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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Dilma aceita pedido de demissão de CEO da Petrobras, diz fonte do governo

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

 Presidente-executiva da Petrobras, Graça Foster, chega a aeroporto de Brasília após encontro com a presidente Dilma Rousseff 3/02/ 2015. REUTERS/Ueslei Marcelino

Por Luciana Otoni

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff aceitou o pedido de demissão da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e procura definir um nome para ocupar o cargo ainda em fevereiro, disse nesta terça-feira uma fonte do governo.

A Petrobras está no epicentro da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um escândalo bilionário de corrupção que envolve ex-empregados, executivos de empreiteiras e políticos.

"Graça Foster vinha já há um tempo manifestando o desejo de deixar a empresa. Dessa vez, a presidente aceitou", afirmou a fonte à Reuters sob condição de anonimato.

O governo busca um executivo para comandar a estatal que preferencialmente seja ligado ao setor, afirmou a fonte, acrescentando que Dilma também quer realizar mudanças em algumas diretorias da estatal. O objetivo é ter uma nova diretoria composta por nomes do mercado e também da empresa, disse a fonte.

A mudança na diretoria da Petrobras é aguardada há meses, mas Dilma vinha, até então, defendendo a manutenção de Graça, de quem é amiga pessoal. Dilma e a executiva da Petrobras estiveram reunidas nesta terça-feira no Palácio do Planalto, em Brasília, por quase duas horas, acertando as condições da mudança no comando da companhia.

"O governo quer uma transição segura", disse a fonte, acrescentando que Dilma pretende definir o substituto ainda em fevereiro.

No entanto, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, negou no início da noite que a troca de comando da Petrobras tenha sido decidida na reunião desta terça-feira.

"O que eu posso dizer é que essa questão não foi decidida na reunião entre ela (Dilma) e Graça", afirmou o ministro a jornalistas, após ser questionado sobre a demissão da CEO da Petrobras.

 Presidente-executiva da Petrobras, Graça Foster, chega a aeroporto de Brasília após encontro com a presidente Dilma Rousseff 3/02/ 2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
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Após o encontro, Graça se limitou a dizer a jornalistas que a reunião tinha sido "muito boa", e não comentou os rumores de sua demissão.

A eventual saída de Graça do comando da petroleira repercutiu no mercado.

As ações preferenciais da companhia fecharam em alta de 15,47 por cento, para 10 reais, na máxima da sessão. O Ibovespa, que reúne os principais papéis do mercado acionário do país, teve alta de 2,76 por cento.

A Petrobras divulgou na semana passada o balanço não auditado do terceiro trimestre de 2014 citando avaliações internas de que 88 bilhões de reais em ativos estariam supervalorizados devido a corrupção e falhas administrativas.

Mas o balanço não incluiu nenhuma baixa contábil relacionada às denúncias de corrupção, e a petroleira alegou dificuldade para separar as baixas resultantes de corrupção daquelas decorrentes de outros fatores.

De acordo com a fonte do governo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi escalado por Dilma para sondar nomes para a presidência da Petrobras e para ocupar o Conselho de Administração da empresa.

A Petrobras não respondeu aos pedidos da Reuters para comentar o assunto.

(Reportagem adicional de Jeferson Ribeiro e Ueslei Marcelino, em Brasília; e de Marta Nogueira, no Rio de Janeiro)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Andrei Sakharov

CALENDÁRIO HISTÓRICO
1980: Banido o dissidente soviético Andrei Sakharov


Em 22 de janeiro de 1980, o cientista e dissidente político soviético Andrei Sakharov é banido para Gorki, na União Soviética. Seus contatos com o Ocidente o haviam tornado um incômodo para o governo soviético.

"Naturalmente estou muito emocionado. Este passo tornou-se possível graças à grandiosa proteção internacional. Todos esses anos, fui defendido pelos colegas cientistas, por políticos e amigos, meus filhos e minha mulher." Essas foram as primeiras palavras de Andrei Sakharov ao desembarcar na estação ferroviária de Moscou em 1986.

Mais de cem jornalistas esperavam o famoso dissidente soviético no seu retorno após quase sete anos de desterro em Gorki (hoje Nizhni Novgorod). A libertação do físico nuclear ocorrera por ordem do então chefe do Partido Socialista Unificado (PSU), Mikhail Gorbatchov, que lhe havia comunicado a decisão por telefone.

Gorbatchov queria demonstrar ao mundo que seguia uma política diferente da de seus antecessores, que haviam mandado Sakharov para o isolamento em Gorki, a 22 de janeiro de 1980.

Tiro saiu pela culatra

Gorki, situada a 400 quilômetros de Moscou, era uma cidade proibida para estrangeiros. Ao prender Sakharov, o promotor público lhe disse que seria desterrado para que não tivesse mais contato com correspondentes estrangeiros e seu nome sumisse da imprensa internacional. Devido à sua fama, os líderes comunistas não ousavam simplesmente confiná-lo – como faziam com outros dissidentes.
O plano da KGB (serviço secreto soviético), que organizou e vigiou o desterro para calar o cientista, não deu certo. Políticos ocidentais e intelectuais de todo o mundo exigiam a libertação de Sakharov. Um deles, o dissidente Lev Kopelev, lembra que, ao receber o telefonema de Gorbatchov, Sakharov imediatamente pediu a libertação de outros presos políticos.
A partir de 1988, Sakharov integrou a direção da Academia das Ciências e, em 1989, assumiu o mandato parlamentar na ala dos "reformistas radicais" do Congresso dos Deputados do Povo. Em 14 de dezembro do mesmo ano, faleceu, aos 68 anos de idade, vítima de uma parada cardíaca.

Luta longa por justiça e democracia

Sakharov foi símbolo da coragem civil e da consciência russa. Destemido, lutou pela justiça e pela democracia com cartas abertas, greves de fome e entrevistas à imprensa. Protestou contra o tratamento forçado de presos políticos em clínicas psiquiátricas e ergueu a voz contra a invasão das tropas soviéticas no Afeganistão.

Em 1968, pouco antes de as tropas do Pacto de Varsóvia reprimirem a chamada Primavera de Praga, Sakharov publicou suas Reflexões sobre Progresso, Coexistência Pacífica e Liberdade de Pensamento. Pouco depois, perdeu o emprego de físico.
Por haver atuado no programa nuclear secreto, as autoridades soviéticas o impediram de viajar ao Ocidente. Embora nunca tivesse se filiado ao PSU, a direção do partido o distinguiu com altas condecorações e lhe concedeu inúmeros privilégios nos anos 50 e 60.
Sakharov, no entanto, nunca foi subornável. Lutou contra a tecnologia militar atômica e se engajou na defesa do meio ambiente. Em 1970, criou em Moscou o Comitê "Inoficial" dos Direitos Humanos, baseado nos princípios das Nações Unidas.

Em 1975, Sakharov recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

http://www.dw.de/

Teoria da História (Uma análise da História)

Teoria da História (Uma análise da História)

Por Pedro Augusto
A Teoria da Historia  é um campo de estudo que busca entender as diversas teorias que envolve o conhecimento Histórico. Justamente por não ter uma concepção única de analisar o passado, todas essas teorias alimentam vários debates entres várias concepções. As correntes mais famosas, e principais são elas: Positivismo, Marxismo. Escola dos Annales, Nova História, Microhistória.

O Positivismo foi elaborado por Augusto Comte no século XIX. Tal teoria acreditava que os pesquisadores deveriam encontrar um fator que determinasse a verdadeira história, ela seria indiscutível e encontrada nos documentos governamentais, que por isso, nunca estariam errados. De acordo com esse pensamento, apenas as histórias politicas teriam importância de serem verificadas. Além disso, defende a ideia que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro, podendo-se afirmar que uma teoria é verdadeira apenas se a mesma for comprovada através de métodos científicos válidos. Assim, os positivistas, excluem tudo o que se refere a crenças, supertições, ou qualquer outra coisa que não possa ser comprovada cientificamente. Toda essa devoção à ciência fez com que com o Positivismo fosse considerado como “a religião da humanidade”.


História Marxista

Por Antonio Gasparetto Junior

A História Marxista consiste em uma forma de escrever a História baseada numa filosofia da História com traços economicistas.
Filosofia da História e História da Filosofia são termos semelhantes, entretanto bem diferentes. Enquanto a História da Filosofia se preocupa em contar os fatos da história da Filosofia, a Filosofia da História se preocupa em explicar como se desenvolve a história. No século XVIII, simultaneamente com o crescimento em importância e notoriedade da ciência História, a Filosofia da História foi tema ao qual muitos pensadores dedicaram suas reflexões. Surgindo várias concepções de progresso histórico.

Entre os vários pensadores que investiram esforços em explicar a lógica do progresso da História, destacou-se a escola alemã de filosofia, de onde vieram várias formulações filosóficas sobre a História. Entre eles estava Karl Marx.

O filósofo alemão Karl Marx baseou sua explicação histórica para as relações sociais em pilares economicistas. Segundo Marx, é a economia que interfere na vida social em todas as suas formas, gerando frutos em sua conseqüência. Para explicar o impacto da economia na vida social, Marx utiliza-se de ferramentas como o materialismo dialético e o caráter teleológico.

O materialismo dialético consiste em ler a história baseando-se na constante luta de classes. Dessa forma, sempre há uma classe dominante e uma classe dominada, sendo que ambas estão em confronto de interesses, já que uma explora a outra. Esse embate seria o motor da história, através do qual se daria o progresso da história e seria a origem das transformações na estrutura.

