Cena de "O Cangaceiro", do cineasta Lima Barreto, produzido pelos estúdios Vera Cruz
Do UOL, em São Paulo 02/07/2015
Os antigos estúdios de cinema Vera Cruz, que funcionaram em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, entre 1949 e 1954 e chegaram a ser um dos maiores polos cinematográficos do mundo, serão enfim revitalizados.
O novo projeto para o espaço, que conta com uma área de mais de 45 mil metros quadrados no bairro Jardim do Mar, será apresentado no dia 5 de agosto. A ideia é transformar o local em um novo complexo de produção audiovisual.
A revitalização prevê a ampliação do número de estúdios de dois para sete, além da instalação de um Centro Cultural, com teatro de 850 lugares, e um Centro de Audiovisual.
O novo Vera Cruz também abrigará sala de cinema, incubadora de empresas ligadas à área, um restaurante e todo o antigo acervo da companhia cinematográfica.
O empreendimento será gerido por 30 anos pela empresa Telem, que venceu o processo de licitação promovido pela Prefeitura de São Bernardo. O contrato foi assinado em junho.
Criados em 1949 pelo produtor italiano Franco Zampari e o industrial brasileiro Francisco Matarazzo Sobrinho, para ser uma espécie de "Hollywood brasileira", os estúdios chegaram a ser um dos maiores do mundo até fechar as portas em 1954, após uma grande crise financeira.
De lá saíram títulos importantes para o cinema nacional, como o longa "O Cangaceiro" (1954) e o curta "Painel" (1950), ambos do cineasta Victor Lima Barreto Barreto e premiados no Festival de Cannes. Ao todo a Companhia Cinematográfica Vera Cruz produziu e coproduziu mais de 40 longas.
http://cinema.uol.com.br/
Konstantinos - Uranus
sexta-feira, 3 de julho de 2015
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Parte dos trabalhadores só vai receber abono salarial deste ano em 2016
Parte dos trabalhadores só vai receber abono salarial deste ano em 2016
Do UOL, em São Paulo 02/07/2015
Parte do pagamento do abono salarial deste ano será pago em 2016. A medida tinha sido proposta pelo governo, como parte do ajuste fiscal, e foi aprovada nesta quinta-feira (2) pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador). O Codefat é composto por representantes dos trabalhadores, empregadores e governo.
Com isso, cerca de R$ 9 bilhões que seriam pagos neste ano ficarão para 2016.
O abono salarial é o benefício pago pelo governo a quem recebeu até dois salários mínimos por mês no ano anterior. O abono pode chegar a até um salário mínimo e o pagamento é feito de acordo com a data de nascimento dos beneficiados.
Nove parcelas, de julho de 2015 a junho de 2016
Com a mudança aprovada, os pagamentos do abono serão feitos em nove parcelas, entre julho deste ano e junho de 2016. No ano passado, o pagamento para todos os trabalhadores foi feito em quatro datas, entre julho e outubro.
Agora, segundo o Ministério do Trabalho, os nascidos no segundo semestre (julho a dezembro) recebem ainda neste ano. Já os nascidos no primeiro semestre (janeiro a junho) recebem só no primeiro trimestre de 2016.
Quem receber no ano que vem vai receber o valor ajustado, já de acordo com o salário mínimo válido para 2016.
Quem tem direito pode receber o valor do abono na folha de pagamento, nas agências ou caixas eletrônicos da Caixa Econômica, ou por crédito em conta (caso ela seja da Caixa).
Calendário de pagamento do abono salarial
Nascidos em julho
Recebem de 22/7/15 a 30/6/2016
Nascidos em agosto
Recebem de 20/8/15 a 30/6/2016
Nascidos em setembro
Recebem de 17/9/15 a 30/6/2016
Nascidos em outubro
Recebem de 15/10/15 a 30/6/2016
Nascidos em novembro
Recebem de 19/11/15 a 30/6/2016
Nascidos em dezembro
Recebem de 17/12/15 a 30/6/2016
Nascidos em janeiro e fevereiro
Recebem de 14/1/16 a 30/6/2016
Nascidos em março e abril
Recebem de 16/2/16 a 30/6/2016
Nascidos em maio e junho
Recebem de 17/3/16 a 30/6/2016
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
Governo alterou regras para o benefício
O abono salarial foi um dos benefícios que o governo mudou neste ano, como parte do ajuste fiscal para diminuir os gastos.
A principal mudança é que o valor, que antes era fixo em um salário mínimo, passou a ser proporcional ao tempo que o beneficiado trabalhou no ano anterior.
Orçamento de 2016 foi aprovado
Como o orçamento de 2015 já previa o novo cronograma, não haverá alteração no valor previsto na lei orçamentária para o abono, que é de R$ 10,125 bilhões. O orçamento de 2016, aprovado mais cedo, também já previa a mudança no calendário.
Segundo o Ministério, a previsão para 2016 é que sejam desembolsados R$ 17,1 bilhões com pagamento do abono para 23,4 milhões de trabalhadores, o que representa uma redução de 69,08% em comparação com o ano anterior.
Os recursos são do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que também é responsável pelo pagamento do seguro-desemprego. O orçamento do FAT para 2016 terá R$ 76,4 bilhões.
A previsão é que sejam desembolsados R$ 34,8 bilhões com o seguro-desemprego aos 7,9 milhões de trabalhadores com direito ao benefício, valor 5,38% menor do que o orçamento do ano anterior.
Com isso, segundo o Ministério do Trabalho, os gastos com o pagamento dos benefícios podem chegar a R$ 52 bilhões no próximo ano.
(Com Estadão Conteúdo)
Do UOL, em São Paulo 02/07/2015
Parte do pagamento do abono salarial deste ano será pago em 2016. A medida tinha sido proposta pelo governo, como parte do ajuste fiscal, e foi aprovada nesta quinta-feira (2) pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador). O Codefat é composto por representantes dos trabalhadores, empregadores e governo.
Com isso, cerca de R$ 9 bilhões que seriam pagos neste ano ficarão para 2016.
O abono salarial é o benefício pago pelo governo a quem recebeu até dois salários mínimos por mês no ano anterior. O abono pode chegar a até um salário mínimo e o pagamento é feito de acordo com a data de nascimento dos beneficiados.
Nove parcelas, de julho de 2015 a junho de 2016
Com a mudança aprovada, os pagamentos do abono serão feitos em nove parcelas, entre julho deste ano e junho de 2016. No ano passado, o pagamento para todos os trabalhadores foi feito em quatro datas, entre julho e outubro.
Agora, segundo o Ministério do Trabalho, os nascidos no segundo semestre (julho a dezembro) recebem ainda neste ano. Já os nascidos no primeiro semestre (janeiro a junho) recebem só no primeiro trimestre de 2016.
Quem receber no ano que vem vai receber o valor ajustado, já de acordo com o salário mínimo válido para 2016.
Quem tem direito pode receber o valor do abono na folha de pagamento, nas agências ou caixas eletrônicos da Caixa Econômica, ou por crédito em conta (caso ela seja da Caixa).
Calendário de pagamento do abono salarial
Nascidos em julho
Recebem de 22/7/15 a 30/6/2016
Nascidos em agosto
Recebem de 20/8/15 a 30/6/2016
Nascidos em setembro
Recebem de 17/9/15 a 30/6/2016
Nascidos em outubro
Recebem de 15/10/15 a 30/6/2016
Nascidos em novembro
Recebem de 19/11/15 a 30/6/2016
Nascidos em dezembro
Recebem de 17/12/15 a 30/6/2016
Nascidos em janeiro e fevereiro
Recebem de 14/1/16 a 30/6/2016
Nascidos em março e abril
Recebem de 16/2/16 a 30/6/2016
Nascidos em maio e junho
Recebem de 17/3/16 a 30/6/2016
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
Governo alterou regras para o benefício
O abono salarial foi um dos benefícios que o governo mudou neste ano, como parte do ajuste fiscal para diminuir os gastos.
A principal mudança é que o valor, que antes era fixo em um salário mínimo, passou a ser proporcional ao tempo que o beneficiado trabalhou no ano anterior.
Orçamento de 2016 foi aprovado
Como o orçamento de 2015 já previa o novo cronograma, não haverá alteração no valor previsto na lei orçamentária para o abono, que é de R$ 10,125 bilhões. O orçamento de 2016, aprovado mais cedo, também já previa a mudança no calendário.
Segundo o Ministério, a previsão para 2016 é que sejam desembolsados R$ 17,1 bilhões com pagamento do abono para 23,4 milhões de trabalhadores, o que representa uma redução de 69,08% em comparação com o ano anterior.
Os recursos são do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que também é responsável pelo pagamento do seguro-desemprego. O orçamento do FAT para 2016 terá R$ 76,4 bilhões.
A previsão é que sejam desembolsados R$ 34,8 bilhões com o seguro-desemprego aos 7,9 milhões de trabalhadores com direito ao benefício, valor 5,38% menor do que o orçamento do ano anterior.
Com isso, segundo o Ministério do Trabalho, os gastos com o pagamento dos benefícios podem chegar a R$ 52 bilhões no próximo ano.
(Com Estadão Conteúdo)
Como fica o euro após eventual saída da Grécia? Conheça quatro visões
Economistas esperam que Banco Central Europeu tome medidas para evitar especulação financeira
Após deixar de pagar uma parcela de 1,6 bilhão de euros de um empréstimo concedido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o futuro da Grécia na zona do euro depende do referendo previsto para domingo.
A perspectiva de sair da União Europeia preocupa não apenas a Grécia como outros países do bloco.
Os gregos poderiam encarar experiências semelhantes vividas por Argentina e Islândia, que também enfrentaram um calote e uma acentuada desvalorização monetária.
Mas o destino da zona do euro é mais complexo e incerto.
Como a Grécia representa menos de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco, sua saída não teria um impacto imediato.
A maioria dos economistas espera que o Banco Central Europeu (BCE) tome medidas para evitar que a especulação financeira abale as economias mais fragilizadas da zona do euro. Mas e depois disso?
Alguns acreditam que a crise fará com que os 19 países que usam o euro se unam ainda mais. Outros dizem o oposto: os mercados derrubarão os países mais frágeis um a um e no final sobrará um bloco reduzido de peso bem menor.
Reunimos as opiniões de quatro economistas e analistas sobre como seria o futuro do euro sem a Grécia.
Anders Borg, presidente da Iniciativa de Sistema Financeiro Global do Fórum Econômico Mundial e ex-ministro da Fazenda da Suécia
Borg acredita que o impacto na zona do euro será limitado. "A saída da Grécia teria um impacto negativo na economia do euro, mas não muito grande, talvez reduzindo seu crescimento entre 0,2% a 0,4%, mas nada perto do efeito que vimos em 2008 e 2010."
