Dono da Odebrecht diz que 'nunca recebeu privilégios' do governo
Estadão Conteúdo De São Paulo e Curitiba 23/06/2015
Antônio More/Gazeta do Povo/Estadão Conteúdo
O presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht
O empresário Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da maior empreiteira do país e preso pela operação Erga Omnes, a mais nova etapa da Lava Jato, disse à Polícia Federal em depoimento de 18 de maio, que "desconhece qualquer ajuste voltado à prática de sobrepreço em contratos firmados pela Petrobras". Ele afirmou que o Grupo Odebrecht "nunca recebeu privilégios da administração pública direta e indireta, no que se incluem a Petrobras e suas subsidiárias."
Marcelo Odebrecht declarou ainda que "não se recorda" de ter recebido solicitação da senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) para contribuição financeira à campanha da petista em 2010.
Mas o empreiteiro fez uma ressalva: "Tal resposta não elimina a possibilidade de que tenha havido tal solicitação ao próprio declarante ou alguém ligado à Odebrecht."
O empreiteiro depôs nos autos do inquérito que investiga o suposto repasse de R$ 1 milhão para a campanha da petista ao Senado, no pleito de 2010. O delegado Thiago Machado Delabary, que integra o Grupo de Inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF), fez diversas perguntas a Marcelo Odebrecht, praticamente todas sobre a senadora do PT.
Marcelo Odebrecht disse, ainda, que "não se recorda" de ter recebido de Paulo Bernardo, marido de Gleisi e então ministro do Planejamento, fez pedido de doação à campanha da petista.
A senadora é alvo de inquérito aberto por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República.
O empreiteiro afirmou que 'não mantinha relação pessoal com Gleisi Hoffmann e que não houve encontro destinado à solicitação para campanha, uma vez que se tivesse ocorrido, o declarante possivelmente se recordaria'. Ele disse que "não dispunha do telefone de Gleisi, o que não impede de ter ocorrido contato telefônico ocorrido a respeito da campanha de 2010?.
Esse depoimento de Marcelo Odebrecht no dia 18 de maio ocorreu na sede da PF em Brasília. Na ocasião, ele estava acompanhado dos advogados criminalistas Dora Cavalcanti, Conrado Donati e Maurício Roberto de Carvalho Ferro.
O alvo maior da Erga Omnes disse que desempenha desde 2009 a função de diretor-presidente da Odebrecht S/A, holding que controla diversas outras empresas do grupo.
Segundo o empreiteiro, antes de ir à PF naquele dia 18 de maio, "providenciou pesquisas acerca de doações à campanha de Gleisi Hoffmann na eleição de 2010, não tendo localizado nenhum registro".
Nessa pesquisa, afirmou o empresário, "foram localizados registros de doação de empresas do Grupo Odebrecht ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, o que dá margem à hipótese de que esse diretório tenha repassado à senadora".
Marcelo Odebrecht afirmou que "no Grupo não havia uma única pessoa encarregada de concentrar as solicitações de doações de campanha, uma vez que são centenas de empresas que compõem a organização e estas detêm autonomia para decidir sobre essas doações, tendo cada uma delas uma ou mais pessoas responsáveis para tratar do tema".
Para a Lava Jato, delatores apontaram o nome do diretor de Relações Institucionais da construtora Alexandrino Alencar como responsável pelas doações.
O dono da Odebrecht declarou que "nunca tratou com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, sobre contribuições financeiras à campanha de Gleisi Hoffmann, em 2010".
Esclareceu que sua relação com Paulo Roberto Costa "limitava-se a questões afetas ao Conselho de Administração da Braskem, cuja presidência era ocupada pelo declarante, sendo que Paulo Roberto era o vice-presidente do Conselho (nomeado pela Petrobras)".
Marcelo Odebrecht contou que ele e Costa compuseram o Conselho de Administração da Braskem durante cerca de três anos, de 2010 a 2012, "salvo engano". "Nunca participou nem tomou conhecimento da realização de ajustes voltados ao direcionamento de licitações no âmbito da Petrobras, tampouco foi convidado a participar de reuniões com esse propósito."
Ele disse que "nunca participou, tomou conhecimento, ou foi convidado para reuniões voltadas ao estabelecimento ou manutenção de cartel entre empresas contratadas pela Petrobrás".
"Nunca tomou conhecimento acerca da existência de pagamentos por parte de empresas do Grupo Odebrecht a diretores de estatais, ligados à Petrobras e suas subsidiárias e a qualquer outra."
A senadora Gleisi Hoffmann nega categoricamente ter recebido doações ilícitas nas eleições. Desde que seu nome foi citado nos autos da Lava Jato ela tem reiterado que os financiamentos de sua campanha foram todos declarados à Justiça Eleitoral. O ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi, também afasta qualquer hipótese de que tenha pedido R$ 1 milhão para a campanha de sua mulher, em 2010.
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Konstantinos - Uranus
terça-feira, 23 de junho de 2015
Lula não é investigado da Lava Jato neste momento, diz procurador do MPF
Lula não é investigado da Lava Jato neste momento, diz procurador do MPF
terça-feira, 23 de junho de 2015
Por Caroline Stauffer
CURITIBA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não faz parte das investigações da Lava Jato neste momento, disse à Reuters nesta terça-feira o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal (MPF).
“Neste momento, o ex-presidente não faz parte da investigação”, disse Santos Lima, que integra a força-tarefa da investigação do escândalo bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras, funcionários da estatal, executivos da empreiteira, políticos e partidos.
“O que nós temos até agora (sobre Lula) são só notícias da imprensa”, disse.
“O fato é que se encontramos elementos, investigaremos (Lula) como qualquer outro”, afirmou o procurador, ao ser indagado sobre o fato de o ex-presidente não ter mais foro privilegiado.
A prisão do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, na última sexta-feira gerou especulações na imprensa de que a Lava Jato estaria mais perto de alcançar Lula, devido à proximidade do ex-presidente com o influente empresário à frente do maior grupo de construção e engenharia da América Latina.
De acordo com Santos Lima, a operação Lava Jato ainda deve levar ao menos mais dois anos para ser concluída. As investigações já extrapolaram a Petrobras e, segundo o procurador, apontam para corrupção nos contratos de grandes empreendimentos no setor elétrico, como as usinas de Belo Monte e de Angra 3, ambas com participação da estatal Eletrobras.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
terça-feira, 23 de junho de 2015
Por Caroline Stauffer
CURITIBA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não faz parte das investigações da Lava Jato neste momento, disse à Reuters nesta terça-feira o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal (MPF).
“Neste momento, o ex-presidente não faz parte da investigação”, disse Santos Lima, que integra a força-tarefa da investigação do escândalo bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras, funcionários da estatal, executivos da empreiteira, políticos e partidos.
“O que nós temos até agora (sobre Lula) são só notícias da imprensa”, disse.
“O fato é que se encontramos elementos, investigaremos (Lula) como qualquer outro”, afirmou o procurador, ao ser indagado sobre o fato de o ex-presidente não ter mais foro privilegiado.
A prisão do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, na última sexta-feira gerou especulações na imprensa de que a Lava Jato estaria mais perto de alcançar Lula, devido à proximidade do ex-presidente com o influente empresário à frente do maior grupo de construção e engenharia da América Latina.
De acordo com Santos Lima, a operação Lava Jato ainda deve levar ao menos mais dois anos para ser concluída. As investigações já extrapolaram a Petrobras e, segundo o procurador, apontam para corrupção nos contratos de grandes empreendimentos no setor elétrico, como as usinas de Belo Monte e de Angra 3, ambas com participação da estatal Eletrobras.
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Lula defende revolução no PT e diz que partido perdeu a utopia
Lula defende revolução no PT e diz que partido perdeu a utopia
Agência Brasil
Publicação: 22/06/2015
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (22) que o Partido dos Trabalhadores (PT) precisa de nova utopia. Lula lembrou que o partido foi criado com o sonho de dar voz aos trabalhadores, e questionou a situação atual. "Queremos salvar a nossa pele, nossos cargos, ou queremos salvar o nosso projeto?", indagou durante a conferência Novos Desafios da Democracia.
“Hoje, a gente só pensa em cargo, em emprego, a gente só pensa em ser eleito”, avaliou Lula, defendendo que o PT precisa urgentemente voltar a falar com a juventude para que os jovens coordenem o partido, já que muitos dos atuais membros estão “cansados”. “Acho que precisamos criar um novo projeto de organização partidária no nosso país”, defendeu, depois de concluir que o PT perdeu a utopia.
O ex-presidente da República e um dos fundadores do PT disse ainda que muitas vezes os revolucionários se adequam à política, em vez de mudá-la. “Você pode ter uma pessoa bem radical, mas a coloque no Congresso Nacional que daqui a pouco ela vai estar sentada ao lado de alguém de extrema direita”, argumentou.
Ao lado do ex-presidente da Espanha Felipe González, convidado para a conferência promovida pelo Instituto Lula, O ex-presidente refletiu sobre o amadurecimento do PT desde sua fundação, há 35 anos, até a fase atual, no poder. "Quando fazemos oposição é muito fácil você ser democrata. Quando você chega ao governo não pode mais achar, tem que fazer, e fazer significa ter que tomar posições, significa fazer política, acolher um determinado setor e jogar para fora outro setor que não vai ficar contente com suas políticas", constatou.
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domingo, 21 de junho de 2015
Rejeição de contas pelo TCU pode abrir precedente de ações contra Dilma
Rejeição de contas pelo TCU pode abrir precedente de ações contra Dilma
Estadão Conteúdo Em São Paulo 21/06/2015
John Thys/AFP
A desaprovação de contas é mais comum na esfera municipal, na estadual é muito difícil e na federal, se ocorrer, será a primeira vez
A probabilidade de o Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitar as contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff pode abrir um precedente objetivo, do ponto de vista técnico, para que a petista responda por irregularidades cometidas por sua gestão, como por exemplo a ações por improbidade administrativa, crime de responsabilidade ou até um pedido de impedimento (impeachment). A avaliação é do presidente da Comissão de Controle Social dos Gastos Públicos da OAB-SP, Jorge Eluf Neto.
Ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, o advogado disse que, mesmo sem conhecer todos os detalhes do processo que será julgado pelo TCU, "aparentemente está claro que o governo incorreu num fato grave, ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o que é motivo para a rejeição das contas".
Jorge Eluf, que participou da elaboração do texto da atual Constituição e é procurador aposentado, diz que é "um fato inédito" o governo federal estar na iminência de ter suas contas rejeitadas pelo TCU. Na sua avaliação, além da violação da Lei de Responsabilidade Fiscal, a situação chegou a tal ponto em razão da fragilidade política da atual gestão federal.
O advogado, que atuou durante 20 anos no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo como procurador da Fazenda, diz que nunca viu as contas do governo paulista serem desaprovadas. Segundo ele, o que pode ocorrer é uma aprovação com ressalvas. "A desaprovação de contas é mais comum na esfera municipal, na estadual é muito difícil e na federal, se ocorrer, será a primeira vez."
Sobre o prazo de 30 dias dado pelo Tribunal de Contas da União para a presidente Dilma esclarecer os indícios de irregularidades encontradas pelos técnicos dessa Corte, dentre elas as chamadas "pedaladas fiscais", Jorge Eluf diz que essa é mais uma chance que o Executivo terá para explicar suas contas públicas de 2014.
