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domingo, 16 de maio de 2021

Morre o prefeito de São Paulo, Bruno Covas


 Morre o prefeito de São Paulo, Bruno Covas


Político estava licenciado do cargo e tratava-se no Sírio-Libanês


Publicado em 16/05/2021 -  Por Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil - São Paulo


O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, morreu às 8h20 deste domingo (16), aos 41 anos, em decorrência do câncer da transição esôfago-gástrica e complicações do tratamento. O corpo do prefeito será levado para o hall do Edifício Matarazzo, sede da prefeitura paulistana, onde será feita uma homenagem restrita a amigos e familiares, devido à pandemia.


Em seguida, o corpo de Bruno Covas seguirá em carro aberto, em cortejo, pela Avenida Paulista, pelo Viaduto do Chá e Largo Paissandu e pelas avenidas São João e Ipiranga, além da Rua da Consolação e outras vias. O corpo será sepultado na cidade de Santos, terra natal do prefeito, em cerimônia também restrita à família.


Licenciado do cargo no início deste mês, Bruno Covas estava em tratamento no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.


Filho de Pedro Lopes e Renata Covas Lopes e pai do jovem Tomás Covas, Bruno nasceu em Santos, no litoral paulista, no dia 7 de abril de 1980, e foi advogado, economista e político brasileiro.


Mudou-se para a capital paulista em 1995 e, dois anos depois, filiou-se ao PSDB, seguindo os passos do avô, o ex-governador Mário Covas (1930-2001), sua grande inspiração e influência política . No partido, chegou a ser presidente estadual e nacional da Juventude do PSDB e ocupou cargos na Executiva Estadual.


Sua carreira na política começou em 2004, quando se candidatou a vice-prefeito de sua cidade natal. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo e reeleito para o mesmo cargo e m 2010, com mais de 239 mil votos, sendo o mais votado d aquele ano.


No ano seguinte, assumiu a Secretaria Estadual do Meio Ambiente no governo de Geraldo Alckmin, permanecendo no cargo até 2014, quando foi eleito deputado federal para o mandato 2015-2019.


Edição: Nádia Franco


sexta-feira, 14 de maio de 2021

Covid-19: mortes continuam a cair e casos oscilam positivamente Média móvel de mortes ficou em 2.126 na semana epidemiológica 18


 Covid-19: mortes continuam a cair e casos oscilam positivamente

Média móvel de mortes ficou em 2.126 na semana epidemiológica 18


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Publicado em 14/05/2021        Por Jonas Valente - Repórter Agência Brasil - Brasília

A curva de mortes por covid-19 continuou na semana epidemiológica (SE) 18, de 2 a 8 de maio, a mesma trajetória de queda da semana anterior, conforme o novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. No boletim divulgado hoje (14), foram registrados 14.879 óbitos, enquanto na semana anterior o levantamento trouxe 16.945 vidas perdidas para a doença.


O resultado representa uma queda de 12% entre as duas semanas epidemiológicas. Especialistas consideram as variações de até 15% como quadros de estabilidade. Na semana anterior a redução havia sido de 5%. A média móvel de mortes (total de vidas perdidas durante a semana dividida pelo número de dias) na semana epidemiológica 18 ficou em 2.126.


A curva de mortes durante a pandemia segue o movimento de reversão da tendência de alta da 2ª onda registrada neste ano, iniciada por um aumento intenso a partir do fim do mês de fevereiro. A inflexão teve início na semana epidemiológica 14, na 1ª quinzena de abril.


Os boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde sobre o novo coronavírus reúnem a avaliação da pasta sobre a evolução da pandemia, considerando as semanas epidemiológicas e o tipo de mediação empregada por autoridades de saúde para essas situações. A semana epidemiológica é um recorte temporal adotado por autoridades de saúde para analisar esses movimentos.


Distribuição dos novos registros de óbitos (A) por covid-19 por semana epidemiológica de notificação. Brasil, 2020-21.

Distribuição dos novos registros de óbitos (A) por covid-19 por semana epidemiológica de notificação. Brasil, 2020-21. - Divulgação/Ministério da Saúde

O número de novos casos oscilou 1% para cima. Na SE 18 foram registrados 419.904 novos diagnósticos positivos da covid-19, contra 417.760 na semana anterior. A média móvel de casos ficou em 59.986.


O resultado da SE 18 marcou um avanço na tendência de reversão do movimento de queda da curva de casos, já iniciada na semana anterior. A redução dos novos diagnósticos positivos de covid-19 foi iniciada em março, apenas com um revés na SE 13.  


Distribuição dos novos registros de casos por covid-19 por semana epidemiológica de notificação. Brasil, 2020-21.

Distribuição dos novos registros de casos por covid-19 por semana epidemiológica de notificação. Brasil, 2020-21. - Divulgação/Ministério da Saúde

Estados

Conforme o boletim epidemiológico, o número de estados com aumento nos novos casos ficou em três na semana epidemiológica 18, 15 ficaram estáveis e oito mais o Distrito Federal tiveram redução. Os acréscimos mais efetivos ocorreram no Rio de Janeiro (79%) e Piauí (31%). Já as quedas mais intensas se deram no Rio Grande do Sul (-13%) e Espírito Santo (-13%).


Quando consideradas as mortes, o número de estados com queda das curvas foi de 19 mais o DF, seis ficaram estáveis e apenas um teve acréscimo em relação ao balanço da semana anterior. As quedas mais expressivas aconteceram no Pará (-33%) e no Amazonas (-32%). O aumento ocorreu no Paraná (13%)


Mundo

A Índia ampliou sua liderança como país com mais novas mortes em todo o mundo, a partir da explosão da pandemia no local. Lá foram registrados 26.805 novos óbitos. O Brasil mantém a 2ª colocação. Em seguida, vêm Estados Unidos (4.614), Colômbia (3.367) e Argentina (2.946). Quando considerados números absolutos desde o início da pandemia, o Brasil segue na 2ª posição, atrás dos Estados Unidos (576.722).


Evolução do número de novos óbitos confirmados de covid-19 por semana epidemiológica, segundo países com maior número de óbitos.

Evolução do número de novos óbitos confirmados de covid-19 por semana epidemiológica, segundo países com maior número de óbitos. - Divulgação/Ministério da Saúde

O Brasil ocupou a 2ª colocação no ranking de casos. A liderança continuou com a Índia, que teve 2.738.624 novos diagnósticos no período. O Brasil é seguido por Estados Unidos (294.084), Turquia (166.733) e Argentina (142.293). Na comparação em números absolutos, o Brasil fica na 3ª posição, atrás dos EUA (32,6 milhões) e Índia (22,2 milhões).


Evolução do número de novos casos confirmados de covid-19 por semana epidemiológica, segundo países com maior número de casos.

Evolução do número de novos casos confirmados de covid-19 por semana epidemiológica, segundo países com maior número de casos. - Divulgação/Ministério da Saúde

 


Edição: Aline Leal


quinta-feira, 13 de maio de 2021

Giotto Pintor e arquiteto italiano / Humanismo do Trecento

Giotto di Bondone

Fuga para o Egito

A Lamentação
O beijo de Judas

São francisco pregando aos pássaros





Giotto
Pintor e arquiteto italiano
Por Dilva Frazão

Biografia de Giotto
Giotto (1266-1337) foi um pintor italiano, considerado o primeiro expoente da Pintura Renascentista. Autor do desenho do "Campanário de Giotto", torre que se ergue na Praça do Dumo, junto à Catedral Santa Maria del Fior, de Florença. Realizou obras em Assis, Roma, Pádua, Florença, Nápoles e Bolonha.

