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sábado, 2 de agosto de 2014
Mossad - Os Carrascos do Kidon
Mossad - Os Carrascos do Kidon
A História do Terrível Grupo de Operações Especiais de Israel
Eric Frattini
De: R$48,00
Por R$39,90
http://livraria.folha.com.br/
Sinopse
Esta é a história do terrível grupo de operações especiais de Israel. Uma obra de espionagem e aventuras, que reúne dezesseis operações encobertas de assassinato e sequestro realizadas pelo Mossad e sua subunidade da Metsada, o temível Kidon, ao longo de 44 anos de história. Enquanto os especialistas se indagam em relação ao benefício dessas operações do Kidon, organizações como o Hamas ou o Hezbollah não parecem perder força. Aparentemente, a recente troca de liderança dentro do Mossad não pareceu mudar seus objetivos. Entretanto, o então governo de Israel silencia enquanto
A História do Terrível Grupo de Operações Especiais de Israel
Eric Frattini
De: R$48,00
Por R$39,90
http://livraria.folha.com.br/
Sinopse
Esta é a história do terrível grupo de operações especiais de Israel. Uma obra de espionagem e aventuras, que reúne dezesseis operações encobertas de assassinato e sequestro realizadas pelo Mossad e sua subunidade da Metsada, o temível Kidon, ao longo de 44 anos de história. Enquanto os especialistas se indagam em relação ao benefício dessas operações do Kidon, organizações como o Hamas ou o Hezbollah não parecem perder força. Aparentemente, a recente troca de liderança dentro do Mossad não pareceu mudar seus objetivos. Entretanto, o então governo de Israel silencia enquanto
Premiê do Japão diz que é hora para "novo capítulo" nas relações com América Latina
Reuters
Premiê do Japão diz que é hora para "novo capítulo" nas relações com América Latina
sábado, 2 de agosto de 2014
SÃO PAULO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse neste sábado que o seu país precisa olhar mais para a América Latina se quiser aproveitar melhor as vantagens dos crescentes fluxos comerciais.
Abe, falando a repórteres em São Paulo onde se encontrou com empresários brasileiros, disse que sua visita a cinco países da América Latina nos últimos dias teve o objetivo de construir uma base de maior cooperação e comércio. Bancos japoneses ofereceram 700 milhões de dólares em empréstimos a vários projetos brasileiros durante sua visita.
Ele disse que o fim de 15 anos de deflação no Japão abriu um espaço significativo para ampliar o comércio e investir em países como Brasil, México e Chile. Abe também quer acelerar as discussões com a Colômbia como parte de seus esforços para impulsionar o comércio com países latino-americanos do Pacífico.
"Considero minha viagem à América Latina o começo de um novo capítulo nas relações entre Japão e a região, um momento de mais cooperação", disse o premiê.
Algumas das maiores economias do mundo estão de olho na América Latina, onde uma classe média mais rica e negócios mais saudáveis estão gerando mais lucro. Por exemplo, México e Brasil têm planos de melhorar suas infraestruturas, um terreno fértil para companhias japonesas.
A América Latina tem um Produto Interno Bruto combinado de quase 6 trilhões de dólares e é rica em minerais e metais, alimentos, energia e outras commodities.
O Japão está competindo com China e Rússia pelo acesso à energia e aos minerais da América Latina. No mês passado, líderes dos Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- criaram um banco de desenvolvimento de 100 bilhões de dólares e um fundo de reserva para estimular a cooperação e o comércio.
Questionado se o banco dos Brics poderia prejudicar a influência do Japão no mundo, Abe não quis comentar, mas disse que espera que o novo banco seja implementado sob os mesmos padrões de governança de outras instituições globais multilaterais.
(Reportagem de Guillermo Parra-Bernal)
Premiê do Japão diz que é hora para "novo capítulo" nas relações com América Latina
sábado, 2 de agosto de 2014
SÃO PAULO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse neste sábado que o seu país precisa olhar mais para a América Latina se quiser aproveitar melhor as vantagens dos crescentes fluxos comerciais.
Abe, falando a repórteres em São Paulo onde se encontrou com empresários brasileiros, disse que sua visita a cinco países da América Latina nos últimos dias teve o objetivo de construir uma base de maior cooperação e comércio. Bancos japoneses ofereceram 700 milhões de dólares em empréstimos a vários projetos brasileiros durante sua visita.
Ele disse que o fim de 15 anos de deflação no Japão abriu um espaço significativo para ampliar o comércio e investir em países como Brasil, México e Chile. Abe também quer acelerar as discussões com a Colômbia como parte de seus esforços para impulsionar o comércio com países latino-americanos do Pacífico.
"Considero minha viagem à América Latina o começo de um novo capítulo nas relações entre Japão e a região, um momento de mais cooperação", disse o premiê.
Algumas das maiores economias do mundo estão de olho na América Latina, onde uma classe média mais rica e negócios mais saudáveis estão gerando mais lucro. Por exemplo, México e Brasil têm planos de melhorar suas infraestruturas, um terreno fértil para companhias japonesas.
A América Latina tem um Produto Interno Bruto combinado de quase 6 trilhões de dólares e é rica em minerais e metais, alimentos, energia e outras commodities.
O Japão está competindo com China e Rússia pelo acesso à energia e aos minerais da América Latina. No mês passado, líderes dos Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- criaram um banco de desenvolvimento de 100 bilhões de dólares e um fundo de reserva para estimular a cooperação e o comércio.
Questionado se o banco dos Brics poderia prejudicar a influência do Japão no mundo, Abe não quis comentar, mas disse que espera que o novo banco seja implementado sob os mesmos padrões de governança de outras instituições globais multilaterais.
(Reportagem de Guillermo Parra-Bernal)
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Receita do grupo Fiat Chrysler cresce 5% no segundo trimestre
Sede do grupo Fiat Chrysler, em Detroit, EUA
Receita do grupo Fiat Chrysler cresce 5% no segundo trimestre
Alta de América do Norte e Ásia-Pacífico compensa queda na Europa e na AL
http://carpress.uol.com.br/
O grupo Fiat Chrysler anuncia que suas vendas globais cresceram 2% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 1,2 milhão de unidades.
Houve alta de 10% na América do Norte (Nafta), para 600 mil unidades, e de 42% na região Ásia-Pacífico, que compensaram em parte a queda nos mercados latino-americano e europeu.
As receitas totalizaram 23,3 bilhões de euros, com alta de 5% na comparação com o mesmo período de 2013 em termos nominais e elevação de 10% à taxa constante de câmbio.
As receitas relativas ao segundo semestre de 2014 alcançaram 23,3 bilhões de euros, com um crescimento de 1 bilhão de euros sobre igual período do ano anterior. Esta expansão é atribuída à evolução dos negócios na América do Norte, com avanço de 7% (ou 11%, à taxa de câmbio constante), e na região Ásia-Pacífico, com alta de 34% ou 41% ao câmbio constante.
Nessas duas regiões as vendas cresceram e também houve avanço das marcas de luxo, com destaque para a expansão da Maserati. A região compreendida por Europa, Oriente Médio e África teve um pequeno decréscimo de 100 milhões de euros, para 4,6 bilhões de euros no período, enquanto a área de componentes permaneceu estável em 2,1 bilhões de euros no trimestre. As vendas na América Latina recuaram 13% ao câmbio constante.
Com esses resultados, o grupo acumula receitas de 45,5 bilhões de euros no primeiro semestre do ano, o que representa uma expansão de 8% (ou 13% ao câmbio constante) em relação ao ano anterior.
Receita do grupo Fiat Chrysler cresce 5% no segundo trimestre
Alta de América do Norte e Ásia-Pacífico compensa queda na Europa e na AL
http://carpress.uol.com.br/
O grupo Fiat Chrysler anuncia que suas vendas globais cresceram 2% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 1,2 milhão de unidades.
Houve alta de 10% na América do Norte (Nafta), para 600 mil unidades, e de 42% na região Ásia-Pacífico, que compensaram em parte a queda nos mercados latino-americano e europeu.
As receitas totalizaram 23,3 bilhões de euros, com alta de 5% na comparação com o mesmo período de 2013 em termos nominais e elevação de 10% à taxa constante de câmbio.
As receitas relativas ao segundo semestre de 2014 alcançaram 23,3 bilhões de euros, com um crescimento de 1 bilhão de euros sobre igual período do ano anterior. Esta expansão é atribuída à evolução dos negócios na América do Norte, com avanço de 7% (ou 11%, à taxa de câmbio constante), e na região Ásia-Pacífico, com alta de 34% ou 41% ao câmbio constante.
Nessas duas regiões as vendas cresceram e também houve avanço das marcas de luxo, com destaque para a expansão da Maserati. A região compreendida por Europa, Oriente Médio e África teve um pequeno decréscimo de 100 milhões de euros, para 4,6 bilhões de euros no período, enquanto a área de componentes permaneceu estável em 2,1 bilhões de euros no trimestre. As vendas na América Latina recuaram 13% ao câmbio constante.
Com esses resultados, o grupo acumula receitas de 45,5 bilhões de euros no primeiro semestre do ano, o que representa uma expansão de 8% (ou 13% ao câmbio constante) em relação ao ano anterior.
Cotações do dia / 31/07/2014
Cotações do dia/ 31/07/2014
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Lucro da Vale quase quadruplica no trimestre e alcança R$ 3,19 bilhões
Lucro da Vale quase quadruplica no trimestre e alcança R$ 3,19 bilhões
Do UOL, em São Paulo 31/07/2014
http://economia.uol.com.br/
A mineradora Vale (VALE3, VALE5) registrou lucro líquido de R$ 3,187 bilhões no segundo trimestre deste ano, quase quatro vezes o resultado registrado no mesmo período do ano anterior (lucro de R$ 832 milhões). Em 2013, o resultado tinha sido afetado por perdas bilionárias com a alta do dólar.
O lucro da maior produtora global de minério de ferro só não foi maior devido à queda no preço do produto no mundo.
Houve queda de 46% em relação ao primeiro trimestre deste ano, quando a empresa tinha lucrado R$ 5,909 bilhões, devido a perdas com projetos em Simandou (Guiné) e com a mina de Integra Coal (Austrália).
A receita líquida, por sua vez, ficou praticamente estável, somando R$ 22,08 bilhões no segundo trimestre, apenas 0,1% acima do verificado em igual intervalo em 2013.
No entanto, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) ficou 10,2% menor no segundo trimestre, se situando em R$ 9,1 bilhões.
Ainda de acordo com a companhia, o resultado financeiro melhorou em 98,2% no segundo trimestre deste ano, em relação a igual período no ano passado, mas ainda assim ficou negativo em R$ 128,5 milhões.
A empresa informou também ter apurado ganho de R$ 1,9 bilhão no desempenho do segundo trimestre, ante igual período no ano passado, devido à valorização do real.
