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terça-feira, 4 de agosto de 2015
PF prende ex-ministro José Dirceu e Lava Jato se aproxima de Lula
PF prende ex-ministro José Dirceu e Lava Jato se aproxima de Lula
Por Sérgio Spagnuolo
CURITIBA (Reuters) - A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado como um dos “líderes principais” que instituiu o esquema bilionário de corrupção na Petrobras ainda durante o período em que ocupava o cargo no Palácio do Planalto, levando a operação Lava Jato diretamente ao centro do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo os investigadores, o modelo era semelhante ao do mensalão, esquema de compra de votos no Congresso descoberto durante o governo Lula pelo qual o ex-ministro já cumpria uma sentença de prisão domiciliar.
Dirceu, homem forte do governo Lula durante o período em que comandou a Casa Civil (2003 a 2005), foi preso pela PF de forma preventiva em sua casa em Brasília como parte da 17ª etapa da operação Lava Jato, que recebeu o nome “Pixuleco” em alusão ao termo utilizado para nominar a propina recebida em contratos.
“Temos uma investigação que busca José Dirceu como o instituidor do esquema Petrobras ainda no tempo da Casa Civil, ainda no tempo do governo do ex-presidente Lula”, disse o procurador do Ministério Público Federal Carlos Fernando dos Santos Lima em entrevista coletiva em Curitiba, onde estão concentradas as investigações da Lava Jato.
Nesse caso, Dirceu é acusado de enriquecer pessoalmente ao receber propinas de prestadores de serviços da Petrobras, inclusive enquanto estava preso em Brasília, condenado no esquema do mensalão.
“Estamos diante de um caso de reiteração criminosa em que José Dirceu vem, dentro desse esquema de recebimento de propina, desde as investigações do mensalão, passando pela acusação e passando até por sua prisão”, disse o procurador.
Entre as acusações contra o ex-ministro está a de que teria recebido 96 mil reais mensais entre 2004 e 2013 a título de propina por conta de um contrato de terceirização na Petrobras. A acusação foi feita pelo lobista Milton Pascowitch, um dos delatores da Lava Jato, segundo o despacho da Justiça que determinou a prisão preventiva de Dirceu.
Em entrevista coletiva em Brasília, o advogado Roberto Podval, que representa Dirceu, disse que a prisão preventiva do ex-ministro foi desnecessária e que Dirceu tornou-se "bode expiatório".
Na noite desta segunda, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), colocou Dirceu à disposição da Justiça Federal do Paraná, permitindo sua transferência de Brasília para Curitiba.
O irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, também preso nesta segunda-feira em caráter temporário, seria o responsável pela coleta do dinheiro nas empresas para a JD Assessoria, de propriedade de Dirceu, enquanto o ex-ministro estava preso, disseram os investigadores da Lava Jato.
Ecoando comentários recentes do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, Lima discorreu sobre as semelhanças desse esquema com o chamado mensalão.
“Nós entendemos que o DNA, como diz o ministro Gilmar (Mendes, do STF), é o mesmo do mensalão e da Lava Jato. Nesse caso, creio que José Dirceu é uma das pessoas que decidiu pela criação desse esquema”, afirmou.
LÍDER
Mais do que um beneficiário, a força-tarefa busca provar que Dirceu era um dos “líderes principais” na instituição do esquema de corrupção da Petrobras.
“Queremos mostrar José Dirceu como um dos agentes responsáveis pela instituição do esquema Petrobras ainda no tempo em que... era ministro da Casa Civil”, disse o procurador.
Dirceu teria sido, segundo o MPF, o responsável pela indicação de dois diretores da Petrobras envolvidos no escândalo: os ex-diretores de Serviços e de Abastecimento, Renato Duque e Paulo Roberto Costa, respectivamente.
Ainda segundo o MPF, Dirceu era responsável por definir cargos na administração da Petrobras e dessa forma instituiu o esquema de pagamento de propinas na estatal, do qual era um dos beneficiários.
“Esse esquema passa pela compra de apoio parlamentar, ele passa por uma facilitação do lucro das empreiteiras, ele passa pelo enriquecimento de diversas pessoas -- no caso de José Dirceu, temos provas de enriquecimento pessoal, não mais de dinheiro só para o partido”, disse o procurador.
COLETA DE PROVAS E PRISÃO
Há tempos se especulava sobre uma eventual implicação de Dirceu nas investigações da Lava Jato, mas autoridades ainda não haviam vinculado o nome do ex-ministro ao escândalo da Petrobras. Isso mudou com o acordo de delação feito pelas autoridades com o lobista Milton Pascowitch.
No começo de julho, a defesa do ex-ministro chegou a entrar com pedido de habeas corpus preventivo junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região para evitar que ele fosse preso no âmbito da Lava Jato. O pedido foi negado.
“Estávamos aguardando elementos que permitissem a confirmação das hipóteses que a gente tinha trabalhado, que ocorreu apenas recentemente tanto com acordo do Pascowitch quando do Julio (Camargo, da empresa Toyo Setal), e de algumas outras ações que a gente conseguiu confirmar”, disse a jornalistas o delegado da PF Márcio Adriano Ancelmo.
O ex-ministro é o primeiro integrante de destaque do governo Lula a ser preso como parte da Lava Jato.
Perguntado se o próprio Lula pode ser investigado ou até mesmo detido pelas autoridades, o procurador do MPF disse que “ninguém está isento de ser alvo de investigação”, mas acrescentou que “não existe neste momento nenhum indicativo de necessidade de prisão de quem quer que seja que não esteja atualmente preso”.
Procurado pela Reuters, o Instituto Lula informou que não irá comentar as declarações do procurador.
A PF deve aguardar permissão do Supremo Tribunal Federal para que Dirceu possa ir para Curitiba, já que ele atualmente cumpre prisão domiciliar, por condenação decorrente do mensalão.
Entre os detidos nesta segunda-feira também está o lobista Fernando Moura, ligado ao PT. Uma das suspeitas é que ele tenha exercido influência na indicação de Renato Duque para a diretoria de Serviços da Petrobras.
Em Brasília, após reunião de coordenação política com a presidente Dilma Rousseff, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, disse que não há no governo "nenhuma expectativa" de que as investigações venham a se aproximar da presidente ou de sua administração.
“Em relação à questão do ex-ministro José Dirceu... É uma questão das investigações e todos nós confiamos muito na conduta da presidenta Dilma. Em nenhum momento passa por nós nenhuma expectativa que se aproxime dela qualquer investigação e de seu governo”, disse Kassab a jornalistas. [nL1N10E1A5]
17ª FASE
Entre os crimes investigados pela PF na 17ª fase estão corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, de acordo com a polícia. A PF também cumpriu medidas de sequestro de imóveis e bloqueio de ativos financeiros. Segundo o Ministério Público Federal, serão bloqueados 20 milhões de reais em bens de cada um dos envolvidos nesta etapa.
A Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção principalmente na Petrobras, no qual empreiteiras formaram um cartel para vencerem contratos de obras da estatal. Em troca, pagavam propina a funcionários da empresa, a operadores que lavavam dinheiro do esquema, a políticos e partidos.
De acordo com investigações da PF e do Ministério Público Federal, o esquema de corrupção se espalhou para outras esferas do poder público, como o setor elétrico.
(Reportagem adicional de Pedro Fonseca e Caio Saad, no Rio de Janeiro; Maria Carolina Marcello e Leonardo Goy, em Brasília; e Eduardo Simões, em São Paulo)
http://noticias.uol.com.br/
Por Sérgio Spagnuolo
CURITIBA (Reuters) - A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado como um dos “líderes principais” que instituiu o esquema bilionário de corrupção na Petrobras ainda durante o período em que ocupava o cargo no Palácio do Planalto, levando a operação Lava Jato diretamente ao centro do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo os investigadores, o modelo era semelhante ao do mensalão, esquema de compra de votos no Congresso descoberto durante o governo Lula pelo qual o ex-ministro já cumpria uma sentença de prisão domiciliar.
Dirceu, homem forte do governo Lula durante o período em que comandou a Casa Civil (2003 a 2005), foi preso pela PF de forma preventiva em sua casa em Brasília como parte da 17ª etapa da operação Lava Jato, que recebeu o nome “Pixuleco” em alusão ao termo utilizado para nominar a propina recebida em contratos.
“Temos uma investigação que busca José Dirceu como o instituidor do esquema Petrobras ainda no tempo da Casa Civil, ainda no tempo do governo do ex-presidente Lula”, disse o procurador do Ministério Público Federal Carlos Fernando dos Santos Lima em entrevista coletiva em Curitiba, onde estão concentradas as investigações da Lava Jato.
Nesse caso, Dirceu é acusado de enriquecer pessoalmente ao receber propinas de prestadores de serviços da Petrobras, inclusive enquanto estava preso em Brasília, condenado no esquema do mensalão.
“Estamos diante de um caso de reiteração criminosa em que José Dirceu vem, dentro desse esquema de recebimento de propina, desde as investigações do mensalão, passando pela acusação e passando até por sua prisão”, disse o procurador.
Entre as acusações contra o ex-ministro está a de que teria recebido 96 mil reais mensais entre 2004 e 2013 a título de propina por conta de um contrato de terceirização na Petrobras. A acusação foi feita pelo lobista Milton Pascowitch, um dos delatores da Lava Jato, segundo o despacho da Justiça que determinou a prisão preventiva de Dirceu.
Em entrevista coletiva em Brasília, o advogado Roberto Podval, que representa Dirceu, disse que a prisão preventiva do ex-ministro foi desnecessária e que Dirceu tornou-se "bode expiatório".
Na noite desta segunda, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), colocou Dirceu à disposição da Justiça Federal do Paraná, permitindo sua transferência de Brasília para Curitiba.
O irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, também preso nesta segunda-feira em caráter temporário, seria o responsável pela coleta do dinheiro nas empresas para a JD Assessoria, de propriedade de Dirceu, enquanto o ex-ministro estava preso, disseram os investigadores da Lava Jato.
Ecoando comentários recentes do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, Lima discorreu sobre as semelhanças desse esquema com o chamado mensalão.
“Nós entendemos que o DNA, como diz o ministro Gilmar (Mendes, do STF), é o mesmo do mensalão e da Lava Jato. Nesse caso, creio que José Dirceu é uma das pessoas que decidiu pela criação desse esquema”, afirmou.
LÍDER
Mais do que um beneficiário, a força-tarefa busca provar que Dirceu era um dos “líderes principais” na instituição do esquema de corrupção da Petrobras.
“Queremos mostrar José Dirceu como um dos agentes responsáveis pela instituição do esquema Petrobras ainda no tempo em que... era ministro da Casa Civil”, disse o procurador.
Dirceu teria sido, segundo o MPF, o responsável pela indicação de dois diretores da Petrobras envolvidos no escândalo: os ex-diretores de Serviços e de Abastecimento, Renato Duque e Paulo Roberto Costa, respectivamente.
Ainda segundo o MPF, Dirceu era responsável por definir cargos na administração da Petrobras e dessa forma instituiu o esquema de pagamento de propinas na estatal, do qual era um dos beneficiários.
