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domingo, 3 de agosto de 2014

Homens que marcaram O Século XX: Idi Amin Dada

Idi Amin Dada

3º Presidente de  Uganda
Mandato 2 de fevereiro de 1971
a 11 de abril de 1979



 Biografia

Idi Amin Dada (c. 1920 – 16 de agosto de 2003) foi um ditador militar e o terceiro presidente de Uganda entre 1971 e 1979. Amin se juntou ao King's African Rifles, um regimento colonial britânico, em 1946, servindo na Somália e no Quênia. Eventualmente, ele chegou a patente de Major-General no exército ugandense, e tornou-se Comandante antes de liderar um golpe de estado em 1971, depondo o então presidente Milton Obote. Mais tarde, como chefe de estado, ele se auto-promoveu para Marechal de Campo.

O governo de Amin ficou caracterizado por violações dos direitos humanos, repressão política, perseguição étnica, assassinatos, nepotismo, corrupção e má gestão econômica. O número de mortos durante seu regime ditatorial é estimado por observadores internacionais e grupos de direitos humanos como estando entre cem mil e quinhentos mil. Durante seus anos no poder, Amin deixou de ser um anticomunista com considerável apoio de Israel e passou a ser apoiado por Muammar al-Gaddafi, a União Soviética e a Alemanha Oriental. Entre 1975 e 1976, ele foi o presidente da Organização da Unidade Africana, um grupo criado para promover a solidariedade entre as nações no continente. Entre 1977 e 1979, Uganda foi membro da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Em 1977, quando o Reino Unido rompeu relações diplomáticas com o país, Amin declarou que havia derrotado os britânicos, adicionando "CBE", de "Conquistador do Império Britânico", aos seus títulos. Seu título completo era "Sua Excelência Presidente Vitalício, Marechal de Campo Alhaji Dr. Idi Amin Dada, VC, DSO, MC, CBE".

Após a Guerra Uganda-Tanzânia em 1978, onde Amin tentou anexar a região de Kagera, dissidentes conseguiram encerrar seu regime de oito anos, forçando seu exílio. Primeiro ele foi para a Líbia, depois para a Arábia Saudita, onde viveu até sua morte em 16 de agosto de 2003.



Primeiros anos

Amin nunca escreveu uma autobiografia ou autorizou algum relato oficial sobre sua vida, dessa forma, há discrepancias sobre quando e onde ele nasceu. A maioria das fontes biográficas afirmam que ele nasceu em Koboko ou Kampala por volta de 1925.nota 1 Outras fontes colocam seu nascimento em 1923 ou em 1928. De acordo com Fred Guweddeko, um pesquisador da Universidade Makerere, Amin era filho de Andreas Nyabire. Nyabire, um kakwa, converteu-se do catolicismo para o islamismo em 1910 e mudou seu nome para Amin Dada. Ele nomeou seu primeiro filho em sua homenagem. Abandonado pelo pai ainda jovem, Idi Amin cresceu com a família de sua mãe em uma fazenda no noroeste de Uganda. Guweddeko diz que sua mãe se chamava Assa Aatte, uma lugbara e herbalista tradicional que tratava os membros da realeza de Buganda, entre outros. Amin entrou em uma escola islâmica de Bombo no ano de 1941. Após alguns anos, ele saiu da escola tendo estudado apenas até a quarta série, trabalhando em bicos até ser recrutado como oficial pelo exército colonial britânico.

Vida

Alistado no Exército britânico, foi inicialmente ajudante de cozinha do regimento britânico King's African Rifles. Impressionou com seu 1,90 metro de altura, e os seus 110 quilos bem como a sua habilidade pugilística, que o converteram num campeão de boxe na categoria de pesos-pesados do seu país, de 1951 a 1960. Após a independência do país, em 1962, tornou-se chefe do Exército do presidente Milton Obote. Pouco tempo após assumir este cargo, Amin e Obote começaram a ter desavenças. A popularidade de Amin entre os militares e o atentado contra a vida de Obote em 1969 fizeram que ambos se tornassem rivais.  Sabendo que o então presidente planejava prende-lo por supostamente desviar fundos das forças armadas, Idi Amin deu um golpe de estado com a ajuda do exército ugandense em 25 de janeiro de 1971. Em uma transmissão de rádio ao povo ugandense, Amin falou que ele era um soldado e não um politico, e que ele libertaria todos os prisioneiros políticos e colocaria a economia do país em ordem novamente. Em 2 de fevereiro, ele se declarou Comandante-em-chefe das forças armadas e presidente vitalício, impondo disciplina militar a seu gabinete e colocou seus apoiadores em cargos proeminentes do seu governo. Obote e outros 20 mil soldados desertores e simpatizantes da oposição fugiram do país para o exílio em países vizinhos, como a Tanzânia.  Em retaliação, Idi Amin começou a expurgar oficiais de lealdade duvidosa do Exército, o que terminou com a morte de mais de 5 mil militares. Muitos intelectuais, artistas e políticos também começaram a ser presos sob suspeita de fazer oposição ao governo.

Após o golpe, depois de alguns meses de moderação, iniciou rapidamente a arbitrariedade como estilo de seu governo, que durou oito anos, sendo um regime brutal que deixou um país arruinado e 400 mil ugandenses mortos. As perseguições, as mortes e os desaparecimentos tinham natureza étnica, politica e financeira começaram pouco após sua chegada ao poder.

Demonstrando um temperamento megalômano, vingativo e violento, expulsou, em 1972, cerca de 40 mil asiáticos, descendentes de imigrantes do império britânico na Índia, dizendo que Deus lhe havia dito para transformar Uganda num país de homens negros. Uma figura grande e imponente, o seu comportamento excêntrico criou a imagem de um homem dado a explosões irregulares e foi chamado de "Big Daddy". Uma vez declarou-se "rei da Escócia", proibiu os hippies e as minissaias, e chegou a um funeral da realeza saudita usando um kilt. Certa vez (1999) disse a um jornal ugandense que gostava de tocar acordeão e de recitar o Alcorão. Ficou conhecido também por debochar de vários líderes internacionais: afirmava dar conselhos ao presidente americano Richard Nixon, criou o "Fundo Ugandense para a Salvação da Inglaterra" e cogitou a transferência da sede da ONU de Nova York para a capital de Uganda. Depois de assumir o poder (1971), tornou-se um ditador que violava os direitos humanos fundamentais durante um "reinado de horror", segundo a Comissão Internacional de Juristas.

Foi um dos déspotas mais sanguinários da África, tendo sido denunciado dentro e fora do continente por matar dezenas de milhares de pessoas durante seu governo. Algumas estimativas dizem que o número ultrapassa as cem mil pessoas. Muitos ugandenses acusavam o ex-campeão de boxe de manter cabeças decepadas no frigorífico, de alimentar crocodilos com cadáveres e de ter desmembrado uma de suas esposas. Alguns diziam que praticava canibalismo.

Rompeu relações diplomáticas com Israel, ordenou a expulsão de 90 mil asiáticos, a maioria comerciantes indianos e paquistaneses, e de vários judeus. Foi recebido, em 1975, pelo Papa Paulo VI como chefe em exercício da Organização da Unidade Africana. Foi notícia internacional em 1976 quando, depois do sequestro de um avião da Air France por terroristas palestinos e da intervenção das Forças de Defesa de Israel (FDI) na operação militar conhecida como Operação Entebbe (ocorrida no aeroporto de Entebbe - nome do aeroporto onde se sucederam os fatos, que fica nos arredores de Kampala, a 37 km do centro da cidade), foram libertados todos os reféns. O ataque deixou 31 mortos, entre eles 20 ugandenses, uma intervenção que foi encarada como uma humilhação pessoal, pois Idi Amin na ocasião declarava-se neutro para a imprensa internacional, quando na verdade apoiava os sequestradores palestinos.

Rompeu em 1976 relações diplomáticas com o Reino Unido e, dois anos depois, fracassa um atentado contra ele nos subúrbios de Kampala. Após os assassinatos do bispo Luwum e dos ministros Oryema e Oboth Ofumbi em 1977, vários ministros e integrantes do governo de Amin o desertaram ou fugiram do país.   Em 1978, o apoio ao general Amin, dentro e fora de Uganda, havia declinado e com a economia e a infraestrutura da nação entrando em colapso devido a má gestão, fez com que o número de inimigos do seu regime aumentasse. Em novembro de 1978, o vice do presidente Amin, o general Mustafa Adrisi, foi gravemente ferido em um suspeito acidente de carro. As tropas leais a ele decidiram se amotinar. Idi Amin enviou forças do exército para enfrentar os amotinados, mas muitos já haviam fugido para a Tanzânia.6 Amin acusou o presidente daquele país, Julius Nyerere, de agressão contra Uganda, e ordenou a invasão de partes do território da Tanzânia e formalmente anexou uma seção da região de Kagera.