O caráter teleológico consiste em considerar o final da história como algo previamente conhecido. Como Karl Marx postulava o Comunismo e, segundo o pensador, este só seria alcançado através da tomada do poder pelo proletariado e após passar por etapas necessárias, fica aparente para Marx que o final da história se dá em uma sociedade comunista.

Essa forma de conceber o progresso da história foi absorvida pela historiografia de corrente marxista. A História Marxista é escrita baseando-se em critérios econômicos e considerando a permanente luta de classes na sociedade. A escola marxista na escrita da História dominou durante muito tempo no século XX. A História Marxista continua recorrente, mas hoje se considera outras formas de se escrever História além da visão marxista, como é o caso da observação cultural, da Micro-História ou da recente História Aventureira.

O modo de se pensar a História como construída através de etapas, ressaltando a luta de classes e considerando-a teleológica tem suas limitações. Após ser muito utilizado e predominante, os historiadores perceberam que tal modo não dava conta de responder certos aspectos da vida social. É bem verdade que o método marxista não é unicamente economicista, por isso mesmo o marxismo se diversificou na História apresentando novas formulações com intenção de responder as questões que ficavam de fora do grosso modo da teoria. Assim surgem a História Social e a História Social da Cultura, por exemplo.

A Escola dos Annales ( Por Pedro Augusto   CONTINUANDO)

A Escola dos Annales é uma corrente historiográfica nascida na França, em torno da revista “Annales d'histoire économique et sociale”, e criada por Marc Bloch  e Lucien Febvre que acreditavam que era insuficientes a forma com que a história era tratada. Apesar disso, não foram os primeiros a propor novas abordagens a História. Tal corrente se destaca por incorporar métodos das Ciências Sociais à História, o que ampliou o quadro das pesquisas históricas com a incorporação de atividades até então pouco investigadas, rompendo assim com a compartimentação das Ciências Sociais (História, Sociologia, Psicologia, Economia, Geografia) e privilegiando os métodos pluridisciplinares.


A Nova História é a corrente historiográfica correspondente a terceira geração da “Escola dos Annales”. Surgiu nos anos de 1970 e seu nome derivou da publicação da obra “Fazer a História”, organizadas pelos historiógrafos Jacques Le Goff e Pierre Nova. Tal corrente é acima de tudo a historia das mentalidades. Seus seguidores propõe que se estabeleça uma historia serial das estruturas mentais das sociedades, e cabe ao historiador a análise dos dados.

 Microhistoria é um gênero historiográfico que surge com a publicação da coleção “Microstorie”, sob a direção de Carlo Ginzburg e Giovanni Levi entre 1981 e 1988. A proposta de análise histórica defende uma delimitação extrema do tema por parte do historiador (inclusive em termos de espacialidade e de temporalidade). Com todo esse objeto (tema) bem delimitado a análise se desenvolve a partir de uma exploração exaustiva das fontes. O próprio Giovanni Levi conceitua a microhistoria como se fosse um “zoom” em uma fotografia, o pesquisador observa um pequeno espaço ampliado, mas, ao mesmo tempo, tendo em conta o restante da paisagem, apesar de não estar ampliada.

InfoEscola

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Eleito presidente da Câmara, Cunha defende independência e nega retaliação ao governo

Eleito presidente da Câmara, Cunha defende independência e nega retaliação ao governo

domingo, 1 de fevereiro de 2015

BRASÍLIA (Reuters) - O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerado desafeto do Palácio do Planalto, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados neste domingo, já no primeiro turno, colocando fim a uma das mais duras campanhas pela presidência da Casa.

Com a vitória, Cunha se torna o segundo na linha da sucessão presidencial, atrás somente do vice-presidente Michel Temer. No cargo, ele também terá papel decisivo na definição da pauta de votações e na decisão sobre outros temas, como a tramitação de processos de cassação de parlamentares e a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI).

Após a proclamação do resultado, simpatizantes do novo presidente da Câmara gritaram seu nome em plenário. Ao discursar logo depois de tomar posse, Cunha adotou tom conciliador.

"Estamos aqui para ser o presidente e não somente daqueles que votaram no nosso nome. As disputas se encerram na apuração e todos somos deputados iguais", disse.

"Nunca em nenhum momento nós falamos que seríamos oposição e também falamos que não seremos submissos", disse.

Apesar do tom mais ameno do que o da campanha, o novo presidente da Câmara voltou a dizer que houve interferência do governo na disputa, mas afirmou querer enviar uma "palavra de tranquilidade" ao Executivo.

"Não há de nossa parte nenhum jugo de retaliação", garantiu. "O Parlamento, pela sua independência, ele sabe reagir (à interferência) e ele reagiu no voto... Passada a disputa, isso é um episódio virado", acrescentou Cunha, que já se comprometeu a colocar em votação o segundo turno da proposta de emenda à Constituição do Orçamento Impositivo, que obriga o governo federal a pagar as emendas parlamentares ao Orçamento.

Cunha teve 267 votos, dez a mais do que o necessário para vencer no primeiro turno, e superou Arlindo Chinaglia (PT-SP), que teve 136 votos; Júlio Delgado (PSB-MG), que angariou 100 votos; e Chico Alencar (PSOL-RJ), que recebeu 8 votos.

Líder do PMDB na Câmara, Cunha criou problemas para o governo da presidente Dilma Rousseff na Legislatura que se encerrou no sábado. Durante a campanha, ele negou que faria uma presidência de oposição, mas pregou a independência do Parlamento em relação ao Executivo.  Também durante a disputa, Cunha entrou em choque com o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), e alertou que se o governo decidisse tomar lado na disputa haveria consequências.

(Por Eduardo Simões, com reportagem de Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello

Maniqueísmo e o filósofo Maniqueu

Representação de Maniqueus.

Maniqueísmo
 Wikipédia, a enciclopédia livre.

O maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.

História

Quando o gnosticismo primitivo já perdia a sua influência no mundo greco-romano, surgiu na Babilônia e na Pérsia, no século III, uma nova vertente, o maniqueísmo.

O seu fundador foi o profeta persa Mani (ou Manés) e as suas, através de uma revelação divina, purificar e superar as mensagens individuais de ideias sincretizavam elementos do zoroastrismo, do hinduísmo, do budismo, do judaísmo e do cristianismo. Desse modo, Mani considerava Zoroastro, Buda e Jesus como "pais da Justiça", e pretendia cada um deles, anunciando uma verdade completa.

Conforme as suas ideias, a fusão dos dois elementos primordiais, o reino da luz e o reino das trevas, teria originado o mundo material, essencialmente mau. Para redimir os homens de sua existência imperfeita, os "pais da Justiça" haviam vindo à Terra, mas como a mensagem deles havia sido corrompida, Mani viera a fim de completar a missão deles, como o Paráclito prometido por Cristo, e trouxera segredos para a purificação da luz, apenas destinados aos eleitos que praticassem uma rigorosa vida ascética. Os impuros, no máximo podiam vir a ser catecúmenos e ouvintes, obrigados apenas à observância dos dez mandamentos.

As ideias maniqueístas espalharam-se desde as fronteiras com a China até ao Norte da África. Mani acabou crucificado no final do século III, e os seus adeptos sofreram perseguições na Babilónia e no Império Romano, neste último nomeadamente sob o governo do Imperador Diocleciano e, posteriormente, os imperadores cristãos. Apesar da igreja ter condenado esta doutrina como herética em diversos sínodos desde o século IV, ela permaneceu viva até à Idade Média.

Agostinho de Hipona foi adepto do maniqueísmo até se decidir de vez pelo cristianismo.

Maniqueísmo e gnosticismo

O dualismo maniqueísta - cuja origem provém do elcasaismo do século II  como prova o fato de extratos do Apocalipse de Elkasaï se encontrarem no codex de Manis conhecido como Vita Mani - diferencia-se do dualismo gnóstico uma vez que, se para este último, a divindade é superior ao demiurgo criador, para o primeiro trata-se de dois princípios igualmente poderosos, sem que haja subordinação, apenas igualdade de origens.


Maniqueu (216-274)

 Escrito por Clemente Nogueira

Maniqueu (também chamado Mani ou Manes e conhecido como o "Apóstolo da Luz" e supremo "Iluminador" nasceu em 14 de Abril de 216 no sul da Babilónia e foi o fundador persa da religião maniqueísta, uma religião que defendia uma doutrina de visão dualista do mundo como uma fusão de espírito e matéria, os princípios contrários originais do bem e do mal, respectivamente.

Antes do nascimento de Maniqueu, o seu pai, Patek, um nativo de Hamadan, juntou-se a uma comunidade religiosa que praticava o batismo e a abstinência. Através da sua mãe Maniqueu manteve relações com a família real Parthian (derrubada em 224). Informações sobre a sua vida parecem derivar dos seus próprios relatos escritos e das tradições da sua igreja. Ele cresceu na sua terra natal e falava uma forma de aramaico do leste. Por duas vezes, quando era um menino e depois um jovem, ele teve a visão de um anjo , o "Gémeo", que, na segunda aparição chamou-o para pregar uma nova religião.

Ele viajou para a Índia (provavelmente Sind e Turan) e fez conversões. Ele foi favoravelmente recebido no seu regresso pelo rei persa recém-coroado, Sapor I, e foi autorizado a pregar a sua religião no Império Persa durante esse longo reinado. Há pouca informação sobre a vida de Mani naqueles anos. Ele provavelmente viajou muito pela parte ocidental do império, mas depois não existem relatos de que visitasse o nordeste. Sob o reinado do rei persa Bahram I, ele foi atacado por sacerdotes zoroastristas e foi preso pelo rei em Gundeshapur (Belapet), onde morreu em 274 após passar por um julgamento que durou 26 dias.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Concílio Vaticano II





Concílio Vaticano II
Grave crise moral, ateísmo militante, sucessão de guerras sangrentas, ruínas espirituais causadas por tantas ideologias, amplo progresso científico que possibilitou aos homens a criação de instrumentos para a sua destruição. São estes alguns elementos que cercaram o Natal do ano de 1961, dia em que o beato João XXIII deu início àquele que seria um dos maiores acontecimentos dos últimos tempos na vida da Igreja: a convocação do Concílio Vaticano II.