“Esse esquema passa pela compra de apoio parlamentar, ele passa por uma facilitação do lucro das empreiteiras, ele passa pelo enriquecimento de diversas pessoas -- no caso de José Dirceu, temos provas de enriquecimento pessoal, não mais de dinheiro só para o partido”, disse o procurador.
COLETA DE PROVAS E PRISÃO
Há tempos se especulava sobre uma eventual implicação de Dirceu nas investigações da Lava Jato, mas autoridades ainda não haviam vinculado o nome do ex-ministro ao escândalo da Petrobras. Isso mudou com o acordo de delação feito pelas autoridades com o lobista Milton Pascowitch.
No começo de julho, a defesa do ex-ministro chegou a entrar com pedido de habeas corpus preventivo junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região para evitar que ele fosse preso no âmbito da Lava Jato. O pedido foi negado.
“Estávamos aguardando elementos que permitissem a confirmação das hipóteses que a gente tinha trabalhado, que ocorreu apenas recentemente tanto com acordo do Pascowitch quando do Julio (Camargo, da empresa Toyo Setal), e de algumas outras ações que a gente conseguiu confirmar”, disse a jornalistas o delegado da PF Márcio Adriano Ancelmo.
O ex-ministro é o primeiro integrante de destaque do governo Lula a ser preso como parte da Lava Jato.
Perguntado se o próprio Lula pode ser investigado ou até mesmo detido pelas autoridades, o procurador do MPF disse que “ninguém está isento de ser alvo de investigação”, mas acrescentou que “não existe neste momento nenhum indicativo de necessidade de prisão de quem quer que seja que não esteja atualmente preso”.
Procurado pela Reuters, o Instituto Lula informou que não irá comentar as declarações do procurador.
A PF deve aguardar permissão do Supremo Tribunal Federal para que Dirceu possa ir para Curitiba, já que ele atualmente cumpre prisão domiciliar, por condenação decorrente do mensalão.
Entre os detidos nesta segunda-feira também está o lobista Fernando Moura, ligado ao PT. Uma das suspeitas é que ele tenha exercido influência na indicação de Renato Duque para a diretoria de Serviços da Petrobras.
Em Brasília, após reunião de coordenação política com a presidente Dilma Rousseff, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, disse que não há no governo "nenhuma expectativa" de que as investigações venham a se aproximar da presidente ou de sua administração.
“Em relação à questão do ex-ministro José Dirceu... É uma questão das investigações e todos nós confiamos muito na conduta da presidenta Dilma. Em nenhum momento passa por nós nenhuma expectativa que se aproxime dela qualquer investigação e de seu governo”, disse Kassab a jornalistas. [nL1N10E1A5]
17ª FASE
Entre os crimes investigados pela PF na 17ª fase estão corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, de acordo com a polícia. A PF também cumpriu medidas de sequestro de imóveis e bloqueio de ativos financeiros. Segundo o Ministério Público Federal, serão bloqueados 20 milhões de reais em bens de cada um dos envolvidos nesta etapa.
A Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção principalmente na Petrobras, no qual empreiteiras formaram um cartel para vencerem contratos de obras da estatal. Em troca, pagavam propina a funcionários da empresa, a operadores que lavavam dinheiro do esquema, a políticos e partidos.
De acordo com investigações da PF e do Ministério Público Federal, o esquema de corrupção se espalhou para outras esferas do poder público, como o setor elétrico.
(Reportagem adicional de Pedro Fonseca e Caio Saad, no Rio de Janeiro; Maria Carolina Marcello e Leonardo Goy, em Brasília; e Eduardo Simões, em São Paulo)
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segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Com prisão de Dirceu, senadores tucanos defendem investigação de Lula e Dilma
Com prisão de Dirceu, senadores tucanos defendem investigação de Lula e Dilma
Estadão Conteúdo 03/08/2015
De Brasília
Após a prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu na manhã desta segunda-feira (3), senadores do PSDB defendem que as investigações priorizem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff. "O mesmo fundamento que embasou a condenação de Dirceu no mensalão, a teoria do domínio do fato, deveria conduzir a investigação de Lula e Dilma", disse o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Alvaro Dias (PSDB-PR) também afirma acreditar que os desdobramentos da operação Lava Jato podem alcançar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, a prisão do ex-ministro José Dirceu na manhã desta segunda-feira faz a investigação chegar à cúpula do governo.
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"Quando se chega a esse estágio de investigação, o que se pressupõe é que algo mais virá", indicou, destacando que Dirceu era o homem forte do governo Lula. "Ele esteve sempre no epicentro das ações políticas do PT e do governo desde o primeiro momento, quando o Lula o colocava como uma espécie do primeiro-ministro. Das lideranças petistas, é a de maior influencia."
O senador elogiou a atuação do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça, ao afirmar que a Lava Jato está destruindo o conceito de que a atuação da Justiça atinge só os fracos. Para Dias, a prisão do ex-ministro fragiliza o governo. "A responsabilidade maior cabe aos governantes. Nesse caso, há uma relação direta do Dirceu com o Lula", afirmou. "O importante é a investigação chegar aos artífices principais, e não aos coadjuvantes".
Nesta manhã, responsáveis pela operação afirmaram que Dirceu, além de beneficiário da corrupção na Petrobras, foi agente da instituição do esquema na estatal quando era ministro da Casa Civil, passando pelo mensalão e pelo período em que ficou na prisão. "Quando essa informação vem da área responsável pela investigação, há sinalização de seriedade e da gravidade do caso", avaliou o Dias.
Segundo Nunes, a prisão do ex-ministro é um "duríssimo golpe" no PT, já que ele teve forte contribuição para que o partido conquistasse o poder.
http://noticias.bol.uol.com.br/
Estadão Conteúdo 03/08/2015
De Brasília
Após a prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu na manhã desta segunda-feira (3), senadores do PSDB defendem que as investigações priorizem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff. "O mesmo fundamento que embasou a condenação de Dirceu no mensalão, a teoria do domínio do fato, deveria conduzir a investigação de Lula e Dilma", disse o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Alvaro Dias (PSDB-PR) também afirma acreditar que os desdobramentos da operação Lava Jato podem alcançar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, a prisão do ex-ministro José Dirceu na manhã desta segunda-feira faz a investigação chegar à cúpula do governo.
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"Quando se chega a esse estágio de investigação, o que se pressupõe é que algo mais virá", indicou, destacando que Dirceu era o homem forte do governo Lula. "Ele esteve sempre no epicentro das ações políticas do PT e do governo desde o primeiro momento, quando o Lula o colocava como uma espécie do primeiro-ministro. Das lideranças petistas, é a de maior influencia."
O senador elogiou a atuação do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça, ao afirmar que a Lava Jato está destruindo o conceito de que a atuação da Justiça atinge só os fracos. Para Dias, a prisão do ex-ministro fragiliza o governo. "A responsabilidade maior cabe aos governantes. Nesse caso, há uma relação direta do Dirceu com o Lula", afirmou. "O importante é a investigação chegar aos artífices principais, e não aos coadjuvantes".
Nesta manhã, responsáveis pela operação afirmaram que Dirceu, além de beneficiário da corrupção na Petrobras, foi agente da instituição do esquema na estatal quando era ministro da Casa Civil, passando pelo mensalão e pelo período em que ficou na prisão. "Quando essa informação vem da área responsável pela investigação, há sinalização de seriedade e da gravidade do caso", avaliou o Dias.
Segundo Nunes, a prisão do ex-ministro é um "duríssimo golpe" no PT, já que ele teve forte contribuição para que o partido conquistasse o poder.
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Lava Jato: Dirceu recebeu ‘mensalinho’ de R$ 96 mil da Petrobras por dez anos
Lava Jato: Dirceu recebeu ‘mensalinho’ de R$ 96 mil da Petrobras por dez anos
Segundo os investigadores, pagamentos ocorreram mesmo durante o período em que o ex-ministro cumpria pena do mensalão. Despacho de Sérgio Moro também afirma que lobista comprou uma casa de R$ 500 mil para uma das filhas do ex-deputado
POR WILSON LIMA | 03/08/2015
DivulgaçãoDirceu: após o mensalão, ex-ministro é acusado de receber 'mensalinhos' de R$ 96 milO ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu recebeu um “mensalinho” de aproximadamente R$ 96 mil, fruto de recursos desviados da Petrobras entre os anos de 2004 e 2013, mesmo após ser preso por decorrência de sua condenação no processo do “mensalão”. A informação está no despacho do juiz Sérgio Moro, com base na delação premiada do lobista Milton Pascowitch. Os investigadores alegam, ainda, que Pascowitch pagou uma casa no valor de R$ 500 mil para uma das filhas de Dirceu com dinheiro da estatal. Somente em “mensalinhos”, Dirceu recebeu algo em torno de R$ 11,5 milhões, de acordo com a força-tarefa da Operação Lava Jato.
Dirceu foi preso na manhã desta segunda-feira (3), durante a 17ª fase da Operação Lava Jato. O advogado de Dirceu, Roberto Podval, afirmou que pretende se pronunciar apenas após ter acesso aos autos. Anteriormente, Podval já havia negado qualquer relação do ex-ministro com o esquema de desvios de recursos desarticulado pela Lava Jato.
De acordo com a delação premiada do Pascowitch, o “mensalinho” era pago por meio da Hope Recursos Humanos, responsável pelo fornecimento de mão de obra terceirizada à Petrobras. O dinheiro, segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF), era fruto de desvios após obtenção de contratos da Engevix junto à Petrobras nas obras das unidades de tratamento de gás natural de Cacimbas I e II, no Espírito Santo. “A empresa pagaria propinas a Renato Duque e às pessoas responsáveis pela indicação deste ao cargo, especificamente José Dirceu e associados deste”, informou o juiz Sérgio Moro na decisão. Duque foi indicado para a diretoria de Serviços da Petrobras por intermédio do ex-ministro.
“A propina da empresa teria sido intermediada por Júlio Camargo, tendo, posteriormente, Milton Pascowitch assumido esse papel”, pontuou Moro. “Seriam pagos cerca de 3% dos ‘valores líquidos faturados à Petrobras’, o que corresponderia a cerca de 500 mil reais mensais, sendo os valores entregues a Milton Pascowitch. Dos valores, cerca de 180 mil ficariam com Fernando Moura e o restante seria dividido entre Renato Duque (40%), José Dirceu (30%) e Milton Pascowitch (30%).”
Vários destes pagamentos eram realizados por empresas como a Hope Recursos Humanos à JD Assessoria, de propriedade de Dirceu. Mas, segundo o delegado Márcio Ancelmo, integrante da força-tarefa, não houve comprovação de serviços prestados pela JD. As investigações apontaram que a empresa prestava consultoria em diversas áreas, de advocacia até na área de engenharia. Mas ela tinha apenas um funcionário de nível superior. “Com todo o tempo que essa investigação durou, não há uma só comprovação de serviços prestados”, detalhou o delegado. “Só foi identificado um funcionário de nível superior que não teria conhecimento para prestar consultorias em áreas tão abrangentes”, assinalou o delegado.
