Crise de imigração na Europa
"O mundo perdeu a humanidade na Síria", alerta Malala
AFP Em Nova York 25/09/201517h14
Darren Ornitz/Reuters
A adolescente Prêmio Nobel Malala Yousafzai apelou nesta sexta-feira (25) aos líderes para que façam mais pela Síria, afirmando que o afogamento de uma criança mostrou que o mundo "perdeu sua humanidade".
A paquistanesa de 18 anos, que levou um tiro do Taleban por desafiar ir à escola, afirmou que estava tão triste pelos abusos de meninas nas mãos de extremistas na Síria e no Iraque que ela parou de ver as notícias.
Mas ela viu e ficou horrorizada pela foto de Aylan Kurdi, o menino sírio cujo corpo foi visto em uma praia da Turquia em uma foto que tornou-se símbolo do arriscado êxodo de refugiados que buscam segurança na Europa.
"Nós perdemos a humanidade naquele dia quando... em nenhum lugar uma criança é bem-vinda", falou a repórteres na sede das Nações Unidas.
"É importante que as pessoas abram seus corações e que as pessoas abram suas terras para pessoas que agora estão precisando de mais apoio e precisando do direito de viver", declarou.
Malala pediu aos líderes mundiais que imaginem seus próprios filhos sofrendo os abusos realizados pelo grupo Estado Islâmico, que escravizou sexualmente meninas de grupos minoritários.
"A primeira coisa é que os líderes mundiais precisam levar todos esses problemas mais a sério", afirmou Malala, que levou com ela quatro meninas incluindo uma refugiada síria.
"Eles deveriam pensar como se fossem seus próprios filhos".
A mais jovem laureada do Prêmio Nobel da Paz não volta ao Paquistão há três anos por preocupações sobre sua segurança e estuda em Birmingham, na Inglaterra.
Ela foi a Nova York para a adoção de uma nova meta de desenvolvimento da ONU, que deseja acabar com a pobreza extrema em 15 anos.
Malala afirmou que terá dois dias de descanso. "Eu nunca perco um dia de aula, a não ser que seja por uma boa causa e que realmente traga mudança", declarou.
Konstantinos - Uranus
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Pesquisadores italianos anunciam possível descoberta dos restos de Mona Lisa
Pesquisadores italianos anunciam possível descoberta dos restos de Mona Lisa
Reuters Por Matteo Berlenga e Hanna Rantala
De Roma
Francesco Bellini/AP
Local de escavação onde foram encontrados os supostos restos mortais de Lisa Gherardi, a mulher que acredita-se ter posado para o famoso quadro de Leonardo da Vinci
Local de escavação onde foram encontrados os supostos restos mortais de Lisa Gherardi, a mulher que acredita-se ter posado para o famoso quadro de Leonardo da Vinci
Pesquisadores italianos afirmaram nesta quinta-feira que podem ter encontrado fragmentos de ossos pertencentes à mulher imortalizada por Leonardo da Vinci em seu aclamado quadro "Mona Lisa".
Os limites da tecnologia atual, no entanto, não permitem dizer com certeza se descobriram os restos mortais de Lisa Gherardini, a esposa do mercador florentino Francesco del Giocondo que se acredita ter posado para Leonardo.
A "Mona Lisa", conhecida em italiano como "Gioconda", está no museu do Louvre, em Paris, e possivelmente é a pintura mais famosa do mundo. Ela exibe uma jovem de sorriso enigmático com as mãos dobradas suavemente no colo.
Busca pelo corpo
Embora a identidade da mulher não seja certa, muitos historiadores creem ser provável que se trate de Lisa Gherardini, e arqueólogos começaram a procurar seu corpo três anos atrás em um convento no qual ela passou os últimos dias. Além disso, eles abriram a tumba da família Giocondo em uma igreja de Florença para tentar obter uma comparação de DNA.
Vários corpos foram recuperados, mas a datação por carbono mostrou que só um grupo de fragmentos de ossos é do início do século 16, quando Lisa viveu e a "Mona Lisa" foi pintada.
Silvano Vinceti, que comanda o Comitê Nacional da Itália para a Divulgação do Patrimônio Histórico e Cultural, disse que a documentação sobre o local do enterro e os testes científicos o deixam confiante de terem e encontrado Lisa. "Se você me perguntasse o que eu, pessoalmente, subjetivamente, acho e sinto, diria que acredito que a encontramos", disse a repórteres.
Outros especialistas foram mais cautelosos, dizendo que, dado o mau estado dos fragmentos, é impossível ter certeza.
Giorgio Gruppioni, professor de antropologia da Universidade de Bolonha, afirmou que, com base somente nos indícios científicos, as chances de terem descoberto a Mona Lisa "certamente não são grandes". "O que esperamos é que técnicas sofisticadas um dia nos permitam extrair, analisar e comparar o DNA para podermos determinar geneticamente que este são os restos de Lisa Gherardini",
http://entretenimento.uol.com.br/
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Dólar salta acima de R$4, máxima histórica, por preocupações locais e externas
Dólar salta acima de R$4, máxima histórica, por preocupações locais e externas
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro.
Por Bruno Federowski
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar saltava mais de 1 por cento nesta terça-feira e superava 4 reais, nível intradia mais alto na história, com investidores apreensivos com a votação no Congresso dos vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff e com a possibilidade de os juros subirem nos Estados Unidos ainda neste ano.
Às 11:22, o dólar avançava 1,55 por cento, a 4,0426 reais na venda, após atingir 4,0530 reais na máxima da sessão, maior nível durante os negócios, superando a marca anterior de 4 reais vista em outubro de 2002.
A moeda norte-americana também fortalecia intensamente contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
"Essas dificuldades que o governo enfrenta no Congresso deixam o país quase ingovernável do ponto de vista fiscal", disse o operador da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.
Investidores temem sobretudo que o Congresso derrube o veto ao reajuste dos servidores do Judiciário, dificultando ainda mais o ajuste das contas públicas e alimentando apostas de que o país pode perder o selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.
As preocupações seguiam fortes mesmo após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, defender que esse veto deveria ser mantido.
O panorama externo tampouco ajudava o ânimo dos investidores. O dólar subia globalmente após uma série de integrantes do Federal Reserve, banco central norte-americano, ressaltarem que podem dar início ao aperto monetário ainda neste ano, depois de postergar na semana passada esse movimento em meio a preocupações com a economia global.
Segundo operadores, a alta do dólar nesta sessão era acentuada também por operações de compras automáticas para limitar perdas, conhecidas como "stop-loss", ativadas pela disparada da moeda norte-americana. "É um movimento violento. Ninguém quer ser o último a comprar", resumiu o operador de uma corretora nacional.
O salto da moeda dos EUA alimentava também nas mesas de câmbio que o Banco Central pode ampliar ainda mais sua intervenção, uma vez que cotações mais altas tendem a pressionar a inflação já elevada.
Na véspera, o BC realizou leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, mas o dólar ainda marcou o segundo maior fechamento contra o real na história. E não anunciou leilão de linha para esta sessão até o momento.
"(Resta) ao BC achar alguma saída para conter a desvalorização do real, pois leilão de linha não faz mais preço", escreveu o operador da corretora Correparti, em nota a clientes, Guilherme França Esquelbek.
O BC dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro.
Por Bruno Federowski
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar saltava mais de 1 por cento nesta terça-feira e superava 4 reais, nível intradia mais alto na história, com investidores apreensivos com a votação no Congresso dos vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff e com a possibilidade de os juros subirem nos Estados Unidos ainda neste ano.
Às 11:22, o dólar avançava 1,55 por cento, a 4,0426 reais na venda, após atingir 4,0530 reais na máxima da sessão, maior nível durante os negócios, superando a marca anterior de 4 reais vista em outubro de 2002.
A moeda norte-americana também fortalecia intensamente contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
"Essas dificuldades que o governo enfrenta no Congresso deixam o país quase ingovernável do ponto de vista fiscal", disse o operador da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.
Investidores temem sobretudo que o Congresso derrube o veto ao reajuste dos servidores do Judiciário, dificultando ainda mais o ajuste das contas públicas e alimentando apostas de que o país pode perder o selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.
As preocupações seguiam fortes mesmo após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, defender que esse veto deveria ser mantido.
O panorama externo tampouco ajudava o ânimo dos investidores. O dólar subia globalmente após uma série de integrantes do Federal Reserve, banco central norte-americano, ressaltarem que podem dar início ao aperto monetário ainda neste ano, depois de postergar na semana passada esse movimento em meio a preocupações com a economia global.
Segundo operadores, a alta do dólar nesta sessão era acentuada também por operações de compras automáticas para limitar perdas, conhecidas como "stop-loss", ativadas pela disparada da moeda norte-americana. "É um movimento violento. Ninguém quer ser o último a comprar", resumiu o operador de uma corretora nacional.
O salto da moeda dos EUA alimentava também nas mesas de câmbio que o Banco Central pode ampliar ainda mais sua intervenção, uma vez que cotações mais altas tendem a pressionar a inflação já elevada.
Na véspera, o BC realizou leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, mas o dólar ainda marcou o segundo maior fechamento contra o real na história. E não anunciou leilão de linha para esta sessão até o momento.
"(Resta) ao BC achar alguma saída para conter a desvalorização do real, pois leilão de linha não faz mais preço", escreveu o operador da corretora Correparti, em nota a clientes, Guilherme França Esquelbek.
O BC dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
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segunda-feira, 21 de setembro de 2015
sábado, 19 de setembro de 2015
ROCK IN RIO 2015 Queen volta ao Rock in Rio e coloca Adam Lambert à frente de 85 mil pessoas
Queen volta ao Rock in Rio e coloca Adam Lambert à frente de 85 mil pessoas6
Do UOL, no Rio
Atração da primeira edição do Rock in Rio, o Queen voltou ao festival 30 anos depois com Adam Lambert no posto de vocalista e a expectativa de recriar um dos momentos mais icônicos da história do evento. Em 1985, Freddie Mercury regeu uma plateia de mais de 200 mil pessoas cantando a música "Love of My Life". Dessa vez, a missão de Lambert é encarar a plateia estimada em 85 mil pessoas.
