Konstantinos - Uranus

sábado, 31 de maio de 2014

Cândido Portinari




Obras na sequência: A descoberta da terra, 1941. Pintura mural de Portinari no edifício da Biblioteca do Congresso, Washington, DC.
Criança Morta
Retirantes
O Massacre dos inocentes.


Cândido Portinari ( Pintor)   http://www.portinari.org.br/

 (Brodowski, 29 de dezembro de 1903 — Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1962) foi um artista plástico brasileiro. Portinari pintou quase cinco mil obras de pequenos esboços e pinturas de proporções padrão, como O Lavrador de Café, até gigantescos murais, como os painéis Guerra e Paz, presenteados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956,1 e que, em dezembro de 2010, graças aos esforços de seu filho, retornaram para exibição no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Portinari é considerado um dos artistas mais prestigiados do Brasil e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.

Biografia
Filho dos imigrantes italianos, Giovan Battista Portinari e Domenica Torquato, Cândido Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café nas proximidades de Brodowski, interior de São Paulo. Com a vocação artística florescendo logo na infância, Portinari teve uma educação deficiente, não completando sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e escultores italianos que atuavam na restauração de igrejas, passa pela região de Brodowski e recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento do pintor brasileiro.
Aos 15 anos, já decidido a aprimorar seus dons, Portinari deixa São Paulo e parte para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Durante seus estudos na ENBA, Portinari começa a se destacar e chamar a atenção tanto de professores quanto da própria imprensa. Tanto que aos 20 anos já participa de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais. Mesmo com toda essa badalação, começa a despertar no artista o interesse por um movimento artístico até então considerado marginal: o modernismo.
Um dos principais prêmios almejados por Portinari era a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e 1927, o pintor conseguiu destaque, mas não venceu. Anos depois, Portinari chegou a afirmar que suas telas com elementos modernistas escandalizaram os juízes do concurso. Em 1928 Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais e finalmente ganha a medalha de ouro e uma viagem para a Europa.
Os dois anos que passou vivendo em Paris foram decisivos no estilo que consagraria Portinari. Lá ele teve contato com outros artistas como Van Dongen e Othon Friesz, além de conhecer Maria Martinelli, uma uruguaia de 19 anos com quem o artista passaria o resto de sua vida. A distância de Portinari de suas raízes acabou aproximando o artista do Brasil, e despertou nele um interesse social muito mais profundo.
Em 1931 Portinari volta ao Brasil renovado. Muda completamente a estética de sua obra, valorizando mais cores e a ideia das pinturas. Ele quebra o compromisso volumétrico e abandona a tridimensionalidade de suas obras. Aos poucos o artista deixa de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos. Ganhando nova notoriedade entre a imprensa, Portinari expõe três telas no Pavilhão Brasil da Feira Mundial em Nova Iorque de 1939. Os quadros chamam a atenção de Alfred Barr, diretor geral do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA).
A década de quarenta começa muito bem para Portinari. Alfred Barr compra a tela "Morro do Rio" e imediatamente a expõe no MoMA, ao lado de artistas consagrados mundialmente. O interesse geral pelo trabalho do artista brasileiro faz Barr preparar uma exposição individual para Portinari em plena Nova Iorque. Nessa época, Portinari faz dois murais para a Biblioteca do Congresso em Washington. Ao visitar o MoMA, Portinari se impressiona com uma obra que mudaria seu estilo novamente: "Guernica" de Pablo Picasso.
Em 1952 uma anistia geral faz com que Portinari volte ao Brasil. No mesmo ano, a 1° Bienal de São Paulo expõe obras de Portinari com destaque em uma sala particular. Mas a década de 50 seria marcada por diversos problemas de saúde. Em 1954 Portinari apresentou uma grave intoxicação pelo chumbo presente nas tintas que usava.

Participação política
Portinari foi ativo no movimento político-partidário, inclusive, candidatando-se a deputado federal2 em 1945 pelo PCB e a senador, em 19473 , pleito em que aparecia em todas as sondagens como vencedor, mas perdendo com uma pequena margem de votos, fato que, aventou-se suspeitas de fraude para derrotá-lo devido o cerco aos membros do Partido Comunista Brasileiro

A morte
Desobedecendo as ordens médicas, Portinari continuava pintando e viajando com frequência para exposições nos Estados Unidos, Europa e Israel. No começo de 1962 a prefeitura de Barcelona convida Portinari para uma grande exposição com 200 telas. Trabalhando freneticamente, a intoxicação de Portinari começa a tomar proporções fatais. No dia 6 de fevereiro do mesmo ano, Cândido Portinari morre envenenado pelas telas que fizeram seu sucesso, já que, tinha claustrofobia e desmaiava no "corredor" de telas. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
Seu filho João Candido Portinari hoje cuida dos direitos autorais das obras de Portinari
A descoberta da terra, 1941. Pintura mural de Portinari no edifício da Biblioteca do Congresso, Washington, DC.
Obras
Entre suas obras mais prestigiadas e famosas, destacam-se os painéis Guerra e Paz (1953-1956), que foram presenteados em 1956 à sede da ONU de Nova Iorque. Na época, as autoridades dos Estados Unidos não permitiram a ida de Portinari para a inauguração dos murais, devido às ligações do artista com o Partido Comunista Brasileiro. Antes de seguirem aos EUA, o empresário e mecenas ítalo-brasileiro Ciccillo Matarazzo tentou trazer os paineis para São Paulo, terra natal de Portinari, para apresentá-las ao público. Porém, isto não foi possível.6 Somente em novembro de 2010, depois de 53 anos, os paineis voltaram ao Brasil e, finalmente, foram exibidos, em 2010, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro (Para saber mais, ver Guerra e Paz) e, em 2012, no Memorial da América Latina, em São Paulo.1

As telas Meninos e piões e Favela são parte do acervo permanente da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. Seu maior acervo sacro, entre pinturas e afrescos, está exposto na Igreja Bom Jesus da Cana Verde, centro da cidade de Batatais, interior de São Paulo, situada a 16 quilômetros de sua cidade natal, Brodowski. São 23 obras, incluindo 2 retratos:1

Os Milagres de Nossa Senhora;
Via Sacra (composta de 14 quadros);
Jesus e os Apóstolos;
A Sagrada Família;
Fuga para o Egito;
O Batismo;
Martírio de São Sebastião;
Thierys Fernando B. S. Nascimento.
Outras pinturas conhecidas de Portinari são:

Meio Ambiente;
Colhedores de Café;
Mestiço;
O Lavrador de Café;
O Sapateiro de Brodowski;
Espantalho;
Menino com Pião;
Lavadeiras;
Grupos de Meninas Brincando;
Menino com Carneiro;
Cena Rural;
A Primeira Missa no Brasil;
São Francisco de Assis;
Tiradentes;
Ceia;
Os Retirantes;
Futebol;
O Sofrimento de Laio;
Criança Morta;
Pipa.
Vila Santa Izabel.
Mariana Xavier .
Características da obra
Em suas obras, o pintor conseguiu retratar questões sociais sem desagradar ao governo e aproximou-se da arte moderna européia sem perder a admiração do grande público. Suas pinturas se aproximam do cubismo, surrealismo e dos pintores muralistas mexicanos, sem, contudo, se distanciar totalmente da arte figurativa e das tradições da pintura. O resultado é uma arte de características modernas.