Dirceu também obteve recursos diretamente pagos pela Engevix Engenharia. “No caso, por exemplo, do contrato da Engevix Engenharia, o dirigente Gerson de Almada, apesar de afirmar a contratação para prospecção de negócios no Peru, já admitiu que a empresa, na prática, não logrou obter, por intermédio de José Dirceu, qualquer negócio”, descreveu Moro.
Ainda segundo as investigações, o lobista Milton Pascowitch adquiriu “por preço pouco acima do mercado”, pelas informações do juiz Sérgio Moro, um imóvel de R$ 500 mil para uma filha de José Dirceu, “tendo o valor sido decorrente de propinas acertadas em contratos da Petrobras”
http://congressoemfoco.uol.com.br/
Segundo os investigadores, pagamentos ocorreram mesmo durante o período em que o ex-ministro cumpria pena do mensalão. Despacho de Sérgio Moro também afirma que lobista comprou uma casa de R$ 500 mil para uma das filhas do ex-deputado
POR WILSON LIMA | 03/08/2015
DivulgaçãoDirceu: após o mensalão, ex-ministro é acusado de receber 'mensalinhos' de R$ 96 milO ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu recebeu um “mensalinho” de aproximadamente R$ 96 mil, fruto de recursos desviados da Petrobras entre os anos de 2004 e 2013, mesmo após ser preso por decorrência de sua condenação no processo do “mensalão”. A informação está no despacho do juiz Sérgio Moro, com base na delação premiada do lobista Milton Pascowitch. Os investigadores alegam, ainda, que Pascowitch pagou uma casa no valor de R$ 500 mil para uma das filhas de Dirceu com dinheiro da estatal. Somente em “mensalinhos”, Dirceu recebeu algo em torno de R$ 11,5 milhões, de acordo com a força-tarefa da Operação Lava Jato.
Dirceu foi preso na manhã desta segunda-feira (3), durante a 17ª fase da Operação Lava Jato. O advogado de Dirceu, Roberto Podval, afirmou que pretende se pronunciar apenas após ter acesso aos autos. Anteriormente, Podval já havia negado qualquer relação do ex-ministro com o esquema de desvios de recursos desarticulado pela Lava Jato.
De acordo com a delação premiada do Pascowitch, o “mensalinho” era pago por meio da Hope Recursos Humanos, responsável pelo fornecimento de mão de obra terceirizada à Petrobras. O dinheiro, segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF), era fruto de desvios após obtenção de contratos da Engevix junto à Petrobras nas obras das unidades de tratamento de gás natural de Cacimbas I e II, no Espírito Santo. “A empresa pagaria propinas a Renato Duque e às pessoas responsáveis pela indicação deste ao cargo, especificamente José Dirceu e associados deste”, informou o juiz Sérgio Moro na decisão. Duque foi indicado para a diretoria de Serviços da Petrobras por intermédio do ex-ministro.
“A propina da empresa teria sido intermediada por Júlio Camargo, tendo, posteriormente, Milton Pascowitch assumido esse papel”, pontuou Moro. “Seriam pagos cerca de 3% dos ‘valores líquidos faturados à Petrobras’, o que corresponderia a cerca de 500 mil reais mensais, sendo os valores entregues a Milton Pascowitch. Dos valores, cerca de 180 mil ficariam com Fernando Moura e o restante seria dividido entre Renato Duque (40%), José Dirceu (30%) e Milton Pascowitch (30%).”
Vários destes pagamentos eram realizados por empresas como a Hope Recursos Humanos à JD Assessoria, de propriedade de Dirceu. Mas, segundo o delegado Márcio Ancelmo, integrante da força-tarefa, não houve comprovação de serviços prestados pela JD. As investigações apontaram que a empresa prestava consultoria em diversas áreas, de advocacia até na área de engenharia. Mas ela tinha apenas um funcionário de nível superior. “Com todo o tempo que essa investigação durou, não há uma só comprovação de serviços prestados”, detalhou o delegado. “Só foi identificado um funcionário de nível superior que não teria conhecimento para prestar consultorias em áreas tão abrangentes”, assinalou o delegado.
Dirceu também obteve recursos diretamente pagos pela Engevix Engenharia. “No caso, por exemplo, do contrato da Engevix Engenharia, o dirigente Gerson de Almada, apesar de afirmar a contratação para prospecção de negócios no Peru, já admitiu que a empresa, na prática, não logrou obter, por intermédio de José Dirceu, qualquer negócio”, descreveu Moro.
Ainda segundo as investigações, o lobista Milton Pascowitch adquiriu “por preço pouco acima do mercado”, pelas informações do juiz Sérgio Moro, um imóvel de R$ 500 mil para uma filha de José Dirceu, “tendo o valor sido decorrente de propinas acertadas em contratos da Petrobras”
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Cinema Pernambucano
O cinema de Pernambuco retrata o quadro de produção e exibição cinematográficas no estado brasileiro de Pernambuco. Protagonista de um movimento local no começo do século XX, o estado teve importante participação na história do cinema do Brasil. Na produção o estado viveu dois momentos importantes: o Ciclo do Recife, e o Movimento Super-8.
O "Ciclo do Recife
No início da década de 1920 há um movimento nas principais cidades do Brasil, objetivando o incentivo da produção cinematográfica nacional e a instalação de mais salas de exibição, em especial nas revistas Paratodos e Selecta, bem como pelo surgimento de duas revistas especializadas no cinema: A Scena Muda e Cinearte.
As produções regionais então têm lugar, sendo a ocorrida em Recife uma das mais profícuas, com início a partir de 1922. As produções em cinema mudo se revelavam fáceis e baratas, e vieram a revelar nomes como Edson Chagas, Gentil Roiz, Ary Severo e Jota Soares, em produções de documentários e de longas-metragens, em títulos como Altaré da Praia, Um Dia na Fazenda, Jurando Vingar, etc.
Desta produção, o longa Retribuição, de Gentil Roiz, foi o primeiro a possuir um enredo. Altaré da Praia foi produzido por uma empresa, então constituída, para a produção cinéfila, chamada Aurora Filmes; outras companhias existiram, como Vera Cruz e Olinda Filmes.
O surgimento do cinema sonoro, aliado ao encarecimento das produções e a qualidade superior das produções hollywoodianas, levaram à decadência e desaparecimento da produção local, já inexistente no começo da década seguinte.
Exibição e produção após 1930
Ainda nos anos 20 foram inauguradas muitas salas de projeção na capital do estado, dos quais destacam-se o Cinema do Parque, Moderno, Helvética, Royal e outras.
Após o final do Ciclo do Recife registra-se a produção de um filme sonoro - O Coelho Sai - de Newton Paiva e Firmo Neto, mas que não teve cópia sobrevivente. Até 1969 apenas alguns documentários foram filmados no estado, sobretudo pelo Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais. Em seguida, foram feitas adaptações do Auto da compadecida de Ariano Suassuna e de Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto, em filmes de 35mm.
Movimento Super-8
A partir da década de 1970, o barateamento das produções amadoras de cinema com os filmes em Super-8 proporcionou o surgimento, em 1973, o Ciclo Super-8, restrito à produção de curta-metragens para exibição quase exclusivamente em festivais. Deste período contam-se Fernando Spencer, Athos Cardoso, Celso Marconi, Jomar Muniz de Brito, entre outros.
Cinema pernambucano atual
O Filme "O Baile Perfumado" (1997), de Lírio Ferreira e Paulo Caldas, marca a retomada do Cinema Pernambucano. Na década seguinte, a cinematografia local ganha solidez e prestígio em todo o Brasil, com a consagração de cineastas como Cláudio Assis (“Amarelo Manga” e “Febre do Rato”) e Marcelo Gomes (“Cinema, Aspirinas e Urubus”).
Nos anos 2000, Pernambuco se firma como um dos polos geradores de um dos cinemas mais vigorosos do Brasil, com ótima participação em festivais brasileiros e internacionais. Destacam-se as obras de Marcelo Lordello (“Eles Voltam”), Kleber Mendonça Filho (“O Som ao Redor”), Gabriel Mascaro (“Ventos de Agosto”), Daniel Aragão (“Boa Sorte, Meu Amor”), Hilton Lacerda (“Tatuagem”) e Leonardo Lacca (“Permanência”)
Origem: Wikipédia
domingo, 2 de agosto de 2015
GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Fernando Henrique Cardoso (FHC), durante os dois mandatos como presidente da República, efetivou o Plano Real, privatizou várias estatais brasileiras e implantou a política neoliberal.
O governo presidencial de dois mandatos, 1º mandato (1994-1997) e 2º mandato (1998-2002), de Fernando Henrique Cardoso foi marcado pela efetiva implantação da política Neoliberal no Brasil.
Fernando Henrique Cardoso nasceu no estado do Rio de Janeiro no dia 18 de junho de 1931, com menos de dez (10) anos mudou-se para São Paulo, lá concluiu o curso de Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), realizou os estudos de pós-graduação na Universidade de Paris. Na década de 1960, após o Golpe Militar no Brasil, foi exilado no Chile e posteriormente na França, onde realizou seus estudos de pós-graduação, retornou para o Brasil como professor da USP no ano de 1968, com o decreto do Ato Institucional (AI-5) foi aposentado de suas atribuições docentes.
Após a aposentadoria foi convidado a lecionar em algumas universidades estrangeiras e fundou, juntamente com outros intelectuais brasileiros, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Esse Centro tinha como principal objetivo a análise da realidade socioeconômica da sociedade brasileira.
Sua vida política teve início no ano de 1978, quando foi eleito suplente do Senador paulista Franco Montoro, no ano de 1983 assumiu o senado quando Franco Montoro foi eleito governador do estado de São Paulo. Perdeu as eleições para a prefeitura de São Paulo para Jânio Quadros no ano de 1985, mas em 1986 foi eleito senador por São Paulo.
Fernando Henrique Cardoso foi um dos fundadores do Partido Social Democrático Brasileiro (PSDB). No primeiro ano do mandato do presidente Itamar Franco, Fernando Henrique assumiu o Ministério das Relações Exteriores, em 1992, e no ano seguinte foi atribuída a ele a função de Ministro da Fazenda. Nesta pasta realizou uma reforma monetária na economia brasileira que vivia sucumbida pela inflação, o chamado Plano Real.
Em 1993 deixou o Ministério da Fazenda e lançou sua candidatura à presidência da República pelo PSDB, seu principal adversário foi Luiz Inácio Lula da Silva, que concorria à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Lula era o favorito à presidência. Fernando Henrique Cardoso ganhou as eleições e assumiu a pasta presidencial no ano de 1994. Seu principal objetivo durante o primeiro mandato foi o combate à inflação.
No primeiro mandato, mas precisamente no de 1997, FHC (como ficou conhecido) deu continuidade ao processo de reformas estruturais com a finalidade de evitar a volta da inflação, procurando deixar a economia estável. Durante este mandado o presidente pautou pela privatização de várias estatais brasileiras, como a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do setor de mineração e siderurgia), a Telebrás (empresa de telecomunicações) e o Banespa (banco pertencente ao governo do estado de São Paulo). A compra das empresas estatais ocorreu, sobretudo, por grupos estrangeiros, que faziam aquisição das ações ou compravam grande parte dessas, assim, tornavam-se sócios majoritários.