Vendas de minério de ferro sobem, mas preços caem
As vendas de minério de ferro (finos) cresceram 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 63,726 milhões de toneladas. Porém, os preços do produto caíram 17,6% comparados a 2013, para US$ 84,60 por tonelada, devido ao aumento da oferta global.
A própria companhia produziu um recorde para o segundo trimestre.
"Um trimestre bastante desafiador, em que o preço do nosso principal produto, o minério de ferro, caiu... mas no qual, ainda assim, a Vale conseguiu manter praticamente estável seu resultado operacional. A receita cresceu... graças ao desempenho muito positivo da nossa produção", disse o diretor financeiro, Luciano Siani, em vídeo divulgado pela companhia.
A Vale notou que, "apesar dos preços do minério de ferro mais baixos, a Vale pagou confortavelmente dividendos, no valor de US$ 2,1 bilhões, mantendo o seu nível de endividamento total em US$ 30,257 bilhões".
Segundo nota da empresa, o aumento de oferta pelos principais produtores fez o preço cair no período, mas causou o fechamento de minas de alto custo e a redução de exportações de produtores não tradicionais como Indonésia, México e Vietnã. Quando os produtores menos eficientes saem do mercado, há uma tendência de sustentação das cotações.
(Com Reuters e Valor)
Do UOL, em São Paulo 31/07/2014
http://economia.uol.com.br/
A mineradora Vale (VALE3, VALE5) registrou lucro líquido de R$ 3,187 bilhões no segundo trimestre deste ano, quase quatro vezes o resultado registrado no mesmo período do ano anterior (lucro de R$ 832 milhões). Em 2013, o resultado tinha sido afetado por perdas bilionárias com a alta do dólar.
O lucro da maior produtora global de minério de ferro só não foi maior devido à queda no preço do produto no mundo.
Houve queda de 46% em relação ao primeiro trimestre deste ano, quando a empresa tinha lucrado R$ 5,909 bilhões, devido a perdas com projetos em Simandou (Guiné) e com a mina de Integra Coal (Austrália).
A receita líquida, por sua vez, ficou praticamente estável, somando R$ 22,08 bilhões no segundo trimestre, apenas 0,1% acima do verificado em igual intervalo em 2013.
No entanto, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) ficou 10,2% menor no segundo trimestre, se situando em R$ 9,1 bilhões.
Ainda de acordo com a companhia, o resultado financeiro melhorou em 98,2% no segundo trimestre deste ano, em relação a igual período no ano passado, mas ainda assim ficou negativo em R$ 128,5 milhões.
A empresa informou também ter apurado ganho de R$ 1,9 bilhão no desempenho do segundo trimestre, ante igual período no ano passado, devido à valorização do real.
Vendas de minério de ferro sobem, mas preços caem
As vendas de minério de ferro (finos) cresceram 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 63,726 milhões de toneladas. Porém, os preços do produto caíram 17,6% comparados a 2013, para US$ 84,60 por tonelada, devido ao aumento da oferta global.
A própria companhia produziu um recorde para o segundo trimestre.
"Um trimestre bastante desafiador, em que o preço do nosso principal produto, o minério de ferro, caiu... mas no qual, ainda assim, a Vale conseguiu manter praticamente estável seu resultado operacional. A receita cresceu... graças ao desempenho muito positivo da nossa produção", disse o diretor financeiro, Luciano Siani, em vídeo divulgado pela companhia.
A Vale notou que, "apesar dos preços do minério de ferro mais baixos, a Vale pagou confortavelmente dividendos, no valor de US$ 2,1 bilhões, mantendo o seu nível de endividamento total em US$ 30,257 bilhões".
Segundo nota da empresa, o aumento de oferta pelos principais produtores fez o preço cair no período, mas causou o fechamento de minas de alto custo e a redução de exportações de produtores não tradicionais como Indonésia, México e Vietnã. Quando os produtores menos eficientes saem do mercado, há uma tendência de sustentação das cotações.
(Com Reuters e Valor)
Homens que marcaram O Século XX: Menachem Begin
Menachem Begin em Camp David.
Em 1979, Begin assinou o Tratado de Paz Israelo-Egípcio com Anwar Al-Sadat.
Homens que marcaram O Século XX: Menachem Begin
Menachem Begin
Primeiro-ministro de Israel Israel
Mandato: 21 de Junho de 1977 -
10 de Outubro de 1983
Menachem Begin (Brest-Litovsk, 16 de agosto de 1913 — Jerusalém, 9 de março de 1992) tornou-se o sexto primeiro-ministro de Israel em Maio de 1977. Ele negociou os Acordos de Camp David com o presidente do Egito Muhammad Anwar al-Sadat, pelo qual ambos receberam o Premio Nobel da Paz em 1978.
Notas biográficas
Em 1939 ele tornou-se líder da organização sionista Betar. Em 1940-1941 foi prisioneiro da União Soviética, sendo libertado em 1941 após o Acordo Sikorski-Mayski para, em seguida, juntar-se ao Exército de Anders polaco.
Não oficialmente libertado desse exército juntamente com outros soldados judaicos, em 1942 ele aderiu ao Irgun (também conhecido como Etzel) e em 1947 assumiu a liderança. Ele foi responsável pelo Atentado do Hotel King David em Jerusalém, na altura a central administrativa e militar dos britânicos no Mandato Britânico da Palestina, um atentado que fez 91 mortos. Em 1948 ele esteve envolvido no transporte de armas para Israel, para o Irgun, o que acabou no afundamento do navio Altalena, ordenado por David Ben-Gurion.
Após a fundação do estado de Israel em 1948, Begin fundou o partido político Herut (que mais tarde se tornaria o partido dominante na coligação Likud). Vários judeus ilustres, como Albert Einstein e Hanna Arendt, publicaram no New York Times de 04 de dezembro de 1948 uma carta em que acusam que o Herut "tem um parentesco muito estreito com os partidos nazis e fascistas. Ele deveu a sua formação aos membros e seguidores da antiga Irgun Z’vai Le’umi, uma organização terrorista, de direita e xenófoba."
De acordo com os termos do tratado, Israel entregava a Península do Sinai ao Egipto. Isto significava também a demolição de todos os povoamentos israelitas na área (incluindo a cidade de Yamit). Begin defrontou uma forte oposição a esta medida, o que levou à divisão dentro do seu próprio partido Likud.
Em 1981, Begin ordenou o ataque ao reactor nuclear Osiraq/Tammuz no Iraque (um reactor vendido a Saddam Hussein pelos franceses). Pouco depois, Begin afirmou que "De forma nenhuma iremos permitir que um inimigo desenvolva armas de destruição em massa contra o povo de Israel." Esta posição quanto à política nuclear de Israel é agora conhecida como a doutrina Begin, apesar de até hoje não haver provas de que o reator serviria para a produção de armas de destruição em massa.
Em 1982, o governo de Begin decidiu a invasão israelita do sul do Líbano, argumentando a necessidade de acabar com o bombardeamento do norte de Israel por parte da OLP. Isto iniciou a presença israelita na Guerra Civil Libanesa, que continuou por mais três anos (com uma presença menor que continuou até o ano de 2000). De acordo com um repórter do Haaretz, Uzi Benziman, o então ministro da defesa Ariel Sharon enganou Begin quanto ao objectivo da guerra, e estendeu-a sem autorização. Sharon processou o Haaretz e Benziman em 1991. O julgamento durou 11 anos, sendo um dos pontos altos a deposição de Benny Begin, o filho de Menachem Begin, em favor da defesa. Sharon perdeu o caso.
Begin retirou-se em Agosto de 1983, decepcionado e deprimido pela guerra, a morte de sua esposa e a sua própria doença. Faleceu em Jerusalém em 1992, ao que se seguiu uma cerimónia fúnebre simples, tendo sido enterrado no Monte das Oliveiras.
Alta comissária da ONU critica EUA por armar Israel
Alta comissária da ONU critica EUA por armar Israel
EFE Em Genebra 31/07/2014
http://noticias.uol.com.br/
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, denunciou nesta quinta-feira (31) os Estados Unidos por proporcionar armamento ao Exército israelense e não fazer o suficiente para deter a ofensiva contra a Faixa de Gaza.
"Os Estados Unidos têm influência sobre Israel e deveriam fazer mais para parar as mortes, para que as partes em conflito dialoguem", disse Pillay em entrevista coletiva, na qual falou da ajuda financeira e a entrega de armas dos EUA a Israel.
O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, confirmou na quarta-feira as informações sobre o envio a Israel de mais material de guerra dos EUA a pedido das Forças de Defesa israelenses.
A venda de munição é estabelecida para casos de emergência no chamado Inventário de Reservas de Munição de Guerra de Israel, que permite aos israelenses dispor de armamento de maneira urgente.
Entre esse material há partes necessárias para lança-granadas e peças de morteiro de 120 milímetros, como o que provocou ontem a morte de 19 pessoas refugiadas em uma escola das Nações Unidas.
Pillay informou sobre esta entrega de munição e sobre a ajuda que os EUA prestam a Israel para manter em funcionamento o sistema antifoguetes israelense "Cúpula de Ferro", que protege o território israelense dos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza.
"Os Estados Unidos não só fornecem a Israel artilharia pesada usada em Gaza, mas gastou quase US$ 1 bilhão para proteger o país contra os foguetes palestinos. Uma proteção que os civis de Gaza não têm", denunciou Pillay.
A alta comissária insistiu no fato de que os EUA não só ajudem incondicionalmente Israel em tempos de guerra, mas também o faça em tempos de paz, nos quais no entanto Tel Aviv continua violando a lei internacional expandindo seus assentamentos e mantendo um bloqueio à Faixa de Gaza, que é ilegal.
"Os Estados Unidos também deveriam fazer mais para acabar com o bloqueio aos territórios ocupados. Deveria fazer mais para acabar com os assentamentos. Lembremos que os Estados Unidos votam contra, tanto no Conselho de Direitos Humanos como no Conselho de Segurança, todas as resoluções que condenam o bloqueio e os assentamentos".
Crimes de guerra
Pillay se referiu às dezenas de resoluções, relatórios de relatores especiais e conclusões de comissões de investigação internacional nas quais são identificadas flagrantes violações dos direitos humanos e da lei internacional por parte de Israel.
"Parece que há um desafio deliberado de Israel a não cumprir com suas obrigações internacionais. Não deveríamos permitir este tipo de impunidade. Não deveríamos permitir que não se averiguem nem se persigam flagrantes violações", opinou Pillay.
A comissária da ONU lamentou que Israel não tenha estabelecido nenhum mecanismo de prestação de contas e lembrou que onde o sistema interno falha tem que ser aplicado o internacional.
Pilay também acusou Hamas de cometer crimes de guerra ao colocar e disparar foguetes de dentro de uma área altamente povoada.
A representante da ONU assinalou que, segundo os últimos dados com os quais conta, desde que começou a ofensiva morreram 1.263 palestinos e 59 israelenses
EFE Em Genebra 31/07/2014
http://noticias.uol.com.br/
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, denunciou nesta quinta-feira (31) os Estados Unidos por proporcionar armamento ao Exército israelense e não fazer o suficiente para deter a ofensiva contra a Faixa de Gaza.