Furto no MASP
Uma das obras mais importantes de Portinari, O lavrador de café, foi furtada do segundo andar do Museu de Arte de São Paulo na madrugada do dia 20 de dezembro de 2007, em uma ação de três minutos, juntamente com o quadro Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso. Estas obras foram resgatadas e restituídas ao museu dia 8 de janeiro de 2008, sem sofrer avarias.

Homenagens, títulos e prêmios
1940 – Chicago (Estados Unidos) – A Universidade de Chicago publica o primeiro livro sobre o pintor, Portinari: His Life and Art, com introdução do artista Rockwell Kent
1946 – Paris (França) – Legião de Honra, concedida pelo governo francês
1955 – Nova Iorque (Estados Unidos) – Medalha de Ouro, pelo painel Tiradentes (1949), concedida pelo júri do Prêmio Internacional da Paz
1950 – Varsóvia (Polônia) – Medalha de Ouro, como melhor pintor do ano, concedida pelo International Fine Arts Council
1956 – Nova Iorque (Estados Unidos) – Prêmio Guggenheim de Pintura, por ocasião da inauguração dos painéis Guerra e Paz na sede da ONU de Nova York.

Erasmo de Roterdã O Príncipe do Humanismo




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Erasmo de Roterdã

Por Emerson Santiago

Erasmo de Roterdã ou Desidério Erasmo (nome literário adotado por Geert Geerts – Roterdã ou Gouda, Holanda, 28 de outubro de 1466/7 ou 69; Basiléia, Suíça, 12 de julho de 1536) foi um humanista e filósofo holandês famoso pelo seu amplo conhecimento dos mais diversos assuntos ligados ao conhecimento humano, além de um dos maiores críticos do dogma católico romano e da imoralidade do clero.
Filho ilegítimo de um padre, acabou por ordenar-se monge. Estudou na Holanda e França antes de viajar para a Inglaterra em 1498, onde estudou grego na Universidade de Oxford. Publica seu primeiro tratado teológico em 1503, o Manual do Cavaleiro Cristão, e logo depois parte para Veneza e Roma, para ser recebido pelo papa Júlio II. Em 1499 retorna à Inglaterra, e faz amizade com intelectuais locais, em especial Thomas More. É nesta época que escreve sua obra-prima, O Elogio da Loucura, que defendia a tolerância e a liberdade de pensamento e denunciava as ações da Igreja..

Embora fosse clérigo e profundamente cristão, Erasmo de Roterdã ficará conhecido pela sua oposição ao domínio exercido pela Igreja sobre a educação, a cultura e a ciência. Era preciso muita ousadia para ir contra as instituições religiosas da época, que tinham um controle rígido sob vários aspectos da vida das pessoas.

O pensamento de Erasmo era caracterizado pela liberação da criatividade e da vontade do ser humano, que ia de encontro ao pensamento escolástico, segundo o qual todas as questões terrenas tinham resposta na doutrina religiosa. Essa liberdade de pensamento será utilizada contra Erasmo, que é acusado de inspirar Martinho Lutero a se rebelar contra a Igreja, num episódio que se desdobraria em outras disputas teológicas até o final de sua vida.

Entre os vários ramos do conhecimento que interessaram a Erasmo, destaca-se sua dedicação no conhecimento das línguas antigas, o que semeou o terreno para o estudo do passado, em particular dos relatos do Novo Testamento e dos primeiros pensadores da fé cristã. Inspirados nos clássicos greco-romanos, os intelectuais da época como Erasmo defendiam a exaltação da beleza e do prazer, considerados mais interessantes do que as abstrações da filosofia escolástica. Outras expressões humanas condenadas pela Igreja, como o prazer físico e o bom humor não conflitam com o cristianismo em sua moderna visão. Convites de nobres e atividades acadêmicas levaram Erasmo a viajar pela Europa até sua morte, em 1536, em Basiléia, na Suíça.

Suas obras popularizaram-se pela imaginação e estilo claro e descritivo, e suas sátiras lhe renderam bastantes inimigos. Entre seus trabalhos mais importantes estão, além de O Elogio da Loucura (1509), De Duplici Copia Verborum et Rerum (1511); Os Pais Cristãos (1521); Colóquios Familiares (1516-1536); De Libero Arbitrio (1526); As Navegações dos Antigos (1532) e Preparação para a Morte (1533).

Bibliografia:
FERRARI, Márcio. Erasmo de Roterdã. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/erasmo-roterda-307345.shtml> Acesso em: 06 jun. 2012.
Erasmo de Roterdã. Disponível em: <http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_962.html> Acesso em: 06 jun. 2012.
Erasmo de Roterdã. Disponível em: <http://www.sohistoria.com.br/biografias/roterda/> Acesso em: 06 jun. 2012

Temer defende plebiscito sobre reforma política em 2015

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB) defendeu neste sábado a realização de um plebiscito para a sociedade brasileira se manifestar sobre uma eventual reforma política no país.

Segundo ele, o plebiscito teria que ocorrer após as eleições presidenciais de outubro, de preferência no ano que vem, para dar tempo hábil para a elaboração da votação e depois para os trabalhos no Congresso Nacional.

"Ano que vem seria o momento especialíssimo para se fazer o plebiscito por ser o primeiro ano da legislatura e do governo (...). E para formatar no Congresso Nacional o que o povo decidir", disse o vice-presidente a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.

Para Temer, antes da realização do plebiscito, deveria haver uma ampla divulgação para a sociedade com explicações e orientações sobre o tema.  "Uma data especial, com fixação de um horário eleitoral para divulgação das ideias que seriam pregadas", afirmou ele.

(Por Rodrigo Viga Gaier; Edição de Tiago Pariz)

Governo unificado da Palestina será anunciado na segunda-feira


Governo unificado da Palestina será anunciado na segunda-feira

Por Ali Sawafta

RAMALLAH Cisjordânia (Reuters) - O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse neste sábado que espera que o governo de seu partido Fatah com o Hamas seja anunciado em dois dias.

Ao se reunir com ativistas franceses pela paz na cidade de Ramallah, Cisjordânia, onde o governo palestino está instalado, Abbas disse: "Nós vamos anunciar o governo depois de amanhã que será formado por tecnocratas e independentes."

Nenhum membro do governo de união será formado pela Fatah, apoiado pelo Ocidente e que governa Cisjordânia, ou pelo Hamas, que se recusa a reconhecer Israel e administra a Faixa de Gaza, segundo Abbas.

Os dois partidos enxergam benefícios no governo de coalizão, mas as negociações esbarram em um impasse desde 2007, quando o Hamas tomou o controle de Gaza.

Sob forte sanção de Israel e Egito, o Hamas tenta fomentar a economia de Gaza e pagar seus 40 mil funcionários. Abbas, por outro lado, quer elevar sua popularidade doméstica desde o colapso das negociações com Israel no mês passado.