Infância e juventude
Giotto (Ambrogiotto Bordone) nasceu na pequena aldeia de Colle di Vespignano, perto de Florença, no ano de 1266. Filho de camponeses cresceu em meio ao pastoreio de ovelhas.

Conta-se que em 1272 ele foi descoberto pelo pintor Cenni di Pepo, conhecido como Cimabue, que viu seus desenhos sobre as pedras lisas do campo e o levou para estudar em seu estúdio em Florença. Dez anos durou o aprendizado de Giotto no estúdio do pintor florentino.

Início da carreira
Em 1280, Giotto acompanhou seu mestre em frequentes viagens entre Roma e Assis. Em 1287, com 21 anos, o jovem pintor casa-se com Ricevuta di Lapo del Pele, com quem teve oito filhos.
Durante esse período, aprendeu a dominar os pincéis, as cores e as formas e ao mesmo tempo desenvolveu suas próprias ideias sobre pintura. Giotto achava indispensável representar traços humanos nos santos.
São dessa fase as obras: “O Crucifixo de Santa Maria Novella” (1288-1289), conservado na nave central da Basílica de Santa Maria Novella, em Florença, “A Vírgem com o Menino e os Anjos” (1290), conservado no Museu Diocesano da Igreja de San Giorgio ala Costa, Florença e a Histórias de Isaac (1290), na Igreja de São Francisco de Assis, que compreende dois afrescos e foi pintado com a ajuda de Cimabue:
Em 1295, Gioto é consagrado mestre e filia-se à Confraria dos Pintores. Em 1296, é chamado para pintar uma série de afrescos para decorar a capela superior da Basílica de Assis. O pintor dividiu a parede da igreja em 23 afrescos e durante quatro anos, pintou em cada um deles um episódio da vida do santo.

Entre a série de afrescos pintados na Basílica de Assis estão: O Êxtase de São Francisco, A Regra Franciscana, A Morte de São Francisco, São Francisco Recebendo os Estigmas, São Francisco Diante do Papa Horácio III e Sermão aos Pássaros:

Giotto
São Francisco Diante do Papa Horácio III
Giotto
Sermão aos Pássaros
Famoso pelos afrescos de Assis, em 1298, Giotto foi levado para Roma pelo cardeal Jacopo Stefaneschi, cônego de São Pedro, para pintar um mosaico gradioso - “La Navicella” na antiga Basílica de São Pedro. Hoje, fragmentos restaurados da obra se encontram no átrio da Basílica de São Pedro.

Giotto participou também da pintura do mural comemorativo do jubileu de 1300, nas paredes da Igreja de São João de Latrão. Hoje restam fragmentos do mural - Bonifácio VIII Proclamando o Jubileu.

Giotto
Bonifácio VIII
Em 1301, Giotto abre um estúdio em Florença. Em 1304, vai para Pádua, para executar a encomenda da decoração da Cappella degli Scrovegni também conhecida como Capela Arena. 

Atrás do altar, Giotto pintou o Juízo Final, em cuja parte inferior figura Enrico Scrovegni, doando a capela dedicada à virgem. Nas paredes laterais, pintou 38 afrescos com cenas do Evangelho e da vida da Virgem e a série virtudes e os vícios. Entre eles, destaca-se Lamento ante Cristo Morto. 

Cappella degli Scrovegni
Juízo Final (Giotto)
Lamento ante Cristo Morto

 

Em 1311, Giotto retorna para Florença onde trabalha intensamente. Nessa época, pinta a Madona para a Igreja de Ognissanti.

 
Madona

 

Em 1315 inicia a pintura das capelas Peruzzi e Bardi, na Igreja de Santa Cruz. Em 1329, viaja para Nápoles a serviço de Roberto d’Anjou, onde permanece durante cinco anos. Em 1332, viaja para Bolonha, onde pinta um retábulo e decora a Capela do Castelo Galliera.

Em 1334, já em Florença é contratado como mestre-chefe das obras da construção da Catedral de Santa Maria del Fiori. Projeta o Campanário de Giotto, uma torre recoberta de mármore que se ergue junto à Catedral.


Campanário de Giotto

 

O mestre-chefe das obras desenhou o campanário, mas não pode vê-lo pronto, faleceu antes do seu término. Giotto faleceu em Florença, Itália, no dia 8 de janeiro de 1337.

Dilva Frazão


 https://www.ebiografia.com/giotto/







 

A ESCOLA NÃO COMBINA COM IDEOLOGIAS, BULLYING, AUTORITARISMO OU QUALQUER TIPO DE OPRESSÃO /// Esse é o caso de Another Brick In The Wall, do quarteto Pink Floyd. A música foi lançada em 1979, no disco The Wall, e é, até hoje, um hino do rock progressivo. E não é para menos: a letra fala sobre temáticas bastante importantes, como sistema educacional, ideologia, autoritarismo e sociedade. //Another Brick In The Wall - Pink Floyd (Legendado PT-BR)




O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO 

A escola exerce dois papéis fundamentais na sociedade: socializar e democratizar o acesso ao conhecimento e promover a construção moral e ética nos estudantes. Esses dois papéis compõem a formação de pessoas conscientes, críticas, engajadas e com potencial de transformação de si mesmas e da sociedade.

O papel da escola na formação do cidadão é essencial para o bom funcionamento da sociedade. De todo educador e de toda instituição da Educação Básica é esperada atenção especial a esse propósito social e, ainda mais após a aprovação da Base Nacional Comum Curricular, esse princípio deve nortear cada etapa do processo de aprendizagem.

Neste artigo, você vai entender com mais detalhes o lugar na escola na formação cidadã e qual é o papel dos educadores no desenvolvimento de seus estudantes para enfrentar os desafios da vida adulta e do que fazer após a escola.

Entenda o papel da escola na formação do cidadão
A escola atua em vários campos possíveis na formação integral das crianças e adolescentes. Continue lendo e saiba mais sobre a importância e o papel da escola na formação da sociedade:

A criança é o futuro da sociedade
Trabalhar para um futuro melhor, uma sociedade mais justa e um país mais próspero deve necessariamente passar por um investimento direto nas gerações futuras, ou seja, as crianças.

Como futuros cidadãos e cidadãs, as crianças devem aprender desde o princípio da vida social qual é o seu lugar no mundo, quais são os direitos e deveres de que dispõem (e como lutar por eles), e a importância de formar opiniões críticas e engajadas sobre os problemas da sociedade, do país e do mundo.

Nesse processo, as crianças estão inseridas em um contexto histórico e social próprio, no qual serão também agentes. A escola deve colaborar para que os mais jovens aprendam a ser e estar nesse contexto, assimilando o funcionamento das instituições, o modo como os conhecimentos são construídos e qual é o espaço que temos de transformação.

O trabalho educativo, portanto, está centrado na assimilação da cultura e do conhecimento que levará à formação histórica e social necessária para que o novo cidadão consiga compreender o contexto de sua existência e como pode se tornar um agente histórico.

O desenvolvimento da individualidade

A escola é o ambiente primário da socialização fora da família, sendo um dos espaços primordiais para a construção da personalidade de cada um. Cada indivíduo que ingressa na escola tem a oportunidade de construir as próprias opiniões, compartilhar ideias e, em último lugar, formar a própria personalidade.

Sendo assim, a socialização escolar é fundamental para desenvolver a autonomia na criança, que aprende a reproduzir as relações sociais e, a partir da convivência, consegue construir seu próprio modo de pensar e existir em sociedade. É esse trabalho que levará à formação de indivíduos críticos.

