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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Vladimir Putin, 4º Presidente da Rússia Rússia






Origem: Wikipédia


Vladimir Putin, 4º Presidente da Rússia Rússia

Vladimir Vladimirovitch Putin, em russo: Loudspeaker.svg? Влади́мир Влади́мирович Пу́тин (Leningrado, 7 de outubro de 1952), é o atual presidente da Rússia, além de ex-agente do KGB no departamento exterior e chefe dos serviços secretos soviético e russo, KGB e FSB, respectivamente. Putin exerceu a presidência entre 2000 e 2008, além de ter sido primeiro-ministro em duas oportunidades, a primeira entre 1999 e 2000, e a segunda entre 2008 e 2012.

Putin tem governado a Rússia desde a resignação de Boris Iéltsin, em 1999. Seu primeiro governo foi marcado por profundas reformas políticas e econômicas, pelo estadismo, por novas tensões com os Estados Unidos e Europa Ocidental, pela rigidez com os rebeldes chechenos e pelo resgate do nacionalismo russo, atitudes que lembram em parte o regime soviético. Entre os eventos mais notáveis de seu governo, estão o decreto que permite a indicação dos governadores dos distritos russos pelo próprio presidente,   a restauração do controle russo sobre a república separatista da Chechênia,  os assassinatos não esclarecidos de seus opositores políticos Anna Politkovskaia e Alexander Litvinenko,  o fim do colapso econômico russo,  a estatização de setores estratégicos que até então estavam nas mãos dos oligarcas russos e as consequentes prisões de muitos deles e vários desacordos diplomáticos com a OTAN,  sendo o mais memorável deles a discussão quanto ao estabelecimento de mísseis no Leste Europeu, que levou Putin a criticar publicamente a política internacional norte-americana.

Por dezesseis anos, Putin foi oficial do KGB, o serviço secreto da União Soviética, chegando à patente de tenente-coronel. Ele se aposentaria das atividades militares para ingressar na política, em sua cidade, São Petersburgo, em 1991. Se mudou para Moscou em 1996, para que fizesse parte da administração do então presidente Boris Iéltsin, em qual cresceu rapidamente, tornando-se presidente interino em 31 de Dezembro de 1999, quando o presidente Iéltsin renunciou ao cargo inesperadamente. Putin venceria a eleição do ano seguinte, tornando-se de fato Presidente da Rússia, sendo reeleito em 2004.  Putin foi impedido de concorrer para um terceiro mandato em 2008, já que, na época, a Constituição russa só permitia dois mandatos consecutivos. Assim sendo, seu aliado Dmitri Medvedev seria seu sucessor, o que levaria à escolha de Putin como primeiro-ministro do país, cargo que ele manteve até o final da presidência de Medvedev. Em Setembro de 2011, Putin anunciou que concorreria a um terceiro mandato nas eleições do ano seguinte, gerando diversos protestos nas principais cidades do país. Como esperado, Putin foi reeleito por mais seis anos, em seu terceiro mandato, que tem fim previsto para 2018.  Em 2014 protegeu, pelo menos alegou, os cidadãos russos, e não só, na República da Crimeia, que pouco tempo antes se tornara independente da Ucrânia. O povo da Crimeia festejou os resultados do referendo em que se tornou polémico por a NATO e EUA inclusive não aceitarem os resultados do mesmo.

Putin tem sido amplamente responsabilizado pelo retorno da estabilidade política e do progresso econômico da Rússia, pondo fim à crise dos anos 1990. Durante a primeira gestão de Putin (1999-2008), o lucro real aumentou em fator 2.5, e os salários mais que triplicaram. O desemprego e a pobreza caíram em mais da metade, e a satisfação de vida da população russa aumentou significantemente. O primeiro governo de Putin foi marcado pelo grande crescimento econômico: a economia russa cresceu diretamente em oito anos, observando um aumento de 72% no PIB.  Essas conquistas foram atribuídas pelos analistas à boa gestão macroeconômica, a importantes reformas fiscais, ao aumento do fluxo de capitais, ao acesso às finanças externas de baixo custo e a um aumento de cinco vezes no preço do petróleo e gás, que constituem os principais produtos de exportação da Rússia.

