, iniciando uma contenda com Bernini que duraria até ao fim dos seus dias. A sua primeira grande encomenda, e uma das suas obras primas, foi a igreja de S. Carlo alle Quattrofontane (1638-41) onde expressa o seu estilo pessoal e que foi criticada por Bernini que o acusa de subverter as regras da arquitetura clássica e as proporções arquitetónicas baseadas no corpo humano, que ele entende serem sagradas por este ser feito à imagem de Deus.De facto Borromini, que é um grande conhecedor da arquitetura clássica, reivindica o direito de interpretar livremente os motivos herdados da grande arquitetura romana recusando o que ele considera ser uma mera cópia desses monumentos.
Esta atitude, que representa o pensamento barroco, foi largamente seguida pelas gerações vindouras e o seu exemplo espalhou-se por toda a Europa.
Borromini era uma pessoa perturbada, morreu com um ferimento que infligiu a si próprio, deprimido por a sua obra não ser devidamente reconhecida pelos seus contemporâneos.
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