Em janeiro de 1979, o presidente tanzâniano Nyerere mobilizou o exército de seu país e contra atacou, com o apoio de grupos dissidentes ugandenses como a Frente de Libertação Nacional de Uganda (UNLA). As forças de Amin recuaram frente a contra-ofensiva e, apesar do apoio militar vindo do ditador líbio, Muammar al-Gaddafi, ele foi obrigado a fugir do país em 11 de abril de 1979, após a queda da capital Kampala.11 Ele fugiu então para a Líbia, mas teve de procurar um novo refúgio quando Gaddafi o expulsou do país. Recebeu então asilo da Arábia Saudita em nome da caridade islâmica, onde passou a viver até o fim de sua vida, acompanhado pelas suas quatro esposas e seus mais de 50 filhos. Quando o seu estado de saúde se agravou, em julho, uma de suas quatro mulheres pediu para voltar a Uganda para morrer, mas o atual governo negou o pedido, sob o argumento que se retornasse ao país seria julgado pelas suas atrocidades.

Morte

Gravemente doente foi internado na Unidade de Tratamentos Intensivos e morreu no Hospital Especialista Rei Faisal, em Jeddah, Arábia Saudita, de complicações devido à falência múltipla de órgãos. Foi enterrado na cidade saudita de Jeddah, onde viveu a maior parte do tempo desde que foi deposto (1979), num pequeno funeral horas depois de sua morte no sábado, 16 de agosto de 2003. Os ugandenses reagiram com uma mistura de alívio com a morte de um tirano sanguinário e de nostalgia por um líder que muitos aplaudiram por expulsar asiáticos que dominavam a vida econômica local.

Cultura popular

Em 2007, foi lançado o filme "The Last King of Scotland" ("O Último Rei da Escócia"), que retrata as atrocidades de Idi Amin. O ator Forest Whitaker estrela o filme encarnando o ditador ugandense, papel pelo qual conquistou o Oscar da Academia como melhor ator.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Terremoto no sudoeste da China deixa ao menos 175 mortos


Do UOL, em São Paulo 03/08/2014

http://noticias.uol.com.br/

Terremoto na China deixa mortos e feridos
3.ago.2014 - Diversas casas ficaram destruídas em uma área montanhosa na província de Yunnan, no sudoeste da China, após um terremoto de 6,1 graus de magnitude atingir a região neste domingo (3). Pelo menos 175 mortes foram confirmadas China Daily/Reuters
Um terremoto de 6,1 graus de magnitude registrado neste domingo (3) nas regiões montanhosas do sudoeste da China deixou pelo menos 175 mortos e dezenas de feridos, anunciou a agência oficial "Xinhua".

O Centro Sismológico da China informou que o terremoto aconteceu às 16h30 (5h30 em Brasília), com epicentro a 27,1 graus de latitude norte e 103,3 graus de latitude leste com uma profundidade de 12 quilômetros no condado de Ludian, de 266 mil habitantes, pertencente à cidade de Zhaotong, em Yunnan.



Epicentro do terremoto no sudoeste da China
O terremoto derrubou e causou dano a muitos edifícios, em particular nas construções mais antigas e residenciais. Foram derrubadas mais de 12 mil casas e danificadas outras 30 mil, detalhou a "Xinhua".

Mais de 120 mortes aconteceram no distrito de Ludian, no epicentro do terremoto, de acordo com a China News Service, a segunda agência oficial de notícias do país.

Quase 30 pessoas morreram em dois distritos vizinhos, todos no município de Zhaotong, segundo a mesma agência. Os outros mortos não tiveram a procedência divulgada.

Oficiais de polícia e paramilitares já se deslocaram para a região e começaram a montar 2.000 barracas, também levando camas e cobertores à região.

A administração provincial de Yunnan enviou uma equipede emergência de 30 pessoas ao epicentro do terremoto para avaliar a situação.

Segundo o jornal "South China Morning Post", o tremor pôde ser sentido em cidades próximas, como a capital provincial, Kunming, além de em Chongqing, Leshan e Chengdu, na província vizinha de Sichuan.

Alguns moradores já publicaram imagens das consequências do terremoto, em que é possível ver janelas e portas rotas ou paredes danificadas.

"Senti uma forte sacudida em meu apartamento, no quinto andar, e alguns objetos pequenos começaram a cair das estantes", contou um morador de Ludian à "Xinhua".

As pessoas saíram correndo de suas casas para a rua, e os serviços de luz e comunicações foram afetados.

O sudoeste da China é uma zona de frequente atividade sísmica e, nesta época do ano, também sofre com intensas chuvas, como as que mês passado causaram sérias inundações e deslizamentos de terra. O USGS (serviço meteorológico dos EUA que monitora os tremores pelo mundo) advertiu que "em geral a população dessa região vive em estruturas muito vulneráveis aos terremotos".


Um terremoto de magnitude 9,0 atingiu o nordeste do Japão, em 2011. O tremor deixou mais de 15 mil mortos e aproximadamente 3,2 mil pessoas desaparecidas. O terremoto, com epicentro no oceano Pacífco, a 400 km de Tóquio, a uma profundidade de 32 km, gerou ondas gigantes de 10 metros, que chegaram a uma velocidade de 800 km/h antes de atingir a costa japonesa Leia mais Lee Jin-man/AP
Histórico de tremores
O sudoeste da China, situado entre as placas tectônicas Euroasiática e da Índia, é cenário frequente de terremotos.

Os extremos montanhosos entre as províncias de Yunnan, Sichuan e Guizhu, de difícil acesso, registraram muitos terremotos nos últimos anos.

Em 1974, um tremor de 6,8 graus na mesma região matou mais de 1.500 pessoas.

Em setembro de 2012, outras 80 pessoas morreram em dois terremotos na região montanhosa entre Yunnan e Ghizhu.

Na vizinha Sichuan, uma das províncias de maior população da China, um terremoto de 8 graus em maio de 2008 deixou 87 mil mortos e desaparecidos. (Com agências internacionais)

Homens que marcaram O Século XX:Yitzhak Rabin


Yitzhak Rabin
Primeiro-ministro de Israel Israel
Mandato 3 de junho de 1974 -
22 de abril de 1977


Yitzhak Rabin ao lado de Bill Clinton e Yasser Arafat, num aperto de mãos que selaria o Acordo de paz de Oslo, no dia 13 de setembro de 1993.

Yitzhak Rabin (em hebraico יצחק רבין; Jerusalém, 1 de março de 1922 — Tel Aviv, 4 de novembro de 1995) foi um general e político israelense.

Quinto primeiro-ministro de Israel, no cargo entre 1974 e 1977, regressou ao cargo em 1992, exercendo funções até 1995, ano em que foi assassinado. Foi também o primeiro chefe de governo a ter nascido no território que se tornaria Israel e o segundo a morrer durante o exercício do cargo, além de ser o único a ser assassinado.

Em 1994, Rabin recebeu o Prêmio Nobel da Paz, juntamente com Shimon Peres e Yasser Arafat. Ele foi assassinado pelo direitista radical israelense Yigal Amir, que se opunha à assinatura de Rabin do Acordos de Oslo.

Biografia
Yitzhak Rabin nasceu em Jerusalém, em 1 de março de 1922, Judeu, filho de pai nascido nos Estados Unidos e mãe nascida na Rússia, ambos imigrados para a então Palestina Britânica, quando tinha um ano de idade a sua família mudou-se para Tel-Aviv, onde cresceu e frequentou a escola1 . Seu pai morreu quando ele era um menino, e ele trabalhou em uma idade precoce para sustentar sua família.

Em 1941, já formado pela Escola de Agricultura Kadoorie, ingressa na Haganá, uma organização paramilitar judaica, e dentro desta no seu corpo de elite, o Palmach, onde foi oficial de operações. Durante a Guerra de Independência (1948-1949) comandou a brigada Harel que conquistou a parte Ocidental de Jerusalém. Com o cessar fogo de 1949, foi membro da delegação israelita nas negociações de paz com o Egito.

Em 1948, durante a Guerra árabe-israelense de 1948 contraiu matrimónio com Lea Schlossberg, sua esposa durante os seguintes 47 anos. O casal teve dois filhos, Dalia (Pelossof-Rabin) e Yuval.

Entre 1964 e 1968 exerceu as funções de Chefe do Estado-Maior do Exército israelita, tendo sido um dos responsáveis pela vitória de Israel na guerra de 1967, que o opôs o país aos seus vizinhos árabes.

Após se aposentar das Forças de Defesa de Israel, tornou-se embaixador nos Estados Unidos entre os anos de 1968 e 1973. Nesse ano regressa a Israel, onde é eleito deputado no Knesset (Parlamento), pelo Partido Trabalhista.

Foi Ministro do Trabalho no governo de Golda Meir. Com a queda do governo de Meir, em 1974, Rabin é eleito primeiro-ministro, mas demite-se em 1977.