Com cerca de 30 minutos de atraso, a banda surgiu no Palco Mundo ao som de "One Vision", música de 1985, que veio para começar o show de encerramento da primeira noite do evento. O repertório, que foi divulgado pela produção minutos antes do início do show, será semelhante ao setlist apresentado pela banda no show que fizeram na quarta-feira no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
À frente de uma das maiores bandas de rock, Adam Lambert não pareceu intimidado pelo guitarrista Brian May e pelo baterista Roger Taylor, integrantes da formação original. Cantou o hit "Another One Bites the Dust" e regeu o coro da plateia em "Fat Bottomed Girls".
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Chilenos vasculham destroços após forte terremoto; mortos chegam a 11
Chilenos vasculham destroços após forte terremoto; mortos chegam a 11
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Chilenos vasculham destroços na cidade de Concon após terremoto. 17/9/2015. REUTERS/Rodrigo Garrido
Por Felipe Iturrieta
ILLAPEL, Chile (Reuters) - Moradores vasculhavam os restos dos edifícios destruídos no centro do Chile nesta quinta-feira depois que um terremoto de magnitude 8,3 matou 11 pessoas e provocou fortes ondas em áreas costeiras, obrigando mais de um milhão de pessoas a deixarem suas casas.
Tremores secundários sacudiram o país sul-americano depois do sismo de quarta-feira, o mais forte do mundo este ano e o maior a atingir o Chile desde 2010. Mas alguns moradores demonstraram alívio pelo fato de a destruição não ter sido maior.
Na cidade portuária de Coquimbo, no norte chileno, onde ondas de até 4,5 metros de altura golpearam as praias, grandes barcos de pesca foram parar nas ruas e outros se partiram, enchendo a baía de destroços.
“Tudo está uma bagunça. Foi um desastre, perda total. Garrafas e copos ficaram estilhaçados e os canos no banheiro e na cozinha se romperam”, disse Melisa Pinones, dona de um restaurante na cidade de Illapel, próxima do epicentro.
Os moradores da cidade litorânea de Los Vilos tentaram salvar pertences em dezenas de casas à beira mar que ficaram destruídas ou seriamente danificadas pelas fortes ondas.
O governo já havia ordenado a retirada das pessoas das áreas costeiras depois do poderoso terremoto para evitar uma repetição do desastre de 2010, quando as autoridades demoraram a emitir um alerta de tsunami e centenas morreram.
O tremor mais recente e as ondas enormes que se seguiram causaram inundações em cidades litorâneas e derrubaram a energia nas áreas mais atingidas do centro do país, embora a maioria dos edifícios, estradas e portos tenham resistido bem. O sismo foi sentido até em Buenos Aires, na Argentina, e em algumas cidades brasileiras como São Paulo.
“Foi como em 1965 e 1971”, contou o mestre de obras Jorge Gallardo, de Illapel, referindo-se aos dois terremotos imensos que testemunhou. “Mas desta vez os danos não foram tão grandes quanto a magnitude do terremoto faria pensar que seriam”.
A presidente chilena, Michelle Bachelet, que disse que seu governo “aprendeu uma série de lições” com os desastres anteriores, iniciou uma visita às áreas afetadas pela cidade de La Serena, perto de Coquimbo.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
PRÓXIMO ARTIGO: Imigrantes seguem em massa para Croácia; UE convoca reunião de cúpula
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quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Chilenos vasculham destroços na cidade de Concon após terremoto. 17/9/2015. REUTERS/Rodrigo Garrido
Por Felipe Iturrieta
ILLAPEL, Chile (Reuters) - Moradores vasculhavam os restos dos edifícios destruídos no centro do Chile nesta quinta-feira depois que um terremoto de magnitude 8,3 matou 11 pessoas e provocou fortes ondas em áreas costeiras, obrigando mais de um milhão de pessoas a deixarem suas casas.
Tremores secundários sacudiram o país sul-americano depois do sismo de quarta-feira, o mais forte do mundo este ano e o maior a atingir o Chile desde 2010. Mas alguns moradores demonstraram alívio pelo fato de a destruição não ter sido maior.
Na cidade portuária de Coquimbo, no norte chileno, onde ondas de até 4,5 metros de altura golpearam as praias, grandes barcos de pesca foram parar nas ruas e outros se partiram, enchendo a baía de destroços.
“Tudo está uma bagunça. Foi um desastre, perda total. Garrafas e copos ficaram estilhaçados e os canos no banheiro e na cozinha se romperam”, disse Melisa Pinones, dona de um restaurante na cidade de Illapel, próxima do epicentro.
Os moradores da cidade litorânea de Los Vilos tentaram salvar pertences em dezenas de casas à beira mar que ficaram destruídas ou seriamente danificadas pelas fortes ondas.
O governo já havia ordenado a retirada das pessoas das áreas costeiras depois do poderoso terremoto para evitar uma repetição do desastre de 2010, quando as autoridades demoraram a emitir um alerta de tsunami e centenas morreram.
O tremor mais recente e as ondas enormes que se seguiram causaram inundações em cidades litorâneas e derrubaram a energia nas áreas mais atingidas do centro do país, embora a maioria dos edifícios, estradas e portos tenham resistido bem. O sismo foi sentido até em Buenos Aires, na Argentina, e em algumas cidades brasileiras como São Paulo.
“Foi como em 1965 e 1971”, contou o mestre de obras Jorge Gallardo, de Illapel, referindo-se aos dois terremotos imensos que testemunhou. “Mas desta vez os danos não foram tão grandes quanto a magnitude do terremoto faria pensar que seriam”.
A presidente chilena, Michelle Bachelet, que disse que seu governo “aprendeu uma série de lições” com os desastres anteriores, iniciou uma visita às áreas afetadas pela cidade de La Serena, perto de Coquimbo.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Mulheres Que Marcaram O Século XX: Jacqueline Kennedy Onassis
Jacqueline Kennedy Onassis
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jacqueline Kennedy
Jacqueline Lee "Jackie" Bouvier Kennedy Onassis (Southampton, 28 de julho de 1929 — Manhattan, 19 de maio de 1994) foi a esposa do 35.º presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, e serviu como primeira-dama dos Estados Unidos durante a presidência de seu marido, de 1961 até 1963, quando ele foi assassinado. Cinco anos depois, casou-se com o magnata grego Aristóteles Onassis; continuaram casados até à morte deste. Nas últimas duas décadas de sua vida, Jacqueline Kennedy Onassis teve uma carreira de sucesso como editora de livros. É lembrada por suas contribuições para a arte e preservação da arquitetura histórica, seu estilo, elegância, e graça. Um ícone da moda, seu famoso terno rosa da Chanel tornou-se um símbolo do assassinato de seu marido e uma das últimas imagens da década de 1960.
Vida familiar, família e educação
Jacqueline Lee Bouvier nasceu no condado de Suffolk, na ilha de Long Island, litoral do estado de Nova Iorque. Era a filha mais velha de John Vernou Bouvier III (1891–1957), um corretor da Wall Street, e de Janet Norton Lee Bouvier Auchincloss Morris (1907–1989). Jacqueline tinha ascendência irlandesa, escocesa e inglesa; sua ascendência francesa era distante, sendo seu último ancestral francês Michel Bouvier, um marceneiro baseado na Filadélfia que havia sido seu trisavô. Em Washington, DC, ela foi educada por pouco tempo em Holton-Arms School, uma escola preparatória e particular para meninas (ela mudou-se para Bethesda, Maryland, posteriormente). Em 1933 nasceu sua irmã Caroline Lee.
Seu pai, apelidado de Black Jack, era um corretor de ações na Bolsa com fama de playboy, cujos casos extraconjugais com várias mulheres causaram o divórcio entre ele e Janet quando Jackie ainda era uma menina. Black Jack permaneceu um homem divorciado, enquanto que Janet desposou, em 1942, Hugh D. Auchincloss, filho de Emma Jennings, filha do fundador da Standard Oil. Hugh era o rico herdeiro de uma companhia de produção, transporte, refino e venda de petróleo. Em 1979 Janet casou-se pela terceira vez com Bingham Morris.
Em sua infância aristocrática, Jacqueline tornou-se uma praticante de hipismo e desenvolveu grande entusiasmo por cavalos e competições. Essa paixão a acompanharia por toda sua vida, ganhando troféus e medalhas. Na fazenda Hammersmith, que pertencia ao seu padrasto, ela pôde apreciar melhor a equitação. Ela amava ler, pintar, escrever poemas e tinha uma relação bem mais fácil com seu pai do que com sua mãe.
Jackie teve educação excelente, iniciou seu ensino fundamental e médio na exclusiva The Chapin School (Manhattan, Nova York), e em Miss Porter's School (Farmington, Connecticut). Em Vassar College (Poughkeepsie), começou sua educação acadêmica e foi nomeada "debutante do ano" entre 1947 e 1948. No final da década de 40 realizou uma viagem de intercâmbio para Sorbonne, em Paris. Anos mais tarde, Jackie lembraria essa época como a mais feliz de sua vida. Quando retornou, decidiu não voltar a Vassar e transferiu-se para a Universidade George Washington, em Washington DC, onde fez graduação em Literatura francesa.
Em 1951 Jacqueline conseguiu seu primeiro emprego, trabalhando para o jornal Washington Times-Herald. Seu trabalho consistia em interrogar pessoas a respeito de temas polêmicos e escrever uma coluna. As perguntas e divertidas respostas então apareciam ao lado da fotografia dos entrevistados no jornal. Uma das matérias de Jacqueline para essa tarefa foi um jovem senador de Massachusetts: John F. Kennedy.
Casamento com Kennedy
Jacqueline Kennedy Onassis em seu retrato oficial da Casa Branca, por Aaron Shickler, 1970.
Jacqueline estava comprometida com John Husted em dezembro de 1951. Entretanto, o relacionamento acabou em março de 1952 com um conselho da mãe de Jackie, que acreditava que Husted não era rico o bastante.