Como presidente da Rússia, Putin transformou em lei um aumento de 13% na taxa proporcional da receita, uma taxa reduzida de impostos sobre a receita, e novos códigos legais territoriais. Como primeiro-ministro, Putin foi responsável por reformas militar e policial de larga escala. Sua política energética afirmou a posição da Rússia como superpotência em energia. Putin apoiou indústrias de alta-tecnologia como as nucleares e de defesa. Um aumento no investimento de capital estrangeiro  contribuiu pela explosão em certos setores, como na indústria automotiva. O desenvolvimento sob Putin incluiu a construção de oleodutos e gasodutos, a restauração do sistema de navegação por satélite GLONASS e a construção de infraestrutura para eventos internacionais.

Na Rússia, a liderança de Putin goza de considerável popularidade, com altas taxas de aprovação geral. Por outro lado, várias de suas ações têm sido caracterizadas pela oposição como antidemocráticas. Observadores ocidentais e organizações também juntaram vozes para criticar o governo de Putin. A classificação de 2011 do Índice de Democracia apontou que a Rússia está em "um longo processo de regressão graças à mudança de um governo híbrido para um regime autoritário" sob Putin. Os cabos diplomáticos vazados pelo WikiLeaks alegam que a Rússia se tornou um "Estado mafioso virtual", devido à corrupção sistemática no governo de Putin.  Alguns críticos o descrevem como ditador, alegações que o próprio Putin nega incondicionalmente. Sob Putin, a Rússia modificou suas relações com os Estados Unidos e Reino Unido, já que adotou uma postura mais independente, caracterizada pela política de não-intervenção, contrária à dos norte-americanos e ingleses.  Putin projeta uma imagem pública de aventureiro, homem viril, sempre engajado em atividades perigosas e incomuns. Algumas destas jogadas publicitárias são criticadas ocasionalmente. Assíduo praticante de artes marciais, Putin teve ampla participação no desenvolvimento do esporte russo, sendo o exemplo mais notável a colaboração para fazer da cidade de Sochi a sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014.

Biografia
Infância e juventude

Vladimir Putin aos seis anos, com a mãe, em 1958.
Putin nasceu em 7 de Outubro de 1952 em Leningrado. O pai de Putin, Vladimir Spiridonovitch Putin (1911-1999), participara da Grande Guerra Patriótica, onde foi gravemente ferido. A mãe era Maria Ivanovna Shelomova (1911-1998), que trabalhava em uma fábrica, sobrevivente do Cerco a Leningrado.

Seu avô era um renomado chef de cozinha, que trabalhava para diversas autoridades, cozinhando, inclusive, para Lênin e Stálin. Vladimir Putin era o terceiro filho da família, apesar dos irmãos mais velhos terem morrido ainda na infância.

A família de Putin vivia em um apartamento comunitário de Leningrado. Após ter sido eleito presidente, o próprio Putin afirmou que na infância se divertia com filmes soviéticos de espionagem, e sonhava trabalhar nos órgãos de defesa nacional. Em 1966, ingressou em um instituto técnico, onde estudou química, terminando seus cursos em 1970.

Entre 1970 e 1975, estudou na faculdade de Direito da Universidade Estatal de Leningrado. Lá ingressou no Partido Comunista. Graduou-se em 1975, com a dissertação a respeito da «Cláusula de Nação Mais Favorecida».

Serviços no KGB

Putin como oficial do KGB.
Em 1975, com a graduação, ingressa no Comitê de Segurança Nacional, o KGB.
No mesmo ano, acaba o seu curso preparatório, assumindo o posto de Oficial Júnior, de acordo com o antigo sistema organizacional do KGB.
A partir de 1977, passa a trabalhar no setor de contra-inteligência no departamento investigativo do KGB de Leningrado.
Em 1979, se forma de um curso semestral em Moscou, voltando para Leningrado no mesmo ano.
Em 1985, como Major de Justiça, se especializa em inteligência estrangeira, aprendendo alemão.
Entre 1985 e 1990, trabalhou em Dresden, na Alemanha Oriental, chefiando o departamento de fronteiras.
Após o término de seu serviço e retorno à União Soviética, Putin recusou o serviço na central de inteligência estrangeira, na capital Moscou. Em vez disso, voltou a trabalhar no primeiro departamento do KGB de Leningrado, cuja especialidade era a inteligência territorial. Em 20 de Agosto de 1991, em meio aos golpes de estado que tentavam manter o estado soviético e as manobras que pretendiam consolidar o fim da União Soviética, Putin abandona o KGB, após Anatoli Sobtchak, seu principal aliado, se posicionar contra o serviço secreto, que até então apoiava o golpe a favor da integridade da URSS.