Entre 1985 e 1990 é membro dos governos de unidade nacional, onde desempenhou as funções de Ministro da Defesa, tendo implementado a retirada das forças israelitas do sul do Líbano. Apanhado desprevenido pela Intifada de Dezembro de 1987, tenta, sem sucesso, reprimir o levantamento dos palestinos ordenando que os soldados quebrem os ossos dos manifestantes. Na ocasião, recebeu o pejorativo apelido de "quebra-ossos".

Em 1992 foi eleito líder do Partido Trabalhista, que conduz à vitória nas eleições legislativas de Julho desse ano, tornando-se primeiro-ministro pela segunda vez. Desempenhou um importante papel nos Acordo de Paz de Oslo, que criaram uma Autoridade Nacional Palestiniana com algumas funções de controle sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Em Outubro de 1994 assinou o tratado de paz com a Jordânia.

Foi galardoado com o Nobel da Paz em 1994 pelos seus esforços a favor da paz no Oriente Médio, honra que partilhou com o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, Shimon Peres, e com o então líder da OLP, Yasser Arafat.

No dia 4 de Novembro de 1995 foi assassinado pelo estudante judeu ortodoxo Yigal Amir, militante de extrema-direita que se opunha às negociações com os palestinianos, quando participava num comício pela paz na Praça dos Reis (hoje Praça Yitzhak Rabin) em Tel Aviv. Yigal foi condenado á prisão perpétua. A sua viúva faleceu em 2000 de câncer no pulmão. O túmulo do casal encontra-se no cemitério do Monte Herzl, Jerusalém em Israel.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ataque de Israel mata 10 e fere outros 30 em escola da ONU em Gaza

 Reuters
Ataque de Israel mata 10 e fere outros 30 em escola da ONU em Gaza
domingo, 3 de agosto de 2014
Por Nidal al-Mughrabi e Ari Rabinovitch

GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Um ataque aéreo de Israel matou dez pessoas e feriu cerca de outras 30 neste domingo em uma escola da ONU ao sul da Faixa de Gaza, disse uma autoridade palestina, enquanto dezenas morreram no bombardeio israelense do enclave e o Hamas disparava foguetes contra Israel.

O Exército israelense disse que está investigando o ataque, o segundo a uma escola em menos de uma semana.

A mídia israelense, no 27º dia de combate, reportou que a maioria das tropas israelenses havia saído de Gaza e imagens da Reuters TV mostraram a coluna de tanques israelita e dezenas de homens da infantaria deixando o enclave.

Um porta-voz do exército de Israel chegou a chamar o movimento de retirada, mas disse que os residentes de alguns bairros palestinos evacuados foram avisados pelo exército de que poderiam voltar.

"As tropas estão no meio de uma redistribuição a outras partes da fronteira", disse o tenente-coronel Peter Lerner.

"Estamos de fato liberando as tropas da linha de frente, mas a missão está em curso. As forças terrestres estão operando. Forças aéreas estão operando."

Na cidade de Rafah, onde o exército tem combatido militantes, um míssil de aeronave israelente atingiu a entrada da escola, onde palestinos que deixaram suas casas estavam se abrigando, disseram testemunhas e médicos.

Ashraf Al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, disse que dez pessoas foram mortas e 30 feridas.
Robert Serry, Coordenador Especial da ONU no Oriente Médio, disse que o ataque nas proximidades da escola em Rafah, abrigando 3 mil pessoas, causou múltiplas mortes e lesões.

"É simplesmente intolerável outra escola ter sido alvo de fogo quando foi designada para providenciar abrigo para civis que fogem das hostilidades", disse.

Na quarta-feira, pelo menos 15 palestinos que haviam se refugiado em uma escola da ONU, no campo de refugiados Jabalya, foram mortos em combates, e a ONU disse que parecia que a artilharia israelense atingiu o edifício.

Os militares israelenses disseram que homens armados haviam disparado morteiros a partir da escola, e os soldados responderam com tiros.

PRESSÃO

Mais cedo no domingo, um ataque de Israel deixou pelo menos 30 mortos na Faixa de Gaza, um dia depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, prometer manter a pressão contra o Hamas, embora o Exército tenha concluído sua missão principal, que é destruir uma rede de túneis usados para atacar Israel.

Netanyahu diz que a facção dominante do Hamas em Gaza possui responsabilidade final pelas vítimas civis, acusando homens armados e esquadrões de lançamento de foguetes de usar residentes em áreas densamente povoadas como "escudos humanos".

Ashraf Goma, líder do Fatah e residente de Rafah, disse que o exército israelense estava bombardeando a cidade a partir do ar, terra e mar, e os habitantes não podiam cuidar dos feridos e dos mortos.
"Os corpos dos feridos estão sangrando nas ruas e há corpos nas ruas, sem que ninguém possa resgatá-los."

"Eu vi um homem em uma carroça trazendo sete corpos para o hospital. Corpos estão sendo mantidos em geladeiras de sorvete, de flores e coolers", disse Goma à Reuters.

O exército israelense disse que mais de 55 foguetes foram atirados de Gaza em Israel no domingo.

As tropas israelenses descobriram um esconderijo de 150 morteiros no sul da Faixa de Gaza. Eles entraram em confronto com combatentes palestinos que haviam surgido a partir de um túnel e com os outros que se preparam para lançar um míssil anti-tanque de uma casa na área, disse um comunicado do exército.

No Cairo, esforços para encontrar uma nova trégua devem ser retomados no domingo.

Uma delegação dos grupos militantes palestinos Hamas e da Jihad Islâmica chegou à capital egípcia, mas um avanço rápido parece improvável na ausência dos representantes de Israel.

Depois de acusar o Hamas de violar o cessar-fogo acordado pelos EUA e a ONU na sexta-feira, Israel disse que não iria enviar emissários, como anteriormente previsto.

sábado, 2 de agosto de 2014

Homens que marcaram O Século XX: Ariel Sharon


Ariel Sharon
אריאל שרון

Primeiro-ministro de Israel Israel
Mandato 7 de março de 2001 -
14 de abril de 2006

Ariel Sharon (em hebraico: Loudspeaker.svg? אריאל שרון, em árabe: أرئيل شارون, Ariʼēl Sharōn, também conhecido pelo seu diminutivo Arik, em hebraico: אַריק, nascido Ariel Scheinermann, em hebraico: אריאל שיינרמן‎ Kfar Malal, Sharon, 26 de fevereiro de 1928 — Tel Aviv, 11 de janeiro de 2014), foi um político e militar israelita que serviu como 11º primeiro-ministro de Israel até ele ficar incapacitado por um acidente vascular cerebral.

Sharon era um comandante do Exército de Israel desde a sua criação em 1948. Como paraquedista e, em seguida, como oficial, ele participou com destaque na Guerra de Independência de 1948, tornando-se comandante de pelotão na brigada Alexandroni e participando de muitas batalhas, incluindo a Operação Ben Nun Alef. Ele foi uma figura fundamental para a criação da Unidade 101, e as operações de represália, assim como na Crise do Suez em 1956, a Guerra dos Seis Dias de 1967, a Guerra de Desgaste, e a Guerra do Yom Kipur, de 1973. Como ministro da defesa, liderou a Guerra do Líbano de 1982.

Durante sua carreira militar, ele foi considerado o maior comandante de campo da história de Israel, e um dos maiores estrategistas militares de seu país.2 Depois de seu ataque do Sinai na Guerra dos Seis Dias e seu Cerco do Terceiro Exército Egípcio na Guerra do Yom Kippur, o povo israelense lhe o apelidou de "O Rei de Israel" e "O Leão de Deus".

Depois de se aposentar do exército, Sharon se juntou ao partido Likud, e serviu em vários cargos ministeriais nos governos liderados pelo Likud em 1977-1992 e 1996-1999. Ele se tornou o líder do partido, em 2000, e serviu como primeiro-ministro de Israel de 2001 a 2006.

Em 1983, Sharon foi responsabilizado pessoalmente pelo massacre de civis palestinos, perpetrado por falangistas libaneses com apoio das forças de ocupação israelenses, nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, durante a Guerra do Líbano de 1982 (junho a setembro de 1982). A pedido dos falangistas, as forças israelenses cercaram Sabra e Shatila e bloquearam as saídas dos campos para impedir a saída dos moradores e facilitar o massacre.

Na ocasião, Sharon era ministro da defesa e, segundo a comissão Kahan, instituída pelo governo de Israel, ele não tomou as medidas de segurança necessárias a impedir o previsível massacre dos refugiados pelos falangistas. A Comissão Kahan recomendou a remoção de Sharon como ministro da defesa, ele renunciou depois de inicialmente recusar-se a fazê-lo. Em 2003, maior corte de apelações da Bélgica decidiu que Ariel Sharon, já então primeiro-ministro Israel, poderia ser julgado por crimes de guerra, quando deixasse o cargo. O processo contra Sharon foi aberto graças à lei de jurisdição universal, criada na Bélgica em 1993, que permite que pessoas acusadas de cometer crimes de guerra sejam julgadas, independentemente do local onde os crimes tenham sido cometidos. Sharon nunca foi julgado pelos massacres.