Em 10 de maio de 1952, Jacqueline conheceu o senador John F. Kennedy numa festa em Washington, realizada por um casal amigo de ambos: Martha e Charles Bartlett. John e Jackie só se reencontrariam nove meses depois em outra festa realizada pelos Bartlett. Kennedy convidou Jackie para saírem no fim de semana e foram a um parque de diversões em Georgetown. Depois de se reencontrarem, eles começaram um namoro, que terminou em noivado pouco tempo depois.
O anúncio do noivado do casal não agradou todos os membros da família Bouvier. De acordo com um artigo do Time Magazine, "[Jacqueline] me telefonou para contar a notícia" - explicou a irmã Black Jack, Maude Bouvier Davis - "mas ela disse, 'Você não pode dizer nada sobre isso porque o Saturday Evening Post vai trazer um artigo sobre Jack chamado "O Jovem Solteirão do Senado", e isso estragaria tudo".
Jacqueline Bouvier e John F. Kennedy casaram-se em 12 de setembro de 1953 em Newport (Rhode Island). Os vestidos da noiva e das damas-de-honra foram feitos por Ann Lowe, e a cerimônia, com duas mil pessoas, ocorreu na fazenda Hammersmith. Depois do casamento, eles retornaram a Washington DC. No entanto, John realizou duas operações para acabar com a dor nas costas proveniente de um machucado nos tempos de guerra. Com a recuperação da cirurgia, Jackie encorajou Kennedy a escrever Profiles in Courage, um livro que descreve os atos de bravura e de integridade por oito senadores dos Estados Unidos durante toda a história do Senado. A obra recebeu o prêmio Pulitzer por biografia em 1957.
Filhos
Depois de um aborto acidental em 1955, eles tiveram quatro filhos juntos: Arabella Kennedy (natimorta, 1956), Caroline Bouvier Kennedy (1957), John Fitzgerald Kennedy Jr (1960-1999) e Patrick Bouvier Kennedy (7 de agosto - 9 de agosto de 1963).
Nome Nascimento Morte Observações
Arabella Kennedy 23 de agosto de 1956 23 de agosto de 1956 Natimorta; enterrada ao lado de seu irmão Patrick Bouvier Kennedy
Caroline Bouvier Kennedy 27 de novembro de 1957 Casou-se com Edwin Schlossberg; com descendência
John Fitzgerald Kennedy Jr. 25 de novembro de 1960 16 de julho de 1999 Casou-se com Carolyn Bessette; morreu num acidente aéreo; sem descendência
Patrick Bouvier Kennedy 7 de agosto de 1963 9 de agosto de 1963 Morreu devido à Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido
A família Kennedy em 1962.
O casamento tinha seus problemas, resultantes dos casos amorosos de John F. Kennedy e de seus problemas de debilitação de saúde, os quais foram escondidos do público. Jacqueline passava muito tempo no começo de seu casamento redecorando a casa e comprando roupas. Eles passaram os primeiros anos de casamento numa residência no centro de Georgetown, Washington, mais especificamente na N Street.
Jacqueline era muito amiga de seu sogro, Joseph P. Kennedy, e de seu cunhado, Robert "Bob" Kennedy. Contudo, ela não era uma mulher competitiva e esportista e definitivamente não pertencia à natureza abrasiva do clã dos Kennedy. Quieta e reservada, Jacqueline foi apelidada de "the deb" por suas cunhadas e sempre permaneceu relutante ao ser convidada para os tradicionais jogos da família. Uma vez, quebrou sua perna num jogo de basebol.
Primeira-dama dos Estados Unidos
Em janeiro de 1960 o senador John F. Kennedy anunciou sua candidatura à presidência dos Estados Unidos e começou a trabalhar longas horas e a viajar por todo o país. Poucas semanas antes da campanha de seu marido, Jacqueline soube que estava grávida, e os médicos a instruíram a ficar em casa. Mesmo assim, ela ajudou seu marido respondendo centenas de cartas de campanha, fazendo comerciais de televisão, dando entrevistas e escrevendo uma coluna semanal num jornal, Campaign Wife, distribuída em todo o país. Na eleição geral em 8 de novembro de 1960, John Kennedy minuciosamente venceu o republicano Richard Nixon e tornou-se o 35° Presidente dos Estados Unidos em 1961. Jackie tornou-se uma das mais jovens primeiras-damas da história. Ela teve um papel bastante ativo na campanha.
Como primeira-dama, ela foi forçada a entrar no foco público com tudo em sua vida sob esquadrinhamento. Jacqueline sabia que seus filhos estariam no olho público, contudo ela estava determinada a protegê-los da imprensa e a dá-los uma infância normal. Permitiu que poucas fotografias deles fossem tiradas, mas, enquanto estava fora, o presidente Kennedy deixava o fotógrafo da Casa Branca Cecil Stoughton tirar.
Devido à sua ascendência francesa, Jackie Kennedy sempre sentiu um laço entre ela e a França, reforçado pelo fato de ter estudado lá. Esse amor logo seria refletido em muitos aspectos de sua vida, como nos menus que ela preparava para os jantares de estado na Casa Branca e o bom gosto ao se vestir.
Jacqueline convidava artistas, escritores, cientistas, poetas e músicos para se mesclarem aos políticos, diplomatas e estadistas. Ela falava fluentemente francês, espanhol e italiano e tinha uma forte preferência por roupas francesas, que eram caras, mas temia que pensassem que fosse desleal a designers de moda norte-americana. Para seu "guarda-roupa de estado", Jackie escolhia o designer de Hollywood Oleg Cassini. Durante seus dias como primeira-dama, ela tornou-se um ícone da moda domestica e internacionalmente. Quando os Kennedy visitaram a França, ela impressionou Charles de Gaulle e o público com seu francês. Na conclusão da visita, a revista Time ficou encantada com a primeira-dama e escreveu: "Havia também aquele companheiro que veio com ela". Até mesmo o presidente John Kennedy brincou: "Eu sou o homem que acompanhou Jacqueline Kennedy a Paris - eu gostei muito!". Quando o presidente da União Soviética Nikita Khrushchov foi solicitado para apertar a mão do presidente dos Estados Unidos, o líder comunista disse: "Eu gostaria de apertar a mão dela primeiro".
Restauração da Casa Branca
O principal projeto de Jacqueline Kennedy foi a restauração da Casa Branca. Com a ajuda da decoradora Sister Parish, Jacqueline transformou os quartos destinados à família presidencial em quartos agradáveis e convenientes para vida em família e construiu uma cozinha e quartos para suas crianças. Ela estabeleceu um Comitê de Artes para supervisionar e financiar o processo de restauração e contratou o especialista em móveis norte-americano Henry du Pont e o designer de interiores francês Stephane Boudin para aconselhar o processo. Jackie criou um projeto de lei, aprovado pelo Congresso, que estabelecia que as mobílias da Casa Branca seriam propriedade da Instituição Smithsonian, para acabar com as reivindicações dos móveis de ex-presidentes. Ela escreveu pessoalmente cartas para pessoas que possuíam peças históricas, pedindo para que fossem doadas à Casa Branca. Em 14 de fevereiro de 1962, a Sra. Kennedy apresentou os resultados de seu trabalho à televisão norte-americana em um tour pela Casa Branca com o jornalista Charles Collingwood da CBS.
Tour na Índia e no Paquistão
O presidente Ayub Khan e Jacqueline Kennedy com Sardar.
Com a solicitação do embaixador norte-americano da Índia, John Kenneth Galbraith, a sra. Kennedy incumbiu-se de realizar uma viagem à Índia e ao Paquistão, levando sua irmã Caroline Lee Radziwill. Novamente Jacqueline mostrou que sabia ser uma primeira-dama competente não apenas pelo encanto de seu guarda-roupa mas também pelo seu intelecto. Em Lahore, o presidente Ayub Khan presenteou Jacqueline Kennedy com um cavalo, Sardar.
Elegância
A sra. Kennedy planejou numerosos eventos sociais que trouxeram o casal presidencial ao foco cultural da Nação. A apreciação pela arte, pela música e pela cultura marcou uma nova etapa na história norte-americana. A destreza de Jackie em entretenimento deu aos eventos da Casa Branca a reputação de serem mágicos. Por exemplo, ela orquestrou um jantar em Mount Vernon em honra ao presidente Ayub Khan, a quem o presidente Kennedy queria homenagear por seu papel na ajuda aos Estados Unidos numa recente crise. Ela baniu mesas longas no salão de jantar e proporcionou oito grandes mesas redondas. Jackie também é lembrada como uma boa companhia.
Inúmeras vezes foi vestida pela estilista venezuelana Carolina Herrera.
O assassinato de Kennedy
Jacqueline Kennedy, Robert Kennedy, John Jr., Caroline, depois de uma cerimônia de estado para o presidente John F. Kennedy em 24 de novembro de 1963.
Depois da morte de John Kennedy em novembro de 1963, Jackie manteve um comportamento discreto na Casa Branca. O presidente sugeriu que ela visitasse sua irmã na Europa como uma maneira de recuperar-se da morte de seu filho. Jackie passou considerável tempo relaxando na região do Mediterrâneo durante o outono. Ela e sua irmã foram convidadas para um cruzeiro no iate do magnata Aristóteles Onassis durante este período. Ela fez sua primeira aparição oficial em novembro, quando John Kennedy pediu que ela o acompanhasse ao Texas, com a finalidade de ajudá-lo a apaziguar os ânimos. No dia 22 de novembro de 1963, em Dallas, Jackie estava sentada ao lado de Kennedy na limousine quando ele foi alvejado e morto. O grande senso de história de Jacqueline veio a tona. Com força e altivez ela organizou cada detalhe do funeral do marido, o enterro no Cemitério Nacional de Arlington, e a flama eterna que ela acendeu no túmulo de seu finado marido. O tablóide britânico Evening Standard escreveu: "Jacqueline Kennedy deu ao povo americano uma coisa da qual eles sempre careceram: majestade."
Foi forçada a ficar longe do olhar público. Ela foi poupada da experiência penosa de aparecer no julgamento de Lee Harvey Oswald, que morreu em 24 de novembro de 1963 nas mãos de Jack Ruby, um dono de boate que matou Oswald enquanto o assassino estava em custódia da polícia. Jacqueline fez uma breve aparição em Washington em honra do agente de Serviço Secreto, Clint Hill, que bravamente pulou na limusine em Dallas para proteger a primeira-dama e o presidente.