BOICOTE

Israel classifica o Hamas como um grupo terrorista e suspendeu as negociações com Abbas assim que ele anunciou o acordo de unidade em 23 de abril.
Segundo Abbas, Israel "informou hoje que vai nos boicotar se anunciarmos o governo". O presidente palestino, no entanto, não deu detalhes sobre as sanções a serem adotadas.

Em seu discurso no sábado, Abbas disse que o novo governo irá manter a política de reconhecer Israel, apesar de o grupo islâmico Hamas insistir que não irá mudar a sua própria política de rejeitar a existência de Israel.

Abbas tem se esforçado para tranquilizar o Ocidente de que ele permanecerá como principal negociador e que a coordenação com Israel vai continuar.

Abbas pediu ao primeiro-ministro Rami Hamdallah na quinta-feira para chefiar o novo governo de unidade, apesar de o Fatah e o Hamas ainda discordaram sobre outras nomeações do gabinete.

Para aumentar o controle sobre o partido antes de formar o novo governo, Abbas expulsou no sábado cinco correligionários que são aliados de seu rival Mohammed Dahlan, informou a agência de notícias palestina Wafa.

Fiat Linea 2015 - Novo visual por dentro e por fora (+playlist)

domingo, 25 de maio de 2014

Nissan | A Vida é uma Avenida Parabéns Nissan por chegar ao Brasil acreditando na nossa cultura, no nosso potencial e acreditando que estamos inaugurando uma nova tendência tenológica em fabricação de automóveis. Nissan seja bem vinda ao Brasil.

Papa Francisco reza em muro de Belém e pede por paz no Oriente Médio.







Papa Francisco reza em muro de Belém e pede por paz no Oriente Médio

BELÉM Cisjordânia (Reuters) - O papa Francisco fez uma parada surpresa no muro visto pelos palestinos como um símbolo da opressão israelense neste domingo, minutos após pedir a ambos os lados que acabem com o conflito, o qual disse não ser mais aceitável.

Em uma imagem que deve se tornar uma das mais emblemáticas de sua viagem à terra santa, um Francisco com olhar sombrio descansa a cabeça contra a estrutura de concreto que separa Belém de Jerusalém, e reza em silêncio enquanto uma criança segurando a bandeira palestina o observa.

Ele estava em um local onde alguém havia pichado em tinta vermelha "Palestina Livre". Acima de sua cabeça, um grafite em um inglês mal escrito: "Belém parece gueto da Varsóvia", comparando a condição dos palestinos com a dos judeus sob o regime nazista.

Israel diz que a barreira, erguida há 10 anos durante uma onda de bombardeios suicidas de palestinos, é necessária para sua segurança. Os palestinos a vêem como uma tentativa de Israel de dividir o território e conquistar terras que eles querem para seu futuro Estado.

No segundo dia de uma viagem ao Oriente Médio, Francisco encantou seus anfitriões palestinos ao referir-se ao "Estado da Palestina", dando apoio ao total reconhecimento de sua soberania diante de negociações de paz paralisadas.

Porém, falando do local de nascimento de Jesus na cidade de Belém governada por palestinos em uma Cisjordânia ocupada por israelenses, ele deixou claro que um acordo negociado era necessário, chamando os líderes de ambos os lados para superarem suas inúmeras divergências.

Francisco convidou os presidentes israelense e palestino ao Vaticano para rezarem pelo fim do contínuo conflito, um mês depois do fracasso das negociações de paz apoiadas pelos Estados Unidos.

"Aqui, no local de nascimento do Príncipe da Paz, eu gostaria de convidá-lo, Presidente Mahmoud Abbas, junto com o Presidente Shimon Peres, a se juntarem a mim em uma sincera oração a Deus pelo dom da paz", disse o Papa em missa ao ar livre.

Francisco voou de helicóptero a Belém da Jordânia, onde começou sua viagem no sábado, tornando-se o primeiro pontífice a viajar diretamente à Cisjordânia ao invés de entrar por Israel, outro aceno às aspirações palestinas.

Menahem Kahana/AFP Conflito Israel-Palestina

Israel suspende acordo de paz com Palestina; EUA vão reconsiderar ajuda
Chefe da delegação palestina, Azzam al-Ahmed (e), ao lado do primeiro-ministro do Hamas na faixa de Gaza, Ismail Haniya, durante entrevista em Gaza
Chefe da delegação palestina, Azzam al-Ahmed (e), ao lado do primeiro-ministro do Hamas na faixa de Gaza, Ismail Haniya, durante entrevista em Gaza
Israel anunciou nesta quinta-feira (24) que suspendeu as negociações de paz com os palestinos, após os grupos islâmicos Hamas, que governa a faixa da Gaza, e Fatah, que controla a Cisjordânia, assinarem na quarta (23) um acordo de reconciliação. As duas facções palestinas, rivais há sete anos, pretendem formar um governo nacional em cinco semanas e organizar novas eleições em até seis meses.

"O gabinete de segurança decidiu por unanimidade nessa noite que o governo de Israel não vai manter negociações com um governo palestino que seja apoiado pelo Hamas, uma organização terrorista que pede pela destruição de Israel", disse um comunicado oficial emitido após a reunião que durou seis horas.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que o acordo era "um grande salto para trás" no processo de paz.

"O pacto com o Hamas mata a paz", declarou o líder israelense à rede de televisão NBC pouco depois de seu governo anunciar a suspensão das negociações.

GRUPOS RIVAIS PALESTINOS ANUNCIAM ACORDO DE RECONCILICAÇÃO
O governo dos Estados Unidos seguiu a mesma linha de Israel e também expressou seu desapontamento com o pacto de unidade. A porta-voz do Departamento de Estado Jen Psaki afirmou que isso poderá dificultar os esforços de paz. "É difícil esperar que Israel negocie com um governo que não aceita seu direito de existência", disse ela.

Os EUA consideram o Hamas um grupo terrorista com o qual não há a possibilidade de diálogo. A facção sempre foi contrária a reconhecer o Estado de Israel.

Um alto funcionário do governo norte-americano disse, hoje, que os EUA ameaçam reconsiderar sua assistência aos palestinos, caso os grupos formem um governo conjunto. Do ponto de vista dos EUA, manter a ajuda a um governo palestino que inclua o Hamas significaria prestar assistência a um grupo qualificado como terrorista.

25.mai.2014 - O papa Francisco faz uma parada não prevista para rezar no muro de oito metros que separa Israel e Palestina em Belém Osservatore Romano/AFP
"Qualquer governo palestino deve inequívoca e explicitamente se comprometer com a não violência, o reconhecimento do Estado de Israel e a aceitação de acordos de paz e obrigações anteriores entre as partes", disse a fonte oficial dos EUA, citando termos que o Hamas tradicionalmente rejeita.

"Se um novo governo palestino for formado, vamos avaliá-lo com base na sua adesão às estipulações acima, suas políticas e ações, e vamos determinar quaisquer implicações para nossa assistência com base na lei dos EUA", disse a fonte, falando à Reuters sob anonimato.