Na década de 1970, 1980 e 1990, Sharon defendeu a construção de colônias israelenses na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. No entanto, como primeiro-ministro, entre 2004-2005 orquestrou a retirada unilateral de Israel da Faixa de Gaza, alegando razões de segurança. Algum tempo depois, em 2008, as Forças de Defesa de Israel realizariam um devastador ataque à Faixa — a Operação Chumbo Fundido.

Enfrentando uma forte oposição a esta política dentro do Likud, em novembro de 2005 ele deixou o partido para formar um novo, o Kadima. Era esperado que Sharon vencesse a próxima eleição e que ele também planejasse a desocupação da maior parte da Cisjordânia, mediante uma série de retiradas decididas unilateralmente.5 6 7 No entanto, Sharon sofreu um derrame em 4 de janeiro de 2006 e foi deixado em um estado vegetativo permanente até sua morte, oito anos depois.8


Biografia


Ariel Sharon nasceu no moshav (assentamento agrícola judeu) de Kfar Malal, no então Mandato Britânico da Palestina. Seu pai era um judeu de origem lituana e sua mãe uma judia russa. Os pais de Sharon fizeram parte da Segunda Aliá, um movimento sionista-socialista com orientação secular.

Em 1942, com a idade de 14 anos, Sharon entrou na Gadna, uma força paramilitar formada por jovens, e mais tarde ingressou no Haganá, força paramilitar judaica clandestina que lutava pelo fim da administração britânica da Palestina.

Quando o estado de Israel foi criado, em 1948, as milícias do Haganá formaram a base das forças armadas do país, Sharon tornou-se comandante das tropas da Brigada Alexandroni. Depois de enfrentar a Legião Árabe jordana durante a segunda batalha de Latrun, teve um grave ferimento na virilha durante uma tentativa frustrada de libertar judeus sitiados em Jerusalém.

Em 1949 foi promovido a comandante da companhia e, em 1950, a oficial de inteligência do Comando Central. Ele então abandonou o cargo para estudar História e Cultura do Oriente Médio na Universidade Hebraica de Jerusalém. Um ano e meio depois, ele pediu para voltar à atividade militar, agora no cargo de major. Em agosto de 1953, por ordem do primeiro-ministro David Ben-Gurion, Sharon fundou e passou a comandar a Unidade 101, a primeira das forças especiais do Tsahal.

A Unidade 101 realizou uma série de ataques contra os vizinhos palestinos, o que trouxe mais confiança a Israel e fortaleceu sua resistência. Entretanto, a unidade também foi criticada por ter atacado civis e soldados palestinos, no conhecido episódio do massacre de Qibya, no outono de 1953, quando cerca de 60 civis palestinos foram mortos num ataque, na Cisjordânia. O próprio Sharon explodiu casas com civis palestinos dentro. No documentário Israel e os árabes: 50 anos de guerra, Ariel Sharon recorda o confronto, que foi duramente condenado por muitos países ocidentais, inclusive pelos Estados Unidos:

Eu fui chamado para ver Ben-Gurion. Era a primeira vez que eu o encontrava, e, logo no início, Ben-Gurion me disse: 'Deixe-me contar-lhe uma coisa: não importa o que o mundo diga sobre Israel, não importa o que digam a nosso respeito em nenhum lugar. A única coisa que importa é que nós podemos existir aqui, na terra de nossos ancestrais. E, a menos que mostremos aos árabes que há um alto preço a ser pago pelo assassinato de judeus, nós não iremos sobreviver.'
Pouco tempo depois, apenas meses depois de sua fundação, a Unidade 101 foi incorporada à 202 Brigada de Patrulheiros (da qual afinal Sharon tornar-se-ia comandante), que continuou a atacar alvos militares e civis, culminando no ataque à delegacia de polícia de Qalqilyah, no outono de 1956.

Sharon é viúvo duas vezes. Logo após tornar-se instrutor militar, casou-se pela primeira vez, com Margalit. O casal teve um filho, Gur. Margalit morreu num acidente de carro em 1962. Gur morreu em outubro de 1967, depois que um amigo feriu-o acidentalmente quando brincava com um velho rifle de Sharon. Depois da morte de Margalit, Sharon casou-se com Lily, irmã mais nova da primeira esposa. Eles tiveram dois filhos: Omri e Gilad. Lily Sharon morreu de câncer em 2000.

Carreira política

O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, o presidente dos Estados Unidos George W. Bush, e Ariel Sharon, em Aqaba, junho de 2003.
Sharon ingressou na carreira política durante o governo do primeiro-ministro Menachem Begin. Sharon foi filiado ao partido Mapai, de esquerda, durante as décadas de 40 e 50. Entretanto, depois de afastar-se da vida militar, Sharon foi importante para a criação do Likud, partido liberal de centro-direita, em julho de 1973. O Herut, o Partido Liberal e outros setores independentes foram incorporados ao Likud e Sharon tornou-se coordenador da campanha para as eleições, marcadas para novembro do mesmo ano. Todavia, duas semanas e meia depois do início da campanha eleitoral, eclodiu a Guerra do Yom Kippur e Sharon foi chamado para comandar as forças militares. Em dezembro de 1973, Sharon foi eleito para a Knesset (Parlamento), mas um ano depois, cansado da vida política, renunciou.

De junho de 1975 até março de 1976, Sharon foi assessor especial do primeiro ministro Yitzhak Rabin, trabalhando como um de seus conselheiros militares. Com a aproximação das eleições de 1977, Sharon tentou voltar ao Likud e substituir Menachem Begin como presidente do partido. Tentou convencer Simcha Ehrlich, que comandava o bloco do liberal do partido, de que ele teria mais chances do que Begin para vencer as eleições, mas não teve sucesso. Depois disso, tentou ingressar novamente no Partido Trabalhista e no centrista Dash, mas foi rejeitado por ambos. Formou então o seu próprio partido, o Shlomtzion, e conseguiu obter duas cadeiras no Knesset nas eleições subsequentes. Logo após as eleições, fundiu o Shlomtzion com o Likud e tornou-se Ministro da Agricultura.

Nessa época, apoiava o Gush Emunim, movimento que encorajava os assentamentos judeus na Judeia e Samaria (território conhecido pela comunidade internacional como Cisjordânia). Sharon usou de sua posição para estimular a criação de uma rede de assentamentos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e assim prevenir a possibilidade de retorno dos civis palestinos expulsos de lá. Conseguiu dobrar o número de assentamentos judeus naqueles territórios ocupados por Israel desde a guerra dos seis dias, em 1967.

Depois das eleições de 1981, Menachem Begin recompensou Sharon por sua importante contribuição para a vitória apertada do Likud, nomeando-o Ministro da Defesa.

No ano seguinte, Sharon dirigiu as operações de evacuação do Sinai, nomeadamente da cidade de Yamit - que algumas centenas de colonos judeus irredutíveis se recusavam a deixar. Tropas do exército foram enviadas para retirá-los à força e demolir suas casas, na chamada "Operação Pomba Vermelha". A difusão do episódio pela televisão marcou por muito tempo a opinião pública de Israel.

Como ministro da Defesa, Sharon passou a apoiar e atiçar os cristãos contra os muçulmanos no Líbano, com o objetivo de fazer daquele país um posto avançado de Israel. Em 1982, após repetidos ataques da OLP ao longo da fronteira do Líbano - então em guerra civil - tropas de Israel invadiram Beirute. Na mesma ocasião falangistas libaneses maronitas invadiram dois campos de refugiados palestinos - Sabra e Shatila - situados em área controlada pelo exército israeliano. Nesse episódio, segundo a Cruz Vermelha Internacional, 452 civis palestinos foram assassinados - embora outras fontes estimem o número de vítimas em até 3500 pessoas.

Mais de 500.000 israelianos se manifestaram contra o massacre e em 8 de fevereiro de 1983, a comissão de inquérito oficial, dirigida pelo presidente da Corte Suprema de Israel, o juiz Yitzhak Kahan, publicou seu relatório, responsabilizando pessoalmente Ariel Sharon por não ter ordenado as medidas de segurança necessárias a impedir o previsível massacre. Assim, Sharon foi obrigado a deixar o Ministério.

Mesmo depois de ser forçado a deixar o cargo, continuou na vida política fazendo parte de sucessivos governos: como ministro sem pasta (1983–1984), Ministro do Comércio e Indústria (1984–1990) e Ministro da Construção para Habitação (1990–1992). Durante este período, era rival do então Primeiro Ministro Yitzhak Shamir, mas não foi bem sucedido ao tentar substituí-lo como presidente do governista Likud nas várias oportunidades que teve.