Vida de viúva
Uma semana depois do assassinato de Kennedy, ela foi entrevistada por Theodore White da revista Life. Naquela entrevista, Jacqueline comparou os anos de John Kennedy na Casa Branca com o mítico Camelot do Rei Artur. "Agora ele é uma lenda, enquanto que ele queria ser um homem" - disse Jackie para White. Também salientou que John havia adorado o show musical dos Lerner and Loewe, que estava estreando na Broadway.
A coragem de Jacqueline Kennedy perante o assassinato e o funeral do marido trouxe admiração de muitos em todo o mundo, e muitos norte-americanos lembram-se de sua coragem e dignidade naqueles quatro dias de novembro de 1963. Jacqueline e seus dois filhos continuaram na Casa Branca ainda por duas semanas, preparando-se para a mudança. Depois de viverem em Georgetown, Washington por algum tempo, Jackie decidiu comprar um apartamento luxuoso de 15 cômodos na Fifth Avenue em Nova York, com a esperança de ter mais privacidade. Durante esse tempo, sua filha Caroline contou aos seus professores de escola que sua mãe chorava com freqüência.
Jacqueline perpetuou a memória do marido visitando seu túmulo em datas significativas e comparecendo a dedicações memoriais, como ao batizado do porta-avião da Marinha USS John F. Kennedy, em Virgínia (1967) e a um serviço memorial em Hyannis, Massachusetts. Em maio de 1965, Jacqueline Kennedy e a Rainha Elizabeth II dedicaram-se ao serviço memorial oficial do presidente Kennedy, ocorrido em Runnymede, Inglaterra.
Os planos para o estabelecimento da Biblioteca John F. Kennedy, onde ficariam guardados os papéis oficiais da administração Kennedy, foram supervisionados por ela. O plano original era construir a biblioteca de Cambridge próxima da Universidade de Harvard, mas por várias razões esse plano se tornou problemático. A biblioteca, projetada por Ieoh Ming Pei, possui um museu e foi dedicada em Boston em 1979 pelo presidente Jimmy Carter, dezesseis anos depois do assassinato de Kennedy. Os governos de muitas nações doaram dinheiro para erguer a biblioteca.
Casamento com Onassis
Em 20 de outubro de 1968, Jacqueline Kennedy casou-se com Aristóteles Onassis, um magnata grego, em Skorpios, Grécia. Quatro meses e meio antes, seu cunhado, o senador Bob Kennedy, fora assassinado em Los Angeles. Naquele momento, Jacqueline acreditava que ela e seus filhos haviam se tornado "alvos" e que deveriam deixar os Estados Unidos. O casamento com Onassis parecia fazer sentido: ele tinha dinheiro e poder para garantir a proteção que ela quisesse, enquanto que ela tinha o status social que ele almejava. Aristóteles Onassis havia terminado seu romance com a diva da ópera Maria Callas para desposar Jackie, que desistiu da proteção que, como viúva de um presidente, recebia do Serviço Secreto.
Por um tempo, o casamento arranhou a reputação de Jackie, pois para muitos ela abandonara a imagem de "eterna viúva presidencial". Entretanto, outros entenderam este casamento como o símbolo da "mulher norte-americana moderna", que lutava por seus interesses financeiros e por proteger sua família. O casamento inicialmente pareceu ser bem-sucedido, mas o estresse logo se tornou aparente. O casal raramente passava tempo junto. Embora Onassis tenha tido uma boa relação com seus enteados Caroline e John, Jr. (o filho de Aristóteles, Alexander, incentivou John a pilotar aviões; ironicamente, ambos morreram em acidentes aéreos), porém Jacqueline não se dava com sua enteada Christina Onassis, que passava a maior parte de seu tempo viajando e fazendo compras.
Onassis estava planejando se divorciar de Jacqueline quando morreu em 15 de março de 1975; Jacqueline estava com seus filhos em Nova York. Sua herança havia sido substancialmente diminuída por causa de um acordo pré-nupcial e por uma legislação que Onassis fez o governo grego aprovar, a qual limitava a fortuna que uma esposa não-grega e sobrevivente poderia herdar. Jacqueline entretanto negociou com Christina que acabou concordando em dar a Jackie algo em torno de 26 milhões de dólares, em troca de que ela abrisse mão de qualquer reivindicação do Império Onassis.
Invasão de privacidade
Quando um paparazzo fotografou Jackie Onassis nua numa ilha grega, Larry Flynt da revista Hustler comprou as fotos e as publicou em agosto de 1975, provocando um embaraço para Jackie e para a família Kennedy e um total entretenimento para Rose Elizabeth Fitzgerald Kennedy, a mãe de John Kennedy. As fotos eram um tanto obscuras, mas mostravam claramente os seios, as nádegas e os pêlos púbicos de Jackie. A descrição do pêlo púbico foi chocante. A partir dali, a mídia informalmente a chamaria de Jackie O. A mídia americana vem chamando a atual primeira dama Michele Obama de "Michele O" em referência às semelhanças de elegância e bom gosto que esta última possui em comum com Jacqueline.
Anos finais e morte
Túmulo de Jacqueline Bouvier Kennedy Onassis no Cemitério Nacional de Arlington, ao lado da tumba do presidente John F. Kennedy.
Com a morte de Onassis em 1975, Jacqueline ficou viúva pela segunda vez e, com o amadurecimento de seus filhos, Jackie pôde voltar a trabalhar e aceitou um emprego como editora na casa editora Doubleday, porque sempre havia gostado de literatura e de escrever. No fim dos anos 70 até seus últimos momentos, o industrial e mercador de diamantes Maurice Tempelsman, um belga que vivia separado de sua esposa, foi seu companheiro. Ela normalmente corria e fazia ginástica perto do Central Park. Em janeiro de 1994, Jacqueline foi diagnosticada com câncer linfático. Seu diagnóstico veio ao público em fevereiro. A família estava inicialmente otimista, e Jackie parou de fumar com a insistência de sua filha, mas continuou a trabalhar. Em abril de 1994, o câncer avançou, e ela saiu do hospital Cornell e foi para sua casa em 18 de maio do mesmo ano. Muitos simpatizantes, turistas e repórteres ficaram na rua de seu apartamento na 1040 Fifth Avenue, e ela morreu durante seu sono às 10:15 da manhã numa quinta-feira, em 19 de maio, aos 64 anos.
Dilma diz que usar crise como mecanismo para chegar ao poder é versão moderna de golpe
Dilma diz que usar crise como mecanismo para chegar ao poder é versão moderna de golpe
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Presidente Dilma Rousseff durante entrevista no Palácio do Planato, em Brasília. 02/09/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que tentativas da oposição de usar a crise para chegar ao poder são uma "versão moderna" de golpe, num duro ataque contra os que querem tirá-la do cargo.
Em entrevista à rádio Comercial de Presidente Prudente (SP), onde fará entrega de unidades do programa Minha Casa Minha Vida nesta quarta, a presidente disse que há pessoas no Brasil que torcem pelo "quanto pior, melhor", à espera de "uma oportunidade para pescar em águas turvas".
"Esses método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna do golpe", afirmou.
Partidos de oposição lançaram na última semana um movimento formal pró-impeachment e deram mais um passo na terça-feira ao apresentar uma questão de ordem ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo um posicionamento sobre diversos procedimentos relacionados ao tema.
A oposição vem avisando que pretende apresentar um recurso caso Cunha rejeite os pedidos de impeachment que aguardam decisão na Casa.
"Acredito que tem ainda no Brasil, infelizmente, pessoas que não se conformam que nós sejamos uma democracia sólida, cujo fundamento maior é a legitimidade dada pelo voto popular", disse Dilma na entrevista, quando perguntada sobre a atual situação política que o governo atravessa.
Em meio a um quadro de recessão econômica e crise política, a presidente defendeu que o país se una, "independentemente de posições e interesses pessoais e partidários", para mudar a situação atual.
"É fundamental muita calma nessa hora, muita tranquilidade", disse. "O governo trabalha diuturnamente, incansavelmente, para garantir a estabilidade econômica e política do país", afirmou.
Dilma ainda reiterou confiança na recuperação econômica por meio das medidas que vêm sendo tomadas pelo governo, como o pacote de ajuste fiscal anunciado esta semana com o objetivo de assegurar superávit primário no Orçamento de 2016. "Nós estamos trabalhando intensamente para que nossa macroeconomia, nossa economia, se torne cada vez mais sólida para aumentar a confiança dos agentes econômicos em relação aos investimentos, para permitir que o Brasil volte a crescer."
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Presidente Dilma Rousseff durante entrevista no Palácio do Planato, em Brasília. 02/09/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que tentativas da oposição de usar a crise para chegar ao poder são uma "versão moderna" de golpe, num duro ataque contra os que querem tirá-la do cargo.
Em entrevista à rádio Comercial de Presidente Prudente (SP), onde fará entrega de unidades do programa Minha Casa Minha Vida nesta quarta, a presidente disse que há pessoas no Brasil que torcem pelo "quanto pior, melhor", à espera de "uma oportunidade para pescar em águas turvas".
"Esses método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna do golpe", afirmou.
Partidos de oposição lançaram na última semana um movimento formal pró-impeachment e deram mais um passo na terça-feira ao apresentar uma questão de ordem ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo um posicionamento sobre diversos procedimentos relacionados ao tema.
A oposição vem avisando que pretende apresentar um recurso caso Cunha rejeite os pedidos de impeachment que aguardam decisão na Casa.
"Acredito que tem ainda no Brasil, infelizmente, pessoas que não se conformam que nós sejamos uma democracia sólida, cujo fundamento maior é a legitimidade dada pelo voto popular", disse Dilma na entrevista, quando perguntada sobre a atual situação política que o governo atravessa.
Em meio a um quadro de recessão econômica e crise política, a presidente defendeu que o país se una, "independentemente de posições e interesses pessoais e partidários", para mudar a situação atual.
