Konstantinos - Uranus
segunda-feira, 15 de julho de 2019
Bolsonaro ainda avalia indicação do filho para embaixada em Washington, diz porta-voz
Bolsonaro ainda avalia indicação do filho para embaixada em Washington, diz porta-voz
Reuters
Deputo Eduardo Bolsonaro
BRASÍLIA (Reuters) - O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, disse nesta segunda-feira que o presidente Jair Bolsonaro ainda avalia a indicação de seu filho Eduardo Bolsonaro para a embaixada brasileira em Washington, e defendeu que a indicação é “legalmente viável”.
Ao ser questionado sobre se o presidente já teria tomado uma decisão, o porta-voz leu um texto preparado pela Presidência em que são apontadas as razões para uma possível indicação do deputado federal para a embaixada.
Entre outros requisitos, Eduardo teria “acesso facilitado” ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de ter a “total confiança” de Bolsonaro.
Na manhã desta segunda, o presidente divulgou um vídeo de sua visita a Washington, em que Trump elogia Eduardo.
Rêgo Barros disse ainda que o filho do presidente teria outras qualidades para o cargo, como comandar a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, ser “conhecedor de relações internacionais”, ter “acompanhado comitivas do governo” em viagens internacionais, além de ter “internalizado os princípios da atual política externa do Brasil”.
Na manhã desta segunda, Bolsonaro já havia defendido a indicação do filho, afirmando que se estava sendo tão criticada era porque Eduardo é a pessoa “adequada”.
Reportagem de Lisandra Paraguassu
https://br.reuters.com/article/topNews/idBRKCN1UA2HF-OBRTP
O CASAMENTO ENTRE A EXTREMA DIREITA E O MOVIMENTO ANTIVACINA É UM PERIGO PARA O MUNDO
O CASAMENTO ENTRE A EXTREMA DIREITA E O MOVIMENTO ANTIVACINA É UM PERIGO PARA O MUNDO
João Filho
14 de Julho de 2019, 8h48
NO INÍCIO do século passado, o Rio de Janeiro estava tomado por lixo, ratos e mosquitos. Surtos das mais variadas doenças matavam aos milhares. O então prefeito Pereira Passos (1902-1906) iniciou um projeto autoritário de urbanização e saneamento da cidade. Para abrir avenidas e praças, demoliu cortiços e empurrou os pobres para os morros e as periferias.
Oswaldo Cruz, que ocupava cargo similar ao de ministro da saúde, liderou uma campanha de vacinação obrigatória para erradicar a varíola. Mas a falta de conhecimento da população sobre a vacina e o modo truculento com que a campanha foi implantada, invadindo casas e vacinando as pessoas na marra com a ajuda de policiais, foi o estopim para a Revolta da Vacina. A cidade virou um campo de batalha, com depredação de prédios públicos, incêndio de bondes e barricadas espalhadas pelas ruas da capital federal.
Assine nossa newsletter
Conteúdo exclusivo. Direto na sua caixa de entrada.
Eu topo
Mais de cem anos depois, o Brasil pode se orgulhar de ter implantado uma política de vacinação que é referência e apresenta um dos maiores índices de cobertura do mundo. Mas o futuro não é animador. Um levantamento do Ministério da Saúde mostrou que sete das oito vacinas obrigatórias para crianças recém-nascidas não alcançaram a meta de 95% de cobertura no ano passado. Desde 2011, o número de crianças vacinadas com até dois anos vem caindo drasticamente. É um dado preocupante.
Um dos motivos apontados por especialistas é a erradicação de algumas doenças, que faz com que alguns pais não vejam necessidade de vacinar seus filhos. O outro é uma crescente onda de desconfiança em relação às vacinas, que vem crescendo no Brasil e no mundo. Doenças que haviam sido banidas estão voltando.
O movimento antivacina não é recente, mas ganhou asas com a internet. Em tempos de pós-verdade, em que o conhecimento científico passou a ser contestado por qualquer youtuber eloquente, a eficácia das vacinas deixou de ser um fato e passou a ser uma questão de opinião. Assim como o terraplanismo e o negacionismo climático, o movimento antivacina tem encontrado guarida na extrema direita mundial. Ele virou parte do pacotão antissistema que agrada os extremistas.
Quando um desses lunáticos que espalham teorias da conspiração passa a ocupar o cargo mais poderoso do mundo, a coisa toma proporções perigosas.
Donald J. Trump
Ao contrário do que afirmou Trump em 2014, nunca houve um caso registrado de criança que se tornou autista após tomar qualquer vacina.
No início do ano passado, quando os EUA passavam por uma temporada de gripe que registrou um recorde de 53 crianças mortas, uma pastora evangélica, conselheira de Trump, orientou a população a não tomar a vacina contra a gripe. Em vez disso, recomendou que se “vacinassem com a palavra de Deus”.
Os EUA têm sofrido com o surto de sarampo. Em janeiro, o estado de Washington declarou estado de emergência após a confirmação de 37 casos, a maioria deles por falta de vacinação. A doença havia sido erradicada no país em 2000, mas voltou a crescer e já bateu o recorde em número de casos em 2019.
A Europa também tem sofrido com a queda da vacinação. Na Itália, a extrema direita está intimamente ligada ao movimento antivacina, que foi impulsionado após a eleição. O político e comediante Beppe Grillo, líder do partido governista Movimento 5 Estrelas, afirmou que as vacinas são tão perigosas como as doenças que pretendem evitar. Em 2015, o partido chegou a propor uma lei contra a vacinação, alegando que ela poderia causar “leucemia, imunodepressão, autismo, câncer, alergias e mutações genéticas hereditárias”.
Massimiliano Fedriga, o maior porta-voz do movimento antivacina da Itália, é também um dos principais políticos da Liga do Norte, o partido de extrema direita do governo italiano. Ele classificou a obrigatoriedade de vacinação do governo anterior como uma medida “stalinista”. Em março deste ano, as crenças de Massimiliano foram atropeladas pela realidade. Ele ficou cinco dias internado por causa de uma catapora e decidiu abandonar a militância antivacina.
