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segunda-feira, 2 de maio de 2022

Os principais filósofos iluministas e suas ideias mais polêmicas

 

Jean Jacques Rousseau


Os principais filósofos iluministas e suas ideias mais polêmicas


Gessica Borges

Os filósofos iluministas começaram a surgir em território francês em meados do século dezessete. A palavra iluminismo remete ao movimento que desejava clarear, iluminar a sociedade europeia que, para os pensadores da época, encontrava-se nas trevas, principalmente por causa de crenças religiosas.


Acreditando que o pensamento racional deveria substituir a religião e o misticismo, alguns nomes tomaram a frente do movimento iluminista em épocas e países diferentes. Veja quais foram os principais pensadores iluministas e seus ideais, em muitos casos, polêmicos.


John Locke (1632-1704)

principais filósofos iluministas    

Filósofo inglês que defendia a liberdade de expressão, considerado o "pai" do que hoje chamamos de liberalismo e fundador do empirismo, ou seja, a ideia de que homem era uma folha em branco, que se preenchia apenas com as experiência.


Sua principal obra foi Ensaio sobre o entendimento humano (1689).


A polêmica de Locke:


Além de não acreditar que Deus tinha poder sobre o destino dos homens, o que era um escândalo na época, Locke acreditava no direito de propriedade como sendo natural do ser humano, e isso incluía escravos. O pensador investia no tráfico de escravos de pessoas negras e defendida a liberdade e a tolerância, mas não aos homens primitivos, ou seja, povos que não estavam ou não sabiam como conviver com dinheiro.


Voltaire (1694-1778)

principais filósofos iluministas    

O filósofo francês que tem uma imagem marcada como símbolo da revolução iluminista, que depois influenciou a Revolução Francesa. O pensador escrevia muito, foram mais de setenta obras, em forma de livros, peças de teatro, romances, poemas e outros. Sua obra mais conhecida é Cândido, ou O Otimismo (1759)



Polêmicas que envolveram Voltaire:


Chegou a ser preso duas vezes por ser um crítico mordaz da Igreja Católica, que na época interferia muito no sistema político francês. Defendia uma linha de pensamento conhecida por Liberalismo, que resguardava as liberdades civis. Se por um lado isso soa positivo, suas ideias se espalharam de forma controversa ao longo do tempo. Por exemplo, na queda da monarquia e instauração de repúblicas que, por sua vezes, aumentaram impostos para financiar guerras de poder.



Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

principais filósofos iluministas    

Filósofo suíço que defendia a democracia direta, onde cada indivíduo seria capaz de participar de todas as decisões políticas, ou seja, fazer prevalecer a soberania popular. Suas principais obras foram Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens (1755) e Do Contrato Social (1762).



As polêmicas de Rousseau:


Ao contrário de todos os outros iluministas, Rousseau não acreditava no individualismo, indo contra as teorias liberalistas da época. Para ele, com a igualdade não seria possível que as pessoas tivessem propriedades privadas, e que o bem estar social só seria possível se a posse de bens acabasse. Ou seja: nada de bens próprios para ninguém, todo mundo deveria ter as mesmas coisas, ser tratado da mesma forma, ter o mesmo poder. Imagina como seria um mundo assim?



Montesquieu (1689-1755)

principais filósofos iluministas    

Conhecido principalmente pela sua teoria de separação de poderes - em Legislativo, Executivo e Judiciário - , como é hoje no Brasil, esse filósofo francês fez parte da primeira geração de pensadores iluministas e atuou principalmente no ramo da política e da psicologia. Sua principal obra é a O Espírito das Leis (1748).



Ideias polêmicas de Montesquieu:


Contra a monarquia absolutista, o filósofo acreditava que o poder precisava ser dividido em três âmbitos, para ser melhor controlado e evitar o domínio absoluto por parte dos reais da época. O problema dessa ideia é que ele também defendia o critério censitário, ou seja: apenas pessoas com renda e propriedades poderiam fazer parte da estrutura de poder, inclusive votar. A população de camadas empobrecidas ficariam de fora.