"Se você olha como os mercados de ações foram afetados, não foi tão ruim assim. A exposição individual de bancos tem sido limitada e, apesar de muitas instituições públicas estarem ligadas à dívida grega, não há quaisquer problemas de liquidez ou solvência.
"É importante vermos políticas apropriadas sendo postas em prática pelo BCE. Ele precisa fazer o que está fazendo agora - intervenções mensais no mercado, claramente sinalizando que fará o que for necessário para manter o euro, o que inclui até mesmo aumentar no curto prazo a quantidade de dinheiro que está injetando na economia."
Stefanos Manos, ex-ministro da Fazenda da Grécia
"Não acho que terá consequências graves para o euro, e acredito que as instituições europeias se protegeram de tudo que poderia prejudicá-las por uma eventual saída da Grécia. O euro pode estar um pouco frágil, mas isso não o afetaria tão negativamente assim.
"Mas pode assustar as pessoas na Europa e levá-las a se esforçarem mais para criar uma união mais forte. Além da unificação bancária, é preciso uma unificação fiscal. A saída da Grécia poderia ser um bom motivo para acelerar o processo.
Manos afirma que o futuro da Grécia fora da zona do euro não encorajaria outros a seguir os gregos - na verdade, geraria o efeito contrário. "Seríamos um exemplo do que evitar."
Economistas se dividem quanto à força do sistema bancário europeu diante de eventual saída grega
John Ryan, professor da London School of Economics
Ryan diz que haverá danos ao euro no curto prazo, mas que eles serão controláveis. Mas ele acredita que, depois, podem surgir problemas mais sérios.
"Os efeitos poderiam ser graduais em vez de imediatos. O BCE pode conter o 'sangramento' inicial, apoiando os mercados. Mas depois a resiliência das economias periféricas será testada."
Ele não tem muita fé de que o sistema bancário europeu suportará o impacto da saída da Grécia. "Foram feitos testes de estresse, mas alguns bancos não participaram ou foram reprovados. Não estou convencido de que eles sejam tão fortes quanto deveriam.
Ryan também duvida de uma possível unificação maior dos países-membros. "A verdade é que, no fim das contas, eles estão se dando conta que não há uma disposição de fazer o que é necessário para criar uma verdadeira união monetária, com uma união fiscal e de transferências financeiras - para transferir dinheiro dos países ricos para os pobres - algo que não tem qualquer apoio na Alemanha."
Vicky Pryce, ex-diretora do Serviço Econômico do governo do Reino Unido
Vicky Pryce diz que sempre foi cética quanto à habilidade da zona do euro de funcionar como uma união monetária sem uma união política. Quando o euro foi lançado, ela tinha colocado em 50% as chances de dar certo, e diz que as chances hoje são as mesmas.
"A saída da Grécia não mudaria nada. Uma união monetária sempre seria difícil de concretizar, e sempre imaginei que um país que não encaixasse acabaria deixando o bloco. E a perspectiva de instabilidade provavelmente empurrará o euro rumo a uma integração maior depois dessas turbulências.
"O euro ainda enfrentará o problema de ter taxas de juros determinadas na Alemanha e que são boas para suas grandes economias centrais, mas não para os países na periferia."
Ela acredita que o ECB inundará imediatamente o mercado com liquidez e garantirá que o sistema bancário europeu está seguro. Isso adiaria qualquer pretensão de aumentar as taxas de juros.
Mas ela diz que estas medidas custarão caro. "Há estimativas terríveis sendo divulgadas por instituições alemãs sobre os custos do calote grego em sua dívida. A saída da Grécia gera um incerteza para o país e para o restante da Europa, e isso pode impactar seu crescimento."
Mas como um cenário como esse poderia repercutir nas economias do resto do mundo ─ e do Brasil em particular?
Poderíamos ter um "efeito dominó" em que seriam atingidas, em um primeiro momento, a Europa e os países europeus mais vulneráveis e, logo, outras economias que se esforçam para retomar o crescimento?
Há certo consenso entre especialistas ouvidos pela BBC Brasil de que, no caso de um calote grego, o risco de contágio para outros países da região seria menor do que há alguns anos.
"Primeiro porque os bancos europeus já reduziram bastante sua exposição à Grécia. Depois, porque outras economias consideradas vulneráveis do bloco, como Espanha, Portugal e Irlanda, estão caminhando na direção de colocar suas contas em dia e retomar o crescimento", diz o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria.
Para ele, "um calote grego poderia até ter algum um impacto no ritmo de recuperação da Europa, mas não iria reverter esse processo."
O diplomata e ex-ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, compara as reverberações de um possível calote grego com o da moratória argentina de 2001.
Em um primeiro momento houve grande turbulência nos mercados da região. Com o tempo, porém, esse efeito se dissipou. "No fim, foi um desastre principalmente para a Argentina, que nunca mais voltou aos mercados financeiros internacionais", diz ele.
Tanto Wilber Colmerauer, diretor do Emerging Markets Funding, em Londres, João Augusto Neves, analista da Eurasia Group, e Campos Neto, da Tendências, concordam que uma moratória de Atenas poderia ter um impacto em mercados emergentes como o Brasil ao aumentar a aversão ao risco entre investidores.
"No imediato, poderíamos ter uma pressão maior sobre o câmbio, com uma desvalorização do real, por exemplo", diz Campos Neto.
"Mas esse efeito sobre os emergentes seria de curto prazo", completa Colmerauer.
Para o diretor do EM Funding, o Brasil, "por estar em uma situação econômica complicada está na linha de frente dos países que podem sofrer com qualquer marola na economia internacional".
"Mas em função da Grécia não ter nada a ganhar com uma ruptura, não acho que essa deva ser uma preocupação para o país", diz ele.
Saída da Grécia do euro é 'pouco provável', dizem analistas
A percepção de economistas e especialistas consultados pela BBC parece ser a de que uma eventual saída da Grécia da zona do Euro é pouco provável, porque não interessa nem aos gregos nem a seus colegas europeus.
"Todo mundo perde com um default na Europa", diz Ernesto Lozardo, especialista em economia internacional da FGV.
"A probabilidade de termos um cenário como esse, com contágio para outras economias, é pequena. Mas ainda assim esse é um risco que precisa ser monitorado", concorda Neves, do Eurasia Group.
Ao comentar as declarações da autoridade monetária grega, Ricupero diz que "existe um jogo de ameaças que sempre faz parte de uma negociação como essa".
"Além disso, o que o BC grego colocou em um mesmo pacote seria resultado de um longo processo com diversos cenários possíveis. A Grécia poderia sair do euro mas não da UE, por exemplo ", afirma ele.
O ex-ministro admite, porém, que uma moratória seguida de abandono da moeda europeia pelos gregos poderia ter consequências imprevisíveis para a economia europeia e mundial.
"E o que se teme não é só o efeito econômico direto, mas também os efeitos psicológicos e políticos. Deixar uma união monetária e voltar a ter uma moeda própria seria uma decisão sem precedentes e é difícil saber o que poderia acontecer se ela fosse tomada", diz Ricupero.
Para Ricupero, o problema para o Brasil é que, hoje o país está em uma situação tão crítica "que qualquer coisa que piore o desempenho da economia mundial certamente é ruim para o país".
"Poderíamos ter de pagar juros mais altos no mercado com um aumento da aversão dos investidores a risco. Além disso, a Europa é um grande parceiro comercial do Brasil e as exportações para a região poderiam sofrer."
Crise na Grécia pode levar deterioração do cenário externo, o que afetaria Brasil, diz Ricupero
Para Lozardo, da FGV, o único efeito positivo de uma lenta recuperação europeia para o Brasil é de médio e longo prazo.
"Com um cenário ainda turvo em seus países, os investidores de longo prazo europeus, ou seja, aqueles que investem na economia real, acabam procurando oportunidades em mercados emergentes como o nosso", diz ele.
Já Neves acredita que a grande esperança do Brasil de conseguir no exterior algum impulso para a recuperação de sua economia vem dos Estados Unidos, que está se recuperando em um ritmo mais acelerado que a Europa.
"A presidente Dilma Rousseff poderia aproveitar a visita ao país (no fim do mês) para começar a costurar um acordo que ajudasse a trazer mais investidores ao Brasil", diz ele.
"Como mostra a questão da crise grega, a Europa, no momento, ainda é uma interrogação."
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Acho lamentável porque é insustentável, diz Dilma sobre reajuste do Judiciário
Acho lamentável porque é insustentável, diz Dilma sobre reajuste do Judiciário
Estadão Conteúdo Mountain View, Califórnia 01/07/2015
A presidente Dilma Rousseff criticou nesta quarta-feira, 01, a decisão do Senado, em votação na noite desta terça-feira, 30, de aprovar reajuste salarial de até 78% entre 2015 e 2017 para os servidores do Poder Judiciário. "Achamos lamentável, porque é insustentável um País como o nosso, em qualquer circunstância, dar níveis de aumento tão elevados", criticou a presidente, que está em viagem oficial aos Estados Unidos. Segundo ela, tal nível de reajuste "de fato, compromete o ajuste fiscal".
A presidente, entretanto, não disse se irá vetar o aumento salarial ao Judiciário. "Não discuto veto antes da hora", afirmou a presidente.
Em seguida, porém, Dilma fez elogios ao Congresso e agradeceu que parte expressiva do ajuste fiscal já foi aprovada. "Não chamaria de desafio, porque faz parte da democracia", disse a presidente.
A presidente lembrou que ontem, ao mesmo tempo que o Senado aprovou o reajuste para o Judiciário (assunto negativo para o governo), a Câmara rejeitou a proposta de reduzir de 18 ara 16 anos a maioridade penal para alguns tipos de crimes (seguindo posição defendida pelo Planalto). "O Congresso, como democracia, é assim. Tem dia que você ganha. Tem dia que você perde", argumentou a presidente.
Diante desse cenário de pluralidade de discussões e opiniões que surgem dentro do Legislativo, Dilma disse que não há mal-estar nas relações do Planalto com o Congresso. "Acho que tem hora que vocês criam um clima que não existe", disse.
Lula
A presidente também minimizou críticas realizadas recentemente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O meu querido presidente Lula tem todo direito de fazer as críticas que ele quiser, especialmente a mim. E eu sempre encontro com ele, mas não tenho nada marcado por agora", afirmou. Lula, há pouco tempo, criticou o modo como Dilma está conduzindo a articulação do ajuste fiscal no Congresso.
