Konstantinos - Uranus
domingo, 11 de junho de 2017
Agência da ONU para refugiados diz que 2.500 pessoas foram resgatadas na Líbia no fim de semana
Agência da ONU para refugiados diz que 2.500 pessoas foram resgatadas na Líbia no fim de semana
VIENA (Reuters) - A agência de refugiados da ONU pediu neste domingo que os países europeus ajudem a Itália a lidar com o cada vez maior fluxo de imigrantes após 2.500 terem sido resgatados no fim de semana e relatos de dezenas de desaparecidos no mar após terem deixado a Líbia.
A guarda costeira líbia recuperou os corpos de oito imigrantes de um bote inflável encontrado a leste de Trípoli no sábado.
O temor é de que haja pelo menos 52 desaparecidos devido a dois incidentes envolvendo um grande número de pessoas em botes frágeis na costa da Líbia no sábado, disse a UNHCR.
A guarda costeira italiana coordenou mais de uma dúzia de esforços de busca e resgate para salvar vidas.
A UNHCR pediu que outros países ajudem.
“As soluções não podem estar apenas na Itália”, disse a UNHCR. “Novas medidas em ambos os lados do mar Mediterrâneo central são necessárias para combater seriamente o tráfico humano”.
A agência também pediu esforços renovados para ajudar refugiados e imigrantes nos países que atravessam antes de chegarem à Líbia, dizendo que as pessoas estão expostas a “horríveis explorações e abusos” nestes Estados.
A Líbia é o ponto de partida mais comum para imigrantes que tentam chegar à Europa pelo mar, com o número de pessoas que tentam fazer a travessia aumentando significativamente a partir de 2014.
© Thomson Reuters 2017 All rights reserved.
VIENA (Reuters) - A agência de refugiados da ONU pediu neste domingo que os países europeus ajudem a Itália a lidar com o cada vez maior fluxo de imigrantes após 2.500 terem sido resgatados no fim de semana e relatos de dezenas de desaparecidos no mar após terem deixado a Líbia.
A guarda costeira líbia recuperou os corpos de oito imigrantes de um bote inflável encontrado a leste de Trípoli no sábado.
O temor é de que haja pelo menos 52 desaparecidos devido a dois incidentes envolvendo um grande número de pessoas em botes frágeis na costa da Líbia no sábado, disse a UNHCR.
A guarda costeira italiana coordenou mais de uma dúzia de esforços de busca e resgate para salvar vidas.
A UNHCR pediu que outros países ajudem.
“As soluções não podem estar apenas na Itália”, disse a UNHCR. “Novas medidas em ambos os lados do mar Mediterrâneo central são necessárias para combater seriamente o tráfico humano”.
A agência também pediu esforços renovados para ajudar refugiados e imigrantes nos países que atravessam antes de chegarem à Líbia, dizendo que as pessoas estão expostas a “horríveis explorações e abusos” nestes Estados.
A Líbia é o ponto de partida mais comum para imigrantes que tentam chegar à Europa pelo mar, com o número de pessoas que tentam fazer a travessia aumentando significativamente a partir de 2014.
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Decisão do TSE mostra que instituições garantem funcionamento da democracia, diz porta-voz de Temer
Decisão do TSE mostra que instituições garantem funcionamento da democracia, diz porta-voz de Temer
Temer durante cerimônia em Brasília
REUTERS/Ueslei Marcelino
(Reuters) - O presidente Michel Temer recebeu sua absolvição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como sinal de que as instituições estão garantindo o bom funcionamento da democracia, disse nesta sexta-feira o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, que também afirmou que a justiça prevaleceu no julgamento que poderia tirar Temer do cargo.
"Houve amplo debate e prevaleceu a justiça, de forma plena e absoluta. O Judiciário se manifestou de modo independente. Cada um de nós acatará com sobriedade, humildade e respeito a decisão do TSE", disse Parola em pronunciamento no Palácio do Planalto.
"Como chefe do Executivo, o Presidente da República seguirá, em parceria com o Congresso Nacional, honrando seu compromisso de trabalhar para que o Brasil retorne ao caminho do desenvolvimento e do crescimento, com mais oportunidades para todos."
Por quatro votos a três o TSE absolveu nesta sexta a chapa encabeçada pela ex-presidente Dilma Rousseff, que tinha Temer como vice, em processo movido pelo PSDB no final de 2014 que pedia a cassação da chapa por abuso de poder político e econômico. [nL1N1J626N]
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)
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Temer durante cerimônia em Brasília
REUTERS/Ueslei Marcelino
(Reuters) - O presidente Michel Temer recebeu sua absolvição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como sinal de que as instituições estão garantindo o bom funcionamento da democracia, disse nesta sexta-feira o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, que também afirmou que a justiça prevaleceu no julgamento que poderia tirar Temer do cargo.
"Houve amplo debate e prevaleceu a justiça, de forma plena e absoluta. O Judiciário se manifestou de modo independente. Cada um de nós acatará com sobriedade, humildade e respeito a decisão do TSE", disse Parola em pronunciamento no Palácio do Planalto.
"Como chefe do Executivo, o Presidente da República seguirá, em parceria com o Congresso Nacional, honrando seu compromisso de trabalhar para que o Brasil retorne ao caminho do desenvolvimento e do crescimento, com mais oportunidades para todos."
Por quatro votos a três o TSE absolveu nesta sexta a chapa encabeçada pela ex-presidente Dilma Rousseff, que tinha Temer como vice, em processo movido pelo PSDB no final de 2014 que pedia a cassação da chapa por abuso de poder político e econômico. [nL1N1J626N]
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)
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Mulher Maravilha repete vitória de bilheteria, “A Múmia”, de Tom Cruise, vai mal
Mulher Maravilha repete vitória de bilheteria, “A Múmia”, de Tom Cruise, vai mal
Por Seth Kelley
LOS ANGELES (Reuters) - Outro final de semana, mesma história: “Mulher Maravilha” é a rainha das bilheterias.
O filme da Warner Bros e DC Comics ganhará 57,2 milhões de dólares, de 4.165 cinemas, até o final de seu segundo fim de semana, colocando-o firmemente em primeiro lugar. É uma queda de apenas 45 por cento ante o fim de semana de estreia, dando ao filme uma estimativa de arrecadação doméstica de 205 milhões de dólares em dois finais de semana.