"É fundamental muita calma nessa hora, muita tranquilidade", disse. "O governo trabalha diuturnamente, incansavelmente, para garantir a estabilidade econômica e política do país", afirmou.
Dilma ainda reiterou confiança na recuperação econômica por meio das medidas que vêm sendo tomadas pelo governo, como o pacote de ajuste fiscal anunciado esta semana com o objetivo de assegurar superávit primário no Orçamento de 2016. "Nós estamos trabalhando intensamente para que nossa macroeconomia, nossa economia, se torne cada vez mais sólida para aumentar a confiança dos agentes econômicos em relação aos investimentos, para permitir que o Brasil volte a crescer."
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
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terça-feira, 15 de setembro de 2015
Dilma diz que governo vai se empenhar na defesa de medidas fiscais "necessárias"
Dilma diz que governo vai se empenhar na defesa de medidas fiscais "necessárias"
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. 15/9/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que o governo se empenhará na defesa das medidas de ajuste apresentadas esta semana porque são “necessárias”, e prometeu fazer a reforma administrativa até a semana que vem.
A presidente defendeu o fato de o governo ter apresentado a volta da CPMF reservando os recursos apenas para cobrir o déficit da Previdência. Dilma disse que a proposta a ser enviada pelo governo ao Congresso será de uma alíquota de 0,2 por cento, mas lembrou que a definição sobre a versão final do imposto será feita pelo Congresso.
"A proposta do governo e a proposta que nós vamos enviar ao Congresso é 0,20 (por cento). A proposta que o governo federal fez de uma contribuição provisória para Previdência, uma CP-Previ. É esta proposta que nós estamos enviando ao Congresso", disse Dilma a jornalistas, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto.
"O governo não aprova a CPMF, quem aprova a CPMF é o Congresso", disse. “A nossa proposta é carimbada, ela vai assim", disse Dilma, reconhecendo que no Congresso haverá um outro processo de discussão.
Dilma disse que o governo vai se empenhar para aprovar essas medidas, porque são necessárias em um momento que disse ser fundamental sair da restrição fiscal o mais rápido possível. "Para podermos voltar a crescer, para poder gerar mais empregos necessários para o país”, concluiu.
A presidente reuniu-se na véspera com governadores em busca de apoio à medidas de reequilíbrio das contas públicas anunciadas na segunda-feira. Uma das possibilidades aventadas é que os governadores pressionassem pela aprovação do tributo no Congresso em troca de uma alíquota maior e da repartição dos recursos.
Dilma justificou a decisão do governo de concentrar os recursos da nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) na União alegando que a Previdência, que seria custeada pelo imposto, tem uma depressão “cíclica” com a queda na atividade econômica.
No dia anterior, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, alegou que a CPMF é direcionada para a União, porque é o governo federal que arca com todos os custos da Previdência.
Dilma também prometeu que a reforma administrativa, uma das medidas do novo ajuste, será finalizada até quarta-feira da próxima semana, antes de viajar a Nova York para a Assembleia-Geral da ONU. Dilma diz que governo vai se empenhar na defesa de medidas fiscais "necessárias"
“Vou fazer junções de ministérios. Não só de ministérios, mas de grandes órgãos de governo. Vou reduzir os DAS (cargos comissionados) e vamos tomar uma série de medidas administrativas para enxugar a máquina e focá-la”, afirmou.
INSTABILIDADE
Na entrevista, Dilma disse também que o governo está atento "a todas as tentativas de produzir uma espécie de instabilidade profunda no país", em uma aparente referência ao lançamento por parlamentares da oposição de um movimento pedindo o impeachment da petista.
"O pessoal do 'quanto pior, melhor'. Esse pessoal, só eles ganham. A população e o resto dos setores produtivos, de trabalhadores, cientistas, perdem", criticou a presidente.
"O Brasil a duras penas conquistou uma democracia. Eu sei do que eu estou dizendo. Nós não vamos, em momento algum, concordar ou faremos tudo para impedir que processos não-democráticos cresçam e se fortaleçam", disse.
Dilma tem pela frente o julgamento das contas de seu governo no ano passado pelo Tribunal de Contas da União, que apontou indícios de irregularidades na contabilidade do Executivo, e processos que pedem a cassação de sua chapa presidencial, vencedora da eleição no ano passado, no Tribunal Superior Eleitoral.
Um eventual parecer do TCU pela desaprovação das contas do governo em 2014 deve dar força aos partidários da abertura de um processo de impedimento por crimes de responsabilidade.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. 15/9/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que o governo se empenhará na defesa das medidas de ajuste apresentadas esta semana porque são “necessárias”, e prometeu fazer a reforma administrativa até a semana que vem.
A presidente defendeu o fato de o governo ter apresentado a volta da CPMF reservando os recursos apenas para cobrir o déficit da Previdência. Dilma disse que a proposta a ser enviada pelo governo ao Congresso será de uma alíquota de 0,2 por cento, mas lembrou que a definição sobre a versão final do imposto será feita pelo Congresso.
"A proposta do governo e a proposta que nós vamos enviar ao Congresso é 0,20 (por cento). A proposta que o governo federal fez de uma contribuição provisória para Previdência, uma CP-Previ. É esta proposta que nós estamos enviando ao Congresso", disse Dilma a jornalistas, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto.
"O governo não aprova a CPMF, quem aprova a CPMF é o Congresso", disse. “A nossa proposta é carimbada, ela vai assim", disse Dilma, reconhecendo que no Congresso haverá um outro processo de discussão.
Dilma disse que o governo vai se empenhar para aprovar essas medidas, porque são necessárias em um momento que disse ser fundamental sair da restrição fiscal o mais rápido possível. "Para podermos voltar a crescer, para poder gerar mais empregos necessários para o país”, concluiu.
A presidente reuniu-se na véspera com governadores em busca de apoio à medidas de reequilíbrio das contas públicas anunciadas na segunda-feira. Uma das possibilidades aventadas é que os governadores pressionassem pela aprovação do tributo no Congresso em troca de uma alíquota maior e da repartição dos recursos.
Dilma justificou a decisão do governo de concentrar os recursos da nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) na União alegando que a Previdência, que seria custeada pelo imposto, tem uma depressão “cíclica” com a queda na atividade econômica.
No dia anterior, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, alegou que a CPMF é direcionada para a União, porque é o governo federal que arca com todos os custos da Previdência.
Dilma também prometeu que a reforma administrativa, uma das medidas do novo ajuste, será finalizada até quarta-feira da próxima semana, antes de viajar a Nova York para a Assembleia-Geral da ONU. Dilma diz que governo vai se empenhar na defesa de medidas fiscais "necessárias"
“Vou fazer junções de ministérios. Não só de ministérios, mas de grandes órgãos de governo. Vou reduzir os DAS (cargos comissionados) e vamos tomar uma série de medidas administrativas para enxugar a máquina e focá-la”, afirmou.
INSTABILIDADE
Na entrevista, Dilma disse também que o governo está atento "a todas as tentativas de produzir uma espécie de instabilidade profunda no país", em uma aparente referência ao lançamento por parlamentares da oposição de um movimento pedindo o impeachment da petista.
"O pessoal do 'quanto pior, melhor'. Esse pessoal, só eles ganham. A população e o resto dos setores produtivos, de trabalhadores, cientistas, perdem", criticou a presidente.
"O Brasil a duras penas conquistou uma democracia. Eu sei do que eu estou dizendo. Nós não vamos, em momento algum, concordar ou faremos tudo para impedir que processos não-democráticos cresçam e se fortaleçam", disse.
Dilma tem pela frente o julgamento das contas de seu governo no ano passado pelo Tribunal de Contas da União, que apontou indícios de irregularidades na contabilidade do Executivo, e processos que pedem a cassação de sua chapa presidencial, vencedora da eleição no ano passado, no Tribunal Superior Eleitoral.
Um eventual parecer do TCU pela desaprovação das contas do governo em 2014 deve dar força aos partidários da abertura de um processo de impedimento por crimes de responsabilidade.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Governo anuncia medidas fiscais de R$64,9 bi para 2016, com volta da CPMF
Governo anuncia medidas fiscais de R$64,9 bi para 2016, com volta da CPMF
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal anunciou nesta segunda-feira medidas fiscais de 64,9 bilhões de reais para buscar superávit primário em 2016 e resgatar a credibilidade após o Brasil ter perdido o selo internacional de bom pagador, mas com ações que ainda dependem da aprovação do Congresso Nacional.
São nove medidas de redução de custos e outras de aumento de receitas, que envolvem a recriação da CPMF (imposto sobre operações financeiras) e aumento da alíquota do Imposto de Renda de pessoa física sobre ganhos de capital.
"Vivemos momento difícil e temos que ajustar muitas coisas", afirmou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a jornalistas. "Conseguimos cortar gastos garantindo que o Estado cumpra suas obrigações", acrescentou.
O governo quer recriar a CPMF com alíquota de 0,20 por cento, com redução de IOF, com estimativa de arrecadar 32 bilhões de reais em 2016. Já o aumento do IR, segundo o ministro, terá 4 alíquotas, que vão de 15 a 30 por cento, esta para ganhos de capital acima de 20 milhões de reais.
"Volta da CPMF é caminho com menor impacto inflacionário e mais distribuído na sociedade", afirmou o ministro. Levy disse ainda que o objetivo do governo é que a CPMF não dure mais de quatro anos.
Do lado do corte de despesas, está o adiamento do reajuste dos servidores públicos, que garantirá economia de 7 bilhões de reais no próximo ano, segundo informou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que também participa do anúncio das medidas fiscais. A proposta do governo era, até então, de aumento salarial de 5,5 por cento em 2016.
O governo também não poupou programas sociais, ao reduzir gastos de 4,8 bilhões de reais no Minha Casa Minha Vida. Segundo Barbosa, para que não haja comprometimento com a execução do programa, a proposta é usar recursos do FGTS.