Dilma não quis comentar os resultados da pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira. "Não comento pesquisa, nem quando sobe, nem quando desce", comentou a presidente.
A avaliação negativa do governo da presidente Dilma Rousseff, de 68% dos entrevistados, é a pior da série histórica do levantamento feito pelo Ibope divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O porcentual daqueles que avaliam como ruim ou péssimo o governo bateu o recorde nos 29 anos dos dados compilados pela pesquisa e ultrapassou a marca negativa do então presidente José Sarney em julho de 1989.
Por outro lado, a avaliação positiva do governo de Dilma, de 9%, só não foi pior à registrada por Sarney em sondagens realizadas em junho e em julho de 1989. Na ocasião, Sarney tinha 7% de avaliação ótima ou boa dos entrevistados.
O levantamento foi realizado entre 18 e 21 do mês passado, antes da divulgação do conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 141 municípios. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais e o grau de confiança é de 95%.
http://noticias.uol.com.br/
Estadão Conteúdo Mountain View, Califórnia 01/07/2015
A presidente Dilma Rousseff criticou nesta quarta-feira, 01, a decisão do Senado, em votação na noite desta terça-feira, 30, de aprovar reajuste salarial de até 78% entre 2015 e 2017 para os servidores do Poder Judiciário. "Achamos lamentável, porque é insustentável um País como o nosso, em qualquer circunstância, dar níveis de aumento tão elevados", criticou a presidente, que está em viagem oficial aos Estados Unidos. Segundo ela, tal nível de reajuste "de fato, compromete o ajuste fiscal".
A presidente, entretanto, não disse se irá vetar o aumento salarial ao Judiciário. "Não discuto veto antes da hora", afirmou a presidente.
Em seguida, porém, Dilma fez elogios ao Congresso e agradeceu que parte expressiva do ajuste fiscal já foi aprovada. "Não chamaria de desafio, porque faz parte da democracia", disse a presidente.
A presidente lembrou que ontem, ao mesmo tempo que o Senado aprovou o reajuste para o Judiciário (assunto negativo para o governo), a Câmara rejeitou a proposta de reduzir de 18 ara 16 anos a maioridade penal para alguns tipos de crimes (seguindo posição defendida pelo Planalto). "O Congresso, como democracia, é assim. Tem dia que você ganha. Tem dia que você perde", argumentou a presidente.
Diante desse cenário de pluralidade de discussões e opiniões que surgem dentro do Legislativo, Dilma disse que não há mal-estar nas relações do Planalto com o Congresso. "Acho que tem hora que vocês criam um clima que não existe", disse.
Lula
A presidente também minimizou críticas realizadas recentemente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O meu querido presidente Lula tem todo direito de fazer as críticas que ele quiser, especialmente a mim. E eu sempre encontro com ele, mas não tenho nada marcado por agora", afirmou. Lula, há pouco tempo, criticou o modo como Dilma está conduzindo a articulação do ajuste fiscal no Congresso.
Dilma não quis comentar os resultados da pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira. "Não comento pesquisa, nem quando sobe, nem quando desce", comentou a presidente.
A avaliação negativa do governo da presidente Dilma Rousseff, de 68% dos entrevistados, é a pior da série histórica do levantamento feito pelo Ibope divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O porcentual daqueles que avaliam como ruim ou péssimo o governo bateu o recorde nos 29 anos dos dados compilados pela pesquisa e ultrapassou a marca negativa do então presidente José Sarney em julho de 1989.
Por outro lado, a avaliação positiva do governo de Dilma, de 9%, só não foi pior à registrada por Sarney em sondagens realizadas em junho e em julho de 1989. Na ocasião, Sarney tinha 7% de avaliação ótima ou boa dos entrevistados.
O levantamento foi realizado entre 18 e 21 do mês passado, antes da divulgação do conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 141 municípios. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais e o grau de confiança é de 95%.
http://noticias.uol.com.br/
EUA e Cuba reabrirão embaixadas em Havana e Washington este mês
EUA e Cuba reabrirão embaixadas em Havana e Washington este mês
O ESTADO DE S. PAULO
01 Julho 2015
Obama afirmou que Kerry viajará a Havana para hastear a bandeira nas próximas semanas; Segundo Cuba, reabertura ocorrerá dia 20
DeLaurentis (esquerda) entrega carta de Obama ao ministro interino das Relações Exteriores cubano
HAVANA/WASHINGTON - Estados Unidos e Cuba restabeleceram as relações diplomáticas nesta quarta-feira, 1, com o anúncio da reabertura das embaixadas em Washington e Havana, que deve ocorrer dia 20, segundo o governo cubano.
O presidente Barack Obama fez o anúncio formal na Casa Branca chamando a decisão de "histórica". "O progresso que fazemos hoje é mais um exemplo de que não precisamos ficar presos ao passado", afirmou o presidente americano lembrando do momento em que o governo americano anunciou o fechamento da embaixada em Havana, há 54 anos.
Horas antes, o chefe da Seção de Interesses dos EUA em Havana, Jeffrey DeLaurentis, esteve no Ministério das Relações Exteriores de Cuba e entregou ao ministro interino Marcelino Medina uma carta de Obama ao homólogo cubano, Raúl Castro.
Segundo o jornal cubano Granma, Obama confirmou no documento a decisão de restabelecer as relações diplomáticas e abrir as embaixadas a partir do dia 20 desse mês. A chancelaria cubana confirmou a informação sobre a data.
Durante seu discurso, Obama não citou datas, mas afirmou que nas próximas semanas o sectretário de Estado John Kerry fará uma "viagem oficial" até Havana para hastear a bandeira americana na embaixada. A Seção de Interesses americana passará à condição de embaixada e a missão de Cuba em Washington passará por uma atualização semelhante.
Cubanos e americanos estão andando para frente, acho que é tempo de o Congresso fazer o mesmo
Após 18 meses de negociações secretas mediadas pelo papa Francisco e Canadá, os dois líderes anunciaram em dezembro do ano passado que planejavam reabrir embaixadas nas capitais um do outro e normalizar as relações.
Desde os anos 70, a relação entre os dois países é intermediada por sessões de interesse nas duas capitais, sob proteção da Suíça, sem o status de embaixadas. "Somos vizinhos, agora podemos ser amigos", afirmou Obama, citando uma frase ouvida de um professor cubano sobre as relações entre os dois países.
História. O acordo de dezembro também incluiu uma troca de prisioneiros e tentou deixar para a história 56 anos de recriminações mútuas desde que os rebeldes comandados por Fidel Castro derrubaram o governo de Fulgencio Batista, apoiado pelos EUA, em 1.º de janeiro de 1959.
Dois anos mais tarde, o então presidente americano, Dwight Eisenhower, fechou a embaixada dos EUA em Havana, em 3 de janeiro de 1961, menos de três semanas antes de o presidente eleito, John F. Kennedy, tomar posse. Em abril do mesmo ano, Kennedy iria autorizar a invasão de Cuba pelos EUA, organizada por uma força de exilados cubanos. O ataque à Baía dos Porcos falhou e reforçou a posição de Fidel no país e no exterior.
Em outubro de 1962, Washington e Moscou quase foram à guerra nuclear por causa de mísseis soviéticos estacionados em Cuba.
Sempre desafiando seu vizinho situado a 145 quilômetros de distância, Fidel Castro, 88 anos, permaneceu no poder até 2008, quando entregou o cargo a seu irmão Raúl, 84.
Com as relações diplomáticas restauradas, os dois países ainda têm pela frente algumas questões a resolver na agenda estabelecida há seis meses. Os principais obstáculos incluem o embargo econômico americano a Cuba e a base naval de Guantánamo, em Cuba, que os EUA arrendaram em 1903. Cuba quer que esses 116 quilômetros quadrados retornem ao país como território soberano integral.
"Começamos hoje um novo capítulo", disse Obama antes de cobrar o Congresso americano, controlado pelos republicanos, pelo fim do embargo econômico a Cuba. "Cubanos e americanos estão andando para frente, acho que é tempo de o Congresso fazer o mesmo", acrescentou o presidente democrata. Apesar do pedido, que já foi feito em outras ocasiões, a liderança conservadora no Congresso vem resistindo. /AP e REUTERS
http://internacional.estadao.com.br/
Tsipras pede a gregos que rejeitem resgate em referendo
Tsipras pede a gregos que rejeitem resgate em referendo
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, durante sessão parlamentar, em Atenas. 27/06/2015 REUTERS/Alkis Konstantinidis
Por Renee Maltezou e Alastair Macdonald
ATENAS/BRUXELAS (Reuters) - O primeiro-ministro Alexis Tsipras pediu aos gregos nesta quarta-feira que rejeitem o resgate internacional, destruindo qualquer perspectiva de reparar as relações com os parceiros da União Europeia antes do referendo no domingo que pode decidir o futuro da Grécia na Europa.
Menos de 24 horas após escrever a credores se dizendo disposto a aceitar sua oferta se algumas condições fossem alteradas, Tsipras repetiu em discurso na televisão sua acusação de que a Grécia está sendo "chantageada" e descartou rumores de que pode adiar ou cancelar a votação.
O discurso deu força à atmosfera frenética e algumas vezes surreal dos últimos dias. Mensagens ásperas do governo têm se alternado com ofertas de concessões para retomar as negociações.
Um dia depois de a Grécia se tornar a primeira economia avançada a dar calote no FMI, longas filas em caixas automáticos servem como um símbolo da pressão sobre Tsipras, que chegou ao poder em janeiro prometendo acabar com a austeridade e proteger os pobres.
"Um voto pelo 'não' é um passo decisivo na direção de um acordo melhor que pretendemos assinar logo depois do resultado de domingo", disse, rejeitando os repetidos alertas de parceiros europeus de que o referendo será efetivamente um voto sobre se a Grécia permanece na zona do euro ou volta a usar o dracma.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou em um tuíte: "A Europa quer ajudar a Grécia. Mas não pode ajudar ninguém contra sua própria vontade. Vamos aguardar os resultados do referendo grego".
Ministros das Finanças da zona do euro discutiram o pedido grego em teleconferência e Tsipras disse que responderia "imediatamente" a qualquer sinal positivo.
O ministro das Finanças da Eslováquia, Peter Kazimir, afirmou também no Twitter após a teleconferência que o Eurogrupo concordou em aguardar os resultados do referendo no domingo para retomar as negociações com o governo da Grécia.
Em carta aos credores, vista pela Reuters, Tsipras concordou em aceitar a maioria das exigências para impostos e cortes de aposentadorias, e pediu um empréstimo de 29 bilhões de euros para cobrir todos os pagamentos de serviço de dívida que vencem nos próximos dois anos.