O filme estrelado por Gal Gadot também fará mais dinheiro durante seu segundo fim de semana que ambos “Esquadrão Suicida” e “Batman vs Superman: A Origem da Justiça”, apesar de tais filmes terem conseguido finais de semana de estreia maiores do que “Mulher Maravilha” (133,7 milhões de dólares para “Esquadrão Suicida” e 166 milhões de dólares de “Batman vs Superman: A Origem da Justiça”).
Mas, ao contrário destes filmes, o de Patty Jenkins tem apoio da crítica – atuais 93 por cento no Rotten Tomatoes.
Por outro lado, “A Múmia”, da Universal, está contando com uma forte receita no exterior para compensar ganhos domésticos menos impressionantes. Até o domingo de manhã o filme visava 32,2 milhões de dólares de 4.035 cinemas. É um começo lento para um filme que pretende lançar um universo de títulos relacionados a monstros. No exterior está lucrando muito melhor com 141,8 milhões de dólares, elevando sua previsão de arrecadação global para 174 milhões.
“Nós adoraríamos ver mais receita doméstica”, disse o presidente de distribuição doméstica da Universal, Nick Carpou, que avaliou que “muito da atenção que ‘A Múmia’ recebeu aqui se somou ao total internacional”. Capou citou o sarcófago de 22 metros de altura revelado na intersecção de Hollywood e Highland e a experiência de realidade virtual do filme como potenciais geradores de repercussão.
Ficando em terceiro, “As Aventuras do Capitão Cueca” da Fox deve conseguir mais 12,3 milhões de dólares de 3.529 cinemas – uma queda de apenas 48 por cento ante a semana passada. “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar” chegará em quarto com um adicional de 10,7 milhões de dólares de 3.679 cinemas.
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Por Seth Kelley
LOS ANGELES (Reuters) - Outro final de semana, mesma história: “Mulher Maravilha” é a rainha das bilheterias.
O filme da Warner Bros e DC Comics ganhará 57,2 milhões de dólares, de 4.165 cinemas, até o final de seu segundo fim de semana, colocando-o firmemente em primeiro lugar. É uma queda de apenas 45 por cento ante o fim de semana de estreia, dando ao filme uma estimativa de arrecadação doméstica de 205 milhões de dólares em dois finais de semana.
O filme estrelado por Gal Gadot também fará mais dinheiro durante seu segundo fim de semana que ambos “Esquadrão Suicida” e “Batman vs Superman: A Origem da Justiça”, apesar de tais filmes terem conseguido finais de semana de estreia maiores do que “Mulher Maravilha” (133,7 milhões de dólares para “Esquadrão Suicida” e 166 milhões de dólares de “Batman vs Superman: A Origem da Justiça”).
Mas, ao contrário destes filmes, o de Patty Jenkins tem apoio da crítica – atuais 93 por cento no Rotten Tomatoes.
Por outro lado, “A Múmia”, da Universal, está contando com uma forte receita no exterior para compensar ganhos domésticos menos impressionantes. Até o domingo de manhã o filme visava 32,2 milhões de dólares de 4.035 cinemas. É um começo lento para um filme que pretende lançar um universo de títulos relacionados a monstros. No exterior está lucrando muito melhor com 141,8 milhões de dólares, elevando sua previsão de arrecadação global para 174 milhões.
“Nós adoraríamos ver mais receita doméstica”, disse o presidente de distribuição doméstica da Universal, Nick Carpou, que avaliou que “muito da atenção que ‘A Múmia’ recebeu aqui se somou ao total internacional”. Capou citou o sarcófago de 22 metros de altura revelado na intersecção de Hollywood e Highland e a experiência de realidade virtual do filme como potenciais geradores de repercussão.
Ficando em terceiro, “As Aventuras do Capitão Cueca” da Fox deve conseguir mais 12,3 milhões de dólares de 3.529 cinemas – uma queda de apenas 48 por cento ante a semana passada. “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar” chegará em quarto com um adicional de 10,7 milhões de dólares de 3.679 cinemas.
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domingo, 4 de junho de 2017
Mulheres que Mudaram o Rumo da História /IMPERATRIZ TEODORA, IMPÉRIO BIZANTINO
IMPERATRIZ TEODORA IMPÉRIO BIZANTINO
Uma igreja em Ravenna, no nordeste da Itália, exibe um mosaico vibrante de uma mulher vestida de roxo. Ela tinha seus próprios cortesãos e o seu mosaico ocupava um enorme espaço ao lado de um mosaico de Cristo. A mulher era a imperatriz Teodora e a sua história ainda desperta curiosidade devido aos muitos extremos que ela frequentou.
Teodora viveu em uma época de grandes mudanças na igreja, linguagem e Estado. O que tinha sido Roma estava prestes a se tornar o Império Bizantino e as regiões do leste, incluindo o Egito, estavam pedindo para usar suas próprias línguas, insinuando autodeterminação. O profeta Maomé nasceu apenas 20 anos depois da morte de Teodora.
Apesar da grande quantidade de história escrita sobre aquele período, Teodora foi praticamente ignorada. No livro História Secreta, de Procópio, que foi escrito pouco tempo depois da morte de Teodora, em 548, ela é descrita como uma espécie de Senhora Maquiavel. Procópio a chama de prostituta, se refere a ela como “Teodora do bordel” e conta os detalhes das suas apresentações no palco onde ela permitia que os gansos bicassem grãos de sua parte intima e dançava nua. Procópio também conta que Teodora lamentava que deus tenha lhe dado apenas três orifícios para o prazer. Mas quando Procópio descreve o marido de Teodora, o imperador Justiniano, como um demônio sem cabeça, podemos supor que nem tudo que ele escreveu é verdade e que muitas histórias sobre Teodora podem ter sido exageradas com a intenção de caluniar a imperatriz e seu marido, talvez por ser contra a dinastia Justiniana ou por contrarias as leis que Teodora apoiou como imperatriz.
O ponto de vista de Procópio sobre Teodora, que não foi publicado até o século 17, influenciou outros escritores mais tarde, mas Teodora permaneceu um enigma. O que sabemos sobre ela cria a ideia de uma mulher moderna, feminista, e quase sempre controversa. A vida e a história de Teodora chegam muito perto de se parecer com uma história de ficção.