Denis Diderot (1713-1784)

principais filósofos iluministas    

Devemos a este escritor e filósofo iluminista francês a criação da primeira enciclopédia do mundo. Como um grande defensor da expansão do conhecimento, juntamente com Jean Le Rond d´Alembert (1717-1783), o escritor passou boa parte da sua vida organizando pensamentos e conhecimentos da época, para divulgar a filosofia iluminista no mundo.


As polêmicas envolvendo Diderot: 


Tudo que foi organizado por Diderot e d´Alembert negava a influência de Deus na humanidade. Toda ciência só poderia ser alcançada pela razão. Denis desprezava qualquer forma religiosa e acreditava ainda que a religião destruía paixões e desequilibrava o homem.


Entenda melhor essa dinâmica do pensamento através da biografia completa do filósofo.


Adam Smith (1723-1790)

principais filósofos iluministas    

Filósofo e economista escocês, que é considerado o pai da economia moderna e o nome mais importante quando se fala em liberalismo econômico. Adorado pela burguesia, é em seu livro A Riqueza das Nações de 1776 que fala pela primeira vez em conceitos de auto-interesse e "mão invisível".


Ideias polêmicas de Adam Smith:


Contra a intervenção do Estado na economia, a favor do livre mercado, Smith falava da "mão invisível" que regia a economia, por exemplo, a lei da oferta e da procura. Suas ideias deram origem a uma filosofia voltada para a riqueza, acumulação de capital, ou capitalismo. O que, convenhamos, por si só já é bastante polêmico!



https://www.ebiografia.com/principais_filosofos_iluministas_suas_ideias_mais_polemicas/

Série: Escritores Latino-Americanos: Eduardo Galeano Escritor uruguaio


 Biografia de Eduardo Galeano

Por Dilva Frazão

Eduardo Galeano (1940-2015) foi um escritor e jornalista uruguaio, autor do livro “As Veias Abertas da América Latina”, uma obra que exerceu profunda influência no pensamento de esquerda latino-americano.


Eduardo Galeano (1940-2015) nasceu em Montevidéu, Uruguai, no dia 3 de setembro de 1940. Descendente de uma família de classe média, de formação católica, pensava em se tornar jogador de futebol, mas percebeu que não tinha habilidade necessária para isso, mas veio a escrever muito sobre o esporte. Acabou exercendo trabalhos diferenciados, como caixa de banco e datilógrafo.


Embora aos 14 anos ele já houvesse enviado uma charge para o jornal El Sol, do Partido Socialista, sua carreira na imprensa só se firmaria na década de 60, quando se tornou editor do jornal “Marcha”, ao lado de colaboradores como Vargas Llosa (futuro Prêmio Nobel) e Mario Benedetti.


Nos anos 70, com regime militar no Uruguai, foi perseguido pela publicação de seu livro “As Veias Abertas da América Latina” (1971), obra de referência de esquerda, na qual o autor analisa a história da América Latina do colonialismo ao século 20. Em 1973, foi preso em decorrência do golpe militar em seu país, exilou-se, posteriormente na Argentina, onde lançou a revista cultural “Crisis”.


Em 1976, Eduardo Galeano mudou-se para a Espanha, por causa da crescente violência da ditadura argentina. Em 1985, lançou na Espanha o livro “Memória do Fogo”. Nesse mesmo ano voltou ao Uruguai.


Autor de mais de trinta livros, traduzidos para cerca de vinte idiomas, Galeano declarou, em 2014, que não se identificava mais com sua anticapitalista obra “As Veias Abertas da América Latina”. Sobre ela, disse o autor: “Para mim, essa prosa da esquerda tradicional é extremamente árida, e meu físico já não a tolera”.


Em 2006, Eduardo Galeano ganhou o Prêmio Internacional de Direitos Humanos através da Global Exchange, instituição humanitária americana.


Eduardo Galeano faleceu em Montevidéu, no Uruguai, no dia 13 de abril de 2015.