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) afirmou que o futuro governo de unidade nacional formado pela reconciliação entre Fatah, que tem apoio do Ocidente, e Hamas, seguirá a mesma linha do presidente palestino, Mahmoud Abbas. De acordo com um dos dirigentes da ANP, Jibril Rajoub, o novo governo terá como princípio a ideia de Abbas de dois Estados para dois povos.

A declaração de Rajoub, dada a uma rádio militar palestina, foi vista como uma mensagem para minimizar as preocupações com o futuro das negociações entre Israel e Palestina. (Com Agências Internacionais)


Papa oferece "sua casa" a palestinos e israelenses para fazerem a paz
EFE Em Belém (Cisjordânia)

Papa Francisco visita a Terra Santa
25.mai.2014 - O papa Francisco faz uma parada não prevista para rezar no muro de oito metros que separa Israel e Cisjordânia em Belém neste domingo (25). Em seu segundo dia de viagem pela Terra Santa ele fez um apelo pela paz, pedindo esforço intensificado para acabar com o conflito entre israelenses e palestinos Leia mais Osservatore Romano/AFP
O papa Francisco convidou neste domingo (25) os presidentes da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e de Israel, Shimon Peres, a se unirem a suas orações pela paz e ofereceu "sua casa", o Vaticano, para a implementação deste projeto.

"Muitos constroem a paz dia a dia com pequenos gestos, pequenas coisas, muitos deles sofrem até sem serem conscientes disso. Os que fazemos parte da igreja temos a obrigação de nos converter em ferramentas para a paz, especialmente por meio de nossas preces", afirmou.

Visita do papa à Terra Santa
Antes de iniciar a reza do Regina Coeli, na praça da Manjedoura, em Belém, onde chegou hoje na segunda etapa de sua primeira peregrinação à Terra Santa, Francisco disse que construir a paz "pode ser difícil, mas viver sem paz é um sofrimento".

Minutos depois, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, confirmou que a afirmação se trata de um convite formal a ambos os líderes para se falar da paz "em um sentido religioso", e disse que a intenção do pontífice é que este encontro possa acontecer no Vaticano em um breve espaço de tempo.
"Neste momento, não lembro de que tenha existido uma iniciativa deste tipo", acrescentou.
Mais tarde, Shimon Peres elogiou a iniciativa do papa e aceitou o convite, segundo uma fonte de seu gabinete ouvida pela agência de notícias Efe.

NA CHEGADA À TERRA SANTA, PAPA PEDIU O FIM DO CONFLITO NA SÍRIA
Papa reza diante de muro que separa a Cisjordânia de Israel
Antes de ir a um missa hoje, o papa rezou diante de um muro que separa a Cisjordânia de Israel, em um gesto simbólico que rapidamente ganhou a internet.

Na missa, Francisco pediu amparo da Virgem Maria para a terra da Palestina e para todos aqueles que a habitam, para que possam viver nela com justiça, paz e fraternidade.

Papa na Terra Santa

Refugiados palestinos esperam que visita de papa traga solução para a paz
Os palestinos refugiados em campos ao redor de Belém, na Cisjordânia, esperam que a visita do papa Francisco ajude a resolver o conflito que se estende por anos no Oriente Médio. A comunidade local acredita que o pontífice quer tentar ultrapassar um problema regional que se agrava cada vez mais: o fundamentalismo islâmico.
Foto: Richard Furst/UOL
Durante a oração de "Regina Coeli" na praça da Manjedoura, em Belém, o pontífice anunciou, além disso, seu desejo de retornar em breve à Terra Santa para visitar os lugares cristãos da Galileia, em particular Nazaré, que ficaram fora desta primeira peregrinação.

"Enquanto nos preparamos para concluir esta celebração, dirigimos nosso pensamento para Maria Santíssima, que precisamente aqui em Belém deu à luz ao seu filho Jesus. Nossa Senhora é a pessoa que mais contemplou Deus na face humana de Jesus", afirmou.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Com greve de policiais militares, Recife vive dia de pânico

 | Por Angela Lacerda, estadao.com.br
Com greve de policiais militares, Recife vive dia de pânico
Lojas, supermercados, escritórios, órgãos públicos e faculdades suspenderam suas atividades; movimentação parou a partir das 15 horas

RECIFE - O medo causado pela greve dos policiais e bombeiros militares, iniciada nesta terça-feira, 13, fez com que a movimentação de pessoas em Recife e na região metropolitana parasse nesta quinta. Ocorrência de assaltos e arrastões rapidamente compartilhados nas redes sociais criaram um clima de pânico que chegou ao auge no início desta tarde.

Lojas, supermercados, escritórios, órgãos públicos e faculdades suspenderam suas atividades e a movimentação que ainda se via até as 15 horas, no centro da capital, era somente de pessoas tentando pegar ônibus ou táxi para retornar para suas casas.

Na praça do Derby, área central da cidade, houve tiros para dissolver uma tentativa de assalto na praça do Derby. Grupos com facão e pedaços de pau fizeram arrastões na avenida Conselheiro Aguiar, no bairro do Pina, na zona sul. Pedestres também foram assaltados no bairro da Ilha do Leite e um carro foi incendiado em frente a uma churrascaria em Boa Viagem. Também houve arrastão em um hipermercado da zona norte da capital.

O clima de insegurança se disseminou a partir de saques ocorridos na noite de quarta no município de Abreu e Lima, onde lojas foram arrombadas e as pessoas carregavam geladeiras, fogões, televisores, computadores. Na manhã desta quinta-feira, mercados de bairros em Abreu e Lima também foram alvo de vândalos que levavam as mercadorias roubadas em carrinhos de mão.

Força Nacional. Homens da Força Nacional de Segurança chegaram nesta quinta-feira ao Recife para reforçar a segurança. O general do Exército, José Carlos de Nardi, ex-chefe do Estado Maior das Forças Armadas, foi anunciado para comandar a operação de segurança no Estado.

Nesta quinta, os grevistas realizaram uma passeata pelo centro de Recife. Em cima de um carro de som, acompanhados por cerca mil profissionais, segundo estimativa dos próprios trabalhadores, os manifestantes fizeram buzinaços e apitaços e se revezaram ao microfone, expondo a situação do policial militar e criticando a gestão do ex-governador Eduardo Campos (PSB). "Esta crise foi criada no governo Campos", afirmou o líder do movimento, soldado Joel Maurino. "Com o programa Pacto pela Vida o governador ganhou prêmio internacional e vai se candidatar à presidência da República, mas o Pacto não é tudo o que ele diz".

Clima é de tensão em Paulista após tiros e princípio de arrastão


Lojas do centro da cidade fecharam após princípio de arrastão

Do NE10
Moradores de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), se assustaram na manhã desta quinta-feira (15) após ouvir tiros no centro da cidade. Um grupo vestido com a camisa da Torcida Jovem, do Sport, tentou arrombar um carro forte na Avenida Siqueira Campos, em frente à loja Electra. Os seguranças reagiram atirando, mas ninguém ficou ferido. O comércio já fechou suas portas e a feira livre está sendo desmontada após princípios de arrastões.