Ela nasceu em Constantinopla por volta de 500 DC. Seu pai, domador de ursos no hipódromo, morreu quando ela tinha cinco anos e sua mãe se casou com um outro domador que não conseguiu o antigo trabalho de seu marido morto, então ela ensaiou movimentos de súplica com suas três filhas, vestiu as meninas e as levou para o hipódromo, um vasto complexo com capacidade para trinta mil pessoas, para solicitar formalmente um trabalho para seu novo padrasto. O desejo foi concedido e Teodora, que atuou muito bem executando os movimentos de súplica, se tornou atriz, dançarina, mímica e comediante.
Com 15 anos de idade ela era a estrela do hipódromo, atuando em espetáculos que, pela narração de Procópio, não estavam muito longe do burlesco moderno. Ela também era, assim como a maioria das atrizes naquela época, uma prostituta.
Quando Teodora tinha 14 anos ela teve o seu primeiro filho e, por volta dessa época, ela e sua irmã mais velha eram acompanhantes de muitos homens ricos. É provável que elas tenham feito muitos abortos. Aos 18 anos, Teodora se afastou de sua carreira surpreendente, para se tornar amante de Hecebolus, o governador do que hoje é conhecido como a Líbia. Quando eles se separaram, não muito tempo depois, ela ingressou em uma comunidade ascética no deserto perto de Alexandria, onde aconteceu a sua conversão religiosa para um ramo do cristianismo primitivo, o monofisismo, que estava sob ataque por parte do estado romano. O problema religioso era entre aqueles que acreditavam, com o estado romano, que Cristo era ao mesmo tempo humano e divino, e aqueles que, como Teodora, acreditavam que a divindade de Cristo era a sua força principal. Depois de sua conversão, ela viajou para Antioquia onde ganhou fama por ter trabalhado com a Macedônia, uma mulher um pouco mais velha do que ela, que era prostituta, dançarina, e espiã. Antioquia era uma grande cidade da Síria, uma das muitas províncias que estavam começando a questionar a supremacia de Constantinopla. Os dois lados contavam com serviços de espionagem.
Aos 21 anos, Teodora voltou para a capital e conheceu Justiniano. Eles eram um casal muito improvável, Justiniano era filho de um agricultor da atual Sérvia que foi para Constantinopla com 11 anos de idade para trabalhar para o seu tio, o imperador Justiniano I. Justiniano tinha uma mente forte, sua codificação do direito romano, que ainda é parte da formação jurídica atual, tinha uma lei criada com a intenção de elevar o status de Teodora, e outra lei criada para permitir que ela se casasse, algo que as atrizes e ex atrizes não podiam fazer legalmente. Eles se casaram contra a vontade da tia de Justiniano, a imperatriz Eufêmia, ela mesma uma ex escrava e concubina, que viu suas próprias origens em Teodora. Quando Justiniano I morreu e seu sobrinho Justiniano tornou-se imperador em 527, também como Justiniano I, “Teodora do bordel” recebeu o título de imperatriz de Roma.
Quando os senadores se encontravam com Justiniano e Teodora eles se prostravam no chão e a relação entre Justiniano e Teodora com o povo foi descrita como uma relação entre senhores e escravos.
Teodora exercia muita influencia sobre Justiniano e realizou muitas conquistas no poder. Eles reformaram a cidade de Constantinopla, construíram aquedutos, pontes, mais de 20 igrejas, entre elas a Catedral de Santa Sofia. Como imperatriz, ela trabalhou para impedir os cafetões de receber dinheiro de prostitutas. Bem ciente da impossibilidade do casamento e de uma vida segura para essas mulheres, a imperatriz montou uma casa onde elas poderiam viver em paz. Teodora trabalhou pelo casamento das mulheres, a legislação anti estupro, e ajudou as muitas jovens que eram vendidas como escravas sexuais pelo preço de um par de sandálias. Suas leis baniram os cafetões de Constantinopla e de todas as principais cidades do império.revoltas de Nika
Revoltas de Nika
Teodora se mostrou uma governante hábil durante as revoltas de Nika. Na primeira metade do século VI, havia duas facções políticas rivais na capital imperial, os "Azuis" e os "Verdes", que começaram uma revolta em janeiro de 532 durante uma corrida de bigas no hipódromo. Elas se originaram de diversas queixas diferentes, algumas delas ações de Teodora e Justiniano[9]. Os rebeldes incendiaram diversos edifícios públicos e proclamaram um novo imperador, Hipácio, o sobrinho do antigo imperador Anastácio I Dicoro. Incapaz de controlar a multidão, Justiniano e seus oficiais se prepararam para fugir. Numa reunião do conselho governamental, Teodora foi contra deixar o palácio dizendo que "do púrpura se faz uma fina mortalha", sublinhando assim que seria melhor morrer como um imperador, lutando pelo trono, do que viver com medo, escondido ou exilado.
Seu determinado discurso convenceu a todos, incluindo o próprio Justiniano. Como resultado, o imperador ordenou que tropas leais, lideradas por dois oficiais de confiança, Belisário e Mundo, atacassem os revoltosos no hipódromo. A ordem foi cumprida e mais de 30 000 rebeldes (de acordo com Procópio) foram mortos. Apesar das alegações de que teria sido eleito imperador contra sua vontade pela multidão, Hipácio foi executado, aparentemente por insistência de Teodora[9]. Os historiadores concordam que foi a coragem de Teodora o fator decisivo para salvar o reinado de Justiniano e o imperador jamais se esqueceu disso.
Depois de Nika
A imperatriz Teodora no Coliseu - Óleo de Jean-Joseph Benjamin-Constant
Depois da revolta de Nika, Justiniano e Teodora reconstruíram e reformaram Constantinopla e fizeram dela a cidade mais esplêndida do mundo por séculos, construindo ou reconstruindo aquedutos, pontes e mais de vinte e cinco igrejas. A maior delas, Basílica de Santa Sofia (Hagia Sophia), é considerada a epítome da arquitetura bizantina e uma das maravilhas arquitetônicas do mundo.
Teodora era meticulosa no que dizia respeito ao cerimonial da corte. De acordo com Procópio, o casal imperial fez com que todos os senadores, inclusive os patrícios, se prostrassem diante deles sempre que entrassem em suas presenças, e deixaram claro que as relações deles com as milícias civis eram da mesma natureza da que existe entre mestres e escravos. Os dois também supervisionavam cuidadosamente os magistrados, muito mais do que os imperadores anteriores, possivelmente com o objetivo de reduzir a corrupção na burocracia estatal.