O estímulo ao pensamento crítico e à autonomia

Uma vez consolidados os aprendizados básicos sobre o funcionamento da sociedade, o papel da escola é estimular o pensamento crítico, a autonomia, a colaboração e cooperação entre indivíduos e a capacidade de tomada de decisões. Essas são habilidades essenciais para os futuros cidadãos na condução dos processos históricos dos quais eles serão agentes.

A escola pode trabalhar para isso promovendo debates e discussões com rigor e excelência de conhecimento; estimulando que os alunos desenvolvam projetos próprios e estimulando o ingresso na vida acadêmica e, a depender, na produção de conhecimento, como veremos adiante.

Saiba como motivar os alunos para a vida acadêmica

O trabalho de tornar os estudantes mais autônomos, independentes e críticos já é parte do preparo que a escola deve ter na formação e já serve como gatilho para que eles tenham interesse natural em continuar os estudos e investir na própria vida acadêmica.

Especialmente na terceira série do Ensino Médio, falar sobre carreira, profissão e cursos universitários deve ser comum. Os professores devem informar os estudantes sobre processos seletivos, bolsas de estudo, ENEM, além de incentivar uma boa orientação profissional por meio de eventos e programação especial.

ENEM e vestibulares

A escola deve preparar palestras específicas e inserir, na grade curricular normal, alguns momentos para explicar e tirar dúvidas dos estudantes sobre vestibulares e processos seletivos em geral, além de obtenção de bolsas de estudo e financiamento estudantil. Um dos focos principais deve ser o ENEM, principal porta de entrada para o Ensino Superior no Brasil.

Orientação profissional

Se a escola contar com psicólogo e orientador profissional em seu corpo de funcionários, a preparação psicológica e o processo de escolha de curso superior e de carreira para os alunos e alunas pode ganhar um bom aliado com este profissional. Docentes e coordenação devem estimular os estudantes a procurarem o orientador e marcarem sessões fixas esporádicas para que o acompanhamento seja feito de forma mais próxima.

Feiras de profissões

A escola pode organizar ao longo do ano uma feira de profissões, ou articular recursos para organizar uma excursão para levar os estudantes a uma feira universitária. Essa programação é uma ótima forma de aproximar os alunos e alunas do ambiente universitário e dos cursos na prática, podendo conversar com estudantes dos cursos e profissionais já formados.

Uma outra forma fácil de promover essa vivência dentro da escola é organizar um evento e convidar ex-estudantes da instituição, que estejam cursando diferentes tipos de graduação, para conversar com os alunos do Ensino Médio.

O pós-escola: Orientando para os desafios da vida adulta
A formação de um cidadão e adulto vai para muito além do vestibular e da definição profissional. É preciso orientar o jovem para os desafios que virão com a grande autonomia que a vida adulta, como um todo, traz.

Nesse momento, os estudantes estão enfrentando grandes desafios em suas vidas: escolher uma graduação, por vezes sair de casa, mudar-se de cidade, ter que lidar com muitas transformações muito rapidamente em ambiente não familiar.

A responsabilidade por suavizar os baques e eventuais problemas não é apenas da família, mas também da escola, que tem estrutura e suporte para oferecer uma orientação especializada.

Essa orientação pode estar dentro da grade curricular, com palestras e oficinas sobre esse momento de transição, ou também por meio de trabalhos e projetos extracurriculares que podem ser desenvolvidos, como oficinas de cidadania e responsabilidade civil, cursos de empreendedorismo e projeto de vida, entre outros.

O intuito é, também, mostrar a infinidade de possibilidades que há na vida para se seguir, ajudando a reduzir o peso do momento da escolha no vestibular e dando uma perspectiva mais ampla para o que é possível fazer e apostar na vida.

Conclusão

O papel último da escola é formar, idealmente, cidadãos éticos, social e ambientalmente responsáveis, com criticidade e autonomia de pensamento e engajados em transformar e melhorar a sociedade em que vivem. A formação cidadã busca este ideal orientando da melhor forma possível o processo de crescer e começar a atuar.

Docentes e coordenadores, ao longo de todo o Ensino Básico, devem ter essa referência em mente, reforçando em cada estudante a importância de colocar-se politicamente no mundo e de transformar seu meio com base na profissão que escolherem e no caminho que estiverem aptos a seguir.



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Conflito de Gaza se intensifica com barragens de foguetes e ataques aéreos (Reuters)



Conflito de Gaza se intensifica com barragens de foguetes e ataques aéreos

Por Nidal al-Mughrabi , Jeffrey Heller



GAZA / JERUSALÉM (Reuters) -Militantes palestinos dispararam mais foguetes contra o coração comercial de Israel na quinta-feira, enquanto Israel mantinha uma campanha de bombardeio na Faixa de Gaza e concentrava tanques e tropas na fronteira do enclave.


Quatro dias de combates na fronteira não mostraram sinais de diminuir, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a campanha "levará mais tempo". Autoridades israelenses disseram que o grupo governante de Gaza Hamas deve receber um forte golpe de dissuasão antes de qualquer cessar-fogo.


A violência também se espalhou para comunidades mistas de judeus e árabes em Israel, uma nova frente no longo conflito. Sinagogas foram atacadas e combates eclodiram nas ruas de algumas cidades, levando o presidente de Israel a alertar sobre uma guerra civil.


Pelo menos 103 pessoas foram mortas em Gaza, incluindo 27 crianças, nos últimos quatro dias, disseram autoridades médicas palestinas. Somente na quinta-feira, 49 palestinos foram mortos no enclave, o maior número em um dia desde segunda-feira.


Sete pessoas foram mortas em Israel: um soldado que patrulhava a fronteira de Gaza, cinco civis israelenses, incluindo duas crianças, e um trabalhador indiano, disseram as autoridades israelenses.


Preocupados com a possibilidade de as piores hostilidades na região em anos saírem do controle, os Estados Unidos enviaram um enviado, Hady Amr. Os esforços de trégua do Egito, Catar e das Nações Unidas ainda não deram sinais de progresso.


O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu na quinta-feira uma diminuição da violência, dizendo que queria ver uma redução significativa nos ataques de foguetes.


Militantes dispararam salvas de foguetes em Tel Aviv e cidades vizinhas com o sistema anti-míssil Iron Dome interceptando muitos deles. Comunidades perto da fronteira com Gaza e da cidade de Beersheba, no deserto ao sul, também foram visadas.


Cinco israelenses foram feridos por um foguete que atingiu um prédio perto de Tel Aviv na quinta-feira.


Três foguetes também foram disparados do Líbano contra Israel, mas caíram no Mar Mediterrâneo, disseram os militares. Parecia ser uma demonstração de solidariedade a Gaza por grupos palestinos no Líbano, ao invés do início de qualquer ofensiva.


Em Gaza, aviões de guerra israelenses atingiram um prédio residencial de seis andares que pertencia ao Hamas. Netanyahu disse que Israel atingiu um total de cerca de 1.000 alvos militantes no território.


Promotor do TPI alerta contra crimes na escalada da violência israelense-palestina

Alemanha alerta para protestos à medida que o conflito de Gaza se intensifica


Aeronaves israelenses também atacaram um quartel-general da inteligência do Hamas e quatro apartamentos pertencentes a comandantes do grupo, disseram os militares, acrescentando que as casas eram usadas para planejar e dirigir ataques contra Israel.


Diplomatas disseram que os Estados Unidos, um aliado próximo de Israel, se opõe a um pedido da China, Noruega e Tunísia para uma reunião pública virtual do Conselho de Segurança da ONU na sexta-feira para discutir a violência.