Carreira política

Putin discursa na Praça Vermelha, no coração de Moscou, em 2005.
Em Agosto de 1996, com a derrota de Sobtchak nas eleições para o governo de São Petersburgo, Putin foi a Moscou, onde tornou-se vice-assessor do Presidente da Rússia. Em 25 de Maio de 1998, torna-se primeiro oficial da administração do presidente. A partir de sua posse, torna-se uma das figuras mais influentes do Kremlin.

Um mês depois, torna-se diretor do Serviço Nacional de Segurança da Federação Russa. Putin comandou a complexa e esperada reorganização do FSB, que lhe valeu a promoção para a chefia do comitê de segurança do país, em Março de 1999, tornando-se o primeiro civil a dirigir a polícia secreta.

Em 5 de Agosto de 1999, em um encontro com o presidente Boris Iéltsin, Putin é convidado a assumir o cargo de primeiro-deputado, cargo de confiança do primeiro-ministro, e é rapidamente apontado como o provável sucessor do então presidente, na época já muito doente e temulento.

O governo de Putin


Primeiro-Ministro (1º mandato)
Em 16 de Agosto de 1999, Vladimir Putin foi eleito Primeiro-Ministro da Rússia com 233 votos, e Boris Iéltsin lhe apontou como seu sucessor. A posse de Putin coincidiu com o confronto entre as forças de segurança do Daguestão e guerrilheiros separatistas da Chechênia. Putin chefiou energeticamente a operação de larga-escala, que expeliu completamente os rebeldes chechenos. O combate selou a confiança dos russos em Putin, que no ano seguinte tentaria a eleição para a Presidência, com o objetivo de suceder seu padrinho político. Em 31 de Dezembro de 1999, no tradicional discurso presidencial na passagem de ano, o então presidente Iéltsin renunciou inesperadamente, passando os poderes de presidente para Putin, e adiantando as eleições em três meses.

Presidente (2000-2008)


1º mandato

Prometendo reconstruir o país, Vladimir Putin, presidente em exercício, foi eleito oficialmente presidente da Rússia com mais de 53% dos votos, o que lhe deu uma vitória logo no primeiro turno. Tomou posse em 7 de Maio de 2000, apontando Mikhail Kasianov como seu primeiro-ministro. Como meio de consolidar poder, Putin anunciou um decreto que dividia as 89 subdivisões da Rússia em 7 distritos federais, de forma a facilitar a administração do país.

Durante seu primeiro mandato, Putin procurou esfriar as ambições políticas de alguns dos oligarcas russos, como Boris Berezovski, que de acordo com a BBC, teria "ajudado Putin a ingressar na família, fundando o partido que formou a base parlamentar de Putin".36 Entre 2000 e 2004, Putin conseguiu vencer grandes disputas de poder com os oligarcas, representada pela tomada da YUKOS, uma empresa privada estatizada por Putin, e cujo dono, Mikhail Khodorkovski, foi julgado e condenado a nove anos de prisão por sete crimes, incluindo roubo, fraude e sonegação fiscal. Desta forma, os oligarcas foram intimidados a ponto de alinharem-se ao governo de Putin, resultando na emersão de novos magnatas próximos do presidente.

A reforma legal da Rússia prosperou durante o primeiro mandato de Putin. Particularmente, Putin obteve sucesso na codificação das legislações sobre terra e impostos, que não progrediram na gestão de Iéltsin, por conta das oposições comunista e oligárquica, respectivamente. Outras reformas legais incluíram novos códigos nas legislações trabalhistas, administrativas, comerciais e civis.

O primeiro grande desafio à popularidade de Putin ocorreu em Agosto de 2000, quando ele foi criticado por seus supostos equívocos no desastre com o submarino Kursk.

Em Dezembro de 2000, Putin sancionou uma lei para a mudança do Hino nacional da Rússia. O então hino oficial, uma composição de Mikhail Glinka, não tinha letras. A mudança reestabeleceu a música do hino da União Soviética, composto durante a Segunda Guerra Mundial, em 1944. Uma nova letra foi criada pelo mesmo autor da letra do hino soviético, Serguei Mikhalkov, que manteve o refrão histórico.