"Os Estados Unidos têm influência sobre Israel e deveriam fazer mais para parar as mortes, para que as partes em conflito dialoguem", disse Pillay em entrevista coletiva, na qual falou da ajuda financeira e a entrega de armas dos EUA a Israel.
O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, confirmou na quarta-feira as informações sobre o envio a Israel de mais material de guerra dos EUA a pedido das Forças de Defesa israelenses.
A venda de munição é estabelecida para casos de emergência no chamado Inventário de Reservas de Munição de Guerra de Israel, que permite aos israelenses dispor de armamento de maneira urgente.
Entre esse material há partes necessárias para lança-granadas e peças de morteiro de 120 milímetros, como o que provocou ontem a morte de 19 pessoas refugiadas em uma escola das Nações Unidas.
Pillay informou sobre esta entrega de munição e sobre a ajuda que os EUA prestam a Israel para manter em funcionamento o sistema antifoguetes israelense "Cúpula de Ferro", que protege o território israelense dos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza.
"Os Estados Unidos não só fornecem a Israel artilharia pesada usada em Gaza, mas gastou quase US$ 1 bilhão para proteger o país contra os foguetes palestinos. Uma proteção que os civis de Gaza não têm", denunciou Pillay.
A alta comissária insistiu no fato de que os EUA não só ajudem incondicionalmente Israel em tempos de guerra, mas também o faça em tempos de paz, nos quais no entanto Tel Aviv continua violando a lei internacional expandindo seus assentamentos e mantendo um bloqueio à Faixa de Gaza, que é ilegal.
"Os Estados Unidos também deveriam fazer mais para acabar com o bloqueio aos territórios ocupados. Deveria fazer mais para acabar com os assentamentos. Lembremos que os Estados Unidos votam contra, tanto no Conselho de Direitos Humanos como no Conselho de Segurança, todas as resoluções que condenam o bloqueio e os assentamentos".
Crimes de guerra
Pillay se referiu às dezenas de resoluções, relatórios de relatores especiais e conclusões de comissões de investigação internacional nas quais são identificadas flagrantes violações dos direitos humanos e da lei internacional por parte de Israel.
"Parece que há um desafio deliberado de Israel a não cumprir com suas obrigações internacionais. Não deveríamos permitir este tipo de impunidade. Não deveríamos permitir que não se averiguem nem se persigam flagrantes violações", opinou Pillay.
A comissária da ONU lamentou que Israel não tenha estabelecido nenhum mecanismo de prestação de contas e lembrou que onde o sistema interno falha tem que ser aplicado o internacional.
Pilay também acusou Hamas de cometer crimes de guerra ao colocar e disparar foguetes de dentro de uma área altamente povoada.
A representante da ONU assinalou que, segundo os últimos dados com os quais conta, desde que começou a ofensiva morreram 1.263 palestinos e 59 israelenses
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Entenda a crise sobre pagamentos das dívidas na Argentina
Entenda a crise sobre pagamentos das dívidas na Argentina
Justiça dos EUA obriga o país a quitar débitos com “fundos abutres”.
Com reservas baixas, a Argentina pode dar calote em credores antigos.
Do G1, em São Paulo
A Argentina enfrenta uma batalha jurídica em torno dos pagamentos de suas dívidas, que pode levar o país a dar um novo calote em seus credores.
No fim de junho, o depósito de US$ 1 bilhão feito pela Argentina a credores da dívida (que recebiam em parcelas) foi considerado "ilegal" e bloqueado pelo juiz Thomas Griesa, dos Estados Unidos. Os argentinos só podem pagar essa parcela, que vence em 30 de julho, quando acertarem o pagamento a outros credores que ganharam na Justiça o direito de receber o valor integral dos títulos da dívida.
José Maria de Souza Júnior, professor de Relações Internacionais das Faculdades Rio Branco, diz que a disputa é apenas mais uma das instabilidades que a Argentina vem sofrendo desde o megacalote da dívida pública em 2001.
VEJA PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRISE
Qual a origem da dívida?
Em 2001, em meio a uma crise econômica e política, a Argentina anunciou um calote em sua dívida pública, que era de cerca de US$ 100 bilhões. As pessoas, empresas e os fundos que tinham títulos da dívida (ou seja, que haviam emprestado dinheiro para o governo) deixaram de receber os rendimentos deles e foram impedidas de resgatar os investimentos. Quatro anos depois, no governo de Néstor Kirchner, o país tentou recuperar a credibilidade com um plano de renegociações desses débitos.
Entenda - crise da dívida da Argentina (Foto: Editoria de Arte/G1)
Como foi a renegociação?
Em 2005, o então presidente Néstor Kirchner ofereceu aos prejudicados pagamentos com descontos acima de 70% e parcelados em 30 anos. Ao todo, 92,4% dos credores aceitaram as condições.
O que aconteceu com quem aceitou a renegociação?
Esse grupo de credores tem recebido os pagamentos em parcelas – é a chamada dívida reestruturada.
O que aconteceu com quem não aceitou a renegociação?
Parte dos credores (7,6% do total) não quis receber os valores com descontos e parcelados. Fundos especulativos dos Estados Unidos aceitaram comprar esses títulos desses credores, a preços bem baixos. O governo argentino chama esses fundos de “abutres”, porque, assim como os pássaros, eles "se alimentam de coisas podres". O que os investidores tentam fazer, agora, é lucrar com títulos de pouco valor e que dificilmente seriam resgatados.
Como a questão foi parar na Justiça dos EUA?
Os “fundos abutres”, com sede nos EUA, procuraram a Justiça do seu país para receber o total dos valores dos títulos, sem descontos ou pagamento em parcelas.
O que decidiu a Justiça dos EUA?
Em 2012, um dos casos recebeu uma decisão favorável da Justiça dos Estados Unidos. O juiz Thomas Griesa determinou que a Argentina deve pagar US$ 1,33 bilhão ao NML Capital e Aurelius, um dos fundos especulativos. O governo de Cristina Kirchner recorreu, mas o Tribunal de Apelações de Nova York também concordou com a decisão de Griesa.
A Argentina recorreu, então, à Suprema Corte norte-americana, que, no último dia 19 de maio, decidiu que o país deve pagar os fundos "abutres". A Justiça também determinou que a Argentina não pode pagar as parcelas de dívida reestruturada a menos que pague também aos fundos. A decisão também derrubou uma medida cautelar (chamada de “stay”, que significa “parar”) que suspendia os efeitos da determinação judicial anterior.
Qual foi a consequência da decisão?
Para pagar as parcelas já prometidas, a Argentina teria que pagar também o US$ 1,33 bilhão devido aos “fundos abutres”. Sem isso, o país pode ter que dar um calote involuntário nos credores que aceitaram a reestruturação.
“Não dá para dizer que é uma novidade, ou que pegaram a Argentina de surpresa. É quase que uma tragédia anunciada, porque sempre houve risco de ocorrer”, diz José Maria de Souza Júnior, professor das Faculdades Rio Branco.
Qual o tamanho da dívida com os credores que não aceitaram a renegociação?
Segundo o Ministério da Economia argentino, o grupo que não aceitou a renegociação detém 8% dos títulos da dívida pública, que chegam a US$ 15 bilhões.
A Argentina tem dinheiro para pagar a dívida?
Sim. A Argentina possui atualmente cerca de US$ 28 bilhões em reservas.
Por que a Argentina não paga todos credores?
O país não pode pagar os credores que renegociaram por conta da decisão judicial, que a obriga a pagar também os fundos "abutres". Acatar a decisão e fazer o pagamento aos fundos também poderia abrir uma brecha judicial que permitiria que os credores que aceitaram a renegociação questionassem o país exigindo também o pagamento integral – que o país não tem recursos para efetuar.
Quando vence a próxima parcela da dívida reestruturada?
A próxima parcela da dívida vence em 30 de junho.
Por que a Argentina antecipou o pagamento?
No dia 26, a Argentina anunciou o pagamento da parcela, com depósito de US$ 832 milhões, dos quais US$ 539 milhões foram para contas do Bank New York Mellon, que deveria repassá-los aos credores. O total de US$ 1 bilhão inclui o pagamento de vencimentos em pesos. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, considera que, mesmo que o dinheiro seja embargado pela Justiça, o país não deu calote na dívida.
O anúncio do pagamento foi interpretado por alguns analistas como uma "estratégia política". "É uma estratégia para jogar a bola para o juiz Thomas Griesa, que no ano passado decidiu a favor dos fundos especulativos, NML Capital e Aurelius", disse à France Presse o economista Eduardo Blasco, da consultoria Maxinver. "Parece que querem que Griesa decida se o país entrará em moratória ou não."
Por que o pagamento da parcela da dívida foi bloqueado?
A Justiça americana determinou que a Argentina só pode pagar os que concordaram com o parcelamento quando também honrar o pagamento dos que exigem receber o valor sem descontos ou parcelas. Em 27 de junho, o juiz Thomas Griesa, dos Estados Unidos, considerou o depósito feito em Nova York como “ilegal” e “não realizado”.
O que acontece se a Argentina não pagar?
Como os recursos do depósito feito pela Argentina foram bloqueados, isso pode configurar um novo calote do país – mesmo que involuntário. Griesa determinou que o dinheiro, depositado no banco New York Mellon, seja devolvido. Se uma solução não for encontrada até 30 de junho (vencimento da parcela), a Argentina terá dado um "calote técnico". Um seguro feito sobre essa dívida, no entanto, deve ser acionado, o que dará ao governo mais 30 dias para negociar com os “fundos abutres”.
O que acontece se a dívida com os "fundos abutres" for executada?
“Se essa dívida for executada, o contrato prevê que os outros credores que aceitaram a renegociação podem recorrer parar receber nos mesmo termos”, explica o professor José Maria de Souza Júnior. “Neste caso, a conta poderia chegar a R$ 500 bilhões, ao passo que as reservas do país estão hoje em US$ 28 bilhões”.
Quais são as alternativas do governo Kirchner?
Para Souza Júnior, não resta muito a fazer a não ser insistir na negociação ou tentar judicialmente suspender ou protelar a decisão da Corte dos EUA que garante aos fundos especulativos o direito de exigir do governo argentino o pagamento integral de US$ 1,33 bilhão que lhes é devido.
“A Argentina vai tentar protelar judicialmente a execução desta decisão e tentar manobrar politicamente, inclusive em instâncias que não necessariamente tem a ver com a corte americana, como a Organização das Nações Unidas (ONU). Ela vai ter que falar que não tem dinheiro, mas que quer pagar e negociar. Esta é única saída”, diz.