Ainda no ano de 1997, FHC conseguiu enviar e aprovar no Congresso Nacional a emenda da reeleição, tornando-se candidato outra vez à presidência da república e ainda tendo Lula como seu principal adversário. O Plano Real e o controle da inflação continuou sendo sua principal propaganda política, o que favoreceu a FHC mais uma vitória nas urnas, conseguindo a reeleição.
No ano de 1999, FHC assumiu o segundo mandato como presidente do Brasil, neste mandato não houve grandes investimentos nas reformas estruturais (privatizações). Ocorreram, sim, algumas reformas no setor da Educação, sendo aprovadas no ano de 1996 as Leis de Diretrizes e Bases para a Educação (LDB), e posteriormente foram criados os Parâmetros Curriculares para o Ensino Básico.
Ao final do seu segundo mandato (2002), somando oito (8) anos no poder, FHC conseguiu controlar a inflação brasileira, entretanto, durante o seu governo a distribuição de renda no Brasil continuou desigual, a renda dos 20% da população rica continuou cerca de 30 vezes maior que a dos 20% da população mais pobre. O Brasil ficou em excessiva dependência do Fundo Monetário Internacional (FMI). O governo FHC foi responsável pela efetiva inserção do Brasil na política Neoliberal.
FHC deixou a presidência no dia 1 de janeiro de 2003, e quem a assumiu foi Luiz Inácio Lula da Silva.
Leandro Carvalho
Mestre em História
http://www.brasilescola.com/
Fernando Henrique Cardoso (FHC), durante os dois mandatos como presidente da República, efetivou o Plano Real, privatizou várias estatais brasileiras e implantou a política neoliberal.
O governo presidencial de dois mandatos, 1º mandato (1994-1997) e 2º mandato (1998-2002), de Fernando Henrique Cardoso foi marcado pela efetiva implantação da política Neoliberal no Brasil.
Fernando Henrique Cardoso nasceu no estado do Rio de Janeiro no dia 18 de junho de 1931, com menos de dez (10) anos mudou-se para São Paulo, lá concluiu o curso de Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), realizou os estudos de pós-graduação na Universidade de Paris. Na década de 1960, após o Golpe Militar no Brasil, foi exilado no Chile e posteriormente na França, onde realizou seus estudos de pós-graduação, retornou para o Brasil como professor da USP no ano de 1968, com o decreto do Ato Institucional (AI-5) foi aposentado de suas atribuições docentes.
Após a aposentadoria foi convidado a lecionar em algumas universidades estrangeiras e fundou, juntamente com outros intelectuais brasileiros, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Esse Centro tinha como principal objetivo a análise da realidade socioeconômica da sociedade brasileira.
Sua vida política teve início no ano de 1978, quando foi eleito suplente do Senador paulista Franco Montoro, no ano de 1983 assumiu o senado quando Franco Montoro foi eleito governador do estado de São Paulo. Perdeu as eleições para a prefeitura de São Paulo para Jânio Quadros no ano de 1985, mas em 1986 foi eleito senador por São Paulo.
Fernando Henrique Cardoso foi um dos fundadores do Partido Social Democrático Brasileiro (PSDB). No primeiro ano do mandato do presidente Itamar Franco, Fernando Henrique assumiu o Ministério das Relações Exteriores, em 1992, e no ano seguinte foi atribuída a ele a função de Ministro da Fazenda. Nesta pasta realizou uma reforma monetária na economia brasileira que vivia sucumbida pela inflação, o chamado Plano Real.
Em 1993 deixou o Ministério da Fazenda e lançou sua candidatura à presidência da República pelo PSDB, seu principal adversário foi Luiz Inácio Lula da Silva, que concorria à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Lula era o favorito à presidência. Fernando Henrique Cardoso ganhou as eleições e assumiu a pasta presidencial no ano de 1994. Seu principal objetivo durante o primeiro mandato foi o combate à inflação.
No primeiro mandato, mas precisamente no de 1997, FHC (como ficou conhecido) deu continuidade ao processo de reformas estruturais com a finalidade de evitar a volta da inflação, procurando deixar a economia estável. Durante este mandado o presidente pautou pela privatização de várias estatais brasileiras, como a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do setor de mineração e siderurgia), a Telebrás (empresa de telecomunicações) e o Banespa (banco pertencente ao governo do estado de São Paulo). A compra das empresas estatais ocorreu, sobretudo, por grupos estrangeiros, que faziam aquisição das ações ou compravam grande parte dessas, assim, tornavam-se sócios majoritários.
Ainda no ano de 1997, FHC conseguiu enviar e aprovar no Congresso Nacional a emenda da reeleição, tornando-se candidato outra vez à presidência da república e ainda tendo Lula como seu principal adversário. O Plano Real e o controle da inflação continuou sendo sua principal propaganda política, o que favoreceu a FHC mais uma vitória nas urnas, conseguindo a reeleição.
No ano de 1999, FHC assumiu o segundo mandato como presidente do Brasil, neste mandato não houve grandes investimentos nas reformas estruturais (privatizações). Ocorreram, sim, algumas reformas no setor da Educação, sendo aprovadas no ano de 1996 as Leis de Diretrizes e Bases para a Educação (LDB), e posteriormente foram criados os Parâmetros Curriculares para o Ensino Básico.
Ao final do seu segundo mandato (2002), somando oito (8) anos no poder, FHC conseguiu controlar a inflação brasileira, entretanto, durante o seu governo a distribuição de renda no Brasil continuou desigual, a renda dos 20% da população rica continuou cerca de 30 vezes maior que a dos 20% da população mais pobre. O Brasil ficou em excessiva dependência do Fundo Monetário Internacional (FMI). O governo FHC foi responsável pela efetiva inserção do Brasil na política Neoliberal.
FHC deixou a presidência no dia 1 de janeiro de 2003, e quem a assumiu foi Luiz Inácio Lula da Silva.
Leandro Carvalho
Mestre em História
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Brasil tem déficit primário recorde para junho e, em 12 meses, maior rombo histórico
sexta-feira, 31 de julho de 2015
Sede do Banco Central, em Brasília. 15/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Marcela Ayres e Flavia Bohone
BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - O setor público brasileiro registrou déficit primário de 9,323 bilhões de reais em junho, pior marca histórica para o mês, acumulando em 12 meses rombo recorde equivalente a 0,80 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), números que ressaltam as dificuldades do governo em equilibrar as contas públicas.
Apesar do resultado ruim, economistas acreditam que o governo ainda consegue cumprir a nova meta de superávit primário para este ano, equivalente a 0,15 por cento do PIB.
"Com o que já foi divulgado até agora é possível atingir a meta deste ano", disse o economista-chefe do BESI Brasil, Jankiel Santos, para quem os cortes adicionais anunciados pelo governo ajudam nesta conta.
O resultado negativo do mês passado veio sobretudo do governo central (governo federal, Banco Central e Previdência), com saldo negativo de 8,566 bilhões de reais no mês, informou o BC nesta sexta-feira, em meio à fraca arrecadação por conta da cambaleante economia.
Empresas estatais tiveram contribuição negativa de 813 milhões de reais, enquanto governos regionais (Estados e municípios) conseguiram ligeiro superávit de 56 milhões de reais no mês.
O déficit primário de junho veio muito abaixo das projeções de analistas, cuja mediana apontava para saldo negativo de 2,0 bilhões de reais em pesquisa da Reuters.
"A despeito das medidas adotadas tanto no âmbito da recuperação de receitas como contenção de despesas desde o início do ano, há impacto significativo da atividade econômica sobre a arrecadação", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.
Na última semana, o governo reduziu a meta de economia para pagamento de juros da dívida deste ano a 8,747 bilhões de reais, equivalente a 0,15 por cento do PIB, contra 1,1 por cento do PIB previsto até então. Também anunciou corte adicional de gastos de 8,6 bilhões de reais. A equipe econômica também deixou em aberto a possibilidade de fechar o ano com déficit primário de mais de 17 bilhões de reais caso não consiga obter algumas receitas com as quais conta e que basicamente dependem da aprovação do Congresso Nacional, em meio à intensa batalha política entre o Executivo e o Legislativo.
"A meta (deste ano) ainda não está perdida", disse o diretor de pesquisa econômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, mas ressaltando que o governo terá de fazer esforços adicionais para buscar a meta de 2016, equivalente a 0,7 por cento do PIB.
O BC informou ainda que, no acumulado do primeiro semestre, o resultado primário ficou positivo em 16,224 bilhões de reais, também pior resultado para o período na série iniciada em dezembro de 2001. O número foi fundamentalmente impulsionado pelo desempenho de Estados e municípios, mas bem inferior ao patamar de 29,380 bilhões de reais de igual etapa de 2014.
A fraca economia, que deve encolher pouco menos de 2 por cento neste ano, tem abalado a arrecadação que, em junho, recuou quase 2,5 por cento. Nos primeiros seis meses do ano, esse recolhimento caiu 2,87 por cento.
DÍVIDA
Em junho, a dívida bruta alcançou 63,0 por cento do PIB, acima da projeção do BC de que ficaria em 62,4 por cento e mantendo trajetória de alta. A relação era de 58,9 por cento em dezembro de 2014.
Ao reduzir as metas fiscais, o governo também traçou uma trajetória para a dívida pública do país que não convenceu o mercado e especialistas de modo geral. Passou a prever que a relação dívida bruta/PIB --importante indicador monitorado pelas agências de classificação de risco-- fechará este ano a 64,7 por cento, indo a 66,4 por cento em 2016 e 66,3 por cento em 2017. Para 2018, a vê em 65,6 por cento.
Para julho, a estimativa do BC é que a dívida bruta ficará em 63,50 por cento do PIB. Para a dívida líquida, estima em 34,10 por cento do PIB.
Nesta semana, a agência de classificação de risco Standard & Poor's sinalizou que pode tirar o selo de bom pagador do Brasil, em meio ao cenário fiscal ruim e político conturbado, abalado pelas denúncias de corrupção dentro da operação Lava Jato.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Sede do Banco Central, em Brasília. 15/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Marcela Ayres e Flavia Bohone
BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - O setor público brasileiro registrou déficit primário de 9,323 bilhões de reais em junho, pior marca histórica para o mês, acumulando em 12 meses rombo recorde equivalente a 0,80 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), números que ressaltam as dificuldades do governo em equilibrar as contas públicas.
Apesar do resultado ruim, economistas acreditam que o governo ainda consegue cumprir a nova meta de superávit primário para este ano, equivalente a 0,15 por cento do PIB.
"Com o que já foi divulgado até agora é possível atingir a meta deste ano", disse o economista-chefe do BESI Brasil, Jankiel Santos, para quem os cortes adicionais anunciados pelo governo ajudam nesta conta.
O resultado negativo do mês passado veio sobretudo do governo central (governo federal, Banco Central e Previdência), com saldo negativo de 8,566 bilhões de reais no mês, informou o BC nesta sexta-feira, em meio à fraca arrecadação por conta da cambaleante economia.