Em 2002, em meio à crise do teatro de Dubrovka, quando terroristas tomaram um teatro lotado de Moscou, resultando na invasão policial, que resultou na morte de 130 reféns, era esperado que a popularidade de Putin fosse seriamente afetada. Surpreendentemente, logo após o evento, o presidente desfrutava de uma aprovação sem precedentes - 83% dos russos declararam-se satisfeitos com Putin e o modo como ele lidou com a situação.

Poucos meses antes da eleição, Putin destituiu Kasianov do posto de primeiro-ministro, indicando Mikhail Fradkov como seu novo premier.

Em 2003, um referendo foi realizado na Chechênia, maior ameaça à segurança interna russa dentro de seu próprio território, adotando uma nova constituição que declara a república como parte da Rússia. A Chechênia foi gradualmente estabilizada com a instauração de eleições parlamentares e de um governo regional. Com o decorrer da guerra, a Rússia desmantelou severamente o movimento rebelde checheno, apesar da violência continuar, principalmente na região da Ciscaucásia.
Vladimir Putin comandou a Rússia na Guerra da Chechênia.

2º mandato

Em Março de 2004, Putin é reeleito, recebendo 71% dos votos.

O massacre de Beslan, ocorrido em Setembro de 2004, no qual centenas de civis, incluindo crianças, foram assassinados, fez com que a popularidade de Putin caísse, devido às críticas à sua postura tomada contra os rebeldes chechenos. Putin foi até mesmo acusado de ter comandado o atentado, de forma a justificar a repressão contra os terroristas.  Entre as medidas tomadas após o ato terrorista, Putin tomou uma iniciativa para substituir a eleição direta de governadores das subdivisões federais, de forma que as autoridades fossem nomeadas pelo presidente, e então aprovadas pelos legislativos regionais. Em 2005, Putin criou a Câmara Pública da Rússia.

No mesmo ano, um projeto de prioridade nacional foi iniciado para melhorar a assistência médica, a educação, a moradia e a agricultura. A mudança mais relevante dentro do projeto foi o aumento geral do salário nas áreas médica e educacional, assim como a decisão de modernizar os equipamentos em ambos os setores, durante os anos de 2006 e 2007. Putin anunciou suas intenções de aumentar os benefícios da assistência maternidade e um apoio do estado para cuidados pré-natais. Os programas demográficos do governo levaram a um aumento de 45% na taxa de nascimentos de um segundo filho entre as mulheres, e a um aumento de 60% na taxa de nascimentos de um terceiro filho, segundo dados de 2012.39

O processo criminal contra o então homem mais rico da Rússia e presidente da YUKOS, Mikhail Khodorkovski, ocorrido em 2003, foi visto pela imprensa internacional como uma retaliação pelo apoio financeiro de Khodorkovski aos oponentes liberais e comunistas do Kremlin. O governo afirmou que Khodorkovski estava corrompendo um grande setor da Duma para impedir mudanças no código de impostos. Com a prisão de Khodorkovski, a YUKOS faliu, e as ações da empresa foram vendidas a um valor muito a baixo do seu valor de mercado, compradas principalmente pela estatal Rosneft. O caso YUKOS foi visto pelos analistas ocidentais como um grande passo dado pela Rússia em direção a um sistema de capitalismo de estado.
Um estudo publicado por um instituto do Suomen Pankki em 2008 mostrou que a intervenção estatal teve um impacto positivo na administração de várias companhias russas.

Vladimir Putin interroga o oligarca Mikhail Khodorkovski, antes de sua prisão.
Putin foi criticado pelo que vários observadores consideram uma queda em larga escala da liberdade de imprensa na Rússia. Em 7 de Outubro de 2006, Anna Politkovskaia, uma jornalista que expôs a corrupção dentro do exército russo e sua conduta na Chechênia, foi assassinada no saguão de seu apartamento. A morte de Politkovskaia iniciou um escândalo na mídia ocidental, com acusações de que Putin, na melhor das hipóteses, não foi capaz de proteger a nova mídia independente de seu país.41 42 Quando questionado sobre o assassinato de Politkovskaia durante uma entrevista para a emissora alemão ARD, Putin disse que seu assassinato traz muito mais preocupação para as autoridades russas que suas próprias acusações. Em 2012, os assassinos foram presos e acusaram Boris Berezovski e Akhmed Zakaiev como possíveis clientes.43 A morte por envenenamento de Alexander Litvinenko rendeu ainda mais acusações e críticas à autoridade de Putin, já que Litvinenko, também ex-agente do KGB, era um opositor e crítico de seu governo.44 45 Apesar das críticas à sua posição autoritária, feitas principalmente pela imprensa internacional, Putin teve alto índice de aprovação entre os russos - 77% em julho de 2006.