Também foi suspensa a realização de concursos públicos, com economia de 1,5 bilhão de reais. Outra ação é a eliminação do abono de permanência de servidores, com redução de gastos de 1,2 bilhão em 2016, medida que será enviada ao Congresso por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
O tamanho do ajuste veio em linha com o reportado mais cedo pela Reuters, quando duas fontes do Executivo disseram que a soma das medidas de corte de despesas e aumento das receitas seria de cerca de 65 bilhões de reais. Na semana passada, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou o rating brasileiro e manteve a perspectiva negativa alegando desafios políticos crescentes que impedem melhor coordenação do governo, sem força para garantir a aprovação de medidas fiscais para tentar melhorar as contas públicas do país.
No final de agosto, o governo apresentou ao Congresso proposta orçamentária de 2016 com previsão de déficit primário consolidado --economia feita para pagamento de juros da dívida pública-- equivalente a 0,34 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Só para a União, o rombo é de 30,5 bilhões de reais, ou 0,5 por cento do PI.
Pouco mais de um mês antes, o mesmo governo havia reduzido a meta fiscal, mas para um superávit primário correspondente a 0,7 por cento do PIB no mesmo período, algo que já havia incomodado bastante os agentes econômicos.
A presidente Dilma Rousseff enfrenta uma grave crise econômica --com recessão e inflação elevada-- e política, com um ambiente conturbado também pelos desdobramentos da operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo empresas estatais, órgãos públicos, empreiteiras e políticos.
A própria presidente já afirmou que vai perseguir a meta de 0,7 por cento em 2016.
As contas públicas do Brasil estão no vermelho desde o ano passado e, para este ano, as perspectivas são de mais déficit diante da economia em recessão e desemprego crescente, que abalam a arrecadação. Em julho, último dado disponível, o rombo primário estava em 0,89 por cento do PIB, muito distante da meta de superávit de 0,15 por cento do PIB.
(Reportagem de Leonardo Goy e Luciana Otoni)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal anunciou nesta segunda-feira medidas fiscais de 64,9 bilhões de reais para buscar superávit primário em 2016 e resgatar a credibilidade após o Brasil ter perdido o selo internacional de bom pagador, mas com ações que ainda dependem da aprovação do Congresso Nacional.
São nove medidas de redução de custos e outras de aumento de receitas, que envolvem a recriação da CPMF (imposto sobre operações financeiras) e aumento da alíquota do Imposto de Renda de pessoa física sobre ganhos de capital.
"Vivemos momento difícil e temos que ajustar muitas coisas", afirmou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a jornalistas. "Conseguimos cortar gastos garantindo que o Estado cumpra suas obrigações", acrescentou.
O governo quer recriar a CPMF com alíquota de 0,20 por cento, com redução de IOF, com estimativa de arrecadar 32 bilhões de reais em 2016. Já o aumento do IR, segundo o ministro, terá 4 alíquotas, que vão de 15 a 30 por cento, esta para ganhos de capital acima de 20 milhões de reais.
"Volta da CPMF é caminho com menor impacto inflacionário e mais distribuído na sociedade", afirmou o ministro. Levy disse ainda que o objetivo do governo é que a CPMF não dure mais de quatro anos.
Do lado do corte de despesas, está o adiamento do reajuste dos servidores públicos, que garantirá economia de 7 bilhões de reais no próximo ano, segundo informou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que também participa do anúncio das medidas fiscais. A proposta do governo era, até então, de aumento salarial de 5,5 por cento em 2016.
O governo também não poupou programas sociais, ao reduzir gastos de 4,8 bilhões de reais no Minha Casa Minha Vida. Segundo Barbosa, para que não haja comprometimento com a execução do programa, a proposta é usar recursos do FGTS.
Também foi suspensa a realização de concursos públicos, com economia de 1,5 bilhão de reais. Outra ação é a eliminação do abono de permanência de servidores, com redução de gastos de 1,2 bilhão em 2016, medida que será enviada ao Congresso por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
O tamanho do ajuste veio em linha com o reportado mais cedo pela Reuters, quando duas fontes do Executivo disseram que a soma das medidas de corte de despesas e aumento das receitas seria de cerca de 65 bilhões de reais. Na semana passada, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou o rating brasileiro e manteve a perspectiva negativa alegando desafios políticos crescentes que impedem melhor coordenação do governo, sem força para garantir a aprovação de medidas fiscais para tentar melhorar as contas públicas do país.
No final de agosto, o governo apresentou ao Congresso proposta orçamentária de 2016 com previsão de déficit primário consolidado --economia feita para pagamento de juros da dívida pública-- equivalente a 0,34 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Só para a União, o rombo é de 30,5 bilhões de reais, ou 0,5 por cento do PI.
Pouco mais de um mês antes, o mesmo governo havia reduzido a meta fiscal, mas para um superávit primário correspondente a 0,7 por cento do PIB no mesmo período, algo que já havia incomodado bastante os agentes econômicos.
A presidente Dilma Rousseff enfrenta uma grave crise econômica --com recessão e inflação elevada-- e política, com um ambiente conturbado também pelos desdobramentos da operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo empresas estatais, órgãos públicos, empreiteiras e políticos.
A própria presidente já afirmou que vai perseguir a meta de 0,7 por cento em 2016.
As contas públicas do Brasil estão no vermelho desde o ano passado e, para este ano, as perspectivas são de mais déficit diante da economia em recessão e desemprego crescente, que abalam a arrecadação. Em julho, último dado disponível, o rombo primário estava em 0,89 por cento do PIB, muito distante da meta de superávit de 0,15 por cento do PIB.
(Reportagem de Leonardo Goy e Luciana Otoni)
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Mulheres Que Marcaram O Século XX: Elza Soares
Origem: Wikipédia,
Elza da Conceição Soares, mais conhecida pelo nome artístico Elza Soares (Rio de Janeiro, 23 de junho de 1937),[1] é uma cantora e compositora brasileira de samba, bossa nova, MPB, sambalanço, samba rock e hip-hop.
Biografia
Elza Soares, filha do operário e tocador de guitarra Gomes Soares, e da lavadeira Rosária Maria Gomes. Nasceu na favela da Moça Bonita, em Padre Miguel, que hoje é a Vila Vintém, e foi criada desde que nasceu no bairro da Água Santa.
Em sua infância vivia a brincar na rua, soltar pipa, piões de madeira, até brigar com os meninos. Era uma vida pobre, porém feliz para uma criança, apesar de ter que trabalhar, levando latas d'água na cabeça. Aos doze anos de idade foi obrigada pelo pai a casar-se com Lourdes Antônio Soares, conhecido como Alaúrdes. Aos treze anos teve seu primeiro filho, João Carlos. Como tinha o sonho de cantar e precisava comprar remédios para seu filho recém-nascido, aos treze anos participou do programa de Ary Barroso na Rádio Tupi, e fez sua primeira apresentação ao vivo no auditório da emissora, que era a maior de seu tempo. A princípio não foi levada a sério, por seu jeito bem humilde de falar e se vestir, mas ao cantar mostrou todo seu potencial. Assim ganhou um dinheiro de participação e comprou os remédios do filho.
Quando Elza tinha quinze anos, seu segundo filho faleceu e aos vinte anos já era mãe de cinco filhos.
Com o marido doente, acometido por tuberculose, passou a trabalhar como encaixotadora e conferente na Fábrica de Sabão Véritas, no Engenho de Dentro. Aos 21 anos ficou viúva.
Elza ficou sozinha, com cinco filhos para criar, quatro meninos e uma menina. Porém, seguiu em seu propósito de vida, que era cantar.
Aos 32 anos conheceu o jogador de futebol Garrincha. Ela sofreu muito para estar ao lado dele: uma cantora de início de carreira se envolve com um jogador de futebol casado, que se separou para assumir o relacionamento dos dois. Isso causou a fúria da sociedade, e Elza era xingada, ameaçada de morte, sua casa era alvejada por ovos e tomates, tudo porque seu namorado quis se divorciar da esposa e todos a acusavam de ter acabado com o casamento de Garrincha.
Em 13 abril de 1969 mais uma dura perda: Rosária Maria Gomes, mãe de Elza, morreu num acidente de carro em que Garrincha, Elza e a filha pequena Sara também saíram machucados. Garrincha (alcoolizado) dirigia um Galaxie pela Rodovia Presidente Dutra quando foi fechado por um caminhão que entrava em baixa velocidade na pista. Todos se machucaram sem gravidade, mas Dona Rosária morreu na hora (foi arremessada para fora do carro).
Elza e Garrincha foram casados por 16 anos, de 1968 a 1982. Os amigos de seu marido não aceitavam Elza como esposa, e a xingavam de bruxa, pois ela rodava os bares pedindo para ninguém dar bebida alcoólica ao marido, que era alcoólatra.
O casal teve apenas um filho, um menino, nascido em 1976, que o jogador queria tanto, pois só teve filhas mulheres com a outra esposa. O garoto recebeu o mesmo nome de seu pai, Manoel Garrincha dos Santos Filho, sendo apelidado de Garrinchinha. Em 1983 Garrincha morreu de cirrose, o que a fez ficar arrasada, mesmo já estando separada dele. Em 11 de janeiro de 1986, outra tragédia em sua vida: seu filho morreu em um acidente de carro aos 9 anos de idade, ao voltar da primeira visita que fez à terra do pai, Pau Grande (Magé). Chovia muito e o carro em que estava rodou e caiu dentro do rio Imbariê, na Rodovia Rio-Magé. Elza ficou derrotada com a perda desse filho, pensando até em acabar com sua vida. Em segudida saiu do Brasil, morando fora por longo tempo, fazendo turnês pela Europa e EUA. Depois de muitos anos investigando onde sua filha estava, ao voltar ao Brasil descobriu a menina, o que foi um recomeço em sua vida. Ela já estava formada, tinha boa educação e uma vida estruturada, e a aceitou como mãe ao longo do tempo.
Apesar de tantas atribulações, Elza é conhecida na mídia por sempre aparecer feliz e cantando, sorrindo, o que mostra um exemplo de vitória para quem passa por dificuldades como ela passou.
Elza teve seis filhos: João Carlos, Gerson, Gilson, Dilma, Sara e Garrinchinha. Em 26 de Julho de 2015, Elza perdeu seu quinto filho, Gilson, de 59 anos de idade, vítima de complicações de uma infecção urinária. O fato a abalou muito, e comoveu o Brasil.