O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse a repórteres que tal reunião seria melhor na próxima semana para dar tempo à diplomacia na esperança de conseguir uma redução da escalada.


Parado ao lado de uma estrada de Gaza danificada por ataques aéreos israelenses, Assad Karam, 20, um trabalhador da construção civil, disse: “Estamos enfrentando Israel e o COVID-19. Estamos entre dois inimigos. ”


Em Tel Aviv, Yishai Levy, um cantor israelense, apontou para os estilhaços que caíram na calçada de sua casa.


“Quero dizer aos soldados israelenses e ao governo: não parem até terminar o trabalho”, disse ele à televisão YNet.


Israel lançou sua ofensiva depois que o Hamas disparou foguetes contra Jerusalém e Tel Aviv em retaliação aos confrontos da polícia israelense com os palestinos perto da mesquita al-Aqsa em Jerusalém Oriental durante o mês de jejum muçulmano do Ramadã.


Várias companhias aéreas estrangeiras cancelaram voos para Israel por causa dos distúrbios.


'DISRUPTING' HAMAS


O general-de-brigada Hidai Zilberman, o porta-voz do exército israelense, disse que os ataques a locais de produção e lançamento de foguetes de militantes estão “interrompendo as atividades do Hamas”, mas ainda não a ponto de interromper os ataques.


“É mais difícil para eles, mas temos que dizer com justiça que o Hamas é um grupo organizado, que tem a capacidade de continuar a atirar por vários dias mais nos locais que tem como alvo em Israel”, disse ele sobre Israel. Canal 12 TV.


Ele disse que entre 80 e 90 militantes foram mortos em ataques israelenses.


Zilberman disse que Israel está “formando forças na fronteira de Gaza”, um desdobramento que levantou especulações sobre uma possível invasão terrestre, um movimento que lembraria incursões semelhantes durante as guerras Israel-Gaza em 2014 e em 2009.


Correspondentes de assuntos militares israelenses, que são informados regularmente pelas forças armadas, disseram, no entanto, que uma grande operação terrestre é improvável, citando o alto número de baixas entre os riscos.


O porta-voz do braço armado do Hamas, Abu Ubaida, respondeu ao aumento das tropas com desafio, pedindo aos palestinos que se levantassem.


RECURSOS ESTRANGEIROS

Até o momento, cerca de 1.750 foguetes foram disparados contra Israel, dos quais 300 ficaram aquém da Faixa de Gaza, disseram os militares israelenses.


A agência da ONU para refugiados palestinos, UNRWA, disse que duas de suas escolas foram atingidas na terça e na quarta-feira “no contexto de ataques aéreos de Israel”, e que pelo menos 29 salas de aula foram danificadas.


A escola está em recesso em Gaza, e as aulas também foram suspensas em muitas partes de Israel, incluindo em uma cidade onde uma escola vazia foi atingida por um foguete na terça-feira.


O primeiro-ministro britânico Boris Johnson pediu uma "redução urgente" da violência e o presidente francês Emmanuel Macron pediu um "reinício definitivo" das negociações entre israelenses e palestinos congeladas.


O presidente russo, Vladimir Putin, e o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, também apelaram pelo fim dos combates.


As hostilidades alimentaram a tensão entre os judeus israelenses e a minoria árabe de 21% do país que vive ao lado deles em algumas comunidades.


Grupos judeus e árabes atacaram pessoas e danificaram lojas, hotéis e carros durante a noite. Em Bat Yam, ao sul de Tel Aviv, dezenas de judeus espancaram e chutaram um homem que pensava ser árabe enquanto ele estava deitado no chão.


Uma pessoa foi baleada e gravemente ferida por árabes na cidade de Lod, onde as autoridades impuseram toque de recolher, e mais de 150 prisões foram feitas em Lod e em cidades árabes no norte de Israel, disse a polícia.


O presidente israelense Reuven Rivlin pediu o fim “desta loucura”.


Embora a última agitação em Jerusalém tenha sido o gatilho imediato para as hostilidades, os palestinos estão frustrados com os reveses em suas aspirações por um estado independente nos últimos anos, incluindo o reconhecimento de Washington da disputada Jerusalém como a capital de Israel.


Na frente política israelense, as chances de Netanyahu de permanecer no poder após uma eleição inconclusiva de 23 de março pareceram melhorar significativamente depois que seu principal rival, o centrista Yair Lapid, sofreu um grande revés nos esforços para formar um governo.


Reportagem de Nidal al-Mughrabi, Rami Ayyub e Dan Williams, reportagem adicional de Nandita Bose e Steve Holland em Washington e Michelle Nichols em Nova York Edição de Timothy Heritage, Angus MacSwan, Frances Kerry e Howard Goller


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NOS 133 ANOS DO FIM DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL, VEJA 5 MITOS SOBRE A LEI ÁUREA // A história do famoso decreto assinado pela Princesa Isabel é por vezes distorcida


Princesa Isabel



Escravizados numa fazenda na província de Minas Gerais, 1876 - Coleção Princesa Isabel: Fotografia do século XIX, via Wikimedia Commons



 NOS 133 ANOS DO FIM DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL, VEJA 5 MITOS SOBRE A LEI ÁUREA

A história do famoso decreto assinado pela Princesa Isabel é por vezes distorcida


ANDRÉ NOGUEIRA/ ATUALIZADO POR INGREDI BRUNATO, SOB SUPERVISÃO DE THIAGO LINCOLINS PUBLICADO EM 13/05/2020 


O dia 13 de maio possui uma importância inegável para a história brasileira, marcando o data em que a escravidão finalmente foi abolida no Brasil através da promulgação da Lei Áurea. Nosso país foi o último do Ocidente a tomar essa decisão, inclusive, tendo retardado o fim da legalidade do cativeiro de trabalhadores.


Uma ocorrência curiosa é que, apesar desse momento ter uma grande relevância histórica, ainda existem diversos aspectos que são difundidos de maneira que não reflete a realidade da época. 


A figura da própria Princesa Isabel, por exemplo, que foi responsável pela assinatura do decreto, tem suas motivações por trás do ato interpretadas frequentemente de maneira simplificada. 


E não foram apenas os objetivos monárquicos que foram distorcidos: os posicionamentos e atitudes relacionados à escravidão de vários setores da sociedade brasileira passaram por esse processo, escondendo assim uma série de mitos sobre a história do Brasil. 


Pensando nisso, separamos 5 dessas afirmações não tão precisas, para assim devolver a clareza a esse período marcante da trajetória nacional. 


1. A abolição foi obra da Princesa Isabel

A professora Angela Alonso, autora de Flores, Votos e Balas, resume: "Depois da abolição, aconteceram várias celebrações em torno da Princesa Isabel. Parte dos abolicionistas, inclusive, associou a abolição à Coroa. Mas [a Princesa] teve uma importância bem lateral. Há vários líderes negros que foram muito importantes". Ou seja, se esquece dos principais interessados na abolição: os escravos.


“Os próprios escravos contribuíram de forma decisiva para acelerar o processo do fim da escravidão”, adiciona o historiador Ricardo Tadeu Caires Silva, da Universidade Estadual do Paraná, à BBC. “A abolição foi feita muito mais por uma pressão das ruas, das senzalas, do que por uma decisão política com base na bondade”.


Ao contrário do que diz o senso comum, o núcleo da luta pela abolição não era uma vontade humanista por parte da monarquia, mas uma série de lutas e revoltas no interior das fazendas, que foram suprimidas.