Em 2007, diversas marchas de protestos foram organizadas por grupos da oposição, comandados pelo campeão de xadrez Garry Kasparov e pelo ativista Eduard Limonov. Desafiando as várias advertências das autoridades, os demais protestos, nas mais diversas cidades russas, foram suspensos pela polícia, terminando com mais de 150 pessoas presas. As marchas receberam pequeno apoio das massas.

Um dos mais publicados discursos de Putin ocorreu em 10 de Fevereiro de 2007, na Conferência de Munique sobre Política de Segurança, e tornou-se conhecido como o "Discurso de Munique", sendo citado pela imprensa como "a virada na política externa da Rússia". Observadores ocidentais afirmaram que este foi o discurso mais firme de um líder russo desde a Guerra Fria. O discurso também foi visto como uma forma que Putin achou para deixar claro o papel da Rússia na política internacional, um papel próximo daquele desempenhado pela União Soviética. O retorno a este "papel" é visto como uma das mais importantes conquistas do governo de Putin. O presidente russo acusou os Estados Unidos de estarem se utilizando da força para impor sua vontade sobre o mundo, além de promover uma nova corrida armamentista. Suas declarações foram rechaçadas indiretamente pelo secretário de segurança norte-americano, Robert Gates, dizendo que "uma guerra fria já havia sido suficiente".
Estamos vendo um desprezo cada vez maior pelos princípios básicos do Direito internacional. Mais do que isso, normas independentes estão, na verdade, quase se tornando todo o sistema legal de um estado único — antes de tudo, claro, dos Estados Unidos — que ultrapassou suas fronteiras nacionais em todas as esferas: na econômica, na política e na humanitária — e as impõe a outras nações. Enfim, quem aprecia isso? A quem isso agrada?
— Vladimir Putin
Em Setembro de 2007, Viktor Zubkov foi indicado por Putin como o novo primeiro-ministro, substituindo Fradkov. Em Dezembro, o partido Rússia Unida conquistou 64% dos votos nas eleições para a Duma. Essa vitória representou o forte apoio popular e confiança na então liderança da Rússia.

Primeiro-Ministro (2º mandato)
Putin como primeiro-ministro, ao lado do então presidente Dmitri Medvedev.
A constituição russa não permite um terceiro mandato, portanto Putin não pôde disputar as eleições de 2008. Em 8 de Maio, no dia seguinte às eleições, Dmitri Medvedev, o presidente eleito, escolheu Putin como seu primeiro-ministro, de modo a manter o poder político de seu partido.

A crise financeira de 2008 afetou duramente a economia russa, interrompendo o fluxo de crédito barato e investimento do Ocidente. Este fato coincidiu com a tensão nas relações entre a União Europeia e os Estados Unidos logo após a Guerra na Ossétia do Sul em 2008, na qual a Rússia derrotou os EUA e a Geórgia, aliada da OTAN. Por outro lado, as largas reservas financeiras acumuladas nos anos em que o preço do petróleo estava em alta foi capaz de salvar o país e lidar com a crise, dando continuidade ao crescimento econômico do país. As medidas anti-crise do governo russo vêm sendo elogiadas pelo Banco Mundial, que disse que em seu relatório de Novembro: "Política fiscal prudente e reservas financeiras substanciais protegeram a Rússia de consequências mais profundas do choque externo." O próprio Putin citou o modo como a Rússia conseguiu lidar com a avalanche de consequências da crise econômica mundial como um dos dois principais proveitos de seu segundo mandato como primeiro-ministro. O outro proveito terá sido a estabilização das taxas de crescimento da população russa no período 2008-2011, após um longo período de colapso demográfico, iniciado nos anos 1990.
No congresso do partido Rússia Unida em Moscou, ocorrido em Setembro de 2011, Medvedev propôs oficialmente que Putin se apresentasse como candidato nas eleições de 2012, proposta que Putin aceitou. Devido ao domínio quase que absoluto do Rússia Unida na política, muitos observadores acreditavam que Putin tinha o terceiro mandato nas mãos. Após as eleições parlamentares de Dezembro, dezenas de milhares de russos se juntaram a protestos contra supostas fraudes eleitorais, naqueles que foram os maiores protestos desde que Putin tornou-se figura principal na política russa. Os participantes do protesto criticaram Putin e o Rússia Unida, exigindo o anulamento dos resultados das eleições. Ironicamente, esses protestos, que foram organizados por líderes da oposição, suscitaram o medo de uma revolução colorida na sociedade, e diversos contra-protestos foram liderados por simpatizantes e partidários de Putin, superando os protestos da oposição. Por ironia, a socialite Ksenia Sobtchak, filha do padrinho político de Putin, Anatoli Sobtchak, foi uma das celebridades que mais fortemente criticaram o governo de Putin nos protestos do final de 2011, manifestando sua indignação com seu terceiro mandato no dia de sua posse.