A rivalidade entre Shamir e Sharon teve seu ponto alto durante a "Noite dos microfones", em fevereiro de 1990, quando Sharon tomou o microfone de Shamir, que falava para o Comitê Central do Likud, e exclamou a frase que tornar-se-ia famosa: "Quem está varrendo o terrorismo?". A insinuação era que apenas Sharon sabia como desencorajar e acabar com os ataques. O incidente ficou marcado como uma tentativa aparente de derrubar a liderança de Shamir no partido.

Durante o governo de Benjamin Netanyahu (1996-1999), Sharon foi Ministro da Infraestrutura Nacional e Ministro das Relações Exteriores (1998-1999). Com a vitória de Ehud Barak, do Partido Trabalhista, que assumiu o governo, Sharon tornou-se líder do Likud. Depois do colapso do governo de Barak, Sharon foi eleito Primeiro-Ministro de Israel, em fevereiro de 2001.

Fundação do Kadima
Em 21 de novembro de 2005, Ariel Sharon renunciou ao cargo de presidente do Likud e dissolveu o parlamento para formar um novo partido de centro chamando Kadima (Avante).

Saúde

Agravamento e internação
A doença de Ariel Sharon cobre uma série de problemas médicos que o primeiro-ministro israelense teve, especialmente ao final de 2005 e início de 2006, quando ele sofreu dois derrames, sendo o último muito grave.

Durante muito tempo permaneceu desconhecido o real peso de Ariel Sharon, ainda que pela sua aparência de forma geral, seja possível presumir que ele seja obeso. Amnon Dankner, editor da Maariv, especulou que o próprio Sharon não conhecia seu peso: "Pode ser verdade que o Primeiro-Ministro não saiba quanto ele pesa… visto que pessoas gordas não gostam muito de saber quanto elas pesam". Depois do primeiro derrame de Sharon, no final de 2005, os médicos informaram que Sharon pesava aproximadamente 118 quilos (ou 260 libras), quase 40 quilos acima do peso ideal para a sua altura (1,74 m ou 5'7"), o que pode ser diagnosticado como obesidade mórbida. A obesidade por si só pode não ter sido necessariamente a causa do derrame, porém as condições associadas, como colesterol alto, podem. A dieta de Sharon, segundo dizem, incluiria numa típica refeição ao fim do dia, bisteca ao molho chimichurri, costeletas de carneiro, kebab e uma variedade de saladas, seguida por um bolo de chocolate. Durante uma entrevista ele comeu uma lata inteira de batatas Pringles. Yediot Aharonot relata que seu comboio regularmente parava para comer em lanchonetes de fast food em Jerusalém. Segundo as reportagens, ele ria das tentativas das pessoas de forçarem-no a fazer dieta, incluindo as tentativas feitas por seus filhos, depois do seu derrame em dezembro de 2005. O Presidente dos EUA George W. Bush encorajava-o a fazer exercícios, dizendo: "Eu preciso de você saudável". Sharon frequentemente brincava sobre o seu próprio peso. Em outubro de 2004 quando perguntaram-lhe por que não vestia um colete à prova de balas por causa das frequentes ameaças de morte que recebia, Sharon sorriu e retrucou : "Não há um que seja do meu número".

No dia 18 de dezembro de 2005, Sharon foi enviado ao hospital de Hadassah Ein Kerem depois de sofrer um derrame brando, mais especificamente um tipo relativamente pouco comum de derrame chamado embolia paradoxal, na qual um coágulo da circulação venosa passa para a circulação arterial através de um orifício entre o átrio direito e o átrio esquerdo e vai para o cérebro, causando perturbações na fala e no andar. No seu caminho ao hospital Sharon perdeu a consciência, mas recuperou-a logo depois. Segundo foi reportado, ele quis deixar o hospital à tarde, pouco tempo depois da sua chegada, mas os médicos recomendaram que ele ficasse por mais um dia. Sharon passou dois dias no hospital e teve o problema do pequeno orifício no coração reparado através de um procedimento cirúrgico conhecido como cateterização cardíaca. Isto ocorreu nos primeiros dias de 2006.

Morte

No dia 4 de janeiro de 2006, Sharon sofreu um segundo derrame, muito mais grave. Houve uma hemorragia cerebral maciça que os médicos conseguiram sanar depois de duas operações separadas feitas na manhã seguinte. Sharon foi colocado em um respirador artificial. Alguns boletins sugeriram que ele estava com paralisia no corpo da cintura para baixo, outros disseram que ele lutava pela vida. As suas obrigações no governo foram entregues ao vice-primeiro-ministro Ehud Olmert.

Sharon estava tomando anticoagulantes desde o primeiro derrame para prevenir a formação de outro coágulo, todavia essas drogas ao mesmo tempo que impedem a coagulação do sangue, aumentam também a ocorrência de casos de hemorragia além de gerar outras complicações no caso de uma intervenção cirúrgica na caixa craniana.

Ariel Sharon morreu no dia 11 de janeiro de 2014, aos 85 anos, em Tel Aviv, depois de permanecer por oito anos em estado vegetativo.

Reação internacional
Mundo árabe e muçulmano
A reação entre os palestinos foi variada. O Hamas disse que o Oriente Médio ficaria bem melhor sem Sharon. O antigo líder da Frente pela Libertação da Palestina, Ahmed Jibril, disse para a Associated Press: "podemos dizer que Deus é grande e ele pode vingar-se deste açougueiro, nós agradecemos a Deus por esta dádiva e que Ele o conserve vivo e lúcido".15 O líder da Jihad Islâmica Anwar Abu Taha teria dito o seguinte: "Nós não nos importamos com sua saúde e que ele vá para o inferno, quer ele viva ou morra...".

Segundo a Agência de Notícias Iraniana dos Estudantes, em 6 de janeiro, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad falou aos clérigos xiitas da cidade de Qom e contou-lhes que estava esperando pela morte de Sharon. Os Estados Unidos rapidamente condenaram o comentário de Ahmadinejad classificando-o de "odioso e repugnante". O porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack chamou as afirmações de Ahmadinejad de "parte de um contínuo e inventivo fluxo de ódio".15

Estados Unidos e Europa

O Presidente dos Estados Unidos da América George W. Bush emitiu uma declaração em que disse que compartilha das preocupações do povo de Israel e que "todos nós [dos EUA] estamos rezando para a recuperação dele [Sharon]".

O televangelista Pat Robertson disse em 5 de janeiro durante uma edição do seu programa, The 700 Club, que "Deus estava punindo Sharon por ele ter dividido Israel". Ele ainda sugeriu que o ex-primeiro-ministro Yitzhak Rabin que foi assassinado em novembro de 1995 pelo mesmo motivo, contudo as opiniões, ainda, continuam muito controversas sobre a questão.

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Mossad - Os Carrascos do Kidon

Mossad - Os Carrascos do Kidon
A História do Terrível Grupo de Operações Especiais de Israel
Eric Frattini
De: R$48,00
Por R$39,90
http://livraria.folha.com.br/

Sinopse

Esta é a história do terrível grupo de operações especiais de Israel. Uma obra de espionagem e aventuras, que reúne dezesseis operações encobertas de assassinato e sequestro realizadas pelo Mossad e sua subunidade da Metsada, o temível Kidon, ao longo de 44 anos de história. Enquanto os especialistas se indagam em relação ao benefício dessas operações do Kidon, organizações como o Hamas ou o Hezbollah não parecem perder força. Aparentemente, a recente troca de liderança dentro do Mossad não pareceu mudar seus objetivos. Entretanto, o então governo de Israel silencia enquanto

Premiê do Japão diz que é hora para "novo capítulo" nas relações com América Latina

Reuters
Premiê do Japão diz que é hora para "novo capítulo" nas relações com América Latina
sábado, 2 de agosto de 2014
SÃO PAULO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse neste sábado que o seu país precisa olhar mais para a América Latina se quiser aproveitar melhor as vantagens dos crescentes fluxos comerciais.

Abe, falando a repórteres em São Paulo onde se encontrou com empresários brasileiros, disse que sua visita a cinco países da América Latina nos últimos dias teve o objetivo de construir uma base de maior cooperação e comércio. Bancos japoneses ofereceram 700 milhões de dólares em empréstimos a vários projetos brasileiros durante sua visita.

Ele disse que o fim de 15 anos de deflação no Japão abriu um espaço significativo para ampliar o comércio e investir em países como Brasil, México e Chile. Abe também quer acelerar as discussões com a Colômbia como parte de seus esforços para impulsionar o comércio com países latino-americanos do Pacífico.

"Considero minha viagem à América Latina o começo de um novo capítulo nas relações entre Japão e a região, um momento de mais cooperação", disse o premiê.

Algumas das maiores economias do mundo estão de olho na América Latina, onde uma classe média mais rica e negócios mais saudáveis estão gerando mais lucro. Por exemplo, México e Brasil têm planos de melhorar suas infraestruturas, um terreno fértil para companhias japonesas.