A Lei Áurea é o culminar de todo um projeto de pressão social pelo fim da escravidão, que foi adiada com leis conservadoras como o Ventre Livre e a do Sexagenário.

 


Não ha dúvidas: a abolição da escravatura seria assinada por qualquer um que estivesse no poder. O adiamento da execução não ocorreu por uma discordância entre o Imperador e a Princesa, mas por conta de uma inviabilidade vista pelo governo, que tinha seu principal apoio na elite escravista. As pressões sociais, porém, obrigaram o governo a se modernizar economicamente e acabar com a questão servil.


As motivações que levaram à Lei Aurea não eram de motriz humanista ou social, mas essencialmente produtiva, e a herdeira do trono, com pressões causadas pelas revoltas escravas, enxergava, assim como o pai, a ação como premeditada.


3. A luta contra a escravidão foi pacífica



Aqui, prevalece uma confusão de protagonismo. Na luta pela abolição por parte da monarquia, essa questão se tronou pauta a partir de 1850. No entanto, a emancipação dos cativos já era socialmente exigida desde o século 16: escravos lutavam por sua liberdade há séculos.


Famílias negras livres também integraram à luta emancipacionista muito antes dela se tornar uma pauta econômica do Império. Nomes importantes como Luís Gama, José do Patrocínio, André Rebouças e outros negros batalharam não apenas pelo fim do serviço senhorial, mas pelo auxílio aos libertos, que eram desamparados (e continuaram com as decisões políticas da Princesa Isabel e da República).


Uma das maiores especialistas em escravidão do Brasil, Maria Helena Machado, da USP, lembra em entrevista à BBC da pressão que a violência das revoltas contra os senhores teve na pressão pela abolição: "Eram crimes planejados, insurreições. Muitas vezes, em reação à violência física contra os escravos”.


Ou seja, muitas dessas ações tiveram um cunho revolucionário. "Aqueles que vencem a batalha é que fazem a narrativa. Nós historiadores temos que reconstituir o processo da batalha, para recuperar as vozes daqueles que não foram ouvidas".


4. Os governantes estavam do lado dos escravos


Ao contrario do que se costuma afirmar, o que resultou na Lei Áurea não era um afeto da monarquia pelos negros, mas o medo de uma revolta generalizada como aconteceu no Haiti, que quebraria a lógica do poder e dominação senhoriais.


É o que defende Luís Felipe de Alencastro, historiador e cientista político, que afirma que a abolição foi um movimento conservador de manutenção dos privilégios, para a elaboração, ainda excludente, de uma nova fase econômica controlada pela elite. “No final, a ideia de reforma agrária capotou”, disse Luís em entrevista à BBC.


Muitos dos agentes centrais do movimento pela emancipação foram esquecidos e caíram no anonimato, num esforço conjunto de monarquia e república de acabar com a memória dos negros no Brasil.


Resumidos em alguns nomes mais conhecidos e ligados à ideologia monárquica, como José do Patrocínio (normalmente lido como caricatura), isso serve a um projeto de protagonismo da elite branca.


5. Um marco contra o racismo


O período pós-abolição é central na compreensão das mazelas que ainda atingem a sociedade brasileira, marcada pela exclusão de negros em favelas e empregos de baixa remuneração e qualidade.


O projeto abolicionista nunca teve uma matriz humanista de auxílio aos emancipados, que foram deixados à própria sorte, sem propriedade e excluídos do mundo do trabalho, que esperava uma substituição com base na mão de obra europeia.


A inclusão do negro na sociedade não era pauta do governo. “Agora, a gente tem condições mais favoráveis pra voltar a esse 13 de maio com outros olhares e outras perguntas que permitam reconhecer os esforços negros na luta contra a escravidão. Porque, ainda que o projeto dessas pessoas não tenha sido o vitorioso, não se pode ignorar a luta dessas pessoas. Isso é um outro roubo de historicidade da experiência negra”, afirmou Ana Flávia Magalhães, da UnB, ao portal Terra.


“É importante a gente pensar nos abolicionistas lá do século 19 e o que a gente está enfrentando aqui hoje. Essa situação hoje é lastimável, de um racismo atemporal que se organiza no Brasil e que muita gente que está no topo do comando político tem ojeriza de sequer citar esse debate, quanto mais enfrentar o que essa situação de exclusão histórica produziu e impactou no projeto de vida da coletividade negra do país”, lembra a pesquisadora e ativista baiana Vilma Reis.

A democracia racial


 A democracia racial 

A democracia racial é um termo usado por algumas pessoas para descrever relações raciais no Brasil. O termo denota a crença de alguns estudiosos que o Brasil escapou do racismo e da discriminação racial. Estudiosos afirmam que os brasileiros não vêem uns aos outros através da lente da raça e não abrigam o preconceito racial em relação um ao outro. Por isso, enquanto a mobilidade social dos brasileiros pode ser limitada por vários fatores, gênero e classe incluído, a discriminação racial é considerada irrelevante (dentro dos limites do conceito da democracia racial).


O conceito foi apresentado inicialmente pelo sociólogo Gilberto Freyre, na sua obra Casa-Grande & Senzala, publicado em 1933. Embora Freyre jamais tenha usado este termo nesse seu trabalho, ele passou a adotá-lo em publicações posteriores, e suas teorias abriram o caminho para outros estudiosos popularizarem a ideia.



Freyre argumentou que vários fatores, incluindo as relações estreitas entre senhores e escravos antes da emancipação legal dada pela Lei Áurea em 1888, e o caráter supostamente benigno do imperialismo Português impediu o surgimento de categorias raciais rígidas. Freyre também argumentou que a miscigenação continuada entre as três raças (ameríndios, os descendentes de escravos africanos e brancos) levaria a uma "meta-raça". A teoria se tornou uma fonte de orgulho nacional para o Brasil, que se contrastou favoravelmente com outros países, como os Estados Unidos, que enfrentava divisões raciais que levaram a significantes atos de violência. Com o tempo, a democracia racial se tornaria amplamente aceita entre os brasileiros de todas as faixas e entre muitos acadêmicos estrangeiros. Pesquisadores negros nos Estados Unidos costumavam fazer comparações desfavoráveis entre seu país e o Brasil durante a década de 1960.


Nas últimas quatro décadas, principalmente a partir da publicação em 1976 de Preto no Branco, escrito por Thomas Skidmore, um estudo revisionista das relações raciais brasileiras, os estudiosos começaram a criticar a noção de que o Brasil seja de verdade uma democracia racial. Skidmore argumenta que a elite predominantemente branca na sociedade brasileira promoveu a democracia racial para obscurecer formas de opressão racial.



Os críticos que se opõem à ideia da democracia racial, afirmando que ela seja um mito, frequentemente usam como base a alegação genérica de que não seria possível definir com exatidão à qual raça uma pessoa pertença realmente, visto que os próprios indivíduos não são capazes de se definir. Muitos pesquisadores relatam estudos em que demonstram a discriminação generalizada nos campos do emprego, educação e política eleitoral. O uso aparentemente paradoxal da democracia racial para obscurecer a realidade do racismo tem sido referido pelo estudioso Florestan Fernandes como o "preconceito de não ter preconceitos". Ou seja, porque o Estado assume a ausência de preconceito racial, ele não consegue fazer cumprir o que existem poucas leis para combater a discriminação racial, pois acredita que tais esforços sejam desnecessários.