Empresas estatais tiveram contribuição negativa de 813 milhões de reais, enquanto governos regionais (Estados e municípios) conseguiram ligeiro superávit de 56 milhões de reais no mês.
O déficit primário de junho veio muito abaixo das projeções de analistas, cuja mediana apontava para saldo negativo de 2,0 bilhões de reais em pesquisa da Reuters.
"A despeito das medidas adotadas tanto no âmbito da recuperação de receitas como contenção de despesas desde o início do ano, há impacto significativo da atividade econômica sobre a arrecadação", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.
Na última semana, o governo reduziu a meta de economia para pagamento de juros da dívida deste ano a 8,747 bilhões de reais, equivalente a 0,15 por cento do PIB, contra 1,1 por cento do PIB previsto até então. Também anunciou corte adicional de gastos de 8,6 bilhões de reais. A equipe econômica também deixou em aberto a possibilidade de fechar o ano com déficit primário de mais de 17 bilhões de reais caso não consiga obter algumas receitas com as quais conta e que basicamente dependem da aprovação do Congresso Nacional, em meio à intensa batalha política entre o Executivo e o Legislativo.
"A meta (deste ano) ainda não está perdida", disse o diretor de pesquisa econômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, mas ressaltando que o governo terá de fazer esforços adicionais para buscar a meta de 2016, equivalente a 0,7 por cento do PIB.
O BC informou ainda que, no acumulado do primeiro semestre, o resultado primário ficou positivo em 16,224 bilhões de reais, também pior resultado para o período na série iniciada em dezembro de 2001. O número foi fundamentalmente impulsionado pelo desempenho de Estados e municípios, mas bem inferior ao patamar de 29,380 bilhões de reais de igual etapa de 2014.
A fraca economia, que deve encolher pouco menos de 2 por cento neste ano, tem abalado a arrecadação que, em junho, recuou quase 2,5 por cento. Nos primeiros seis meses do ano, esse recolhimento caiu 2,87 por cento.
DÍVIDA
Em junho, a dívida bruta alcançou 63,0 por cento do PIB, acima da projeção do BC de que ficaria em 62,4 por cento e mantendo trajetória de alta. A relação era de 58,9 por cento em dezembro de 2014.
Ao reduzir as metas fiscais, o governo também traçou uma trajetória para a dívida pública do país que não convenceu o mercado e especialistas de modo geral. Passou a prever que a relação dívida bruta/PIB --importante indicador monitorado pelas agências de classificação de risco-- fechará este ano a 64,7 por cento, indo a 66,4 por cento em 2016 e 66,3 por cento em 2017. Para 2018, a vê em 65,6 por cento.
Para julho, a estimativa do BC é que a dívida bruta ficará em 63,50 por cento do PIB. Para a dívida líquida, estima em 34,10 por cento do PIB.
Nesta semana, a agência de classificação de risco Standard & Poor's sinalizou que pode tirar o selo de bom pagador do Brasil, em meio ao cenário fiscal ruim e político conturbado, abalado pelas denúncias de corrupção dentro da operação Lava Jato.
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quinta-feira, 30 de julho de 2015
Sônia Braga será protagonista do segundo filme de Kleber Mendonça Filho
Sônia Braga será protagonista do segundo filme de Kleber Mendonça Filho
Publicado por Mirella Martins
A atriz brasileira Sônia Braga – e estrela em Hollywood – disse “sim” ao convite do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho para ser a protagonista do seu segundo filme Aquarius, que começa a ser rodado no próximo mês, no Pina. Ele fez o maior sucesso com O Som ao Redor. O longa-metragem foi indicado para representar o Brasil na categoria Melhor Filme Estrangeiro, mas acabou ficando de fora do Oscar. O filme ficou na lista dos melhores do ano no News York Times e foi apresentado como exemplo de destaque do novo cinema brasileiro pela Variety e pelo El País.
Sônia Braga em nova produção americana
Sônia Braga virá gravar no Recife.
No Facebook, Kleber comentou sobre a participação da atriz: “Já está correndo a informação, Sônia Braga será a protagonista do meu próximo filme, Aquarius, que começamos a rodar em agosto, no Recife. Vai ser incrível. Eu estou muito feliz de poder trabalhar com Sonia em Aquarius. Sonia é não apenas uma grande atriz, mas um ícone da cultura brasileira através do teatro, da TV e do cinema, seu carisma é também reconhecido internacionalmente. Poder tê-la interpretando essa personagem Clara, mulher rochedo que está em praticamente todas as cenas, é uma honra, pura e simplesmente, e a sintonia de Sonia com Clara é linda. Sonia é uma estrela, no sentido clássico da imagem de cinema. Fuck Yeah”.
O cineasta ainda divulgou um depoimento da própria Sônia sobre o filme: “Quando li Aquarius, tive que parar para respirar. Sim, respirar e entender que era real. Que era um roteiro do Kleber Mendonça e que ele estava me oferecendo para participar. Pareceu de cara um sonho: uma personagem íntegra, da minha idade, com meus sonhos, com os meus sonhados filhos e família. Quis logo viver esta mulher. As palavras do roteiro pareciam que ja tinham andado na minha boca. Quando assisti a O Som ao Redor, entendi logo que tinha que parar, respirar, voar, para entrar no universo incrível e magnificamente estranho do Kleber. Me vi, me senti nele. Sei que a viagem em Aquarius será um mergulho num profundo mar azul, infinito e misterioso, mas simples. Um mergulho nos meus mais profundos sonhos e desejos. Mas, principal e finalmente, a volta e um mergulho na minha língua mãe, que me acolheu sempre tão carinhosamente. Kleber me escolheu e eu fico muito agradecida que um grande cineasta como ele me veja assim, dentro deste universo estranhamente desnivelado, mas com linhas paralelas, que só os artistas colocam no infinito”.
http://blogs.ne10.uol.com.br/
Dilma diz em reunião com governadores que estabilidade fiscal é responsabilidade de todos
Dilma diz em reunião com governadores que estabilidade fiscal é responsabilidade de todos
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia em Brasília. 28/07/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira durante reunião com governadores que a estabilidade fiscal do país é uma responsabilidade de todos e disse enxergar uma volta ao crescimento econômico em um prazo menor do que previsto por muitos.
Em discurso na abertura da reunião, pontuado em vários momentos por apelos pela necessidade de cooperação entre União e Estados, Dilma disse ainda que a busca de formas "mais institucionalizadas" de cooperação federativa permitirá que haja aceleração do período de travessia pelo qual passa o Brasil.
"Nós sabemos que a estabilidade fiscal do país é muito importante, que a estabilidade econômica do país é muito importante, e é responsabilidade de todos os Poderes da Federação", disse a presidente.
"A União tem que arcar com a responsabilidade de liderar esse processo e assumir todas as suas necessidades e condições
e, ao mesmo tempo, nós consideramos que, como algumas medidas afetam os Estados e portanto o país, os governadores também têm de ter clareza do que está em questão."
Em um momento em que o Executivo conta com baixa aprovação e dificuldades com sua base de apoio no Legislativo, sendo alvejado inclusive por líderes da base aliada, a presidente destacou a existência de algumas propostas legislativas "de grave impacto já votadas pelo Congresso", completando que "todas essas medidas terão impacto sobre os Estados sem sombra de dúvidas".
"A cooperação federativa é uma exigência constitucional, é exigência da forma como nós organizamos Estado e sociedade brasileira. Devemos respeitar a democracia, devemos somar forças e trabalhar para melhor atender a população", afirmou.
"Sei suportar pressão e até injustiça. Isso é algo que qualquer governante tem de se capacitar para e saber que faz parte da sua atuação. Eu também quero dizer que tenho o ouvido aberto e também o coração", completou, num aceno ao diálogo.
A presidente disse também que a conjuntura econômica era mais favorável durante a campanha eleitoral do ano passado do que atualmente, citando fatores como a queda no preço das commodities, desaceleração da China e queda do real ante o dólar, com impacto sobre a inflação. Como governantes que somos, não podemos nos dar ao luxo de não ver a realidade com olhos muito claros", afirmou, pontuando que, apesar disso, o país tem condições de voltar a crescer com ajuda de maiores exportações, concessões públicas e um novo ciclo de expansão sustentável do crédito que, de acordo com Dilma, virá com a redução da inflação já no ano que vem.
"O governo tem todas as condições de superar essas dificuldades, de enfrentar os desafios e, num prazo bem mais curto que alguns pensam, assistir à retomada do crescimento da economia", avaliou.
A respeito das iniciativas que podem ser tocadas em conjunto com os governadores, Dilma citou a reforma do ICMS, imposto sobre circulação de mercadorias e serviços.
"É reforma microeconômica que pode ter repercussão macroeconômica para o crescimento, para a geração de emprego, para a melhoria de arrecadação dos Estados", afirmou.
(Reportagem de Marcela Ayres)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia em Brasília. 28/07/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira durante reunião com governadores que a estabilidade fiscal do país é uma responsabilidade de todos e disse enxergar uma volta ao crescimento econômico em um prazo menor do que previsto por muitos.
Em discurso na abertura da reunião, pontuado em vários momentos por apelos pela necessidade de cooperação entre União e Estados, Dilma disse ainda que a busca de formas "mais institucionalizadas" de cooperação federativa permitirá que haja aceleração do período de travessia pelo qual passa o Brasil.
"Nós sabemos que a estabilidade fiscal do país é muito importante, que a estabilidade econômica do país é muito importante, e é responsabilidade de todos os Poderes da Federação", disse a presidente.
"A União tem que arcar com a responsabilidade de liderar esse processo e assumir todas as suas necessidades e condições
e, ao mesmo tempo, nós consideramos que, como algumas medidas afetam os Estados e portanto o país, os governadores também têm de ter clareza do que está em questão."
Em um momento em que o Executivo conta com baixa aprovação e dificuldades com sua base de apoio no Legislativo, sendo alvejado inclusive por líderes da base aliada, a presidente destacou a existência de algumas propostas legislativas "de grave impacto já votadas pelo Congresso", completando que "todas essas medidas terão impacto sobre os Estados sem sombra de dúvidas".
"A cooperação federativa é uma exigência constitucional, é exigência da forma como nós organizamos Estado e sociedade brasileira. Devemos respeitar a democracia, devemos somar forças e trabalhar para melhor atender a população", afirmou.
"Sei suportar pressão e até injustiça. Isso é algo que qualquer governante tem de se capacitar para e saber que faz parte da sua atuação. Eu também quero dizer que tenho o ouvido aberto e também o coração", completou, num aceno ao diálogo.
A presidente disse também que a conjuntura econômica era mais favorável durante a campanha eleitoral do ano passado do que atualmente, citando fatores como a queda no preço das commodities, desaceleração da China e queda do real ante o dólar, com impacto sobre a inflação. Como governantes que somos, não podemos nos dar ao luxo de não ver a realidade com olhos muito claros", afirmou, pontuando que, apesar disso, o país tem condições de voltar a crescer com ajuda de maiores exportações, concessões públicas e um novo ciclo de expansão sustentável do crédito que, de acordo com Dilma, virá com a redução da inflação já no ano que vem.
