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segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Líderes mundiais se mobilizam em busca de avanço em cúpula do clima em Paris
Líderes mundiais se mobilizam em busca de avanço em cúpula do clima em Paris
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Presidente dos EUA, Barack Obama, discursa durante a COP 21, em Paris. 30/11/2015 REUTERS/Stephane Mahe
Por Bruce Wallace e Alister Doyle
PARIS (Reuters) - Líderes de todo o globo lançaram nesta segunda-feira uma iniciativa ambiciosa para conter o aumento das temperaturas da Terra, e o presidente da França, François Hollande, disse que o mundo está em um "ponto de ruptura" na luta contra o aquecimento global.
Cerca de 150 chefes de Estado e governo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o líder chinês, Xi Jinping, a presidente Dilma Rousseff incitaram uns aos outros a abraçar a causa comum nas duas semanas de negociações de forma a distanciar a economia global da dependência de combustíveis fósseis.
Os líderes chegaram para a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris acompanhados de grandes expectativas e armados com promessas de ação. Após décadas de tratativas penosas e do fracasso da cúpula de Copenhague seis anos atrás, alguma modalidade de acordo histórico parece quase assegurada até meados de dezembro.
Alertas de cientistas do clima, as exigências de ativistas e as exortações de líderes religiosos, como o papa Francisco, se uniram aos avanços significativos nas fontes de energia limpa, como a solar, para aumentar a pressão por cortes nas emissões de carbono, responsabilizadas pelo aquecimento do planeta.
A maioria dos cientistas afirma que um fracasso na adoção de medidas rígidas no encontro da capital francesa condenaria o mundo a temperaturas médias cada vez mais elevadas, que trariam junto tempestades devastadoras, secas mais frequentes e a elevação do nível dos mares em decorrência do derretimento das calotas polares.
Diante de projeções tão alarmantes, os líderes das nações responsáveis por cerca de 90 por cento das emissões de gases de efeito estufa foram à cúpula munidos de compromissos para reduzir sua produção nacional de carbono através de medidas diferentes em ritmos diferentes.
Para algumas delas, a mudança climática se tornou um assunto premente em casa. Na abertura do encontro parisiense, as capitais de dois dos países mais populosos do mundo, China e Índia, estavam cobertas por um nevoeiro nocivo e sufocante – Pequim estava sob alerta de poluição "laranja", o segundo nível de maior gravidade.
DESAFIO "URGENTE"
Ao longo da próxima quinzena, os negociadores irão firmar o pacto climático internacional mais robusto da história e que irá marcar um progresso impactante na busca frequentemente frustrante por um acordo global, embora por si só ele não baste para evitar que as temperaturas ultrapassem um patamar desastroso.
"O que nos deveria dar esperança de que este é um divisor de águas, de que este é o momento em que finalmente determinamos que iremos salvar nosso planeta, é o fato de que nossas nações compartilham a noção da urgência deste desafio e uma compreensão crescente de que está no nosso poder fazer algo a respeito dele", afirmou Obama, um dos primeiros líderes a discursar na cúpula.
A cúpula acontece sob clima de tensão. A segurança foi reforçada depois dos ataques de militantes islâmicos em 13 de novembro que deixaram 130 mortos em Paris, e Hollande disse que não se pode separar "a luta contra o terrorismo da luta contra o aquecimento global".
Os líderes globais devem enfrentar ambos os desafios, deixando para suas crianças "um mundo livre do terror", assim como "protegido de catástrofes", disse.
Em seu pronunciamento na conferência, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não está alheio aos problemas das mudanças climáticas, tendo enfrentado secas no Nordeste e chuvas fortes e inundações no Sul e no Sudeste.
"O fenômeno El Niño nos tem golpeado com força", afirmou a presidente, que também abordou o rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Mariana (MG), que definiu como "o maior desastre ambiental da história do país", provocado por "ação irresponsável de uma empresa".
(Reportagem adicional de Jeff Mason e John Irish)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Presidente dos EUA, Barack Obama, discursa durante a COP 21, em Paris. 30/11/2015 REUTERS/Stephane Mahe
Por Bruce Wallace e Alister Doyle
PARIS (Reuters) - Líderes de todo o globo lançaram nesta segunda-feira uma iniciativa ambiciosa para conter o aumento das temperaturas da Terra, e o presidente da França, François Hollande, disse que o mundo está em um "ponto de ruptura" na luta contra o aquecimento global.
Cerca de 150 chefes de Estado e governo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o líder chinês, Xi Jinping, a presidente Dilma Rousseff incitaram uns aos outros a abraçar a causa comum nas duas semanas de negociações de forma a distanciar a economia global da dependência de combustíveis fósseis.
Os líderes chegaram para a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris acompanhados de grandes expectativas e armados com promessas de ação. Após décadas de tratativas penosas e do fracasso da cúpula de Copenhague seis anos atrás, alguma modalidade de acordo histórico parece quase assegurada até meados de dezembro.
Alertas de cientistas do clima, as exigências de ativistas e as exortações de líderes religiosos, como o papa Francisco, se uniram aos avanços significativos nas fontes de energia limpa, como a solar, para aumentar a pressão por cortes nas emissões de carbono, responsabilizadas pelo aquecimento do planeta.
A maioria dos cientistas afirma que um fracasso na adoção de medidas rígidas no encontro da capital francesa condenaria o mundo a temperaturas médias cada vez mais elevadas, que trariam junto tempestades devastadoras, secas mais frequentes e a elevação do nível dos mares em decorrência do derretimento das calotas polares.
Diante de projeções tão alarmantes, os líderes das nações responsáveis por cerca de 90 por cento das emissões de gases de efeito estufa foram à cúpula munidos de compromissos para reduzir sua produção nacional de carbono através de medidas diferentes em ritmos diferentes.