Policiais da Companhia Independente de Operações de Sobrevivência em Área da Caatinga (Ciosac) estão no local e prenderam quatro pessoas. Houve informações de assalto a lotéricas e duas lojas de móveis e eletrodomésticos, mas ainda não foram confirmadas. Devido aos transtornos, a prefeitura do município decidiu liberar seus funcionários.

O lojista Ademar Santos, que vende tecidos, liberou seus funcionários após o ocorrido. "A desconfiança é muito grande, está tudo deserto na cidade. Os funcionários ficam com medo, a família fica ligando, é uma situação muito complicada", contou.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Donna Summer - Bad Girls (1979)

Líder de milícia que sequestrou 200 na Nigéria é cruel e contra Ocidente

Líder de milícia que sequestrou 200 na Nigéria é cruel e contra Ocidente
Do UOL, em São Paulo

O nome é Abubakar Shekau. Mas ele também pode ser reconhecido nos apelidos que usa: Abu Bakr Skikwa, Imam Abu Bakr Shiku e Abu Muhammad Abu Bakr Bin Muhammad Al Shakwi Al Muslimi Bishku.

O líder do Boko Haram, grupo radical islâmico que reivindica o sequestro de 200 meninas na Nigéria, no dia 15 de abril, é um rosto desconhecido para boa parte do Ocidente. Aparece raras vezes, apenas em mensagens gravadas, nas quais zomba do exército nigeriano.

Ele nasceu em uma aldeia na fronteira com o Níger, mas não se sabe ao certo sua idade. Acredita-se que ele tenha entre 38 e 49 anos. O Departamento de Estado dos EUA tem o ano de nascimento do líder do Boko Haram listado como 1965, 1969 e 1975.



Mesmo com informações desencontradas a seu respeito, sabe-se que Shekau é um líder cruel. Segundo a rede de TV americana CNN, ele opera na retaguarda, deixando seus subordinados orquestrarem os atentados.

Shekau rejeita tudo o que é do Ocidente e, por isso, não fala inglês. Poliglota, fala fluentemente as línguas hausa, fulani, kanuri e árabe.

Desde 2009, é líder do Boko Haram, fundado em 2002. Shekau atrai jovens do norte do país, para se juntar a ele, com um discurso crítico em relação ao regime nigeriano corrupto e contra os valores do Ocidente.

Seita
Boko Haram significa "a educação ocidental é pecaminosa" em hausa, a língua mais falada no norte da Nigéria. A milícia foi fundada por Mohammed Yusuf, um clérigo carismático.

Pregando um islã radical e rigoroso, Yusuf afirmava que os valores ocidentais, instaurados pelos colonizadores britânicos na Nigéria, eram a fonte todos os males do país.

Para a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, 16, os grupos radicais justificam suas atitudes dizendo que atuam em nome do islã porque, na verdade, temem que as mulheres um dia alcancem a independência. "Alguns terroristas usam o nome do islã porque têm medo do poder das mulheres, não querem que as mulheres tenham educação. Então eu acho que esses terroristas têm medo das mulheres", afirmou Malala em entrevista à "CNN", na terça-feira (6).


5.mai.2014 - Nigerianos protestam Lagos, no oeste do país, contra o sequestro de 276 meninas estudantes pelo grupo islâmico radical Boko Haram. As jovens foram levadas da escola em 14 de abril, e as autoridades acreditam que elas estejam em um cativeiro no campo da milícia, na floresta de Sambisa. O líder do grupo, Abubakar Shekau, ameaçou vender as estudantes "como escravas". Uma jovem que conseguiu fugir dos fundamentalistas afirmou que elas estão sendo vítimas de estupros coletivos Leia mais Pius Utomi Ekpei/AFP
A milícia Boko Haram ainda atraiu a juventude de Maiduguri, capital do Estado de Borno, para fazer parte do grupo, com um discurso agressivo contra o governo.

"Um Estado laico não pode implementar corretamente a lei islâmica. O objetivo, portanto, é estabelecer uma república islâmica", explica o pesquisador francês Marc-Antoine Pérouse de Montclos.

De acordo com diplomatas, membros do Boko Haram foram treinados pela AQMI (Al-Qaeda no Magrebe Islâmico) no norte do Mali entre 2012 e 2013. Washington também acredita que existam ligações entre as duas organizações. A milícia recebe o apoio de fiéis nas mesquitas e organiza assaltos a bancos. Não há evidência de movimentações de recursos do exterior.

Yusuf foi morto em uma operação de segurança em 2009, com cerca de 700 de seus seguidores. A morte do então líder levou Shekau ao comando, que prometeu revidar. A Human Rights Watch estima que nos últimos cinco anos, mais de 3.000 pessoas foram mortas.

De acordo com a CNN, o exército nigeriano quase capturou Shekau em setembro de 2012, quando eles invadiram a casa, onde ele participava da cerimônia de escolha do nome do filho de seis dias. Ele conseguiu fugir, após ser atingido por um tiro na perna. A mulher e três crianças foram levadas pelos militares.

Entre os atos terroristas do Boko Haram, está o ataque à sede da ONU que matou 23 pessoas na capital, Abuja, em agosto de 2011. Recentemente, dois atentados atingiram uma rodoviária na periferia de Abuja em um intervalo de menos de três semanas. Pelo menos 90 pessoas morreram.

(Com Agências Internacionais)

domingo, 27 de abril de 2014

Inconfidência Mineira Os detalhes de uma das maiores revoltas do Brasil Colônia: A Inconfidência Mineira.


Inconfidência Mineira
Os detalhes de uma das maiores revoltas do Brasil Colônia: A Inconfidência Mineira.

No século XVIII, a ascensão da economia mineradora trouxe um intenso processo de criação de centros urbanos pela colônia acompanhada pela formação de camadas sociais intermediárias. Os filhos das elites mineradoras, buscando concluir sua formação educacional, eram enviados para os principais centros universitários europeus. Nessa época, os ideais de igualdade e liberdade do pensamento iluminista espalhavam-se nos meios intelectuais da Europa.

Na segunda metade do século XVIII, a economia mineradora dava seus primeiros sinais claros de enfraquecimento. O problema do contrabando, o escasseamento das reservas auríferas e a profunda dependência econômica fizeram com que Portugal aumentasse os impostos e a fiscalização sobre as atividades empreendidas na colônia. Entre outras medidas, as cem arrobas de ouro anuais configuravam uma nova modalidade de cobrança que tentava garantir os lucros lusitanos.

No entanto, com o progressivo desaparecimento das regiões auríferas, os colonos tinham grandes dificuldades em cumprir a exigência estabelecida. Portugal, inconformado com a diminuição dos lucros, resolveu empreender um novo imposto: a derrama. Sua cobrança serviria para complementar os valores das dívidas que os mineradores acumulavam junto à Coroa. Sua arrecadação era feita pelo confisco de bens e propriedades que pudessem ser de interesse da Coroa.