(Fonte https://www.ebiografia.com/eduardo_galeano/)


Lista de publicações de Eduardo Galeano ( Fonte Wikipedia)

Los días siguientes (1963)

China (1964)

Guatemala (1967)

Reportagens (1967)

Los fantasmas del día del léon y otros relatos (1967)

Su majestad el fútbol (1968)

As veias abertas da América Latina (1971)(P)

Siete imágenes de Bolivia (1971)

Violencía y enajenación (1971)

Crónicas latinoamericanas (1972)

Vagamundo (1973)(P)

La cancion de nosotros (1975)

Conversaciones con Raimón (1977)

Días y noches de amor y de guerra (1978)(P)

La piedra arde (1980)

Voces de nuestro tiempo (1981)

Memória do fogo - trilogia - (1982-1986)(P)

A Pedra Arde (1983)

Aventuras de los jóvenes dioses (1984)

Ventana sobre Sandino (1985)

Contraseña (1985)

El descubrimiento de América que todavía no fue y otros escritos (1986)

El tigre azul y otros artículos (1988)

Entrevistas y artículos (1962-1987) (1988)

O Livro dos Abraços (1989)(P)

Nós Dizemos Não (1989)

América Latina para entenderte mejor (1990)

Palabras: antología personal (1990)

An Uncertain Grace com Fred Ritchin, fotos de Sebastião Salgado (1990)

Ser como ellos y otros artículos (1992)

Amares (1993)

Las palabas andantes (1993)(P)

úselo y tírelo (1994)

O futebol ao sol e à sombra (1995)(P)

Ser como eles (1997)(P)

Mulheres (1997)(P)

Patas arriba: la escuela del mundo al revés (1998)(P)

Bocas del Tiempo (2004)(P)

O Teatro do Bem e do Mal (2002)(P)

Espelhos - uma quase história universal (2008)(P)

Espelhos. Uma história quase universal (2008) (P)

Os Filhos dos Dias (2012) (P)


Como o declínio do petróleo afeta a Petrobras, que planeja aumentar produção

Como guerra na Ucrânia força Alemanha a rever relação com a Rússia

domingo, 3 de abril de 2022

Entrevista: 'Historiadores dirão que momento atual iniciou a 3ª Guerra Mundial

Metropolis (1927) - [HD] Legendado completo (Multi sub)/ Um dos melhores filmes de todos os tempos



4 de novembro de 1927 No cinema / 2h 33min / Ficção científica , Suspense
Direção: Fritz Lang
Roteiro Fritz Lang , Thea von Harbou
Elenco: Brigitte Helm , Alfred Abel , Rudolf Klein-Rogge
Título original Metropolis

Série: Escritores Latino-Americanos: Lygia Fagundes Telles, Escritora brasileira


 Série: Escritores Latino-Americanos: Lygia Fagundes Telles, Escritora brasileira

Por Dilva Frazão

Lygia Fagundes Telles (1923) é uma escritora brasileira. Romancista e contista, é a grande representante do movimento Pós-Modernista. É membro da Academia Paulista de Letras, da Academia Brasileira de Letras e da Academia de Ciências de Lisboa. 


Infância e Formação

Lygia Fagundes Telles nasceu em São Paulo, no dia 19 de abril de 1923. Filha do promotor Durval de Azevedo Fagundes e da pianista Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, passou sua infância em várias cidades do interior em função do trabalho do pai.


Seu interesse por literatura começou na adolescência. Com 15 anos, com a ajuda do pai, publicou seu primeiro livro de contos, "Porão e Sobrado".


De volta à capital, estudou no Instituto de Educação Caetano de Campos. Em seguida, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo. Nessa mesma época, cursou Educação Física na mesma universidade.


Ainda estudante, colaborava com os jornais “Arcádia” e “A Balança”, ambos vinculados à Academia de Letras da faculdade. Nessa época, frequentava os encontros de literatura com Mário e Oswald de Andrade.


Careira Literária


A estreia oficial de Lygia Fagundes Telles na literatura ocorreu em 1944, com o volume de contos "Praia Viva". Em 1947, casou-se com um de seus professores, o jurista Goffredo Telles Júnior, com quem teve um filho.


Lygia seguiu com a contínua produção de contos e romances, entre eles, “Ciranda de Pedra” (1954), no qual relata a história de um casal que se separa e a caçula vai morar com a mãe, onde vive os dramas ocultos de uma jovem de pais separados. (A obra foi posteriormente adaptada para uma novela na TV Globo).