A imperatriz também criou seus próprios centros de poder como Santa Sofia. O eunuco Narses, que na velhice se tornou um brilhante general, era seu favorito e também era o prefeito pretoriano Pedro Barsimes. João da Capadócia, o principal coletor de impostos de Justiniano, aparece como sendo seu principal adversário, principalmente por sua influência independente em relação ao imperador.
Ela também participou das reformas legais e espirituais de Justiniano e seu envolvimento na melhora dos direitos das mulheres foi substancial. Teodora fez com que leis fossem aprovadas que proibiram a prostituição forçada e fechou bordéis. Ela criou um convento no lado asiático do Dardanelos chamado Metanoia ("arrependimento"), onde ex-prostitutas podiam se sustentar com o trabalho. Ela também expandiu os direitos das mulheres no divórcio e no direito de posse, instituiu a pena de morte para o estupro, proibiu o abandono de crianças indesejadas, deu às mães algum direito de guarda sobre os filhos e proibiu o assassinato de mulheres culpadas de adultério. Procópio conta que ela era naturalmente inclinada a ajudar mulheres desafortunadas.
A "História Secreta", contudo, apresenta uma história diferente. Por exemplo, ao invés de impedir a prostituição forçada (como Procópio afirmara em "Obras de Justiniano" 1.9.3), agora Teodora aparece "prendendo à força" 500 prostitutas e confinando-as ao convento. Este fato, diz Procópio, provocou suicídios quando as prostitutas tentaram evitar "serem transformadas de maneira grotesca contra a sua vontade" (Hist. Secr. 17).
Tudo isso faz de Teodora uma das primeiras feministas, mas sua história é ainda mais complicada. Existem indícios de que ela estava envolvida em envenenamentos, torturas e casamentos forçados, e mesmo tendo feito muito para ajudar mulheres e meninas em dificuldade, ela não se esforçou para ajudar as mulheres de posição mais elevada, atacando qualquer uma que ameaçasse a sua posição, incluindo a imperatriz Eufêmia.
Teodora morreu em 28 de junho de 548. Relatos da época dizem que Justiniano chorou durante todo o funeral e nunca a esqueceu. A imperatriz foi sepultada na Igreja dos Santos Apóstolos, em Constantinopla e foi declarada uma santa pela Igreja Ortodoxa Oriental onde sua festa litúrgica acontece todos os anos em 14 de novembro.
Existem tantas perguntas na história de Teodora. Ela era uma espiã ou uma santa, uma vagabunda ou uma atriz genial? O que realmente acontecia com os gansos no palco do hipódromo? Macedónia era sua amiga ou sua amante? Teodora viveu tantas situações e elas eram tão diversas entre si que ainda hoje existe muita curiosidade sobre essa mulher moderna do século VI.
http://www.tudodomundo.com.br/imperatriz-teodora/wikipedia
Primeira-ministra britânica diz "basta" após ataque que matou 7 em Londres
Por Estelle Shirbon e William James
LONDRES (Reuters) - A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu neste domingo uma resposta mais forte ao extremismo islâmico após três militantes atropelarem pedestres na London Bridge antes de apunhalarem outros nas proximidades, matando sete pessoas na noite de sábado.
O ataque, que também feriu outras 48 pessoas, ocorreu cinco dias antes de uma eleição parlamentar e foi o terceiro a atingir a Grã-Bretanha em menos de três meses. A primeira-ministra disse que a eleição iria ocorrer como previsto na quinta-feira.
"É hora de dizer que basta", disse a líder conservadora em uma declaração fora do endereço oficial Downing Street, onde as bandeiras estão a meio mastro.
"Não podemos nem devemos fingir que as coisas podem continuar como estão", disse May, pedindo um reforço na estratégia de combate ao terrorismo que poderia incluir uma prisão mais longa para alguns ataques e novas leis para regular o ciberespaço.
A Polícia Metropolitana de Londres disse no domingo que 12 pessoas haviam sido presas no distrito de Barking, no leste de Londres, por suspeita de conexão com os ataques.
Um francês e um canadense estão entre os mortos. A Austrália afirmou que um cidadão estava entre os feridos. Mais de 20 pessoas sofreram ferimentos graves.
Para conter os ataques, oito policiais dispararam um número sem precedentes de balas contra os militante, que pareciam usar coletes explosivos, disse neste domingo o chefe da polícia britânica contra o terrorismo.
Os três agressores que estavam em uma van alugada atropelaram pedestres na London Bridge, depois correram para a movimentada área do mercado público Borough Market, onde esfaquearam várias pessoas. A indignação da primeira-ministra ocorreu após o país ter sido vítima de um novo ataque terrorista neste ano.
Há menos de duas semanas, um homem-bomba matou 22 crianças e adultos em um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande em Manchester, no norte da Inglaterra.
Em março, em um ataque semelhante ao de sábado, cinco pessoas morreram depois que um homem dirigiu contra pedestres na Ponte de Westminster, no centro de Londres.
© Thomson Reuters 2017 All rights reserved.
LONDRES (Reuters) - A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu neste domingo uma resposta mais forte ao extremismo islâmico após três militantes atropelarem pedestres na London Bridge antes de apunhalarem outros nas proximidades, matando sete pessoas na noite de sábado.
O ataque, que também feriu outras 48 pessoas, ocorreu cinco dias antes de uma eleição parlamentar e foi o terceiro a atingir a Grã-Bretanha em menos de três meses. A primeira-ministra disse que a eleição iria ocorrer como previsto na quinta-feira.
"É hora de dizer que basta", disse a líder conservadora em uma declaração fora do endereço oficial Downing Street, onde as bandeiras estão a meio mastro.
"Não podemos nem devemos fingir que as coisas podem continuar como estão", disse May, pedindo um reforço na estratégia de combate ao terrorismo que poderia incluir uma prisão mais longa para alguns ataques e novas leis para regular o ciberespaço.
A Polícia Metropolitana de Londres disse no domingo que 12 pessoas haviam sido presas no distrito de Barking, no leste de Londres, por suspeita de conexão com os ataques.
Um francês e um canadense estão entre os mortos. A Austrália afirmou que um cidadão estava entre os feridos. Mais de 20 pessoas sofreram ferimentos graves.