Para algumas delas, a mudança climática se tornou um assunto premente em casa. Na abertura do encontro parisiense, as capitais de dois dos países mais populosos do mundo, China e Índia, estavam cobertas por um nevoeiro nocivo e sufocante – Pequim estava sob alerta de poluição "laranja", o segundo nível de maior gravidade.
DESAFIO "URGENTE"
Ao longo da próxima quinzena, os negociadores irão firmar o pacto climático internacional mais robusto da história e que irá marcar um progresso impactante na busca frequentemente frustrante por um acordo global, embora por si só ele não baste para evitar que as temperaturas ultrapassem um patamar desastroso.
"O que nos deveria dar esperança de que este é um divisor de águas, de que este é o momento em que finalmente determinamos que iremos salvar nosso planeta, é o fato de que nossas nações compartilham a noção da urgência deste desafio e uma compreensão crescente de que está no nosso poder fazer algo a respeito dele", afirmou Obama, um dos primeiros líderes a discursar na cúpula.
A cúpula acontece sob clima de tensão. A segurança foi reforçada depois dos ataques de militantes islâmicos em 13 de novembro que deixaram 130 mortos em Paris, e Hollande disse que não se pode separar "a luta contra o terrorismo da luta contra o aquecimento global".
Os líderes globais devem enfrentar ambos os desafios, deixando para suas crianças "um mundo livre do terror", assim como "protegido de catástrofes", disse.
Em seu pronunciamento na conferência, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não está alheio aos problemas das mudanças climáticas, tendo enfrentado secas no Nordeste e chuvas fortes e inundações no Sul e no Sudeste.
"O fenômeno El Niño nos tem golpeado com força", afirmou a presidente, que também abordou o rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Mariana (MG), que definiu como "o maior desastre ambiental da história do país", provocado por "ação irresponsável de uma empresa".
(Reportagem adicional de Jeff Mason e John Irish)
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Dilma cancela viagem por problema orçamentário; Planalto vai contingenciar mais de R$10 bi
Dilma cancela viagem por problema orçamentário; Planalto vai contingenciar mais de R$10 bi
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Presidente Dilma Rousseff chega a cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. 24/11/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino?
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria ao Japão e ao Vietnã em dezembro por problema orçamentário, informou o Palácio do Planalto em nota nesta sexta-feira, acrescentando que será publicado na segunda-feira decreto com um contingenciamento de mais de 10 bilhões de reais.
Na nota, o Planalto afirmou que a partir de dezembro "o governo não pode mais empenhar novas despesas discricionárias, exceto às essenciais ao funcionamento do Estado e ao interesse público".
"Não se trata de um problema financeiro, mas orçamentário... Pelo mais recente posicionamento do Tribunal de Contas da União, a não aprovação da revisão da meta (fiscal) obriga o governo a contingenciar as verbas discricionárias", informou o Planalto.
O contingenciamento é necessário pois o Congresso Nacional ainda não votou a alteração da meta de resultado primário para este ano.
A votação estava prevista para quarta-feira, mas foi afetada pela prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, por suspeita de obstrução no andamento da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. A sessão acabou sendo adiada para terça-feira da próxima semana.
A meta de resultado primário que ainda está valendo determina que o setor público consolidado faça superávit de 66,3 bilhões de reais em 2015, sendo 55,3 bilhões de reais para o governo central (governo federal, Banco Central e INSS).
O governo solicitou ao Congresso uma revisão desse alvo, diante da economia em recessão e queda nas receitas. O projeto que aguarda aval dos parlamentares prevê déficit do setor público entre 48,9 bilhões e 117 bilhões de reais. Para o governo central, o rombo poderá ir a 119,9 bilhões de reais, contando, no pior dos cenários, com o pagamento das chamadas pedaladas fiscais e com frustração de ingresso de receitas neste ano com o leilão de hidrelétricas.
O governo deve publicar o decreto de contingenciamento até segunda-feira para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, após ter assumido em relatório de receitas e despesas do 5ª bimestre uma queda expressiva nas receitas no ano. [nL1N13I0C7]
No documento, publicado há uma semana, o governo já tinha assinalado que, para alcançar a meta ainda vigente, deveria contingenciar despesas discricionárias em 107,1 bilhões de reais, o que seria impossível pois só contava com um saldo para contingenciamento de 10,7 bilhões de reais, excluídos os gastos mínimos obrigatórios de saúde e as emendas impositivas. O governo ressaltou ainda que o corte de 10,7 bilhões de reais paralisaria a máquina pública, com "interrupção das atividades essenciais em todos os órgãos federais e da execução de investimentos necessários à manutenção da infraestrutura do país e à retomada do crescimento econômico".
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Presidente Dilma Rousseff chega a cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. 24/11/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino?
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria ao Japão e ao Vietnã em dezembro por problema orçamentário, informou o Palácio do Planalto em nota nesta sexta-feira, acrescentando que será publicado na segunda-feira decreto com um contingenciamento de mais de 10 bilhões de reais.
Na nota, o Planalto afirmou que a partir de dezembro "o governo não pode mais empenhar novas despesas discricionárias, exceto às essenciais ao funcionamento do Estado e ao interesse público".
"Não se trata de um problema financeiro, mas orçamentário... Pelo mais recente posicionamento do Tribunal de Contas da União, a não aprovação da revisão da meta (fiscal) obriga o governo a contingenciar as verbas discricionárias", informou o Planalto.
O contingenciamento é necessário pois o Congresso Nacional ainda não votou a alteração da meta de resultado primário para este ano.
A votação estava prevista para quarta-feira, mas foi afetada pela prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, por suspeita de obstrução no andamento da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. A sessão acabou sendo adiada para terça-feira da próxima semana.
A meta de resultado primário que ainda está valendo determina que o setor público consolidado faça superávit de 66,3 bilhões de reais em 2015, sendo 55,3 bilhões de reais para o governo central (governo federal, Banco Central e INSS).