No ano de 2011 a Igreja Católica comemora 50 anos da convocação do Concílio Vaticano II, o qual aconteceu com a promulgação da Constituição Apostólica Humane Salutis. Neste documento o Santo Padre fez um breve resumo das situações políticas, sociais, culturais e, sobretudo, religiosas, que motivaram a convocação do concílio, afirmando que “embora a Igreja não tenha a finalidade diretamente terrestre, ela não pode se desinteressar, no seu caminho, dos problemas e dos trabalhos de cá de baixo”. Meio século se passou, porém, muitos problemas apresentados pelo Papa continuam presentes na sociedade.

A Humane Salutis apresenta as principais razões que motivaram João XXIII a convocar o concílio. Estas se fundamentam principalmente na grave crise da sociedade da época, pois ao mesmo tempo em que se via na sociedade um grande progresso material, o mundo encontrava-se em uma profunda decadência moral, gerando uma crise de valores, os homens já não ansiavam pelos valores celestes, estavam enfraquecidos diante do impulso aos gozos terrenos. Sendo urgente, portanto, resgatar os valores cristãos de forma a possibilitar ao homem contemporâneo a salvação.

A Igreja, sendo a voz mais autorizada, intérprete e defensora da ordem moral, uma das grandes reivindicadoras dos direitos e dos deveres de todos os seres humanos e de todas as comunidades políticas, chamou para si a responsabilidade de manifestar seu apostolado, contribuindo na solução dos problemas da modernidade, a partir de um novo Concílio Ecumênico.

O Concílio Vaticano II, nas palavras do beato João XXIII, foi convocado para “oferecer uma possibilidade de suscitar, em todos os homens, pensamentos e propósitos de paz: provenientes das realidades espirituais e sobrenaturais da inteligência e da consciência humana, iluminadas e guiadas por Deus, criador e redentor da humanidade”.

Os frutos do Concílio Vaticano II são diversos, o certo é que essas palavras dirigidas a nós há 50 anos continuam vivas no coração da Igreja e dos fiéis. Hoje, diante da “ditadura do relativismo”– expressão criada pelo Papa Bento XVI – todos são chamados a mergulhar nos documentos do concílio, para oferecer ao mundo diretrizes acertadas na promoção da dignidade dos homens.

Neste Natal, quando a convocação do Concílio Vaticano II completa meio século, devemos celebrá-la não apenas como algo do passado, mas, de forma presente, à luz do Espírito, como em um novo Pentecostes, para que a Igreja santa, olhando para a sua história, continue a difundir o Reino do Divino Salvador, que é reino da verdade, da justiça, de amor e de paz. Neste tempo tão necessitado, à luz dos ensinamentos e principalmente no espírito de esperança emanado da convocação do Concílio Vaticano II.

Fernandez a nova sensação do Arrocha



Fernandez a nova sensação do Arrocha




Fernandez a nova sensação do Arrocha

Aclamado pela critica como a nova sensação do Arrocha music, Fernandez tem tudo para ser um dos artistas mais bem sucedidos nesse novo estilo musical que tem ganhado  a cada dia uma legião de fãs por todo o Brasil. Dono de uma voz poderosa e inconfundível esse grande cantor, compositor e músico é cheio de façanhas, misturando romantismo e sensualidade ao seu estilo musical.
Com mais de dez anos de carreira, Fernandez estréia o seu primeiro álbum solo: Fernandez - Pra Sempre Seu. Que conta com sucessos que em pouco tempo já caíram no gosto popular e que se posicionam no topo das principais  paradas musicais de todo Nordeste. Entre os sucessos estão as canções: Não tem perdão,Edredom, Encantadora de serpente e Pra sempre seu , sendo os sucessos mais bem cotados e exigidos por seus fãs em seus shows.
O segredo do sucesso e dos shows desse versátil e promissor artista tem a  exclusividade da Mega Produtora Apollomix que tem apostado bastante nos novos talentos da região. Alarcon

Parabéns Genes Fernando (Juninho) por sua aprovação no Curso de Ciências Agrárias pela UEPB.





Parabéns Juninho por sua aprovação no Curso de Ciências Agrárias da UEPB.

 Esta conquista como aluno dedicado e compromissado é mais um reconhecimento para nós professores. Estamos contentes com o seu êxito e agradecidos pelo reconhecimento de que esta que é uma de suas primeiras conquistas foi fruto daqueles que convivem com você, principalmente os seus professores. Obrigado por ser este aluno determinado e consciente que reconhece a importância de que só somos alguém quando cultivamos uma boa convivência. Bola pra  frente!!! com um carinho super especial do Professsor Alarcon.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Parabéns Vitória Trindade, 11º lugar no Curso de Letras da UFPB





Parabéns Vitória Trindade, 11º lugar no Curso de Letras da UFPB

Os Professores e Coordenadores do  Colégio e Curso Performance, parabeniza a nossa querida aluna Vitória Trindade por sua aprovação no curso de letras da UFPB. Estamos muito felizes por este grande êxito e esperamos que esta seja apenas uma das muitas conquistas que estarão por vir. Pois sempre mostrou-se apta e determinada em todas as áreas de conhecimentos e projetos em que atuou como uma grande e inesquecível aluna. Com  carinho e amabilidade de todos que sempre acreditaram em seu potencial. Seus professores e em especial o Professor Alarcon.

Gnosticismo

Irineu, quem usou pela primeira vez o termo "gnóstico" para descrever as heresias

Gnosticismo

Do grego gnostikós, “capaz de conhecer, conhecedor”, derivado do verbo grego gignóskein, “conhecer, saber”.

Conceito

Gnosticismo significa, em tese, o conhecimento místico dos segredos divinos através de uma revelação. Na história das religiões em geral, o termo designa os sistemas religiosos que dão importância primordial ao conhecimento de Deus e da essência do universo, como decisivo para a salvação. Mais particularmente, refere-se a um complexo e vasto movimento religioso ocorrido nos primeiros séculos da era cristã, envolvendo todos os grupos cristãos baseados no “conhecimento”. Conhecimento esse, que compreende uma sabedoria mística e sobrenatural capaz de levar os indivíduos a um entendimento completo e verdadeiro do universo e, dessa forma, à sua salvação do mundo mau da matéria. A “gnosis” é assim um conhecimento e também uma técnica de salvação. O alto grau de conhecimento das verdades religiosas, oferecido pelo gnosticismo, superaria tanto a fé quanto a razão natural. Reunindo elementos cristãos, judaicos e orientais, assumiu variadas formas e expressões, embora conservasse a mesma forma estrutural e fundamental.


Doutrina

A visão dualista do gnosticismo se expressa na oposição radical entre Deus e o mundo. A divina luz não pode compartilhar com as trevas, pois Deus é absolutamente transcendente e jamais poderia ter criado a matéria nem governá-la. A matéria teria sido criada pelo Demiurgo (artesão, em grego), um ser intermediário entre Deus e os homens. Deste modo, o gnosticismo se apropria da teoria platônica do contraste entre o mundo espiritual das idéias e o mundo material.

Para o gnosticismo o mundo é uma imensa prisão e a terra uma grande masmorra. Ao seu redor e acima dela, existe uma cadeia de esferas concêntricas que barram a passagem das almas após a morte.

O gnosticismo fala do homem como composto de corpo, alma e espírito. O corpo e a alma, produto dos poderes cósmicos, são parte do mundo e estão sujeitos às forças cegas do destino. O espírito é a porção da substância divina que pode participar da libertação através do conhecimento para prover a alma na travessia das esferas até levá-la de volta ao mundo da luz, favorecido pelas emanações de Deus, os éons.

O gnosticismo, por causa de sua natureza dualística, desenvolveu princípios morais contraditórios. Opondo-se radicalmente ao mundo, ensina a mortificação do corpo e a rejeição de todo prazer físico. Ou então, como possuidores da gnosis (conhecimento), os iniciados estariam acima de qualquer regra moral e não precisariam submeter-se a nenhuma restrição.

Tipos de gnose pré-cristã

a) Gnose helenística. A característica da gnose helenística, já na era cristã, manifestava-se no dualismo metafísico, representado pela oposição entre o bem e o mal e pela oposição total entre corpo e alma. No período helenístico pré-cristão, embora a ideia de Deus ainda fosse panteísta, era forte a influência do Deus oriental do Antigo Testamento e da doutrina da origem e da queda do homem.

b) Gnose judaica. Originária das seitas dos últimos séculos antes de Cristo, o dualismo entre os princípios do bem e o mal diferia na gnose judaica pelo seu aspecto mais ético do que cósmico. Segundo sua concepção, o Deus único, embora permitindo a existência do mal, um dia o eliminaria por completo. Os gnósticos judaicos especulavam sobre a essência dos “palácios divinos”, o que encerrava o início de todo o processo criador. O gnosticismo judaico pode ter sido uma das fontes do gnosticismo cristão; depois sobreviveu na Cabala.