Após a decisão do TCU, o relatório ainda terá de ser submetido ao Congresso Nacional e votado no plenário da Câmara e do Senado. Há mais de dez anos o parlamento não examina as contas votadas pelo TCU.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/
Estadão Conteúdo Em São Paulo 21/06/2015
John Thys/AFP
A desaprovação de contas é mais comum na esfera municipal, na estadual é muito difícil e na federal, se ocorrer, será a primeira vez
A probabilidade de o Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitar as contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff pode abrir um precedente objetivo, do ponto de vista técnico, para que a petista responda por irregularidades cometidas por sua gestão, como por exemplo a ações por improbidade administrativa, crime de responsabilidade ou até um pedido de impedimento (impeachment). A avaliação é do presidente da Comissão de Controle Social dos Gastos Públicos da OAB-SP, Jorge Eluf Neto.
Ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, o advogado disse que, mesmo sem conhecer todos os detalhes do processo que será julgado pelo TCU, "aparentemente está claro que o governo incorreu num fato grave, ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o que é motivo para a rejeição das contas".
Jorge Eluf, que participou da elaboração do texto da atual Constituição e é procurador aposentado, diz que é "um fato inédito" o governo federal estar na iminência de ter suas contas rejeitadas pelo TCU. Na sua avaliação, além da violação da Lei de Responsabilidade Fiscal, a situação chegou a tal ponto em razão da fragilidade política da atual gestão federal.
O advogado, que atuou durante 20 anos no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo como procurador da Fazenda, diz que nunca viu as contas do governo paulista serem desaprovadas. Segundo ele, o que pode ocorrer é uma aprovação com ressalvas. "A desaprovação de contas é mais comum na esfera municipal, na estadual é muito difícil e na federal, se ocorrer, será a primeira vez."
Sobre o prazo de 30 dias dado pelo Tribunal de Contas da União para a presidente Dilma esclarecer os indícios de irregularidades encontradas pelos técnicos dessa Corte, dentre elas as chamadas "pedaladas fiscais", Jorge Eluf diz que essa é mais uma chance que o Executivo terá para explicar suas contas públicas de 2014.
Após a decisão do TCU, o relatório ainda terá de ser submetido ao Congresso Nacional e votado no plenário da Câmara e do Senado. Há mais de dez anos o parlamento não examina as contas votadas pelo TCU.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Napoleão: 6 curiosidades e lendas sobre essa personalidade histórica
Napoleão: 6 curiosidades e lendas sobre essa personalidade histórica
Do UOL, em São Paulo 18/06/2015
Arte UOL
Há 200 anos, em 18 de junho de 1815, acabava o império de um dos principais estrategistas militares da história, o francês Napoleão Bonaparte (1769-1821). Em seu auge, o império napoleônico ocupou boa parte da Europa, acumulando quase um terço da população do continente.
A queda de Napoleão aconteceu na Bélgica, no episódio conhecido como Batalha de Waterloo. Depois de retomar o poder por mais de três meses, no período chamado de Governo dos Cem Dias, Waterloo marcou o fim da carreira política de Napoleão.
O UOL separou seis curiosidades sobre o líder, conhecido por sua personalidade forte:
1) Casar de branco
Para o evento de sua coroação, em 1804, Napoleão mandou confeccionar trajes brancos seguindo o modelo de sua esposa Josefina. Durante a cerimônia, o papa Pio 6º também oficializou o casamento deles. Antes de Napoleão e Josefina, as pessoas se casavam com trajes de qualquer cor. Depois do casal, a opção do branco começou a se popularizar.
Outra relação entre Napoleão e a moda é a lenda de que os botões presentes nas mangas de paletós e casacos foram ideia dele. O imperador gostava que suas tropas estivessem alinhadas e bem vestidas -- ele não gostava que os soldados limpassem o nariz e a boca nas mangas da farda. Por isso, ordenou que oito botões de metal fossem colocados no local, a fim de evitar tal atitude. Com menos botões, o design dos trajes permanece até hoje.
2) Arco do Triunfo: monumento às vitórias das tropas napoleônicas
O Arco do Triunfo, em Paris, é parada turística obrigatória para quem vai para a França. Mas nem todo mundo sabe que os desenhos do monumento fazem referência a batalhas travadas pelas tropas napoleônicas.
Ele foi construído em 1805, quando o exército francês fazia uma campanha militar para lá de bem sucedida. Naquele ano, o império conseguiu uma de suas principais vitórias na Batalha de Austerlitz, numa região que corresponde à atual República Tcheca. Nesse confronto, o exército francês venceu as tropas austro-russas, apesar de ter menor número de soldados que o inimigo. Os historiadores consideram a batalha uma obra-prima tática de Napoleão, o que evidenciou sua genialidade como estrategista militar.
O monumento contém gravados os nomes de 128 batalhas e 56 generais. Apesar de ter planejado a homenagem, Napoleão nunca chegou a ver o Arco do Triunfo pronto. A obra só ficou pronta em 1836, 15 anos após a morte do imperador e 21 anos após a derrota em Waterloo.
3) O imperador sem pênis
Napoleão morreu em 1821, na Ilha de Santa Helena. No entanto, o corpo não foi sepultado com todos os órgãos. O pênis do imperador teria sido amputado horas depois de sua morte. A principal hipótese para explicar esse fato é que a amputação tenha sido feita durante a autópsia, pelo médico francês Francesco Antommarchi.
A relação de Antommarchi com Napoleão era pouco amistosa. Enviado para cuidar do câncer de estômago do imperador, o anatomista pouco entendia do assunto. O fato irritou Bonaparte, que o recebia com insultos e cusparadas. A amputação teria sido uma vingança do médico.
Mais de um século depois, a relíquia reapareceu nos Estados Unidos, guardada pelo urologista John Lattimer. Segundo a Time, Lattimer permaneceu com o órgão até sua morte em 2007. A filha que herdou a relíquia deseja leiloá-la. O preço inicial é 100 mil dólares (cerca de R$ 310 mil).
4) Chapéu leiloado por R$ 6,5 milhões
Em 2014, um chapéu de duas pontas, usado por Napoleão, foi leiloado por 1,89 milhão de euros – cerca de R$ 6,5 milhões. Dos 120 chapéus que o imperador usou durante seu governo, 19 foram encontrados. Boa parte deles está em coleções de franceses.
5) Solução do enigma dos hieróglifos
Napoleão teve um papel essencial para decifrar os hieróglifos egípcios, um dos mais antigos sistemas de escrita do mundo. Durante a invasão do Egito, em 1798, Napoleão levou um grupo de estudiosos, que deveria trazer à França todos os patrimônios de interesse cultural ou artístico.
Um dos soldados de Napoleão encontrou uma pedra de granito, que continha inscrições em três tipos de escrita: grego, hieróglifo egípcio e demótico. Mesmo com diferentes caligrafias, o texto inscrito na Pedra de Roseta, como ficou conhecida, continha o mesmo significado. Foi, portanto, essencial para resolver o enigma dos hieróglifos.
6) Anticristo?
A rainha portuguesa Maria 1ª, apelidada de Maria, a Louca, acreditava que Napoleão seria o "anticristo". Portugal era um dos alvos do imperador, pois o país era aliado e tinha fortes laços comerciais com a Inglaterra. Napoleão havia proibido o comércio com os ingleses, no ato que ficou conhecido como Bloqueio Continental -- e por causa dele, a família real portuguesa fugiu para o Brasil em 1808.
Como Napoleão se tornou imperador?
Militar e político, Napoleão Bonaparte (1769-1821) ajudou a forjar a história moderna da França. As chamadas Guerras Napoleônicas conquistaram territórios e redesenharam o mapa do poder na Europa. Você conhece a história do general e imperador Napoleão?
Chefe do Parlamento Europeu diz que debate do Reino Unido sobre UE dissemina ódio
Chefe do Parlamento Europeu diz que debate do Reino Unido sobre UE dissemina ódio
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz (esquerda), e primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante evento em Londres, na Inglaterra, nesta quinta-feira. 18/06/2015 REUTERS/Kirsty Wigglesworth/Pool
Por Andrew Osborn e Kylie MacLellan
LONDRES (Reuters) - O debate da Grã-Bretanha sobre a Europa é motivado por mentiras odiosas, ressentimento nacional e utilização de imigrantes romenos e búlgaros como bode expiatório, disse o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, nesta quinta-feira.
Schulz fez seus comentários num discurso em Londres após conversas com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que prometeu renegociar os laços do Reino Unido com a União Europeia antes de realizar um referendo sobre a permanência britânica na UE até o fim de 2017.
Cameron fez da restrição ao acesso a benefícios sociais para imigrantes da UE uma parte fundamental desse esforço de renegociação. Embora Schulz não o tenha criticado por nome, seus comentários podem ser interpretados como uma dura crítica ao líder britânico.
"Há tentativas de pessoas na Europa e também neste país de criar novas barreiras entre países", disse Schulz. "Alimentando um sentimento de pânico sobre os chamados turistas beneficiários da Romênia e da Bulgária, que querem pilhar os sistemas sociais dos países que os abrigam."
"Mentiras descaradas contadas... o que me deixa triste e nervoso em todo este debate é o tom de ressentimento nacional. O ódio se espalha. Pessoas são usadas como bodes expiatórios."
Uma porta-voz de Cameron havia descrito anteriormente sua reunião com Schulz, na quinta-feira de manhã, como boa, embora ela tenha dito que mais discussões entre ambos seriam necessárias.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz (esquerda), e primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante evento em Londres, na Inglaterra, nesta quinta-feira. 18/06/2015 REUTERS/Kirsty Wigglesworth/Pool
Por Andrew Osborn e Kylie MacLellan
LONDRES (Reuters) - O debate da Grã-Bretanha sobre a Europa é motivado por mentiras odiosas, ressentimento nacional e utilização de imigrantes romenos e búlgaros como bode expiatório, disse o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, nesta quinta-feira.
Schulz fez seus comentários num discurso em Londres após conversas com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que prometeu renegociar os laços do Reino Unido com a União Europeia antes de realizar um referendo sobre a permanência britânica na UE até o fim de 2017.
Cameron fez da restrição ao acesso a benefícios sociais para imigrantes da UE uma parte fundamental desse esforço de renegociação. Embora Schulz não o tenha criticado por nome, seus comentários podem ser interpretados como uma dura crítica ao líder britânico.
"Há tentativas de pessoas na Europa e também neste país de criar novas barreiras entre países", disse Schulz. "Alimentando um sentimento de pânico sobre os chamados turistas beneficiários da Romênia e da Bulgária, que querem pilhar os sistemas sociais dos países que os abrigam."
"Mentiras descaradas contadas... o que me deixa triste e nervoso em todo este debate é o tom de ressentimento nacional. O ódio se espalha. Pessoas são usadas como bodes expiatórios."
Uma porta-voz de Cameron havia descrito anteriormente sua reunião com Schulz, na quinta-feira de manhã, como boa, embora ela tenha dito que mais discussões entre ambos seriam necessárias.
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Às vésperas de encíclica, papa apela por “nosso planeta arruinado”
quarta-feira, 17 de junho de 2015
Papa Francisco acena em audiência no Vaticano. 17/6/2015. REUTERS/Max Rossi
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco, que está prestes a divulgar a mensagem papal mais contestada em meio século, disse nesta quarta-feira que todos deveriam ajudar a salvar “nosso planeta arruinado” e pediu aos críticos que leiam sua encíclica com boa vontade.
Nas 192 páginas da altamente pessoal e eloquente “Laudato Si (Bendito Seja), Sobre os Cuidados com Nosso Lar Comum”, Francisco entra de cabeça na polêmica sobre a mudança climática, o que lhe rendeu a ira dos conservadores céticos, incluindo dois pré-candidatos republicanos à Presidência dos Estados Unidos.