Entretanto, mesmo que as negociações sejam retomadas após o referendo, a Alemanha e outros deixaram claro que qualquer conversa sobre o um novo programa teria que começar do zero, com diferentes condições.
(Reportagem adicional de Lefteris Karagiannopoulos em Atenas, Mike Dolan em Londres, Michelle Martin, Madeline Chambers e Gernot Heller em Berlim)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, durante sessão parlamentar, em Atenas. 27/06/2015 REUTERS/Alkis Konstantinidis
Por Renee Maltezou e Alastair Macdonald
ATENAS/BRUXELAS (Reuters) - O primeiro-ministro Alexis Tsipras pediu aos gregos nesta quarta-feira que rejeitem o resgate internacional, destruindo qualquer perspectiva de reparar as relações com os parceiros da União Europeia antes do referendo no domingo que pode decidir o futuro da Grécia na Europa.
Menos de 24 horas após escrever a credores se dizendo disposto a aceitar sua oferta se algumas condições fossem alteradas, Tsipras repetiu em discurso na televisão sua acusação de que a Grécia está sendo "chantageada" e descartou rumores de que pode adiar ou cancelar a votação.
O discurso deu força à atmosfera frenética e algumas vezes surreal dos últimos dias. Mensagens ásperas do governo têm se alternado com ofertas de concessões para retomar as negociações.
Um dia depois de a Grécia se tornar a primeira economia avançada a dar calote no FMI, longas filas em caixas automáticos servem como um símbolo da pressão sobre Tsipras, que chegou ao poder em janeiro prometendo acabar com a austeridade e proteger os pobres.
"Um voto pelo 'não' é um passo decisivo na direção de um acordo melhor que pretendemos assinar logo depois do resultado de domingo", disse, rejeitando os repetidos alertas de parceiros europeus de que o referendo será efetivamente um voto sobre se a Grécia permanece na zona do euro ou volta a usar o dracma.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou em um tuíte: "A Europa quer ajudar a Grécia. Mas não pode ajudar ninguém contra sua própria vontade. Vamos aguardar os resultados do referendo grego".
Ministros das Finanças da zona do euro discutiram o pedido grego em teleconferência e Tsipras disse que responderia "imediatamente" a qualquer sinal positivo.
O ministro das Finanças da Eslováquia, Peter Kazimir, afirmou também no Twitter após a teleconferência que o Eurogrupo concordou em aguardar os resultados do referendo no domingo para retomar as negociações com o governo da Grécia.
Em carta aos credores, vista pela Reuters, Tsipras concordou em aceitar a maioria das exigências para impostos e cortes de aposentadorias, e pediu um empréstimo de 29 bilhões de euros para cobrir todos os pagamentos de serviço de dívida que vencem nos próximos dois anos.
Entretanto, mesmo que as negociações sejam retomadas após o referendo, a Alemanha e outros deixaram claro que qualquer conversa sobre o um novo programa teria que começar do zero, com diferentes condições.
(Reportagem adicional de Lefteris Karagiannopoulos em Atenas, Mike Dolan em Londres, Michelle Martin, Madeline Chambers e Gernot Heller em Berlim)
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Grécia não paga FMI apesar de oferta de última hora a credores. Premiê grego está disposto a aceitar oferta de credores com mudanças
Grécia não paga FMI apesar de oferta de última hora a credores
terça-feira, 30 de junho de 2015
Manifestante segura bandeiras de Grécia e UE durante protesto em Atenas. 30/6/2015. REUTERS/Yannis Behrakis
Por Renee Maltezou e Robert-Jan Bartunek
ATENAS (Reuters) - A Grécia pediu ajuda financeira de última hora aos seus credores internacionais nesta terça-feira, mas não foi o suficiente para evitar que o país se tornasse a primeira economia desenvolvida a dar um calote na dívida do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O governo de esquerda grego pediu aos seus parceiros europeus um pacote de ajuda de dois anos para cobrir suas necessidades financeiras.
Mais tarde nesta terça-feira, o ministro da Finanças, Yanis Varoufakis, indicou durante telefonema a autoridades europeias que Atenas poderia cancelar um polêmico referendo de 5 de julho se um acordo fosse alcançado, de acordo com fontes da zona do euro.
O esforço diplomático foi uma tentativa de trazer os credores de volta à mesa, depois que cinco meses de negociações inconclusivas levaram a Grécia perto de deixar a moeda única europeia.
As propostas foram feitas enquanto milhares de pessoas protestavam na praça central de Atenas ao longo das últimas 24 horas com duas posturas diferentes: uma para apoiar o governo e outra para pedir que a Grécia permaneça na zona do euro.
A Grécia, como era esperado, não tinha condições de pagar o empréstimo de 1,6 bilhão de euros ao FMI, no que foi o maior calote da história da entidade credora internacional.
O FMI afirmou na noite desta terça-feira que irá examinar um pedido do governo grego para estender o pagamento por dois anos.
As últimas propostas gregas foram feitas tarde demais para evitar o vencimento do atual pacote de ajuda da Grécia, com fundos congelados que o país tanto precisa para pagar salários, pensões e dívida. Ainda assim, num sinal de que as autoridades europeias não desistiram de encontrar uma solução, os ministros das Finanças afirmaram que irão discutir na quarta-feira o último pedido de empréstimo do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, efetivamente voltando à mesa de negociações.
Fontes disseram que as autoridades devem discutir na quarta-feira o pedido de Tsipras de um novo empréstimo de dois anos para pagar as dívidas que somam quase 30 bilhões de euros. Tsipras também busca a reestruturação da dívida, um tema que os credores vêm evitando.
Não ficou claro o que a reunião de quarta-feira poderia alcançar.
A confiança entre Atenas e seus parceiros europeus está em frangalhos depois de conversas ásperas. O relacionamento piorou ainda mais depois que a Grécia anunciou no sábado que fará um referendo, em 5 de julho, sobre as propostas dos credores, que preveem reformas em troca de ajuda financeira.
A chanceler alemã, Angela Merkel, descartou novas negociações até depois do referendo de domingo. Uma autoridade grega disse que até a noite desta terça-feira não havia mudanças em relação à realização da consulta popular.
A Grécia recebeu cerca de 240 bilhões de euros em dois programas de resgate do FMI e da União Europeia desde 2010. O recurso permitiu que o país enfrentasse a crise, mas a um custo elevado para a população, que engoliu muitas medidas de austeridade, como cortes nas pensões, salários e serviços públicos.
Com o calote ao FMI, a Grécia está a caminho de deixar a zona do euro, com consequências imprevisíveis para o grande projeto de moeda única da UE e a economia global.
"O que aconteceria se a Grécia saísse do euro? Haveria uma mensagem negativa de que a adesão ao euro é reversível", disse o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, que há uma semana declarou que não tinha medo de um eventual contágio da crise grega.
(Reportagem adicional de Silvia Aloisi, em Milão; de Mark John, em Paris; de John O'Donnell, em Frankfurt; de Paul Day, em Madri; de George Georgiopoulos e Lefteris Karagiannipoulos, em Atenas; e de Padraic Halpin e Gavin Jones)
Premiê grego está disposto a aceitar oferta de credores com mudanças
quarta-feira, 1 de julho de 2015
ATENAS (Reuters) - A Grécia está disposta a aceitar a oferta de credores mas com várias modificações, incluindo a manutenção da isenção fiscal para ilhas e o adiamento de algumas reformas do sistema previdenciário por alguns meses e cortes de gastos militares, afirmou nesta quarta-feira uma autoridade do governo.
Em uma carta enviada a credores na terça-feira, o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, disse que a proposta enviada pela Comissão Europeia no domingo pode ser aceita em troca de uma extensão do programa de resgate do país e novos empréstimos de resgate.
Mas pede aos credores mudanças graduais em reformas de previdência e do mercado de trabalho, bem como a adoção de corte menor aos gastos militares neste ano, entre outras mudanças.
(Reportagem de Renee Maltezou)
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terça-feira, 30 de junho de 2015
Manifestante segura bandeiras de Grécia e UE durante protesto em Atenas. 30/6/2015. REUTERS/Yannis Behrakis
Por Renee Maltezou e Robert-Jan Bartunek
ATENAS (Reuters) - A Grécia pediu ajuda financeira de última hora aos seus credores internacionais nesta terça-feira, mas não foi o suficiente para evitar que o país se tornasse a primeira economia desenvolvida a dar um calote na dívida do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O governo de esquerda grego pediu aos seus parceiros europeus um pacote de ajuda de dois anos para cobrir suas necessidades financeiras.
Mais tarde nesta terça-feira, o ministro da Finanças, Yanis Varoufakis, indicou durante telefonema a autoridades europeias que Atenas poderia cancelar um polêmico referendo de 5 de julho se um acordo fosse alcançado, de acordo com fontes da zona do euro.
O esforço diplomático foi uma tentativa de trazer os credores de volta à mesa, depois que cinco meses de negociações inconclusivas levaram a Grécia perto de deixar a moeda única europeia.
As propostas foram feitas enquanto milhares de pessoas protestavam na praça central de Atenas ao longo das últimas 24 horas com duas posturas diferentes: uma para apoiar o governo e outra para pedir que a Grécia permaneça na zona do euro.
A Grécia, como era esperado, não tinha condições de pagar o empréstimo de 1,6 bilhão de euros ao FMI, no que foi o maior calote da história da entidade credora internacional.
O FMI afirmou na noite desta terça-feira que irá examinar um pedido do governo grego para estender o pagamento por dois anos.
As últimas propostas gregas foram feitas tarde demais para evitar o vencimento do atual pacote de ajuda da Grécia, com fundos congelados que o país tanto precisa para pagar salários, pensões e dívida. Ainda assim, num sinal de que as autoridades europeias não desistiram de encontrar uma solução, os ministros das Finanças afirmaram que irão discutir na quarta-feira o último pedido de empréstimo do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, efetivamente voltando à mesa de negociações.
Fontes disseram que as autoridades devem discutir na quarta-feira o pedido de Tsipras de um novo empréstimo de dois anos para pagar as dívidas que somam quase 30 bilhões de euros. Tsipras também busca a reestruturação da dívida, um tema que os credores vêm evitando.
Não ficou claro o que a reunião de quarta-feira poderia alcançar.
A confiança entre Atenas e seus parceiros europeus está em frangalhos depois de conversas ásperas. O relacionamento piorou ainda mais depois que a Grécia anunciou no sábado que fará um referendo, em 5 de julho, sobre as propostas dos credores, que preveem reformas em troca de ajuda financeira.