No Brasil, a militância não é tão radical nem tão grande como nos EUA e Europa, mas está crescendo. A extrema direita governista, apesar do costume de atacar universidades e rejeitar dados científicos, ainda não abraçou essa conspiração. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem se mostrado preocupado com a queda no índice de vacinação do país. Ele esteve recentemente na Assembleia Mundial da Saúde e defendeu a ampliação da cobertura da vacinação como prioridade para o mundo.
O ministro parece ter juízo nessa seara. O risco é que, se por algum motivo Mandetta cair, há chance de um nome antivacina substituí-lo. Olavo de Carvalho, que costuma indicar ministros ao presidente, é um cético sobre vacinação. Em 2006, o farol intelectual do bolsonarismo afirmou: “Já li provas científicas eloquentes de que (vacinas) são úteis e de que são perniciosas, e me considero humildemente em dúvida até segunda ordem.”
Em 2008, o guru já se mostrou mais incisivo. Ele foi à loucura com uma campanha de vacinação contra a rubéola. “Essa vacina, ao que tudo indica, tal como aconteceu em outros países, tem dentro uma substância esterilizante. Isso é uma campanha de esterilização em massa”, denunciou antes de xingar o ministro da Saúde da época de “vigarista filho da puta” que “merecia uma cuspida na cara”. Se houver uma nova revolta da vacina, certamente já temos um líder.
Segundo relato da sua filha, Olavo não vacinava os filhos e dois deles tiveram que ser internados por complicações do sarampo.
No YouTube brasileiro, as conspirações antivacina começam a engatinhar. Uma reportagem da BBC mostrou como mentiras importadas sobre o assunto têm feito sucesso no país. Depois que você assiste ao primeiro vídeo demonizando as vacinas, o algoritmo do YouTube te joga para dentro de uma bolha conspiratória. Há desde um médico famoso como Lair Ribeiro criticando a vacina da febre amarela para crianças — o que não faz o menor sentido, segundo especialistas da área — até malucos desconhecidos dizendo que a vacinação é um plano de Bill Gates para esterilizar e reduzir a população mundial. Não é difícil imaginar o perigo desse tipo de informação circulando no país em que a mamadeira de piroca ajudou a eleger um presidente.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde estima que vacinação evita de 2 milhões a 3 milhões de mortes por ano e poderia evitar mais 1,5 milhão se a cobertura fosse melhorada no mundo. O órgão se mostrou tão preocupado com as consequências do movimento antivacina que o incluiu em uma lista dos dez maiores riscos à saúde global em 2019, ao lado de ebola, HIV, dengue e influenza.
Há mais de cem anos, as vacinas eram uma novidade. Sabia-se quase nada sobre elas. As pessoas tinham razão em desconfiar de um líquido sendo introjetado em seus corpos por um governo autoritário. Hoje, mesmo diante da inequívoca revolução que as vacinas trouxeram para a saúde mundial, o negacionismo da ciência avança, conquistando mentes, corações e influenciando governos.
Dependemos do apoio de leitores como você para continuar fazendo jornalismo independente e investigativo. Junte-se a nós
ENTRE EM CONTATO:
João Filho
joao.filho@theintercept.com
@jornalismowando
https://theintercept.com/2019/07/14/movimento-antivacina-extrema-direita-trump-bolsonaro/
João Filho
14 de Julho de 2019, 8h48
NO INÍCIO do século passado, o Rio de Janeiro estava tomado por lixo, ratos e mosquitos. Surtos das mais variadas doenças matavam aos milhares. O então prefeito Pereira Passos (1902-1906) iniciou um projeto autoritário de urbanização e saneamento da cidade. Para abrir avenidas e praças, demoliu cortiços e empurrou os pobres para os morros e as periferias.
Oswaldo Cruz, que ocupava cargo similar ao de ministro da saúde, liderou uma campanha de vacinação obrigatória para erradicar a varíola. Mas a falta de conhecimento da população sobre a vacina e o modo truculento com que a campanha foi implantada, invadindo casas e vacinando as pessoas na marra com a ajuda de policiais, foi o estopim para a Revolta da Vacina. A cidade virou um campo de batalha, com depredação de prédios públicos, incêndio de bondes e barricadas espalhadas pelas ruas da capital federal.
Assine nossa newsletter
Conteúdo exclusivo. Direto na sua caixa de entrada.
Eu topo
Mais de cem anos depois, o Brasil pode se orgulhar de ter implantado uma política de vacinação que é referência e apresenta um dos maiores índices de cobertura do mundo. Mas o futuro não é animador. Um levantamento do Ministério da Saúde mostrou que sete das oito vacinas obrigatórias para crianças recém-nascidas não alcançaram a meta de 95% de cobertura no ano passado. Desde 2011, o número de crianças vacinadas com até dois anos vem caindo drasticamente. É um dado preocupante.
Um dos motivos apontados por especialistas é a erradicação de algumas doenças, que faz com que alguns pais não vejam necessidade de vacinar seus filhos. O outro é uma crescente onda de desconfiança em relação às vacinas, que vem crescendo no Brasil e no mundo. Doenças que haviam sido banidas estão voltando.
O movimento antivacina não é recente, mas ganhou asas com a internet. Em tempos de pós-verdade, em que o conhecimento científico passou a ser contestado por qualquer youtuber eloquente, a eficácia das vacinas deixou de ser um fato e passou a ser uma questão de opinião. Assim como o terraplanismo e o negacionismo climático, o movimento antivacina tem encontrado guarida na extrema direita mundial. Ele virou parte do pacotão antissistema que agrada os extremistas.
Quando um desses lunáticos que espalham teorias da conspiração passa a ocupar o cargo mais poderoso do mundo, a coisa toma proporções perigosas.
Donald J. Trump
Ao contrário do que afirmou Trump em 2014, nunca houve um caso registrado de criança que se tornou autista após tomar qualquer vacina.