Na terça-feira, Jeb Bush, católico convertido, disse: “Minha política econômica não vem dos meus bispos ou meus cardeais ou meu papa”.
O documento é o mais controverso da Igreja desde que a encíclica “Humanae Vitae”, publicado por Paulo VI em 1968, entronizou a proibição dos métodos contraceptivos na Igreja.
Católicos liberais se opuseram à proibição, mas a maioria saudou a postura do papa em relação à mudança climática.
Como Francisco disse que quer influenciar a cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece em Paris em dezembro, a encíclica consolida ainda mais seu papel como figura diplomática global, na esteira de sua mediação da reaproximação entre Cuba e os EUA no final do ano passado.
A maioria das encíclicas são dirigidas aos católicos, mas Francisco repetiu nesta quarta-feira que deseja alcançar um público mais amplo.
“Este nosso lar está sendo arruinado, e isso prejudica a todos, especialmente os pobres”, declarou ele em sua audiência aberta semanal. “O meu apelo é por responsabilidade... peço a todos que recebam este documento de espírito aberto”.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Papa Francisco acena em audiência no Vaticano. 17/6/2015. REUTERS/Max Rossi
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco, que está prestes a divulgar a mensagem papal mais contestada em meio século, disse nesta quarta-feira que todos deveriam ajudar a salvar “nosso planeta arruinado” e pediu aos críticos que leiam sua encíclica com boa vontade.
Nas 192 páginas da altamente pessoal e eloquente “Laudato Si (Bendito Seja), Sobre os Cuidados com Nosso Lar Comum”, Francisco entra de cabeça na polêmica sobre a mudança climática, o que lhe rendeu a ira dos conservadores céticos, incluindo dois pré-candidatos republicanos à Presidência dos Estados Unidos.
Na terça-feira, Jeb Bush, católico convertido, disse: “Minha política econômica não vem dos meus bispos ou meus cardeais ou meu papa”.
O documento é o mais controverso da Igreja desde que a encíclica “Humanae Vitae”, publicado por Paulo VI em 1968, entronizou a proibição dos métodos contraceptivos na Igreja.
Católicos liberais se opuseram à proibição, mas a maioria saudou a postura do papa em relação à mudança climática.
Como Francisco disse que quer influenciar a cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece em Paris em dezembro, a encíclica consolida ainda mais seu papel como figura diplomática global, na esteira de sua mediação da reaproximação entre Cuba e os EUA no final do ano passado.
A maioria das encíclicas são dirigidas aos católicos, mas Francisco repetiu nesta quarta-feira que deseja alcançar um público mais amplo.
“Este nosso lar está sendo arruinado, e isso prejudica a todos, especialmente os pobres”, declarou ele em sua audiência aberta semanal. “O meu apelo é por responsabilidade... peço a todos que recebam este documento de espírito aberto”.
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sábado, 13 de junho de 2015
Em clima tenso, Copa América 2015 começa no Chile País enfrenta protestos contra os recentes casos de corrupção
Em clima tenso, Copa América 2015 começa no Chile
País enfrenta protestos contra os recentes casos de corrupção
SÃO PAULO (ANSA) - Começa nesta quinta-feira (11) a 44ª edição da Copa América, a competição entre seleções mais antiga do mundo. Porém, o evento deve ser marcado por uma série de protestos da população contra os atuais casos de corrupção que ocorrem na política chilena. Por causa disso, as autoridades reforçaram a segurança em oito quarteirões próximos ao Estádio Nacional, em Santiago, onde Chile e Equador se enfrentam nesta noite. Há ainda planos especiais de segurança para as outras sete cidades-sedes.
O governo de Michelle Bachelet está enfrentando uma rejeição histórica e a mandatária chegou a trocar todo o seu gabinete para tentar amenizar a crise. Casos de corrupção tanto de aliados como de seu próprio filho, mancharam a reputação da presidente - que deixou o primeiro mandato com 84% de aprovação.
Já em campo, as 12 seleções (10 sul-americanas e Jamaica e México da Concacaf) lutarão pelo título divididas em três grupos de quatro times. Líder e vice-líder de cada grupo e os dois melhores terceiros colocados avançam para as oitavas de final, em sistema mata-mata.
O Uruguai é a equipe com mais conquistas no torneio (15), seguido de perto pela Argentina (14). A seleção de Dunga irá lutar por sua nona consagração na América do Sul. O campeão da edição da Copa América ganha a vaga automática para a Copa das Confederações de 2017, que será disputada na Rússia.
Caso México ou Jamaica vença a disputa, o sul-americano melhor colocado é quem fica com a classificação.
Argentina - com Messi, Tevez e Aguero - e Chile são as favoritas para a competição. Já o Brasil tenta recuperar sua imagem em torneios desse tipo após o vexame da Copa do Mundo no ano passado. O time de Dunga está no grupo C, ao lado de Peru, Colômbia e Venezuela, fazendo sua estreia no próximo domingo (14) contra os peruanos, às 18h30.
Em entrevista amena a Jô Soares, Dilma defende ajuste fiscal e programas sociais
Em entrevista amena a Jô Soares, Dilma defende ajuste fiscal e programas sociais
Do UOL, em São Paulo 13/06/2015 Atualizada 13/06/2015
Roberto Stuckert Filho/PR
Em entrevista ao Programa do Jô, da Rede Globo, transmitida na madrugada deste sábado (13), a presidente Dilma Rousseff defendeu o ajuste fiscal proposto pelo governo, e sob comando do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a manutenção dos programas sociais.
"O Brasil está momentaneamente em problemas e dificuldades, não estruturalmente doente; por isso, simultaneamente ao ajuste fiscal, precisamos fazer investimentos em infraestrutura e manter os investimentos nos programas sociais", disse Dilma.
Gravada na tarde de sexta-feira no Palácio da Alvorada, em Brasília, a entrevista teve tom bem humorado, com poucas críticas e momentos descontraídos, mesmo em momentos em que o apresentador questionou a presidente sobre temas como a inflação e promessas de campanha. O tom contrasta, por exemplo, com as entrevistas apresentadas pelo Jornal Nacional, também da Globo, durante a campanha presidencial de 2014.
Em crítica à manutenção do aeroporto Santos Dumont, Dilma respondeu: "Eu vou lá tirar a pedra de gelo [que faz a função do ar condicionado]".
Campanhas e crise
No começo da entrevista, Jô Soares comentou que críticos da presidente dizem que ela não cumpre suas promessas de campanha, o que serviu para Dilma defender seu segundo mandato: "Estou entrando no sexto mês de mandato. É muito difícil dizer que não cumpri minhas promessas porque tenho ainda um mandato inteiro para cumpri-las", disse.
Frente ao cenário de crise econômica no país, Dilma Rousseff voltou a defender o pacote de ajuste fiscal que cortou cerca de R$ 79 bilhões no orçamento da União.
"O mundo está no sétimo ano da crise e tanto os Estados Unidos quanto a China não saíram da crise. Nós temos utilizado tudo o que podíamos, como o orçamento da União, que bancou redução de impostos contra cortes em empregos e salários desde 2009; esgotamos tudo o que podíamos, mas a crise durou mais que esperávamos", comentou. A presidente ainda ressaltou o efeito da seca sobre o preço da energia e alimentos, o que, somado à alta do dólar, aumentaria a inflação.
Dilma, no entanto, afirmou que o governo espera melhora na inflação até o final do ano: "As avaliações do mercado apontam para queda no índice nos próximos meses", disse, reforçando que o impacto da inflação sobre parte da população mais carente foi amenizada, segundo ela, pois as prestações do programa Minha Casa Minha vida não estão atreladas à taxa de juros, que teve sua sexta alta seguida, atingindo o maior patamar desde 2008.
Petrobras e elogios
Em determinados momentos, o apresentador, que costuma defender o governo Dilma em seus programas com outras jornalistas, apelidadas de 'meninas do Jô', trouxe temas de modo que Dilma pudesse complementar. Para introduzir o tema Petrobras, Jô criticou "pessoas desinformadas" que não sabem que a empresa já extrai petróleo do pré-sal e comentariam com ele que a empreitada não daria certo.
A presidente afirmou que já são extraídos 800 mil barris (aprox. 127 milhões de litros) de óleo por dia do pré-sal, e defendeu a estatal, que se encontra sob investigação na operação Lava Jato por ligação de diretores em um esquema bilionário de corrupção envolvendo ainda altos escalões do governo, grandes empreiteras e partidos.
"A Petrobrás não pode ser confundida com funcionários que cometeram irregularidades. Ela registrou o balanço, teve as contas aprovadas pela Comissão de Valores Mobiliários do Brasil e na equivalente à comissão nos Estados Unidos, que é a SEC. A Petrobrás está no caminho certo", disse.
Ao questionar sobre a fama de Dilma como 'pavio curto', Jô Soares comentou que os comentários poderiam ser machistas, pois, segundo ele, ninguém estranha que um presidente homem tenha pavio curto. "Sou uma mulher dura no meio de homens meigos", respondeu a presidente, sem deixar claro se havia ironia no comentário.
Entre os 'homens meigos' que a rodeiam, Dilma aproveitou para elogiar Michel Temer (PMDB), vice-presidente e atual responsável pelo diálogo entre o Planalto e o Congresso, depois de tensões entre os poderes. "Michel Temer é muito hábil, e um ótimo articulador político", disse.
Ao final, após questionar sobre o imposto sobre grandes fortunas e sobre a condução política mais voltada para o "caráter realizador" da presidente e menos para buscar reeleição, já que se encontra no segundo mandato, Jô Soares brincou, reforçando o tom bem-humorado da conversa.
"Quero agradecer imensamente à presidente Dilma Rousseff, e espero que tenha sido bom para você também, pois hoje é o Dia dos Namorados e, afinal de contas, temos de sair ambos muito satisfeitos".
"Muito satisfeitos", respondeu a presidente
Do UOL, em São Paulo 13/06/2015 Atualizada 13/06/2015
Roberto Stuckert Filho/PR
Em entrevista ao Programa do Jô, da Rede Globo, transmitida na madrugada deste sábado (13), a presidente Dilma Rousseff defendeu o ajuste fiscal proposto pelo governo, e sob comando do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a manutenção dos programas sociais.
"O Brasil está momentaneamente em problemas e dificuldades, não estruturalmente doente; por isso, simultaneamente ao ajuste fiscal, precisamos fazer investimentos em infraestrutura e manter os investimentos nos programas sociais", disse Dilma.
Gravada na tarde de sexta-feira no Palácio da Alvorada, em Brasília, a entrevista teve tom bem humorado, com poucas críticas e momentos descontraídos, mesmo em momentos em que o apresentador questionou a presidente sobre temas como a inflação e promessas de campanha. O tom contrasta, por exemplo, com as entrevistas apresentadas pelo Jornal Nacional, também da Globo, durante a campanha presidencial de 2014.
Em crítica à manutenção do aeroporto Santos Dumont, Dilma respondeu: "Eu vou lá tirar a pedra de gelo [que faz a função do ar condicionado]".
Campanhas e crise
No começo da entrevista, Jô Soares comentou que críticos da presidente dizem que ela não cumpre suas promessas de campanha, o que serviu para Dilma defender seu segundo mandato: "Estou entrando no sexto mês de mandato. É muito difícil dizer que não cumpri minhas promessas porque tenho ainda um mandato inteiro para cumpri-las", disse.
Frente ao cenário de crise econômica no país, Dilma Rousseff voltou a defender o pacote de ajuste fiscal que cortou cerca de R$ 79 bilhões no orçamento da União.