"O governo tem todas as condições de superar essas dificuldades, de enfrentar os desafios e, num prazo bem mais curto que alguns pensam, assistir à retomada do crescimento da economia", avaliou.
A respeito das iniciativas que podem ser tocadas em conjunto com os governadores, Dilma citou a reforma do ICMS, imposto sobre circulação de mercadorias e serviços.
"É reforma microeconômica que pode ter repercussão macroeconômica para o crescimento, para a geração de emprego, para a melhoria de arrecadação dos Estados", afirmou.
(Reportagem de Marcela Ayres)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Sid Vicious
Sid Vicious
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sid Vicious (nome artístico de John Simon Ritchie-Beverly, Londres, 10 de Maio de 1957 — Nova Iorque, 2 de Fevereiro de 1979) foi um músico inglês, conhecido por tratar-se de um ícone da cultura punk, tocar baixo na banda Sex Pistols.1
Sid Vicious, antes de entrar para a banda Sex Pistols, era baterista do Siouxsie & The Banshees. Também foi vocalista da banda The Flowers Of Romance.
Biografia
Infância
Sid Vicious nasceu em 10 de maio de 1957, em Londres. Batizado como John Simon Ritchie, era filho de um ex-guarda, John Ritchie, e de Anne Randall, uma hippie, o que o deixava mais solto. Alguns o consideravam meio problemático desde pequeno, tinha carência de atenção e fazia de tudo para que todos olhassem para ele. A família morava em Lee Green e seu pai abandonou Anne logo após seu nascimento.
Com 3 anos, John foi com a mãe para Ibiza (ilha espanhola) com a ajuda financeira do pai. Anne vendia drogas para sobreviver e, após perder o apoio financeiro do "ex", foi obrigada a voltar para a Inglaterra com John.
Após a volta de Ibiza, John e a mãe não se estabeleciam em uma residência fixa e a mãe acabou se casando com Christover Beverly, que morreu 6 meses depois, antes mesmo de adotar a criança. Em 1971 (ou 1974 - varia conforme a fonte) John mudou-se para Hackney (com ou sem a mãe, também varia de acordo com a fonte). Segundo o que se conta, o garoto foi estudar fotografia e arte e nessa época já tinha tido empregos temporários e já tinha vendido LSD em concertos para ajudar a mãe.
O encontro com Johnny Rotten
Em Hackney (bairro no nordeste de Londres), John conheceu John Joseph Lydon (que mais tarde se tornou Johnny Rotten), John Wardle e John Gray, formando "o bando de Johns". Nessa época, ele se tornou bem amigo de John Lydon e eles já eram considerados estranhos, ele já pintava os cabelos, influenciado por David Bowie.
Antes de ser Sid Vicious, John eram chamado de Sly e acabou trocando seu apelido após levar uma mordida do roedor de John Lyndon, Sydney, e chamá-lo de perverso (vicious significa perverso em inglês - daí surgiu o nome Sid Vicious).
Sid e John andavam sempre estranhos e Sid se inspirava muito em David Bowie. John não aguentava mais o fanatismo religioso da família e fugiu de casa, levando Sid com ele.
Abandonando a escola, Sid e o amigo passaram por diversos "squats" (prédios abandonados que são invadidos por jovens, e que passaram a ficar conhecidos por se tornarem centros culturais e de encontros promovidos por punks) e acabaram se estabelecendo no apartamento de Linda Ashby, uma prostituta lésbica amiga deles.
A formação dos Sex Pistols e a Sex
Sid Vicious, ex-integrante do Sex Pistols.
Nessa época, Sid vivia sem emprego fixo e as idéias anarquistas começavam a se formar. A vida era difícil e, em outro canto da cidade, Malcom McLaren teve a brilhante idéia de criar uma banda (os Sex Pistols) para divulgar sua loja, a Sex, onde vendia roupas roqueiras e acessórios considerados "estranhos" que atraiam jovens como Sid e John.
Um dia, Sid e John chamaram a atenção de McLaren na Sex pelo seu cabelo vermelho e estilo estranho. O Sex Pistols precisava de um vocalista e Malcon convenceu Lydon a tentar preencher o cargo.
Foi cantando com uma jukebox a música "I'm Eighteen", de Alice Cooper que Lydon se tornou oficialmente vocalista da banda punk e Sid, que acompanhava de perto se apaixonou de vez pelo estilo.
Sid substituiu David Bowie pelo punk, que cada vez mais crescia, e, no primeiro festival punk, o 100 Club, em Oxford Street, apareceu como baterista da banda Siouxsie & The Banshees. O festival contava com outras bandas, tais como: Subway Seet, The Clash e os próprios Sex Pistols. Mesmo nunca tendo tocado bateria, Sid impressionou com sua performance que durou pouco pois a banda foi criada apenas para o evento. Após a bateria, Sid se arriscou como vocalista da banda The Flowers of Romance, que também durou pouco.
Os Sex Pistols cresceram mas havia constantes brigas entre Johnny Rotten (Lydon já havia adquirido o novo nome nessa época) e o baixista Glen Matlock - que segundo o que dizem, era o único da banda que realmente sabia tocar.
A entrada nos Sex Pistols e o fim da banda
Sem Matlock, Malcom foi atrás de Vicious para assumir a vaga de baixista. Sid não sabia tocar mas compensava em seu estilo e aparência, o mais importante da banda. Em março de 1977, Sid entra para os Pistols e recusa a ajuda de Matlock para aprender a tocar baixo.
Como Sid não sabia tocar baixo, Jones(o guitarrista da banda) teve que ajuda-lo em todas as músicas do álbum da banda, com exceção de "Anarchy in the UK" que o Glen Matlock (baixista original da banda) gravou.
Mesmo que não tivesse nenhum senso sobre como tocar, Sid era uma imagem publicitária enorme para os Pistols e eles fecham um contrato com a A&M Records. Como a festa de comemoração do novo contrato acabou em muita baixaria (bem ao estilo deles), a A&M cancelou tudo e eles estavam novamente sem gravadora.
Com os problemas causados pelas letras polêmicas e infringência às regras impostas pela rainha da Inglaterra (eles foram proibidos de tocar em território inglês então fizeram um show em um barco, sob as águas da Inglaterra) eles foram parar na cadeia. Eles começaram a ser obrigados a tocar escondidos e a palavra "bollocks" no encarte de seu disco (Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols) fez com que ele fosse retirado das lojas.
Para a felicidade de McLaren, os Sex Pistols deixavam notícias por onde passavam. Porém, além de alguns problemas envolvendo Sid e Nancy, as brigas entre os integrantes fez com que a banda finalmente acabasse, em 1978, em São Francisco após a turnê americana.
Os outros integrantes dos Pistols nunca gostaram de Sid, viam ele como um idiota.
Musicalidade
Foram debatidas as habilidades de Vicious como baixista. Durante uma entrevista para a Guitar Hero III , quando o guitarrista Steve Jones foi perguntado por que ele, em vez de Vicious, gravou as partes de baixo de Never Mind the Bollocks , Jones respondeu: "Sid estava em um hospital com icterícia e não podia realmente tocar, não que ele pudesse tocar de alguma maneira ". A única música que ele tocou no estúdio foi "Bodies". Vicious pediu a Lemmy , baixista do Motörhead , para ensiná-lo a tocar baixo com as palavras: "Eu não posso tocar baixo", ao que Lemmy respondeu: "Eu sei." Em outra entrevista Lemmy declarou: "É. Foi tudo difícil. E ele ainda não conseguia tocar baixo quando morreu".
Vicious tocando com sua curta grupo de punk viveu Vicious Branco Crianças
De acordo com Paul Cook , nos poucos meses entre a adesão à banda e conhecer Spungen, Vicious era um trabalhador dedicado e tentou arduamente aprender a tocar, na verdade, este período era o favorito de Cook na banda. Viv Albertine foi mais longe no defesa de sua capacidade, dizendo que uma noite ela "foi para a cama, e Sid ficado com um álbum dos Ramones e um baixo, e quando me levantei de manhã, ele podia tocar. Ele tinha levado uma carga de velocidade e .. aprendeu sozinho Ele era tão rápido " Keith Levene , membro do The Flowers of Romance com Vicious e mais tarde um membro do The Clash e Public Image Ltd , também relata uma história semelhante: "Poderia Sid tocar baixo? Não sei, mas uma coisa que eu sabia era que Sid fez coisas rapidamente. Uma noite, ele tocou o primeiro álbum Ramones sem parar, toda a noite, em seguida, na manhã seguinte, Sid podia tocar baixo. Era isso, ele estava pronto! Eu lhe disse que Sid fez coisas rapidamente! " Até o momento do último show dos Sex Pistols no Winterland Ballroom, San Francisco, Vicious foi um baixista razoavelmente competente, como é evidente na filmagem do show.
Carreira Solo
Com Spungen agindo como seu "manager", Vicious embarcou em uma carreira solo, durante o qual ele se apresentou com músicos como Mick Jones do The Clash , Sex Pistols baixista Glen Matlock , Rat Sarna de The Damned eo New York Dolls ' Arthur Kane , Jerry Nolan e Johnny Thunders . Vicious realizou a maioria de suas performances no Max Kansas City e atraiu grandes multidões. Suas últimas apresentações como músico a solo ocorreu no Max de.
Sid e Nancy
O encontro
Em novembro de 1977, Sid conheceu Nancy Spungen, por quem se apaixonou. Nancy era uma drogada que tentava a vida como prostituta em Nova York e acabou com fama de groupie, por correr atrás de vários astros do rock. Ninguém gostava dela, então ela arriscou a sorte na Inglaterra e foi parar no apartamento da amiga Linda, o mesmo de Sid e Johnny, bem na epóca que Sid entrou nos Sex Pistols.
Nancy já era viciada em heroína, enquanto Sid ainda era virgem. Começaram a namorar, e Sid pediu a Nancy que lhe desse heroína, afirmando que já sabia usar. Passou o dia inteiro a vomitar.
Nancy dividia um colchão com Sid no apartamento.Ela relata que tirou sua virgindade e o encantou.
Sid se uniu a ela e aos seus amigos e se viciaram juntos em heroína (ele já tinha a filosofia de vida de viver intensamente e morrer jovem). Ele usava maconha e anfetaminas apenas para se divertir.
Os amigos de Sid tentaram ajudá-lo a sair da situação. Eles achavam que afastá-lo de Nancy seria a solução. Malcon, sem sucesso, tentou sequestrá-la, mas apenas conseguiu mantê-la fora da turnê americana. De qualquer forma, Sid bebia e falava de Nancy o tempo todo durante a turnê, o que comprova que era sua vontade estar com Nancy.
Após o termino da banda, Sid foi morar com Nancy em Nova York, no hotel Chelsea. Spungen tornou-se sua manager em 1978. Chegou um momento em que Sid estava convencido de que ele era a alma da banda e que poderia muito bem seguir em carreira solo. Até fez uma versão da música My Way (de Paul Anka), mas não foi muito longe. A carreira solo de Sid fracassou completamente e todo o dinheiro que conseguia era destinado ao vício em heroína.