Gnosticismo cristão

A fundação do gnosticismo cristão, segundo a tradição, deve-se a Simão Mago, com o qual o apóstolo Pedro travou polêmica em Samaria (At 8,9-24). Simão dizia-se manifestação do Deus supremo. Justino o Mártir (Apologia, c.150), refere-se a Simão como associado a uma mulher de reputação duvidosa, Helena, que dizia ser a primeira concepção de sua mente, do qual os anjos e poderes foram gerados. Seu sistema compreendia uma elaborada angelologia e astrologia. Pouco material chegou até os dias de hoje, a maioria dos personagens e suas doutrinas só puderam ser conhecidos por meio dos críticos do gnosticismo, sendo estes a principal fonte. A maior polêmica contra os gnósticos apareceu no período patrístico, com os escritos apologéticos de Irineu (130-200), Tertuliano (160-225) e Hipólito (170-236). Em muitos casos, porém, até que fossem considerados heréticos, adeptos ortodoxos da Igreja Cristã eram os maiores propagandistas da nova doutrina, que se auto-revelava como um aprofundamento do ensino apostólico. O gnosticismo tornou-se forte influência na Igreja primitiva levando muitos cristãos da época como Marcião (160 d. C.) e Valentim de Alexandria a ensinar sobre a cosmovisão dualista, premissa básica do movimento. Efetivamente, para os gnósticos, existem dois deuses: o criador imperfeito, que eles associam ao Deus do Antigo Testamento, e outro, bom, associado ao Novo Testamento. O primeiro criou o mundo com imperfeição, e desta imperfeição é que se origina o sofrimento humano. Mas, o deus bom teve pena dos homens e dotou-os de uma "centelha divina", que lhes dá a capacidade de despertar deste mundo de ilusões e imperfeição. Para que o homem possa se libertar dos sofrimentos deste mundo, ele deve retornar ao Todo Uno, e isto só pode ser alcançado pelo Conhecimento Verdadeiro (representado pela Gnose). Este despertar só pode ocorrer se o homem se descobre, "conhecendo-se a si próprio". Para que isso ocorra, segundo a gnose, Cristo se esgueirou através dos poderes das trevas para transmitir o conhecimento secreto (gnosis) e libertar os espíritos da luz, cativos no mundo material terreno, para conduzi-los ao mundo espiritual mais elevado. Segundo algumas linhas gnósticas, Cristo não veio em carne e nunca assumiu um corpo físico, nem foi sujeito à fraqueza e às emoções humanas, embora parecesse ser um homem, enquanto a principal linha de gnosticismo cristão, a Valentiniana defende a tese próxima do nestorianismo doutrina cristã, nascida no Século V, segundo a qual há em Jesus Cristo duas pessoas distintas, uma humana e outra divina, sendo Cristo (o ungido) o éon celestial que a um tempo se une a Jesus. Alguns historiadores afirmam que o apóstolo João se refere a esse assunto quando enfatiza que "o Verbo se fez carne" (Jo l,14) e em sua primeira epístola que "todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus..." (l Jo 4,3). Os escritos joaninos são do final do primeiro século, quando nasceu o gnosticismo cristão. O gnosticismo exerceu sua maior influência sobre o cristianismo, no período entre os anos 135 e 200. Constituindo a maior ameaça à fé cristã, sua existência prolongou-se por muito tempo. Doutrinas gnósticas voltaram várias vezes na história da teologia; hoje sobrevivem em teorias ocultistas, espíritas, esotéricas e da Nova Era.


Personagens da gnosticismo cristão

1) Valentin, de origem egípcia, foi possivelmente o mais importante representante do gnosticismo. Propunha que em Cristo se encontrava absorvido o Jesus dos Evangelhos, e sua missão redentora ficava rebaixada a de um simples cdsdsdsmediador entre Deus e o Homem. Por sua parte, o homem tinha a missão de libertar-se da matéria já que esta tinha por fundamento um princípio inferior e de natureza malvada. Sua visão cosmológica esteve representada por um mundo espiritual (pléroma), dirigido por um Deus invisível acompanhado por 30 eóns superiores. O mundo material foi criado pelo Demiurgo, que por sua vez criou o Homem. O Homem recebeu um elemento pneumático que lhe permite, após sua morte, retornar ao mundo espiritual. Acreditava que o mal é uma falsa direção do bem. Ensinava que a ordem atual das coisas cessaria quando se realizasse na terra a total redenção. Isso provocaria o retorno de todos os seres a sua condição primitiva (no Pléroma), sendo finalmente destruída a matéria e com isso, o mal.

2) Taciturno, que viveu na Antioquia em tempos do imperador Adriano e pregou na Síria, teve em suas doutrinas um forte teor ascético, a ponto de rechaçar o matrimônio por considerá-lo um ato de natureza malvada. Acreditava que Deus tinha criado aos anjos e estes criaram o mundo material e o homem. Este, entretanto, possuía uma porção ou faísca de divindade que lhe permitia elevar-se ao mundo espiritual. Afirmava que Cristo foi enviado Por Deus para redimir ao homem do jugo de Yavé.

3) Basílides, de origem egípcia, difundiu suas idéias principalmente em Alexandria. Representou o ramo Gnóstica que elogiou o ato do ‘conhecimento gnóstico’ em detrimento da moralidade das ações. Afirmava que Cristo era o primeiro eón e foi enviado Por Deus para liberar o mundo da escravidão do Yavé (Demiurgo). Sustentava que Cristo, como ser espiritual incriado, não pôde sofrer a paixão, tomando seu lugar Simão de Cirene.

4) Bardésanes, sírio, pregou suas doutrinas na Alexandria. Em geral, continuou o pensamento do Valentin, mas acompanhou sua pregação com populares hinos litúrgicos. Supunha a eternidade dos princípios do bem e do mal. Afirmava que as emanações espirituais do mal ao aproximar-se da Luz (o bem) procuravam elevar-se à Pléroma (Absoluto), que estava constituído por 365 inteligências denominadas Aberas.

5) Ofitas, grupo gnóstico que imaginou a expulsão do Adão e Eva do Paraíso junto com a serpente (tentadora), cujos descendentes tinham por missão continuar tentando o gênero humano.


6) Simão, o Mago. De origem judia ou samaritana, teve em Meandro seu principal discípulo, acreditava na existência de uma primeira Potência Divina, Infinita e Princípio de Tudo. Esse Primeiro Deus, identificado consigo mesmo, denominando-o Simón, tinha criado a Sophía e através dela criou o Cosmos, o universo todo. Mas Sophía caiu nas redes das forças inferiores, ou seja, a matéria. Simón (a Potência divina) veio ao mundo para resgatá-la e iniciar a redenção universal.

7) Cerinto, afirmava que o mundo não era obra de Deus, mas sim de um poder distinto, o demiurgo. Ensinava que Cristo não tinha nascido da Virgem Maria nem padeceu na cruz, mas sim Jesus, filho natural da Maria, em quem Cristo tinha assumido no batismo, para logo abandoná-lo nas horas prévias à paixão. Sua particular visão milenarista, o fez sustentar que chegariam tempos em que se instalaria um reino terrestre de mil anos, e que Jerusalém seria seu centro, durante o qual os homens poderiam satisfazer todos seus apetites carnais.

http://catholicum.wikia.com/wiki/Gnosticismo

MP diz que crimes já denunciados na Lava Jato apontam desvio de R$ 2,1 bi

MP diz que crimes já denunciados na Lava Jato apontam desvio de R$ 2,1 bi

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

 Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. 16/12/2014 REUTERS/Sergio Moraes

SÃO PAULO (Reuters) - Os crimes denunciados até agora pelo Ministério Público Federal no âmbito da operação Lava Jato apontam desvio de 2,1 bilhões de reais, de acordo com o MPF, que classificou a operação que apura irregularidades na Petrobras como "a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve".

O MPF lançou nesta quinta-feira um site explicando a operação (www.lavajato.mpf.mp.br/) no qual afirma que já recuperou 450 milhões de reais dos recursos desviados e que já obteve o bloqueio de 200 milhões de reais em bens de réus que respondem a processos ligados à Lava Jato.

Até o momento 39 acusados de envolvimento no suposto esquema de corrupção na Petrobras já se tornaram réus, entre eles 23 pessoas ligadas a seis das maiores empreiteiras do país.

Também respondem a processo dois ex-diretores da estatal: Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, e Nestor Cerveró, que comandou a diretoria internacional da companhia.

Em depoimento à Justiça, Costa, que está em processo de delação premiada, disse que as empreiteiras montaram um cartel nas obras contratadas pela Petrobras. As empresas pagavam, de acordo com o ex-diretor, propinas a diretores da estatal, a operadores que lavavam dinheiro do esquema e a políticos e partidos.

A Petrobras divulgou na quarta-feira o esperado balanço do 3º trimestre de 2014, mas sem incluir nenhuma baixa contábil relacionada às denúncias de corrupção da Lava Jato. A petroleira alegou dificuldade para separar as baixas resultantes de corrupção daquelas decorrentes de outros fatores.

Os resultados, que deveriam ter sido conhecidos em novembro, tiveram sua publicação adiada após o auditor PricewaterhouseCoopers ter se recusado a aprovar as contas da petroleira devido às denúncias de corrupção envolvendo a estatal e algumas das maiores empreiteiras do Brasil.

(Reportagem de Eduardo Simões)

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Filologia


Filologia

Origem: Wikipédia

Filologia (do grego antigo Φιλολογία, "amor ao estudo, à instrução") é o estudo da linguagem em fontes históricas escritas, é uma combinação de estudos literários, história e linguística. É mais comumente definida como o estudo de textos literários e registros escritos, o estabelecimento de sua autenticidade e sua forma original, e a determinação do seu significado.

Filologia clássica é a filologia do grego e latim clássico. Filologia clássica é historicamente primária, originária de Pérgamo e Alexandria  em torno do século IV a.C., continuou pelos gregos e romanos em todo o Império Romano e Bizantino, e eventualmente assumida por estudiosos europeus do Renascimento, onde foi logo acompanhado por filólogos de outras línguas tanto a um nível europeu (germânico, celta, eslavos, etc) e não-europeus (em sânscrito, persa, árabe, chinês, etc.). Estudos indo-europeus envolvem a filologia comparativa de todas as línguas indo-européias.