A América Latina tem um Produto Interno Bruto combinado de quase 6 trilhões de dólares e é rica em minerais e metais, alimentos, energia e outras commodities.

O Japão está competindo com China e Rússia pelo acesso à energia e aos minerais da América Latina. No mês passado, líderes dos Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- criaram um banco de desenvolvimento de 100 bilhões de dólares e um fundo de reserva para estimular a cooperação e o comércio.

Questionado se o banco dos Brics poderia prejudicar a influência do Japão no mundo, Abe não quis comentar, mas disse que espera que o novo banco seja implementado sob os mesmos padrões de governança de outras instituições globais multilaterais.

(Reportagem de Guillermo Parra-Bernal)

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Receita do grupo Fiat Chrysler cresce 5% no segundo trimestre

Sede do grupo Fiat Chrysler, em Detroit, EUA

Receita do grupo Fiat Chrysler cresce 5% no segundo trimestre

Alta de América do Norte e Ásia-Pacífico compensa queda na Europa e na AL

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O grupo Fiat Chrysler anuncia que suas vendas globais cresceram 2% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 1,2 milhão de unidades.

Houve alta de 10% na América do Norte (Nafta), para 600 mil unidades, e de 42% na região Ásia-Pacífico, que compensaram em parte a queda nos mercados latino-americano e europeu.

As receitas totalizaram 23,3 bilhões de euros, com alta de 5% na comparação com o mesmo período de 2013 em termos nominais e elevação de 10% à taxa constante de câmbio.

As receitas relativas ao segundo semestre de 2014 alcançaram 23,3 bilhões de euros, com um crescimento de 1 bilhão de euros sobre igual período do ano anterior.  Esta expansão é atribuída à evolução dos negócios na América do Norte, com avanço de 7% (ou 11%, à taxa de câmbio constante), e na região Ásia-Pacífico, com alta de 34% ou 41% ao câmbio constante.

Nessas duas regiões as vendas cresceram e também houve avanço das marcas de luxo, com destaque para a expansão da Maserati. A região compreendida por Europa, Oriente Médio e África teve um pequeno decréscimo de 100 milhões de euros, para 4,6 bilhões de euros no período, enquanto a área de componentes permaneceu estável em 2,1 bilhões de euros no trimestre. As vendas na América Latina recuaram 13% ao câmbio constante.

Com esses resultados, o grupo acumula receitas de 45,5 bilhões de euros no primeiro semestre do ano, o que representa uma expansão de 8% (ou 13% ao câmbio constante) em relação ao ano anterior.

Cotações do dia / 31/07/2014




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Lucro da Vale quase quadruplica no trimestre e alcança R$ 3,19 bilhões

Lucro da Vale quase quadruplica no trimestre e alcança R$ 3,19 bilhões

Do UOL, em São Paulo 31/07/2014

http://economia.uol.com.br/

A mineradora Vale (VALE3, VALE5) registrou lucro líquido de R$ 3,187 bilhões no segundo trimestre deste ano, quase quatro vezes o resultado registrado no mesmo período do ano anterior (lucro de R$ 832 milhões). Em 2013, o resultado tinha sido afetado por perdas bilionárias com a alta do dólar.

O lucro da maior produtora global de minério de ferro só não foi maior devido à queda no preço do produto no mundo.

Houve queda de 46% em relação ao primeiro trimestre deste ano, quando a empresa tinha lucrado R$ 5,909 bilhões, devido a perdas com projetos em Simandou (Guiné) e com a mina de Integra Coal (Austrália).

A receita líquida, por sua vez, ficou praticamente estável, somando R$ 22,08 bilhões no segundo trimestre, apenas 0,1% acima do verificado em igual intervalo em 2013.

No entanto, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) ficou 10,2% menor no segundo trimestre, se situando em R$ 9,1 bilhões.

Ainda de acordo com a companhia, o resultado financeiro melhorou em 98,2% no segundo trimestre deste ano, em relação a igual período no ano passado, mas ainda assim ficou negativo em R$ 128,5 milhões.

A empresa informou também ter apurado ganho de R$ 1,9 bilhão no desempenho do segundo trimestre, ante igual período no ano passado, devido à valorização do real.

Vendas de minério de ferro sobem, mas preços caem
As vendas de minério de ferro (finos) cresceram 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 63,726 milhões de toneladas. Porém, os preços do produto caíram 17,6% comparados a  2013, para US$ 84,60 por tonelada, devido ao aumento da oferta global.

A própria companhia produziu um recorde para o segundo trimestre.

"Um trimestre bastante desafiador, em que o preço do nosso principal produto, o minério de ferro, caiu... mas no qual, ainda assim, a Vale conseguiu manter praticamente estável seu resultado operacional. A receita cresceu... graças ao desempenho muito positivo da nossa produção", disse o diretor financeiro, Luciano Siani, em vídeo divulgado pela companhia.

A Vale notou que, "apesar dos preços do minério de ferro mais baixos, a Vale pagou confortavelmente dividendos, no valor de US$ 2,1 bilhões, mantendo o seu nível de endividamento total em US$ 30,257 bilhões".

Segundo nota da empresa, o aumento de oferta pelos principais produtores fez o preço cair no período, mas causou o fechamento de minas de alto custo e a redução de exportações de produtores não tradicionais como Indonésia, México e Vietnã. Quando os produtores menos eficientes saem do mercado, há uma tendência de sustentação das cotações.

(Com Reuters e Valor)

Homens que marcaram O Século XX: Menachem Begin


Menachem Begin em Camp David.
Em 1979, Begin assinou o Tratado de Paz Israelo-Egípcio com Anwar Al-Sadat.

Homens que marcaram O Século XX: Menachem Begin

Menachem Begin
Primeiro-ministro de Israel Israel
Mandato: 21 de Junho de 1977 -
10 de Outubro de 1983

Menachem Begin (Brest-Litovsk, 16 de agosto de 1913 — Jerusalém, 9 de março de 1992) tornou-se o sexto primeiro-ministro de Israel em Maio de 1977. Ele negociou os Acordos de Camp David com o presidente do Egito Muhammad Anwar al-Sadat, pelo qual ambos receberam o Premio Nobel da Paz em 1978.


Notas biográficas


Em 1939 ele tornou-se líder da organização sionista Betar. Em 1940-1941 foi prisioneiro da União Soviética, sendo libertado em 1941 após o Acordo Sikorski-Mayski para, em seguida, juntar-se ao Exército de Anders polaco.

Não oficialmente libertado desse exército juntamente com outros soldados judaicos, em 1942 ele aderiu ao Irgun (também conhecido como Etzel) e em 1947 assumiu a liderança. Ele foi responsável pelo Atentado do Hotel King David em Jerusalém, na altura a central administrativa e militar dos britânicos no Mandato Britânico da Palestina, um atentado que fez 91 mortos. Em 1948 ele esteve envolvido no transporte de armas para Israel, para o Irgun, o que acabou no afundamento do navio Altalena, ordenado por David Ben-Gurion.

Após a fundação do estado de Israel em 1948, Begin fundou o partido político Herut (que mais tarde se tornaria o partido dominante na coligação Likud). Vários judeus ilustres, como Albert Einstein e Hanna Arendt, publicaram no New York Times de 04 de dezembro de 1948 uma carta em que acusam que o Herut "tem um parentesco muito estreito com os partidos nazis e fascistas. Ele deveu a sua formação aos membros e seguidores da antiga Irgun Z’vai Le’umi, uma organização terrorista, de direita e xenófoba."

De acordo com os termos do tratado, Israel entregava a Península do Sinai ao Egipto. Isto significava também a demolição de todos os povoamentos israelitas na área (incluindo a cidade de Yamit). Begin defrontou uma forte oposição a esta medida, o que levou à divisão dentro do seu próprio partido Likud.

Em 1981, Begin ordenou o ataque ao reactor nuclear Osiraq/Tammuz no Iraque (um reactor vendido a Saddam Hussein pelos franceses). Pouco depois, Begin afirmou que "De forma nenhuma iremos permitir que um inimigo desenvolva armas de destruição em massa contra o povo de Israel." Esta posição quanto à política nuclear de Israel é agora conhecida como a doutrina Begin, apesar de até hoje não haver provas de que o reator serviria para a produção de armas de destruição em massa.

Em 1982, o governo de Begin decidiu a invasão israelita do sul do Líbano, argumentando a necessidade de acabar com o bombardeamento do norte de Israel por parte da OLP. Isto iniciou a presença israelita na Guerra Civil Libanesa, que continuou por mais três anos (com uma presença menor que continuou até o ano de 2000). De acordo com um repórter do Haaretz, Uzi Benziman, o então ministro da defesa Ariel Sharon enganou Begin quanto ao objectivo da guerra, e estendeu-a sem autorização. Sharon processou o Haaretz e Benziman em 1991. O julgamento durou 11 anos, sendo um dos pontos altos a deposição de Benny Begin, o filho de Menachem Begin, em favor da defesa. Sharon perdeu o caso.