Esse imposto era extremamente impopular, pois muitos colonos consideravam sua prática extremamente abusiva. Com isso, as elites intelectuais e econômicas da economia mineradora, influenciadas pelo iluminismo, começaram a se articular em oposição à dominação portuguesa. No ano de 1789, um grupo de poetas, profissionais liberais, mineradores e fazendeiros tramavam tomar controle de Minas Gerais. O plano seria colocado em prática em fevereiro de 1789, data marcada para a cobrança da derrama.

Aproveitando da agitação contra a cobrança do imposto, os inconfidentes contaram com a mobilização popular para alcançarem seus objetivos. Entre os inconfidentes estavam poetas como Claudio Manoel da Costa e Tomas Antonio Gonzaga; os padres Carlos Correia de Toledo, o coronel Joaquim Silvério dos Reis; e o alferes Tiradentes, um dos poucos participantes de origem popular dessa rebelião. Eles iriam proclamar a independência e a proclamação de uma república na região de Minas.

Com a aproximação da cobrança metropolitana, as reuniões e expectativas em torno da inconfidência tornavam-se cada vez mais intensas. Chegada a data da derrama, sua cobrança fora revogada pelas autoridades lusitanas. Nesse meio tempo, as autoridades metropolitanas estabeleceram um inquérito para apurar uma denúncia sobre a insurreição na região de Minas. Através da delação de Joaquim Silvério dos Reis, que denunciou seus companheiros pelo perdão de suas dívidas, várias pessoas foram presas pelas autoridades de Portugal.

Tratando-se de um movimento composto por influentes integrantes das elites, alguns poucos denunciados foram condenados à prisão e ao degredo na África. O único a assumir as responsabilidades pela trama foi Tiradentes. Para reprimir outras possíveis revoltas, Portugal decretou o enforcamento e o esquartejamento do inconfidente de origem menos abastada. Seu corpo foi exposto nas vias que davam acesso a Minas Gerais. Era o fim da Inconfidência Mineira.

Mesmo tendo caráter separatista, os inconfidentes impunham limites ao seu projeto. Não pretendiam dar fim à escravidão africana e não possuíam algum tipo de ideal que lutasse pela independência da “nação brasileira”. Dessa forma, podemos ver que a inconfidência foi um movimento restrito e incapaz de articular algum tipo de mobilização que definitivamente desse fim à exploração colonial lusitana.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Fonte: BRASIL ESCOLA.

Uma cerimônia inédita realizada neste domingo (27) na Praça de São Pedro, no Vaticano, e acompanhada por milhares de fiéis católicos, canonizou dois Papas: o polonês João Paulo II e o italiano João XXIII.


João Paulo II e João XXIII se tornam santos
Canonização foi celebrada pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro.
Papa Bento XVI também participou da cerimônia presenciada por milhares.
Do G1, em São Paulo

Uma cerimônia inédita realizada neste domingo (27) na Praça de São Pedro, no Vaticano, e acompanhada por milhares de fiéis católicos, canonizou dois Papas: o polonês João Paulo II e o italiano João XXIII.

"Declaramos e definimos como santos os beatos João XXIII e João Paulo II e os inscrevemos no Catálogo dos Santos, e estabelecemos que em toda a Igreja sejam devotamente honrados entre os Santos", foi a fórmula pronunciada em latim pelo Papa Francisco, após a qual a multidão na praça rompeu em aplausos.
A canonização dupla reuniu, em um único evento, o atual Papa Francisco e o Papa Emérito Bento XVI, que renunciou no ano passado em uma situação inédita na história moderna da Igreja Católica.
Francisco concelebrou missa solene com cinco prelados, entre eles o bispo de Bergamo (cidade natal do italiano João XXIII), Francesco Beschi, e o ex-secretário particular do Papa João Paulo II e arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz.

"Estes foram dois homens de coragem ... e deram testemunho diante da Igreja e do mundo da bondade e misericórdia de Deus", disse Francisco. "Eles viveram os trágicos acontecimentos do século XX, mas não foram oprimidos por eles. Para eles, Deus era mais poderoso, a fé era mais poderosa."
As relíquias dos dois novos santos, uma ampola de sangue de João Paulo II e um pedaço de pele de João XXIII extraída durante sua exumação no ano 2000, foram colocadas ao lado do altar.

'Convivi com um santo, diz frei da Bahia que tirou foto com João Paulo II
A costarriquenha Floribeth Mora, cuja cura inexplicável permitiu elevar aos altares João Paulo II, levou a relíquia do Papa polonês, enquanto a de João XXIII foi entregue por seu sobrinho.
A cerimônia de canonização teve os mesmos moldes de uma missa e foi simples, sóbria e sem extravagâncias, segundo o Vaticano.
Bento XVI seguiu a cerimônia no setor esquerdo do altar, junto com os cardeais e os 1.000 bispos que concelebraram sucessivamente a missa.
Em 2011, a beatificação de João Paulo II, feita por Bento XVI, durou três dias e custou cerca de US$ 1,65 milhão, reunindo 1,5 milhão de fiéis na praça e nos seus arredores, segundo a polícia de Roma.
O Vaticano, citando fontes da polícia italiana, estimou que cerca de 800 mil pessoas participaram da celebração.
Segundo a Santa Sé, 500 mil pessoas lotaram a praça e sua via de acesso, a Via da Conciliação, e 300 mil seguiram o evento diante dos 17 telões instalados em diversos locais em Roma.
Os poloneses - conterrâneos de João Paulo II-, foram os estrangeiros mais numerosos presentes.
Trens especiais foram colocados em circulação para a viagem desde a Polônia.
A cerimônia do lado de fora da Basílica de São Pedro permitiu que mais pessoas participassem do evento.
Bandeiras de vários países, inclusive o Brasil, podiam ser vistas na multidão.
A praça foi enfeitada com 30 mil rosas vermelhas, amarelas e brancas doadas pelo Equador, cujo presidente, Rafael Correa, estava presente na cerimônia.
Telões foram espalhados na Praça e pela cidade de Roma, que  teve esquema especial de trânsito para a celebração, com bloqueio de ruas e reforço nos transportes públicos.
Após a cerimônia, Francisco percorreu a praça no Papamóvel, cumprimentando os fiéis. Antes, ele levou cerca de 40 minutos para cumprimentar os integrantes das 93 delegações internacionais que compareceram à festa.

Vigília
A celebração dos novos santos começou na noite de sábado (26), com a “noite branca de oração”. Diversas igrejas no centro de Roma foram abertas para aqueles que quiserem rezar e se confessar.
A Basílica de São Pedro ficará aberta em um esquema especial, até 1h desta segunda-feira (28). Os peregrinos podem visitar o túmulo dos dois Papas, no subsolo da igreja.