"O mundo está no sétimo ano da crise e tanto os Estados Unidos quanto a China não saíram da crise. Nós temos utilizado tudo o que podíamos, como o orçamento da União, que bancou redução de impostos contra cortes em empregos e salários desde 2009; esgotamos tudo o que podíamos, mas a crise durou mais que esperávamos", comentou. A presidente ainda ressaltou o efeito da seca sobre o preço da energia e alimentos, o que, somado à alta do dólar, aumentaria a inflação.
Dilma, no entanto, afirmou que o governo espera melhora na inflação até o final do ano: "As avaliações do mercado apontam para queda no índice nos próximos meses", disse, reforçando que o impacto da inflação sobre parte da população mais carente foi amenizada, segundo ela, pois as prestações do programa Minha Casa Minha vida não estão atreladas à taxa de juros, que teve sua sexta alta seguida, atingindo o maior patamar desde 2008.
Petrobras e elogios
Em determinados momentos, o apresentador, que costuma defender o governo Dilma em seus programas com outras jornalistas, apelidadas de 'meninas do Jô', trouxe temas de modo que Dilma pudesse complementar. Para introduzir o tema Petrobras, Jô criticou "pessoas desinformadas" que não sabem que a empresa já extrai petróleo do pré-sal e comentariam com ele que a empreitada não daria certo.
A presidente afirmou que já são extraídos 800 mil barris (aprox. 127 milhões de litros) de óleo por dia do pré-sal, e defendeu a estatal, que se encontra sob investigação na operação Lava Jato por ligação de diretores em um esquema bilionário de corrupção envolvendo ainda altos escalões do governo, grandes empreiteras e partidos.
"A Petrobrás não pode ser confundida com funcionários que cometeram irregularidades. Ela registrou o balanço, teve as contas aprovadas pela Comissão de Valores Mobiliários do Brasil e na equivalente à comissão nos Estados Unidos, que é a SEC. A Petrobrás está no caminho certo", disse.
Ao questionar sobre a fama de Dilma como 'pavio curto', Jô Soares comentou que os comentários poderiam ser machistas, pois, segundo ele, ninguém estranha que um presidente homem tenha pavio curto. "Sou uma mulher dura no meio de homens meigos", respondeu a presidente, sem deixar claro se havia ironia no comentário.
Entre os 'homens meigos' que a rodeiam, Dilma aproveitou para elogiar Michel Temer (PMDB), vice-presidente e atual responsável pelo diálogo entre o Planalto e o Congresso, depois de tensões entre os poderes. "Michel Temer é muito hábil, e um ótimo articulador político", disse.
Ao final, após questionar sobre o imposto sobre grandes fortunas e sobre a condução política mais voltada para o "caráter realizador" da presidente e menos para buscar reeleição, já que se encontra no segundo mandato, Jô Soares brincou, reforçando o tom bem-humorado da conversa.
"Quero agradecer imensamente à presidente Dilma Rousseff, e espero que tenha sido bom para você também, pois hoje é o Dia dos Namorados e, afinal de contas, temos de sair ambos muito satisfeitos".
"Muito satisfeitos", respondeu a presidente
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Capacetes azuis trocam produtos por sexo no Haiti e na Libéria
Capacetes azuis trocam produtos por sexo no Haiti e na Libéria
El País El País
Sandro Pozzi
Tropas da ONU em República Demócratica do Congo. © KUDRA MALIRO Tropas da ONU em República Demócratica do Congo.
Os casos de exploração sexual por parte dos capacetes azuis das Nações Unidas continuam sendo algo sistêmico. O último relatório de supervisão interna da organização concentra-se na conduta dos soldados no Haiti (onde o Brasil tem o comando militar da missão da ONU) e na Libéria, dois dos países mais pobres do planeta e os mais afetados por esses abusos. O estudo revela que o sexo utilizado como moeda de troca é “bastante comum”, ainda que as vítimas tendam a não denunciar – o que dificulta a assistência adequada.
A ONU tem cerca de 125.000 capacetes azuis mobilizados no mundo todo, em missões de manutenção da paz em zonas de conflito ou realizando tarefas de assistência em países atingidos por desastres naturais. A prática de pagar por sexo é proibida aos capacetes azuis, pois coloca em risco a credibilidade da instituição de proteger a população civil mais vulnerável. É inclusive desaconselhada a relação pessoal com os que recebem ajuda.
O rascunho do relatório, que será divulgado em breve embora tenha sido vazado na imprensa, revela que durante o ano passado houve denúncias de 51 casos de abuso e exploração sexual em todas as missões da ONU, segundo a agência AP. São 15 a menos que no último relatório anual. Mas os pesquisadores consideram insuficiente essa redução, apesar do aumento no número de soldados mobilizados.
No caso concreto do Haiti, os capacetes azuis pagaram para ter sexo com 225 mulheres que necessitavam de alimentos e remédios. O documento não especifica em que período os atos ocorreram nem quantos membros da missão, civis e militares, estariam envolvidos. As primeiras tropas foram enviadas em 2004. Há um ano foi publicado um estudo semelhante, que mencionava 231 mulheres afetadas por essas “transações sexuais”.
O problema atinge especialmente as mulheres da zona rural, que tentam obter acesso a produtos e serviços básicos para sustentar suas famílias em meio à miséria. E também as que moram em áreas urbanas ou nos subúrbios, que recebem “sapatos, celulares, laptops, joias e dinheiro” em troca da relação sexual.
Segundo o documento, houve 480 denúncias de exploração sexual e abuso entre 2008 e 2013. Um terço dos casos envolveu menores, o que aumenta a dimensão do problema. Além de Haiti e Libéria, as outras duas missões mais afetadas são a do Sudão do Sul e a da República Democrática do Congo. O relatório também denuncia que a assistência às vítimas é “seriamente deficiente” e pede que as regras sejam esclarecidas.
A revelação do relatório não é nova. A ONU vem arrastando esse problema desde que ele veio à tona, há uma década. O secretário-geral Ban Ki-moon anunciou, na semana passada, o início de outra investigação sobre os últimos casos que afloraram na missão da República Centro-Africana, onde capacetes azuis franceses estariam envolvidos. O objetivo deste último relatório é jogar luz sobre a maneira como a ONU lida com um problema considerado persistente e prolongado. Além da conduta abusiva dos soldados que exibem as cores da organização, existe o problema de que a população local, que se beneficia com a assistência, desconhece que esse tipo de relações com os capacetes azuis não é consentida.
Apenas sete das entrevistadas no estudo sabiam dessa proibição e nenhuma era consciente de que havia possibilidade de denunciar o abuso. A ONU recorda que os países membros são encarregados de investigar a conduta de suas tropas, que costumam permanecer mais de um ano nas missões de paz. Mas a organização é obrigada a agir caso o problema não seja solucionado.
Capacetes azuis trocam produtos por sexo no Haiti e na Libéria
El País El País
Sandro Pozzi
Tropas da ONU em República Demócratica do Congo. © KUDRA MALIRO Tropas da ONU em República Demócratica do Congo.
Os casos de exploração sexual por parte dos capacetes azuis das Nações Unidas continuam sendo algo sistêmico. O último relatório de supervisão interna da organização concentra-se na conduta dos soldados no Haiti (onde o Brasil tem o comando militar da missão da ONU) e na Libéria, dois dos países mais pobres do planeta e os mais afetados por esses abusos. O estudo revela que o sexo utilizado como moeda de troca é “bastante comum”, ainda que as vítimas tendam a não denunciar – o que dificulta a assistência adequada.
A ONU tem cerca de 125.000 capacetes azuis mobilizados no mundo todo, em missões de manutenção da paz em zonas de conflito ou realizando tarefas de assistência em países atingidos por desastres naturais. A prática de pagar por sexo é proibida aos capacetes azuis, pois coloca em risco a credibilidade da instituição de proteger a população civil mais vulnerável. É inclusive desaconselhada a relação pessoal com os que recebem ajuda.
O rascunho do relatório, que será divulgado em breve embora tenha sido vazado na imprensa, revela que durante o ano passado houve denúncias de 51 casos de abuso e exploração sexual em todas as missões da ONU, segundo a agência AP. São 15 a menos que no último relatório anual. Mas os pesquisadores consideram insuficiente essa redução, apesar do aumento no número de soldados mobilizados.
No caso concreto do Haiti, os capacetes azuis pagaram para ter sexo com 225 mulheres que necessitavam de alimentos e remédios. O documento não especifica em que período os atos ocorreram nem quantos membros da missão, civis e militares, estariam envolvidos. As primeiras tropas foram enviadas em 2004. Há um ano foi publicado um estudo semelhante, que mencionava 231 mulheres afetadas por essas “transações sexuais”.
O problema atinge especialmente as mulheres da zona rural, que tentam obter acesso a produtos e serviços básicos para sustentar suas famílias em meio à miséria. E também as que moram em áreas urbanas ou nos subúrbios, que recebem “sapatos, celulares, laptops, joias e dinheiro” em troca da relação sexual.
Segundo o documento, houve 480 denúncias de exploração sexual e abuso entre 2008 e 2013. Um terço dos casos envolveu menores, o que aumenta a dimensão do problema. Além de Haiti e Libéria, as outras duas missões mais afetadas são a do Sudão do Sul e a da República Democrática do Congo. O relatório também denuncia que a assistência às vítimas é “seriamente deficiente” e pede que as regras sejam esclarecidas.
A revelação do relatório não é nova. A ONU vem arrastando esse problema desde que ele veio à tona, há uma década. O secretário-geral Ban Ki-moon anunciou, na semana passada, o início de outra investigação sobre os últimos casos que afloraram na missão da República Centro-Africana, onde capacetes azuis franceses estariam envolvidos. O objetivo deste último relatório é jogar luz sobre a maneira como a ONU lida com um problema considerado persistente e prolongado. Além da conduta abusiva dos soldados que exibem as cores da organização, existe o problema de que a população local, que se beneficia com a assistência, desconhece que esse tipo de relações com os capacetes azuis não é consentida.
Apenas sete das entrevistadas no estudo sabiam dessa proibição e nenhuma era consciente de que havia possibilidade de denunciar o abuso. A ONU recorda que os países membros são encarregados de investigar a conduta de suas tropas, que costumam permanecer mais de um ano nas missões de paz. Mas a organização é obrigada a agir caso o problema não seja solucionado.www.msn.com
El País El País
Sandro Pozzi
Tropas da ONU em República Demócratica do Congo. © KUDRA MALIRO Tropas da ONU em República Demócratica do Congo.
Os casos de exploração sexual por parte dos capacetes azuis das Nações Unidas continuam sendo algo sistêmico. O último relatório de supervisão interna da organização concentra-se na conduta dos soldados no Haiti (onde o Brasil tem o comando militar da missão da ONU) e na Libéria, dois dos países mais pobres do planeta e os mais afetados por esses abusos. O estudo revela que o sexo utilizado como moeda de troca é “bastante comum”, ainda que as vítimas tendam a não denunciar – o que dificulta a assistência adequada.
A ONU tem cerca de 125.000 capacetes azuis mobilizados no mundo todo, em missões de manutenção da paz em zonas de conflito ou realizando tarefas de assistência em países atingidos por desastres naturais. A prática de pagar por sexo é proibida aos capacetes azuis, pois coloca em risco a credibilidade da instituição de proteger a população civil mais vulnerável. É inclusive desaconselhada a relação pessoal com os que recebem ajuda.
O rascunho do relatório, que será divulgado em breve embora tenha sido vazado na imprensa, revela que durante o ano passado houve denúncias de 51 casos de abuso e exploração sexual em todas as missões da ONU, segundo a agência AP. São 15 a menos que no último relatório anual. Mas os pesquisadores consideram insuficiente essa redução, apesar do aumento no número de soldados mobilizados.