No início do ano passado, quando os EUA passavam por uma temporada de gripe que registrou um recorde de 53 crianças mortas, uma pastora evangélica, conselheira de Trump, orientou a população a não tomar a vacina contra a gripe. Em vez disso, recomendou que se “vacinassem com a palavra de Deus”.
Os EUA têm sofrido com o surto de sarampo. Em janeiro, o estado de Washington declarou estado de emergência após a confirmação de 37 casos, a maioria deles por falta de vacinação. A doença havia sido erradicada no país em 2000, mas voltou a crescer e já bateu o recorde em número de casos em 2019.
A Europa também tem sofrido com a queda da vacinação. Na Itália, a extrema direita está intimamente ligada ao movimento antivacina, que foi impulsionado após a eleição. O político e comediante Beppe Grillo, líder do partido governista Movimento 5 Estrelas, afirmou que as vacinas são tão perigosas como as doenças que pretendem evitar. Em 2015, o partido chegou a propor uma lei contra a vacinação, alegando que ela poderia causar “leucemia, imunodepressão, autismo, câncer, alergias e mutações genéticas hereditárias”.
Massimiliano Fedriga, o maior porta-voz do movimento antivacina da Itália, é também um dos principais políticos da Liga do Norte, o partido de extrema direita do governo italiano. Ele classificou a obrigatoriedade de vacinação do governo anterior como uma medida “stalinista”. Em março deste ano, as crenças de Massimiliano foram atropeladas pela realidade. Ele ficou cinco dias internado por causa de uma catapora e decidiu abandonar a militância antivacina.
No Brasil, a militância não é tão radical nem tão grande como nos EUA e Europa, mas está crescendo. A extrema direita governista, apesar do costume de atacar universidades e rejeitar dados científicos, ainda não abraçou essa conspiração. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem se mostrado preocupado com a queda no índice de vacinação do país. Ele esteve recentemente na Assembleia Mundial da Saúde e defendeu a ampliação da cobertura da vacinação como prioridade para o mundo.
O ministro parece ter juízo nessa seara. O risco é que, se por algum motivo Mandetta cair, há chance de um nome antivacina substituí-lo. Olavo de Carvalho, que costuma indicar ministros ao presidente, é um cético sobre vacinação. Em 2006, o farol intelectual do bolsonarismo afirmou: “Já li provas científicas eloquentes de que (vacinas) são úteis e de que são perniciosas, e me considero humildemente em dúvida até segunda ordem.”
Em 2008, o guru já se mostrou mais incisivo. Ele foi à loucura com uma campanha de vacinação contra a rubéola. “Essa vacina, ao que tudo indica, tal como aconteceu em outros países, tem dentro uma substância esterilizante. Isso é uma campanha de esterilização em massa”, denunciou antes de xingar o ministro da Saúde da época de “vigarista filho da puta” que “merecia uma cuspida na cara”. Se houver uma nova revolta da vacina, certamente já temos um líder.
Segundo relato da sua filha, Olavo não vacinava os filhos e dois deles tiveram que ser internados por complicações do sarampo.
No YouTube brasileiro, as conspirações antivacina começam a engatinhar. Uma reportagem da BBC mostrou como mentiras importadas sobre o assunto têm feito sucesso no país. Depois que você assiste ao primeiro vídeo demonizando as vacinas, o algoritmo do YouTube te joga para dentro de uma bolha conspiratória. Há desde um médico famoso como Lair Ribeiro criticando a vacina da febre amarela para crianças — o que não faz o menor sentido, segundo especialistas da área — até malucos desconhecidos dizendo que a vacinação é um plano de Bill Gates para esterilizar e reduzir a população mundial. Não é difícil imaginar o perigo desse tipo de informação circulando no país em que a mamadeira de piroca ajudou a eleger um presidente.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde estima que vacinação evita de 2 milhões a 3 milhões de mortes por ano e poderia evitar mais 1,5 milhão se a cobertura fosse melhorada no mundo. O órgão se mostrou tão preocupado com as consequências do movimento antivacina que o incluiu em uma lista dos dez maiores riscos à saúde global em 2019, ao lado de ebola, HIV, dengue e influenza.
Há mais de cem anos, as vacinas eram uma novidade. Sabia-se quase nada sobre elas. As pessoas tinham razão em desconfiar de um líquido sendo introjetado em seus corpos por um governo autoritário. Hoje, mesmo diante da inequívoca revolução que as vacinas trouxeram para a saúde mundial, o negacionismo da ciência avança, conquistando mentes, corações e influenciando governos.
Dependemos do apoio de leitores como você para continuar fazendo jornalismo independente e investigativo. Junte-se a nós
ENTRE EM CONTATO:
João Filho
joao.filho@theintercept.com
@jornalismowando
https://theintercept.com/2019/07/14/movimento-antivacina-extrema-direita-trump-bolsonaro/
domingo, 14 de julho de 2019
Comissão especial da Câmara aprova texto final da reforma da Previdência que será votado em 2º turno
Comissão especial da Câmara aprova texto final da reforma da Previdência que será votado em 2º turno
Reuters
(Reuters) - A comissão especial da reforma da Previdência aprovou na madrugada deste sábado o texto final da matéria que será votado em segundo turno pelo plenário na Câmara dos Deputados, o que deve ocorrer apenas em agosto, na volta do recesso parlamentar.
De acordo com informações da Agência Câmara Notícias, foram 35 votos a favor e 12 contra, em reunião marcada por discursos da oposição, que aproveitou a nova etapa para manter a posição contrária à reforma e reafirmar a disposição de alterar o texto na votação em segundo turno.
Na estratégia de acelerar a análise do texto final na comissão e encerrar a semana de intensos debates, os deputados favoráveis à reforma da Previdência abriram mão dos seus tempos de fala.
A etapa na comissão ocorreu após a Câmara concluir na noite de sexta-feira, após três dias de votações em meio a negociações de última hora e momentos de desarticulação, o primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.