Begin retirou-se em Agosto de 1983, decepcionado e deprimido pela guerra, a morte de sua esposa e a sua própria doença. Faleceu em Jerusalém em 1992, ao que se seguiu uma cerimónia fúnebre simples, tendo sido enterrado no Monte das Oliveiras.

Alta comissária da ONU critica EUA por armar Israel

Alta comissária da ONU critica EUA por armar Israel

EFE Em Genebra 31/07/2014

http://noticias.uol.com.br/

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, denunciou nesta quinta-feira (31) os Estados Unidos por proporcionar armamento ao Exército israelense e não fazer o suficiente para deter a ofensiva contra a Faixa de Gaza.

"Os Estados Unidos têm influência sobre Israel e deveriam fazer mais para parar as mortes, para que as partes em conflito dialoguem", disse Pillay em entrevista coletiva, na qual falou da ajuda financeira e a entrega de armas dos EUA a Israel.

O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, confirmou na quarta-feira as informações sobre o envio a Israel de mais material de guerra dos EUA a pedido das Forças de Defesa israelenses.

A venda de munição é estabelecida para casos de emergência no chamado Inventário de Reservas de Munição de Guerra de Israel, que permite aos israelenses dispor de armamento de maneira urgente.

Entre esse material há partes necessárias para lança-granadas e peças de morteiro de 120 milímetros, como o que provocou ontem a morte de 19 pessoas refugiadas em uma escola das Nações Unidas.


Pillay informou sobre esta entrega de munição e sobre a ajuda que os EUA prestam a Israel para manter em funcionamento o sistema antifoguetes israelense "Cúpula de Ferro", que protege o território israelense dos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza.

"Os Estados Unidos não só fornecem a Israel artilharia pesada usada em Gaza, mas gastou quase US$ 1 bilhão para proteger o país contra os foguetes palestinos. Uma proteção que os civis de Gaza não têm", denunciou Pillay.

A alta comissária insistiu no fato de que os EUA não só ajudem incondicionalmente Israel em tempos de guerra, mas também o faça em tempos de paz, nos quais no entanto Tel Aviv continua violando a lei internacional expandindo seus assentamentos e mantendo um bloqueio à Faixa de Gaza, que é ilegal.

"Os Estados Unidos também deveriam fazer mais para acabar com o bloqueio aos territórios ocupados. Deveria fazer mais para acabar com os assentamentos. Lembremos que os Estados Unidos votam contra, tanto no Conselho de Direitos Humanos como no Conselho de Segurança, todas as resoluções que condenam o bloqueio e os assentamentos".


Crimes de guerra

Pillay se referiu às dezenas de resoluções, relatórios de relatores especiais e conclusões de comissões de investigação internacional nas quais são identificadas flagrantes violações dos direitos humanos e da lei internacional por parte de Israel.

"Parece que há um desafio deliberado de Israel a não cumprir com suas obrigações internacionais. Não deveríamos permitir este tipo de impunidade. Não deveríamos permitir que não se averiguem nem se persigam flagrantes violações", opinou Pillay.

A comissária da ONU lamentou que Israel não tenha estabelecido nenhum mecanismo de prestação de contas e lembrou que onde o sistema interno falha tem que ser aplicado o internacional.

Pilay também acusou Hamas de cometer crimes de guerra ao colocar e disparar foguetes de dentro de uma área altamente povoada.

A representante da ONU assinalou que, segundo os últimos dados com os quais conta, desde que começou a ofensiva morreram 1.263 palestinos e 59 israelenses

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Entenda a crise sobre pagamentos das dívidas na Argentina

Entenda a crise sobre pagamentos das dívidas na Argentina
Justiça dos EUA obriga o país a quitar débitos com “fundos abutres”.
Com reservas baixas, a Argentina pode dar calote em credores antigos.
Do G1, em São Paulo


A Argentina enfrenta uma batalha jurídica em torno dos pagamentos de suas dívidas, que pode levar o país a dar um novo calote em seus credores.
No fim de junho, o depósito de US$ 1 bilhão feito pela Argentina a credores da dívida (que recebiam em parcelas) foi considerado "ilegal" e bloqueado pelo juiz Thomas Griesa, dos Estados Unidos. Os argentinos só podem pagar essa parcela, que vence em 30 de julho, quando acertarem o pagamento a outros credores que ganharam na Justiça o direito de receber o valor integral dos títulos da dívida.
José Maria de Souza Júnior, professor de Relações Internacionais das Faculdades Rio Branco, diz que a disputa é apenas mais uma das instabilidades que a Argentina vem sofrendo desde o megacalote da dívida pública em 2001.

VEJA PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRISE

Qual a origem da dívida?

Em 2001, em meio a uma crise econômica e política, a Argentina anunciou um calote em sua dívida pública, que era de cerca de US$ 100 bilhões. As pessoas, empresas e os fundos que tinham títulos da dívida (ou seja, que haviam emprestado dinheiro para o governo) deixaram de receber os rendimentos deles e foram impedidas de resgatar os investimentos. Quatro anos depois, no governo de Néstor Kirchner, o país tentou recuperar a credibilidade com um plano de renegociações desses débitos.
Entenda - crise da dívida da Argentina (Foto: Editoria de Arte/G1)

Como foi a renegociação?

Em 2005, o então presidente Néstor Kirchner ofereceu aos prejudicados pagamentos com descontos acima de 70% e parcelados em 30 anos. Ao todo, 92,4% dos credores aceitaram as condições.
O que aconteceu com quem aceitou a renegociação?
Esse grupo de credores tem recebido os pagamentos em parcelas – é a chamada dívida reestruturada.
O que aconteceu com quem não aceitou a renegociação?
Parte dos credores (7,6% do total) não quis receber os valores com descontos e parcelados. Fundos especulativos dos Estados Unidos aceitaram comprar esses títulos desses credores, a preços bem baixos. O governo argentino chama esses fundos de “abutres”, porque, assim como os pássaros, eles "se alimentam de coisas podres". O que os investidores tentam fazer, agora, é lucrar com títulos de pouco valor e que dificilmente seriam resgatados.

Como a questão foi parar na Justiça dos EUA?

Os “fundos abutres”, com sede nos EUA, procuraram a Justiça do seu país para receber o total dos valores dos títulos, sem descontos ou pagamento em parcelas.

O que decidiu a Justiça dos EUA?

Em 2012, um dos casos recebeu uma decisão favorável da Justiça dos Estados Unidos. O juiz Thomas Griesa determinou que a Argentina deve pagar US$ 1,33 bilhão ao NML Capital e Aurelius, um dos fundos especulativos. O governo de Cristina Kirchner recorreu, mas o Tribunal de Apelações de Nova York também concordou com a decisão de Griesa.
A Argentina recorreu, então, à Suprema Corte norte-americana, que, no último dia 19 de maio, decidiu que o país deve pagar os fundos "abutres". A Justiça também determinou que a Argentina não pode pagar as parcelas de dívida reestruturada a menos que pague também aos fundos. A decisão também derrubou uma medida cautelar (chamada de “stay”, que significa “parar”) que suspendia os efeitos da determinação judicial anterior.

Qual foi a consequência da decisão?

Para pagar as parcelas já prometidas, a Argentina teria que pagar também o US$ 1,33 bilhão devido aos “fundos abutres”. Sem isso, o país pode ter que dar um calote involuntário nos credores que aceitaram a reestruturação.
“Não dá para dizer que é uma novidade, ou que pegaram a Argentina de surpresa. É quase que uma tragédia anunciada, porque sempre houve risco de ocorrer”, diz José Maria de Souza Júnior, professor das Faculdades Rio Branco.
Qual o tamanho da dívida com os credores que não aceitaram a renegociação?
Segundo o Ministério da Economia argentino, o grupo que não aceitou a renegociação detém 8% dos títulos da dívida pública, que chegam a US$ 15 bilhões.

A Argentina tem dinheiro para pagar a dívida?

Sim. A Argentina possui atualmente cerca de US$ 28 bilhões em reservas.
Por que a Argentina não paga todos credores?
O país não pode pagar os credores que renegociaram por conta da decisão judicial, que a obriga a pagar também os fundos "abutres". Acatar a decisão e fazer o pagamento aos fundos também poderia abrir uma brecha judicial que permitiria que os credores que aceitaram a renegociação questionassem o país exigindo também o pagamento integral – que o país não tem recursos para efetuar.

Quando vence a próxima parcela da dívida reestruturada?