Michael Hanchard, cientista político da Universidade John Hopkins, argumenta que a ideologia da democracia racial, muitas vezes promovida por aparatos estatais, impede uma ação efetiva de combate à discriminação racial, levando as pessoas a atribuírem a discriminação a outras formas de opressão e permitindo que funcionários do governo acusados neguem a sua existência, mesmo que apenas inicialmente.


Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia_racial_no_Brasil

http://www.imil.org.br/artigos/a-importancia-de-gilberto-freyre-para-a-construcao-da-nacao-brasileira-parte-ii/

Anvisa autoriza uso emergencial de coquetel contra a covid-19/ Medicação deve ser usada no início dos sintomas da doença


 Anvisa autoriza uso emergencial de coquetel contra a covid-19

Medicação deve ser usada no início dos sintomas da doença

 

Publicado em 13/05/2021 -  Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje (13) o uso em caráter emergencial de um novo coquetel de anticorpos para o tratamento de pacientes com covid-19. A área técnica e os diretores avaliaram que o uso combinado dos medicamentos Banlanivimabe e Etesevimabe, da empresa Eli Lilly do Brasil, para casos em estágios iniciais traz benefícios, ainda que permaneçam algumas incertezas.


Os anticorpos objetivam neutralizar o vírus antes que ele entre na célula. Conforme análise dos técnicos da agência, eles têm potencial de eficácia maior quando empregados conjuntamente do que no uso individual.


De acordo com as equipes de análise da agência, quando utilizados juntos, os dois medicamentos podem reduzir em até 70% a incidência da covid-19. Tal eficácia se daria em pacientes que ainda não tenham evoluído para quadro grave e tenham alto risco de progressão.


O termo “alto risco” envolve pessoas com condições de saúde como idade avançada, obesidade, doença cardiovascular, diabetes mellitus tipos 1 e 2, doença pulmonar crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica ou imunossuprimidos.


A orientação é que a aplicação seja feita em hospitais, em razão da estrutura disponível e dos profissionais que realizam o procedimento. A Anvisa não indicou o uso em pacientes com quadros graves, situações em que o coquetel pode agravar o problema. Os remédios não poderão ser comercializados.


O uso emergencial foi autorizado por 12 meses. O tempo de espera para uso do coquetel, após aberto, não pode ser superior a 24 horas em ambiente refrigerado e sete horas em temperatura ambiente.


“Durante a emergência de saúde pública, a autorização emergencial é instrumento regulatório para fomentar tempestivamente opções terapêuticas mesmo em face de um produto em desenvolvimento clínico”, declarou a diretora Meiruze Freitas.


“A partir dos dados apresentados, os benefícios conhecidos e potenciais dos medicamentos quando utilizados em uso emergencial superam os seus riscos”, complementou o também diretor Alex Campos.


Incertezas

A indicação é que o coquetel seja aplicado a adultos. No caso de adolescentes, não houve comprovação de eficácia nos ensaios clínicos. A equipe técnica da Anvisa também apontou o que chama de “incertezas”, ou pontos não comprovados pelos documentos enviados pelo fabricante. Os técnicos defenderam a continuidade do monitoramento do uso do grupo de medicamentos para avaliar seus efeitos.


Entre as incertezas está a falta de ação contra a variante P1, existente no território brasileiro. “Isso gerou muita discussão na área porque a gente sabe que é uma variante significativa na nossa realidade. Muitas vezes o diagnóstico e teste para identificar a variante é mais limitado. Como essa associação de anticorpo mostrou resultados favoráveis, há incerteza de eficácia contra variante, mas ainda assim tem benefício plausível”, analisou o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes.


Este ponto foi considerado pelos diretores. “Ainda que haja pontos que não podem ser respondidos em sua totalidade, como a comprovação de eficácia clínica do produto contra a variante P1, é indiscutível o impacto que um medicamento que impede a progressão da doença pode trazer aos serviços de saúde”, concluiu a diretora Cristine Jourdan.


Edição: Denise Griesinger


quarta-feira, 12 de maio de 2021

Brasil compra mais 100 milhões de doses da vacina COVID-19 da Pfizer


 Brasil compra mais 100 milhões de doses da vacina COVID-19 da Pfizer

Pela equipe da Reuters

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Saúde do Brasil anunciou na terça-feira que assinou um acordo para a Pfizer entregar mais 100 milhões de doses de sua vacina COVID-19, dobrando o número de vacinas da empresa.


As vacinas adicionais serão entregues entre setembro e dezembro, informou o Ministério da Saúde em nota.


Isso se soma a um acordo no início do ano para 100 milhões de doses iniciais, das quais o Brasil recebeu apenas 1,6 milhão até agora.


O Brasil registrou o segundo surto de coronavírus mais mortal do mundo e continua com uma média de mais de 2.000 mortes por dia. Mais de 425.000 pessoas morreram de COVID-19 desde o início da pandemia, de acordo com o Ministério da Saúde.


Cerca de 15% da população brasileira recebeu pelo menos uma dose da vacina, de acordo com o ministério, bem menos do que a maioria dos países europeus e norte-americanos.


Reportagem de Ricardo Brito; Escrito por Jake Spring; Edição de Cynthia Osterman


Nossos padrões: Princípios de confiança da Thomson Reuters.



terça-feira, 11 de maio de 2021

Covid-19: Saúde suspende vacinação de gestantes com AstraZeneca Anúncio foi feito em coletiva com o ministro Marcelo Queiroga


 Covid-19: Saúde suspende vacinação de gestantes com AstraZeneca

Anúncio foi feito em coletiva com o ministro Marcelo Queiroga


Publicado em 11/05/2021   Por Agência Brasil - Brasília


Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientar a suspensão da vacinação de gestantes com o imunizante Oxford/AstraZeneca, o Ministério da Saúde confirmou hoje (11) a suspensão para este segmento e para puérperas com o imunizante da marca.


No caso das vacinas Coronavac e da Pfizer, o Ministério autoriza o uso apenas nos casos de mulheres com comorbidades. Aquelas que não apresentarem condições de saúde enquadradas nesta categoria não deverão ser imunizadas.


Mesmo com a decisão, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou a importância das vacinas, inclusive da Oxford/AstraZeneca. “Quero reiterar a confiança na segurança e eficácia nestas vacinas. Todo programa de vacinação é coordenado por uma equipe técnica com suporte de câmara técnica dos mais renomados especialistas do Brasil”, disse.


A medida anunciada hoje ocorreu após a pasta ter sido informada na última sexta-feira (7) do episódio de uma gestante que teria morrido após ter recebido a vacina Oxford/AstraZeneca. Contudo, em entrevista coletiva hoje (11), representantes do Ministério e especialistas do comitê do Programa Nacional de Imunizações (PNI) alertaram que o caso está em investigação e ainda não foi confirmada se a causa  do óbito está relacionada ao imunizante.


“Ficamos chateados com essa perda. Mas ainda não está claro que a vacina tenha sido a causa desta trombose. Estamos examinando detalhes de todo o prontuário para que a gente chegue a uma conclusão e esclareça a todos. Por isso mesmo que estamos esperando exames para orientarmos de uma forma tranquila”, declarou o professor titular da USP e diretor do Laboratório de Imunologia do Incor, Jorge Kalil.


Kalil contou que a orientação do comitê de especialistas para iniciar a vacinação de gestantes e puérperas se deveu ao fato de que estava havendo aumento do número de mortes por covid-19 dentro deste grupo e que, diante do cenário epidemiológico, os benefícios superavam os riscos.


O secretário de atenção primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Parente, explicou que a avaliação entre riscos e benefícios é comum em um processo de vacinação, ainda mais em um momento como o da pandemia, com novos imunizantes.