Qualquer linguagem clássica pode ser estudada filologicamente e, de facto, como uma linguagem de descrição "clássica" é que implicam a existência de uma tradição filológica associado a ele.

Devido ao seu foco no desenvolvimento histórico (análise diacrônica), a filologia passou a ser usada como um termo que contrasta com a linguística. Isto é devido a um desenvolvimento do século XX desencadeada por insistência de Ferdinand de Saussure sobre a importância da análise sincrônica, e mais tarde o surgimento do estruturalismo e linguística Chomsky com sua ênfase na sintaxe.


Etimologia
O termo filologia é derivado do grego φιλολογία (philologia), dos termos φίλος (philos), que significa "amor, carinho, amado, querido, querido amigo", e λόγος (logos),3 que significa "palavra, a articulação, a razão", descrevendo um amor de aprendizagem,3 da literatura, bem como de argumentação e raciocínio, refletindo o leque de atividades incluídas no âmbito da noção de λόγος. O termo mudou pouco com a philologia Latina, e mais tarde entrou para o idioma Inglês, no século XVI, a partir do francês médio philologie, no sentido de "amor pela literatura".

O adjetivo φιλόλογος (philologos) significava "Amante de discussão ou argumento, falador", em grego helenístico implicando também uma excessiva ("sofista") a preferência de discussão sobre o amor de verdadeira sabedoria, φιλόσοφος (philosophos).

Como uma alegoria da erudição literária, Philologia aparece na literatura pós-clássica do século V (Martianus Capella, De nuptiis Philologiae et Mercurii), uma ideia revivida na tardia literatura Medieval (Chaucer, Lydgate).

Definição
A filologia aborda, portanto, problemas de datação, localização e edição de textos. Para tanto, ela se apoia na História e em seus ramos (como a história das religiões etc.), na lingüística, na gramática, na estilística, mas também em disciplinas ligadas à arqueologia, como a epigrafia ou a papirologia.

Num registro documental o filólogo pode traçar o desenvolvimento em geral.

Nas tradições acadêmicas de várias nações, uma ampla acepção do termo filologia descreve o estudo de uma língua juntamente com a sua literatura e os contextos históricos e culturais que são indispensáveis para uma compreensão das obras literárias e de outros textos culturalmente significativos. Filologia compreende, portanto, o estudo da gramática, retórica, história, a interpretação dos autores, críticos e tradições associadas a um determinado idioma. Tal definição tão abrangente está se tornando rara, e filologia tende a referir-se a um estudo de textos a partir da perspectiva histórica da linguística.

No seu sentido mais restrito de linguística histórica, a filologia foi uma das primeiras ciências do século XIX a se aproximar da linguagem humana mas deu rumo à ciência moderna da linguística no século XX, devido à influência de Ferdinand de Saussure, que argumentava que a linguagem falada deveria ter primazia. Nos Estados Unidos, o Jornal Americano de Filologia foi fundando em 1880 por Basil Lanneau Gildersleeve, um professor de Filologia Clássica na Johns Hopkins University.

 "Filólogos"

Abraham Jacob van der Aa
Andreas Helvigius
Aristarco da Samotrácia
Aristófanes de Bizâncio
Al-Asma'i

Manuel Crisoloras

Fredrik Wilhelm Pipping
Georgius Macropedius

Higinio Martins Estêvez

Jacob Bacmeister
Johann Posselius, o Jovem
Johann Wilhelm Stuck
Johannes Posselius, o Velho

Bartholomäus Latomus
L cont.
Ludwig Lavater

Matthäus Adriani

Asim Peco
Rolf Pipping

Wilhelm Canter

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Existência de Deus



Existência de Deus
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Argumentos contra e a favor da existência de Deus têm sido propostos por filósofos, teólogos, cientistas e outros pensadores ao longo da história. Em termos filosóficos, tais argumentos envolvem principalmente a epistemologia e a ontologia. Os argumentos para a existência de Deus normalmente incluem questões metafísicas, empíricas, antropológicas, epistemológicas ou subjetivas. Os que acreditam na existência de uma ou mais divindades são chamados de teístas, os que rejeitam a existência de deuses são chamados ateístas.

A discussão filosófica no ocidente da existência de Deus começou com Platão e Aristóteles, que formularam argumentos que hoje podem ser classificados como cosmológicos. Mais tarde, Epicuro formulou o problema do mal: se Deus é onipotente, onisciente e benevolente, por que o mal existe? O campo da teodiceia surgiu a partir de tentativas para responder a esta pergunta. Outros argumentos a favor da existência de Deus foram propostos por Santo Anselmo, que formulou o primeiro argumento ontológico e Tomás de Aquino, que apresentou suas próprias versões do argumento cosmológico (o argumento Kalam e a primeira via, respectivamente), Descartes que disse que a existência de um Deus benevolente era logicamente necessária, e Immanuel Kant, que argumentou que a existência de Deus pode ser deduzida a partir da existência do bem. Pensadores que forneceram argumentos contra a existência de Deus incluem David Hume, Nietzsche e Bertrand Russell. Na cultura moderna, a questão da existência de Deus tem sido discutido por cientistas como Stephen Hawking, Richard Dawkins e John Lennox, assim como os filósofos, incluindo Daniel Dennett, Richard Swinburne, William Lane Craig, e Alvin Plantinga.

Os ateus afirmam que os argumentos para a existência de Deus fornecem justificação insuficiente para acreditar. Além disso, alguns afirmam que é possível contestar afirmativamente a existência de Deus, ou de certas características tradicionalmente atribuídas a Deus como a perfeição.

A Igreja Católica afirma que o conhecimento da existência de Deus está disponível a "luz natural da razão humana". Outras religiões, como o budismo, não se preocupam com a existência de deuses.



Definição de Deus
 Deus e Divindade
Existem diferentes definições para Deus, no teísmo clássico, Deus é caracterizado como o ser metafisicamente final (primeiro, atemporal, absolutamente simples e que é desprovido de quaisquer qualidades antropomórficas). Apesar da extensa escrita sobre a natureza de Deus, esses teístas clássicos não acreditavam que Deus poderia ser definido. Por outro lado, muito do pensamento religioso oriental (principalmente panteísta) postula Deus como uma força contida em cada fenômeno que se possa imaginar. Por exemplo, Baruch Spinoza e seus seguidores usam o termo Deus em um sentido filosófico particular onde o Deus é definido como as substâncias e princípios essenciais da natureza.

A discussão da existência de Deus foca-se principalmente em argumentar contra ou a favor da realidade de um Deus teísta. O principal Deus contemporâneo nessa categoria é Javé, adorado pelos cristãos e judeus, também chamado de Alá pelos islâmicos.

 Ignosticismo
Ignosticismo ou igteísmo é uma posição teológica, a partir da qual todas as outras posições teológicas, incluindo o agnosticismo, presumem demais sobre o conceito de Deus, sua existência e outros conceitos teológicos. A palavra "ignosticismo" foi cunhada por Sherwin Wine, rabino e uma figura base para o Judaísmo humanístico.

O problema do sobrenatural
Um problema levantado pela questão da existência de Deus é que as crenças tradicionais geralmente atribuem a Deus várias poderes sobrenaturais. Um ser sobrenatural pode ser capaz de se esconder e revelar-se para seus próprios fins, como por exemplo, no conto de Baucis e Filemon. Além disso, de acordo com conceitos de Deus, ele não faz parte da ordem natural, ele é o criador final da natureza e das leis científicas. Assim, em aristotelismo, Deus é visto como parte da estrutura explicativa necessária para suportar as conclusões científicas, e quaisquer poderes que Deus possui são, estritamente falando, a ordem natural, isto é, derivado do lugar de Deus como originador da natureza.

Argumento ontológico
 Argumento ontológico
O primeiro argumento ontológico foi feito por Anselmo de Cantuária, em sua obra "Proslogion". O argumento propõe que a existência de Deus é autoevidente. A lógica, dependendo da formulação, lê-se aproximadamente as seguintes:3 4 5

Existe na mente de todo homem a ideia de um ser que não se pode pensar outro maior
Existir só na mente é menos perfeito do que existir na mente e também na realidade (a existência é uma das qualidades da perfeição)
Se o ser maior do que o qual não se pode pensar outro só existisse na mente seria menor do que qualquer outro que também existisse na realidade
Logo, o ser do qual não se pode pensar outro maior deve existir também na realidade (existência real necessária), logo conclui-se que existe Deus e esse ser é o mais perfeito de todos
Defenderam esta tese com argumentos distintos São Boaventura, Duns Scoto, Descartes, Leibniz, Hegel, Isaac Newton quando citou a mecanica celeste ou gravitação universal, Karl Bath, N. Malcom.6 Rejeitaram o argumento ontológico Tomás de Aquino7 , David Hume, Immanuel Kant, entre outros.