A próxima parcela da dívida vence em 30 de junho.
Por que a Argentina antecipou o pagamento?
No dia 26, a Argentina anunciou o pagamento da parcela, com depósito de US$ 832 milhões, dos quais US$ 539 milhões foram para contas do Bank New York Mellon, que deveria repassá-los aos credores. O total de US$ 1 bilhão inclui o pagamento de vencimentos em pesos. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, considera que, mesmo que o dinheiro seja embargado pela Justiça, o país não deu calote na dívida.
O anúncio do pagamento foi interpretado por alguns analistas como uma "estratégia política". "É uma estratégia para jogar a bola para o juiz Thomas Griesa, que no ano passado decidiu a favor dos fundos especulativos, NML Capital e Aurelius", disse à France Presse o economista Eduardo Blasco, da consultoria Maxinver. "Parece que querem que Griesa decida se o país entrará em moratória ou não."

Por que o pagamento da parcela da dívida foi bloqueado?

A Justiça americana determinou que a Argentina só pode pagar os que concordaram com o parcelamento quando também honrar o pagamento dos que exigem receber o valor sem descontos ou parcelas. Em 27 de junho, o juiz Thomas Griesa, dos Estados Unidos, considerou o depósito feito em Nova York como “ilegal” e “não realizado”.

O que acontece se a Argentina não pagar?

Como os recursos do depósito feito pela Argentina foram bloqueados, isso pode configurar um novo calote do país – mesmo que involuntário. Griesa determinou que o dinheiro, depositado no banco New York Mellon, seja devolvido. Se uma solução não for encontrada até 30 de junho (vencimento da parcela), a Argentina terá dado um "calote técnico". Um seguro feito sobre essa dívida, no entanto, deve ser acionado, o que dará ao governo mais 30 dias para negociar com os “fundos abutres”.

O que acontece se a dívida com os "fundos abutres" for executada?

“Se essa dívida for executada, o contrato prevê que os outros credores que aceitaram a renegociação podem recorrer parar receber nos mesmo termos”, explica o professor José Maria de Souza Júnior. “Neste caso, a conta poderia chegar a R$ 500 bilhões, ao passo que as reservas do país estão hoje em US$ 28 bilhões”.

Quais são as alternativas do governo Kirchner?

Para Souza Júnior, não resta muito a fazer a não ser insistir na negociação ou tentar judicialmente suspender ou protelar a decisão da Corte dos EUA que garante aos fundos especulativos o direito de exigir do governo argentino o pagamento integral de US$ 1,33 bilhão que lhes é devido.
“A Argentina vai tentar protelar judicialmente a execução desta decisão e tentar manobrar politicamente, inclusive em instâncias que não necessariamente tem a ver com a corte americana, como a Organização das Nações Unidas (ONU). Ela vai ter que falar que não tem dinheiro, mas que quer pagar e negociar. Esta é única saída”, diz.
José Niemeyer, Coordenador de Graduação e Pós-Graduação em Relações Internacionais Ibmec, lembra que desde a crise de 2008, quando o dinheiro em circulação diminuiu, os credores estão muito mais impacientes em relação aos vencimentos de títulos a receber. Ele avalia, entretanto, que é exagero falar em risco de quebra. “Quando é uma empresa ou indivíduo que não pode pagar, tem como como partir para uma punição ou falência. Mas em se tratando de inadimplência do estado, o país não vai acabar. Trata-se de um problema macroeconômico que vai ter que ser resolvido, uma vez que há uma dezena de agentes econômicos envolvidos.”

A crise na Argentina pode afetar o Brasil?

Já fora dos mercados dos internacionais, pela baixa credibilidade, o principal parceiro econômico da Argentina é o Brasil, que já está sentindo os efeitos da crise no vizinho. A queda nas trocas comerciais entre os países já ultrapassa 20% este ano. Para conter os dólares dentro de casa, o governo vizinho aperta cada vez mais as importações e fecha as portas para os produtos brasileiros.
“Um calote da China seria mais grave, mas um da Argentina também é grave”, diz José Niemeyer, do Ibmec. “O Brasil é o grande líder da região e a Argentina é importante para o país, temos multinacionais lá e uma linha de comércio grande com o eles. Qualquer crise macroeconômica na Argentina provoca desdobramentos no Brasil”, explica.

Aécio culpa governo por quadro de estagflação e perda de credibilidade /ENTREVISTA-Dilma será sua própria porta-voz sobre economia na campanha, diz Rui Falcão

Aécio culpa governo por quadro de estagflação e perda de credibilidade

quarta-feira, 30 de julho de 2014

BRASÍLIA (Reuters) - O candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves, disse nesta quarta-feira que os problemas econômicos do país não decorrem da crise financeira internacional, mas sim ao atual governo que levou o Brasil a um quadro de estagflação e "perda de credibilidade".

"Todos nós sabemos, todos nós acompanhamos as diferenças da crise internacional... em 2008 e 2009, mas os resultados pífios da economia brasileira são consequências de brasileiros e fruto das opções erradas que o governo fez nos últimos anos", afirmou o tucano, durante apresentação a empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI).

"Nós viemos ao longo desses últimos anos aprendendo, infelizmente, a conviver com aquilo que poderíamos chamar de contabilidade criativa,... que minou aquilo que é fundamental para o crescimento da economia e dos investimentos... que é o instituto de credibilidade", criticou Aécio.

Para ele, que está em segundo lugar na corrida presidencial, o país investe pouco em infraestrutura e precisa dobrar a média atual de cerca de 2,5 por cento do PIB em investimentos nesse setor. Aécio não explicou, porém, como isso seria feito.

Mas o tucano detalhou como pretende retomar a competitividade da indústria e apontou seis mudanças que planeja fazer.

Disse que é preciso investir em qualificação da educação; dar um choque de atração do capital para investimentos em infraestrutura; uma taxa de juros mais baixa, que não pode ser adotada por voluntarismo e sim pela melhoria da confiança na economia.

Segundo ele, também será preciso um real mais desvalorizado para ajudar na competitividade. "Hoje vivemos de populismo cambial,... o governo busca conter a inflação por política cambial". E prometeu simplificar o sistema tributário por meio da adoção de um IVA (Imposto de Valor Agregado).

Aécio apontou também para uma mudança no funcionamento do Mercosul, que segundo ele trava os acordos comerciais do país.

"O Mercosul, a grande realidade é essa, vem nos amarrando. Quem sabe sua transformação de união aduaneira para área de livre comércio,... para facilitar acordo com outras regiões do mundo", argumentou.  

Mais cedo, o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, também apresentou suas propostas para o empresariado e disse que enviará ao Congresso um projeto de reforma tributária na primeira semana de governo e que defenderá a regulamentação da terceirização no mercado de trabalho.

À tarde, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição do PT, apresentará suas propostas no evento.

A CNI apresentou aos candidatos 42 estudos que, na avaliação do setor, podem melhorar a competitividade da indústria, se as medidas sugeridas forem adotadas. A indústria tem registrado queda no nível da atividade e perda de postos de trabalho.

(Reportagem de Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello)

ENTREVISTA-Dilma será sua própria porta-voz sobre economia na campanha, diz Rui Falcão
quarta-feira, 30 de julho de 2014

Por Jeferson Ribeiro e Alexandre Caverni

BRASÍLIA (Reuters) - A inflação relativamente alta é um problema, mas não será um empecilho para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que assumirá pessoalmente o papel de porta-voz da campanha na área econômica, disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão.

Deputado estadual paulista e coordenador-geral da campanha, Falcão justificou a escolha de Dilma pelo fato de ela ser a pessoa mais qualificada para tratar da economia, além de evitar possíveis especulações sobre a composição do ministério em um eventual segundo mandato, já que há expectativa em torno da saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que ocupa o cargo desde março de 2006.

"A pessoa que está mais preparada para discutir economia e para falar de economia é a própria presidenta", disse Falcão em entrevista à Reuters na sede do comitê de campanha, em Brasília.

"Se você começa a divulgar quais as pessoas estão mais empenhadas em analisar política econômica e instrumentos que possam ser acionados no ano que vem, se for o caso, começa a antecipar o tipo da (futura) equipe, o que nem nós e nem ela queremos."

A situação era diferente em 2010, quando o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci assumiu o papel de principal interlocutor da área econômica da campanha da petista, que tentava se eleger pela primeira vez. Na ocasião também se especulou, com menor intensidade, sobre uma possível substituição de Mantega, mas Dilma não era a presidente.

Num momento em que a confiança do mercado financeiro no governo está em baixa, Falcão minimizou a necessidade de alguma sinalização de nomes.

"Os caras dizem que isso (a designação de porta-vozes para a economia na campanha) pode ser uma vantagem, que pode inspirar a confiança do mercado", disse. "O mercado é uma parte da sociedade, mas a maioria da sociedade não é o mercado."

Sobre como rebater durante a campanha o mal-estar com o que chamou de "um pouquinho mais de inflação", Falcão disse que é preciso "ampliar o nível de informação e combater o catastrofismo, o pessimismo e o terrorismo econômico".