Presidente (2012-2018)

3º mandato

Em 4 de Março de 2012, Putin venceu as eleições presidenciais no primeiro turno, com 63% dos votos. Enquanto medidas extraordinárias foram tomadas para manter as eleições transparentes, incluindo o uso de webcams na grande maioria dos locais de votação, o resultado foi criticado pela oposição russa e por algumas organizações internacionais por irregularidades perceptíveis. Vários chefes de estado parabenizaram Putin pela vitória nas eleições. O presidente venezuelano Hugo Chávez congratulou pessoalmente Putin pela vitória, afirmando que o presidente russo é "uma força ativa por detrás dos laços estratégicos e de cooperação entre Venezuela e Rússia". O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, também parabenizou Putin, dizendo que está "certo de que, sob sua liderança, a Rússia continuará a trilhar o caminho de sucessos que vem alcançando nos planos interno e internacional e que a sólida parceria com o Brasil será aprofundada, intensificando o denso diálogo político que logramos consolidar nos últimos anos".

Vladimir Putin assume o terceiro mandato, 7 de Maio de 2012.
Protestos anti-Putin ocorreram durante e logo após a campanha presidencial. O protesto mais notório foi a performance do grupo Pussy Riot, em 21 de Fevereiro, e seu subsequente julgamento. Outra manifestação de destaque ocorreu meses depois, quando por volta de 8.000-20.000 manifestantes protestaram em Moscou, em 6 de Maio - dia anterior à posse presidencial - resultando em oito feridos e 450 presos.

Putin tomou posse no complexo do Kremlin, em 7 de Maio de 2012. Em seu primeiro dia como presidente, Putin passou 14 decretos presidenciais, sendo um deles um comprido artigo a respeito dos objetivos de longo prazo da economia russa. Outros decretos foram sobre educação, moradia, treinamento de trabalho especializado, relações com a União Europeia, indústria de defesa, relações interétnicas e outras áreas tratadas por Putin em seu programa político proposto em sua campanha presidencial.   Em Dezembro de 2012, em retaliação à lei Magnitsky — que impões sanções a oficiais russos acusados de violar os direitos humanos — sancionada pelos Estados Unidos, foi aprovada por Putin uma lei que proíbe cidadãos norte-americanos de adotarem crianças russas. Mais de 700 mil crianças vivem em orfanatos na Rússia. Nas últimas duas décadas, 70 mil órfãos russos foram adotados por famílias americanas.A justificativa é que diversas crianças adotadas da Rússia morreram nos Estados Unidos ou foram devolvidas ao país, como foi o caso de Artem Saveliev, de sete anos, que foi colocado sozinho em um avião com destino a Moscou, e de Dima Iakovlev, que morreu após ser esquecido no carro por seu pai adotivo americano. Quando questionado se não seria melhor permitir que as crianças russas fossem viver em países onde as condições de vida são melhores, Putin respondeu com sarcasmo: "Há provavelmente muitos lugares no mundo onde os padrões de vida são maiores do que os nossos. E então, vamos enviar todas as nossas crianças para lá? Talvez devamos nos mudar para lá nós mesmos?".
Em 12 de junho de 2013, em pleno feriado nacional, milhares de pessoas reuniram-se em Moscou para protestar contra o governo de Putin. Entre as exigências, estava a libertação dos manifestantes presos nas ondas de protestos em 2011 e 2012. Alguns dos cartazes apresentavam dizeres como: "Putin vergonha da Rússia" e "Abaixo a autocracia presidencial". Entre os manifestantes, era possível encontrar as tendências mais variadas.