“Ainda não há estudos de alto nível de evidências. Mas a gente nota um aumento grande de óbitos [de gestantes]. Este cenário fez com que o PNI [Programa Nacional de Imunização] tenha decidido por unanimidade pelos estudos e cenário epidemiológico que o risco-benefício favorecia a imunização”, comentou o secretário.


A coordenadora do PNI, Francieli Fantinato, informou que ainda não foi definido protocolo para o caso das gestantes e puérperas que tomaram a primeira dose. Uma nota técnica deverá ser divulgada até o fim da semana. Enquanto isso, a orientação é que essas não recebam a segunda dose.


Ela acrescentou que a orientação pode ser revista diante das conclusões da investigação sobre o caso da gestante morta e do avanço dos casos e mortes da pandemia. “À luz do cenário epidemiológico essa orientação pode ser alterada”, sublinhou.




Assista a coletiva na íntegra:

sábado, 8 de maio de 2021

Pinturas do mundo - 100 maiores pinturas de todos os tempos

100 anos de Clarice Lispector: 10 curiosidades sobre a autora que você provavelmente não sabia sobre a autora. Selecionamos 13 livros de sucesso da autora para você começar a colecionar



 100 anos de Clarice Lispector: 10 curiosidades sobre a autora que você provavelmente não sabia sobre a autora


Selecionamos 13 livros de sucesso da autora para você começar a colecionar


https://exitoina.uol.com.br/


100 anos de Clarice Lispector: 10 curiosidades sobre a autora que você provavelmente não sabia sobre a autora


No dia 10 de dezembro de 1920, nascia, na Ucrânia, Chaya Pinkhasovna Lispector. O que nem todos sabem é que, mais tarde, ela se mudaria com a família para o Brasil, passaria a se chamar Clarice Lispector e se tornaria um dos maiores nomes da literatura no país - além de ser considerada a maior autora de origem judaica desde Franz Kafka. Naturalizada brasileira, a autora escreveu diversos romances, contos e ensaios ao longo de sua carreira, com enredos repletos de cenas cotidianas e tramas psicológicas que atravessaram gerações.


Em homenagem aos 100 anos da autora que marcou a literatura brasileira, confira 10 curiosidades sobre sua vida e trajetória profissional:


Filha de pais judeus, Clarice mudou-se com a sua família para Maceió com apenas dois anos de idade, devido às perseguições contra judeus durante a Guerra Civil Russa;

Desde criança, Clarice demonstrava interesse pela escrita por meio de contos e peças que escrevia. Após a morte da sua mãe, em 1930, chegou a compor sua primeira peça para piano em homenagem à ela;

Em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro com seu pai e suas irmãs. Quando terminou a escola, ingressou na faculdade de direito, e sua decisão de estudar causou certo estranhamento - já que ela era mulher e não pertencia à elite carioca;

Aos 19 anos, descobriu sua paixão pela literatura e entrou no ramo jornalístico na Agência Nacional - trabalhando como editora e repórter, escrevendo vários contos e textos de sucesso;

Em 1943, Clarice teve seu primeiro livro publicado, “Perto do Coração Selvagem”. A partir de então, publicou muitas outras obras que a consagraram uma das maiores autoras brasileiras do século XX;

Dentre as características marcantes de suas obras, destacam-se elementos de epifania, além de enredos carregados de momentos rotineiros;

Clarice casou-se em 1943 com o vice-cônsul Maury Gurgel, com quem passou a viajar bastante ao redor do mundo. Como fruto da união, nasceram Pedro Lispector Valente e Paulo Lispector Valente;

Em 1966, a autora quase morreu após dormir com um cigarro aceso ao seu lado, o que provocou um grave acidente em seu quarto. A autora foi resgatada a tempo, mas permaneceu no hospital durante dois meses;

Após a publicação de sua última obra de sucesso, “A Hora da Estrela”, Clarice foi diagnosticada com câncer de ovário. Como a doença foi detectada de maneira tardia, acabou falecendo no dia 9 de dezembro de 1977;

Olga Borelli, melhor amiga de Clarice, permaneceu ao seu lado em todos os momentos. Durante as visitas no hospital, Clarice costumava recitar alguns poemas para a amiga. No entanto, a renomada autora veio a falecer um dia antes de seu 57° aniversário.

Confira alguns livros da autora que você precisa ler. 


1. Todos os contos

2. TODAS AS CARTAS

3. Todas as crônicas

4. A Hora da Estrela

5. Felicidade Clandestina

6. Perto do coração selvagem

7. LAÇOS DE FAMÍLIA (EDIÇÃO COMEMORATIVA)

8. Água viva: Edição com manuscritos e ensaios inéditos: 

9. A paixão segundo G. H.

10. A Cidade Sitiada (EDIÇÃO COMEMORATIVA)

11. Para não esquecer ( EDIÇÃO COMEMORATIVA )

12. A DESCOBERTA DO MUNDO (EDIÇÃO COMEMORATIVA)

13. A BELA E A FERA (EDIÇÃO COMEMORATIVA)


Parte de 20 toneladas de foguete chinês cairá na Terra até amanhã


 Parte de 20 toneladas de foguete chinês cairá na Terra até amanhã


https://agenciabrasil.ebc.com.br/

Órgãos de defesa norte-americanos monitoram rota do objeto


Publicado em 08/05/2021 -Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil* - Brasília

Uma das partes do foguete chinês Longa Marcha CZ-5B cairá na Terra nas próximas horas, ainda com destino desconhecido. O foguete foi lançado em 29 de abril, com a missão de levar ao espaço o primeiro módulo da nova estação espacial da China, e o seu primeiro estágio deverá cair na Terra até amanhã (9). A peça, de 30 metros de altura e 20 toneladas, cairá sem controle e destino previsto.


O local exato da reentrada só será conhecido algumas horas antes de acontecer. “Temos esperança de que vá cair num lugar onde não fará mal a ninguém”, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin. “Esperamos que no oceano, ou num lugar assim”, acrescentou. A queda do fragmento de foguete está sendo monitorada por organismos ligados à segurança aeronáutica e defesa. Eles têm, ao menos, conhecimento da órbita que ocupa e a que altitude se encontra.


O foguete Longa Marcha CZ-5B tem, no total, 57 metros. Mas seu compartimento de carga, na “ponta” do foguete, tem bem menos, cerca de 27 metros e 25 toneladas. O restante do foguete, se desprende do compartimento de carga assim que sua função no lançamento é cumprida. Após o desacoplamento, esses estágios podem voltar à órbita da Terra.


Todos os dias pequenos pedaços de lixo espacial reentram na atmosfera terrestre. Chama-se lixo espacial todo material que tem ficado em órbita terrestre desde o início da exploração do espaço. Os pequenos pedaços, ao caírem, provocam fricção com a atmosfera terrestre e acabam incinerados ou desintegrados, não havendo preocupação.


Já partes maiores, como é o caso do CZ-5B, podem conseguir ultrapassar essa barreira natural e atingir o solo. A aeronave conta com depósitos de combustível com revestimentos reforçados. São estes enormes depósitos que podem cair em zonas habitáveis e provocar grandes estragos.


*Com informações da agência RTP de notícias. 