José Niemeyer, Coordenador de Graduação e Pós-Graduação em Relações Internacionais Ibmec, lembra que desde a crise de 2008, quando o dinheiro em circulação diminuiu, os credores estão muito mais impacientes em relação aos vencimentos de títulos a receber. Ele avalia, entretanto, que é exagero falar em risco de quebra. “Quando é uma empresa ou indivíduo que não pode pagar, tem como como partir para uma punição ou falência. Mas em se tratando de inadimplência do estado, o país não vai acabar. Trata-se de um problema macroeconômico que vai ter que ser resolvido, uma vez que há uma dezena de agentes econômicos envolvidos.”
A crise na Argentina pode afetar o Brasil?
Já fora dos mercados dos internacionais, pela baixa credibilidade, o principal parceiro econômico da Argentina é o Brasil, que já está sentindo os efeitos da crise no vizinho. A queda nas trocas comerciais entre os países já ultrapassa 20% este ano. Para conter os dólares dentro de casa, o governo vizinho aperta cada vez mais as importações e fecha as portas para os produtos brasileiros.
“Um calote da China seria mais grave, mas um da Argentina também é grave”, diz José Niemeyer, do Ibmec. “O Brasil é o grande líder da região e a Argentina é importante para o país, temos multinacionais lá e uma linha de comércio grande com o eles. Qualquer crise macroeconômica na Argentina provoca desdobramentos no Brasil”, explica.
Justiça dos EUA obriga o país a quitar débitos com “fundos abutres”.
Com reservas baixas, a Argentina pode dar calote em credores antigos.
Do G1, em São Paulo
A Argentina enfrenta uma batalha jurídica em torno dos pagamentos de suas dívidas, que pode levar o país a dar um novo calote em seus credores.
No fim de junho, o depósito de US$ 1 bilhão feito pela Argentina a credores da dívida (que recebiam em parcelas) foi considerado "ilegal" e bloqueado pelo juiz Thomas Griesa, dos Estados Unidos. Os argentinos só podem pagar essa parcela, que vence em 30 de julho, quando acertarem o pagamento a outros credores que ganharam na Justiça o direito de receber o valor integral dos títulos da dívida.
José Maria de Souza Júnior, professor de Relações Internacionais das Faculdades Rio Branco, diz que a disputa é apenas mais uma das instabilidades que a Argentina vem sofrendo desde o megacalote da dívida pública em 2001.
VEJA PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRISE
Qual a origem da dívida?
Em 2001, em meio a uma crise econômica e política, a Argentina anunciou um calote em sua dívida pública, que era de cerca de US$ 100 bilhões. As pessoas, empresas e os fundos que tinham títulos da dívida (ou seja, que haviam emprestado dinheiro para o governo) deixaram de receber os rendimentos deles e foram impedidas de resgatar os investimentos. Quatro anos depois, no governo de Néstor Kirchner, o país tentou recuperar a credibilidade com um plano de renegociações desses débitos.
Entenda - crise da dívida da Argentina (Foto: Editoria de Arte/G1)
Como foi a renegociação?
Em 2005, o então presidente Néstor Kirchner ofereceu aos prejudicados pagamentos com descontos acima de 70% e parcelados em 30 anos. Ao todo, 92,4% dos credores aceitaram as condições.
O que aconteceu com quem aceitou a renegociação?
Esse grupo de credores tem recebido os pagamentos em parcelas – é a chamada dívida reestruturada.
O que aconteceu com quem não aceitou a renegociação?
Parte dos credores (7,6% do total) não quis receber os valores com descontos e parcelados. Fundos especulativos dos Estados Unidos aceitaram comprar esses títulos desses credores, a preços bem baixos. O governo argentino chama esses fundos de “abutres”, porque, assim como os pássaros, eles "se alimentam de coisas podres". O que os investidores tentam fazer, agora, é lucrar com títulos de pouco valor e que dificilmente seriam resgatados.
Como a questão foi parar na Justiça dos EUA?
Os “fundos abutres”, com sede nos EUA, procuraram a Justiça do seu país para receber o total dos valores dos títulos, sem descontos ou pagamento em parcelas.
O que decidiu a Justiça dos EUA?
Em 2012, um dos casos recebeu uma decisão favorável da Justiça dos Estados Unidos. O juiz Thomas Griesa determinou que a Argentina deve pagar US$ 1,33 bilhão ao NML Capital e Aurelius, um dos fundos especulativos. O governo de Cristina Kirchner recorreu, mas o Tribunal de Apelações de Nova York também concordou com a decisão de Griesa.
A Argentina recorreu, então, à Suprema Corte norte-americana, que, no último dia 19 de maio, decidiu que o país deve pagar os fundos "abutres". A Justiça também determinou que a Argentina não pode pagar as parcelas de dívida reestruturada a menos que pague também aos fundos. A decisão também derrubou uma medida cautelar (chamada de “stay”, que significa “parar”) que suspendia os efeitos da determinação judicial anterior.
Qual foi a consequência da decisão?
Para pagar as parcelas já prometidas, a Argentina teria que pagar também o US$ 1,33 bilhão devido aos “fundos abutres”. Sem isso, o país pode ter que dar um calote involuntário nos credores que aceitaram a reestruturação.
“Não dá para dizer que é uma novidade, ou que pegaram a Argentina de surpresa. É quase que uma tragédia anunciada, porque sempre houve risco de ocorrer”, diz José Maria de Souza Júnior, professor das Faculdades Rio Branco.
Qual o tamanho da dívida com os credores que não aceitaram a renegociação?
Segundo o Ministério da Economia argentino, o grupo que não aceitou a renegociação detém 8% dos títulos da dívida pública, que chegam a US$ 15 bilhões.
A Argentina tem dinheiro para pagar a dívida?
Sim. A Argentina possui atualmente cerca de US$ 28 bilhões em reservas.
Por que a Argentina não paga todos credores?
O país não pode pagar os credores que renegociaram por conta da decisão judicial, que a obriga a pagar também os fundos "abutres". Acatar a decisão e fazer o pagamento aos fundos também poderia abrir uma brecha judicial que permitiria que os credores que aceitaram a renegociação questionassem o país exigindo também o pagamento integral – que o país não tem recursos para efetuar.
Quando vence a próxima parcela da dívida reestruturada?
A próxima parcela da dívida vence em 30 de junho.
Por que a Argentina antecipou o pagamento?
No dia 26, a Argentina anunciou o pagamento da parcela, com depósito de US$ 832 milhões, dos quais US$ 539 milhões foram para contas do Bank New York Mellon, que deveria repassá-los aos credores. O total de US$ 1 bilhão inclui o pagamento de vencimentos em pesos. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, considera que, mesmo que o dinheiro seja embargado pela Justiça, o país não deu calote na dívida.
O anúncio do pagamento foi interpretado por alguns analistas como uma "estratégia política". "É uma estratégia para jogar a bola para o juiz Thomas Griesa, que no ano passado decidiu a favor dos fundos especulativos, NML Capital e Aurelius", disse à France Presse o economista Eduardo Blasco, da consultoria Maxinver. "Parece que querem que Griesa decida se o país entrará em moratória ou não."
Por que o pagamento da parcela da dívida foi bloqueado?
A Justiça americana determinou que a Argentina só pode pagar os que concordaram com o parcelamento quando também honrar o pagamento dos que exigem receber o valor sem descontos ou parcelas. Em 27 de junho, o juiz Thomas Griesa, dos Estados Unidos, considerou o depósito feito em Nova York como “ilegal” e “não realizado”.
O que acontece se a Argentina não pagar?
Como os recursos do depósito feito pela Argentina foram bloqueados, isso pode configurar um novo calote do país – mesmo que involuntário. Griesa determinou que o dinheiro, depositado no banco New York Mellon, seja devolvido. Se uma solução não for encontrada até 30 de junho (vencimento da parcela), a Argentina terá dado um "calote técnico". Um seguro feito sobre essa dívida, no entanto, deve ser acionado, o que dará ao governo mais 30 dias para negociar com os “fundos abutres”.
O que acontece se a dívida com os "fundos abutres" for executada?
“Se essa dívida for executada, o contrato prevê que os outros credores que aceitaram a renegociação podem recorrer parar receber nos mesmo termos”, explica o professor José Maria de Souza Júnior. “Neste caso, a conta poderia chegar a R$ 500 bilhões, ao passo que as reservas do país estão hoje em US$ 28 bilhões”.
Quais são as alternativas do governo Kirchner?
Para Souza Júnior, não resta muito a fazer a não ser insistir na negociação ou tentar judicialmente suspender ou protelar a decisão da Corte dos EUA que garante aos fundos especulativos o direito de exigir do governo argentino o pagamento integral de US$ 1,33 bilhão que lhes é devido.
“A Argentina vai tentar protelar judicialmente a execução desta decisão e tentar manobrar politicamente, inclusive em instâncias que não necessariamente tem a ver com a corte americana, como a Organização das Nações Unidas (ONU). Ela vai ter que falar que não tem dinheiro, mas que quer pagar e negociar. Esta é única saída”, diz.
José Niemeyer, Coordenador de Graduação e Pós-Graduação em Relações Internacionais Ibmec, lembra que desde a crise de 2008, quando o dinheiro em circulação diminuiu, os credores estão muito mais impacientes em relação aos vencimentos de títulos a receber. Ele avalia, entretanto, que é exagero falar em risco de quebra. “Quando é uma empresa ou indivíduo que não pode pagar, tem como como partir para uma punição ou falência. Mas em se tratando de inadimplência do estado, o país não vai acabar. Trata-se de um problema macroeconômico que vai ter que ser resolvido, uma vez que há uma dezena de agentes econômicos envolvidos.”
A crise na Argentina pode afetar o Brasil?
Já fora dos mercados dos internacionais, pela baixa credibilidade, o principal parceiro econômico da Argentina é o Brasil, que já está sentindo os efeitos da crise no vizinho. A queda nas trocas comerciais entre os países já ultrapassa 20% este ano. Para conter os dólares dentro de casa, o governo vizinho aperta cada vez mais as importações e fecha as portas para os produtos brasileiros.
“Um calote da China seria mais grave, mas um da Argentina também é grave”, diz José Niemeyer, do Ibmec. “O Brasil é o grande líder da região e a Argentina é importante para o país, temos multinacionais lá e uma linha de comércio grande com o eles. Qualquer crise macroeconômica na Argentina provoca desdobramentos no Brasil”, explica.
Aécio culpa governo por quadro de estagflação e perda de credibilidade /ENTREVISTA-Dilma será sua própria porta-voz sobre economia na campanha, diz Rui Falcão
Aécio culpa governo por quadro de estagflação e perda de credibilidade
quarta-feira, 30 de julho de 2014
BRASÍLIA (Reuters) - O candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves, disse nesta quarta-feira que os problemas econômicos do país não decorrem da crise financeira internacional, mas sim ao atual governo que levou o Brasil a um quadro de estagflação e "perda de credibilidade".