Tomás de Aquino criticou o argumento por propor uma definição de Deus. Se Deus é transcendente, deveria ser impossível para os seres humanos o defini-lo.7

As cinco provas de Tomás de Aquino
Tomás de Aquino, em sua obra "Suma Teológica" defende que Deus é o princípio e o fim de todas as coisas e que, fazendo apenas o uso da luz natural da razão a partir das coisas criadas. Pelas cinco provas de Tomás de Aquino (também chamadas de cinco vias de Tomás de Aquino), a defesa pela existência de Deus acontece por meio da razão e sem recorrência a argumentos de natureza dogmática, para isto propõe cinco vias de demonstração de natureza exclusivamente filosófico-metafísica..8 9

As cinco vias são provas a posteriori, que têm como ponto de partida as criaturas enquanto entes causados para se atingir como termo de chegada a necessidade da existência de Deus; são demonstrações metafísicas (causalidade do ser) e não científico-positivas (causalidade dos fenômenos), mesmo partindo da experiência sensível e, aplicando o princípio da causalidade, mostram ser impossível se proceder ao infinito na cadeia de causas.5

Primeiro Motor Imóvel
O argumento afirma que, a partir de nossa experiência de movimento no universo (movimento sendo a transição da potência ao ato), podemos ver que deve ter havido um motor inicial. Aquino argumentou que o que está em movimento deve ser posto em movimento por uma outra coisa, por isso não deve ser um motor imóvel.

Causa Primeira ou Causa Eficiente
Decorre da relação "causa-e-efeito" que se observa nas coisas criadas. Não se encontra, nem é possível, algo que seja a causa eficiente de si próprio, porque desse modo seria anterior a si próprio: o que é impossível. É necessário que haja uma causa primeira que por ninguém tenha sido causada, pois a todo efeito é atribuída uma causa, do contrário não haveria nenhum efeito pois cada causa pediria uma outra numa sequência infinita e não se chegaria ao efeito atual. Logo é necessário afirmar uma Causa eficiente Primeira que não tenha sido causada por ninguém.

Ser Necessário e Ser Contingente
Existem seres que podem ser ou não ser, chamados de contingentes, isto é cuja existência não é indispensável e que podem existir e depois deixar de existir. Todos os seres que existem no mundo são contingentes, isto é, aparecem, duram um tempo e depois desaparecem. Mas, nem todos os seres podem ser desnecessários, caso contrário o mundo não existiria. Alguma vez nada teria existido, logo é preciso que haja um Ser Necessário que fundamente a existência dos seres contingentes e que não tenha a sua existência fundamentada em nenhum outro ser.

Igualmente, tudo o que é necessário tem a causa da sua necessidade noutro. Aqui também não é possível continuar até o infinito na série das coisas necessárias que têm uma causa da própria necessidade. Portanto, é necessário afirmar a existência de algo necessário por si mesmo, que não encontra em outro a causa de sua necessidade, mas que é causa da necessidade para os outros: O que todos chamam Deus.

Do Nada não surge e nem advém o Ser. Como se observa que as coisas existem, não pode ter havido um momento de Nada Absoluto, pois daí não se brotaria a existência de algo ou coisa alguma.

Ser Perfeito e Causa da Perfeição dos demais
Verifica-se que há graus de perfeição nos seres, uns são mais perfeitos que outros, o universo está ontologicamente hierarquizado - seres racionais corpóreos, animais, vegetais e inanimados) qualquer graduação pressupõe um parâmetro máximo, logo deve existir um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que é a Causa da Perfeição dos demais seres.

Inteligência Ordenadora
Existe uma ordem admirável no Universo que é facilmente verificada, ora toda ordem é fruto de uma inteligência ordenadora, não se chega à ordem pelo acaso e nem pelo caos, logo há um ser inteligente que dispôs o universo na forma ordenada. Com efeito aquilo que não tem conhecimento não tende a um fim, a não ser dirigido por algo que conhece e que é inteligente, como a flecha pelo arqueiro. Logo existe algo inteligente pelo qual todas as coisas naturais são ordenadas ao fim, e a isso nós chamamos Deus.

Há uma ordem em todos os seres, o menor vegetal, por exemplo, tem órgãos para cada função ordenados para a preservação da espécie. Esta ordem pressupõe uma Inteligência ordenadora, pois a ordem não vem do caos e nem do acaso. Da mesma forma as letras de um livro não são colocadas ao acaso. Logo a ordem existente no mundo prova a existência de uma Inteligência que ordenou todas as coisas nos mínimos detalhes. É necessário que exista uma Inteligência Suprema que tenha ordenado o Universo criado.

O Mal no Mundo
A existência do "mal" tem sido usada como argumento para a inexistência, ou pelo menos, da incongruência da existência de Deus. Epicuro adianta: "Quererá [Deus] impedir o mal, mas não é capaz? então é impotente. Será que é capaz, mas não o deseja? então é malévolo. Terá tanto o desejo como a capacidade? então porque é que existe o mal?". [carece de fontes]

Em relação a estes argumentos, Santo Tomás explica que "Deve-se dizer com Santo Agostinho: 'Deus soberanamente bom, não permitiria de modo algum a existência de qualquer mal em suas obras, se não fosse poderoso e bom a tal ponto de poder fazer o bem a partir do próprio mal'. Assim, à infinita bondade de Deus pertence permitir males para deles tirar o bem".
"O mal é ideia do homem, não de Deus. Ele, que deu ao homem o livre-arbítrio e pôs em marcha o Seu plano para a humanidade, não interfere continuamente para tirar ao homem o dom da liberdade. Se o inocente e o justo têm de sofrer a maldade dos maus, a sua recompensa no final será maior, os seus sofrimentos serão superados com sobra pela felicidade futura".

O mal, ou infortúnio, decorre do fato da criatura ser limitada e imperfeita, porque dele pode tirar um bem maior: aprendizados que geram novas virtudes e méritos pela superação das condições adversas. Assim, o mal teria a função de ensinar aos homens os seus próprios limites, corrigindo e reordenando a criatura pela aplicação de provas e expiações.

Imagem e semelhança de Deus
A existência de deficiências físicas nos humanos, ou a presença de órgão vestigiais têm sido usados como argumentos contra a existência de Deus, no entanto, segundo Santo Tomás de Aquino deve-se dizer que o homem é a imagem de Deus, não segundo seu corpo, mas segundo aquilo pelo que o homem supera os outros animais. O homem é superior aos outros animais pela razão e pelo intelecto. Portanto, é segundo o intelecto e a razão, que são incorpóreos, que o homem seria a imagem de Deus.
Argumento da existência do universo
O mundo exige uma causa de si, que se chama Deus. Não há efeito sem causa. Todo o ser que começa a existir tem uma causa. O universo tem um grau de complexidade superior a qualquer obra humana conhecida. Logo não se pode admitir que tenha aparecido sem que um Ser lhe tenha dado a existência, Assim como a existência de um edifício pressupõe a existência de um arquiteto, ou a de um quadro a do pintor. Esse Ser chama-se Deus.11

Argumento da Lei Moral
Dá-se o nome de Lei Moral ao conjunto de preceitos que o homem descobre na sua consciência e que o fazem distinguir o bem do mal, o certo do errado, o justo do injusto e o impelem a praticar o bem e a evitar o mal. A lei moral, segundo os teólogos Ricardo Sada e Pablo Arce, teria três condições:

Obriga a todos os homens, por exemplo prescreve-lhes o respeito à vida e à propriedade alheia, proíbe o assassinato e o roubo.
É superior ao homem, ninguém pode mudá-la ou revogá-la, por exemplo, ninguém poderá fazer com que o estupro de uma criança seja algo bom.
Obriga em consciência, isto é quando a cumprimos, sentimos a satisfação do dever cumprido; quando a transgredimos, mesmo que às ocultas, sentimos remorsos.14 A lei moral supõe um legislador que atenda a estas três condições, que seja superior ao homem, que possa obrigar a todos e que lhes possa ler na consciência, a este legislador chamamos Deus.
Argumento Psicológico
Conhecido também como argumento eudenomológico, funda-se na afirmação de Agostinho de Hipona: «Criaste-nos para vós, Senhor, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em Vós» (Confissões). Funda-se na constatação de que todo homem busca a felicidade e que esta felicidade plena e eterna não dura se alcança, e mesmo quando se alcança não dura pois um dia chega a morte. Logo deve existir um bem cuja posse seja capaz de dar ao homem a felicidade infinita e eterna que tanto busca.

Argumento Histórico
Cícero, senador romano, parte da constatação da universalidade do fenômeno religioso. Não se tem notícia de sociedade humana que não tivesse culto à divindade, este grande consenso histórico e quase universal tem grande probabilidade de ser retrato da realidade existente.

Conhecimento de Deus por analogia
A partir do conhecimento das criaturas pode-se atribuir a Deus todas as perfeições que nelas se encontram e as que se pode conceber, bem como nele negar tudo o que as criaturas têm de limitado e imperfeito.

Assim, são atributos de Deus, segundo Santo Tomás

Unidade - é indivisível (tanto em ato como em potência), não possui composição alguma.
Unicidade - é unico, não pode haver mais que um Deus, a onipotência de um comprometeria a do outro.
Suprema perfeição - "perfeito é aquilo que está totalmente feito". Todas as perfeições das criaturas (efeitos) se encontram em Deus de modo indiviso e em grau eminente (causa).