Em março de 2014, motivado pela crise política na Ucrânia, Putin enviou ao Soviete da Federação a proposta de uma intervenção militar na Crimeia, região de maioria russa, após apelo do primeiro-ministro. A proposta foi aceita pelo órgão superior, desagradando às autoridades ocidentais, que condenaram o ato, levando o presidente norte-americano, Barack Obama, a afirmar que “qualquer violação da integridade territorial e soberania da Ucrânia seria profundamente desestabilizadora, e representaria uma séria interferência em matérias que devem ser decididas pela população ucraniana”.

Política


A foice e o martelo, ícones máximos da União Soviética, sob a bandeira pan-eslava, símbolo da Rússia independente, simbolizam o sincretismo político de Putin.
Política interna
A política interna de Putin, principalmente durante seu primeiro mandato, visou a criação de um "poder vertical". Em 13 de Maio de 2000, ele sancionou um decreto dividindo as 89 subdivisões da Rússia entre 7 distritos comandado por representantes nomeados por ele próprio, de forma a facilitar a administração federal. Putin também desenvolveu uma política de crescimento das subdivisões: o número caiu de 89 em 2000 para os atuais 83, após a fusão dos okrugs com demais subdivisões próximas.
Em 2000, a Rússia foi dividida em sete distritos, pondo em prática o "poder vertical" proposto por Putin. Em 2010, o distrito Ciscáucaso (em roxo) foi criado, estabelecendo um novo distrito.
Em Julho de 2000, de acordo com uma lei proposta por Putin e aprovada pelo Soviete Federal, o presidente ganhou o direito de despedir chefes das subdivisões federais. Em 2004, as eleições para governadores por voto direto foi extinta. Esta jogada foi vista como necessária por Putin, para dar um fim às tendências separatistas e livrar-se daqueles governadores que estavam conectados com o crime organizado.  A medida, de fato, parece ter sido temporária, já que em 2012, segundo proposta do presidente Dmitri Medvedev, sucessor de Putin, as eleições para governadores foram reintroduzidas, e junto delas, as reformas de Medvedev também simplificaram o registro de partidos políticos e reduziram o número de assinaturas necessárias por candidatos partidos não-parlamentares para lançar candidatos independentes à presidência, afrouxando a rigidez e restrições impostas pela antiga legislação de Putin.  A rígida legislação eleitoral foi outro motivo para a crítica da mídia independente russa e de observadores estrangeiros, que a chamaram de "anti-democrática".
Em seu primeiro mandato, Putin se esforçou para inibir as ambições políticas de boa parte dos oligarcas russos, resultando no exílio ou prisão de muitos deles, como Boris Berezovski e Mikhail Khodorkovski. Intimidados, outros oligarcas logo se aproximaram do círculo de Putin.

Putin governou diante de uma intensa luta com o crime organizado e o terrorismo que resultou em uma taxa de assassinatos duas vezes menor em 2011, assim como uma redução no número de ações de terroristas no final dos anos 2000.

Putin também obteve êxito nos códigos das legislações sobre terra e impostos, e promulgou novos códigos acerca das legislações trabalhista, administrativa, criminal, comercial e civil. Sob a presidência de Medvedev, o governo de Putin implementou diversas reformas na área da segurança de estado, além da reforma na polícia e no exército.

Política econômica

A economia russa entre a queda da União Soviética e o governo de Medvedev, passando pela crise de 1998 e a recuperação sob Putin.
Sob a administração de Putin, a economia teve ganhos reais em uma média de 7% ao ano (2000: 10%, 2001: 5.1%, 2002: 4.7%, 2003: 7.3%, 2004: 7.2%, 2005: 6.4%, 2006: 8.2%, 2007: 8.5%) , fazendo da Rússia a 7ª maior economia mundial em poder de compra. O PIB nominal russo aumentou em seis vezes, subindo do 22º ao 10º maior do mundo. Em 2007, o PIB russo ultrapassou o da Rússia Soviética em 1990, provando que a economia foi capaz de superar os efeitos devastadores da recessão dos anos 1990, seguinda da trágica moratória de 1998.