O governo solicitou ao Congresso uma revisão desse alvo, diante da economia em recessão e queda nas receitas. O projeto que aguarda aval dos parlamentares prevê déficit do setor público entre 48,9 bilhões e 117 bilhões de reais. Para o governo central, o rombo poderá ir a 119,9 bilhões de reais, contando, no pior dos cenários, com o pagamento das chamadas pedaladas fiscais e com frustração de ingresso de receitas neste ano com o leilão de hidrelétricas.
O governo deve publicar o decreto de contingenciamento até segunda-feira para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, após ter assumido em relatório de receitas e despesas do 5ª bimestre uma queda expressiva nas receitas no ano. [nL1N13I0C7]
No documento, publicado há uma semana, o governo já tinha assinalado que, para alcançar a meta ainda vigente, deveria contingenciar despesas discricionárias em 107,1 bilhões de reais, o que seria impossível pois só contava com um saldo para contingenciamento de 10,7 bilhões de reais, excluídos os gastos mínimos obrigatórios de saúde e as emendas impositivas. O governo ressaltou ainda que o corte de 10,7 bilhões de reais paralisaria a máquina pública, com "interrupção das atividades essenciais em todos os órgãos federais e da execução de investimentos necessários à manutenção da infraestrutura do país e à retomada do crescimento econômico".
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Levy não vê necessidade de aporte de recursos imediato na Petrobras
Levy não vê necessidade de aporte de recursos imediato na Petrobras
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Ministro da Fazenda, Joaquim Levy. 04/11/2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Rory Carroll
HALF MOON BAY, Califórnia (Reuters) - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira que não vê necessidade imediata de um aporte de capital na Petrobras, embora não tenha descartado que isso venha a ocorrer no futuro, afirmando que a estatal tem dinheiro para uma quantidade de tempo razoável.
Segundo ele, há uma série de aspectos que precisam ser levados em conta antes de se considerar uma injeção de recursos na petroleira brasileira, uma das empresas mais endividadas do mundo.
Os comentários de Levy, feitos nos bastidores de uma conferência sobre infraestrutura na região de San Francisco, foram feitos após reportagens na imprensa brasileira de que haveria discussões preliminares para um socorro da União à Petrobras nos moldes de operações feitas com bancos públicos nos últimos anos, com o uso de instrumentos híbridos de capital e dívida.
"O mais importante sobre a Petrobras é que a companhia está tomando medidas para enfrentar seus desafios", afirmou Levy, citando a estratégia de desinvestimentos, a revisão de contratos e a disciplina de custos.
"Eles têm dinheiro suficiente para trabalhar. O Brasil está no meio de uma consolidação fiscal. Estamos no meio de políticas que realmente estão fortalecendo cada área do setor público. Neste momento, eu não vejo necessidade imediata para isso (injeção de capital na Petrobras)", disse Levy.
"É claro que o governo pode sempre agir como o acionista controlador. Mas não devemos buscar soluções fáceis. Temos restrições orçamentárias... É algo que você precisa evitar neste momento", prosseguiu.
Perguntado quando um aporte de recursos na Petrobras seria necessário, ele disse que isso depende dos acontecimentos e que não há razão para especular sobre o assunto.
A Petrobras encerrou setembro com dívida bruta próxima a 130 bilhões de dólares.
A empresa, no epicentro do escândalo bilionário de corrupção investigado pela operação Lava Jato, terminou o terceiro trimestre com cerca de 26 bilhões de dólares em caixa e prevê acabar 2015 com cerca de 22 bilhões de dólares em disponibilidades.
O diretor financeiro da petroleira, Ivan Monteiro, disse em 12 de novembro que a companhia tem privilegiado manter um nível de liquidez bastante elevado, da ordem de mais de 20 bilhões de dólares em caixa, e que continuará a fazer isso.
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quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Presidente francês ordena "intensificação" de ataques contra o EI na Síria e no Iraque
Presidente francês ordena "intensificação" de ataques contra o EI na Síria e no Iraque
Do UOL, em São Paulo 19/11/2015
Stephane de Sakutin/AP
O presidente francês, François Hollande, ordenou a "intensificação" dos ataques contra o grupo EI (Estado Islâmico) na Síria e no Iraque, anunciou a presidência francesa nesta quinta-feira (19) à noite, seis dias após os ataques em Paris, reivindicados pelo EI, que mataram 129 pessoas.
O chefe de Estado deu ao governo "as instruções pertinentes" para esse fim, segundo um comunicado oficial divulgado ao término de um encontro, do qual participaram também o primeiro-ministro, Manuel Valls, e os titulares das pastas de Defesa, Jean-Yves Le Drian, Interior, Bernard Cazeneuve, e Relações Exteriores, Laurent Fabius.
A ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos informou ontem que nos bombardeios de aviões franceses na cidade de Raqqa, efetuados nos três dias anteriores, pelo menos 33 combatentes da organização terrorista morreram.
O objetivo desta nova reunião do governo francês, segundo o Palácio do Eliseu, era fazer um balanço sobre as operações realizadas até o momento para capturar os responsáveis e seus cúmplices dos atentados de 13 de novembro em Paris.
O conselho examinou "todas as medidas destinadas a reforçar a proteção" dos franceses no país e debateu também "as modalidades do tratamento diplomático" da situação na Síria, segundo a nota.
Rússia
O Exército russo anunciou ter realizado nesta quinta-feira uma terceira série de bombardeios "em massa" contra o Estado Islâmico na Síria, onde Moscou atua desde 30 de setembro.
"Hoje (...) a aviação russa realizou uma terceira série de bombardeios maciços contra grupos armados ilegais em território sírio", declarou o ministério da Defesa em um comunicado.
Entre 13h40 e 14h30 GMT (11h40 e 12h30 de Brasília), um "esquadrão de bombardeiros estratégicos de longo alcance Tu-22 realizou um ataque concentrado em 6 alvos nas províncias de Raqqa (nordeste) e Deir Ezzor (leste)", incluindo contra refinarias de petróleo utilizadas pelos "terroristas", um armazém de munições e uma oficina de fabricação de morteiros, informa o comunicado.