Beleza suprema - é a suprema harmonia de todas as perfeições criadas e o seu conhecimento é a máxima felicidade possível
Simplicidade - não é composto de partes, o que implica que não tem corpo e nem partes de nenhuma espécie.
Imensidade - não está sujeito a espaço, pode estar em todos os lugares sem estar circunscrito a eles.
Infinidade - é infinito, tem todas as perfeições em grau máximo e ilimitado. Se pudesse ser aperfeiçoado não seria Deus e sim aquele que Lhas desse.
Imutabilidade - não está sujeito a mudanças nem no seu Ser e nem nos seus desígnios.
Eternidade - não teve princípio e não terá fim, sempre existiu e não deixará de existir.
Onisciência - possui inteligência e entendimento ilimitados, tudo sabe e tudo conhece.
Onipotência - a vontade de Deus é onipotente, não tem limites, e é perfeitamente boa e justa. Sendo infinitamente justo retribui a cada um segundo as suas obras.
Onipresença - tem a capacidade da ubiquidade, pode estar em todos os lugares e, mais do que estar num lugar, dá a existência ao próprio lugar.
Suprema bondade - Deus é a bondade infinita. Quanto mais perfeito é um ser tanto mais é desejável, Deus é o mais desejável dos seres é o Bem Supremo.
Sabedoria - é mais que sábio, é a própria Sabedoria ilimitada.
Santidade - é infinitamente santo e belo e fonte de toda a beleza e santidade.
Misericordioso - Deus é todo misericórdia, perdoa tantas vezes quantas nos arrependemos.
Transcendência - não se confunde com o mundo, está fora do mundo e acima da realidade material.
Conhecimento divino e liberdade humana
Que Deus saiba quais os atos o homem praticará não implica dizer que Ele seja a causa destes atos; pelo contrário, é a decisão do homem de praticar o ato que permite que Deus saiba que ele será praticado. Da mesma forma, quando o serviço de meteorologia prevê a ocorrência de um tornado amanhã, esta previsão não o torna a causa do tornado. Ao contrário, aquilo mesmo que fará com que haja a tempestade amanhã é que proporciona ao meteorologista a base da sua previsão.

Argumentos pela inexistência de Deus
Parte da série sobre o Ateísmo

Conceitos
Antiteísmo Ateísmo cético Ateísmo forte
História
Antiteísmo Ateísmo
Argumentos
Argumentos contra a existência de Deus Descrença Destino dos incultos Deus das lacunas Navalha de Occam Paradoxo da omnipotência Problema do mal Problema do inferno Bule de chá de Russell Não-cognitivismo teológico
Diversos
Ateísmo marxista-leninista Crítica ao ateísmo Demografia Discriminação e perseguição Lista de não teístas Ateísmo de Estado Atheist Bus Campaign
Conceitos relacionados
Agnosticismo
Teísmo agnóstico Ateísmo agnóstico Ignosticismo Apateísmo Fraco Estrito Lista de não teístas
Irreligião
Crítica da religião Livre pensamento Anticlericalismo Antirreligião Bule de chá de Russell Paródia da religião
Naturalismo
Humanístico Metafísico Religioso
Secularismo
Secularidade Humanismo secular Organizações seculares
Cada um dos seguintes argumentos visa a demonstração de que um subconjunto específico de deuses não existem (mostrando-lhes como inerentemente sem sentido, contraditório, ou em desacordo com os fatos científicos e históricos conhecidos) ou que não há razão suficiente para acreditar neles.

Argumentos empíricos
O argumento das revelações inconsistentes contesta a existência da divindade chamada Deus, como descrito nas escrituras, tais como o Tanakh, a Bíblia cristã, o Alcorão muçulmano, o Vedas hindu, o Kitáb-i-Aqdas ou o Livro de Mórmon, identificando aparentes contradições entre as diferentes escrituras, dentro de uma única escritura, ou entre escritura e fatos conhecidos. Para ser eficaz, este argumento requer que o outro lado sustente que o seu registro bíblico é inerrante, ou que pelo menos afirme que uma compreensão adequada das Escrituras dê origem ao conhecimento da existência de Deus.
O problema do mal contesta a existência de um Deus que é onipotente e benevolente, argumentando que tal deus não deve permitir a existência do mal ou sofrimento.
O destino dos incultos: pessoas que nunca ouviram falar de uma determinada revelação podem ser severamente punidas por não seguir seus ditames.
O argumento da descrença contesta que, se Deus existe (e quer que a humanidade saiba disso), ele criaria uma situação em que cada pessoa sensata acreditara nele. No entanto, existem muitos incrédulos sensatos ​​e, portanto, este fator pesa contra a possibilidade da existência de Deus.
A analogia do bule de chá de Russell argumenta que o ônus da prova para a existência de Deus encontra-se com o teísta e não com o ateu. A analogia pode ser considerado uma extensão da Navalha de Occam.
Argumentos dedutivos
Ver artigos principais: paradoxo da onipotência, Problema do inferno e Não-cognitivismo teológico
O paradoxo da onipotência sugere que o conceito de uma entidade onipotente é logicamente contraditório, considere uma pergunta como: "Deus pode criar uma pedra tão grande que ele não pode movê-la?" ou "Se Deus é todo-poderoso, Deus poderia criar um ser mais poderoso do que a si mesmo?".
O paradoxo da onisciência mostra um ângulo diferente do paradoxo da onipotência. "Se Deus é onipotente, então ele deve ser capaz de mudar o futuro para um "futuro alternativo" que é desconhecido para ele, entrando em conflito com sua onisciência" Da mesma forma, um Deus onisciente saberia a posição de todos os átomos no universo ao longo de seus ~14 bilhões de anos, bem como o seu futuro infinito. Para saber disso, a memória de Deus precisa ser maior do que o conjunto infinito de possíveis estados do universo atual.
O problema do inferno é a ideia de que a condenação eterna por ações cometidas numa existência finita contradiz a benevolência ou a onipresença de Deus.
O argumento da incoerência ou das propriedades incompatíveis contesta a existência de um deus onisciente com livre-arbítrio, ou que tenha atribuído as mesmas propriedades as suas criações, argumentando que as duas propriedades são contraditórias. De acordo com o argumento, se Deus realmente conhece o futuro, a humanidade está destinada a corroborar com o seu conhecimento do futuro e não terá o livre-arbítrio para se desviar dele. Portanto, o nosso livre arbítrio contradiz um Deus onisciente.
Um contra-argumento contra o argumento cosmológico ("ovo ou a galinha") leva a suposição de que as coisas não podem existir sem os criadores e aplica-o a Deus, levando a uma regressão infinita. Isso ataca a premissa de que o universo é a segunda causa (depois de Deus, que é reivindicada a ser a primeira causa).
Não-cognitivismo teológico, como o usado na literatura, geralmente procura refutar o conceito de Deus, mostrando que é inverificável através de testes científicos.
Argumentos indutivos[editar | editar código-fonte]
O argumento de "nenhuma razão" tenta mostrar que um ser onipotente e onisciente não teria qualquer razão para agir, especificamente através da criação do universo, porque ele não teria necessidades ou desejos, sendo que esses mesmos conceitos são subjetivamente humanos. Sendo que o universo existe, existe uma contradição, portanto, um Deus onipotente não pode existir.
Argumentos subjetivos
O argumento das religiões conflitantes observa que muitas religiões dão diferentes relatos sobre o que é Deus e o que Deus quer.
O argumento da decepção afirma que quando se pede algo a Deus, e não há nenhuma ajuda visível, não há nenhuma razão para acreditar que existe um Deus.
Ônus da prova
No meio científico é notório que através do método científico nota-se a impossibilidade de provar a existência de deus(s), mesmo tendo-se a possibilidade de sua existência diante de tais circunstâncias é improvável que o homem conheça sobre algo a respeito diante da impossibilidade de conhecimento sobre deus(s), então com enfase na logica racional seria obviamente plausível ausentar com todas as chances de certeza a impossibilidade da existência de deus(s), diante da impossibilidade de conhecimento a respeito da existência do(s) mesmo(s), tampouco pouco deve-se então evidenciar a existência de deus(s) diante da ausência de evidencia(s) pois esta e uma premissa invalida a rigores do método científico, então seria invalido nitidamente uma teoria que ao menos possibilita-se a existência de deus(s), logo pode-se concluir que é improvável que deus(s) exista(m).

Argumento da incoerência ou das propriedades incompatíveis
Uma versão popular do argumento das propriedades incompatíveis questiona a possibilidade de um Deus ser ao mesmo tempo onisciente e onipotente. Um Deus onisciente, que tem todo o conhecimento acerca dos acontecimentos futuros, é impotente para mudá-lo visto que este futuro (que já é conhecido de antemão) já está determinado, embora o cristianismo aponta que o ser humano possui livre arbítrio então o futuro já não precisa ter sido alterado.

Argumento da imaterialidade
Existem aqueles que creem que se não conseguimos ver, medir ou testar Deus de nenhuma forma rigorosa com métodos físicos e experimentais, possivelmente ele não existiria. Qualquer coisa para existir necessitaria ter existência no espaço-tempo. Até o momento Deus não foi medido através de qualquer equipamento científico desenvolvido pelo homem, da mesma forma que a consciência humana não foi devidamente localizada no corpo. Esse argumento, porém pressupõe o naturalismo metodológico o que como um argumento o torna claramente uma petito principi, muito embora, possa ainda ser usado num contexto onde ambas partes concordem com uma metafísica mecanicista, caso não, aquele que o utiliza também deve justificar o porquê crer que assim seja (realidade una e material). 15 16

Argumento da Evolução Darwiniana
A evolução Darwiniana fornece explicação para a complexidade dos seres vivos, que ocorreria sem nenhuma necessidade de intervenção divina.

O Darwinismo, todavia, não se propõe a "provar" a não existência de Deus, mas tenta apenas explicar a grande diversidade das espécies pelo mundo com base meramente no que é observado na natureza. Tanto é assim que, segundo Francis S. Collins, Darwin concluiu a obra A Origem das Espécies com o seguinte texto: "Há uma grandeza nessa visão da vida, com seus vários poderes, tendo ela sido lançada como o sopro da vida originalmente pelo Criador em poucas formas ou em uma; e que, enquanto este planeta vinha orbitando de acordo com a lei da gravidade estabelecida, a partir de um início tão simples, inúmeras formas, cada vez mais belas e maravilhosas foram, e continuam, evoluindo."17 Esse discurso, ao admitir a possibilidade de existir um "Criador", é totalmente incompatível com a intenção de provar a não existência de Deus.