No caso concreto do Haiti, os capacetes azuis pagaram para ter sexo com 225 mulheres que necessitavam de alimentos e remédios. O documento não especifica em que período os atos ocorreram nem quantos membros da missão, civis e militares, estariam envolvidos. As primeiras tropas foram enviadas em 2004. Há um ano foi publicado um estudo semelhante, que mencionava 231 mulheres afetadas por essas “transações sexuais”.
O problema atinge especialmente as mulheres da zona rural, que tentam obter acesso a produtos e serviços básicos para sustentar suas famílias em meio à miséria. E também as que moram em áreas urbanas ou nos subúrbios, que recebem “sapatos, celulares, laptops, joias e dinheiro” em troca da relação sexual.
Segundo o documento, houve 480 denúncias de exploração sexual e abuso entre 2008 e 2013. Um terço dos casos envolveu menores, o que aumenta a dimensão do problema. Além de Haiti e Libéria, as outras duas missões mais afetadas são a do Sudão do Sul e a da República Democrática do Congo. O relatório também denuncia que a assistência às vítimas é “seriamente deficiente” e pede que as regras sejam esclarecidas.
A revelação do relatório não é nova. A ONU vem arrastando esse problema desde que ele veio à tona, há uma década. O secretário-geral Ban Ki-moon anunciou, na semana passada, o início de outra investigação sobre os últimos casos que afloraram na missão da República Centro-Africana, onde capacetes azuis franceses estariam envolvidos. O objetivo deste último relatório é jogar luz sobre a maneira como a ONU lida com um problema considerado persistente e prolongado. Além da conduta abusiva dos soldados que exibem as cores da organização, existe o problema de que a população local, que se beneficia com a assistência, desconhece que esse tipo de relações com os capacetes azuis não é consentida.
Apenas sete das entrevistadas no estudo sabiam dessa proibição e nenhuma era consciente de que havia possibilidade de denunciar o abuso. A ONU recorda que os países membros são encarregados de investigar a conduta de suas tropas, que costumam permanecer mais de um ano nas missões de paz. Mas a organização é obrigada a agir caso o problema não seja solucionado.
Capacetes azuis trocam produtos por sexo no Haiti e na Libéria
El País El País
Sandro Pozzi
Tropas da ONU em República Demócratica do Congo. © KUDRA MALIRO Tropas da ONU em República Demócratica do Congo.
Os casos de exploração sexual por parte dos capacetes azuis das Nações Unidas continuam sendo algo sistêmico. O último relatório de supervisão interna da organização concentra-se na conduta dos soldados no Haiti (onde o Brasil tem o comando militar da missão da ONU) e na Libéria, dois dos países mais pobres do planeta e os mais afetados por esses abusos. O estudo revela que o sexo utilizado como moeda de troca é “bastante comum”, ainda que as vítimas tendam a não denunciar – o que dificulta a assistência adequada.
A ONU tem cerca de 125.000 capacetes azuis mobilizados no mundo todo, em missões de manutenção da paz em zonas de conflito ou realizando tarefas de assistência em países atingidos por desastres naturais. A prática de pagar por sexo é proibida aos capacetes azuis, pois coloca em risco a credibilidade da instituição de proteger a população civil mais vulnerável. É inclusive desaconselhada a relação pessoal com os que recebem ajuda.
O rascunho do relatório, que será divulgado em breve embora tenha sido vazado na imprensa, revela que durante o ano passado houve denúncias de 51 casos de abuso e exploração sexual em todas as missões da ONU, segundo a agência AP. São 15 a menos que no último relatório anual. Mas os pesquisadores consideram insuficiente essa redução, apesar do aumento no número de soldados mobilizados.
No caso concreto do Haiti, os capacetes azuis pagaram para ter sexo com 225 mulheres que necessitavam de alimentos e remédios. O documento não especifica em que período os atos ocorreram nem quantos membros da missão, civis e militares, estariam envolvidos. As primeiras tropas foram enviadas em 2004. Há um ano foi publicado um estudo semelhante, que mencionava 231 mulheres afetadas por essas “transações sexuais”.
O problema atinge especialmente as mulheres da zona rural, que tentam obter acesso a produtos e serviços básicos para sustentar suas famílias em meio à miséria. E também as que moram em áreas urbanas ou nos subúrbios, que recebem “sapatos, celulares, laptops, joias e dinheiro” em troca da relação sexual.
Segundo o documento, houve 480 denúncias de exploração sexual e abuso entre 2008 e 2013. Um terço dos casos envolveu menores, o que aumenta a dimensão do problema. Além de Haiti e Libéria, as outras duas missões mais afetadas são a do Sudão do Sul e a da República Democrática do Congo. O relatório também denuncia que a assistência às vítimas é “seriamente deficiente” e pede que as regras sejam esclarecidas.
A revelação do relatório não é nova. A ONU vem arrastando esse problema desde que ele veio à tona, há uma década. O secretário-geral Ban Ki-moon anunciou, na semana passada, o início de outra investigação sobre os últimos casos que afloraram na missão da República Centro-Africana, onde capacetes azuis franceses estariam envolvidos. O objetivo deste último relatório é jogar luz sobre a maneira como a ONU lida com um problema considerado persistente e prolongado. Além da conduta abusiva dos soldados que exibem as cores da organização, existe o problema de que a população local, que se beneficia com a assistência, desconhece que esse tipo de relações com os capacetes azuis não é consentida.
Apenas sete das entrevistadas no estudo sabiam dessa proibição e nenhuma era consciente de que havia possibilidade de denunciar o abuso. A ONU recorda que os países membros são encarregados de investigar a conduta de suas tropas, que costumam permanecer mais de um ano nas missões de paz. Mas a organização é obrigada a agir caso o problema não seja solucionado.www.msn.com
Por que os líderes europeus querem conversar com Dilma?
Por que os líderes europeus querem conversar com Dilma?
BBC Brasil
Às margens da cúpula entre Celac (Comunidade de Estados Latino Americanos e Caribenhos) e União Europeia que ocorre em Bruxelas, a presidente Dilma Rousseff teve reuniões com diversos líderes europeus – entre eles os primeiros-ministros da Grécia e Grã-Bretanha e a chanceler (premiê) da Alemanha.
Segundo a Presidência, todos os encontros com Dilma foram solicitados pelos europeus. A presidente também se reuniu com os líderes da Bulgária e de Luxemburgo, além do presidente do Conselho da União Europeia, Donald Tusk.
Acordos comerciais, Ucrânia, Olimpíadas e crise na Grécia foram alguns dos temas debatidos com os líderes internacionais.
Grécia
A presidente Dilma Rousseff se reuniu com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, na manhã de quinta-feira. Tsipras que tomou posse neste ano após ser eleito pelo partido radical de esquerda Syriza.
O grande assunto foi a crise econômica do país - a Grécia se vê em dificuldades no relacionamento com diversos países europeus, está com problemas para saldar suas dívidas e, se não conseguir uma renegociação, corre o risco de sair da zona do euro.
"Obviamente o primeiro-ministro grego falou das dificuldades, que são públicas e notórias", disse a presidente após o encontro.
Em um momento em que o Brasil passa por um ajuste fiscal, a presidente, falando sobre a situação da Grécia, disse que "pesar a mão" poderia quebrar um país.
"Todas as medidas de austeridade implicam em dois lados. Se você não cria condições para o país transitar para uma situação de estabilidade, se você pesar a mão, você quebra o país. De outro lado, obviamente o país tem que fazer a sua parte."
Ela refutou, porém, comparações entre a situação dos dois países.
"Nós fazemos um ajuste, mas não temos desequilíbrio estrutural."
Angela Merkel cumprimenta Dilma, observada por Rafael Correa, presidente do Equador (Reuters): Encontro com Merkel serviu de preparação para vinda de chanceler alemã ao Brasil © Copyright British Broadcasting Corporation 2015 Encontro com Merkel serviu de preparação para vinda de chanceler alemã ao Brasil
Alemanha
No mesmo dia em que encontrou o primeiro-ministro grego, Dilma se reuniu com aquela a chanceler (premiê) Angela Merkel, da Alemanha - país que vive papel antagonista ao da Grécia, por ser um dos principais credores de Atenas e defensor das medidas de austeridade.
Merkel irá ao Brasil em agosto, e a reunião serviu como uma preparação.
Segundo Dilma, os pontos principais da conversa foram ampliação do comércio e parcerias na área de indústria, desenvolvimento tecnológico e científico e formação profissional e técnica.
"A indústria alemã se caracteriza por uma grande expertise na área de inovação, chão de fábrica e capacidade de ter indústria de alta qualidade, de alta precisão", afirmou.
Elas também discutiram a parceria na área de cibersegurança - as duas líderes foram vítimas de monitoramento pela agência americana NSA e, depois disso, os países trabalharam em conjunto para aprovar uma resolução na ONU sobre o tema.
Elas também conversaram sobre a reforma de organismos financeiros –como o FMI e o Banco Mundial – e sobre a recuperação da economia mundial.
Grã-Bretanha
O encontro com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, começou com uma dança das cadeiras: o cerimonial havia preparado cadeiras com as bandeiras da Grã-Bretanha e do Brasil e os líderes se dirigiram aos locais errados - trocaram por sugestão de Cameron.
Além de desejar sorte na Olimpíada de 2016 no Rio - a edição anterior ocorreu em Londres – Cameron falou que conversaria sobre a economia.
"Há muitos assuntos para conversar sobre nossa colaboração econômica e a possibilidade de acordo entre a União Europeia e o Mercosul", disse o britânico, em referência à negociação que os dois blocos estão retomando, após anos de paralisação.
Dilma também destacou o programa Ciência sem Fronteiras e falou que o Brasil queria fazer uma Olimpíada ainda melhor que a de Londres.
Bélgica
Um tema delicado entrou na discussão de Dilma com o primeiro-ministro belga, Charles Michel: a crise na Ucrânia.
A Rússia, que sofre sanções europeias por sua atuação em regiões separatistas da Ucrânia, é parceira do Brasil no Brics - grupo que realizará uma cúpula no mês que vem.
"Mas a Dilma insistiu muito mais na dimensão econômica que o encontro vai ter, ainda que tenha dito que temas políticos têm crescentemente comparecido", disse o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia.
Também foram discutidos, segundo Dilma, o acordo do Mercosul e da União Europeia e o plano de concessões lançado pelo governo nesta semana.
A presidente destacou que diversas empresas belgas estão no Brasil e que elas têm forte atuação no setor de infraestrutura.
Após a operação Lava Jato, muitas construtoras perderam força. Por isso, segundo analistas, o Brasil precisa atrair empresas internacionais que atuem na área.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Dilma diz que Mercosul pode apresentar propostas à UE "nos próximos dias ou meses"
Dilma diz que Mercosul pode apresentar propostas à UE "nos próximos dias ou meses"
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Presidente Dilma Rousseff na Bélgica 10/6/2015 REUTERS/Eric Vidal
(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, em visita a Bruxelas, que o Mercosul está pronto para apresentar sua oferta à União Europeia para um acordo de livre-comércio entre os blocos, e a entrega pode acontecer nos próximos dias ou meses.
"O Brasil e o Mercosul estão em condições de apresentar suas ofertas comerciais para a União Europeia, e acredito que isso possa ocorrer nos próximos dias ou meses", disse Dilma em declaração após encontro com o premiê belga, Charles Michel, por ocasião da 2ª Cúpula União Europeia-Celac.