Em 1958, Lygia publicou o livro de contos, "História do Desencontro", que recebeu o Prêmio Artur Azevedo do Instituto Nacional do Livro. Em 1960 separou-se do marido. Em 1963 casou-se com o ensaísta e crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes. Nesse mesmo ano, publicou seu segundo romance “Verão no Aquário”, que recebeu o Prêmio Jabuti.


Junto com Paulo Emílio, escreveu o roteiro para o filme Capitu (1967), baseado na obra Dom Casmurro de Machado de Assis, uma encomenda de Paulo César Saraceni, que recebeu o Prêmio Candango de Melhor Roteiro Cinematográfico.


Prêmios e a Academia

A década de 70 foi um período da consagração de Lygia: O livro de contos “Antes do Baile Verde” (1970) recebeu o Prêmio Internacional de Escritoras, na França.


O livro “As Meninas”, publicado em 1973, que se tornaria um dos seus mais importantes romances, recebeu o Prêmio Jabuti, em 1974 e foi adaptado para o cinema em 1975, dirigido por Emiliano Ribeiro. A obra traça um paralelo entre a vida de três pessoas que agitaram a juventude em um período conturbado da história do Brasil.


A obra “Seminário dos Ratos” (1977) recebeu o Prêmio PEN Clube do Brasil. “A Disciplina do Amor” (1980) recebeu o Prêmio Jabuti e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte.



Em 1982, Lygia Fagundes Telles foi eleita para a Academia Paulista de Letras. Em 1985, tornou-se a terceira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira n.º 16, no dia 12 de maio de 1987. Foi eleita para a Academia das Ciências de Lisboa.


lygia fagundes telles


A consagração de Lygia veio em 2001, quando recebeu o Prêmio Camões, que lhe foi entregue em 13 de outubro de 2005, durante a VIII Cúpula Luso-brasileira, realizada na cidade do Porto, Portugal. Em 2016 e aos 92 anos de idade, Lygia Fagundes Telles tornou-se a primeira mulher brasileira a ser indicada para receber o prêmio Nobel de Literatura.


Características da obra de Lygia Fagundes Telles

A obra de Lygia Fagundes Telles apresenta um universo marcadamente feminino, embora comprometida em documentar a difícil condição de vida de uma sociedade frágil nos centros urbanos, uma literatura engajada, destinada a documentar a história trágica do país, como se lê em “As Meninas”.


Por sua vasta produção literária é considerada uma das maiores romancista e contistas da literatura brasileira. É uma das mais destacadas representantes do Movimento Pós-Modernista no Brasil.


Frases de Lygia Fagundes Telles

Já que é preciso aceitar a vida, que seja então corajosamente.

Não peça coerência ao mistério nem peça lógica ao absurdo.

Se é difícil carregar a solidão, mais difícil ainda é carregar uma companhia.

A distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas da vida.

O menino então sorri e nem o inimigo mais feroz resistirá a esse sorriso de quem se oferece tão sem defesa.

A beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio tom, nessa incerteza.

Obras de Lygia Fagundes Telles

Porão e Sobrado, contos, 1938

Praia Viva, contos, 1944

O Cacto Vermelho, contos, 1949

Ciranda de Pedra, romance, 1954

Histórias do Desencontro, contos, 1958

Verão no Aquário, romance, 1964

Histórias Escolhidas, contos, 1964

O Jardim Selvagem, contos, 1965

Antes do Baile Verde, contos, 1970

As Meninas, romance, 1973

Seminário dos Ratos, contos, 1977

Filhos Prodígios, contos, 1978

A Disciplina do Amor, contos, 1980

Mistérios, contos, 1981

Venha Ver o Por do Sol e Outros Contos, 1987

As Horas Nuas, romance, 1989

A Noite Escura e Mais Eu, contos, 1995

Invenção e Memória, contos, 2000

Biruta, contos, 2004

Histórias de Mistérios, contos, 2004

Conspiração de Nuvens, contos, 2007

Passaporte para a China, contos, 2011



https://www.ebiografia.com/lygia_fagundes_telles/