Argumento da improbabilidade
Não se tem como provar cientificamente a existência de um ser que, caso exista, extrapolaria o espaço-tempo perceptível ao homem e aos equipamentos por este criado. O único meio de pesquisa e estudo das demais dimensões que constituem o universo só pode se dar através de conceitos de física, de filosofia e de fórmulas matemáticas, que são todas imateriais. Devido a isto, pela impossibilidade de medir Deus através de instrumentos científicos, muitos declaram a inexistência de Deus. A critica desse argumento é do fato de que também não existem maquinas que possam visualizar sonhos humanos e nem entender o seu funcionamento completo em nenhuma parte da física e química, alem do fato de em estados de sonho lucido pode passar dias numa dimensão imaterial e a "volta" para "vida real" seria apenas poucos minutos que passariam. Mas é uma crítica sem fundamentos já que se pode medir a atividade cerebral durante o sono com equipamentos e analisar a química que ocorre no cérebro e forma tais ilusões chamadas "sonhos". Outra crítica referente ao argumento é que por algo ser desconhecido não significa necessariamente que inexiste, os que usam desta crítica fazem uma analogia com os átomos, que não eram conhecidos e nem detectáveis há 5000 anos, mas mesmo assim existiam.

Segundo Argumento da Incoerência
Este argumento prende-se no facto da existência de certas incoerências nas qualidades de Deus. Por exemplo, se Deus é omnipotente, ele poderia criar uma pedra tão pesada que nem mesmo ele poderia erguer. Se não a conseguisse erguer, deixaria de ser omnipotente. Mas se ele é omnipotente, então ele deveria ter força suficiente para erguer qualquer peso. No entanto, se não conseguisse criar tal pedra, deixaria de ser omnipotente. Isto é claramente um paradoxo, como o paradoxo é uma afirmação que nega a si mesma então Deus não pode ser omnipotente.

Se Deus é omnisciente, então ele sabe tudo sobre o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro. Sabe o que já fizemos e o que vamos fazer (apesar de nos conceder livre-arbítrio). Se sabe, então o livre-arbítrio não faz qualquer sentido, e não há razão para não nascermos logo no paraíso ou no inferno. Se não conhece as nossas ações futuras, então Deus não é nem omnisciente nem omnipotente. Outro paradoxo e como tal entra em conflito com a verdade.

Posicionamento da comunidade científica
A comunidade científica tende a distanciar-se de uma corroboração ou refutação de Deus. Atualmente não existe nenhuma prova científica conclusiva de existência ou inexistência de Deus, o que é perfeitamente coerente com a declaração de que Deus não faz parte do escopo analítico da Ciência.

Por outro lado, individualmente, cientistas não deixam de expressar suas convicções em relação ao tema. Richard Dawkins, no seu livro "The God Delusion", discute e defende a improbabilidade de Deus existir, enquanto o diretor do Projeto Genoma Humano, Francis Collins, em seu livro "A Linguagem de Deus", defende evidências da existência divina e afirma não haver incompatibilidades entre Deus e a ciência.

Estudos apontam que uma larga maioria20 dos cientistas de elite (entre a NAS, Academia das Ciências dos EUA, por exemplo) de hoje sejam agnósticos ou ateus (fonte de 1998). No entanto, existem cientistas de elite da própria NAS que acreditam em Deus e são pessoas religiosas como o próprio presidente da NAS, Bruce Alberts observa: "Existem muitos destacados membros de nossa academia que são pessoas religiosas, pessoas que acreditam na evolução, entre elas muitos biólogos". Ao mesmo tempo, a própria NAS publicou um documento manifestando a opinião de que A existência ou não de Deus é uma questão para a qual a ciência é neutra20 ("Whether God exists or not is a question about which science is neutral"). A maior parte dos cientistas da Pontifícia Academia das Ciências e da qual fazem parte, por exemplo, dois prêmios Nobel: o físico alemão Klaus von Klitzing e o químico taiwanês Yuan Tseh-Lee  acreditam na existência de Deus e consideram que fé e ciência podem conviver harmoniosamente.

Independentemente das convicções, os cientistas actuais nunca demonstraram a existência ou inexistência de Deus (até porque, como já foi afirmado, tal assunto extrapola o método científico). Não pertencendo, portanto, à alçada científica

Raúl Castro alerta EUA para não interferir em assuntos internos de Cuba/ Ações da Petrobras afundam mais de 10% e levam Bovespa a recuar quase 2%

Raúl Castro alerta EUA para não interferir em assuntos internos de Cuba

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

 O presidente de Cuba, Raúl Castro, durante cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em San Antonio de Belén, na Costa Rica, nesta quarta-feira. 28/01/2015 REUTERS/Presidência de Costa Rica/Divulgação

SAN JOSÉ (Reuters) - Cuba não aceitará nenhuma interferência em seus assuntos internos durante as negociações com os Estados Unidos, advertiu nesta quarta-feira o presidente cubano, Raúl Castro, alertando que uma eventual intromissão tornaria o descongelamento das relações diplomáticas bilaterais sem sentido.

Raúl pediu ao presidente norte-americano, Barack Obama, que use seus poderes executivos para aliviar um embargo de décadas, dizendo que o líder dos EUA poderia estender medidas para suavizar o bloqueio, como as anunciadas para o setor de telecomunicações, para o resto da economia cubana.

"Tudo parece indicar que o objetivo é fomentar uma oposição política artificial através de meios econômicos, políticos e meios de comunicação", disse Raúl durante uma cúpula na Costa Rica.

"Se esses problemas não forem resolvidos, essa aproximação diplomática entre Cuba e os Estados Unidos não teria sentido", disse ele.

Raúl afirmou que estava ciente que o fim do embargo "será um caminho longo e difícil".

Os EUA e Cuba realizaram uma negociação histórica de alto nível em Havana na semana passada que deve levar ao restabelecimento das relações diplomáticas cortadas por Washington em 1961.

Obama precisa de aprovação do Congresso Nacional, controlado pelos republicanos, para normalizar completamente as relações com Cuba, e os republicanos, como o senador pela Flórida Marco Rubio, se opuseram ao engajamento enquanto Cuba mantiver um Estado de partido único, reprimir dissidentes e controlar os meios de comunicação.

(Reportagem de Enrique Andrés Pretel)

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Ações da Petrobras afundam mais de 10% e levam Bovespa a recuar quase 2%
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Por Priscila Jordão

SÃO PAULO (Reuters) - A frustração do mercado com o balanço trimestral da Petrobras, divulgado sem a esperada baixa contábil que daria a investidores uma orientação sobre o valor justo dos ativos da petroleira, derrubou as ações da estatal em mais de 10 por cento e carregou para baixo o principal índice da bolsa paulista nesta quarta-feira.

A estatal, cujas ações combinadas tiveram peso de 8,3 por cento na composição do índice desta sessão, exerceu a maior influência de baixa sobre o Ibovespa, após a divulgação nesta madrugada dos números não auditados do terceiro trimestre.

O Ibovespa fechou em queda de 1,85 por cento, a 47.694 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,9 bilhões de reais. Os papéis preferenciais da Petrobras perderam 11,21 por cento, e os ordinários caíram 10,48 por cento, tirando mais de 400 pontos do índice brasileiro.

Em relatórios, analistas ressaltaram que a divulgação do balanço atendeu apenas obrigações com credores e não deu uma dimensão das perdas decorrentes de sobrepreço nos contratos que, conforme investigação do Ministério Público Federal, beneficiou ex-funcionários, executivos de fornecedoras e políticos.

"Isso é bastante frustrante, dado que todos esperavam por estes números para ter um algum dimensionamento das perdas e do valor dos ativos da empresa", escreveram analistas da Planner em relatório.

Embora não tenha efetivamente reduzido o valor de seus ativos, a Petrobras apresentou um cálculo indicando potenciais baixas contábeis de mais de 60 bilhões de reais.

Anda assim, a preocupação de investidores sobre a saúde financeira da estatal deve continuar, já que se desconhece o nível exato do ajuste a ser feito nos ativos imobilizados.

Além da situação delicada da Petrobras, também repercutiu nos mercados brasileiros a percepção de que o ajuste fiscal comandado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, terá que passar por rodadas de negociação antes de ser colocado em prática.  "Não será fácil, e os mercados vão precificando isso, após semanas de maior euforia e otimismo... Começamos a ouvir críticas às mudanças, à medida que os ajustes são anunciados", disse a corretora Guide Investimentos.

Na terça-feira, o presidente-executivo do Credit Suisse no Brasil, José Olympio Pereira, disse que o governo federal dará um sinal negativo para o mercado se voltar atrás nas medidas de ajuste do seguro-desemprego anunciadas recentemente. PnL1N0V61XN]

Ações de bancos como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco seguiram a Petrobras entre as maiores pressões negativas do Ibovespa do dia, além da companhia de educação Kroton.

A construtora e incorporadora PDG Realty perdeu 5 por cento, com o mercado ainda pessimista sobre as perspectivas para seus resultados. No campo positivo, o destaque foram as ações da fabricante de cigarros Souza Cruz.

O mercado também ficou na defensiva antes da decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano, à espera de sinais sobre quando os juros começarão a subir na maior economia do mundo.

Logo após o fechamento dos mercados brasileiros, o Fed repetiu que continuará "paciente" para elevar os juros e disse que a economia dos EUA está nos trilhos, apesar das turbulências em outros mercados ao redor do mundo.

Volkswagen Multivan Premium 2015. A substituta da Kombi na Alemanha e no Brasil nada. Uma falta de respeito da VW aos usuários da Kombi no Brasil que não substituiu o produto até hoje.