Terminada a votação, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogerio Marinho, disse que a economia gerada pela reforma em dez anos deve ficar em cerca de 900 bilhões de reais, ante o 1 trilhão de reais inicialmente pretendido pelo governo. Ele ressaltou ainda que esses números serão refinados nos próximos dias.
Marinho estima que a PEC seja analisada em segundo turno pela Câmara no dia 6 de agosto e que a matéria seja aprovada pelo Senado até setembro.
Na Câmara, o texto precisa ser aprovado com o voto favorável de 308 deputados para seguir ao Senado.
Por Paula Arend Laier
Reuters
(Reuters) - A comissão especial da reforma da Previdência aprovou na madrugada deste sábado o texto final da matéria que será votado em segundo turno pelo plenário na Câmara dos Deputados, o que deve ocorrer apenas em agosto, na volta do recesso parlamentar.
De acordo com informações da Agência Câmara Notícias, foram 35 votos a favor e 12 contra, em reunião marcada por discursos da oposição, que aproveitou a nova etapa para manter a posição contrária à reforma e reafirmar a disposição de alterar o texto na votação em segundo turno.
Na estratégia de acelerar a análise do texto final na comissão e encerrar a semana de intensos debates, os deputados favoráveis à reforma da Previdência abriram mão dos seus tempos de fala.
A etapa na comissão ocorreu após a Câmara concluir na noite de sexta-feira, após três dias de votações em meio a negociações de última hora e momentos de desarticulação, o primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.
Terminada a votação, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogerio Marinho, disse que a economia gerada pela reforma em dez anos deve ficar em cerca de 900 bilhões de reais, ante o 1 trilhão de reais inicialmente pretendido pelo governo. Ele ressaltou ainda que esses números serão refinados nos próximos dias.
Marinho estima que a PEC seja analisada em segundo turno pela Câmara no dia 6 de agosto e que a matéria seja aprovada pelo Senado até setembro.
Na Câmara, o texto precisa ser aprovado com o voto favorável de 308 deputados para seguir ao Senado.
Por Paula Arend Laier
sexta-feira, 12 de julho de 2019
quarta-feira, 10 de julho de 2019
terça-feira, 9 de julho de 2019
segunda-feira, 8 de julho de 2019
Presidente avalia que é do Congresso responsabilidade sobre mudar texto da Previdência agora, diz porta-voz
Presidente avalia que é do Congresso responsabilidade sobre mudar texto da Previdência agora, diz porta-voz
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro tem suas “percepções” sobre alterações na reforma da Previdência para beneficiar as forças de segurança e entende as peculiaridades das carreiras, mas entende que nesse momento é de responsabilidade dos deputados fazer ou não alterações na proposta, disse nesta segunda-feira o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.
Na última semana, depois de ter sido chamado de traidor por policiais federais, o presidente defendeu alterações no texto para beneficiar a categoria. No entanto, a comissão especial não aprovou destaques para flexibilizar as regras da categorias.
“O presidente tem as suas percepções pessoais, mas no momento entende que a Câmara dos Deputados, capitaneada e liderada fortemente pelo deputado Rodrido Maia (DEM-RJ), há de entender essas percepções e, se assim, a partir desse entendimento, se estiver alinhado com o presidente, há de fazer grandes ou pequenas modificações. Mas entende que nesse momento é de responsabilidade dos deputados a aprovação da reforma”, disse o porta-voz.
Segundo Rêgo Barros, o presidente fez questão de ratificar a “importância que ele atribui ao trabalho dos órgãos de segurança pública”, especialmente os federais, e que entende suas “peculiaridades”. Mas, reforçou o porta-voz, é a Câmara que tem o “condão” para decidir o que é melhor neste momento.
EMENDAS
O porta-voz confirmou ainda que os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, estão trabalhando para “atender eventuais necessidades” de parlamentares sobre as emendas impositivas, mas disse desconhecer valores.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, o governo prometeu a liberação do pagamento de emendas no valor de 20 milhões por deputado que votar a favor da reforma.
Reportagem de Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro tem suas “percepções” sobre alterações na reforma da Previdência para beneficiar as forças de segurança e entende as peculiaridades das carreiras, mas entende que nesse momento é de responsabilidade dos deputados fazer ou não alterações na proposta, disse nesta segunda-feira o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.
Na última semana, depois de ter sido chamado de traidor por policiais federais, o presidente defendeu alterações no texto para beneficiar a categoria. No entanto, a comissão especial não aprovou destaques para flexibilizar as regras da categorias.
“O presidente tem as suas percepções pessoais, mas no momento entende que a Câmara dos Deputados, capitaneada e liderada fortemente pelo deputado Rodrido Maia (DEM-RJ), há de entender essas percepções e, se assim, a partir desse entendimento, se estiver alinhado com o presidente, há de fazer grandes ou pequenas modificações. Mas entende que nesse momento é de responsabilidade dos deputados a aprovação da reforma”, disse o porta-voz.
Segundo Rêgo Barros, o presidente fez questão de ratificar a “importância que ele atribui ao trabalho dos órgãos de segurança pública”, especialmente os federais, e que entende suas “peculiaridades”. Mas, reforçou o porta-voz, é a Câmara que tem o “condão” para decidir o que é melhor neste momento.
EMENDAS
O porta-voz confirmou ainda que os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, estão trabalhando para “atender eventuais necessidades” de parlamentares sobre as emendas impositivas, mas disse desconhecer valores.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, o governo prometeu a liberação do pagamento de emendas no valor de 20 milhões por deputado que votar a favor da reforma.
Reportagem de Lisandra Paraguassu
Cineastas Que Marcaram O Século XX Federico Fellini
Federico Fellini
Origem: Wikipédia
Federico Fellini, Cavaleiro da Grande Cruz (título de honra concedido pela República Italiana), nascido em 20 de janeiro de 1920 e falecido em 31 de outubro de 1993. Conhecido pelo estilo peculiar que funde fantasia e imagens barrocas, ele é considerado uma das maiores influências e um dos mais admirados diretores do século XX.