Todos os alvos dos ataques realizados foram destruídos, indicou a fonte. O EI controla a maioria dos campos de petróleo na Síria, especialmente na província de Deir Ezzor.
Além disso, entre 6h e 6h20 GMT, bombardeiros estratégicos Tu-95 lançaram a partir do espaço aéreo russo 12 mísseis de cruzeiro contra alvos do EI nas províncias sírias de Aleppo (noroeste) e Idleb (noroeste), segundo o comunicado.
Desde 30 de setembro, a Rússia realiza ataques aéreos diários contra alvos "terroristas" para apoiar as operações militares do regime de Damasco, do qual é aliado.
Na terça-feira, Moscou anunciou a primeira série de bombardeios maciços contra posições do EI na Síria, depois de admitir que a queda de um avião russo em 31 de outubro no Sinai egípcio, que fez 224 mortos, foi de fato devido a um ataque reivindicado pelo EI.
Do UOL, em São Paulo 19/11/2015
Stephane de Sakutin/AP
O presidente francês, François Hollande, ordenou a "intensificação" dos ataques contra o grupo EI (Estado Islâmico) na Síria e no Iraque, anunciou a presidência francesa nesta quinta-feira (19) à noite, seis dias após os ataques em Paris, reivindicados pelo EI, que mataram 129 pessoas.
O chefe de Estado deu ao governo "as instruções pertinentes" para esse fim, segundo um comunicado oficial divulgado ao término de um encontro, do qual participaram também o primeiro-ministro, Manuel Valls, e os titulares das pastas de Defesa, Jean-Yves Le Drian, Interior, Bernard Cazeneuve, e Relações Exteriores, Laurent Fabius.
A ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos informou ontem que nos bombardeios de aviões franceses na cidade de Raqqa, efetuados nos três dias anteriores, pelo menos 33 combatentes da organização terrorista morreram.
O objetivo desta nova reunião do governo francês, segundo o Palácio do Eliseu, era fazer um balanço sobre as operações realizadas até o momento para capturar os responsáveis e seus cúmplices dos atentados de 13 de novembro em Paris.
O conselho examinou "todas as medidas destinadas a reforçar a proteção" dos franceses no país e debateu também "as modalidades do tratamento diplomático" da situação na Síria, segundo a nota.
Rússia
O Exército russo anunciou ter realizado nesta quinta-feira uma terceira série de bombardeios "em massa" contra o Estado Islâmico na Síria, onde Moscou atua desde 30 de setembro.
"Hoje (...) a aviação russa realizou uma terceira série de bombardeios maciços contra grupos armados ilegais em território sírio", declarou o ministério da Defesa em um comunicado.
Entre 13h40 e 14h30 GMT (11h40 e 12h30 de Brasília), um "esquadrão de bombardeiros estratégicos de longo alcance Tu-22 realizou um ataque concentrado em 6 alvos nas províncias de Raqqa (nordeste) e Deir Ezzor (leste)", incluindo contra refinarias de petróleo utilizadas pelos "terroristas", um armazém de munições e uma oficina de fabricação de morteiros, informa o comunicado.
Todos os alvos dos ataques realizados foram destruídos, indicou a fonte. O EI controla a maioria dos campos de petróleo na Síria, especialmente na província de Deir Ezzor.
Além disso, entre 6h e 6h20 GMT, bombardeiros estratégicos Tu-95 lançaram a partir do espaço aéreo russo 12 mísseis de cruzeiro contra alvos do EI nas províncias sírias de Aleppo (noroeste) e Idleb (noroeste), segundo o comunicado.
Desde 30 de setembro, a Rússia realiza ataques aéreos diários contra alvos "terroristas" para apoiar as operações militares do regime de Damasco, do qual é aliado.
Na terça-feira, Moscou anunciou a primeira série de bombardeios maciços contra posições do EI na Síria, depois de admitir que a queda de um avião russo em 31 de outubro no Sinai egípcio, que fez 224 mortos, foi de fato devido a um ataque reivindicado pelo EI.
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Mulher-bomba instaura nova era de jihad feminina na França
Mulher-bomba instaura nova era de jihad feminina na França
AFP Em Paris 18/11/2015
Joel Saget/AFP
Polícia forense recolhe material onde foi realizada operação policial contra suspeitos de terrorismo em Saint-Denis
Polícia forense recolhe material onde foi realizada operação policial contra suspeitos de terrorismo em Saint-Denis
Ao detonar seu cinturão de explosivos para não ser capturada, a mulher que morreu nesta quarta-feira em ação policial em Saint-Denis instaurou uma nova era na França e se somou a uma longa lista de mulheres-bomba.
Ao amanhecer, quando os policiais derrubaram a porta do apartamento ao norte de Paris em que se encontrava com quatro homens, a jovem optou por se explodir.
"Este caso é, sobretudo, uma prova de determinação", explica à AFP Fatima Lahnait, pesquisadora e autora do relatório "Mulheres-bomba, a jihad no feminino".
"O doutrinamento e recrutamento são tais que ela preferiu morrer antes de ser detida. Fazendo isso, contribuiu para a luta. O sexo pouco importa, mas o fato de ser mulher seguramente multiplicará o impacto de seu ato na sociedade", afirma.
Embora nos últimos anos várias mulheres tenham alcançado as "terras da jihad", na Síria e no Iraque, são poucas as que optam pelo martírio. Entre elas, Muriel Degaugue, uma jovem belga convertida ao islã que se explodiu em novembro de 2005 no Iraque durante a passagem de um comboio americano.
"Desejo de morte"
Ao preferir a morte à redenção, suicida de Saint-Denis não tentou - ao contrário dos que se detonaram na noite de sexta-feira em Paris, deixando ao menos 129 mortes - perpetrar um atentado suicida contra eventuais passantes.