A chanceler alemã, Angela Merkel, descartou novas negociações até depois do referendo de domingo. Uma autoridade grega disse que até a noite desta terça-feira não havia mudanças em relação à realização da consulta popular.
A Grécia recebeu cerca de 240 bilhões de euros em dois programas de resgate do FMI e da União Europeia desde 2010. O recurso permitiu que o país enfrentasse a crise, mas a um custo elevado para a população, que engoliu muitas medidas de austeridade, como cortes nas pensões, salários e serviços públicos.
Com o calote ao FMI, a Grécia está a caminho de deixar a zona do euro, com consequências imprevisíveis para o grande projeto de moeda única da UE e a economia global.
"O que aconteceria se a Grécia saísse do euro? Haveria uma mensagem negativa de que a adesão ao euro é reversível", disse o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, que há uma semana declarou que não tinha medo de um eventual contágio da crise grega.
(Reportagem adicional de Silvia Aloisi, em Milão; de Mark John, em Paris; de John O'Donnell, em Frankfurt; de Paul Day, em Madri; de George Georgiopoulos e Lefteris Karagiannipoulos, em Atenas; e de Padraic Halpin e Gavin Jones)
Premiê grego está disposto a aceitar oferta de credores com mudanças
quarta-feira, 1 de julho de 2015
ATENAS (Reuters) - A Grécia está disposta a aceitar a oferta de credores mas com várias modificações, incluindo a manutenção da isenção fiscal para ilhas e o adiamento de algumas reformas do sistema previdenciário por alguns meses e cortes de gastos militares, afirmou nesta quarta-feira uma autoridade do governo.
Em uma carta enviada a credores na terça-feira, o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, disse que a proposta enviada pela Comissão Europeia no domingo pode ser aceita em troca de uma extensão do programa de resgate do país e novos empréstimos de resgate.
Mas pede aos credores mudanças graduais em reformas de previdência e do mercado de trabalho, bem como a adoção de corte menor aos gastos militares neste ano, entre outras mudanças.
(Reportagem de Renee Maltezou)
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segunda-feira, 29 de junho de 2015
Método Montessoriano
Método Montessoriano
Por Ana Lucia Santana
Para a educadora Maria Montessori a educação, particularmente a do estágio pré-escolar, deve privilegiar a busca direta e pessoal do aprendizado, por meio do manuseio dos objetos e de atividades práticas. Desta forma é possível se desenvolver a esfera motora e a das sensações do aluno, não só em caráter individual, mas também coletivo - movimento que estimula o desenvolvimento particular e o social.
O Método Montessoriano visa a evolução da criança em um aprendizado diligente, no qual cada aluno assume sua obrigação de responder pelos próprios atos no processo pedagógico. O saber não é infligido compulsoriamente ao aprendiz, mas sim construído por ele com o apoio de livros e objetos didáticos, singelos e sedutores, que incitam os aspectos sensórios, motores, racionais e intelectuais do estudante.
O aluno aprende a manipular este material, despertando em si o potencial inventivo e aliando-o ao desejo de conhecer e de erguer o véu do universo que ainda lhe é desconhecido, por meio deste aprendizado prático. O professor não é o ser que focaliza a concentração do aprendiz, e sim aquele que examina atentamente o comportamento e o desenvolvimento das crianças, estimulando-as a buscar o saber de forma criativa, prazerosa e lúdica. Ou seja, o mestre apenas conduz o estudante nesta caminhada em direção ao conhecimento, solucionando dúvidas e questionamentos.
Na metodologia montessoriana o professor dispõe os alunos em formato circular, cercado de estantes com materiais lúdicos e pedagógicos disponíveis para o manuseio da criança, entre eles cubos confeccionados com madeira, os quais contribuem para o desenvolvimento do espírito lógico.
Neste método o aluno tem a liberdade necessária para selecionar os artefatos com os quais irá trabalhar. Daí a extrema preocupação de Montessori em desenvolver os recursos didáticos mais aptos a atrair a atenção do aprendiz e a lhe incentivar a recepção do conhecimento, enriquecendo, assim, o processo educativo.
A educadora italiana, dotada da mais profunda religiosidade cristão, imbuída do dom da pesquisa científica e do olhar observador, analisou o comportamento infantil, sua inegável espontaneidade, e a partir desta avaliação elaborou a metodologia mais apropriada para elas. Entre suas inovações destaca-se a construção de um ambiente escolar próprio para a infância, distinto do universo adulto no qual os infantes não se encaixam.
Montessori nunca perdeu a profunda reverência que nutria pelo ser humano; desta forma, uniu sua atitude espiritual à pedagogia que desenvolveu e também a uma postura estética, a qual lhe permitiu gerar o meio mais adequado ao desenvolvimento da criança; assim, o próprio contexto gerado pelo método montessoriano estimula a psique dos alunos e o prepara para a vida.
Esta teoria pedagógica foi desde o início exercitada na prática, com a experiência de Maria Montessori na ‘Casa dei Bambini’ – Casa da Criança -, vivência esta disseminada posteriormente em vários pontos do globo. Mas ela não se inquietava apenas com a formação de suas crianças, preocupava-se igualmente em orientar aqueles que zelariam por sua educação, os futuros mestres.
http://www.infoescola.com/pedagogia/metodo-montessoriano/
Fontes:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/guia_para_pais-metodos.shtml
http://www.eeibougainville.com.br/metodomontessori.html
Almanaque Saraiva. Ano 5. # 53. Setembro/2010. Pág. 16.
Dora Incontri. A Educação segundo o Espiritismo. Editora Comenius, Bragança Paulista, São Paulo, 2008, pp. 98-99.
Dilma nega irregularidades em campanha e diz que não respeita delator
Dilma nega irregularidades em campanha e diz que não respeita delator
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Presidente Dilma Rousseff fala aos jornalistas em Nova York. 29/6/2015. REUTERS/Lucas Jackson
NOVA YORK (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff negou nesta segunda-feira qualquer irregularidade em sua campanha eleitoral e disse não respeitar delatores, depois que a imprensa divulgou que o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, teria afirmado em sua delação premiada, no âmbito da operação Lava Jato, que deu dinheiro à campanha da petista.
A presidente disse a jornalistas durante visita a Nova York que todos os recursos arrecadados por sua campanha foram legais e registrados e afirmou não aceitar que insinuem qualquer irregularidade contra ela ou sua campanha eleitoral.
"Eu não respeito delator", declarou a presidente aos jornalistas. "Até porque, eu estive presa na ditadura e sei o que é. Tentaram me transformar em uma delatora... Eu garanto para você que eu resisti bravamente", disse Dilma, sobre o período em que foi presa e torturada durante o regime militar.
Dilma defendeu que a Justiça investigue todas as informações dadas por Pessoa, mas disse não aceitar "jamais" que insinuem irregularidades em relação a ela.
"A minha campanha recebeu dinheiro legal, registrado... Na mesma época que eu recebi os recursos, pelo menos uma das vezes, o candidato que concorria comigo recebeu também, uma diferença muito pequena de valores, eu estou falando do Aécio Neves", completou a presidente.
"Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou sobre minha campanha qualquer irregularidade", acrescentou Dilma, afirmando ainda que nunca encontrou Pessoa.
Na sexta-feira, a imprensa divulgou que, em seu processo de delação premiada, Pessoa entregou ao Ministério Público uma lista de políticos que teriam recebido dinheiro da UTC Engenharia proveniente de propinas pagas para obtenção de contratos com a Petrobras.
Na ocasião, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, emitiu nota afirmando que a campanha da petista recebeu 7,5 milhões de reais em doações da UTC Engenharia, que foram legais e registradas junto à Justiça Eleitoral.
Em entrevista coletiva no sábado, o ministro voltou a comentar o assunto e questionou o fato de doações feitas pela empreiteira a outros candidatos não terem recebido o mesmo destaque dado aos recursos destinados à campanha petista e viu vazamento seletivo nas informações divulgadas sobre a delação de Pessoa.A Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras em que empreiteiras formaram um cartel para obter contratos de obras da empresa. Em troca, pagavam propina a funcionários da estatal, a operadores que lavavam o dinheiro do esquema, a políticos e partidos.
Pessoa, que fez acordo de delação premiada em troca de redução da pena, é apontado pelo Ministério Público como o chefe do clube de empresas que cartelizavam as licitações da Petrobras.
BASES PARA O CRESCIMENTO
Antes da entrevista para os jornalistas, Dilma participou do encerramento de encontro com empresários em Nova York. Em discurso, a presidente afirmou que há uma grande demanda por infraestrutura no país e disse que o Brasil passa por uma fase de construção das bases para a retomada do crescimento econômico.
"Estamos em uma fase de construção das bases para o novo ciclo de expansão do crescimento e faz parte dessa estratégia a adoção de medidas de controle da inflação e do equilíbrio, e a busca do equilíbrio fiscal", discursou a presidente, que defendeu ainda a necessidade de aumento da produtividade da economia.
"Para aumentar nossa produtividade, precisamos aumentar nossa taxa de investimento, sobretudo investimento em infraestrutura... Sobretudo em um período de maior restrição fiscal, como nós atravessamos hoje, é preciso transformar a demanda potencial por melhor infraestrutura em projetos viáveis de investimento para o capital privado. É essa a demanda sobre nós", afirmou.
(Reportagem de Daniel Bases)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Presidente Dilma Rousseff fala aos jornalistas em Nova York. 29/6/2015. REUTERS/Lucas Jackson
NOVA YORK (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff negou nesta segunda-feira qualquer irregularidade em sua campanha eleitoral e disse não respeitar delatores, depois que a imprensa divulgou que o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, teria afirmado em sua delação premiada, no âmbito da operação Lava Jato, que deu dinheiro à campanha da petista.
A presidente disse a jornalistas durante visita a Nova York que todos os recursos arrecadados por sua campanha foram legais e registrados e afirmou não aceitar que insinuem qualquer irregularidade contra ela ou sua campanha eleitoral.
"Eu não respeito delator", declarou a presidente aos jornalistas. "Até porque, eu estive presa na ditadura e sei o que é. Tentaram me transformar em uma delatora... Eu garanto para você que eu resisti bravamente", disse Dilma, sobre o período em que foi presa e torturada durante o regime militar.
Dilma defendeu que a Justiça investigue todas as informações dadas por Pessoa, mas disse não aceitar "jamais" que insinuem irregularidades em relação a ela.
"A minha campanha recebeu dinheiro legal, registrado... Na mesma época que eu recebi os recursos, pelo menos uma das vezes, o candidato que concorria comigo recebeu também, uma diferença muito pequena de valores, eu estou falando do Aécio Neves", completou a presidente.
"Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou sobre minha campanha qualquer irregularidade", acrescentou Dilma, afirmando ainda que nunca encontrou Pessoa.
Na sexta-feira, a imprensa divulgou que, em seu processo de delação premiada, Pessoa entregou ao Ministério Público uma lista de políticos que teriam recebido dinheiro da UTC Engenharia proveniente de propinas pagas para obtenção de contratos com a Petrobras.
Na ocasião, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, emitiu nota afirmando que a campanha da petista recebeu 7,5 milhões de reais em doações da UTC Engenharia, que foram legais e registradas junto à Justiça Eleitoral.
Em entrevista coletiva no sábado, o ministro voltou a comentar o assunto e questionou o fato de doações feitas pela empreiteira a outros candidatos não terem recebido o mesmo destaque dado aos recursos destinados à campanha petista e viu vazamento seletivo nas informações divulgadas sobre a delação de Pessoa.A Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras em que empreiteiras formaram um cartel para obter contratos de obras da empresa. Em troca, pagavam propina a funcionários da estatal, a operadores que lavavam o dinheiro do esquema, a políticos e partidos.
Pessoa, que fez acordo de delação premiada em troca de redução da pena, é apontado pelo Ministério Público como o chefe do clube de empresas que cartelizavam as licitações da Petrobras.
BASES PARA O CRESCIMENTO
Antes da entrevista para os jornalistas, Dilma participou do encerramento de encontro com empresários em Nova York. Em discurso, a presidente afirmou que há uma grande demanda por infraestrutura no país e disse que o Brasil passa por uma fase de construção das bases para a retomada do crescimento econômico.
"Estamos em uma fase de construção das bases para o novo ciclo de expansão do crescimento e faz parte dessa estratégia a adoção de medidas de controle da inflação e do equilíbrio, e a busca do equilíbrio fiscal", discursou a presidente, que defendeu ainda a necessidade de aumento da produtividade da economia.
"Para aumentar nossa produtividade, precisamos aumentar nossa taxa de investimento, sobretudo investimento em infraestrutura... Sobretudo em um período de maior restrição fiscal, como nós atravessamos hoje, é preciso transformar a demanda potencial por melhor infraestrutura em projetos viáveis de investimento para o capital privado. É essa a demanda sobre nós", afirmou.
(Reportagem de Daniel Bases)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Macartismo EUA
Joseph McCarthy
Macartismo (em inglês McCarthyism) é o termo que descreve um período de intensa patrulha anticomunista, perseguição política e desrespeito aos direitos civis nos Estados Unidos que durou do fim da década de 1940 até meados da década de 1950. Foi uma época em que o medo do Comunismo e da sua influência em instituições americanas tornou-se exacerbado, juntamente ao medo de ações de espionagem promovidas pela OTAN. Originalmente, o termo foi utilizado para criticar as ações do republicano Joseph McCarthy, senador americano por Wisconsin, tendo depois sido usado para fazer referências a vários tipos de condutas, não necessariamente ligadas às elaboradas por McCarthy.
Durante o Macartismo, milhares de americanos foram acusados de ser comunistas ou filocomunistas, tornando-se objeto de investigações agressivas. A maior parte dos investigados pertencia ao serviço público (como Alger Hiss), à indústria do espetáculo (Barbara Bel Geddes), cientistas (David Bohm), educadores e sindicalistas e até militares de alta patente. As suspeitas eram frequentemente dadas como certas mesmo com investigações baseadas em conclusões parciais e questionáveis, além da magnificação do nível de ameaça que representavam os investigados. Muitos perderam seus empregos, tiveram a carreira destruída e alguns foram até mesmo presos e levados ao suicídio.
O Macartismo realizou o que alguns denominaram "caça às bruxas" na área cultural, atingindo atores, diretores e roteiristas que, durante a guerra, manifestam-se a favor da aliança com a União Soviética e, depois, a favor de medidas para garantir a paz e evitar nova guerra. O caso mais famoso nesta área foi Charlie Chaplin.
A "caça às bruxas" perdurou até que a própria opinião pública americana ficasse indignada com as flagrantes violações dos direitos individuais, graças em grande parte à atuação corajosa do famoso e respeitadíssimo jornalista Edward R. Murrow na rede americana de televisão CBS, o que levou McCarthy ao ostracismo e à precoce decadência. Ele morreu em 1957, já totalmente desacreditado e considerado uma figura infame e uma vergonha para os americanos. Muitos filmes foram produzidos sobre este período, todos retratando McCarthy e seus seguidores como figuras desprezíveis e a histeria que criaram como uma crise que foi superada. Dentre estes destaca-se Boa Noite e Boa Sorte dirigido por George Clooney e estrelado por David Strathairn, no papel do jornalista Edward R. Murrow. O filme narra os embates entre o jornalista e o Senador McCarthy, durante os anos 1950, que contribuíram na decadência do senador.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Macartismo (em inglês McCarthyism) é o termo que descreve um período de intensa patrulha anticomunista, perseguição política e desrespeito aos direitos civis nos Estados Unidos que durou do fim da década de 1940 até meados da década de 1950. Foi uma época em que o medo do Comunismo e da sua influência em instituições americanas tornou-se exacerbado, juntamente ao medo de ações de espionagem promovidas pela OTAN. Originalmente, o termo foi utilizado para criticar as ações do republicano Joseph McCarthy, senador americano por Wisconsin, tendo depois sido usado para fazer referências a vários tipos de condutas, não necessariamente ligadas às elaboradas por McCarthy.
Durante o Macartismo, milhares de americanos foram acusados de ser comunistas ou filocomunistas, tornando-se objeto de investigações agressivas. A maior parte dos investigados pertencia ao serviço público (como Alger Hiss), à indústria do espetáculo (Barbara Bel Geddes), cientistas (David Bohm), educadores e sindicalistas e até militares de alta patente. As suspeitas eram frequentemente dadas como certas mesmo com investigações baseadas em conclusões parciais e questionáveis, além da magnificação do nível de ameaça que representavam os investigados. Muitos perderam seus empregos, tiveram a carreira destruída e alguns foram até mesmo presos e levados ao suicídio.
O Macartismo realizou o que alguns denominaram "caça às bruxas" na área cultural, atingindo atores, diretores e roteiristas que, durante a guerra, manifestam-se a favor da aliança com a União Soviética e, depois, a favor de medidas para garantir a paz e evitar nova guerra. O caso mais famoso nesta área foi Charlie Chaplin.
A "caça às bruxas" perdurou até que a própria opinião pública americana ficasse indignada com as flagrantes violações dos direitos individuais, graças em grande parte à atuação corajosa do famoso e respeitadíssimo jornalista Edward R. Murrow na rede americana de televisão CBS, o que levou McCarthy ao ostracismo e à precoce decadência. Ele morreu em 1957, já totalmente desacreditado e considerado uma figura infame e uma vergonha para os americanos. Muitos filmes foram produzidos sobre este período, todos retratando McCarthy e seus seguidores como figuras desprezíveis e a histeria que criaram como uma crise que foi superada. Dentre estes destaca-se Boa Noite e Boa Sorte dirigido por George Clooney e estrelado por David Strathairn, no papel do jornalista Edward R. Murrow. O filme narra os embates entre o jornalista e o Senador McCarthy, durante os anos 1950, que contribuíram na decadência do senador.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Movimento Zapatista
Movimento Zapatista
Por Antonio Gasparetto Junior
O Movimento Zapatista é formado por camponeses e indígenas mexicanos que defendem uma gestão mais democrática do território.
Emiliano Zapata é um dos personagens mais importantes da história do México, foi ele um dos líderes da Revolução Mexicana de 1910 que combateu o regime autocrático de governo do então presidente Porfírio Díaz. Sua marcante participação no processo revolucionário mexicano gerou uma série de seguidores e um exército de ideólogos que existe até hoje.
O Movimento Zapatista se tornou mais conhecido para o público em geral no final do século XX. Em 1994, os seguidores de um movimento nacionalista e democrático inspirado nas ações de Emiliano Zapata no começo do século se apresentaram ao mundo em manifestação contra as negociações para o estabelecimento de um acordo de comércio entre países na América do Norte. O NAFTA – acordo de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá – foi elaborado no começo da década de 1990 e entrou em vigor no dia primeiro de janeiro de 1994. Neste mesmo dia, os integrantes do Exército Zapatista de Libertação Nacional, o EZLN, deram início a uma manifestação de contestação sobre a participação do México no acordo de comércio internacional.
O Movimento Zapatista que se revelou em 1994 foi originado na região mexicana de Chiapas, na qual habitam grupos indígenas e camponeses que vivem de forma simples tal como foi ensinado por seus ancestrais. A região de Chiapas é predominantemente dotada de atividades agrárias e, a partir da efetivação do NAFTA, passou a ser debatida no cenário internacional.
O Movimento Zapatista se apresentou então sob forma de guerrilha, seus integrantes se apresentaram portando capuzes pretos e armas além das montanhas de Chiapas e gritavam “Já Basta!”, como símbolo da manifestação que repudiava a participação do México no NAFTA.
A rigor, o Movimento Zapatista e o Exército Zapatista de Libertação Nacional são manifestações baseadas em um dos grandes personagens da Revolução Mexicana, mas não defendem ou pretendem fazer uso de violência. O interesse do Movimento Zapatista é defender uma gestão mais democrática do território, a participação direta da população nas decisões do país, promover a partilha da terra e da colheita, além de preservar o passado e a tradição indígena do povo mexicano. São declaradamente antiglobalização.
Em 1996 aconteceu um novo capítulo relacionado ao Movimento Zapatista. O Governo Federal prometeu proteger a população indígena no México, garantindo seus direitos em todo o território. Mas a promessa não foi cumprida, levando os zapatistas a se organizarem militarmente mais uma vez para defender seus interesses. Mesmo contrários a características violentas, foi necessário que se mantivessem preparados contra qualquer ofensiva do governo. A pressão dos zapatistas resultou na assinatura de um acordo, chamado Acordo de San Andrés, que comprometia o governo a alterar a Constituição e garantir direitos aos povos indígenas.
Mas a desconfiança militar se mostrou não ser à toa, no ano seguinte, em 1997, houve um massacre que matou 46 indígenas. O chamado Massacre de Acteal foi conduzido por ex-oficiais do exército e de segurança pública.
O Movimento Zapatista tem como intuito principal, atualmente, continuar com a cidadania mexicana e manter a cultura e a tradição indígena do passado. Em 2000, o presidente Vicente Fox prometeu acabar com os conflitos com os zapatistas, mas estes foram mais uma vez esquecidos pelo governo.