Carreira
O início de sua carreira musical se deu quando ela ainda se apresentava em show de calouros, apresentado por Ary Barroso.
Elza Soares tornou-se popular com as canções "Se Acaso Você Chegasse", "Mas Que Nada", entre outros sambas de sucesso. Recebeu indicações ao GRAMMY Awards e, foi eleita pela BBC de Londres "a cantora do milênio". Em 2007, a cantora foi convidada para cantar o Hino Nacional Brasileiro a cappella na Cerimônia de Abertura dos Jogos Panamericanos Rio 2007. Seu último álbum foi lançado em 2004, Vivo Feliz, que mistura diversos ritmos que vai do samba à música eletrônica.
Elza participou de um show de calouros apresentado pelo renomado músico brasileiro Ary Barroso, e recebeu as maiores notas. No fim da década de 1950, Elza Soares fez uma turnê de um ano pela Argentina, juntamente com Mercedes Batista. Tornou-se popular com sua primeira música "Se Acaso Você Chegasse", na qual introduziu o scat a la Louis Armstrong, adicionando um pouco de jazz ao samba. Mudou-se para São Paulo, onde se apresentou em teatros e casas noturnas. A voz rouca e vibrante tornou-se sua marca registrada. Após terminar seu segundo LP, A Bossa Negra, Elza foi ao Chile representando o Brasil na Copa do Mundo da FIFA de 1962. Seu estilo "levado" e exagerado fascinou o público no Brasil e no exterior.
Nos anos de 1967 a 69, Elza gravou três álbuns LP pela Gravadora Odeon, com cantor Miltinho [Elza, Miltinho E Samba Vol_1 (1967), Elza, Miltinho E Samba Vol_2 (1968) e Elza, Miltinho E Samba Vol_3 (1969)], Esses discos tinham, majoritariamente, o esquema de Pout Pourri em duetos e caíram nos gostos de publico e critica, levando a uma trilogia de sucesso; tiveram produção de Milton Miranda e Hermínio Bello de Carvalho, sendo, posteriormente, todos relançados em 2003 por EMI em CDs.
Nos anos 70, Elza entrou em turnê pelos Estados Unidos e Europa. Sua carreira remonta mais de 50 anos. Em 2000, foi premiada como "Melhor Cantora do Milênio" pela BBC em Londres, quando se apresentou num concerto com Gal Costa, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Virgínia Rodrigues. No mesmo ano, estreou uma série de shows de vanguarda, dirigidos por José Miguel Wisnik, no Rio de Janeiro.
Autógrafo da artista.
Elza Soares teve inúmeras músicas no topo das listas de sucesso no Brasil ao longo de sua carreira; alguns dos maiores sucessos incluem: "Se Acaso Você Chegasse" (1960), "Boato" (1961), "Cadeira Vazia" (1961), "Só Danço Samba" (1963), "Mulata Assanhada" (1965) e "Aquarela Brasileira" (1974).
Alguns dos álbuns de Elza foram relançados em versões remasterizadas de CD: de 1961 – A Bossa Negra (contendo seu maior sucesso no ano, "Boato") – e de 1972, com uma grandiosa banda, Elza Pede Passagem (produzida por Dom Salvador), sendo dois dos seus mais aclamados trabalhos. Elza pede passagem não fez tanto sucesso como seus trabalhos anteriores, quando lançados originalmente no Brasil; no entanto, é considerado um clássico e representante do som "samba-soul" do início dos anos 70.
Em 2000, foi eleita a cantora do milênio pela BBC de Londres.
Em 2002, o álbum Do Cóccix Até O Pescoço garantiu-lhe uma indicação ao Grammy. O disco recebeu críticas estupendas da imprensa da música e divulgou uma espécie de quem é quem de artistas brasileiras que com ela colaboraram: Caetano Veloso, Chico Buarque, Carlinhos Brown e Jorge Ben Jor, entre outros. O lançamento impulsionou numerosas e bem-sucedidas turnês pelo mundo.
Em 2004, Elza lançou o álbum Vivo Feliz. Não tão bem-sucedido em vendas quanto suas obras anteriores, o álbum continuou a executar o tema de fazer um mix de samba e bossa com música eletrônica e efeitos modernos. O álbum apresentou colaborações de artistas inovadores como Fred Zero Quatro e Zé Keti.
Em 2007, nos Jogos Pan-americanos do Brasil, Elza interpretou o Hino Nacional Brasileiro, no início da cerimônia de abertura do evento, no Maracanã. E lançou o álbum "Beba-me", onde Elza gravou as músicas que marcaram sua carreira.
Já atuou como puxadora de samba-enredo, tendo passagens pelo Salgueiro, Mocidade e Cubango.
Desde 2008, a vida e obra da cantora é pesquisada pela cineasta e jornalista Elizabete Martins Campos que dirige o longa-metragem "My Name is Now, Elza Soares (www.itcanal.com.br/mynameisnow).
Ainda em 2010, gravou a faixa "Brasil" no disco tributo de George Israel a Cazuza. O disco se chama "13 parcerias com Cazuza". Nesta faixa há a participação do saxofonista do Kid Abelha e do despojado Marcelo D2. Como grande amiga do artista, já havia gravado "Milagres" antes, inclusive apresentando-a ao vivo com o próprio Cazuza.
Em 2010 pela primeira vez a artista comandou e puxou um trio eletrico no circuito DODO ( Barra - Ondina).O trio levou o nome de " A Elza pede passagem" arastando uma grande multidão pelas ruas de Salvador- Bahia no carnaval daquele ano.
Em 2011, gravou a música "Perigosa", já cantada pelo grupo "As Frenéticas", para a minissérie "Lara com Z", da Globo. Também neste ano, gravou a música "Paciência", de Lenine, para o filme "Estamos Juntos".
Em 2012 fez uma participação na música "Samba de preto" da banda paulista Huaska, faixa título do terceiro cd da banda.
Em 2014 estréia o show "A Voz e a Máquina" baseado em musica eletrônica acompanhada na palco apenas pelos DJs Ricardo Muralha, Bruno Queiroz e Guilherme Marques.
Discografia
Elza Soares em 2015
Se acaso você chegasse (Odeon, 1960)
A bossa negra (Odeon, 1960)
O samba é Elza Soares (Odeon, 1961)
Sambossa (Odeon, 1963)
Na roda do samba (Odeon, 1964)
Um show de Elza (Odeon, 1965)
Coma bola branca (Odeon, 1966)
O máximo em samba (Odeon, 1967)
Elza, Miltinho e samba (Odeon, 1967)
Elza Soares, baterista: Wilson das Neves (Odeon, 1968)
Elza, Miltinho e samba - vol. 2 (Odeon, 1968)
Elza, carnaval & samba (Odeon, 1969)
Elza, Miltinho e samba - vol. 3 (Odeon, 1969)
Samba & mais sambas (Odeon, 1970)
Maschera negra / Che meraviglia (compacto simples / lançado na Itália, 1970)
Elza pede passagem (Odeon, 1972)
Elza Soares (Odeon, 1973)
Elza Soares (Tapecar, 1974)
Nos braços do samba (Tapecar, 1975)
Lição de vida (Tapecar, 1976)
Pilão + Raça = Elza (Tapecar, 1977)
Senhora da terra (CBS, 1979)
Elza negra, negra Elza (CBS, 1980)
Som, amor trabalho e progresso / Senta a púa (compacto simples / RGE, 1982)
Alegria do povo / As baianas (compacto simples / Recarey, 1985)
Somos todos iguais (Som Livre, 1985)
Voltei (RGE, 1988)
Trajetória (Universal Music, 1997)
Carioca da Gema - Ao vivo (1999)
Do cóccix até o pescoço (Maianga, 2002)
Vivo feliz (Tratore, 2003)
Beba-me - Ao vivo (Biscoito Fino, 2007)
Coletâneas
Grandes Sucessos de Elza Soares (Tapecar, 1978)
Salve a Mocidade (Tapecar, 1997)
Meus Momentos – Volumes 1 & 2 (EMI Brasil, 1994)
Elza Soares – Raízes do Samba (EMI Brasil, 1999)
Sambas e mais sambas - vol. 2 (Raridades) (EMI Brasil, 2003)
Deixa a nega gingar - 50 anos de carreira (EMI Brasil, 2009)
Homenagem[editar | editar código-fonte]
Foi enredo da Unidos do Cabuçu, no Grupo de acesso do carnaval carioca, no carnaval 2012.
No carnaval 2013, Elza Soares recebeu homenagem do Bola Preta de Sobradinho, tradicional agremiação do Distrito Federal. Enredo: Elza Soares - Planeta Fome, nasce uma Estrela!
domingo, 13 de setembro de 2015
“Não está no horizonte decidir nesta semana”, diz Cunha sobre impeachment
“Não está no horizonte decidir nesta semana”, diz Cunha sobre impeachment
Fernando Rodrigues 13/09/2015
“Ainda não decidi nada”, diz peemedebista
Planalto teme ação nos próximos dias
Temer e ministros do PMDB estão na Rússia
Brasília- DF- Brasil- 10/09/2015- Sessão extraordinária para discussão e votação de diversos projetos. Na foto, presidente da Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Foto: Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados
Eduardo Cunha, presidente da Câmara, em sessão no último dia 10.set.2015
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não pretende decidir sobre os mais de 10 pedidos de impeachment contra Dilma Rousseff nesta semana, mas se for instado por meio de questões de ordem a respeito, admite tomar uma posição “com cautela”.
Ao Blog, ele disse: “Não está no meu horizonte proferir decisão nesta semana”. Sobre a “cautela” com que tratará o assunto, Eduardo Cunha respondeu: “Ainda não decidi nada. Não tenho previsão de tomar qualquer decisão nesta semana. Mas se algum deputado apresentar uma questão de ordem, é preciso analisar o conteúdo e responder com cautela”.
Mesmo que algum deputado formule uma “questão de ordem” (uma pergunta formal sobre como deve ser um determinado procedimento ou votação na Câmara), a tendência de Cunha é pedir uma análise e responder apenas por escrito –possivelmente apenas na próxima semana.