"A participação de mulheres em atos devastadores de assassinato e dor sempre provocou uma mescla de estupefação, repugnância e interesse público", escreveu Lahnait. "Como compreender o desejo de morte destas mulheres que aspiram a morrer, mas também a matar?", prossegue.
"A religião muçulmana condena formalmente o suicídio", acrescentou. "Mas isso vem sido frequentemente ignorado, especialmente por libaneses, palestinos, Al-Qaeda e chechenos", explicou.
Em 1985, uma libanesa de apenas 16 anos, Sana Jyadali, lançou seu carro carregado de explosivos contra um comboio israelense, matando dois soldados. Foi a primeira de uma larga lista de mulheres candidatas ao martírio em seu país. O mesmo já aconteceu em Israel, Turquia, Índia, Paquistão, Uzbequistão, Chechênia e Iraque.
A partir desta data até 2006, "mais de 220 mulheres-bomba se sacrificaram, o que representa quase 15% do número total contabilizado", indicou a investigadora em seu informe.
Inclusive meninas
Entre elas figura a iraquiana Sajida al-Rashawi, que tentou se explodir entre os convidados de um casamento palestino em um grande hotel de Amã, a capital jordana. Os chefes da Al-Qaeda, que a consideraram uma heroína, pediram por sua liberdade. Após a morte do piloto jordano Moaz al-Kasasbeh, queimado vivo em uma jaula pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), foi enforcada em fevereiro passado.
Atualmente é outro grupo jihadista, o nigeriano Boko Haram, o que mais recorre às mulheres-bomba, chegando a enviar meninas à morte, entre as quais a mais jovem teria 7 anos. Nestes casos, frequentemente os chefes têm o controle da exploração da carga que transportam, que ativam à distância mediante telefones móveis.
"Em Maiduguri" (grande cidade do norte da Nigéria), "os atentados suicidas são cotidianos", disse à AFP Marc-Antoine Pérouse de Montclos, investigador do Instituto de Investigação para o Desenvolvimento (IRD). "São especialmente mulheres e meninas que vêm após a morte de seus maridos e pais, abatidos em confrontos com o exército nigeriano", explica.
A vingança pela perda de um parente também tem sido o motivo das suicidas chechenas, as famosas "viúvas negras", que provocaram dezenas de vítimas mortais.
Enquanto ímãs dos grupos jihadistas prometem aos candidatos ao martírio as maravilhas do paraíso, especialmente as famosas 72 virgens, não há nada disso para as mulheres-bomba: "O que podem lhes prometer é o reencontro, no paraíso, com um ente querido, um marido desaparecido, por exemplo", precisa Fatima Lahnait.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Comissão do Congresso autoriza déficit primário do governo de até R$117 bi em 2015
Comissão do Congresso autoriza déficit primário do governo de até R$117 bi em 2015
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão Mista de Orçamento (CMO) deu carta branca nesta terça-feira para o governo registrar rombo primário de até 117 bilhões de reais em 2015 que, se confirmado, será o segundo déficit seguido do setor público, impactado pelo pagamento de pedaladas fiscais e pela queda na arrecadação em meio à fraca atividade econômica.
Após reunião marcada por questionamentos da oposição, a CMO aprovou projeto de lei que altera a meta de superávit primário do setor público consolidado --economia para pagamento de juros da dívida pública-- para déficit de no mínimo 48,9 bilhões de reais e no máximo de 117 bilhões de reais no ano.
No pior dos cenários, o resultado será afetado pelo pagamento de até 57 bilhões de reais das chamadas pedaladas fiscais e pela frustração de receitas de 11,1 bilhões de reais com leilão de hidrelétricas.
O projeto de lei ainda precisará ser aprovado em sessão plenária no Congresso. Segundo a presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), o governo pediu que a matéria entrasse na pauta da sessão conjunta marcada para esta terça-feira.
Mas ela mesma disse ser contra a votação imediata de um projeto recém-aprovado pela comissão. Por isso, completou ela, o texto deverá ser apreciado pelo Legislativo na próxima quinta ou na terça-feira da semana que vem, se houver consenso entre os líderes para tanto.
Antes da votação ser aberta, parlamentares da oposição criticaram veementemente a revisão de contas proposta pelo governo, chamando o orçamento inicialmente previsto pelo governo de "peça fictícia", "lambança" e "conta de padaria".
Este será o segundo ano consecutivo que o Brasil registrará déficit primário, ou seja, gastos maiores do que as receitas, após saldo negativo de 32,5 bilhões de reais em 2014, o primeiro em mais de dez anos.
Em julho, o governo já havia proposto expressiva redução da meta de superávit primário em 2015 para 8,7 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante a meta inicial de 66,3 bilhões de reais, ou 1,1 por cento do PIB.
Para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo deve encerrar o ano com a meta de 2015 já alterada pelo Congresso. Na prática, o texto votado pela CMO nesta terça, abrirá espaço para um rombo do setor público de 0,85 por cento a 2,03 por cento do PIB.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão Mista de Orçamento (CMO) deu carta branca nesta terça-feira para o governo registrar rombo primário de até 117 bilhões de reais em 2015 que, se confirmado, será o segundo déficit seguido do setor público, impactado pelo pagamento de pedaladas fiscais e pela queda na arrecadação em meio à fraca atividade econômica.
Após reunião marcada por questionamentos da oposição, a CMO aprovou projeto de lei que altera a meta de superávit primário do setor público consolidado --economia para pagamento de juros da dívida pública-- para déficit de no mínimo 48,9 bilhões de reais e no máximo de 117 bilhões de reais no ano.
No pior dos cenários, o resultado será afetado pelo pagamento de até 57 bilhões de reais das chamadas pedaladas fiscais e pela frustração de receitas de 11,1 bilhões de reais com leilão de hidrelétricas.