Caminhos que se entrelaçam
O fato de que dois homens que são amplamente vistos como faces contrastantes da Igreja estejam sendo canonizados contribui para a importância de um evento que o papa Francisco espera que irá aproximar os 1,2 bilhão de católicos no mundo, depois de uma série de escândalos financeiros e sexuais.
Apesar das diferenças, os dois Papas santos têm caminhos que se entrelaçam. João Paulo II, por exemplo, se encarregou de decretar as "virtudes heroicas" e a beatificação de João XXIII.
Juntos, os dois simbolizam a abertura para o mundo e a confiança de ser católico.
Ambos os pontífices, cuja bondade e carisma fizeram com que após a morte fossem solicitadas suas beatificações por aclamação, atravessaram nos últimos anos um complexo processo de canonização, requisito “sine qua non” para se tornar um santo católico.
João Paulo II foi canonizado apenas nove anos após sua morte, em 2005. O segundo milagre atribuído ao polonês Karol Wojtyla, que nasceu em 1920 e liderou a Igreja Católica entre 1978 e sua morte, foi reconhecido pelo Vaticanox em julho do ano passado.
Já João XXIII, que foi Papa entre 1958 e 1963, foi canonizado com apenas um milagre comprovado.
Críticas
Também houve críticas acerca da rápida canonização de João Paulo II, que morreu apenas nove anos atrás.
Grupos que representam vítimas de abuso sexual por padres católicos também disseram que ele não fez o suficiente para erradicar um escândalo de pedofilia que surgiu no final do seu pontificado e que tem pairado sobre a Igreja desde então.
João Paulo II continuou muitas das reformas de João XXIII, mas apertou o controle central, condenou teólogos renegados e pregou uma linha mais rigorosa sobre questões sociais, como a liberdade sexual.
Um Papa carismático, ele foi criticado por alguns como um rígido conservador, mas a adoração pública que despertou foi mostrada por multidões, cujos gritos de "santo subito!" (santo já) em seu funeral em 2005 foram respondidos com a mais rápida declaração de santidade da história moderna.

Processo
A primeira etapa da canonização é ser reconhecido Servo do Senhor. Para isso, os postuladores da causa apresentam um relatório à Santa Sé, que, após examiná-lo, tem que emitir o decreto “Nihil Obstat”.

Com este decreto, é iniciado oficialmente o processo, e o postulante é nomeado Servo do Senhor.
O processo de João XXIII foi aberto em 1965, dois anos após sua morte, enquanto o do pontífice polonês começou no ano de seu falecimento, em 2005, por desejo expresso de seu sucessor, Bento XVI, que eliminou o requisito canônico de se esperar cinco anos após a morte para o início do trâmite da causa.
A etapa seguinte consiste em reconhecer suas “virtudes heroicas”, um título que os transforma em Veneráveis Servos do Senhor.
Para que isto ocorra, uma comissão jurídica do Vaticano se reúne para estudar a ortodoxia dos textos que publicaram em vida e para analisar os testemunhos de pessoas que os conheceram.
Em seguida, o relator do processo, nomeado pela Congregação para a Causa dos Santos, elabora um documento denominado “Positio”.
Um compêndio dos relatos e dos estudos realizados pela comissão, assim que aprovado pelo pontífice, concede o título de Venerável Servo do Senhor, o segundo passo em direção à santidade.
João XXIII tornou-se Venerável em 1999, mais de três décadas após sua morte, enquanto João Paulo II obteve o título em 2009, quatro anos depois de seu falecimento.
Milagres
Após serem considerados Veneráveis, o passo seguinte é o da beatificação. Ser beato, ou bem-aventurado, significa representar um modelo de vida para a comunidade e, além disso, que essa pessoa tem a capacidade de agir como intermediário entre os cristãos e Deus.
Por esta razão, para alcançar este grau, é imprescindível o testemunho de um milagre que tenha sido realizado graças à intercessão do Venerável.

Ao Papa italiano foi atribuída em 2000 a cura da religiosa italiana Caterina Capitani, que esteve a ponto de morrer por uma perfuração gástrica hemorrágica com fístula externa e peritonite aguda. Ela conta que, após pedir um milagre a João XXIII, conseguiu sobreviver.
Já ao Papa polonês são atribuídas centenas de milagres, embora para sua beatificação, em 2011, tenha sido imprescindível o caso da freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria de Parkinson (a mesma doença que João Paulo II tinha) e cuja cura, de acordo com os médicos externos convocados pelo Vaticano, “carece de explicação científica”.
Com estes milagres realizados por intercessão divina dos pontífices tendo sido aprovados, João XXIII e João Paulo II subiram oficialmente aos altares como beatos da Igreja Católica, o primeiro em 2000, e o segundo, em 2011.
Depois disso, ainda é preciso passar por mais uma fase para encerrar o complexo processo.
Trata-se da canonização, sua proclamação como santos, para a qual é requisito imprescindível um novo milagre, que deve ocorrer após sua nomeação como beatos. É aqui onde se dá outra particularidade que caracteriza a causa de João Paulo II e João XXIII.
No caso do italiano, o Papa Francisco, em 2013, decidiu canonizá-lo sem ter sido certificado o  segundo milagre. A decisão do Papa de canonizar João XXIII sem registro de milagre, algo não muito frequente nas últimas décadas, é uma prerrogativa do chefe da Igreja, segundo as normas do Vaticano.
Já João Paulo II, intercedeu, segundo a Igreja, na cura de uma mulher costarriquenha que sofria de um grave aneurisma cerebral e que, segundo os médicos, tinha apenas um mês de vida.
Esta mulher, Floribeth Mora Díaz, que participará da cerimônia deste domingo, garante ter ouvido a voz do papa polonês afirmando: “Levante-se, não tenha medo”, quando estava internada em um hospital. E após ouvir estas palavras, começou seu processo de cura, inexplicável para a ciência.

Arquivos revelam como Brasil ajudou a ditadura chilena


Arquivos revelam como Brasil ajudou a ditadura chilena
Lisandra Paraguassu, enviada especial | Agência Estado