"E esperamos que, da mesma forma, essa questão evolua de forma satisfatória do ponto de vista da União Europeia", acrescentou a presidente.
Mais tarde, também em Bruxelas, Dilma disse a jornalistas que não discutiu com autoridades da UE eventuais ofertas, mas sim a marcação de uma data para que essas ofertas sejam apresentadas.
"Hoje não se tratava da discussão sobre oferta, tratava-se de marcar essa data. Amanhã (quinta-feira) nós vamos conversar com o senhor Donald Tusk (presidente do Conselho Europeu), da União Europeia, e também com a chanceler (alemã Angela) Merkel, construindo as condições para que se apresente esse acordo, que é do interesse de todo o Mercosul e, seguramente, da União Europeia", disse Dilma.
A troca simultânea de ofertas entre Mercosul e União Europeia é um passo decisivo para as negociações de um acordo de livre-comércio, considerado por Dilma uma prioridade para o bloco de países sul-americanos neste ano.
LOGÍSTICA E 7 X 1
No encontro de Dilma com o premiê belga, os dois líderes trataram ainda sobre o novo Programa de Investimento em Logística lançado pelo governo federal e o interesse de empresas belgas em investir em infraestrutura no Brasil. "Para nós é muito importante que essa relação se expanda", disse Dilma, acrescentando que os dois países também definiram a cooperação na área de agricultura como "estratégica para ambas as economias".
O governo lançou na terça-feira um ambicioso plano de investimentos em infraestrutura, estimado em quase 200 bilhões de reais, como parte dos esforços para criar uma agenda positiva em meio à fraqueza da economia. [nL1N0YV2LU]
Também nesta quarta-feira, a Presidência da República divulgou a entrevista concedida por Dilma à emissora alemã Deutsche Welle, na qual Dilma voltou a defender a importância de um acordo comercial entre Mercosul e UE e defendeu o desempenho de seu governo no combate à corrupção.
Dilma também foi indagada pela emissora alemã se a derrota sofrida em casa pela seleção brasileira na semifinal da Copa do Mundo de 2014 por 7 x 1 diante da Alemanha ainda doía.
A presidente decidiu responder a "provocação" e prometeu vingança contra a seleção atual campeã do mundo.
"Olha, eu vou te falar: doeu muito. Mas doeu, sim senhor. Posso te dizer isso. Mas, você sabe que nós temos uma característica. A gente diz que brasileiro não desiste nunca. Muito mais em futebol", disse Dilma.
"Por isso eu te digo: vocês aguardem que um dia nós voltaremos. Não digo que vai ser sete a um, mas que a gente ainda vai imprimir uma derrota em vocês, vai", prometeu.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Presidente Dilma Rousseff na Bélgica 10/6/2015 REUTERS/Eric Vidal
(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, em visita a Bruxelas, que o Mercosul está pronto para apresentar sua oferta à União Europeia para um acordo de livre-comércio entre os blocos, e a entrega pode acontecer nos próximos dias ou meses.
"O Brasil e o Mercosul estão em condições de apresentar suas ofertas comerciais para a União Europeia, e acredito que isso possa ocorrer nos próximos dias ou meses", disse Dilma em declaração após encontro com o premiê belga, Charles Michel, por ocasião da 2ª Cúpula União Europeia-Celac.
"E esperamos que, da mesma forma, essa questão evolua de forma satisfatória do ponto de vista da União Europeia", acrescentou a presidente.
Mais tarde, também em Bruxelas, Dilma disse a jornalistas que não discutiu com autoridades da UE eventuais ofertas, mas sim a marcação de uma data para que essas ofertas sejam apresentadas.
"Hoje não se tratava da discussão sobre oferta, tratava-se de marcar essa data. Amanhã (quinta-feira) nós vamos conversar com o senhor Donald Tusk (presidente do Conselho Europeu), da União Europeia, e também com a chanceler (alemã Angela) Merkel, construindo as condições para que se apresente esse acordo, que é do interesse de todo o Mercosul e, seguramente, da União Europeia", disse Dilma.
A troca simultânea de ofertas entre Mercosul e União Europeia é um passo decisivo para as negociações de um acordo de livre-comércio, considerado por Dilma uma prioridade para o bloco de países sul-americanos neste ano.
LOGÍSTICA E 7 X 1
No encontro de Dilma com o premiê belga, os dois líderes trataram ainda sobre o novo Programa de Investimento em Logística lançado pelo governo federal e o interesse de empresas belgas em investir em infraestrutura no Brasil. "Para nós é muito importante que essa relação se expanda", disse Dilma, acrescentando que os dois países também definiram a cooperação na área de agricultura como "estratégica para ambas as economias".
O governo lançou na terça-feira um ambicioso plano de investimentos em infraestrutura, estimado em quase 200 bilhões de reais, como parte dos esforços para criar uma agenda positiva em meio à fraqueza da economia. [nL1N0YV2LU]
Também nesta quarta-feira, a Presidência da República divulgou a entrevista concedida por Dilma à emissora alemã Deutsche Welle, na qual Dilma voltou a defender a importância de um acordo comercial entre Mercosul e UE e defendeu o desempenho de seu governo no combate à corrupção.
Dilma também foi indagada pela emissora alemã se a derrota sofrida em casa pela seleção brasileira na semifinal da Copa do Mundo de 2014 por 7 x 1 diante da Alemanha ainda doía.
A presidente decidiu responder a "provocação" e prometeu vingança contra a seleção atual campeã do mundo.
"Olha, eu vou te falar: doeu muito. Mas doeu, sim senhor. Posso te dizer isso. Mas, você sabe que nós temos uma característica. A gente diz que brasileiro não desiste nunca. Muito mais em futebol", disse Dilma.
"Por isso eu te digo: vocês aguardem que um dia nós voltaremos. Não digo que vai ser sete a um, mas que a gente ainda vai imprimir uma derrota em vocês, vai", prometeu.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
terça-feira, 9 de junho de 2015
Governo lança plano de logística de R$200 bi, mas 65% do investimento virá após 2019
terça-feira, 9 de junho de 2015
Presidente Dilma Rousseff, vice Michel Temer e ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa em cerimônia no Palácio do Planalto. 09/06/2015 REUTERS/Bruno Domingos
Por Leonardo Goy e Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal lançou nesta terça-feira mais um ambicioso plano de investimentos em infraestrutura, estimado em quase 200 bilhões de reais, como parte do esforço da administração Dilma Rousseff de criar uma agenda positiva.
Com a nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), Dilma e sua equipe buscam melhorar a confiança na economia brasileira, que caminha para ter em 2015 o pior desempenho em 25 anos, com contração superior a 1 por cento.
Porém, mais de 65 por cento dos investimentos totais de 198,4 bilhões de reais em portos, ferrovias, rodovias e aeroportos estão previstos para ocorrer apenas a partir de 2019, já no mandato do próximo presidente da República.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo acredita que o PIL ajudará a impulsionar os investimentos de modo que o país volte a crescer a uma taxa de 3 por cento ao ano.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) saudou o novo PIL, mas disse que é preciso "assegurar condições para que a implantação dos projetos de concessão se confirmem no prazo estabelecido".
RETORNO E FINANCIAMENTO
Na etapa edição do PIL, lançada em 2012 no primeiro mandato de Dilma, o governo foi criticado por ter fixado taxas de retorno consideradas muito baixas pelo mercado, o que teria diminuído o interesse pelos projetos. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que os projetos terão agora taxa de retorno “adequada ao risco e às condições de financiamento”, mas não divulgou percentuais.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) continuará a ter presença relevante no financiamento das obras, mas cobrará mais pelo dinheiro e exigirá em muitos casos que sejam levantados recursos também com a emissão de debêntures.
O banco de fomento financiará entre 70 e 90 por cento dos recursos necessários e, segundo Dilma, sempre que "for possível a presença dos mercados de capitais através de debêntures ou dos bancos privados, nós reduziremos essa participação".
DESTAQUE PARA FERROVIAS
A maior parte do novo PIL está na área de ferrovias, que sofreu uma grande reformulação no modelo de licitação em relação ao primeiro programa, que não saiu do papel.
A concessão de ferrovias será feita por outorga, no qual vence aquele que pagar o maior valor ao governo, ou por compartilhamento de investimento.
O BNDES poderá financiar até 90 por cento das ferrovias, sendo até 70 por cento disso com base na Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP) mais 1,5 por cento e 20 por cento em taxa de mercado.
Está previsto um grandioso projeto de uma estrada de ferro para ligar os oceanos Atlântico ao Pacífico, o que reduziria o custo de exportações. Apenas o trecho brasileiro da ferrovia bioceânica até a fronteira com o Peru consumirá estimados 40 bilhões de reais. Para rodovias, a projeção de investimento é de 66,1 bilhões de reais, com quatro novos leilões este ano e 11 licitações em 2016. O governo manteve o padrão de realizar leilões de estradas pela menor tarifa de pedágio, sem outorga.
O novo PIL inclui ainda 15,3 bilhões de reais de investimentos adicionais a serem feitos pelas atuais concessionárias de rodovias.
Em aeroportos, os investimentos totais somam 8,5 bilhões de reais, sendo a maior parte nos quatro grandes terminais que serão leiloados: Fortaleza (1,8 bilhão de reais), Salvador (3 bilhões de reais), Florianópolis (1,1 bilhão de reais) e Porto Alegre (2,5 bilhões de reais).
“Nossa meta é fazer todos os leilões no primeiro semestre do ano que vem, talvez com os dois primeiros (Fortaleza e Florianópolis) no primeiro trimestre e os dois últimos (Salvador e Porto Alegre) no segundo trimestre", disse o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha.
A participação da estatal Infraero nas novas concessões ainda divide o governo, mas ficará entre 15 por cento, mínimo para garantir à estatal uma cadeira no Conselho de Administração das futuras concessionárias, e 49 por cento, patamar nos aeroportos já controlados pela iniciativa privada.
O governo também permitirá a participação dos atuais concessionários de aeroportos nos próximos leilões, mas condicionada a um raio geográfico. "Não pode a mesma concessionária que ganhar Florianópolis ficar com Porto Alegre", exemplificou Padilha.
Nos portos, a expectativa do governo federal é de investimentos totais de 37,4 bilhões de reais, sendo que 11,9 bilhões de reais por meio de 50 novos arrendamentos de áreas portuárias, 14,7 bilhões de reais em 63 novos Terminais de Uso Privativo (TUPs) e 10,8 bilhões de reais com renovações antecipadas de arrendamentos.
O governo quer iniciar este ano a licitação dos 29 áreas portuárias já autorizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e incluídas no programa anterior. O ministro dos Portos, Edinho Araújo, disse que vai voltar a conversar com o tribunal para tentar fazer com que essas primeiras licitações já ocorram pelo maior valor de outorga.
(Reportagem adicional de Alonso Soto)
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Presidente Dilma Rousseff, vice Michel Temer e ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa em cerimônia no Palácio do Planalto. 09/06/2015 REUTERS/Bruno Domingos
Por Leonardo Goy e Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal lançou nesta terça-feira mais um ambicioso plano de investimentos em infraestrutura, estimado em quase 200 bilhões de reais, como parte do esforço da administração Dilma Rousseff de criar uma agenda positiva.
Com a nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), Dilma e sua equipe buscam melhorar a confiança na economia brasileira, que caminha para ter em 2015 o pior desempenho em 25 anos, com contração superior a 1 por cento.