"Todos nós sabemos, todos nós acompanhamos as diferenças da crise internacional... em 2008 e 2009, mas os resultados pífios da economia brasileira são consequências de brasileiros e fruto das opções erradas que o governo fez nos últimos anos", afirmou o tucano, durante apresentação a empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"Nós viemos ao longo desses últimos anos aprendendo, infelizmente, a conviver com aquilo que poderíamos chamar de contabilidade criativa,... que minou aquilo que é fundamental para o crescimento da economia e dos investimentos... que é o instituto de credibilidade", criticou Aécio.
Para ele, que está em segundo lugar na corrida presidencial, o país investe pouco em infraestrutura e precisa dobrar a média atual de cerca de 2,5 por cento do PIB em investimentos nesse setor. Aécio não explicou, porém, como isso seria feito.
Mas o tucano detalhou como pretende retomar a competitividade da indústria e apontou seis mudanças que planeja fazer.
Disse que é preciso investir em qualificação da educação; dar um choque de atração do capital para investimentos em infraestrutura; uma taxa de juros mais baixa, que não pode ser adotada por voluntarismo e sim pela melhoria da confiança na economia.
Segundo ele, também será preciso um real mais desvalorizado para ajudar na competitividade. "Hoje vivemos de populismo cambial,... o governo busca conter a inflação por política cambial". E prometeu simplificar o sistema tributário por meio da adoção de um IVA (Imposto de Valor Agregado).
Aécio apontou também para uma mudança no funcionamento do Mercosul, que segundo ele trava os acordos comerciais do país.
"O Mercosul, a grande realidade é essa, vem nos amarrando. Quem sabe sua transformação de união aduaneira para área de livre comércio,... para facilitar acordo com outras regiões do mundo", argumentou.
Mais cedo, o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, também apresentou suas propostas para o empresariado e disse que enviará ao Congresso um projeto de reforma tributária na primeira semana de governo e que defenderá a regulamentação da terceirização no mercado de trabalho.
À tarde, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição do PT, apresentará suas propostas no evento.
A CNI apresentou aos candidatos 42 estudos que, na avaliação do setor, podem melhorar a competitividade da indústria, se as medidas sugeridas forem adotadas. A indústria tem registrado queda no nível da atividade e perda de postos de trabalho.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello)
ENTREVISTA-Dilma será sua própria porta-voz sobre economia na campanha, diz Rui Falcão
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Por Jeferson Ribeiro e Alexandre Caverni
BRASÍLIA (Reuters) - A inflação relativamente alta é um problema, mas não será um empecilho para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que assumirá pessoalmente o papel de porta-voz da campanha na área econômica, disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
Deputado estadual paulista e coordenador-geral da campanha, Falcão justificou a escolha de Dilma pelo fato de ela ser a pessoa mais qualificada para tratar da economia, além de evitar possíveis especulações sobre a composição do ministério em um eventual segundo mandato, já que há expectativa em torno da saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que ocupa o cargo desde março de 2006.
"A pessoa que está mais preparada para discutir economia e para falar de economia é a própria presidenta", disse Falcão em entrevista à Reuters na sede do comitê de campanha, em Brasília.
"Se você começa a divulgar quais as pessoas estão mais empenhadas em analisar política econômica e instrumentos que possam ser acionados no ano que vem, se for o caso, começa a antecipar o tipo da (futura) equipe, o que nem nós e nem ela queremos."
A situação era diferente em 2010, quando o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci assumiu o papel de principal interlocutor da área econômica da campanha da petista, que tentava se eleger pela primeira vez. Na ocasião também se especulou, com menor intensidade, sobre uma possível substituição de Mantega, mas Dilma não era a presidente.
Num momento em que a confiança do mercado financeiro no governo está em baixa, Falcão minimizou a necessidade de alguma sinalização de nomes.
"Os caras dizem que isso (a designação de porta-vozes para a economia na campanha) pode ser uma vantagem, que pode inspirar a confiança do mercado", disse. "O mercado é uma parte da sociedade, mas a maioria da sociedade não é o mercado."
Sobre como rebater durante a campanha o mal-estar com o que chamou de "um pouquinho mais de inflação", Falcão disse que é preciso "ampliar o nível de informação e combater o catastrofismo, o pessimismo e o terrorismo econômico".
quarta-feira, 30 de julho de 2014
BRASÍLIA (Reuters) - O candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves, disse nesta quarta-feira que os problemas econômicos do país não decorrem da crise financeira internacional, mas sim ao atual governo que levou o Brasil a um quadro de estagflação e "perda de credibilidade".
"Todos nós sabemos, todos nós acompanhamos as diferenças da crise internacional... em 2008 e 2009, mas os resultados pífios da economia brasileira são consequências de brasileiros e fruto das opções erradas que o governo fez nos últimos anos", afirmou o tucano, durante apresentação a empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"Nós viemos ao longo desses últimos anos aprendendo, infelizmente, a conviver com aquilo que poderíamos chamar de contabilidade criativa,... que minou aquilo que é fundamental para o crescimento da economia e dos investimentos... que é o instituto de credibilidade", criticou Aécio.
Para ele, que está em segundo lugar na corrida presidencial, o país investe pouco em infraestrutura e precisa dobrar a média atual de cerca de 2,5 por cento do PIB em investimentos nesse setor. Aécio não explicou, porém, como isso seria feito.
Mas o tucano detalhou como pretende retomar a competitividade da indústria e apontou seis mudanças que planeja fazer.
Disse que é preciso investir em qualificação da educação; dar um choque de atração do capital para investimentos em infraestrutura; uma taxa de juros mais baixa, que não pode ser adotada por voluntarismo e sim pela melhoria da confiança na economia.
Segundo ele, também será preciso um real mais desvalorizado para ajudar na competitividade. "Hoje vivemos de populismo cambial,... o governo busca conter a inflação por política cambial". E prometeu simplificar o sistema tributário por meio da adoção de um IVA (Imposto de Valor Agregado).
Aécio apontou também para uma mudança no funcionamento do Mercosul, que segundo ele trava os acordos comerciais do país.
"O Mercosul, a grande realidade é essa, vem nos amarrando. Quem sabe sua transformação de união aduaneira para área de livre comércio,... para facilitar acordo com outras regiões do mundo", argumentou.
Mais cedo, o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, também apresentou suas propostas para o empresariado e disse que enviará ao Congresso um projeto de reforma tributária na primeira semana de governo e que defenderá a regulamentação da terceirização no mercado de trabalho.
À tarde, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição do PT, apresentará suas propostas no evento.
A CNI apresentou aos candidatos 42 estudos que, na avaliação do setor, podem melhorar a competitividade da indústria, se as medidas sugeridas forem adotadas. A indústria tem registrado queda no nível da atividade e perda de postos de trabalho.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello)
ENTREVISTA-Dilma será sua própria porta-voz sobre economia na campanha, diz Rui Falcão
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Por Jeferson Ribeiro e Alexandre Caverni
BRASÍLIA (Reuters) - A inflação relativamente alta é um problema, mas não será um empecilho para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que assumirá pessoalmente o papel de porta-voz da campanha na área econômica, disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
Deputado estadual paulista e coordenador-geral da campanha, Falcão justificou a escolha de Dilma pelo fato de ela ser a pessoa mais qualificada para tratar da economia, além de evitar possíveis especulações sobre a composição do ministério em um eventual segundo mandato, já que há expectativa em torno da saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que ocupa o cargo desde março de 2006.
"A pessoa que está mais preparada para discutir economia e para falar de economia é a própria presidenta", disse Falcão em entrevista à Reuters na sede do comitê de campanha, em Brasília.
"Se você começa a divulgar quais as pessoas estão mais empenhadas em analisar política econômica e instrumentos que possam ser acionados no ano que vem, se for o caso, começa a antecipar o tipo da (futura) equipe, o que nem nós e nem ela queremos."
A situação era diferente em 2010, quando o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci assumiu o papel de principal interlocutor da área econômica da campanha da petista, que tentava se eleger pela primeira vez. Na ocasião também se especulou, com menor intensidade, sobre uma possível substituição de Mantega, mas Dilma não era a presidente.
Num momento em que a confiança do mercado financeiro no governo está em baixa, Falcão minimizou a necessidade de alguma sinalização de nomes.
"Os caras dizem que isso (a designação de porta-vozes para a economia na campanha) pode ser uma vantagem, que pode inspirar a confiança do mercado", disse. "O mercado é uma parte da sociedade, mas a maioria da sociedade não é o mercado."
Sobre como rebater durante a campanha o mal-estar com o que chamou de "um pouquinho mais de inflação", Falcão disse que é preciso "ampliar o nível de informação e combater o catastrofismo, o pessimismo e o terrorismo econômico".
Homens que marcaram O Século XX: Jimmy Carter
Jimmy Carter
39º Presidente dos Estados Unidos Estados Unidos, Mandato: 20 de janeiro de 1977 a 20 de janeiro de 1981
James Earl "Jimmy" Carter, Jr. (Plains, 1 de outubro de 1924), é um político e ex-militar norte-americano – tendo sido o 39° presidente dos Estados Unidos1 , e vencedor do prêmio Nobel da Paz de 2002, o único presidente de seu país a ter vencido o prêmio após deixar o cargo, Carter serviu como oficial da Marinha dos Estados Unidos, era um fazendeiro de amendoins, serviu dois mandatos como senador do estado da Geórgia e um como governador da Geórgia (1971-1975). Condecorações: Nobel da Paz (2002), 39º Presidente dos Estados Unidos Estados Unidos, Mandato: 20 de janeiro de 1977 a 20 de janeiro de 1981
Biografia
Jimmy Carter nasceu em uma família batista, que viveu no estado da Geórgia por gerações. Seu bisavô, Private L.B. Walker Carter (1832–1874), serviu ao Exército dos Estados Confederados, que defendia a causa escravagista. Sendo oriundo de uma família sulista tradicional, ela tinha interesses no setor agrícola e plantadora de amendoins - negócio no qual ele prosperaria .
Após se formar pela Academia Naval de Annapolis em 1946, casou-se com Rosalynn Smith, depois Rosalynn Carter. Deste matrimônio nasceram quatro filhos: John William (Jack), James Earl II (Chip), Donnel Jeffrey (Jeff) e Amy Lynn.
Jimmy Carter iniciou sua carreira servindo em vários conselhos locais, que rege as entidades como escolas, hospitais e bibliotecas, entre outros. Na década de 1960, ele cumpriu dois mandatos no Senado da Geórgia a partir do décimo quarto distrito da Geórgia. Foi governador do seu estado natal, de 1971 a 1974.