Em agosto de 1918, sua mãe, Ida Barbiani (1896 - 1984), se casa com um vendedor viajante chamado Urbano Fellini (1894 - 1956) em cerimônia civil (com a cerimônia religiosa no mês de janeiro seguinte). Federico Fellini era o mais velho de três filhos (depois vieram Riccardo e Maria Maddalena). Urbano Fellini era nativo de Gambettola, onde, por muito tempo, Federico costumou passar as férias na casa dos avós.
Nascido e criado em Rimini, as experiências de sua infância vieram a ter uma parte vital em muitos de seus filmes, em particular em "Os Boas Vidas", de 1953; "8½" (1963) e "Amarcord" (1973). Porém, é errado pensar que todos os seus filmes contêm autobiografias e fantasias implícitas. Amigos próximos, como os roteiristas de TV Tulio Pinelli e Bernardino Zapponi, o cinematógrafo Giuseppe Rotunno e o designer de cenário Dante Ferretti, afirmam que Fellini convidava suas próprias memórias pelo simples prazer de narrá-las em seus filmes.
Durante o regime fascista de Mussolini, Fellini e seu irmão Riccardo fizeram parte de um grupo fascista que era obrigatório para todos os rapazes da Itália: o "Avanguardista". Ao se mudar para Roma em 1939, ele conseguiu um trabalho bem remunerado escrevendo artigos num semanário satírico muito popular na época – o Marc’Aurelio. Foi nesse período em que entrevistou o renomado ator Aldo Fabrizi, dando início a uma amizade que se estendeu para a colaboração profissional e um trabalho em rádio. Em uma época de alistamento compulsório desde 1939, Fellini sem dúvida conseguiu evitar ser convocado usando de artifícios e truques de grande perspicácia. O biógrafo Tulio Kezich comenta que, apesar da época feliz do Marc’Aurelio, a felicidade mascarava uma época imoral de apatia política. Muitos que viveram os últimos anos sob o regime de ditadura de Mussolini, vivenciaram entre uma esquizofrênica imposição à lealdade ao regime fascista e uma liberdade pura no humor.
Fellini conheceu sua esposa Giulietta Masina em 1942, casando-se no ano seguinte em 30 de outubro. Assim começa uma grande parceria criativa no mundo do cinema. Em 22 de março de 1945, Giulietta caiu da escada e teve complicações em sua gravidez, resultando em um parto prematuro e complicado de um menino que ganhou o nome de Pierfederico ou Federichino (Federiquinho), mas que faleceu com um mês e dois dias de vida. Tragédias familiares os afetaram profundamente, como é percebido na concepção de "A Estrada da Vida" de 1954.
O italiano foi também um cartunista talentoso. Produziu desenhos satíricos a lápis, aquarela, canetas hidrocor que percorreram a América do Norte e Europa, e hoje são de grande valia a colecionadores (muitos de seus rascunhos foram inspirados durante a produção dos filmes, estimulando ideias de decoração, vestimentas, projeto do set de filmagens, etc.). Com a queda do fascismo em 25 de julho de 1943 e a libertação de Roma pelas tropas aliadas em 4 de junho de 1944, num verão eufórico, Fellini e seu amigo De Seta inauguraram o Shopping das Caretas, desenhando caricaturas dos soldados aliados por dinheiro. Foi quando Roberto Rossellini tomou conhecimento do projeto intitulado "Roma, Cidade Aberta" (1945) de Fellini e foi ao seu encontro. Ele queria ser apresentado a Aldo Fabrizi e colaborar com o script juntamente com Suso Cecchi D'Amato, Piero Tellini e Alberto Lattuada. Fellini aceitou. Em 1948, Fellini atuou no filme de Roberto Rossellini "Il Miracolo", com Anna Magnani. Para atuar no papel de um vigarista que é confundido com um santo. Fellini teve seu cabelo tingido de loiro.
Fellini também escreveu textos para shows de rádio e textos para filmes (mais notavelmente para Rossellini, Pietro Germi, Eduardo De Filippo e Mario Monicelli) também escreveu inúmeras anedotas muitas vezes sem crédito, para conhecidos comediantes como Aldo Fabrizi. Dois roteiros nunca filmados de Fellini se tornaram histórias em quadrinhos ilustradas por Milo Manara: Viaggio a Tulum e Il viaggio di G. Mastorna detto Fernet.
Nos anos de 1991 e 1992 trabalhou junto com o diretor canadense Damian Pettigrew para ter o que ficou conhecida como "a mais longa e detalhada conversa jamais vista sobre filmes", que depois serviu de base para um documentário e um livro lançados anos mais tarde: "Fellini: Eu sou um grande Mentiroso". Tullio Kezich, crítico de filme e biógrafo de Fellini descreveu esses trabalhos como sendo "O Testamento Espiritual do Maestro".
Em 1993, recebeu um Oscar Honorário em reconhecimento de suas obras que chocaram e divertiram audiências mundo afora. No mesmo ano ele morreu de ataque cardíaco em Roma, aos 73 anos (um dia depois de completar cinquenta anos de casado). Sua esposa, Giulietta, morreu seis meses depois de câncer de pulmão em 23 de março de 1994. Giulietta, Fellini e Pierfederico estão enterrados no mesmo túmulo de bronze esculpido por Arnaldo Pomodoro. Em formato de barco, o túmulo está localizado na entrada do cemitério de Rimini – sua cidade natal.[2]
O aeroporto da cidade de Rimini também recebeu seu nome. O escritor brasileiro Jorge Amado e o belga Georges Simenon eram seus amigos e admiradores.[3]
Carreira cinematográfica
Federico Fellini
"Mulheres e Luzes" ("Luci del varietà"), de 1950, estrelado por Peppino De Filippo, é o primeiro filme de Fellini co-dirigido pelo experiente diretor Alberto Lattuada. Uma comédia charmosa sobre uma turma de saltimbancos itinerantes. O filme foi um estimulante para Fellini, na época com trinta anos, mas sua fraca distribuição e críticas fracas tornaram do filme um motivo de preocupação e um desastre que levou a produtora à falência, deixando Fellini e Lattuada com dívidas que se estenderam por uma década.