Porém, mais de 65 por cento dos investimentos totais de 198,4 bilhões de reais em portos, ferrovias, rodovias e aeroportos estão previstos para ocorrer apenas a partir de 2019, já no mandato do próximo presidente da República.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo acredita que o PIL ajudará a impulsionar os investimentos de modo que o país volte a crescer a uma taxa de 3 por cento ao ano.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) saudou o novo PIL, mas disse que é preciso "assegurar condições para que a implantação dos projetos de concessão se confirmem no prazo estabelecido".
RETORNO E FINANCIAMENTO
Na etapa edição do PIL, lançada em 2012 no primeiro mandato de Dilma, o governo foi criticado por ter fixado taxas de retorno consideradas muito baixas pelo mercado, o que teria diminuído o interesse pelos projetos. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que os projetos terão agora taxa de retorno “adequada ao risco e às condições de financiamento”, mas não divulgou percentuais.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) continuará a ter presença relevante no financiamento das obras, mas cobrará mais pelo dinheiro e exigirá em muitos casos que sejam levantados recursos também com a emissão de debêntures.
O banco de fomento financiará entre 70 e 90 por cento dos recursos necessários e, segundo Dilma, sempre que "for possível a presença dos mercados de capitais através de debêntures ou dos bancos privados, nós reduziremos essa participação".
DESTAQUE PARA FERROVIAS
A maior parte do novo PIL está na área de ferrovias, que sofreu uma grande reformulação no modelo de licitação em relação ao primeiro programa, que não saiu do papel.
A concessão de ferrovias será feita por outorga, no qual vence aquele que pagar o maior valor ao governo, ou por compartilhamento de investimento.
O BNDES poderá financiar até 90 por cento das ferrovias, sendo até 70 por cento disso com base na Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP) mais 1,5 por cento e 20 por cento em taxa de mercado.
Está previsto um grandioso projeto de uma estrada de ferro para ligar os oceanos Atlântico ao Pacífico, o que reduziria o custo de exportações. Apenas o trecho brasileiro da ferrovia bioceânica até a fronteira com o Peru consumirá estimados 40 bilhões de reais. Para rodovias, a projeção de investimento é de 66,1 bilhões de reais, com quatro novos leilões este ano e 11 licitações em 2016. O governo manteve o padrão de realizar leilões de estradas pela menor tarifa de pedágio, sem outorga.
O novo PIL inclui ainda 15,3 bilhões de reais de investimentos adicionais a serem feitos pelas atuais concessionárias de rodovias.
Em aeroportos, os investimentos totais somam 8,5 bilhões de reais, sendo a maior parte nos quatro grandes terminais que serão leiloados: Fortaleza (1,8 bilhão de reais), Salvador (3 bilhões de reais), Florianópolis (1,1 bilhão de reais) e Porto Alegre (2,5 bilhões de reais).
“Nossa meta é fazer todos os leilões no primeiro semestre do ano que vem, talvez com os dois primeiros (Fortaleza e Florianópolis) no primeiro trimestre e os dois últimos (Salvador e Porto Alegre) no segundo trimestre", disse o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha.
A participação da estatal Infraero nas novas concessões ainda divide o governo, mas ficará entre 15 por cento, mínimo para garantir à estatal uma cadeira no Conselho de Administração das futuras concessionárias, e 49 por cento, patamar nos aeroportos já controlados pela iniciativa privada.
O governo também permitirá a participação dos atuais concessionários de aeroportos nos próximos leilões, mas condicionada a um raio geográfico. "Não pode a mesma concessionária que ganhar Florianópolis ficar com Porto Alegre", exemplificou Padilha.
Nos portos, a expectativa do governo federal é de investimentos totais de 37,4 bilhões de reais, sendo que 11,9 bilhões de reais por meio de 50 novos arrendamentos de áreas portuárias, 14,7 bilhões de reais em 63 novos Terminais de Uso Privativo (TUPs) e 10,8 bilhões de reais com renovações antecipadas de arrendamentos.
O governo quer iniciar este ano a licitação dos 29 áreas portuárias já autorizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e incluídas no programa anterior. O ministro dos Portos, Edinho Araújo, disse que vai voltar a conversar com o tribunal para tentar fazer com que essas primeiras licitações já ocorram pelo maior valor de outorga.
(Reportagem adicional de Alonso Soto)
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Lucy, a pequena Australopithecus, tinha um vizinho
AFP27/05/2015
http://noticias.uol.com.br/
Yohannes Haile-Selassie/Cleveland Museum of Natural History/Reuters
Pesquisadores descobriram na Etiópia os restos fósseis de uma nova espécie de hominídeo que datam de 3,3 milhões a 3,5 milhões de anos, que viveram ao mesmo tempo e no mesmo lugar que Lucy, a famosa Australopithecus - elevando provas de que vários tipos de pré-humanos já viviam juntos.
"Um novo parente se juntou a 'Lucy' na árvore familiar humana", disse o Museu de História Natural de Cleveland (EUA), à frente da pesquisa com o pesquisador Yohannes Haile-Selassie.
O estudo publicado nesta quarta-feira na revista "Nature" afasta um pouco a hipótese, antiga e agora muito contestada, de que Lucy seria "a mãe da humanidade" e nossa ancestral direta.
Principal autor do estudo, Yohannes Haile-Selassie analisou maxilares superiores e inferiores e dentes isolados encontrados em 2011 a 35 quilômetros do lugar onde viveu a espécie Australopithecus afarensis, à qual pertencia Lucy. As escavações foram realizadas no Afar, região desértica a leste da Etiópia considerada um dos berços da humanidade.
A nova espécie foi nomeada Australopithecus deyiremeda. Na língua Afar, deyi significa "perto" e "remeda" significa "parente".
Ela se diferencia da espécie de Lucy pela forma e tamanho dos dentes e pela arquitetura robusta do seu maxilar inferior.
Este vizinho "é uma nova confirmação de que o Australopithecus afarensis não é a única espécie potencialmente ancestral do homem que viveu na região etíope de Afar", observa Haile-Selassie.
Lucy, cujo esqueleto está completo com mais de 40%, com 52 ossos, foi descoberta em 1974 por uma equipe que inclui Donald Johanson, Maurice Taieb e Yves Coppens. Com mais de 3,2 milhões de anos, medindo 1,10 m, ela era bípede, mas também alpinista.
Sua espécie, o Australopithecus afarensis, viveu entre 2,9 milhões e 3,8 milhões de anos atrás, durante um período mais longo do que o Australopithecus deyiremeda.
O francês Yves Coppens argumentou por muitos anos que Lucy foi "erroneamente apresentada como a mãe da humanidade".
Embora durante um longo tempo os paleontólogos tenham acreditado que houvesse apenas uma espécie de pré-humanos para o período de 3 a 4 milhões anos, várias descobertas, no Chade e no Quênia, levaram a questionar essa tese.
Por seu lado, Yohannes Haile-Selassie espera que alguns de seus colegas "se mostrem céticos" sobre a nova espécie Australopithecus deyiremeda.
"Mas eu acho que é hora de nós assistimos a este momento da evolução humana com uma mente aberta e que examinemos cuidadosamente os fósseis disponíveis, em vez de rejeitá-los quando eles não correspondem às nossas hipóteses", acrescentou.
Crânios sugerem que primeiros hominídeos pertenciam à mesma espécie
David Lordkipanidze, diretor Museu Nacional da Geórgia, em Tbilisi, exibe o "crânio 5", de 1,8 milhão de anos, que combina características nunca observadas no mesmo ser primitivo até então. Descoberto em 2005 no sítio arqueológico de Dmanisi, o fóssil é uma nova evidência de que o antepassado do ser humano pertenceu a uma única espécie com muitos aspectos diferentes Leia mais Vano Shlamov/AFP
http://noticias.uol.com.br/
Yohannes Haile-Selassie/Cleveland Museum of Natural History/Reuters
Pesquisadores descobriram na Etiópia os restos fósseis de uma nova espécie de hominídeo que datam de 3,3 milhões a 3,5 milhões de anos, que viveram ao mesmo tempo e no mesmo lugar que Lucy, a famosa Australopithecus - elevando provas de que vários tipos de pré-humanos já viviam juntos.
"Um novo parente se juntou a 'Lucy' na árvore familiar humana", disse o Museu de História Natural de Cleveland (EUA), à frente da pesquisa com o pesquisador Yohannes Haile-Selassie.
O estudo publicado nesta quarta-feira na revista "Nature" afasta um pouco a hipótese, antiga e agora muito contestada, de que Lucy seria "a mãe da humanidade" e nossa ancestral direta.
Principal autor do estudo, Yohannes Haile-Selassie analisou maxilares superiores e inferiores e dentes isolados encontrados em 2011 a 35 quilômetros do lugar onde viveu a espécie Australopithecus afarensis, à qual pertencia Lucy. As escavações foram realizadas no Afar, região desértica a leste da Etiópia considerada um dos berços da humanidade.
A nova espécie foi nomeada Australopithecus deyiremeda. Na língua Afar, deyi significa "perto" e "remeda" significa "parente".
Ela se diferencia da espécie de Lucy pela forma e tamanho dos dentes e pela arquitetura robusta do seu maxilar inferior.
Este vizinho "é uma nova confirmação de que o Australopithecus afarensis não é a única espécie potencialmente ancestral do homem que viveu na região etíope de Afar", observa Haile-Selassie.
Lucy, cujo esqueleto está completo com mais de 40%, com 52 ossos, foi descoberta em 1974 por uma equipe que inclui Donald Johanson, Maurice Taieb e Yves Coppens. Com mais de 3,2 milhões de anos, medindo 1,10 m, ela era bípede, mas também alpinista.
Sua espécie, o Australopithecus afarensis, viveu entre 2,9 milhões e 3,8 milhões de anos atrás, durante um período mais longo do que o Australopithecus deyiremeda.
O francês Yves Coppens argumentou por muitos anos que Lucy foi "erroneamente apresentada como a mãe da humanidade".
Embora durante um longo tempo os paleontólogos tenham acreditado que houvesse apenas uma espécie de pré-humanos para o período de 3 a 4 milhões anos, várias descobertas, no Chade e no Quênia, levaram a questionar essa tese.
Por seu lado, Yohannes Haile-Selassie espera que alguns de seus colegas "se mostrem céticos" sobre a nova espécie Australopithecus deyiremeda.
"Mas eu acho que é hora de nós assistimos a este momento da evolução humana com uma mente aberta e que examinemos cuidadosamente os fósseis disponíveis, em vez de rejeitá-los quando eles não correspondem às nossas hipóteses", acrescentou.
Crânios sugerem que primeiros hominídeos pertenciam à mesma espécie
David Lordkipanidze, diretor Museu Nacional da Geórgia, em Tbilisi, exibe o "crânio 5", de 1,8 milhão de anos, que combina características nunca observadas no mesmo ser primitivo até então. Descoberto em 2005 no sítio arqueológico de Dmanisi, o fóssil é uma nova evidência de que o antepassado do ser humano pertenceu a uma única espécie com muitos aspectos diferentes Leia mais Vano Shlamov/AFP
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Quem está em crise hoje é o mundo. Não somos nós', diz ministro do Trabalho
Quem está em crise hoje é o mundo. Não somos nós', diz ministro do Trabalho
08/06/2015
http://www.istoedinheiro.com.br/
A crise econômica não existe e se trata apenas de um discurso da "oposição inconformada" que perdeu as eleições para tentar "desestabilizar o governo". Quem faz a avaliação é o ministro do Trabalho, Manoel Dias, que passará esta semana em Genebra para reuniões na Organização Internacional do Trabalho. "Quem está em crise hoje é o mundo. Não somos nós", garantiu em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" e a outro veículo brasileiro. Questionado como explicava a queda do Produto Interno Bruto (PIB), ele admitiu o impacto da Lava Jato. Mas apenas respondeu: "Não sou economista".