O projeto de lei ainda precisará ser aprovado em sessão plenária no Congresso. Segundo a presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), o governo pediu que a matéria entrasse na pauta da sessão conjunta marcada para esta terça-feira.
Mas ela mesma disse ser contra a votação imediata de um projeto recém-aprovado pela comissão. Por isso, completou ela, o texto deverá ser apreciado pelo Legislativo na próxima quinta ou na terça-feira da semana que vem, se houver consenso entre os líderes para tanto.
Antes da votação ser aberta, parlamentares da oposição criticaram veementemente a revisão de contas proposta pelo governo, chamando o orçamento inicialmente previsto pelo governo de "peça fictícia", "lambança" e "conta de padaria".
Este será o segundo ano consecutivo que o Brasil registrará déficit primário, ou seja, gastos maiores do que as receitas, após saldo negativo de 32,5 bilhões de reais em 2014, o primeiro em mais de dez anos.
Em julho, o governo já havia proposto expressiva redução da meta de superávit primário em 2015 para 8,7 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante a meta inicial de 66,3 bilhões de reais, ou 1,1 por cento do PIB.
Para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo deve encerrar o ano com a meta de 2015 já alterada pelo Congresso. Na prática, o texto votado pela CMO nesta terça, abrirá espaço para um rombo do setor público de 0,85 por cento a 2,03 por cento do PIB.
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sexta-feira, 13 de novembro de 2015
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Rebobinando as Charts: há 40 anos, Donna Summer Estreou LOVE to LOVE you BABY
Rebobinando as Charts: há 40 anos, Donna Summer Estreou
Por Trevor Anderson | 01 novembro de 2015 11:05 EST
Em 1975, se uniu com um pioneiro disco, Summer canalizada Marilyn Monroe e gemeu seu caminho até as paradas com 'Love to Love You Baby ".
ON novembro 1, 1975, Donna Summer, então com 26 anos, entrou discretamente no Billboard 200 no número 190 com seu álbum Love to Love You Baby. Menos de quatro meses depois, o LP alcançou a posição No. 11, em grande parte, a força do, sensual, faixa título ofegante quase 17-longo minuto, que a cantora pontuado com 23 gemidos eróticos, de acordo com a BBC.
A versão do álbum da música - que verão co-escreveu com disco pioneiro Giorgio Moroder e produtor Pete Bellotte - foi muito longo e muito atrevido para muitas estações de rádio, mas o editada ficha 7 polegadas se tornou o primeiro hit do verão na Billboard Hot 100, subindo para No. 2.
Em 2008, o cantor disse Billboard que os vocais eram sugestivos sua idéea: "Eu estava imaginando [que] se Marilyn Monroe cantou a música, isso é o que ela faria."
Nascido LaDonna Gaines, o nativo de Boston mudou-se para Munique, no final dos anos 1960 para estrelar uma produção do musical do cabelo. Lá, ela conheceu Moroder e Bellotte, e "Love to Love You Baby" acendeu uma corrida de visitas para o verão que durou quase uma década.
Ela se distanciou a canção depois de se tornar um cristão nascido de novo em 1979 e parou de se apresentar ao vivo até meados dos anos 2000. Embora ela marcou seu último top 10 Hot 100 single em 1989 ("This Time I Know It é para o Real"), Verão continuou a ter sucesso na Songs Dance Club. Seu último álbum de estúdio, de 2008 Crayons, rendeu três sucessos número 1 do clube.
Verão morreu de câncer de pulmão aos 63 anos em 17 de maio de 2012. Ela é sobrevivido por seu segundo marido, o produtor Bruce Sudano, e as filhas Mimi, Brooklyn e Amanda.
Uma versão deste artigo apareceu pela primeira vez na novembro 7 questão de Billboard revista.
A moda no Brasil Anos 20
a moda propriamente dita se restringe às camadas mais altas da sociedade. Pode-se ver então a dicotomia entre as roupas de Gabriela, de pouca variedade e confeccionadas em tecido barato, e as das senhoras da sociedade bahiana que, embora conservadoras, mostravam influência da cultura europeia, sobretudo a francesa, sendo Paris o centro de referência de moda.
Após um período de austeridade vivido durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Europa se viu diante de uma nova forma de pensamento, na qual a noção de modernidade veio substituir valores tradicionais. Como acontece em todo período de turbulência, a guerra se refletiu também na mudança de vestuário feminino que, diante da escassez de materiais e de novas funções assumidas pelas mulheres, teve de se adaptar à nova ordem. Assim, os vestidos encurtaram, as cinturas foram liberadas dos espartilhos e as formas se tornaram mais retas, criando um modelo que seria chamado de tubular dress, e que permaneceria no período de pós-guerra. Além disso, contribuíram também para a efervescência cultural do pós-guerra o trabalho de estilistas como Coco Chanel, Madeleine Vionnet, Paul Poiret e Jeanne Lanvin, que, apesar de estilos diversos, demonstravam vontade de quebrar paradigmas em relação à forma feminina e influência art déco em suas criações. O art déco foi um movimento decorativo apresentado ao público na Exposição Internacional de Artes Decorativas de Paris, em 1925, e combinava o uso de formas geométricas e cores contrastantes, sobretudo nos acessórios femininos como bolsas, joias e cigarreiras.
No início do século, observa-se também a emergência de uma nova classe cuja preocupação com a aparência a torna uma referência estética: a classe artística feminina, personificada pelas figuras de Josephine Bakek e Gloria Swanson. Presentes em cabarés e teatros, tais mulheres suscitavam um sentimento ambíguo de admiração, inveja e repúdio, mas se tornaram igualmente uma fonte da moda que transpira modernidade. Em Gabriela, a classe artística é representada pelas mulheres do cabaré Bataclan, local onde prevalece o uso de vestidos de noite confeccionados em cetim, tule ou crepe georgette (o tecido favorito de Vionnet) com rendas, franjas, bordados e pedrarias. Como acessórios, meias de seda, cigarreiras e piteiras. No rosto, a maquiagem é feita com pó-de-arroz, ruge, batom, sombra escura e sobrancelhas depiladas. O cabelo é curto, arrumado com gomalina e enfeitado com plumas de avestruz.