O primeiro filme que Fellini dirigiu sozinho foi "Abismo de um sonho" ("Lo sceicco bianco", 1952). Estrelado por Alberto Sordi. O filme é uma releitura de uma fotonovela - comuns na Itália daquela época - de Michelangelo Antonioni feita em 1949. O produtor Carlo Parlo Ponti pagou a Fellini e Tullio Pinelli para desenvolver a trama, mas achou o material muito complexo. Assim, o filme foi passado para Alberto Lattuada, que também recusou. Fellini então resolveu pegar o desafio e dirigiu o filme sozinho.
Ennio Flaiano (que também co-escreveu "Mulheres e Luzes") trabalhava um novo texto com Fellini e Pinelli. Juntos moldaram um conto de um casal recém-casado cujas aparências de respeito são devastadas por fantasias da esposa inexperiente (papel muito bem retratado por Brunella Bovo). Pela primeira vez, Fellini e o compositor Nino Rota trabalharam juntos em uma produção de um filme. Eles se encontraram em Roma no ano de 1945 e a parceria durou com sucesso até a morte de Rota durante o making of do filme "Cidade das Mulheres" em 1980. Essa relação artística foi memoravelmente descrita como mágica, empática e irracional.
Em 1961, Fellini descobriu através de um psicanalista os livros de Carl Jung. As teorias de Jung de anima e animus, o papel dos arquétipos e do coletivo inconsciente foram vigorosamente explorados no filme "8½", "Julieta dos Espíritos", "Satyricon", "Casanova" e "Cidade das Mulheres".
O reconhecido e aclamado Fellini ganhou quatro Óscares na categoria de melhor filme estrangeiro (vide filmografia), uma Palma de Ouro no Festival de Cannes com o filme "A Doce Vida", considerado um dos filmes mais importantes do cinema e dos anos 1960. Foi neste filme que surgiu o termo "Paparazzo", que era um fotógrafo amigo de Marcello Rubini, interpretado por Marcello Mastroianni.
Os filmes de Fellini renderam muitos prêmios, dentre eles: quatro Oscars, dois Leões de Prata, uma Palma de Ouro, o prêmio do Festival Internacional de Filmes de Moscou e, em 1990, o prestigiado Prêmio Imperial concedido pela Associação de Arte do Japão, que é considerado como um Prêmio Nobel. Este, cobre cinco disciplinas: pintura, escultura, arquitetura, música e teatro/filme. Com este prêmio, Fellini juntou-se a nomes como Akira Kurosawa, David Hockney, Balthus, Pina Bausch, e Maurice Béjart.
Legado
Federico Fellini, Giulietta Masina, Carla del Poggio e Alberto Lattuada em 1952
Com uma combinação única de memória, sonhos, fantasia e desejo, os filmes de Fellini têm uma profunda visão pessoal da sociedade, não raramente colocando as pessoas em situações bizarras. Existe um termo "Felliniesco" que é empregado para descrever qualquer cena que tenha imagens alucinógenas que invadam uma situação comum.
Grandes cineastas contemporâneos como Woody Allen, David Lynch, Girish Kasaravalli, David Cronenberg, Stanley Kubrick, Martin Scorsese, Tim Burton, Pedro Almodóvar, Terry Gilliam e Emir Kusturica já disseram ter grandes influências de Fellini em seus trabalhos. Woody Allen, em particular, já usou o imaginário e temas de Fellini em vários de seus filmes: "Memórias" evoca "8½", e "A Era do Rádio" é remanescente de "Amarcord", enquanto "Broadway Danny Rose" e "A Rosa Púrpura do Cairo" inspirados em "Mulheres e Luzes" e "Abismo de um Sonho" respectivamente.
O cineasta polonês Wojciech Has, autor dos filmes "O manuscrito encontrado em Saragoça" (1965) e "Sanatorium Pod Klepsydrą" (The Hour-Glass Sanatorium – 1973), são notáveis exemplos de fantasia modernista e foi comparado à Fellini pela "Luxúria pura de suas imagens".
O cantor escocês de rock progressivo Fish lançou em 2001 um álbum de nome Fellini Days, com letras e músicas totalmente inspiradas nos filmes de Fellini.
O trabalho de Fellini inspirou fortemente musicalmente e visualmente a banda "B-52’s". Eles citaram que o estilo de cabelos bufantes e de roupas futuristas e retrô vem de filmes como "8½", por exemplo. A inspiração em Fellini vem também no último álbum da banda, intitulado "Funplex", (2008) com uma música que leva o nome de um de seus filmes "Juliet of the Spirits", ou, "Julieta dos Espíritos" ("Giulietta Degli Spiriti, 1965)".