A morte de Nancy
Vicious e a namorada brigavam muito e, em 12 ou 13 de outubro, varia conforme a fonte, ele encontrou a namorada morta no banheiro com uma facada no abdômen, no quarto nº100 onde moravam. Uma das histórias diz que Sid estava drogado e a matou. Outra versão envolve dinheiro desaparecido durante o assassinato e conta que Nancy foi assassinada por um traficante que vivia no apartamento. A terceira versão da história diz que Nancy, drogada, se matou. Ela não esperava nada da vida e eles tinham um pacto de suicídio.
Sid foi preso acusado de assassinar a mulher. Arrasado, tentou se matar várias vezes na cadeia e, enquanto esteve lá, Sid escreveu poesias e músicas para Nancy.
Juntando 30 mil dólares, a gravadora pagou a fiança e Sid foi libertado. Dizem que ele era um bom compositor e que as letras escritas na prisão nunca foram gravadas.
A recuperação de Sid e sua morte[editar | editar código-fonte]
Após ser liberado, Sid começa a namorar Michelle Robinson e, mesmo estando com ela, se envolve com a namorada do irmão de Patti Smith, Todd Smith. A história acaba em briga e Sid agride Todd com uma garrafa de cerveja em seu rosto. Sid retorna a cadeia e mais uma vez sob fiança, sai de lá após 55 dias com liberdade condicional.
Todos acreditavam na desintoxicação de Sid, mas após a festa em homenagem a sua libertação na casa de sua mãe ele se trancou no banheiro e injetou uma dose a mais de heroína. Depois foi achado morto, deitado de costas na cama do apartamento de Michelle Robinson, na manhã de 2 de fevereiro de 1979, aos 21 anos, de overdose de heroína. Acredita-se que Sid havia roubado a droga da própria mãe (que tem registro de prisão por posse de drogas). Uma das últimas pessoas que estiveram com ele naquela noite foi Jerry Only o baixista do Misfits.
Após a morte, sua mãe encontrou na sua jaqueta uma carta suicida que dizia:
We had a death pact, and I have to keep my half of the bargain. Please bury me next to my baby in my leather jacket, jeans and motorcycle boots. Goodbye.
(Nós tinhamos um pacto de morte, e eu tenho que manter minha parte no trato. Por favor, me enterre próximo a minha querida com minha jaqueta de couro, jeans e botas de motoqueiro. Adeus.)
— Sid Vicious
Pelo fato de Nancy ser judia e ter sido enterrada em cemitério israelita, Vicious não foi autorizado a ser enterrado junto a Nancy. Ele foi cremado e conta-se que sua mãe perdeu parte de suas cinzas no aeroporto de Heathrow e depositou o resto no túmulo de Nancy, contrariando as autoridades judaicas.
O seu romance com Nancy tornou-se a versão de Romeu e Julieta no mundo punk.
No documentário disponível no You Tube sob título "sid vicius-24 horas antes de morir. documental", Alan Parker, jornalista, amigo da mãe de Sid, afirma que foi ela, sua própria mãe, quem lhe deu a dose fatal de heroína. Ele acredita que seria um ato de piedade em razão de sua condição física e da possibilidade de vir novamente a ser preso.
Filmografia
Sex Pistols Number One (1976, ohj. Derek Jarman)
Jubilee (1978, ohj. Derek Jarman)
Will Your Son Turn into Sid Vicious? (1978)
The Great Rock‘n’Roll Swindle (1979, ohj. Julien Temple, VHS, Virgin Films)
The Punk Rock Movie (1979, ohj. Don Letts)
Dead On Arrival (1981, ohj. Lech Kowalski)
The Filth and the Fury (2000, ohj. Julien Temple, VHS/NTSC)
Sid & Nancy (O Amor Mata) . (1986 Metro Godewyn Mayer)
Amor a moda de Springfield, especial onde os personagens de Simpsons interpretam as mais famosas histórias de amor, uma delas é a de Sid e Nancy.
Bibliografia
Anne Beverley, The Sid Vicious Family álbum (1980, Virgin Books)
Gerald Cole, Sid And Nancy (1986, Methuen)
Alex Cox & Abbe, Sid And Nancy (1986, Faber and Faber)
Keith Bateson and Alan Parker, Sid’s Way (1991, Omnibus Press)
Tom Stockdale, Sid Vicious. They Died Too Young (1995, Parragon)
Malcolm Butt, Sid Vicious. Rock‘n’Roll Star (1997, Plexus)
David Dalton, El Sid (1998, St. Martin’s Griffin)
Sid Vicious, Too Fast To Live…Too Young to Die (1999, Retro Publishing)
Alan Parker, Vicious. Too Fast To Live… (2004, Creation Books)
Ver também[editar | editar código-fonte]
Punk
Sid and Nancy
Sex Pistols
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Fotolog Sid Vicious
A confissão de Vicious à polícia de Nova York e outros documentos
Biografia e fotos
Site com fotos da cena do crime
sid vicius-24 horas antes de morir. documental
Referências
Ir para cima ↑ Tony Hall, editor principal, vários outros colaboradores, They Died too Young (título original), Parragon Publishing (editora original), 1996, ISBN 0-7525-1975-1
Atletas vão competir no Rio em águas com vírus causadores de doenças, diz Associated Press
quinta-feira, 30 de julho de 2015
RIO DE JANEIRO (Reuters) - As águas da Baía de Guanabara, da Lagoa Rodrigo de Freitas e da praia de Copacabana, que receberão diferentes competições durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, estão contaminadas com vírus causadores de doenças, revelou um estudo publicado pela agência de notícias Associated Press nesta quinta-feira.
Testes virais encomendados pela AP a especialistas em qualidade de água do Brasil e do exterior revelaram alta presença de vírus que se replicam no trato intestinal ou respiratório das pessoas, conhecidos por causar doenças estomacais, respiratórias e outras, incluindo diarreia aguda e vômitos.
Segundo a agência, as concentrações dos vírus foram aproximadamente as mesmas que são encontradas no esgoto, mesmo na praia de Copacabana, onde serão realizadas as provas de natação do triatlo e de maratona aquática nos Jogos Olímpicos.
O local mais poluído é a Baía de Guanabara, palco das competição de vela, enquanto a Lagoa Rodrigo de Freitas, que receberá provas de remo e canoagem, também apresentou altos índices de contaminação.
Iatistas brasileiros e estrangeiros que velejam no Rio de Janeiro há muitos anos reclamam da poluição da Baía de Guanabara, cuja limpeza era uma promessa das autoridades da cidade quando se candidatou a receber os Jogos Olímpicos.
No entanto, o governo já reconheceu que não vai cumprir a meta de tratar 80 por cento do esgoto lançado no local e tem buscado medidas paliativas para enfrentar o problema, como a construção de barreiras no entorno da raia olímpica e a limpeza da superfície por meio de barcos.
O local receberá um evento-teste para os Jogos entre os dias 15 e 22 de agosto.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
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quarta-feira, 29 de julho de 2015
MPF apresenta nova denúncia contra ex-diretor da Petrobras e delator de Cunha na Lava Jato
MPF apresenta nova denúncia contra ex-diretor da Petrobras e delator de Cunha na Lava Jato
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque durante sessão de uma CPI na Câmara dos Deputados, em Brasília. 19/03/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público Federal (MPF) apresentou nesta quarta-feira nova denúncia no âmbito da operação Lava Jato contra o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque e o empresário Julio Camargo, que acusou em depoimento o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de pedir propina.
A nova denúncia, feita também contra outras três pessoas, trata de um suposto esquema de corrupção para favorecer a empresa italiana Saipem em contratos de obras com a Petrobras, segundo nota da Procuradoria da República no Paraná divulgada nesta quarta-feira.
De acordo com o MPF, houve pagamento de propina a Duque para que a Petrobras contratasse a empresa italiana para a obra de instalação do Gasoduto Submarino de Interligação dos campos de Lula e Cernambi.
Duque é acusado pelo Ministério Público neste caso do crime de corrupção passiva, enquanto que Julio Camargo é acusado de lavagem de dinheiro. Duque já é réu em outros processos relacionados à Lava Jato.
O advogado de Duque, Alexandre Lopes, classificou a denúncia do Ministério Público de "absolutamente improcedente".
"A base da acusação são delações que não se comprovam", disse Lopes. "Não há justa causa que permita a deflagração da ação penal", acrescentou.
Camargo, por sua vez, fez acordo de delação premiada em troca de redução de pena e, em depoimento ao juiz Sergio Moro, que analisa os processos da Lava Jato, disse que Cunha lhe pediu pessoalmente o pagamento de propina de 5 milhões de dólares envolvendo um contrato para uso de navios-sonda pela Petrobras. Cunha nega as irregularidades.
(Por Eduardo Simões; Reportagem adicional de Caroline Stauffer)
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quarta-feira, 29 de julho de 2015
Ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque durante sessão de uma CPI na Câmara dos Deputados, em Brasília. 19/03/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público Federal (MPF) apresentou nesta quarta-feira nova denúncia no âmbito da operação Lava Jato contra o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque e o empresário Julio Camargo, que acusou em depoimento o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de pedir propina.
A nova denúncia, feita também contra outras três pessoas, trata de um suposto esquema de corrupção para favorecer a empresa italiana Saipem em contratos de obras com a Petrobras, segundo nota da Procuradoria da República no Paraná divulgada nesta quarta-feira.
De acordo com o MPF, houve pagamento de propina a Duque para que a Petrobras contratasse a empresa italiana para a obra de instalação do Gasoduto Submarino de Interligação dos campos de Lula e Cernambi.
Duque é acusado pelo Ministério Público neste caso do crime de corrupção passiva, enquanto que Julio Camargo é acusado de lavagem de dinheiro. Duque já é réu em outros processos relacionados à Lava Jato.
O advogado de Duque, Alexandre Lopes, classificou a denúncia do Ministério Público de "absolutamente improcedente".
"A base da acusação são delações que não se comprovam", disse Lopes. "Não há justa causa que permita a deflagração da ação penal", acrescentou.
Camargo, por sua vez, fez acordo de delação premiada em troca de redução de pena e, em depoimento ao juiz Sergio Moro, que analisa os processos da Lava Jato, disse que Cunha lhe pediu pessoalmente o pagamento de propina de 5 milhões de dólares envolvendo um contrato para uso de navios-sonda pela Petrobras. Cunha nega as irregularidades.
(Por Eduardo Simões; Reportagem adicional de Caroline Stauffer)
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Brasil corre risco de perder grau de investimento, alerta S&P
terça-feira, 28 de julho de 2015
Edifício da agência Standard & Poor's em Nova York, nos Estados Unidos. 05/02/2013
REUTERS/Brendan McDermid
Por Walter Brandimarte
SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação risco Standard & Poor's alertou nesta terça-feira que o Brasil pode perder o grau de investimento devido a riscos políticos e econômicos, em mais um revés para os esforços do governo da presidente Dilma Rousseff de reconquistar a confiança de investidores.