Fontes:
SANCHEZ, David. Zapatistas: La Lucha Continua...
http://www.estudosdotrabalho.org/anais6seminariodotrabalho/prisciladasilvanascimento.pdf
http://www.infoescola.com/historia/movimento-zapatista
Baixa arrecadação pesa e superávit primário do governo central é o pior em 17 anos
Baixa arrecadação pesa e superávit primário do governo central é o pior em 17 anos
quinta-feira, 25 de junho de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - O governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário de 8 bilhões de reais em maio, desempenho que levou o acumulado no ano a registrar o pior resultado em 17 anos, reforçando incertezas sobre a capacidade do governo de cumprir o alvo fiscal do ano.
Nos cinco primeiros meses de 2015, informou o Tesouro nesta quinta-feira, a economia para pagamento de juros da dívida somou 6,626 bilhões de reais, 65,6 por cento abaixo dos 19,286 bilhões de reais vistos em igual período de 2014, o pior dado desde 1998, quando o superávit no período havia sido de 4,903 bilhões de reais.
"O resultado de maio, de certa forma, deve-se basicamente à queda da arrecadação", afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive.
No mês passado, houve déficit em todas as esferas do governo central, com resultado negativo de 1,482 bilhão de reais nas contas do Tesouro, de 6,311 bilhões de reais nas contas da Previdência e de 258 milhões de reais no BC.
A meta de superávit primário de 2015 para o setor público consolidado --governo central, Estados, municípios e estatais-- é de 66,3 bilhões de reais, equivalente a 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Desse total, 55 bilhões de reais correspondem à obrigação apenas do governo central.
No mês passado, segundo o Tesouro, a receita líquida somou em 77,220 bilhões de reais, com alta de 12,9 por cento em relação a igual mês do ano passado, acumulando no ano 432,164 bilhões de reais, com variação positiva de 4,7 frente a igual período de 2014.
Em termos reais (levando em conta a variação da inflação), as despesas cresceram 4,1 por cento em maio sobre o mês anterior.
O desempenho fiscal reflete a fraca arrecadação tributária diante da atividade em frangalhos, colocando em xeque o cumprimento da meta de superávit primário deste ano, mesmo após série de medidas adotadas para ampliar as receitas e o contingenciamento de 70 bilhões de reais no Orçamento deste ano.
Mais cedo, a receita federal divulgou queda na arrecadação no mês passado, pior resultado em cinco anos para maio. Pesa ainda os menores pagamento de dividendos de estatais. Segundo o Tesouro, de janeiro a maio deste ano entraram 2,917 bilhões de reais, quase 70 por cento a menos do o mesmo período do ano passado. E Saintive adiantou que não conta com pegamentos de dividendos da Petrobras neste ano.
Diante do risco de descumprimento, nos bastidores o governo analisa a possibilidade de redução da meta de superávit primário deste ano, mas em público tem negado. Saintive disse a jornalistas que esse não é o momento adequado para essa discussão devido ao grande grau de incerteza.
O Tesouro informou ainda que, em maio, a despesa total alcançou 85,271 bilhões de reais, com alta de 8,2 por cento frente a maio do ano passado. No ano, os gastos somam 425,537 bilhões de reais, 8,2 por cento maior frente aos cinco primeiros meses do ano passado.
(Por Luciana Otoni)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - O governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário de 8 bilhões de reais em maio, desempenho que levou o acumulado no ano a registrar o pior resultado em 17 anos, reforçando incertezas sobre a capacidade do governo de cumprir o alvo fiscal do ano.
Nos cinco primeiros meses de 2015, informou o Tesouro nesta quinta-feira, a economia para pagamento de juros da dívida somou 6,626 bilhões de reais, 65,6 por cento abaixo dos 19,286 bilhões de reais vistos em igual período de 2014, o pior dado desde 1998, quando o superávit no período havia sido de 4,903 bilhões de reais.
"O resultado de maio, de certa forma, deve-se basicamente à queda da arrecadação", afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive.
No mês passado, houve déficit em todas as esferas do governo central, com resultado negativo de 1,482 bilhão de reais nas contas do Tesouro, de 6,311 bilhões de reais nas contas da Previdência e de 258 milhões de reais no BC.
A meta de superávit primário de 2015 para o setor público consolidado --governo central, Estados, municípios e estatais-- é de 66,3 bilhões de reais, equivalente a 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Desse total, 55 bilhões de reais correspondem à obrigação apenas do governo central.
No mês passado, segundo o Tesouro, a receita líquida somou em 77,220 bilhões de reais, com alta de 12,9 por cento em relação a igual mês do ano passado, acumulando no ano 432,164 bilhões de reais, com variação positiva de 4,7 frente a igual período de 2014.
Em termos reais (levando em conta a variação da inflação), as despesas cresceram 4,1 por cento em maio sobre o mês anterior.
O desempenho fiscal reflete a fraca arrecadação tributária diante da atividade em frangalhos, colocando em xeque o cumprimento da meta de superávit primário deste ano, mesmo após série de medidas adotadas para ampliar as receitas e o contingenciamento de 70 bilhões de reais no Orçamento deste ano.
Mais cedo, a receita federal divulgou queda na arrecadação no mês passado, pior resultado em cinco anos para maio. Pesa ainda os menores pagamento de dividendos de estatais. Segundo o Tesouro, de janeiro a maio deste ano entraram 2,917 bilhões de reais, quase 70 por cento a menos do o mesmo período do ano passado. E Saintive adiantou que não conta com pegamentos de dividendos da Petrobras neste ano.
Diante do risco de descumprimento, nos bastidores o governo analisa a possibilidade de redução da meta de superávit primário deste ano, mas em público tem negado. Saintive disse a jornalistas que esse não é o momento adequado para essa discussão devido ao grande grau de incerteza.
O Tesouro informou ainda que, em maio, a despesa total alcançou 85,271 bilhões de reais, com alta de 8,2 por cento frente a maio do ano passado. No ano, os gastos somam 425,537 bilhões de reais, 8,2 por cento maior frente aos cinco primeiros meses do ano passado.
(Por Luciana Otoni)
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terça-feira, 23 de junho de 2015
Brasil tem 4ª maior população carcerária do mundo, diz estudo do MJ
Do UOL, em Brasília
23/06/201515 23/06/2015
Alexandre Gondim - 21.jan.2015/JC Imagem/Estadão Conteúdo
Rebelião no presídio Frei Damião no Complexo do Curado, em Recife, em janeiro deste ano: em PE, uma unidade com capacidade para 100 pessoas é ocupada, em média, por 265
Rebelião no presídio Frei Damião no Complexo do Curado, em Recife, em janeiro deste ano: em PE, uma unidade com capacidade para 100 pessoas é ocupada, em média, por 265
O Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, segundo dados divulgados nesta terça-feira (23) pelo Ministério da Justiça referentes ao primeiro semestre de 2014. Em números absolutos, o Brasil alcançou a marca de 607.700 presos, atrás apenas da Rússia (673.800), China (1,6 milhão) e Estados Unidos (2,2 milhões). Quando se compara o número de presos com o total da população, o Brasil também está em quarto lugar, atrás da Tailândia (3º), Rússia (2º) e Estados Unidos (1º). Segundo o ministério, se a taxa de prisões continuar no mesmo ritmo, um em cada 10 brasileiros estará atrás das grades em 2075.
Os dados referentes à população carcerária dos outros países foram compilados pelo ICPS (Centro Internacional para Estudos Prisionais, na sigla em inglês).
Os dados do Infopen (levantamento nacional de informações penitenciárias) são divulgados uma vez ao ano e tomam como base o número de presos no Brasil referentes ao primeiro semestre do ano anterior. De acordo com o relatório divulgado agora, entre 2004 e 2014, a população carcerária brasileira aumentou 80% em números absolutos, saindo de 336.400 presos para 607.700. Os números absolutos, no entanto, não captam o aumento da população brasileira no período.
Quando o número de presos é dividido pela população, índice conhecido como "taxa de encarceramento", o crescimento do número de presos por grupo de 100 mil habitantes entre 2004 e 2014 aumentou 61,8%. Em 2004, o Brasil tinha 185,2 presos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2014, segundo o Infopen, o país tinha 299,7 presos para cada grupo de 100 mil habitantes.
Em números absolutos, os Estados com a maior população carcerária são: São Paulo (219.053), Minas Gerais (61.286) e Rio de Janeiro (31.510). Os Estados com a menor população carcerária são Piauí (3.224), Amapá (2.654) e Roraima (1.610).
Quando os dados são comparados com a população dos respectivos Estados (taxa de encarceramento), o ranking é liderado por Mato Grosso do Sul (568,9/100 mil), São Paulo (497,4/100 mil) e Distrito Federal (496,8/100 mil). Os Estados com a menor taxa de encarceramento são Bahia (101,8/100 mil), Piauí (100,9/100 mil) e Maranhão (89/100 mil).
O documento elaborado pelo Ministério da Justiça alerta para o ritmo do aumento da população encarcerada no Brasil. "Em todas as Unidades da Federação houve um crescimento da população prisional em relação a cada cem mil habitantes. Contudo, em alguns entes, o ritmo de encarceramento foi mais pronunciado", diz o relatório.
Raça e escolaridade
O relatório divulgado pelo Ministério da Justiça também faz uma análise sobre a raça e cor dos presos brasileiros. De acordo com o Infopen, 67,1% dos presos são negros e 31,3% são brancos.
Em relação à escolarização, os dados indicam que oito em cada 10 presos estudaram, no máximo, até o ensino fundamental.
Tipo penal
Entre as causas de prisão, o tráfico de drogas era a mais comum. Segundo a pesquisa do Ministério da Justiça, 27% das pessoas presas no Brasil respondem por tráfico de substâncias entorpecentes. Em segundo lugar no ranking do crime está o crime de roubo.
O estudo mostra, porém, que a incidência do tráfico de drogas é diferente entre homens e mulheres. Entre os homens, 25% dos homens foram presos por tráfico, enquanto entre as mulheres, esse percentual sobe para 63%.
Brasil pode passar Rússia em 2018
Ainda de acordo com o relatório, o Brasil tem uma taxa de superlotação de presídios de 161%. Isso significa que em, em média, uma unidade com capacidade para 100 presos é ocupada por 161 pessoas. Em números absolutos, o país tem 376.669 vagas, mas faltam 231.062. Segundo o relatório, todos os Estados brasileiros apresentam superlotação. O Estado com a maior taxa de superlotação é Pernambuco. Lá, uma unidade com capacidade para 100 pessoas é ocupada, em média, por 265. O Estado com a menor taxa de superlotação é o Maranhão, onde uma unidade com capacidade para 100 pessoas é ocupada por 121.