Eleição presidencial
Venceu o republicano Gerald Ford na eleição presidencial de 1976, por pequena margem no voto popular e no Colégio Eleitoral. Esteve à frente do governo dos Estados Unidos entre 1977 e 1981, convertendo-se no mediador do primeiro acordo de paz entre um país árabe e Israel. O acordo de Camp David, de 1978, selou uma paz duradoura entre Israel e Egito. Assinado por Menachem Begin, primeiro-ministro israelense, e por Anwar Sadat, presidente do Egito, possibilitou ao líder egípcio a reconquista da península do Sinai, território ocupado pelas tropas israelenses desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Begin e Sadat foram, inclusive, agraciados com o Nobel da Paz por esse acordo. Sadat, inclusive, acabaria sendo assassinado por radicais islâmicos contrários à paz com Israel.
Política de paz
O presidente dos Estados Unidos da América George W. Bush convidou os ex-presidentes George H.W. Bush, Bill Clinton, Jimmy Carter (à direita) e então presidente eleito Barack Obama para uma reunião e almoço na Casa Branca. Foto tirada quarta-feira, 7 de janeiro de 2009 no Salão Oval na Casa Branca.
Carter assinou um tratado com o Panamá, segundo o qual os EUA devolveriam o canal em 2000 ao controle panamenho. O tratado foi assinado com presidente panamenho Omar Torrijos. Carter adotou uma política de distensão com os países comunistas, estabeleceu relações diplomáticas com a China, assinou tratados de SALT-2 com a antiga União Soviética, sobre a redução de armas nucleares e reduziu as tensões diplomáticas de seu país com Cuba, governada por Fidel Castro.
Alguns acordos com Cuba resultaram no estabelecimento de Seção de Interesses (embaixada) dos EUA em Havana e uma cubana em Washington. Também houve acordo pesqueiro com Cuba sobre a delimitação das águas territoriais para a pesca. Carter autorizou que turistas dos EUA visitassem Cuba (Reagan vetaria essa lei), amenizando, além disso, o embargo contra Cuba. Mais de vinte anos depois de sua gestão, em 2002, ele faria visita histórica a Cuba.
Direitos Humanos
Jimmy Carter, ao contrário dos seus antecessores republicanos, influenciou o processo de abertura democrática de países da América Latina, quase todos então governados por ditaduras militares. Em 1977, Carter encontrou-se com o então presidente brasileiro Ernesto Geisel e influenciou a ala de militares brasileiros ligados a Geisel para um processo de abertura, que seria continuado por João Figueiredo.
Controvérsias
Antes de Carter projetar-se mundialmente como o presidente dos EUA, fôra governador da Geórgia, um estado tradicionalmente governado por democratas. Este partido, no sul, foi responsável por impor as leis Jim Crow. Durante a eleições em 1970, questões raciais era alvo de debates, e Carter, nas primárias, criticou seu adversário Carl Sanders por apoiar Martin Luther King Jr., em um esforço para tirar votos brancos de Sanders. Carter disse: "Eu posso vencer esta eleição sem um único voto negro" . Carter foi eleito governador, com visões progressistas, pró-aborto e contra a pena de morte. Não recebeu quase nenhum apoio da comunidade Afro-americana. Entretanto, em 2008, defendeu a candidatura de Barack Obama, chamando seus oposicionistas de racistas.
Embora seu governo tenha sido marcado pelo uso da diplomacia para garantir a paz mundial, diminuindo o tom beligerante da Guerra Fria, e pela prioridade dada a questões sociais, Carter adquiriu reputação de parcimônia e indecisão - características que não foram bem recebidas pelo eleitorado americano.
Após a Revolução Iraniana de 1979 e o sequestro de 52 funcionários da embaixada norte-americana em Teerã, foi acusado de ineficiência na administração do caso.
Também em 1979 a União Soviética ocupou militarmente o Afeganistão por razões políticas, e muitos americanos acreditaram que Carter poderia ter agido com mais dureza para evitar esta crise. O gesto mais significativo de Carter contra a intervenção soviética foi o de boicotar os Jogos Olímpicos de 1980, que seriam disputados em Moscou. Além disso, uma recessão na economia estadunidense no período contribuiu para que as suas chances de reeleição fossem praticamente nulas.
Derrotado pelo republicano Ronald Reagan nas eleições de 1980, o ex-presidente retornou à Geórgia e criou o Carter Center para promover os direitos humanos, o avanço das democracias e a busca de soluções pacíficas para conflitos internacionais. Também foi observador internacional de muitas eleições em países que voltavam ao regime democrático ou que tentavam implantar tal regime em substituição a ditaduras.
Por suas ações no intuito de promover a paz mundial, direitos humanos, democracia e tendo sido mediador em diversas questões conflitivas ao redor do globo, foi agraciado, no ano de 2002, com o Nobel da Paz.
No Brasil
Em 1972, ainda como governador do estado da Geórgia, Jimmy visitou o Brasil. Nesta ocasião visitou a cidade de Americana, SP tendo se interessado pelos descendentes de americanos que lutaram pela confederação. No dia 3 de maio de 2009, Jimmy foi agraciado pelo governador do estado de São Paulo, José Serra, com a Ordem do Ipiranga.
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Economia dos EUA tem forte recuperação e cresce 4% no 2º tri
Economia dos EUA tem forte recuperação e cresce 4% no 2º tri
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Traders na Bolsa de Nova York. 28/07/2014 REUTERS/Lucas Jackson
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O crescimento da economia dos Estados Unidos acelerou mais que o esperado no segundo trimestre e a contração no período anterior foi menos severa do que o relatado anteriormente, fortalecendo as perspectivas de um desempenho mais forte nos últimos seis meses do ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) expandiu a uma taxa anual de 4,0 por cento no segundo trimestre após encolher 2,1 por cento no primeiro trimestre, segundo número revisado, informou o Departamento do Comércio nesta quarta-feira.
Isso levou o PIB para acima da tendência de crescimento potencial da economia, que analistas colocam em algo entre 2 por cento e 2,5 por cento. Economistas consultados pela Reuters esperavam que a economia cresceria a uma taxa de 3,0 por cento no segundo trimestre, depois da contração relatada anteriormente de 2,9 por cento.
Após os dados, as bolsas norte-americanas abriram em alta e os rendimentos dos Treasuries dos EUA subiram. O dólar atingiu máxima de sete semanas contra o iene e recorde de oito meses ante o euro. A economia cresceu 0,9 por cento no primeiro semestre deste ano e o crescimento em 2014 como um todo pode ficar em média acima de 2 por cento. A contração no primeiro trimestre, que foi em grande parte relacionada ao clima, foi a maior em cinco anos.
O crescimento do emprego, cuja criação de vagas superou a marca de 200 mil em cada um dos últimos cinco meses, e leituras fortes sobre os setores industrial e de serviços do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) sustentam as expectativas altistas para o resto do ano.
O governo também publicou revisões de dados anteriores do PIB que vão até 1999, mostrando que a economia teve um desempenho muito mais forte na segunda metade de 2013 e para aquele ano como um todo do que relatado anteriormente.
DE OLHO NO FED Economia dos EUA tem forte recuperação e cresce 4% no 2º tri
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Traders na Bolsa de Nova York. 28/07/2014 REUTERS/Lucas Jackson
Os dados do PIB, que foram divulgados horas antes das autoridades do Federal Reserve concluírem dois dias de reunião, podem alimentar o debate sobre se o banco central norte-americano pode precisar elevar a taxa de juros um pouco antes do era esperado.
O crescimento no segundo trimestre deveu-se principalmente aos gastos de consumidores e a uma guinada nos estoques de empresas.
O crescimento dos gastos de consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, acelerou a um ritmo de 2,5 por cento, uma vez que consumidores norte-americanos compraram bens manufaturados duráveis e gastaram um pouco mais em serviços.
Os gastos dos consumidores haviam desacelerado para 1,2 por cento no primeiro trimestre devido a gastos fracos com saúde.
Os estoques por sua vez contribuíram com 1,66 ponto percentual ao crescimento do PIB, após terem tirado 1,16 ponto no primeiro trimestre.
A economia também recebeu um impulso de investimentos de empresas, gastos do governo e investimentos em construção de moradias.
O comércio, no entanto, pesou pelo segundo trimestre consecutivo uma vez que parte do aumento na demanda doméstica foi atendida por um salto nas importações. A demanda doméstica cresceu a uma taxa de 2,8 por cento, ritmo mais rápido desde o terceiro trimestre de 2011, ante um crescimento de 0,7 por cento no primeiro trimestre.
A demanda sólida, que ressalta o fortalecimento dos fundamentos da economia, levou à aceleração das pressões de preços no segundo trimestre, uma consequência comemorada por autoridades do Fed que há muito se preocupam com o nível muito baixo da inflação.
Um índice de preços no relatório subiu a uma taxa de 2,3 por cento no segundo trimestre, o mais rápido em três anos, após ter avançado 1,4 por cento no período anterior.
O núcleo de preços, que desconsidera custos de alimentos e energia, avançou 2,0 por cento, nível mais alto desde o primeiro trimestre de 2012, contra 1,2 por cento no primeiro trimestre.
(Reportagem de Richard Leong em Nova York)
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Traders na Bolsa de Nova York. 28/07/2014 REUTERS/Lucas Jackson
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O crescimento da economia dos Estados Unidos acelerou mais que o esperado no segundo trimestre e a contração no período anterior foi menos severa do que o relatado anteriormente, fortalecendo as perspectivas de um desempenho mais forte nos últimos seis meses do ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) expandiu a uma taxa anual de 4,0 por cento no segundo trimestre após encolher 2,1 por cento no primeiro trimestre, segundo número revisado, informou o Departamento do Comércio nesta quarta-feira.
Isso levou o PIB para acima da tendência de crescimento potencial da economia, que analistas colocam em algo entre 2 por cento e 2,5 por cento. Economistas consultados pela Reuters esperavam que a economia cresceria a uma taxa de 3,0 por cento no segundo trimestre, depois da contração relatada anteriormente de 2,9 por cento.
Após os dados, as bolsas norte-americanas abriram em alta e os rendimentos dos Treasuries dos EUA subiram. O dólar atingiu máxima de sete semanas contra o iene e recorde de oito meses ante o euro. A economia cresceu 0,9 por cento no primeiro semestre deste ano e o crescimento em 2014 como um todo pode ficar em média acima de 2 por cento. A contração no primeiro trimestre, que foi em grande parte relacionada ao clima, foi a maior em cinco anos.
O crescimento do emprego, cuja criação de vagas superou a marca de 200 mil em cada um dos últimos cinco meses, e leituras fortes sobre os setores industrial e de serviços do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) sustentam as expectativas altistas para o resto do ano.
O governo também publicou revisões de dados anteriores do PIB que vão até 1999, mostrando que a economia teve um desempenho muito mais forte na segunda metade de 2013 e para aquele ano como um todo do que relatado anteriormente.
DE OLHO NO FED Economia dos EUA tem forte recuperação e cresce 4% no 2º tri
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Traders na Bolsa de Nova York. 28/07/2014 REUTERS/Lucas Jackson
Os dados do PIB, que foram divulgados horas antes das autoridades do Federal Reserve concluírem dois dias de reunião, podem alimentar o debate sobre se o banco central norte-americano pode precisar elevar a taxa de juros um pouco antes do era esperado.