Edição: Pedro Ivo de Oliveira


sexta-feira, 7 de maio de 2021

FILHOS DE NAPOLEÃO BONAPARTE: CONHEÇA ALGUNS DOS DESCENDENTES DO FAMOSO IMPERADOR


Charles Léon




Napoleão II


Jules Barthélemy-Saint-Hilaire


https://aventurasnahistoria.uol.com.br/

FILHOS DE NAPOLEÃO BONAPARTE: CONHEÇA ALGUNS DOS DESCENDENTES DO FAMOSO IMPERADOR

No bicentenário da morte do general, conheça alguns de seus filhos mais conhecidos


GIOVANNA GOMES PUBLICADO EM 06/12/2020, ÀS 15H57 - ATUALIZADO EM 05/05/2021, ÀS 17H49



Pintura de Napoleão Bonaparte

Pintura de Napoleão Bonaparte - Getty Images

No dia 5 de maio de 1821, morria o imperador Napoleão Bonaparte. O político, que assumiria o comando da França e de diversos territórios da Europa após o período Primeira República da França, que se deu durante Revolução Francesa, ainda é um personagem histórico envolto de mistérios.


Ainda hoje, por exemplo, não há consenso acerca do que teria levado Napoleão a óbito enquanto estava sob custódia britânica, envenenamento ou um câncer no estômago. Além disso, há ainda outras teorias, como a que afirma que não foi Bonaparte quem morreu em Longwood House naquele mês de maio, mas outra pessoa.


E não foi a penas a morte do imperador que suscitou polêmicas. Em vida, Napoleão não deixou muitas informações sobre sua vida pessoal, em especial sobre seus filhos, dando margem a diversas dúvidas entre os historiadores.


Sabe-se que ele teve um único filho legítimo com a princesa Maria Luísa da Áustria, sua segunda esposa. No entanto, havia outros descendentes que não chegaram a ser reconhecidos oficialmente, já que eram frutos de relações extraconjugais do político.


Confira a seguir uma lista dos filhos mais conhecidos do general e o que sabemos sobre a vida de cada um deles.


Charles Léon

Por muitos anos, Napoleão esperou que sua primeira esposa Josefina de Beauharnais, pudesse gerar um herdeiro, o que nunca ocorreu. Com o nascimento de seu filho Charles Léon com sua amante Eléonore, no ano de 1806, ele teve a certeza de que era um homem fértil, enquanto que Josefina era infértil. Assim, se separou e casou com Maria Luísa da Áustria.



Charles León / Crédito: Divulgação

 


Não existem muitas informações documentadas sobre a vida do conde Léon. Sabe-se que ele teve uma filha, Charlotte Mesnard.


A mulher revelou que o pai se casou com uma mulher de origem humilde e teve mais três filhos além dela, sendo que dois deles morreram na Primeira Guerra. Na ocasião, ela afirmou que seu filho era muito parecido com Napoleão, mas que infelizmente havia sido morto.


Napoleão II

François Charles Joseph Bonaparte, conhecido como Napoleão II, foi o único filho do político considerado legítimo. Nascido em 20 de março de 1811, ele foi criado na corte de Viena, onde receberia o título de duque de Reichstad. Ele tinha apenas uma criança quando o pai teve de abdicar do trono, no ano de 1814.



Retrato de Napoleão II / Crédito: Wikimedia Commons

 


O jovem recebeu uma educação filosófica, militar e bastante religiosa. Com apenas 12 anos, em 1823, entrou para o exército austríaco, onde atuou como cadete.


No entanto, foi somente em 1831 que o herdeiro de Napoleão foi convidado para servir em um batalhão austríaco. Era uma péssima decisão: no ano seguinte, contraiu pneumonia, fato que o deixou de cama por meses.


Em julho de 1832, aos 21 anos, o menino acabou morrendo precocemente no Palácio de Schönbrunn, vítima de tuberculose. 


Jules Barthélemy-Saint-Hilaire

Jules nasceu em Paris em 19 de agosto de 1805. Ele seria filho de Napoleão com uma mulher cuja identidade nunca foi revelada. Era jornalista, político e filósofo, sendo suas principais obras uma tradução de Aristóteles e os livros Des Védas (1854), Du Bouddhisme (1856) e Mahomet et le Coran (1865).

 


Como político, Jules exerceu importantes cargos no governo francês. Foi nomeado senador vitalício em 1875, e deputado, além de atuar como ministro das Relações Exteriores entre 23 de setembro de 1880 a 14 de novembro de 1881, contudo, acabou morrendo em sua cidade natal em 1895. 


 

Destruição da floresta amazônica brasileira acelera pelo segundo mês consecutivo

Destruição da floresta amazônica brasileira acelera pelo segundo mês consecutivo

Por Jake Spring


BRASÍLIA (Reuters) - O desmatamento na floresta amazônica brasileira aumentou 43% em abril em relação ao mesmo mês do ano anterior, mostraram dados preliminares do governo na sexta-feira, o segundo aumento mensal consecutivo com o aumento da destruição antes da temporada anual de queimadas.




Nos primeiros quatro meses de 2021, o desmatamento na Amazônia brasileira totalizou 1.157 quilômetros quadrados, uma área quase do tamanho de Los Angeles e 4% abaixo do ano anterior, segundo a agência nacional de pesquisas espaciais Inpe.


O Brasil está sob intensa pressão internacional liderada pelos Estados Unidos para conter a destruição da maior floresta tropical do mundo, crítica para conter a mudança climática catastrófica devido à grande quantidade de gás de efeito estufa absorvida.


Em uma cúpula de líderes organizada no mês passado pelos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu a aumentar o financiamento para a fiscalização ambiental e acabar com o desmatamento até 2030.


Mas o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que está em negociações para possivelmente financiar os esforços conservacionistas brasileiros, diz que espera uma ação imediata para reduzir o desmatamento neste ano.


A extração ilegal de madeira e os incêndios florestais aumentaram desde que Bolsonaro assumiu o cargo em 2019, com o desmatamento atingindo o máximo em 12 anos em 2020, mostraram dados do governo.


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“Biden não quer estar em uma posição em que pareça que está sendo muito brando com o Brasil no que diz respeito ao meio ambiente”, disse Anya Prusa, uma associada sênior do Instituto Brasil no think tank Wilson Center em Washington.


A tendência geral do desmatamento importa mais do que um único mês, acrescentou Prusa.


“Se o desmatamento voltar a aumentar, se virmos novamente incêndios florestais significativos na Amazônia em agosto e setembro deste ano, será mais difícil para os EUA continuarem conversando com o Brasil.”


Os representantes da imprensa do Bolsonaro encaminharam as questões ao gabinete do vice-presidente.


A vice-presidência disse em um comunicado que os dados foram elaborados para ajudar as autoridades a responder rapidamente ao desmatamento, acrescentando que comparar meses isolados de anos diferentes não era apropriado e apenas comparações de longo prazo deveriam ser feitas.


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As negociações com os Estados Unidos continuam normalmente, disse o comunicado.


Os primeiros meses do ano, quando chuvas intensas impedem que os madeireiros trabalhem facilmente na floresta, têm impacto limitado sobre as taxas gerais de desmatamento anual da Amazônia, já que a destruição atinge o pico na estação mais seca, de maio a outubro.


O desmatamento apenas no mês de julho de 2020 foi maior do que nos quatro meses de janeiro a abril combinados este ano.


Nuvens imensas durante a estação chuvosa também escondem desmatamento recente dos satélites do governo. A cobertura de nuvens na região variou de 26% a 48% nos primeiros quatro meses do ano, muito maior do que os 17% a 32% vistos no mesmo período de 2020.


Qualquer desmatamento oculto no início do ano é registrado por satélites nos meses subsequentes, quando as nuvens se dissipam.


Reportagem de Jake SpringEditing de Brad Haynes, Steve Orlofsky e David Gregorio


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