Para conter os ataques, oito policiais dispararam um número sem precedentes de balas contra os militante, que pareciam usar coletes explosivos, disse neste domingo o chefe da polícia britânica contra o terrorismo.
Os três agressores que estavam em uma van alugada atropelaram pedestres na London Bridge, depois correram para a movimentada área do mercado público Borough Market, onde esfaquearam várias pessoas. A indignação da primeira-ministra ocorreu após o país ter sido vítima de um novo ataque terrorista neste ano.
Há menos de duas semanas, um homem-bomba matou 22 crianças e adultos em um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande em Manchester, no norte da Inglaterra.
Em março, em um ataque semelhante ao de sábado, cinco pessoas morreram depois que um homem dirigiu contra pedestres na Ponte de Westminster, no centro de Londres.
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sábado, 3 de junho de 2017
FILÓSOFO INGLÊS John Stuart Mill
FILÓSOFO INGLÊS
John Stuart Mill
20 de maio de 1806, Londres (Inglaterra)<br>8 de maio de 1873, Avignon (França)
John Stuart Mill teve a sua educação orientada e dirigida, desde cedo, dentro do utilitarismo e das obras de Jeremy Bentham (1748-1832), para quem o egoísmo, a ação utilitária e a busca do prazer são princípios capazes de fundamentar uma moral e orientar os comportamentos humanos na direção do bem.
Revelando-se precoce, Stuart Mill foi separado, por seu pai, das crianças da mesma idade e submetido a rígida disciplina intelectual. Conforme escreveu em sua Autobiografia, aos 15 anos queria trabalhar para reformar o mundo.
Aos vinte anos, contudo, sofre uma forte crise nervosa, rompendo com as ideias que lhe eram impostas. Busca, então, apoio na leitura dos poetas líricos, convencido de que o ser humano não é apenas puro intelecto.
Logo depois, volta a sofrer nova crise, dessa vez sentimental, vivendo um romance com Harriet Taylor, com a qual só pôde se casar 21 anos depois, tendo de enfrentar os preconceitos da sociedade de seu tempo.
Tal fato iria marcá-lo para o resto da vida, refletindo-se em sua filosofia, sempre inconformista, contra as convenções sociais, tornando-o, inclusive, um dos precursores da liberação da mulher.
A indução como método científico
A filosofia de Stuart Mill representa o coroamento de toda uma linha do próprio pensamento britânico, iniciado por Francis Bacon. O seu principal objetivo consistiu em renovar a lógica, tida como acabada e perfeita desde a construção aristotélica.
Stuart Mill aproveitou-se das ideias de John Herschel e William Whewell sobre a teoria da indução, além da grande influência que sofreu com a leitura dos primeiros volumes do Curso de filosofia positiva, de Augusto Comte.
Antimetafísico, Stuart Mill faz da indução o método científico por excelência, atendo-se aos fatos. O filósofo parte da experiência como base de todo conhecimento, quer nas ciências físicas, nas sociais ou mesmo na matemática.
Mill nega o a priori como pura construção racional, vendo nele, antes, uma formação originada da experiência, através da indução.
Para Stuart Mill, quatro regras metodológicas são fundamentais para o bom uso da indução, capazes de levar a resultados seguros e ao conhecimento do mundo objetivo: (a) concordância entre os fenômenos; (b) a diferença entre eles; (c) a regra dos resíduos; e (d) a regra das variações concomitantes. Por meio dessas regras, segundo Mill, é possível chegar-se às relações de causalidade entre os fenômenos, estabelecendo-se os antecedentes invariáveis e incondicionais.
Psicologia e ciências morais
Stuart Mill aceita a psicologia como ciência autônoma e independente. Usando do mesmo método indutivo, o filósofo defende um ponto de vista puramente associacionista, reduzindo os fenômenos psíquicos a seus elementos mais simples, não estruturais. Para Mill, a psicologia deve se ater a essas relações dos estados elementares e estabelecer as leis correspondentes, mas nunca se deixando afastar da experiência fenomênica.
Na opinião de Mill, as ciências morais originam-se do estudo e dos resultados da psicologia. Com isso, pode-se construir a etologia (teoria do caráter) e a sociologia, como ciências dedutivas.
Liberal, individualista, inconformista, lutando contra a sociedade de seu tempo, pregando a sua reforma, Mill desejava que o bem individual coincidisse com o bem coletivo, mas sem choques, no qual seriam dominantes os valores morais e altruísticos.
Considerado o maior filósofo inglês do século 19, sua influência foi grande e duradoura, não só na Inglaterra, mas também nos EUA, em todos os campos intelectuais em que desdobrou sua atividade.
Enciclopédia Mirador Internacional
https://educacao.uol.com.br/biografias/john-stuart-mill.htm
PGR denuncia Aécio por corrupção e obstrução de Justiça///Ex-assessor de Temer Rodrigo Rocha Loures é preso em Brasília
PGR denuncia Aécio por corrupção e obstrução de Justiça///Ex-assessor de Temer Rodrigo Rocha Loures é preso em Brasília
Senador afastado Aécio Neves (PMDB-MG)
REUTERS/Adriano Machado
BRASÍLIA (Reuters) - A Procuradoria-Geral da República denunciou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) por corrupção passiva e obstrução de Justiça a partir da delação feita por empresários do grupo J&F. O tucano é acusado pelo Ministério Público de ter usado o cargo para defender interesses da J&F, controladora da JBS, em troca do recebimento de propina. Aécio teve uma conversa interceptada na qual pedia 2 milhões de reais a Joesley Batista, um dos donos do grupo e que fez delação premiada. Posteriormente, a quantia exigida pelo senador foi entregue a um primo dele, em ação acompanhada pela Polícia Federal e feita com autorização do STF.
O senador nega as acusações e afirmou ter sido vítima de uma armação montada por Joesley Batista. Quando a conversa veio a público, Aécio disse que tentou vender um apartamento para o empresário para usar parte dos recursos para pagar sua defesa em inquéritos que enfrenta. Segundo o tucano, Joesley se ofereceu para emprestar 2 milhões de reais.