As questões de ordem que podem ser apresentadas serão a respeito do rito processual do impeachment. Por exemplo: se um pedido de impeachment for recusado pelo presidente da Câmara (que tem poder para tal), em quanto tempo um recurso contra essa decisão tem de ser votado pelo plenário da Casa?
O presidente da Câmara nega que sua decisão, quando for tomada, estará associada a alguma estratégia da oposição. Tampouco disse ser verdade que teria escolhido esta semana para decidir sobre pedidos de impeachment apenas porque o vice-presidente da República, Michel Temer, está em viagem à Rússia junto com vários ministros do PMDB.
Na última 6ª feira (11.set.2015), havia quase uma convicção dentro do Palácio do Planalto a respeito de Cunha ter decidido acelerar o trâmite de pedidos de impeachment contra Dilma Rousseff. Ministros diziam temer uma atitude do presidente da Câmara já na 3ª feira (15.set.2015). “Essa fofoca de que terça-feira vou apreciar está em vários lugares. Isso tem de desmentir”, declarou o peemedebista.
Cunha negou várias vezes durante entrevista ao Blog que já tenha escolhido qual posição tomar. Cita o caso de um dos pedidos mais recentes de impeachment, formulado pelo advogado paulista Hélio Bicudo, 93 anos. Esse requerimento tem sido festejado pela oposição, pois Bicudo é um respeitado ativista dos direitos humanos e foi fundador do PT, partido do qual hoje está afastado.
Segundo Cunha, na semana passada ele decidiu que daria ao pedido de Bicudo o mesmo tratamento recebido pelos demais: uma comunicação para que o autor adequasse o documento aos requisitos formais e legais exigidos pela Câmara.
“Assinei a notificação dando 10 dias de prazo para cumprir requisitos. Ele [Bicudo] nem deve ter recebido ainda. É óbvio que a decisão sobre esse caso ainda vai demorar”, afirma o presidente da Câmara.
Já os casos classificados por Cunha como “simples” e sem muita “consistência” podem ser analisados na frente. Mas o peemedebista diz não ter decidido nem se despachará a respeito de todos de uma vez ou se tomará decisões na ordem em que os pedidos de impeachment foram protocolados na Câmara.
Em resumo, segundo Cunha, “a chance de fazer algo nesta semana é pequena ou quase zero”. Mas ele diz preferir não se comprometer com algum prazo, pois afirma ser necessário analisar os supostos pedidos que serão apresentados pela oposição ao longo da semana –a apresentação das chamadas “questões de ordem”, as perguntas sobre procedimentos que um congressista faz à presidência da Câmara.
ESTRATÉGIA DA OPOSIÇÃO
O presidente da Câmara se refere à complexa estratégia dos defensores do impeachment.
Deputados de vários partidos, mas sobretudo do DEM e do PSDB, aguardam Cunha se manifestar a respeito de algum pedido de impeachment contra Dilma Rousseff –que começaram a ser formulados e protocolados na Câmara em fevereiro deste ano de 2015.
O regime de governança na Câmara é presidencialista. Cabe apenas a Eduardo Cunha decidir sobre o que fazer com os pedidos de impeachment. Ele pode aceitá-los (para que comecem a tramitar), rejeitá-los ou não fazer nada. Não há prazo estipulado para a decisão.
Cunha já declarou mais de uma vez que a única saída que não vai escolher é a de não fazer nada. Vai se pronunciar sobre cada pedido de impeachment quando se sentir embasado o suficiente do ponto de vista técnico e legal –rejeitando ou aceitando.
A expectativa é que o peemedebista rejeite a maioria desses requerimentos –talvez todos possam ir ao arquivo. É aí que entra a oposição com sua estratégia: apresentar um recurso ao plenário da Câmara para tentar derrubar a decisão do presidente da Casa.
Essa manobra oposicionista está detalhadamente descrita num post publicado aqui em 21.ago.2018. Já foi usada em 1999, pelo PT, que pedia o impeachment do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O presidente da Câmara era Michel Temer (PMDB-SP), que rejeitou o pedido. No plenário da Casa, os petistas (oposição à época) perderam.
Nessa estratégia que agora pode ser repetida pelos grupos anti-Dilma, basta para a oposição colocar metade dos 513 deputados em plenário para abrir uma sessão. Nessa hipótese, com 257 presentes, 129 seriam suficientes para derrubar uma eventual rejeição de Cunha a um pedido de impeachment contra a presidente da República.
Cunha nega qualquer tipo de acerto com a oposição e sempre repete que vai tomar uma decisão técnica.
O problema para o Palácio do Planalto, na atual conjuntura, é que a única situação confortável seria aquela em que Cunha apenas sentasse sobre os pedidos de impeachment, sem nada decidir. Essa hipótese está afastada pelo presidente da Câmara.
“Em algum momento decidirei”, declara o peemedebista.
COMO É O PROCESSO DE IMPEACHMENT?
Uma vez iniciado, trata-se de um julgamento muito rápido.
Se Eduardo Cunha aceita um pedido de impeachment (ou se o plenário consegue fazer com que seja aceito), o trâmite está definido no parágrafo 4º do artigo 218 do regimento dos deputados. Esse parágrafo afirma que “do recebimento da denúncia será notificado o denunciado para manifestar-se, querendo, no prazo de dez sessões”.
Ou seja, se um pedido de impeachment for recebido pela Câmara, nada mais poderá ser feito. Não há meios de interromper o processo.
A presidente Dilma Rousseff teria de apresentar sua defesa –no prazo de 10 sessões da Câmara, o que pode ser muito rápido. Se a presidência da Câmara quiser, pode abrir e encerrar várias sessões num mesmo dia.
Apresentada a defesa por Dilma Rousseff, uma comissão especial com deputados de vários partidos é criada e dá seu parecer em até 5 sessões. É um processo sumário e muito rápido.
Depois que a comissão apresenta seu parecer, o assunto entra na “ordem do dia” da Câmara em 48 horas. Eis o artigo que trata de impeachment no Regimento Interno da Câmara (clique na imagem para ampliar):
http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Homens Que Marcaram O Século XX: Stalin
Por Antonio Gasparetto Junior
Stalin foi o ditador russo que comandou a União Soviética até sua morte em 1953.
Ioseb Besarionis Dze Djughashvili nasceu em Gori no dia 21 de dezembro de 1878. O nome Josef Stalin só passou a ser utilizado em 1913, por ocasião de sua deportação para a Sibéria. Era filho de pais pobres e passou muitas dificuldades em sua infância. Stalin chegou a estudar em um colégio de padres, mas por apresentar concordância com a ideologia marxista acabou sendo expulso. Envolveu-se ainda com várias ações ilegais como assaltos, em um deles 40 pessoas foram mortas. Stalin foi preso e passou vários anos na cadeia.
O nome Josef Stalin passou a ser utilizado quando esteve deportado por causa de uma prisão na Sibéria. Stalin significa, em russo, homem de aço. Após as prisões e deportações, Stalin se aproximou de Lênin e seu grupo que planejavam a Revolução Russa. Entrou então para o Partido Social Democrata Russo e tornou-se o braço direito de Lênin. O Partido Bolchevique, que reunia os defensores de reformas na Rússia pela via revolucionária, assumiu o controle da Revolução Russa de 1917 e o poder no país. O partido converteu-se em Partido Comunista, no qual Stalin se tornou secretário-geral do Politburo, o órgão máximo dentro do partido.
A questão do socialismo gerou uma disputa ainda dentro do Partido Comunista. Uns acreditavam que a revolução tal como ocorrera na Rússia deveria ser expandida para outros países no mundo, enquanto uma ala acreditava que a revolução deveria ser restrita ao que viria a ser a União Soviética. O representante maior do primeiro argumento era Leon Trotsky, enquanto Stalin defendia que a revolução deveria ficar na Rússia. Após a morte de Lênin, as duas correntes de pensamento entraram em choque para definir quem seria o sucessor. Passado algum tempo de debate, o partido escolheu a corrente de Stalin, assumindo este a liderança da União Soviética.
O governo de Stalin começou rigoroso, o líder do partido assumiu uma conduta de ditador e passou a caçar e matar todos que pudessem causar alguma ameaça ao sistema. Trotsky, derrotado, saiu insatisfeito e passou a ser um grande crítico do governo stalinista. Como punição, Stalin mandou matar a machadadas o opositor que estava exilado no México.
Stalin expulsou do partido e do exercito soviético todos os inimigos consolidados ou em potencial. Milhões de pessoas foram presas sob seu governo ditatorial. Mas Stalin fez a União Soviética crescer significativamente, assumindo o caráter de superpotência no mundo e criando um império proporcional ao Antigo Império Russo. A partir de 1928, impôs uma industrialização intensiva e a coletivização da agricultura, o que gerou uma reorganização social.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Stalin, juntamente com a União Soviética, esteve ao lado dos combatentes ao nazismo e foi decisivo na derrota sofrida pela Alemanha de Hitler. A União Soviética e os Estados Unidos se configuraram como os grandes vencedores da guerra, em 1945.
Com o conflito encerrado, estabeleceu alianças militares e econômicas com as repúblicas socialistas do leste europeu e intensificou a polarização do mundo entre capitalismo e comunismo. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética se colocaram em um novo confronto, porém este não permitia o embate direto entre as potências, uma vez que ambas possuíam arsenal suficiente para a mútua destruição. A Guerra Fria se estendeu então até praticamente o fim da União Soviética.
No dia 5 de março de 1953, Stalin faleceu em decorrência de uma hemorragia cerebral. Seu corpo passou a ser exposto no mesmo salão em que se encontra o corpo de Lênin, na Praça Vermelha, em Moscou. Porém, no XX Congresso do Partido Comunista, realizado em 1956, Nikita Khrushchov denunciou os crimes cometidos por Stalin. Os dados apresentados revelavam a ordenação da morte de aproximadamente 4 milhões de pessoas, mas pesquisadores acreditam que esse número possa chegar a 20 milhões de indivíduos. Após a denúncia, o corpo do “Pai dos Povos”, como era chamado Stalin, foi enterrado próximo aos muros do Kremlim, onde permanece até hoje.
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