O Infopen relata que o aumento da taxa de encarceramento no Brasil está indo na contramão da tendência dos países que possuem as maiores populações carcerárias do mundo. Enquanto a taxa aumentou 33% entre 2008 e 2013 no país, a dos Estados Unidos caiu 8%, a da China caiu 9% e a da Rússia, 24%.
Segundo o Ministério da Justiça, a população carcerária do Brasil deverá superar a da Rússia em 2018.
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As condições dos presídios brasileiros200 fotos 1 / 200
Uma cobra foi encontrada por presos dentro de uma das celas da Lemos Brito, na Bahia. Os próprios detentos capturaram a cobra e posaram para fotos exibindo o animal Sinspeb (Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia)
Operação Lava Jato Dono da Odebrecht diz que 'nunca recebeu privilégios' do governo
Dono da Odebrecht diz que 'nunca recebeu privilégios' do governo
Estadão Conteúdo De São Paulo e Curitiba 23/06/2015
Antônio More/Gazeta do Povo/Estadão Conteúdo
O presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht
O empresário Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da maior empreiteira do país e preso pela operação Erga Omnes, a mais nova etapa da Lava Jato, disse à Polícia Federal em depoimento de 18 de maio, que "desconhece qualquer ajuste voltado à prática de sobrepreço em contratos firmados pela Petrobras". Ele afirmou que o Grupo Odebrecht "nunca recebeu privilégios da administração pública direta e indireta, no que se incluem a Petrobras e suas subsidiárias."
Marcelo Odebrecht declarou ainda que "não se recorda" de ter recebido solicitação da senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) para contribuição financeira à campanha da petista em 2010.
Mas o empreiteiro fez uma ressalva: "Tal resposta não elimina a possibilidade de que tenha havido tal solicitação ao próprio declarante ou alguém ligado à Odebrecht."
O empreiteiro depôs nos autos do inquérito que investiga o suposto repasse de R$ 1 milhão para a campanha da petista ao Senado, no pleito de 2010. O delegado Thiago Machado Delabary, que integra o Grupo de Inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF), fez diversas perguntas a Marcelo Odebrecht, praticamente todas sobre a senadora do PT.
Marcelo Odebrecht disse, ainda, que "não se recorda" de ter recebido de Paulo Bernardo, marido de Gleisi e então ministro do Planejamento, fez pedido de doação à campanha da petista.
A senadora é alvo de inquérito aberto por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República.
O empreiteiro afirmou que 'não mantinha relação pessoal com Gleisi Hoffmann e que não houve encontro destinado à solicitação para campanha, uma vez que se tivesse ocorrido, o declarante possivelmente se recordaria'. Ele disse que "não dispunha do telefone de Gleisi, o que não impede de ter ocorrido contato telefônico ocorrido a respeito da campanha de 2010?.
Esse depoimento de Marcelo Odebrecht no dia 18 de maio ocorreu na sede da PF em Brasília. Na ocasião, ele estava acompanhado dos advogados criminalistas Dora Cavalcanti, Conrado Donati e Maurício Roberto de Carvalho Ferro.
O alvo maior da Erga Omnes disse que desempenha desde 2009 a função de diretor-presidente da Odebrecht S/A, holding que controla diversas outras empresas do grupo.
Segundo o empreiteiro, antes de ir à PF naquele dia 18 de maio, "providenciou pesquisas acerca de doações à campanha de Gleisi Hoffmann na eleição de 2010, não tendo localizado nenhum registro".
Nessa pesquisa, afirmou o empresário, "foram localizados registros de doação de empresas do Grupo Odebrecht ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, o que dá margem à hipótese de que esse diretório tenha repassado à senadora".
Marcelo Odebrecht afirmou que "no Grupo não havia uma única pessoa encarregada de concentrar as solicitações de doações de campanha, uma vez que são centenas de empresas que compõem a organização e estas detêm autonomia para decidir sobre essas doações, tendo cada uma delas uma ou mais pessoas responsáveis para tratar do tema".
Para a Lava Jato, delatores apontaram o nome do diretor de Relações Institucionais da construtora Alexandrino Alencar como responsável pelas doações.
O dono da Odebrecht declarou que "nunca tratou com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, sobre contribuições financeiras à campanha de Gleisi Hoffmann, em 2010".
Esclareceu que sua relação com Paulo Roberto Costa "limitava-se a questões afetas ao Conselho de Administração da Braskem, cuja presidência era ocupada pelo declarante, sendo que Paulo Roberto era o vice-presidente do Conselho (nomeado pela Petrobras)".
Marcelo Odebrecht contou que ele e Costa compuseram o Conselho de Administração da Braskem durante cerca de três anos, de 2010 a 2012, "salvo engano". "Nunca participou nem tomou conhecimento da realização de ajustes voltados ao direcionamento de licitações no âmbito da Petrobras, tampouco foi convidado a participar de reuniões com esse propósito."
Ele disse que "nunca participou, tomou conhecimento, ou foi convidado para reuniões voltadas ao estabelecimento ou manutenção de cartel entre empresas contratadas pela Petrobrás".
"Nunca tomou conhecimento acerca da existência de pagamentos por parte de empresas do Grupo Odebrecht a diretores de estatais, ligados à Petrobras e suas subsidiárias e a qualquer outra."
A senadora Gleisi Hoffmann nega categoricamente ter recebido doações ilícitas nas eleições. Desde que seu nome foi citado nos autos da Lava Jato ela tem reiterado que os financiamentos de sua campanha foram todos declarados à Justiça Eleitoral. O ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi, também afasta qualquer hipótese de que tenha pedido R$ 1 milhão para a campanha de sua mulher, em 2010.
http://noticias.uol.com.br/
Estadão Conteúdo De São Paulo e Curitiba 23/06/2015
Antônio More/Gazeta do Povo/Estadão Conteúdo
O presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht
O empresário Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da maior empreiteira do país e preso pela operação Erga Omnes, a mais nova etapa da Lava Jato, disse à Polícia Federal em depoimento de 18 de maio, que "desconhece qualquer ajuste voltado à prática de sobrepreço em contratos firmados pela Petrobras". Ele afirmou que o Grupo Odebrecht "nunca recebeu privilégios da administração pública direta e indireta, no que se incluem a Petrobras e suas subsidiárias."
Marcelo Odebrecht declarou ainda que "não se recorda" de ter recebido solicitação da senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) para contribuição financeira à campanha da petista em 2010.
Mas o empreiteiro fez uma ressalva: "Tal resposta não elimina a possibilidade de que tenha havido tal solicitação ao próprio declarante ou alguém ligado à Odebrecht."
O empreiteiro depôs nos autos do inquérito que investiga o suposto repasse de R$ 1 milhão para a campanha da petista ao Senado, no pleito de 2010. O delegado Thiago Machado Delabary, que integra o Grupo de Inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF), fez diversas perguntas a Marcelo Odebrecht, praticamente todas sobre a senadora do PT.
Marcelo Odebrecht disse, ainda, que "não se recorda" de ter recebido de Paulo Bernardo, marido de Gleisi e então ministro do Planejamento, fez pedido de doação à campanha da petista.
A senadora é alvo de inquérito aberto por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República.
O empreiteiro afirmou que 'não mantinha relação pessoal com Gleisi Hoffmann e que não houve encontro destinado à solicitação para campanha, uma vez que se tivesse ocorrido, o declarante possivelmente se recordaria'. Ele disse que "não dispunha do telefone de Gleisi, o que não impede de ter ocorrido contato telefônico ocorrido a respeito da campanha de 2010?.
Esse depoimento de Marcelo Odebrecht no dia 18 de maio ocorreu na sede da PF em Brasília. Na ocasião, ele estava acompanhado dos advogados criminalistas Dora Cavalcanti, Conrado Donati e Maurício Roberto de Carvalho Ferro.
O alvo maior da Erga Omnes disse que desempenha desde 2009 a função de diretor-presidente da Odebrecht S/A, holding que controla diversas outras empresas do grupo.
Segundo o empreiteiro, antes de ir à PF naquele dia 18 de maio, "providenciou pesquisas acerca de doações à campanha de Gleisi Hoffmann na eleição de 2010, não tendo localizado nenhum registro".
Nessa pesquisa, afirmou o empresário, "foram localizados registros de doação de empresas do Grupo Odebrecht ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, o que dá margem à hipótese de que esse diretório tenha repassado à senadora".
Marcelo Odebrecht afirmou que "no Grupo não havia uma única pessoa encarregada de concentrar as solicitações de doações de campanha, uma vez que são centenas de empresas que compõem a organização e estas detêm autonomia para decidir sobre essas doações, tendo cada uma delas uma ou mais pessoas responsáveis para tratar do tema".
Para a Lava Jato, delatores apontaram o nome do diretor de Relações Institucionais da construtora Alexandrino Alencar como responsável pelas doações.
O dono da Odebrecht declarou que "nunca tratou com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, sobre contribuições financeiras à campanha de Gleisi Hoffmann, em 2010".
Esclareceu que sua relação com Paulo Roberto Costa "limitava-se a questões afetas ao Conselho de Administração da Braskem, cuja presidência era ocupada pelo declarante, sendo que Paulo Roberto era o vice-presidente do Conselho (nomeado pela Petrobras)".
Marcelo Odebrecht contou que ele e Costa compuseram o Conselho de Administração da Braskem durante cerca de três anos, de 2010 a 2012, "salvo engano". "Nunca participou nem tomou conhecimento da realização de ajustes voltados ao direcionamento de licitações no âmbito da Petrobras, tampouco foi convidado a participar de reuniões com esse propósito."
Ele disse que "nunca participou, tomou conhecimento, ou foi convidado para reuniões voltadas ao estabelecimento ou manutenção de cartel entre empresas contratadas pela Petrobrás".
"Nunca tomou conhecimento acerca da existência de pagamentos por parte de empresas do Grupo Odebrecht a diretores de estatais, ligados à Petrobras e suas subsidiárias e a qualquer outra."
A senadora Gleisi Hoffmann nega categoricamente ter recebido doações ilícitas nas eleições. Desde que seu nome foi citado nos autos da Lava Jato ela tem reiterado que os financiamentos de sua campanha foram todos declarados à Justiça Eleitoral. O ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi, também afasta qualquer hipótese de que tenha pedido R$ 1 milhão para a campanha de sua mulher, em 2010.
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