Segundo a denúncia de Janot, desde 2016 até maio deste ano, Aécio tentou impedir e embaraçar as investigações que envolvem a operação Lava Jato ao se esforçar para "selecionar" os delegados que seriam responsáveis pela condução das investigações. O procurador-geral afirma que o senador também atuou nos bastidores do Congresso para aprovar projetos como o de anistia ao caixa 2 e o de abuso de autoridade "com notório viés retaliatório contra autoridades judiciais e agentes públicos de fiscalização e controle". Na denúncia de 80 páginas, delatores da JBS citam o fato de que houve pagamento indevido de 60 milhões de reais para que os partidos ingressassem na coligação de Aécio à Presidente da República. Em contrapartida, segundo a PGR, o senador usou de sua influência para garantir a liberação de 24,1 milhões em créditos de ICMS devidos a duas empresas do grupo. O relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, ficará responsável por instruir a denúncia criminal. Após essa etapa, a 1ª Turma do Supremo vai decidir se aceita a acusação e transforma ele em réu ou se rejeita a denúncia. Outras pessoas ligadas a Aécio também foram denunciadas: Andréa Neves, irmã do senador, Frederico Pacheco, primo dele, e Mendherson Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG). Os três foram presos pela Polícia Federal em 18 de maio. Em nota, o advogado Alberto Toron, que representa Aécio, disse ter recebido com surpresa a notícia do oferecimento da denúncia contra o senador afastado, e disse lamentar o "açodamento" da PGR que, de acordo com o advogado, ofereceu a denúncia sem que diligências importantes, como a perícia em gravações feitas por Joesley, fossem realizadas. "Assim, a defesa lamenta o açodamento no oferecimento da denúncia e aguarda ter acesso ao seu teor para que possa demonstrar a correção da conduta do senador Aécio Neves e de seus familiares", afirma a nota assinada por Toron.
(Reportagem de Ricardo Brito)
Ex-assessor de Temer Rodrigo Rocha Loures é preso em Brasília
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-deputado e ex-assessor especial do presidente Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, foi preso na manhã deste sábado por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator da operação Lava Jato, informou a Polícia Federal.
O novo pedido de prisão de Loures foi feito pela Procuradoria Geral da República na quinta-feira e aceito por Fachin no final da noite de sexta. O ex-deputado foi preso pouco depois das seis horas da manhã em Brasília.
Um outro pedido havia sido feito durante a operação causada pela delação dos donos e de executivos da empresa de alimentos JBS mas, como Loures era deputado à época, no lugar de Osmar Serraglio, então ministro da Justiça, o pedido foi negado por Fachin.
Esta semana, Loures - que era primeiro suplente do PMDB do Paraná - perdeu o cargo com a demissão de Serraglio e sua volta para a Câmara. O Planalto chegou a ensaiar a nomeação de um outro peemedebista do Paraná para o ministério em uma tentativa de manter o foro privilegiado de Loures, mas sem sucesso.
Ex-assessor especial da Presidência, Loures também foi assessor de Temer quando este ainda era vice-presidente e, depois, seu chefe de gabinete. Foi acusado pelos executivos da JBS de negociar 15 milhões de reais em propina para resolver uma disputa no Cade entre a JBS e a Petrobras, beneficiando a empresa dos irmãos Batista.
Durante as investigações, Loures, que vinha sendo seguido pela PF depois de ter sido gravado negociando recursos com Joesley Batista, foi filmado recebendo uma mala com 500 mil reais em uma pizzaria em São Paulo. O dinheiro foi devolvido à Polícia Federal na semana passada.
Loures foi preso no início da manhã deste sábado em sua casa em Brasília, levado diretamente ao Instituto Médico Legal para exames e depois para a Superintendência da PF na capital federal. O ex-deputado pode ser transferido ainda hoje para a penitenciária da Papuda, em Brasília.
O advogado de Loures, Cézar Bitencourt, classificou de "desnecessária" e "descabida" a prisão do ex-deputado. Continuação...
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quinta-feira, 4 de maio de 2017
Comissão especial vota destaques da Previdência na próxima 3ª, diz presidente
Comissão especial vota destaques da Previdência na próxima 3ª, diz presidente
Deputado Carlos Marun (PMDB-MS), presidente da comissão especial sobre a reforma da Previdência, durante coletiva de imprensa no Palácio do Alvorada, em Brasília
REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou que o colegiado retomará a votação dos destaques ao projeto na próxima terça-feira, às 9h30.
Marun afirmou a jornalistas nesta quinta-feira que a ideia é concluir os trabalhos na comissão em uma única sessão, e que faltam ser votados cerca de 11 destaques.
Segundo o deputado, a expectativa é que apenas um destaque seja aprovado, referente à concentração do julgamento de matérias previdenciárias na Justiça Federal. Os demais devem ser rejeitados, acrescentou.
Na noite passada, a comissão aprovou o texto-base da reforma da Previdência, considerada pelo governo como essencial para colocar as contas públicas em ordem.
A sessão, contudo, foi interrompida pela invasão de agentes penitenciários, causando tumulto e a entrada da tropa de choque da Polícia Legislativa.
A confusão ocorreu após os parlamentares concordarem em retirar de votação um destaque que incluía de novo os agentes penitenciários na categoria com idade menor para aposentadoria.
Após avaliar a investida dos agentes como uma "ilegalidade" e uma conduta "completamente inaceitável", Marun afirmou ver caminho para que seja concedido acesso especial à aposentadoria para a categoria no plenário. "Mas na marra não vai", ressaltou ele.
Após a votação dos destaques no colegiado na semana que vem, o projeto seguirá para o plenário da Casa. Questionado sobre uma data para a votação --na qual o governo precisará do apoio de 308 parlamentares, número que ainda não tem assegurado--, Marun afirmou que a decisão ficará a cargo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), após debate com as lideranças dos partidos.
"Vai ser colocada em votação no momento em que tivermos a confiança que essa reforma será aprovada", disse.
(Por Marcela Ayres)
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Deputado Carlos Marun (PMDB-MS), presidente da comissão especial sobre a reforma da Previdência, durante coletiva de imprensa no Palácio do Alvorada, em Brasília
REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou que o colegiado retomará a votação dos destaques ao projeto na próxima terça-feira, às 9h30.
Marun afirmou a jornalistas nesta quinta-feira que a ideia é concluir os trabalhos na comissão em uma única sessão, e que faltam ser votados cerca de 11 destaques.
Segundo o deputado, a expectativa é que apenas um destaque seja aprovado, referente à concentração do julgamento de matérias previdenciárias na Justiça Federal. Os demais devem ser rejeitados, acrescentou.