No Brasil, a Semana de Arte Moderna de 1922, sob influência das vanguardas europeias, balançou a estrutura de pensamento, trazendo a modernidade para a esfera cultural. Os centros urbanos seguiam a moda parisiense, cuja influência se traduzia nas roupas e nos costumes: o encurtamento dos vestidos, a androginia, os cabelos à la garçonne, os chapéus cloche e, sobretudo, o sopro de um sentimento de emancipação feminina. As mulheres se abasteciam nas casas de fazendas e nos armarinhos, que anunciavam “a última moda de Paris”. Revistas de moda circulavam através de assinaturas, e viagens eram também uma ampla forma de intercâmbio de ideias e de referências. Em Gabriela, a dicotomia entre novo e velho, moderno e tradição, é representada pela jovem Malvina (Vanessa Giacomo) e sua mãe Marialva (Bel Kutner). Marialva, ainda que faça uso de vestidos soltos até o joelho, como manda a época, apresenta um visual austero, sinalizado através de cores neutras e apagadas, confeccionados com tecidos mais pesados, como o linho. Conservadora e submissa ao marido, Marialva é o oposto de sua filha Malvina, cujo pensamento crítico e liberal se traduz no uso de um penteado na altura do queixo, com franja, e de vestidos curtos e leves, com cintura baixa marcada e cores alegres.
A atmosfera dos anos 20, em Gabriela, é insinuada nos detalhes, o que fornece um charme extra à novela. Objetos art nouveau, estilo decorativo do final do século 19 ainda em voga, podem ser vistos, como pano de fundo, na decoração da casa de Marialva e Malvina. Da mesma forma, o vestido usado por uma menina recém-chegada ao Bataclan parece inspirado nas criações da estilista francesa Jeanne Lanvin, conhecida na época por seus vestidos de noite em tecido fino de várias camadas, com aplicações de flores e pérolas coloridas.
James Laver. A roupa e a moda, uma história concisa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
Maria Rita Moutinho. A moda no século XX. Rio de Janeiro: Senac, 2000.
Silvana Gontijo. 80 anos de moda no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987.
Stella Moutinho. Dicionário de artes decorativas & decoração de interiores. Rio de Janeiro: Lexicon, 2011.
9º Ano B Musica popular Brasileira nos Anos 20
Pixinguinha grande nome da musica popular brasileira nos anos 20.
No Brasil, o choro havia deixado de ser somente instrumental para também ser cantado. Influenciado pelo maxixe e pelo samba, passa a ser tocado em ritmo mais veloz e alegra; surge, então, o chorinho, ou samba-choro, estilo que se espalhou pelos salões de dança cariocas. Um dos fundadores do gênero foi o compositor Pixinguinha, que ao receber o convite para tocar na sala de espera do cinema Palais montou o conjunto Os Oito Batutas. Sucesso absoluto na acirrada concorrência da sala do Odeon, onde Ernesto Nazaré se apresentava no piano, o grupo embarcou, em 1922, para uma temporada no cabaré Scherazade, em Paris. O brilhantismo da flauta de Pixinguinha consagrou-o como o primeiro divulgador da autêntica música popular.
Em 1922, ano da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, que os Oito Batutas ganharam o mundo. Em janeiro de 22, eles foram para Europa como o primeiro regional brasileiro a sair do país para uma excursão. Foram para ficar 30 dias e ficaram seis meses. Tocaram só música brasileira para os nobres europeus. Só voltaram por saudades do Brasil e para não perder as comemorações do Centenário da Independência.
Foi também na década 20, durante algumas apresentações em São Paulo, que Pixinguinha conheceu Mário de Andrade, uma das maiores personalidades da Semana de Arte de 22. Mário queria conversar com alguém que lhe contasse coisas da macumba, de maneira que pudesse sintetizar a cerimônia colocando as diversas formas como se apresentava no país. O resultado desse encontro está no sétimo capítulo de Macunaíma, onde "negrão filho de Ogum, bexiguento e fadista de profissão" do texto, não é outro senão Pixinguinha.
Alfredo da Rocha Vianna Jr. (1897 - 1973), o Pixinguinha, é o pai da música brasileira. Normalmente reconhecido "apenas" por ser um flautista virtuoso e um Foto Pixinguinhacompositor genial, costuma-se desprezar seu lado de maestro e arranjador. Pixinguinha criou o que hoje são as bases da música brasileira. Misturou a então incipiente música de Ernesto Nazareh , Chiquinha Gonzaga e dos primeiros chorões com ritmos africanos, estilos europeus e a música negra americana, fazendo surgir um estilo genuínamente brasileiro. Arrajou os principais sucessos da então chamada época de ouro da música popular brasileira, orquestrando de marchas de carnaval a choros.
Foi o primeiro maestro-arranjador contratado por uma gravadora no Brasil. Era um músico profissional quando boa parte dos mais importantes músicos eram amadores (os principais chorões eram funcionários públicos e faziam música nos horários de lazer). Pixinguinha foi antes de tudo um pesquisador de música, sempre inovando e inserindo novos elementos na música brasileira. Foi muitas vezes incompreendido, e apenas anos mais tarde passavam a dar o devido valor a suas invenções.
9º ANO B O MOVIMENTO FEMINISTA NO BRASIL ANOS 20
A partir do século XX, com a crescente industrialização do país, que a mulher passou a adentrar o mercado de trabalho como operárias, enfermeiras, secretárias e professoras. Além da inferioridade física em relação aos homens, havia a terrível diferença de salários e o constante assédio sexual, situações resolvidas a pouquíssimo tempo, lá pelos idos da década de 80.