Filmografia
Como cineasta:
Ano Título original Título no Brasil Título em Portugal
1950
Luci del varietà*
Mulheres e Luzes
idem
1952
Lo sceicco bianco
Abismo de um sonho
O Sheik Branco
1953
I vitelloni
Os boas-vidas
Os Inúteis
1953
L'amore in città**
Amores na Cidade
Retalhos da vida
1954
La strada
A estrada da vida
A estrada
1955
Il bidone
A trapaça
O Conto do Vigário
1957
Le notti di Cabiria
Noites de Cabíria
As noites de Cabíria
1960
La dolce vita
A Doce Vida
A Doce Vida
1962
Boccaccio '70***
idem
idem
1963
8½
Oito e meio
Fellini 8 ½
1965
Giulietta degli spiriti
Julieta dos espíritos
Julieta dos espíritos
1968
Tre passi nel delirio****
(Histoires extraordinaires)
Histórias Extraordinárias
Histórias Extraordinárias
1969
Satyricon
Satyricon de Fellini
ou Fellini – Satyricon
Fellini - Satyricon
1969
televisão
Block-notes di un regista
Anotações de um Diretor
Diário de um Realizador
1970
televisão
I clowns
Os Palhaços
Os Palhaços
1972
Roma
Roma de Fellini
Roma de Fellini
1973
Amarcord
idem
idem
1976
Il Casanova di Federico Fellini
Casanova de Fellini
O Casanova de Federico Fellini
1979
Prova d'orchestra
Ensaio de Orquestra
Ensaio de Orquestra
1980
La città delle donne
Cidade das Mulheres
A Cidade das Mulheres
1983
E la nave va
idem
O navio
1986
Ginger e Fred
idem
idem
1987
televisão
Intervista
Entrevista
Entrevista
1990
La voce della luna
A Voz da Lua
A Voz da Lua
(*) co-creditado a Alberto Lattuada
(**) segmento Agenzia matrimoniale (Agência matrimonial)
(***) segmento Le tentazioni del dottor Antonio (br/pt:As tentações do doutor Antônio/António)
(****) segmento Toby Dammit
Prêmios e nomeações
Oscar
1993 – Oscar Honorário
Indicações
Melhor Diretor
1960 - A Doce Vida
1963 – 8½
1969 – Satyricon
1974 – Amarcord
Melhor Roteiro Original
1946
Roma, Cidade Aberta
Paisá
1953 - Os boas-vidas
1954 - La Strada
1960 - A Doce Vida
1963 – 8½
1974 – Amarcord
Melhor Roteiro Adaptado
1976 – Casanova
Globo de Ouro
Melhor Filme em Língua Estrangeira
1963 – 8½
Prêmio Bodil
Melhor Filme Estrangeiro
1954 - La Strada
1963 – 8½
1974 – Amarcord
BAFTA
Melhor Filme
1960 - A Doce Vida
Indicações
Melhor Filme Estrangeiro
1986 - Ginger e Fred
Melhor Direção de Arte
1976 – Amarcord
Prêmio César
Indicações
1987 – Intervista
Prêmio David di Donatello
Medalha Cidade de Rome e Prêmio René Clair
1986 - Ginger e Fred
Melhor Argumento e Prêmio Luchino Visconti
1983 - E la nave va
Festival de Cannes
Palma de Ouro
1960 - A Doce Vida
Prémio de 40º Aniversário do Festival de Cannes
1986 – Intervista
Grande Prémio Técnico
1972 – Roma de Fellini
Prémio OCIC – Menção Especial
1957 - Noites de Cabíria
Festival de Veneza
Leão de Prata
1953 - Os boas-vidas
1954 - La Strada
Carreira Leão de Ouro (1985)
Prêmios do Cinema Europeu
Prêmio pelo Conjunto da Obra
Festival Internacional de Moscou
Prêmio Grand Prix
domingo, 7 de julho de 2019
Brasil derrota Peru por 3 x 1 e conquista título da Copa América no Maracanã
Brasil derrota Peru por 3 x 1 e conquista título da Copa América no Maracanã
Reuters
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A seleção brasileira derrotou o Peru por 3 x 1 neste domingo e conquistou o título da Copa América pela primeira vez desde 2007, para comemoração e alívio da torcida que lotou o Maracanã, mas que passou por momentos de apreensão depois que o time ficou com um homem a menos em campo.
Jogadores do Brasil erguem a taça da Copa América 07/07/2019 REUTERS/Sergio Moraes
O capitão Daniel Alves e os demais jogadores receberam as medalhas das mãos do presidente Jair Bolsonaro, que acompanhou a partida da tribuna de honra ao lado do ministro da Justiça, Sergio Moro, e de outras autoridades do governo e também do mundo do futebol.
Ao entrar em campo para a premiação, Bolsonaro ouviu um misto de vaias e aplausos da torcida e chegou a demonstrar certo desconforto enquanto caminhava pelo gramado, mas depois saudou os torcedores e posou para fotos com os jogadores do Brasil e a taça. Ao sair de campo, o presidente foi vaiado.
A vitória contra o Peru deu ao Brasil seu 9º título da Copa América, encerrando um jejum que durava 12 anos. Nas cinco ocasiões em que realizou o torneio continental, o Brasil foi campeão em todas.
Quase 70 mil torcedores compareceram ao estádio, o que resultou em uma renda superior a 38,6 milhões de reais.
Contra uma surpreendente seleção peruana, que chegou à final eliminando pelo caminho Uruguai e Chile, o Brasil abriu o marcador aos 14 minutos com Éverton, que empurrou para o gol após boa jogada de Gabriel Jesus.
O Peru, no entanto, manteve o equilíbrio das ações em campo, enquanto os jogadores brasileiros aparentavam nervosismo.
O capitão peruano, Paolo Guerrero, empatou a partida aos 43 minutos em cobrança de pênalti, depois que o árbitro assinalou penalidade máxima por um toque de mão de Thiago Silva dentro da área.
Gabriel Jesus colocou o Brasil em vantagem nos acréscimos do primeiro tempo com um toque no canto do goleiro, mas o atacante do Manchester City complicou a situação da seleção brasileira no segundo tempo ao ser expulso, aos 24 minutos, pelo segundo cartão amarelo.
Desolado ao sair de campo depois do cartão vermelho, o atacante empurrou o monitor do árbitro de vídeo e foi flagrado pelas câmeras de televisão chorando na escada de acesso ao campo.
Com um a menos, o Brasil foi ameaçado pelos peruanos em ao menos duas oportunidades, mas o empate peruano não saiu e a seleção brasileira ainda ampliou o marcador em cobrança de pênalti de Richarlison aos 46 minutos — depois de falta sofrida por Éverton dentro da área.
Além do título, o Brasil também dominou as premiações individuais do torneio. Daniel Alves foi eleito o melhor jogador, Alisson foi eleito o melhor goleiro e Éverton terminou como artilheiro.