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Nos primeiros dias de 1974, um grupo de 55 policiais e militares chilenos chegava discretamente ao Brasil. Por 15 dias, eles estiveram em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A viagem, acertada informalmente entre o então embaixador brasileiro em Santiago, Antônio Cândido Câmara Canto, e o governo chileno, foi tratada como "estritamente confidencial".
Era o início de um intercâmbio que se estenderia até os anos 1980. Documentos obtidos pelo Estado nos arquivos da Chancelaria do Chile, em Santiago, mostram que, só naquele ano, agentes chilenos estiveram pelo menos quatro vezes no Brasil. Parte deles passou a integrar grupos de extermínio organizados pela polícia secreta do ditador Augusto Pinochet.
Em 31 de dezembro de 1973, pouco mais de três meses depois do golpe militar que derrubou o presidente Salvador Allende, o embaixador chileno no Brasil, Hernán Cubillos, recebeu um telex cifrado e marcado como "estritamente confidencial". O texto dizia que os 55 oficiais chegariam ao Brasil entre os dias 20 e 22 de janeiro em uma viagem acertada "oficiosamente" por Câmara Canto com a concordância de Brasília. Defensor convicto da ditadura chilena, Canto era chamado, em Santiago, de "o 5.° Membro da Junta Militar", tal sua proximidade com Pinochet. Foi a primeira viagem de treinamento dos chilenos, numa aproximação que aos poucos se ampliou, inclui países vizinhos e se transformou na Operação Condor.
Em agosto de 1974, o chefe da Diretoria de Inteligência Nacional, Manuel Contreras, envia ofício reservado ao Itamaraty pedindo passaporte de trabalho para 12 oficiais que visitariam São Paulo. Os agentes "cumprirão determinada comissão de serviço". Seis deles iriam compor as unidades de extermínio de Contreras, as chamadas brigadas Lautaro e Purén.
Treinamento
A cooperação entre as duas ditaduras, na verdade, tinha começado antes disso. Investigações da Comissão Nacional da Verdade mostram que militares brasileiros chegaram ao Chile a 9 de setembro de 1973 - dois dias antes do golpe contra Allende - para treinar chilenos em técnicas de tortura. "Há muitos testemunhos de pessoas que foram presas no Estádio Nacional e viram torturadores do Brasil. Eles vieram ensinar a tortura", afirmou ao Estado o ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz.
Ainda em 1974, um grupo de 17 formandos da Escola de Inteligência do Exército chileno visita São Paulo, Rio e Brasília. Em outra visita, comandada pelo coronel Hector Contador, desembarcou em São Paulo um grupo de militares para conhecer a Engesa, empresa dedicada à produção de armamentos. O governo brasileiro garantiu ao Chile, na oportunidade, créditos no total de US$ 40 milhões para compra de equipamentos bélicos brasileiros.
Conexões
A cooperação entre as duas ditaduras, no entanto, vai além dos militares. Nas salas do Itamaraty, diplomatas trocaram os punhos de renda pelo uniforme de informantes. Notas do embaixador chileno à chancelaria de seu país revelam intensa parceria entre as duas diplomacias.
No Itamaraty o embaixador , Cubillos obteve informações sobre os brasileiros exilados no Chile que atuaram no sequestro, no Rio, do embaixador alemão Ehrenfried Von Holleben, em junho de 1970. "A Divisão de Segurança e Informação (do Itamaraty) expressou que as autoridades locais têm o maior interesse em conhecer o paradeiro dessas pessoas" e se dispõe a colaborar "em qualquer forma" para desarticular "a máquina terrorista que opera em nosso continente", escreveu Cubillos.
Entre os documentos obtidos pelo Estado na Chancelaria chilena está uma lista completa de todos os grupos de esquerda que atuavam no Brasil, quem estava preso, morto ou foragido, quais crimes cada grupo tinha cometido. Nos anos seguintes, a colaboração evoluiria para ações conjuntas de sequestro e morte de rivais.
A Operação Condor formalizou, em segredo, a cooperação entre Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. Acostumado ao trabalho conjunto, o Brasil entrou em 1975 como observador. Depois, passou a se beneficiar da ajuda dos vizinhos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

sábado, 26 de abril de 2014

Pintor e escultor espanhol Salvador Dalí



Pintor e escultor espanhol
Salvador Dalí
11/05/1904, Figueres, Catalunha, Espanha
23/01/1989, Figueres, Catalunha, Espanha
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

Salvador Dalí foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. Os quadros de Dalí chamam a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, como nos sonhos, com excelente qualidade plástica.

Dalí foi influenciado pelos mestres da Renascença e foi um artista com grande talento e imaginação. Era conhecido por fazer coisas extravagantes para chamar a atenção, o que por vezes incomodava os seus críticos.

Salvador Domenec Felip Jacint Dalí Domenech era filho de Salvador Dalí i Cusí (de remota origem árabe), de classe média e figura popular da cidade, e de Felipa Domenech, uma dona-de-casa católica.

Iniciou sua educação artística na Escola de Desenho Municipal. Em 1916, durante férias de verão em Cadaquès, descobriu a pintura impressionista.

Sua primeira exposição pública foi no Teatro Municipal de Figueres, em 1919. Em 1921, sua mãe morreu e, passado um ano, o pai casou-se com Tieta, irmã de Felipa.

Em 1922, Dalí foi viver em Madri, onde estudou na Academia de Artes de San Fernando. Nessa época, ele já chamava a atenção nas ruas como um excêntrico, usando cabelo comprido, longos casacos, um grande laço no pescoço, calças até o joelho e meias altas.

Nos quadros fazia experiências com o cubismo e o dadaísmo. Tornou-se amigo do poeta Federico García Lorca e do cineasta Luis Buñuel.

Dalí foi expulso da Academia de Artes em 1926, depois de declarar que ninguém ali era suficientemente competente para avaliá-lo. Foi nesse mesmo ano que Dalí fez sua primeira viagem a Paris, onde se encontrou com Pablo Picasso.

Nos anos seguintes, realizou uma série de trabalhos influenciados por Picasso e Miró, enquanto ia desenvolvendo seu estilo próprio.

O ano de 1929 foi importante para Dalí. Ele colaborou com Luis Buñuel no curta-metragem "Un Chien Andalou" e conheceu, em agosto, sua musa e futura mulher, Gala Éluard (Elena Ivanovna Diakonova, uma imigrante russa, na época casada com o poeta Paul Éluard).

Ainda em 1929, Dalí fez exposições importantes e juntou-se ao grupo surrealista no bairro parisiense de Montparnasse. Em 1934 Dalí e Gala, que já viviam juntos, casaram-se numa cerimônia civil.

Em 1939 os membros do grupo surrealista expulsaram Dalí por motivos políticos, já que o marxismo era a doutrina preferida no movimento e Dalí se declarava "anarco-monárquico". Dalí respondeu à sua expulsão declarando: "O surrealismo sou eu".

Quando do início da Segunda Guerra, Dalí e Gala mudaram-se para os Estados Unidos, onde viveram durante oito anos. Em 1942, Dalí publicou sua autobiografia "A Vida Secreta de Salvador Dalí".

Na Catalunha Dalí viveu o resto da vida. Em 1960, o pintor começou a trabalhar no Teatro-Museu Gala Salvador Dalí, em Figueres. Foi o projeto de maior vulto de toda a sua carreira e seu principal foco até 1974.

Os últimos anos de vida com Gala foram turbulentos. Ela fazia com que Dalí tomasse antidepressivos e calmantes em altas doses, o que lhe danificaria o sistema nervoso. Gala morreu em 10 de junho de 1982. Dalí ficou profundamente deprimido, perdendo toda a vontade de viver.

Mudou-se de Figueres para um castelo em Pubol. Em 1984, deflagrou um incêndio no seu quarto, em circunstâncias pouco claras. Dalí foi salvo e levado para Figueres, onde um grupo de amigos assegurou que o pintor vivesse confortavelmente seus últimos anos no teatro-museu.

Salvador Dalí morreu de pneumonia e falha cardíaca na cidade onde nasceu e foi sepultado no átrio principal de seu teatro-museu.

As duas maiores coleções de trabalhos de Dalí são o museu Salvador Dalí em Saint Petersbourg, na Flórida, Estados Unidos, e o Teatro-Museu Gala Salvador Dalí, em Figueres, na Catalunha, Espanha.

O Grande Masturbador,A Persistência da Memória (acima)