Mas é lá na década de 20 que surgem as anarco-feministas, que propunham a emancipação da mulher em todos os planos de vida social, seja na fábrica ou no lar. Elas lutavam pela instrução da classe operária e, principalmente da mulher, pois viam nela o veículo de formação do novo homem e, por conseqüência, da nova sociedade libertária. Todavia, elas não acreditavam na representatividade feminina e repeliam a idéia do voto para a mulher.
BERTHA LUTZ
A bióloga Bertha Lutz foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil, responsável direta pela articulação política que resultou nas leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos nos anos 20 e 30. Filha do importante sanitarista Adolfo Lutz, Bertha nasceu em 1894 e foi educada na Europa. Voltou ao Brasil em 1918, formada em ciências naturais pela Sorbonne para então trabalhar no Museu Nacional. Foi a segunda mulher a ingressar no serviço público brasileiro. Bertha conheceu os movimentos feministas da Europa e dos Estados Unidos nas primeiras décadas do século e foi responsável pela organização do movimento sufragista no Brasil. Com sua militância científica e política, lançou as bases do feminismo no país. Criou, em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, o embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (1922). Representou o Brasil na assembleia geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, onde foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. Após a Revolução de 1930, o movimento sufragista conseguiu a grande vitória, por meio do Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, do presidente Getúlio Vargas, que garantiu o direito de voto feminino no País.
domingo, 8 de novembro de 2015
JEEP RENEGADE É O CARRO DO ANO 2016
JEEP RENEGADE É O CARRO DO ANO 2016
SUV foi o grande vencedor da principal premiação da indústria automotiva brasileira
por REDAÇÃO AUTOESPORTE
04/11/2015
Jeep Renegade Trailhawk (Foto: Marcos Camargo)
JEEP RENEGADE TRAILHAWK (FOTO: MARCOS CAMARGO)
O Jeep Renegade foi o grande vencedor do prêmio Carro do Ano 2016, entregue na noite de hoje (04) em evento realizado na Vila Vérico, em São Paulo. O SUV foi eleito por um juri de jornalistas de todo o país a partir de uma lista de cinco finalistas, que também contava com Audi A3 Sedan, Ford Focus, Honda HR-V e Peugeot 2008.
Primeiro modelo a sair do novo complexo industrial erguido pelo grupo FCA Fiat Chrsyler em Goiana, em Pernambuco, o Renegade chegou ao mercado para disputar a liderança do segmento de SUVs compactos com veterano Ford Ecosport e com o novato Honda HR-V, que também chegou este para disputar o título do Carro do Ano 2016. Mas o Jeep acabou levando o troféu na soma dos pontos.
Novo Volvo XC90
NOVO VOLVO XC90
VOLVO XC90 É O CARRO PREMIUM DO ANO 2016
O troféu de Carro Premium do Ano, voltado para os principais lançamentos do ano na faixa acima de R$ 100 mil foi para o Volvo XC90. O modelo concorreu com Audi TT, Citroën C4 Picasso, Jaguar XE e Land Rover Discovery Sport. O Volvo, no entanto, acabou levando a melhor, apesar da disputa acirrada com o Land Rover.
Renault Duster Oroch
RENAULT DUSTER OROCH É A PICAPE DO ANO 2016
O prêmio de Picape do Ano ficou com a Renault Duster Oroch, que foi a única concorrente na categoria, por ser o único produto realmente novo lançado durante o ano. O modelo começa a chegar às lojas este mês com a proposta de ser uma terceira via entre as picapes pequenas e grandes.
Volkswagen up! TSI
VOLKSWAGEN UP! TSI
1.0 TSI FLEX DA VOLKSWAGEN É O MOTOR DO ANO ATÉ 2.0 2016
O motor 1.0 TSI da Volkswagen foi premiado como o Motor do Ano até 2.0. O três cilindros turbinado que estreou sob o capô do up! foi escolhido de uma lista de finalistas que também contava com 1.4 TSI flex da Audi, 2.0 MultiJet da Jeep, 1.0 Flex da Nissan e 1.0 Drive-E da Volvo.
Audi A6 2015
3.0 V6 TFSI DA AUDI LEVA O PRÊMIO DE MOTOR DO ANO ACIMA DE 2.0
Na categoria Motor do Ano Acima de 2.0, o prêmio foi para o 3.0 V6 da Audi, usado nos modelos A6 e A7, que foram reestilizados este ano. O propulsor concorreu pelo troféu com o 3.3 V6 da Kia, presente no novo Sorento e Kia Carnival.
http://revistaautoesporte.globo.com/
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Roberta Flack - Feel Like Making Love/ Uma das vozes mais belas dos Anos 70 Roberta Flack
ROBERTA FLACK LYRICS
Send "Feel Like Makin' Lo…" Ringtone to your Mobile
"Feel Like Makin' Love"
Strollin' in the park
Watchin' winter turn to spring
Walkin' in the dark
Seein' lovers do their thing
Oo-oo-ooh
That's the time
I feel like makin' love to you
That's the time
I feel like makin' dreams come true, oh Baby
When you talk to me
When you're moanin' sweet and low
When you're touchin' me
And my feelin's start to show
Oo-oo-ooh
That's the time
I feel like makin' love to you
That's the time
I feel like makin' dreams come true, oh Baby
In a restaurant
holdin' hands by candlelight
While I'm touchin' you
Wanting you with all my might
Oo-oo-ooh
That's the time
I feel like makin' love to you
That's the time
I feel like makin' dreams come true, oh Baby
Strollin' in the park
Watchin' winter turn to spring
Walkin' in the dark
Seein' lovers do their thing
Oo-oo-ooh
That's the time
I feel like makin' love to you
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Writer(s): Matthew Shafer, R. J. Ritchie, John A. Travis
Copyright: Thirty Two Mile Music, Cradle The Balls, Gaje Music Inc., Warner-tamerlane Publishing Corp.
A-Z Lyrics R ROBERTA FLACK Lyrics
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