A S&P manteve a classificação de crédito do Brasil de longo prazo em moeda estrangeira em "BBB-", o nível mais baixo do grau de investimento, mas piorou de "estável" para "negativa" a perspectiva da nota, sinalizando que um rebaixamento é possível em 12 a 18 meses.
Segundo a S&P, as investigações de corrupção em curso, que envolvem empresas e políticos no âmbito da operação Lava Jato, têm um peso cada vez maior nas perspectivas fiscais e econômicas. Na visão da agência, aumentou a chance de "novo deslize" na execução do plano de ajuste fiscal liderado pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento).
Embora algumas autoridades do governo já temessem possível piora de rating ou de sua perspectiva por agências de risco, poucos viam uma revisão pela S&P tão cedo. "Isso pegou o time de surpresa", disse uma fonte do Ministério da Fazenda, falando sob condição de anonimato.
Por outro lado, alguns viram na notícia uma oportunidade de maior munição para o Palácio do Planalto nas negociações com o Congresso para aprovação de medidas importantes para o ajuste fiscal. "O governo pode usar isso para pressionar o Congresso a acelerar a aprovação de medidas de austeridade e de projetos que aumentem a receita", disse um importante parlamentar da base aliada.
No mercado financeiro, o dólar acelerou a valorização contra o real, os juros futuros ampliaram a alta e a Bovespa perdeu força após a mudança da perspectiva do rating brasileiro pela S&P. O movimento, porém, teve curta duração.
"Não há nada de surpresa, já era esperado um movimento desse sem tirar o grau de investimento. O ajuste das perspectivas de agências já estava na conta", afirmou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves.
Para o economista-chefe do banco J.Safra, Carlos Kawall, as agências Moody’s e Fitch --que atribuem rating ao Brasil no segundo degrau da escala de grau de investimento-- devem cortar a nota do país e colocá-la em perspectiva negativa em breve "Todas chegarão no mesmo nível que a S&P está. Temos seis meses. Se não houver sinalização clara para reverter essa deterioração, podemos ver no início do ano que vem a perda do grau de investimento", afirmou Kawall.
Em teleconferência, a analista da S&P Lisa Schineller disse que "embora estejamos assumindo uma situação fiscal mais fraca, também estamos assumindo que ela melhorará e que o Brasil evitará um rebaixamento do rating". Ela citou o exemplo da Índia, que teve a perspectiva para seu rating "BBB-" colocada em "negativa" e foi capaz de evitar um rebaixamento.
FRAQUEZA ECONÔMICA E FISCAL
Há menos de uma semana, o governo reduziu drasticamente suas metas de superávit primário --a economia feita para o pagamento de juros da dívida--, diante de arrecadação bastante aquém do previsto devido à fraqueza da atividade.
"Uma falha no avanço dos ajustes nas políticas fiscais dentro e fora do orçamento poderia resultar em uma erosão maior do que o esperado no perfil financeiro do Brasil e em mais um impacto na confiança e nas perspectivas de crescimento, o que poderia levar ao rebaixamento", disse a S&P.
Ao reduzir as metas fiscais, o governo também traçou uma trajetória pra a dívida pública do país que não convenceu o mercado e especialistas de modo geral. Passou a prever que a relação dívida bruta/PIB --importante indicador monitorado pelas agências de classificação de risco-- fechará este ano a 64,7 por cento, indo a 66,4 por cento em 2016 e 66,3 por cento em 2017. Para 2018, a vê em 65,6 por cento.
O Brasil caminha para ter em 2015 seu pior desempenho econômico em 25 anos, com retração de 1,76 por cento, segundo o mais recente boletim Focus, do Banco Central. A inflação deve superar os 9 por cento, ao menos o dobro da meta do governo de 4,5 por cento, mesmo com o juro básico no maior patamar em vários anos.
Pela manhã, antes de a S&P comunicar sua decisão, Levy participou de evento onde defendeu seu cenário sobre a dívida pública no país, reforçando a necessidade de priorizar as despesas e o diálogo com o Congresso. Na véspera, Levy havia marcado uma entrevista coletiva para esta tarde, após outro evento, mas em cima da hora cancelou sem explicações. Uma fonte do governo afirmou à Reuters que Levy teria dito à sua equipe que a ação da S&P é alerta e poderia aumentar o senso de urgência do Congresso para aprovar as medidas.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo está trabalhando para melhorar as condições da economia e que isso deve gerar efeitos.
"Estamos trabalhando para melhorar a situação econômica em todos os seus aspectos, controle da inflação, reequilíbrio fiscal e principalmente recuperar o crescimento. Estamos confiantes que isso vai gerar efeitos no futuro próximo e manteremos a avaliação de risco em situação favorável", comentou o ministro após ser questionado sobre a piora na perspectiva do rating do Brasil pela S&P.
A S&P informou ainda que os ratings poderiam "se estabilizar se o atual elevado nível de incerteza política diminuísse e as condições para uma execução de políticas consistente --nas várias instâncias do governo para estancar a deterioração fiscal-- melhorassem".
"É nossa opinião que tais melhoras dariam suporte a uma virada mais rápida e poderiam ajudar o Brasil a sair de sua atual recessão, facilitando um resultado fiscal melhor e oferecendo um espaço de manobra maior diante de choques econômicos, consistente com um rating nas faixas mais baixas do grau de investimento", acrescentou a S&P.
(Reportagem adicional de Flavia Bohone e Bruno Federowski)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Edifício da agência Standard & Poor's em Nova York, nos Estados Unidos. 05/02/2013
REUTERS/Brendan McDermid
Por Walter Brandimarte
SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação risco Standard & Poor's alertou nesta terça-feira que o Brasil pode perder o grau de investimento devido a riscos políticos e econômicos, em mais um revés para os esforços do governo da presidente Dilma Rousseff de reconquistar a confiança de investidores.
A S&P manteve a classificação de crédito do Brasil de longo prazo em moeda estrangeira em "BBB-", o nível mais baixo do grau de investimento, mas piorou de "estável" para "negativa" a perspectiva da nota, sinalizando que um rebaixamento é possível em 12 a 18 meses.
Segundo a S&P, as investigações de corrupção em curso, que envolvem empresas e políticos no âmbito da operação Lava Jato, têm um peso cada vez maior nas perspectivas fiscais e econômicas. Na visão da agência, aumentou a chance de "novo deslize" na execução do plano de ajuste fiscal liderado pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento).
Embora algumas autoridades do governo já temessem possível piora de rating ou de sua perspectiva por agências de risco, poucos viam uma revisão pela S&P tão cedo. "Isso pegou o time de surpresa", disse uma fonte do Ministério da Fazenda, falando sob condição de anonimato.
Por outro lado, alguns viram na notícia uma oportunidade de maior munição para o Palácio do Planalto nas negociações com o Congresso para aprovação de medidas importantes para o ajuste fiscal. "O governo pode usar isso para pressionar o Congresso a acelerar a aprovação de medidas de austeridade e de projetos que aumentem a receita", disse um importante parlamentar da base aliada.
No mercado financeiro, o dólar acelerou a valorização contra o real, os juros futuros ampliaram a alta e a Bovespa perdeu força após a mudança da perspectiva do rating brasileiro pela S&P. O movimento, porém, teve curta duração.
"Não há nada de surpresa, já era esperado um movimento desse sem tirar o grau de investimento. O ajuste das perspectivas de agências já estava na conta", afirmou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves.
Para o economista-chefe do banco J.Safra, Carlos Kawall, as agências Moody’s e Fitch --que atribuem rating ao Brasil no segundo degrau da escala de grau de investimento-- devem cortar a nota do país e colocá-la em perspectiva negativa em breve "Todas chegarão no mesmo nível que a S&P está. Temos seis meses. Se não houver sinalização clara para reverter essa deterioração, podemos ver no início do ano que vem a perda do grau de investimento", afirmou Kawall.
Em teleconferência, a analista da S&P Lisa Schineller disse que "embora estejamos assumindo uma situação fiscal mais fraca, também estamos assumindo que ela melhorará e que o Brasil evitará um rebaixamento do rating". Ela citou o exemplo da Índia, que teve a perspectiva para seu rating "BBB-" colocada em "negativa" e foi capaz de evitar um rebaixamento.
FRAQUEZA ECONÔMICA E FISCAL
Há menos de uma semana, o governo reduziu drasticamente suas metas de superávit primário --a economia feita para o pagamento de juros da dívida--, diante de arrecadação bastante aquém do previsto devido à fraqueza da atividade.
"Uma falha no avanço dos ajustes nas políticas fiscais dentro e fora do orçamento poderia resultar em uma erosão maior do que o esperado no perfil financeiro do Brasil e em mais um impacto na confiança e nas perspectivas de crescimento, o que poderia levar ao rebaixamento", disse a S&P.
Ao reduzir as metas fiscais, o governo também traçou uma trajetória pra a dívida pública do país que não convenceu o mercado e especialistas de modo geral. Passou a prever que a relação dívida bruta/PIB --importante indicador monitorado pelas agências de classificação de risco-- fechará este ano a 64,7 por cento, indo a 66,4 por cento em 2016 e 66,3 por cento em 2017. Para 2018, a vê em 65,6 por cento.
O Brasil caminha para ter em 2015 seu pior desempenho econômico em 25 anos, com retração de 1,76 por cento, segundo o mais recente boletim Focus, do Banco Central. A inflação deve superar os 9 por cento, ao menos o dobro da meta do governo de 4,5 por cento, mesmo com o juro básico no maior patamar em vários anos.
Pela manhã, antes de a S&P comunicar sua decisão, Levy participou de evento onde defendeu seu cenário sobre a dívida pública no país, reforçando a necessidade de priorizar as despesas e o diálogo com o Congresso. Na véspera, Levy havia marcado uma entrevista coletiva para esta tarde, após outro evento, mas em cima da hora cancelou sem explicações. Uma fonte do governo afirmou à Reuters que Levy teria dito à sua equipe que a ação da S&P é alerta e poderia aumentar o senso de urgência do Congresso para aprovar as medidas.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo está trabalhando para melhorar as condições da economia e que isso deve gerar efeitos.
"Estamos trabalhando para melhorar a situação econômica em todos os seus aspectos, controle da inflação, reequilíbrio fiscal e principalmente recuperar o crescimento. Estamos confiantes que isso vai gerar efeitos no futuro próximo e manteremos a avaliação de risco em situação favorável", comentou o ministro após ser questionado sobre a piora na perspectiva do rating do Brasil pela S&P.
A S&P informou ainda que os ratings poderiam "se estabilizar se o atual elevado nível de incerteza política diminuísse e as condições para uma execução de políticas consistente --nas várias instâncias do governo para estancar a deterioração fiscal-- melhorassem".
"É nossa opinião que tais melhoras dariam suporte a uma virada mais rápida e poderiam ajudar o Brasil a sair de sua atual recessão, facilitando um resultado fiscal melhor e oferecendo um espaço de manobra maior diante de choques econômicos, consistente com um rating nas faixas mais baixas do grau de investimento", acrescentou a S&P.
(Reportagem adicional de Flavia Bohone e Bruno Federowski)
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