O crescimento no segundo trimestre deveu-se principalmente aos gastos de consumidores e a uma guinada nos estoques de empresas.
O crescimento dos gastos de consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, acelerou a um ritmo de 2,5 por cento, uma vez que consumidores norte-americanos compraram bens manufaturados duráveis e gastaram um pouco mais em serviços.
Os gastos dos consumidores haviam desacelerado para 1,2 por cento no primeiro trimestre devido a gastos fracos com saúde.
Os estoques por sua vez contribuíram com 1,66 ponto percentual ao crescimento do PIB, após terem tirado 1,16 ponto no primeiro trimestre.
A economia também recebeu um impulso de investimentos de empresas, gastos do governo e investimentos em construção de moradias.
O comércio, no entanto, pesou pelo segundo trimestre consecutivo uma vez que parte do aumento na demanda doméstica foi atendida por um salto nas importações. A demanda doméstica cresceu a uma taxa de 2,8 por cento, ritmo mais rápido desde o terceiro trimestre de 2011, ante um crescimento de 0,7 por cento no primeiro trimestre.
A demanda sólida, que ressalta o fortalecimento dos fundamentos da economia, levou à aceleração das pressões de preços no segundo trimestre, uma consequência comemorada por autoridades do Fed que há muito se preocupam com o nível muito baixo da inflação.
Um índice de preços no relatório subiu a uma taxa de 2,3 por cento no segundo trimestre, o mais rápido em três anos, após ter avançado 1,4 por cento no período anterior.
O núcleo de preços, que desconsidera custos de alimentos e energia, avançou 2,0 por cento, nível mais alto desde o primeiro trimestre de 2012, contra 1,2 por cento no primeiro trimestre.
(Reportagem de Richard Leong em Nova York)
terça-feira, 29 de julho de 2014
História No Século XX: Em 1979 Egito e Israel assinam o Acordo de Camp David
Sadat, Carter e Begin selaram o acordo histórico
1979: Egito e Israel assinam o Acordo de Camp David
No dia 26 março de 1979, em cerimônia na Casa Branca, é assinado o primeiro acordo de paz entre um país árabe e Israel. O documento é um dos mais importantes marcos no processo de paz no Oriente Médio.
O acordo entrou para a história como a Paz de Camp David, em referência à residência de verão dos presidentes dos Estados Unidos. As negociações de novembro de 1978 duraram doze dias e removeram os últimos obstáculos à assinatura do documento.
Para o então presidente do Egito, Anwar Al Sadat, a paz com Israel teve significado histórico, quase divino. "Aqueles entre nós que se sentem unidos nesta visão não podem negar a dimensão sagrada de nossa missão. O povo egípcio, com sua compreensão histórica e herança única, entendeu desde o início o valor e o significado deste empreendimento ousado", declarou.
Preparativos
Um ano e meio antes, em contatos secretos, Sadat começara a preparar a paz com os israelenses. Tanto o Egito quanto Israel consideravam-se vencedores da Guerra do Yom Kippur (o Dia do Perdão, na religião judaica), que durara 19 dias, em outubro de 1973. Esse sentimento possibilitava negociações em pé de igualdade entre os dois países.
Em Israel, Menachem Begin vencera surpreendentemente as eleições. Dele não se esperava uma adesão ao processo de paz, já que, como líder nacionalista, sempre sonhara com um grande Estado de Israel.
Talvez Sadat tenha tomado a iniciativa justamente por causa da piora das chances de paz. O líder egípcio declarou no parlamento que iria "até o fim do mundo, até mesmo ao Knesset (Parlamento israelense)", em busca da solução pacífica para o conflito no Oriente Médio.
Seu discurso foi aplaudido por deputados e visitantes, entre eles o líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, mas para a maioria não passava de mera retórica.
Israel corresponde
Pressionado, Begin acabou convidando Sadat para uma visita de surpresa a Jerusalém, em novembro de 1977, num gesto que abriu definitivamente o caminho para o acordo de paz.
Após esse primeiro contato, sucederam-se negociações aparentemente fáceis sobre a retirada das tropas israelenses da península do Sinai e a criação de uma autonomia para os territórios palestinos.
Os acordos de paz egípcio-israelenses foram negociados em 1978 e completados no ano seguinte em Camp David, com mediação decisiva do então presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter.
Árabes isolam Egito.
Perplexo, o mundo árabe rompeu relações com o Egito e transferiu a sede da Liga Árabe para a Tunísia. A OLP rejeitou a ideia de autonomia que, 15 anos mais tarde, aceitaria em Oslo, como primeiro passo rumo à almejada independência.
Sadat sequer chegou a ver completada a retirada das tropas israelenses do Sinai. Em outubro de 1981, foi assassinado por fundamentalistas muçulmanos, que o acusavam de "haver traído o mundo árabe com o acordo de paz".
Mesmo sob resistência interna da direita, Israel devolveu o Sinai aos egípcios em 1982 e os dois estados estabeleceram relações diplomáticas. O destino da Faixa de Gaza ficou indefinido, à espera de uma solução para a questão palestina.
Acordo rende Nobel
A paz entre Egito e Israel foi avaliada internacionalmente como sinal de tanta esperança que os signatários do acordo de 26 de março de 1979 receberam o Prêmio Nobel da Paz.
Um acordo histórico de devolução dos territórios palestinos só seria assinado entre a OLP e Israel em setembro de 1993. O conflito na região, porém, prossegue, apesar das inúmeras tentativas de mediação de paz no Oriente Médio.
http://www.dw.de/
1979: Egito e Israel assinam o Acordo de Camp David
No dia 26 março de 1979, em cerimônia na Casa Branca, é assinado o primeiro acordo de paz entre um país árabe e Israel. O documento é um dos mais importantes marcos no processo de paz no Oriente Médio.
O acordo entrou para a história como a Paz de Camp David, em referência à residência de verão dos presidentes dos Estados Unidos. As negociações de novembro de 1978 duraram doze dias e removeram os últimos obstáculos à assinatura do documento.
Para o então presidente do Egito, Anwar Al Sadat, a paz com Israel teve significado histórico, quase divino. "Aqueles entre nós que se sentem unidos nesta visão não podem negar a dimensão sagrada de nossa missão. O povo egípcio, com sua compreensão histórica e herança única, entendeu desde o início o valor e o significado deste empreendimento ousado", declarou.
Preparativos
Um ano e meio antes, em contatos secretos, Sadat começara a preparar a paz com os israelenses. Tanto o Egito quanto Israel consideravam-se vencedores da Guerra do Yom Kippur (o Dia do Perdão, na religião judaica), que durara 19 dias, em outubro de 1973. Esse sentimento possibilitava negociações em pé de igualdade entre os dois países.
Em Israel, Menachem Begin vencera surpreendentemente as eleições. Dele não se esperava uma adesão ao processo de paz, já que, como líder nacionalista, sempre sonhara com um grande Estado de Israel.
Talvez Sadat tenha tomado a iniciativa justamente por causa da piora das chances de paz. O líder egípcio declarou no parlamento que iria "até o fim do mundo, até mesmo ao Knesset (Parlamento israelense)", em busca da solução pacífica para o conflito no Oriente Médio.
Seu discurso foi aplaudido por deputados e visitantes, entre eles o líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, mas para a maioria não passava de mera retórica.
Israel corresponde
Pressionado, Begin acabou convidando Sadat para uma visita de surpresa a Jerusalém, em novembro de 1977, num gesto que abriu definitivamente o caminho para o acordo de paz.
Após esse primeiro contato, sucederam-se negociações aparentemente fáceis sobre a retirada das tropas israelenses da península do Sinai e a criação de uma autonomia para os territórios palestinos.
Os acordos de paz egípcio-israelenses foram negociados em 1978 e completados no ano seguinte em Camp David, com mediação decisiva do então presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter.
Árabes isolam Egito.
Perplexo, o mundo árabe rompeu relações com o Egito e transferiu a sede da Liga Árabe para a Tunísia. A OLP rejeitou a ideia de autonomia que, 15 anos mais tarde, aceitaria em Oslo, como primeiro passo rumo à almejada independência.
Sadat sequer chegou a ver completada a retirada das tropas israelenses do Sinai. Em outubro de 1981, foi assassinado por fundamentalistas muçulmanos, que o acusavam de "haver traído o mundo árabe com o acordo de paz".
Mesmo sob resistência interna da direita, Israel devolveu o Sinai aos egípcios em 1982 e os dois estados estabeleceram relações diplomáticas. O destino da Faixa de Gaza ficou indefinido, à espera de uma solução para a questão palestina.
Acordo rende Nobel
A paz entre Egito e Israel foi avaliada internacionalmente como sinal de tanta esperança que os signatários do acordo de 26 de março de 1979 receberam o Prêmio Nobel da Paz.
Um acordo histórico de devolução dos territórios palestinos só seria assinado entre a OLP e Israel em setembro de 1993. O conflito na região, porém, prossegue, apesar das inúmeras tentativas de mediação de paz no Oriente Médio.
http://www.dw.de/
Homens que marcaram O Século XX: Anwar Al Sadat
Anwar Al Sadat
3º Presidente do Egito Egito
Mandato :2 de setembro de 1971
a 6 de outubro de 1981
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Muhammad Anwar Al Sadat (Mit Abu al-Kum, Monufia, 25 de dezembro de 1918 — Cairo, 6 de outubro de 1981) foi um militar e político egípcio, presidente do seu país de 1970 a 1981. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1978.
Foi membro fundador da Movimento dos Oficiais Livres, com Gamal Abdel Nasser. Comprometido com o nacionalismo egípcio, foi feito prisioneiro pelos britânicos por ser agente alemão em 1942, e novamente, em (1946-9), por atos terroristas.
Participou do golpe de 1952, que derrubou o rei Farouk e que levou Nasser ao poder. Sucedeu a Nasser como presidente do Egito (1970-1981). Em 1972, dispensou a missão soviética em seu país e, em 1974, após perder militarmente a guerra de Iom Kippur (1973), recuperou, no acordo de separação de forças, o canal de Suez das mãos de Israel.
Em um esforço para acelerar um acordo no Oriente Médio, visitou Israel, em 1977, fato que marcou o primeiro reconhecimento daquele país por um país árabe, tendo gerado fortes condenações de grande parte do mundo árabe. Encontrou-se novamente com o primeiro-ministro israelense Menachem Begin em Camp David, Maryland, Estados Unidos (1978), sob a chancela do então presidente americano Jimmy Carter e assinou um tratado de paz com Israel em 1979, em Washington, DC.