Dias faz questão de culpar a oposição por estar "contaminando a economia" e lembra que essa havia sido a mesma estratégia usada em 1964 - ano do golpe de Estado. "Há um discurso pessimista e que assusta a população. Porque a crise política é que afeta a econômica. As pessoas se assustam e postergam às vezes a compra de um carro, de um apartamento", disse. "Não tem crise. Nós temos dificuldades, ajustes. A crise é política. Tentam criar uma crise política", insistiu.
"O discurso está sendo usado para desestabilizar o governo, mas que atinge a economia e é ruim para a economia. O grande beneficiário de todo esse crescimento que o Brasil teve nesses últimos 20 anos foi o setor econômico. Mas os neoliberais que perderam a eleição não se conformam com a derrota", atacou.
Dias também fez paralelos entre a situação atual e a de 1964. "O mecanismo para desestabilizar é um discurso negativista, que contamina a economia. Isso afeta. Fizeram com o Getulio (Vargas), em 1950, e depois em 64", insistiu. "O discurso de hoje é a corrupção e em 64 era que se queria implantar uma república sindicalista e que nós éramos comunistas, que comíamos crianças", atacou. "Isso contamina. Uma campanha massiva da grande mídia, isso contamina. Contamina setores da classe média, tanto que a classe média apoiou o golpe de 64 com a marcha com Deus pela Liberdade. Depois se arrependeu, mas aí em política não tem: ah, pois é".
O ministro também criticou o "discurso de ódio de classe" no Brasil. Para ele, foi o "grupo neoliberal" que tem gerado isso. "Eles estão inconformados de que nós temos lá um governo que há 12 anos tem atuação ideológica e política comprometida com os trabalhadores".
Dias destacou que a oposição "pegou essa infelicidade", em uma referência ao escândalo de corrupção na Petrobras. "Ninguém defende a corrupção. Mas é a primeira vez que se prende corruptor no Brasil, que rico tá na cadeia", insistiu.
Lava Jato
Se a crise não existe, Dias evita dar uma explicação sobre a contração do PIB. "Eu não sou economista", disse. Mas acredita que a Operação Lava Jato teve seu impacto. "Lavo Jato é um dos fatores, além desse discurso negativista. E outras razões que eu não tenho maior conhecimento", disse.
Para ele, o impacto na Petrobras de fato repercutiu na economia. "Ela é a maior geradora de empregos no Brasil", disse. "Isso atingiu especialmente as empresas terceirizadas. Porque elas não tiveram resistência e capacidade e desempregaram", disse, citando o caso da Coperj com 50 mil trabalhadores afetados. Mas ele acredita que a retomada vai ocorrer. "A Petrobras tem a exploração do pré-sal. Ela não pode parar", insistiu.
Desemprego
Dias evitou fazer um prognóstico da taxa de desemprego no Brasil até o final do ano. "Não tenho como fazer. Quando cheguei no ministério, inventei de fazer uma. Mas não deu certo. Até porque hoje é imprevisível", reconheceu.
Segundo ele, a taxa atual de 7,2% de desemprego representa um aumento de dois pontos porcentuais. "São 800 mil trabalhadores. Nós criamos 23 milhões de novos postos. Isso aí é fácil. Um país que virou isso é fácil recuperar" defendeu.
Na sua avaliação, existem regiões do Brasil que têm falta de mão de obra e aponta que o governo decidiu até mesmo aumentar de mil para 2 mil o número de vistos para haitianos a cada mês, num gesto humanitário.
Para ele, a situação no Brasil não se compara à de Espanha ou Portugal. "O mundo não consegue se recuperar. A Europa tá lá com a crise sem precedente", disse. "O mundo todo está em crise", insistiu. "O Brasil, através da generosidade do Lula, conseguiu isso, embora vivendo em uma economia globalizada", disse, apontando para os programas sociais do governo. "Estamos vivendo um momento de ajustes. Acreditamos que no segundo semestre aumentaremos o estoque de empregos", indicou.
Em sua avaliação, a economia brasileira mudou. "O que é que são as favelas hoje? Elas têm uma economia própria. Hoje, o melhor ponto de instalação de agências de viagens são nas favelas. Os aeroportos lotados, as estradas lotadas, shoppings lotados. Que crise?", questionou. "As pessoas dormem na porta das lojas. Acho que temos um momento de dificuldade, mas o Brasil mudou. Vamos ter dificuldades, estamos tendo dificuldades... mas essa realidade econômica do Brasil é uma constante", insistiu.
Sobrando
O ministro também considera que não vai faltar dinheiro para investimentos públicos. "O Brasil vai investir mais de R$ 100 bilhões em casas, construção civil", disse. "Os bancos vão investir R$ 22 bilhões. Do FGTS virão mais de R$ 76 bilhões. Tem mais o Bolsa Família", afirmou. "Vai sobrar dinheiro e se precisar mais, temos dinheiro", garantiu, apontando para R$ 40 bilhões.
"Temos mais R$ 13 bilhões para saneamento e mais R$ 12 bilhões para mobilidade urbana. Fora os R$ 190 bilhões que o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) tem no BNDES. Este ano já mandamos para o BNDES R$ 18 bilhões e temos mais R$ 27 bilhões na rede bancária para micro e pequena empresa", insistiu.
Entre as medidas que serão anunciadas em julho está ainda a autorização para que os trabalhadores usem até 20% do FGTS em aplicação financeira. Dias promete formalizar 500 mil postos de trabalho em 2015 e criar, apenas com a construção, seis milhões de vagas
08/06/2015
http://www.istoedinheiro.com.br/
A crise econômica não existe e se trata apenas de um discurso da "oposição inconformada" que perdeu as eleições para tentar "desestabilizar o governo". Quem faz a avaliação é o ministro do Trabalho, Manoel Dias, que passará esta semana em Genebra para reuniões na Organização Internacional do Trabalho. "Quem está em crise hoje é o mundo. Não somos nós", garantiu em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" e a outro veículo brasileiro. Questionado como explicava a queda do Produto Interno Bruto (PIB), ele admitiu o impacto da Lava Jato. Mas apenas respondeu: "Não sou economista".
Dias faz questão de culpar a oposição por estar "contaminando a economia" e lembra que essa havia sido a mesma estratégia usada em 1964 - ano do golpe de Estado. "Há um discurso pessimista e que assusta a população. Porque a crise política é que afeta a econômica. As pessoas se assustam e postergam às vezes a compra de um carro, de um apartamento", disse. "Não tem crise. Nós temos dificuldades, ajustes. A crise é política. Tentam criar uma crise política", insistiu.
"O discurso está sendo usado para desestabilizar o governo, mas que atinge a economia e é ruim para a economia. O grande beneficiário de todo esse crescimento que o Brasil teve nesses últimos 20 anos foi o setor econômico. Mas os neoliberais que perderam a eleição não se conformam com a derrota", atacou.
Dias também fez paralelos entre a situação atual e a de 1964. "O mecanismo para desestabilizar é um discurso negativista, que contamina a economia. Isso afeta. Fizeram com o Getulio (Vargas), em 1950, e depois em 64", insistiu. "O discurso de hoje é a corrupção e em 64 era que se queria implantar uma república sindicalista e que nós éramos comunistas, que comíamos crianças", atacou. "Isso contamina. Uma campanha massiva da grande mídia, isso contamina. Contamina setores da classe média, tanto que a classe média apoiou o golpe de 64 com a marcha com Deus pela Liberdade. Depois se arrependeu, mas aí em política não tem: ah, pois é".
O ministro também criticou o "discurso de ódio de classe" no Brasil. Para ele, foi o "grupo neoliberal" que tem gerado isso. "Eles estão inconformados de que nós temos lá um governo que há 12 anos tem atuação ideológica e política comprometida com os trabalhadores".
Dias destacou que a oposição "pegou essa infelicidade", em uma referência ao escândalo de corrupção na Petrobras. "Ninguém defende a corrupção. Mas é a primeira vez que se prende corruptor no Brasil, que rico tá na cadeia", insistiu.
Lava Jato
Se a crise não existe, Dias evita dar uma explicação sobre a contração do PIB. "Eu não sou economista", disse. Mas acredita que a Operação Lava Jato teve seu impacto. "Lavo Jato é um dos fatores, além desse discurso negativista. E outras razões que eu não tenho maior conhecimento", disse.
Para ele, o impacto na Petrobras de fato repercutiu na economia. "Ela é a maior geradora de empregos no Brasil", disse. "Isso atingiu especialmente as empresas terceirizadas. Porque elas não tiveram resistência e capacidade e desempregaram", disse, citando o caso da Coperj com 50 mil trabalhadores afetados. Mas ele acredita que a retomada vai ocorrer. "A Petrobras tem a exploração do pré-sal. Ela não pode parar", insistiu.
Desemprego
Dias evitou fazer um prognóstico da taxa de desemprego no Brasil até o final do ano. "Não tenho como fazer. Quando cheguei no ministério, inventei de fazer uma. Mas não deu certo. Até porque hoje é imprevisível", reconheceu.
Segundo ele, a taxa atual de 7,2% de desemprego representa um aumento de dois pontos porcentuais. "São 800 mil trabalhadores. Nós criamos 23 milhões de novos postos. Isso aí é fácil. Um país que virou isso é fácil recuperar" defendeu.
Na sua avaliação, existem regiões do Brasil que têm falta de mão de obra e aponta que o governo decidiu até mesmo aumentar de mil para 2 mil o número de vistos para haitianos a cada mês, num gesto humanitário.
Para ele, a situação no Brasil não se compara à de Espanha ou Portugal. "O mundo não consegue se recuperar. A Europa tá lá com a crise sem precedente", disse. "O mundo todo está em crise", insistiu. "O Brasil, através da generosidade do Lula, conseguiu isso, embora vivendo em uma economia globalizada", disse, apontando para os programas sociais do governo. "Estamos vivendo um momento de ajustes. Acreditamos que no segundo semestre aumentaremos o estoque de empregos", indicou.
Em sua avaliação, a economia brasileira mudou. "O que é que são as favelas hoje? Elas têm uma economia própria. Hoje, o melhor ponto de instalação de agências de viagens são nas favelas. Os aeroportos lotados, as estradas lotadas, shoppings lotados. Que crise?", questionou. "As pessoas dormem na porta das lojas. Acho que temos um momento de dificuldade, mas o Brasil mudou. Vamos ter dificuldades, estamos tendo dificuldades... mas essa realidade econômica do Brasil é uma constante", insistiu.
Sobrando
O ministro também considera que não vai faltar dinheiro para investimentos públicos. "O Brasil vai investir mais de R$ 100 bilhões em casas, construção civil", disse. "Os bancos vão investir R$ 22 bilhões. Do FGTS virão mais de R$ 76 bilhões. Tem mais o Bolsa Família", afirmou. "Vai sobrar dinheiro e se precisar mais, temos dinheiro", garantiu, apontando para R$ 40 bilhões.
"Temos mais R$ 13 bilhões para saneamento e mais R$ 12 bilhões para mobilidade urbana. Fora os R$ 190 bilhões que o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) tem no BNDES. Este ano já mandamos para o BNDES R$ 18 bilhões e temos mais R$ 27 bilhões na rede bancária para micro e pequena empresa", insistiu.
Entre as medidas que serão anunciadas em julho está ainda a autorização para que os trabalhadores usem até 20% do FGTS em aplicação financeira. Dias promete formalizar 500 mil postos de trabalho em 2015 e criar, apenas com a construção, seis milhões de vagas
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