Por Pedro Fonseca; Reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier
Reuters
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A seleção brasileira derrotou o Peru por 3 x 1 neste domingo e conquistou o título da Copa América pela primeira vez desde 2007, para comemoração e alívio da torcida que lotou o Maracanã, mas que passou por momentos de apreensão depois que o time ficou com um homem a menos em campo.
Jogadores do Brasil erguem a taça da Copa América 07/07/2019 REUTERS/Sergio Moraes
O capitão Daniel Alves e os demais jogadores receberam as medalhas das mãos do presidente Jair Bolsonaro, que acompanhou a partida da tribuna de honra ao lado do ministro da Justiça, Sergio Moro, e de outras autoridades do governo e também do mundo do futebol.
Ao entrar em campo para a premiação, Bolsonaro ouviu um misto de vaias e aplausos da torcida e chegou a demonstrar certo desconforto enquanto caminhava pelo gramado, mas depois saudou os torcedores e posou para fotos com os jogadores do Brasil e a taça. Ao sair de campo, o presidente foi vaiado.
A vitória contra o Peru deu ao Brasil seu 9º título da Copa América, encerrando um jejum que durava 12 anos. Nas cinco ocasiões em que realizou o torneio continental, o Brasil foi campeão em todas.
Quase 70 mil torcedores compareceram ao estádio, o que resultou em uma renda superior a 38,6 milhões de reais.
Contra uma surpreendente seleção peruana, que chegou à final eliminando pelo caminho Uruguai e Chile, o Brasil abriu o marcador aos 14 minutos com Éverton, que empurrou para o gol após boa jogada de Gabriel Jesus.
O Peru, no entanto, manteve o equilíbrio das ações em campo, enquanto os jogadores brasileiros aparentavam nervosismo.
O capitão peruano, Paolo Guerrero, empatou a partida aos 43 minutos em cobrança de pênalti, depois que o árbitro assinalou penalidade máxima por um toque de mão de Thiago Silva dentro da área.
Gabriel Jesus colocou o Brasil em vantagem nos acréscimos do primeiro tempo com um toque no canto do goleiro, mas o atacante do Manchester City complicou a situação da seleção brasileira no segundo tempo ao ser expulso, aos 24 minutos, pelo segundo cartão amarelo.
Desolado ao sair de campo depois do cartão vermelho, o atacante empurrou o monitor do árbitro de vídeo e foi flagrado pelas câmeras de televisão chorando na escada de acesso ao campo.
Com um a menos, o Brasil foi ameaçado pelos peruanos em ao menos duas oportunidades, mas o empate peruano não saiu e a seleção brasileira ainda ampliou o marcador em cobrança de pênalti de Richarlison aos 46 minutos — depois de falta sofrida por Éverton dentro da área.
Além do título, o Brasil também dominou as premiações individuais do torneio. Daniel Alves foi eleito o melhor jogador, Alisson foi eleito o melhor goleiro e Éverton terminou como artilheiro.
Por Pedro Fonseca; Reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier
quinta-feira, 4 de julho de 2019
Bolsonaro ignora Previdência em transmissão ao vivo e diz que trabalho não atrapalha crianças
Por Eduardo Simões
(Reuters) - No dia em que a comissão especial da reforma da Previdência aprovou o texto-base da proposta, apontada como crucial pela equipe econômica do governo, o presidente Jair Bolsonaro ignorou o assunto em sua transmissão semanal ao vivo em uma rede social e, entre outros assuntos que tratou, disse que o trabalho não prejudica as crianças.
A omissão de Bolsonaro em relação à reforma da Previdência, cujos destaques ao texto principal ainda estavam sendo analisados na comissão, ocorre um dia depois de o presidente entrar em campo sem sucesso em busca de um acordo para amenizar as regras de aposentadoria para policiais no texto da reforma.
Ao lembrar durante a transmissão que, quando criança, trabalhou na colheita de milho em uma fazenda em Eldorado Paulista (SP), Bolsonaro afirmou que o trabalho não prejudica as crianças. Mas procurou evitar mal-entendidos e disse que não apresentaria um projeto para descriminalizar o trabalho infantil, pois se fizesse isso, seria “massacrado”.
“Olha só, trabalhando com 9, 10 anos de idade na Fazenda, não fui prejudicado em nada. Quando algum moleque de 9 ou 10 anos vai trabalhar em algum lugar, está cheio de gente aí (falando) ‘trabalho escravo, não sei o que, trabalho infantil’. Agora, quando está fumando um paralelepípedo de craque, ninguém fala nada. Então trabalho não atrapalha a vida de ninguém”, disse o presidente.
“Fiquem tranquilos que eu não vou apresentar nenhum projeto aqui para descriminalizar o trabalho infantil, porque eu seria massacrado. Mas eu queria dizer que eu, um irmão mais velho, uma irmã minha um pouco mais nova trabalhávamos na fazenda, trabalho duro.”
Bolsonaro também revelou que aprendeu a dirigir ao volante de um trator na fazenda, também com 9 anos de idade, e que dava tiros com espingarda nessa época.
“Você vai falar: ‘ah, irresponsabilidade’. Nada, pô! Eu atirei jovem também, não tinha problema nenhum. Metia aqui uma espingarda ia lá para o meio do mato, metia fogo e atirava, sem problema nenhum”, contou.
“Hoje em dia é tanto direito, tanta proteção que temos uma juventude aí que parte considerável não está na linha certa. Então o trabalho dignifica o homem, a mulher, não interessa a idade.”
Entre os outros assuntos tratados por Bolsonaro na transmissão ao vivo estava o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia —com elogios ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, presente na transmissão, e especialmente à ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Ele também falou sobre obras de infraestrutura e mudanças no Código de Trânsito —com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas— e eventos na área de pescado —com o secretário da Pesca do Ministério da Agricultura, Jorge Seif, que é presença constante nas transmissões ao vivo do presidente.
(Reuters)
Assinar:
Postagens (Atom)