Na noite passada, a comissão aprovou o texto-base da reforma da Previdência, considerada pelo governo como essencial para colocar as contas públicas em ordem.
A sessão, contudo, foi interrompida pela invasão de agentes penitenciários, causando tumulto e a entrada da tropa de choque da Polícia Legislativa.
A confusão ocorreu após os parlamentares concordarem em retirar de votação um destaque que incluía de novo os agentes penitenciários na categoria com idade menor para aposentadoria.
Após avaliar a investida dos agentes como uma "ilegalidade" e uma conduta "completamente inaceitável", Marun afirmou ver caminho para que seja concedido acesso especial à aposentadoria para a categoria no plenário. "Mas na marra não vai", ressaltou ele.
Após a votação dos destaques no colegiado na semana que vem, o projeto seguirá para o plenário da Casa. Questionado sobre uma data para a votação --na qual o governo precisará do apoio de 308 parlamentares, número que ainda não tem assegurado--, Marun afirmou que a decisão ficará a cargo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), após debate com as lideranças dos partidos.
"Vai ser colocada em votação no momento em que tivermos a confiança que essa reforma será aprovada", disse.
(Por Marcela Ayres)
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quarta-feira, 3 de maio de 2017
Comissão especial da Câmara aprova texto-base da reforma da Previdência por 23 votos a 14
Comissão especial da Câmara aprova texto-base da reforma da Previdência por 23 votos a 14
Arthur Oliveira Maia (E) fala próximo a Carlos Marun em Brasília
REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Marcela Ayres e Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A comissão especial da Câmara dos Deputados para a reforma da Previdência aprovou nesta quarta-feira o texto-base da proposta com 23 votos a favor e 14 contrários, e agora passará a analisar os destaques ao texto.
A polêmica reforma é considerada pelo Planalto como essencial para colocar as contas públicas do país em ordem e, por isso, tem demandado muita negociação política do governo do presidente Michel Temer.
VAIVÉM
O relatório apresentado pelo deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) atenuou a proposta original do governo em diversos pontos, como idade mínima de aposentadoria de 62 anos para mulheres, sobre 65 anos antes, após negociações com o Palácio do Planalto.
E ainda nesta quarta-feira o deputado ainda promovia alterações em seu parecer, incluindo, por exemplo, benefícios a policiais legislativos.
O dia foi marcado por idas e vindas no parecer, provocando atrasos nos trabalhos da comissão. Já pela manhã, Oliveira Maia havia mudado seu parecer para incluir entre os servidores com limite de idade reduzido para acesso à aposentadoria os agentes penitenciários, socieoeducativos e policiais legislativos entre os servidores.
Depois, sob o argumento de que teria recebido mensagens de parlamentares "revoltados" com a concessão do benefício aos agentes penitenciários --justamente os que protagonizaram um protesto na véspera em frente ao Congresso Nacional e no Ministério da Justiça--, voltou atrás e retirou a categoria do relatório. Segundo uma fonte do governo, Oliveira Maia teria recebido um telefonema do Planalto pedindo a retirada dos agentes penitenciários do texto.
Ao anunciar a mudança, o deputado afirmou que o tema seria analisado em uma emenda, a ser votada separadamente após o texto-base.
ESFORÇO DE CONVENCIMENTO
As versões mais suaves do texto vêm a reboque de forte resistência dos parlamentares, incluindo membros da base aliada, em aprovar a proposta original. Com as eleições de 2018 despontando no horizonte, muitos mostram receio em perder capital político ao demonstrar apoio a uma proposta contestada por boa parte da população.
O próprio governo reconhece que não tem, no momento, os votos suficientes para aprová-la e decidiu deixar para votá-la no plenário da Câmara apenas depois de o Senado aprovar a reforma trabalhista.
Como a reforma da Previdência é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), são necessários pelo menos 308 votos para sua aprovação, equivalente a três quintos dos deputados, em dois turnos de votação. No Senado, a PEC precisa do apoio de 49 senadores, também em dois turnos de votação.
Na terça-feira, o vice-líder do governo Beto Mansur (PRB-SP), que prepara uma cartilha sobre a proposta para ajudar no convencimento dos deputados, defendeu que a reforma da Previdência só seja colocada em votação no plenário quando o governo contar com pelo menos 320 votos e calculou que sejam necessárias de duas a três semanas para fazer um trabalho de "covencimento" dos colegas.
Na última sexta-feira, milhares de brasileiros saíram às ruas durante o dia de greve geral contra as reforma convocado pelas principais centrais sindicais. Em pesquisa Datafolha publicada na segunda-feira, 71 por cento dos entrevistados disseram ser contra à reforma da Previdência. Oliveira Maia avalia que ainda há desconhecimento por parte da população e dos políticos em relação às alterações feitas em direção a uma reforma mais branda.
Em declarações recentes, o presidente Michel Temer reconheceu que a reforma não será para durar 30 ou 40 anos, como originalmente pretendia, mas sim de 20 anos, diante da necessidade de negociações com o Congresso.
Segundo o Ministério da Fazenda, a aprovação final da reforma da Previdência gerará economia de 604 bilhões de reais nos próximos dez anos, ou 76 por cento do que foi originalmente estimado pelo governo.
(Reportagem de Marcela Ayres e Maria Carolina Marcello)
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Arthur Oliveira Maia (E) fala próximo a Carlos Marun em Brasília
REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Marcela Ayres e Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A comissão especial da Câmara dos Deputados para a reforma da Previdência aprovou nesta quarta-feira o texto-base da proposta com 23 votos a favor e 14 contrários, e agora passará a analisar os destaques ao texto.
A polêmica reforma é considerada pelo Planalto como essencial para colocar as contas públicas do país em ordem e, por isso, tem demandado muita negociação política do governo do presidente Michel Temer.
VAIVÉM
O relatório apresentado pelo deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) atenuou a proposta original do governo em diversos pontos, como idade mínima de aposentadoria de 62 anos para mulheres, sobre 65 anos antes, após negociações com o Palácio do Planalto.
E ainda nesta quarta-feira o deputado ainda promovia alterações em seu parecer, incluindo, por exemplo, benefícios a policiais legislativos.
O dia foi marcado por idas e vindas no parecer, provocando atrasos nos trabalhos da comissão. Já pela manhã, Oliveira Maia havia mudado seu parecer para incluir entre os servidores com limite de idade reduzido para acesso à aposentadoria os agentes penitenciários, socieoeducativos e policiais legislativos entre os servidores.