Trajetória
Nascido numa família egipto-sudanesa pobre, de treze filhos e filhas, formou-se na Academia Real Militar no Cairo, diplomando-se em 1938 e atuando no corpo de telecomunicações. Participou do Movimento dos Oficiais Livres, cujo objetivo era libertar o Egito do controle britânico.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, foi aprisionado pelos britânicos pois, em suas atividades contra a ocupação britânica, havia procurado obter ajuda do Eixo, participando de uma rede de espionagem em favor do Afrika Korps. Em 1944, consegue fugir, mas, em 1946, é preso novamente, após ser implicado na morte do ministro pró-britânico Amīn ʿUthmān, permanecendo na prisão até 1948.
Em 1952, participou do golpe de Estado que destronou o Rei Farouk I. Mais tarde, em 1969, depois de exercer várias posições no governo egípcio, foi escolhido para vice-presidente do presidente Gamal Abdal Nasser. Quando este morreu, no ano seguinte, Sadat tornou-se presidente.
Em 1973, Sadat, junto com a Síria, liderou o Egito na Guerra do Yom Kippur contra Israel, tentando recuperar partes da Península do Sinai, que fora conquistada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Quando Israel prevalecia nesse conflito, a primeira vitória de Sadat guiou a restauração da moral egípcia, preparando o terreno para um acordo de paz que viria muitos anos depois. Por este motivo, Sadat ficou conhecido como o "Herói da Cruzada".
Em 19 de Novembro de 1977, Sadat torna-se o primeiro líder árabe a visitar oficialmente Israel, altura em que se encontrou com o primeiro-ministro israelense Menachem Begin e falou perante o Knesset, em Jerusalém. Fez a visita a convite de Begin, na tentativa de obter um acordo de paz permanente, enquanto muitos do mundo árabe se sentiram ultrajados por essa aproximação com Israel. Em 1978, tal tentativa resulta no Acordo de Camp David, pelo qual Sadat e Begin recebem o Prêmio Nobel da Paz.
Entretanto, a ação foi extremamente impopular no Mundo Árabe, e especialmente entre os fundamentalistas muçulmanos, que acreditavam que apenas a ameaça ou o uso da força faria Israel negociar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e o acordo de Camp David removia as possibilidades do Egito, maior potência militar árabe, ser parte dessa ameaça. Como parte do acordo, Israel retirou-se da Península do Sinai, retornando a área inteira para o Egito em 1983.
Assassinato
Em 6 de Outubro de 1981, Sadat é assassinado durante uma parada militar no Cairo por membros da Jihad Islâmica Egípcia infiltrados no exército e que eram parte da organização egípcia que se opunha ao acordo de paz com Israel e a entrega da Faixa de Gaza para o Estado Judeu. Foi sucedido pelo seu vice-presidente Hosni Mubarak. Encontra-se sepultado no Monumento ao Soldado Desconhecido, Cairo no Egito.
Família
Sadat foi casado duas vezes. Divorciado de Ehsan Madi, casou com Jehan Raouf (mais tarde conhecida como Jihan Sadat), que tinha apenas 16 anos, em 29 de Maio de 1949. Tiveram três filhas e um filho. Jihan Sadat recebeu o prêmio Pearl S. Buck de 2001.
A autobiografia de Anwar Sadat, Em Busca da Identidade foi publicado nos Estados Unidos em 1977.
3º Presidente do Egito Egito
Mandato :2 de setembro de 1971
a 6 de outubro de 1981
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Muhammad Anwar Al Sadat (Mit Abu al-Kum, Monufia, 25 de dezembro de 1918 — Cairo, 6 de outubro de 1981) foi um militar e político egípcio, presidente do seu país de 1970 a 1981. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1978.
Foi membro fundador da Movimento dos Oficiais Livres, com Gamal Abdel Nasser. Comprometido com o nacionalismo egípcio, foi feito prisioneiro pelos britânicos por ser agente alemão em 1942, e novamente, em (1946-9), por atos terroristas.
Participou do golpe de 1952, que derrubou o rei Farouk e que levou Nasser ao poder. Sucedeu a Nasser como presidente do Egito (1970-1981). Em 1972, dispensou a missão soviética em seu país e, em 1974, após perder militarmente a guerra de Iom Kippur (1973), recuperou, no acordo de separação de forças, o canal de Suez das mãos de Israel.
Em um esforço para acelerar um acordo no Oriente Médio, visitou Israel, em 1977, fato que marcou o primeiro reconhecimento daquele país por um país árabe, tendo gerado fortes condenações de grande parte do mundo árabe. Encontrou-se novamente com o primeiro-ministro israelense Menachem Begin em Camp David, Maryland, Estados Unidos (1978), sob a chancela do então presidente americano Jimmy Carter e assinou um tratado de paz com Israel em 1979, em Washington, DC.
Trajetória
Nascido numa família egipto-sudanesa pobre, de treze filhos e filhas, formou-se na Academia Real Militar no Cairo, diplomando-se em 1938 e atuando no corpo de telecomunicações. Participou do Movimento dos Oficiais Livres, cujo objetivo era libertar o Egito do controle britânico.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, foi aprisionado pelos britânicos pois, em suas atividades contra a ocupação britânica, havia procurado obter ajuda do Eixo, participando de uma rede de espionagem em favor do Afrika Korps. Em 1944, consegue fugir, mas, em 1946, é preso novamente, após ser implicado na morte do ministro pró-britânico Amīn ʿUthmān, permanecendo na prisão até 1948.
Em 1952, participou do golpe de Estado que destronou o Rei Farouk I. Mais tarde, em 1969, depois de exercer várias posições no governo egípcio, foi escolhido para vice-presidente do presidente Gamal Abdal Nasser. Quando este morreu, no ano seguinte, Sadat tornou-se presidente.
Em 1973, Sadat, junto com a Síria, liderou o Egito na Guerra do Yom Kippur contra Israel, tentando recuperar partes da Península do Sinai, que fora conquistada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Quando Israel prevalecia nesse conflito, a primeira vitória de Sadat guiou a restauração da moral egípcia, preparando o terreno para um acordo de paz que viria muitos anos depois. Por este motivo, Sadat ficou conhecido como o "Herói da Cruzada".
Em 19 de Novembro de 1977, Sadat torna-se o primeiro líder árabe a visitar oficialmente Israel, altura em que se encontrou com o primeiro-ministro israelense Menachem Begin e falou perante o Knesset, em Jerusalém. Fez a visita a convite de Begin, na tentativa de obter um acordo de paz permanente, enquanto muitos do mundo árabe se sentiram ultrajados por essa aproximação com Israel. Em 1978, tal tentativa resulta no Acordo de Camp David, pelo qual Sadat e Begin recebem o Prêmio Nobel da Paz.
Entretanto, a ação foi extremamente impopular no Mundo Árabe, e especialmente entre os fundamentalistas muçulmanos, que acreditavam que apenas a ameaça ou o uso da força faria Israel negociar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e o acordo de Camp David removia as possibilidades do Egito, maior potência militar árabe, ser parte dessa ameaça. Como parte do acordo, Israel retirou-se da Península do Sinai, retornando a área inteira para o Egito em 1983.
Assassinato
Em 6 de Outubro de 1981, Sadat é assassinado durante uma parada militar no Cairo por membros da Jihad Islâmica Egípcia infiltrados no exército e que eram parte da organização egípcia que se opunha ao acordo de paz com Israel e a entrega da Faixa de Gaza para o Estado Judeu. Foi sucedido pelo seu vice-presidente Hosni Mubarak. Encontra-se sepultado no Monumento ao Soldado Desconhecido, Cairo no Egito.
Família
Sadat foi casado duas vezes. Divorciado de Ehsan Madi, casou com Jehan Raouf (mais tarde conhecida como Jihan Sadat), que tinha apenas 16 anos, em 29 de Maio de 1949. Tiveram três filhas e um filho. Jihan Sadat recebeu o prêmio Pearl S. Buck de 2001.
A autobiografia de Anwar Sadat, Em Busca da Identidade foi publicado nos Estados Unidos em 1977.
ne10/ GREVE DOS RODOVIÁRIOS Motoristas param ônibus na Avenida Agamenon Magalhães
http://jconline.ne10.uol.com.br/
GREVE DOS RODOVIÁRIOS
Motoristas param ônibus na Avenida Agamenon Magalhães
Com ônibus estacionados nas ruas, passageiros enfrentam atrasos e grandes filas nos terminais
Publicado em 29/07/2014,
Do JC Online
Trânsito lento na Avenida Agamenon Magalhães / Foto: Nigro / JC Imagem
Trânsito lento na Avenida Agamenon Magalhães
Foto: Nigro / JC Imagem
A frota de ônibus circulando na manhã desta terça-feira, segundo dia de greve dos rodoviários chegou a 71%, de acordo com informações do sindicato dos empresários de ônibus (Urbana-PE). O que muitos passageiros temiam aconteceu, em meio a uma manhã chuvosa, ônibus pararam e os usuários foram obrigados a descer dos veículos em plena Avenida Agamenon Magalhães. Representantes do sindicato dos rodoviários pretendiam seguir em direção ao Parque Treze de maio, na área central, para bloquear a passagem dos ônibus, mas desistiram.
Terça começa com chuva e motoristas de ônibus fazendo operação tartaruga
Cerca de 50 veículos pararam na Avenida Agamenon Magalhães, área central do Recife e estão ocupando da faixa da direita tanto da via local quanto da principal. Os passageiros são obrigados a saltar, uma vez que os veículos não seguem viagem. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benício Grilo, o sindicato marcou essa mobilização, no cruzamento da avenida com a Praça do Derby, para fazer concentração porque às 15h a categoria vai participar de audiencia de conciliação no TRT.
A CTTU se encontra no local, com 4 agente e 4 orientadores, para orientar os condutores e tentar conversar com os motoristas dos ônibus para que os mesmos sigam caminho. O trânsito na Avenida se encontra lento, mas sem retenções. O ponto mais crítico é o cruzumento entre a Rua Buenos Aires e a Avenida Agamenon Magalhães, sentido Boa Viagem. A Polícia Militar também está no local para organizar o trânsito e impedir incidentes.
Benício se mostrou satisfeito com a adesão dos motoristas e cobradores. "Estamos lutando pelo bem deles, da categoria", afirmou. Sindicato reinvidica aumento salarial de 10%, como proposto pelo MPT, e aumento no valor do tíquete-refeição de R$ 171 para R$ 180, para motoristas, cobradores e fiscais de ônibus.
A decisão liminar expedida na última semana pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinava que 100% das frotas deveriam circular. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Grilo, a categoria tentou, desde o início da manhã de ontem, cumprir a determinação do TRT, mas as próprias companhias de ônibus impediram os grevistas de trabalhar, reduzindo o número de veículos que saíam das garagens e contratando motoristas e cobradores terceirizados.
Cerca de 2 milhões de passageiros utilizam o transporte diariamente na Região Metropolitana e devem sofrer com a greve. O sistema de ônibus conta, hoje, com frota de aproximadamente 3 mil veículos, divididos em 385 linhas e 18 empresas operadoras de ônibus. Em média, são feitas 25 mil viagens por dia, nos mais 15 terminais integrados.
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