Depois, sob o argumento de que teria recebido mensagens de parlamentares "revoltados" com a concessão do benefício aos agentes penitenciários --justamente os que protagonizaram um protesto na véspera em frente ao Congresso Nacional e no Ministério da Justiça--, voltou atrás e retirou a categoria do relatório. Segundo uma fonte do governo, Oliveira Maia teria recebido um telefonema do Planalto pedindo a retirada dos agentes penitenciários do texto.
Ao anunciar a mudança, o deputado afirmou que o tema seria analisado em uma emenda, a ser votada separadamente após o texto-base.
ESFORÇO DE CONVENCIMENTO
As versões mais suaves do texto vêm a reboque de forte resistência dos parlamentares, incluindo membros da base aliada, em aprovar a proposta original. Com as eleições de 2018 despontando no horizonte, muitos mostram receio em perder capital político ao demonstrar apoio a uma proposta contestada por boa parte da população.
O próprio governo reconhece que não tem, no momento, os votos suficientes para aprová-la e decidiu deixar para votá-la no plenário da Câmara apenas depois de o Senado aprovar a reforma trabalhista.
Como a reforma da Previdência é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), são necessários pelo menos 308 votos para sua aprovação, equivalente a três quintos dos deputados, em dois turnos de votação. No Senado, a PEC precisa do apoio de 49 senadores, também em dois turnos de votação.
Na terça-feira, o vice-líder do governo Beto Mansur (PRB-SP), que prepara uma cartilha sobre a proposta para ajudar no convencimento dos deputados, defendeu que a reforma da Previdência só seja colocada em votação no plenário quando o governo contar com pelo menos 320 votos e calculou que sejam necessárias de duas a três semanas para fazer um trabalho de "covencimento" dos colegas.
Na última sexta-feira, milhares de brasileiros saíram às ruas durante o dia de greve geral contra as reforma convocado pelas principais centrais sindicais. Em pesquisa Datafolha publicada na segunda-feira, 71 por cento dos entrevistados disseram ser contra à reforma da Previdência. Oliveira Maia avalia que ainda há desconhecimento por parte da população e dos políticos em relação às alterações feitas em direção a uma reforma mais branda.
Em declarações recentes, o presidente Michel Temer reconheceu que a reforma não será para durar 30 ou 40 anos, como originalmente pretendia, mas sim de 20 anos, diante da necessidade de negociações com o Congresso.
Segundo o Ministério da Fazenda, a aprovação final da reforma da Previdência gerará economia de 604 bilhões de reais nos próximos dez anos, ou 76 por cento do que foi originalmente estimado pelo governo.
(Reportagem de Marcela Ayres e Maria Carolina Marcello)
© Thomson Reuters 2017 All rights reserved.
quarta-feira, 26 de abril de 2017
Reforma trabalhista Férias, 13º e almoço: 10 pontos que podem mudar (ou não) com a reforma
Getty Images/iStockphoto
O governo tenta aprovar no Congresso a proposta de reforma trabalhista, que muda diversos pontos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Você é a favor da reforma trabalhista?
A proposta original foi elaborada pelo governo no final do ano passado, e encaminhada ao Congresso em fevereiro. O projeto de lei passou pela comissão especial da Câmara com algumas mudanças e deve ser votada pelo plenário da Casa nesta quarta-feira (26). Se aprovada, segue para o Senado.
Segundo o relator do projeto na comissão que analisa a reforma, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), o novo texto afeta mais de 110 artigos da CLT. Confira abaixo dez pontos das regras trabalhistas que podem ou não mudar com a reforma.
10 pontos que podem mudar (ou não) com a reforma trabalhista:
Convenções e acordos coletivos poderão se sobrepor às leis
Alguns direitos específicos não podem ser modificados por acordo, como: 13º salário, FGTS, licença-maternidade, seguro-desemprego
A jornada de trabalho pode ser negociada, mas sem ultrapassar os limites da Constituição
O tempo do intervalo, como o almoço, pode ser negociado, mas precisa ter no mínimo 30 minutos, se a jornada tiver mais do que seis horas
Os acordos coletivos podem trocar os dias dos feriados
As férias poderão ser divididas em até três períodos, mas nenhum deles pode ter menos do que cinco dias, e um deve ter 14 dias, no mínimo
O imposto sindical se torna opcional
A reforma define as regras para home office
Ex-funcionário não pode ser recontratado como terceirizado nos 18 meses após deixar a empresa
Gestantes e quem está amamentando poderão trabalhar em ambientes insalubres se isso for autorizado por um atestado médico. No caso das grávidas, isso só não será possível se a insalubridade for de grau máximo
O governo tenta aprovar no Congresso a proposta de reforma trabalhista, que muda diversos pontos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Você é a favor da reforma trabalhista?
A proposta original foi elaborada pelo governo no final do ano passado, e encaminhada ao Congresso em fevereiro. O projeto de lei passou pela comissão especial da Câmara com algumas mudanças e deve ser votada pelo plenário da Casa nesta quarta-feira (26). Se aprovada, segue para o Senado.
Segundo o relator do projeto na comissão que analisa a reforma, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), o novo texto afeta mais de 110 artigos da CLT. Confira abaixo dez pontos das regras trabalhistas que podem ou não mudar com a reforma.
10 pontos que podem mudar (ou não) com a reforma trabalhista:
Convenções e acordos coletivos poderão se sobrepor às leis
Alguns direitos específicos não podem ser modificados por acordo, como: 13º salário, FGTS, licença-maternidade, seguro-desemprego
A jornada de trabalho pode ser negociada, mas sem ultrapassar os limites da Constituição
O tempo do intervalo, como o almoço, pode ser negociado, mas precisa ter no mínimo 30 minutos, se a jornada tiver mais do que seis horas
Os acordos coletivos podem trocar os dias dos feriados
As férias poderão ser divididas em até três períodos, mas nenhum deles pode ter menos do que cinco dias, e um deve ter 14 dias, no mínimo
O imposto sindical se torna opcional
A reforma define as regras para home office
Ex-funcionário não pode ser recontratado como terceirizado nos 18 meses após deixar a empresa
Gestantes e quem está amamentando poderão trabalhar em ambientes insalubres se isso for autorizado por um atestado médico. No caso das grávidas, isso só não será possível se a insalubridade for de grau máximo
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