Durante os oito anos de Putin na presidência, a indústria cresceu em 76%, os investimentos aumentaram em 125%72 e a produção agrícola também aumentou. Lucros reais mais do que dobraram, e o salário mínimo mensal médio aumentou em sete vezes, de $80 (por volta de R$163) para $640 (por volta de R$1300)73 74 . De 2000 a 2006, o volume do crédito para consumo aumento em 45 vezes, e o número de cidadãos pertencentes à classe média cresceu de 8 milhões para 55 milhões. O número de pessoas vivendo à baixo da linha da pobreza diminui de 30% em 2000 para 14% em 2008.

Em 2001, Putin, que patrocinou políticas econômicas liberais, introduziu uma taxa única de imposto sobre a renda de 13%, e a taxa corporativa também foi reduzida de 35% para 24%.Pequenos negócios também receberam um melhor tratamento. O antigo sistema de altas taxas de impostos foi substituído por um novo sistema em que as companhias podem escolher entre uma taxa de 6% na receita bruta ou uma taxa de 15% nos lucros. A carga geral de impostos é menor na Rússia que na maioria dos países europeus, favorecendo com isso o capitalismo.

Um conceito central na linha econômica de Putin foi a criação dos "campeões nacionais", que integravam companhias de setores estratégicos das quais não se espera somente a busca pelo lucro, mas também um "avanço nos intereses da nação". Como exemplo dessas companhias, estão a Gazprom, a Rosneft e a Corporação de Aviação Unificada.

Parte da receita do petróleo foi para o fundo de estabilização, criado em 2004. O fundo permitiu à Rússia pagar todos os débitos restantes da União Soviética no ano de 2005. No início de 2008, o fundo foi dividido entre o Fundo de Reserva, estabelecido para proteger a Rússia de um possível choque da economia financeira, e o Fundo de Bem-Estar Nacional, cujos lucros serão usados para uma reforma nos auxílios do governo.81 Contudo, a inflação continuou alta, tendo as estimativas de 2007 ultrapassado as dos anos anteriores e apresentando-se como um dos mais graves problemas econômicos da Rússia de Putin.

Em Dezembro de 2011, após 15 anos de negociações, a Rússia finalmente ingressou na Organização Mundial do Comércio. O acesso à OMC foi ratificado pelo parlamento na primavera de 2012.

Política energética


A riqueza em petróleo e gás da Rússia foi transformada no bem-estar do país e em influência internacional, e a Rússia foi frequentemente descrita na mídia como uma superpotência energética. Putin verificou que o crescente aumento dos preços de exportação do petróleo e gás proporcionou um crescimento no orçamento, enquanto os preços, a produção e a exportação de gás e petróleo cresceram significantemente.
Putin colaborou com a grande parcela russa no mercado europeu de energia através da construção de oleodutos e gasodutos subterrâneos cruzando a Ucrânia e a Europa oriental. Os projetos de canalização apoiados por Putin incluem o fluxo azul, que através do Mar Negro liga a Rússia à Turquia, o fluxo norte, que liga a Rússia à Alemanha, sendo o gasoduto mais longo do mundo, construído no Mar Báltico, e o fluxo sul, que liga a Rússia aos Balcãs e à Itália, cruzando o Mar Negro. Ao comprar o gás turcomeno e desviá-lo para os seus próprios gasodutos, a Rússia acabou com o projeto Nabucco, apoiado pelos norte-americanos, que tinha por objetivo prejudicar o mercado energético da Rússia e acabar com a dependência européia do gás russo, construindo um gasoduto que levasse gás da Turquia para o restante da Europa.

De qualquer forma, a Rússia diversificou seu mercado exportador construindo o oleoduto transiberiano, expandindo o mercado à China, Japão e Coreia, além de ter construído o gasoduto Sacalina-Khabarovsk-Vladivostok no extremo oriente. No Golfo da Finlândia, a Rússia construiu um canal em Ust-Luga, conectado com os sistemas de canais do Báltico, o que permite a exportação do petróleo sem a necessidade de trânsito através dos portos dos países bálticos. A porcentagem de petróleo processado cresce gradativamente com a construção de refinarias de petróleo no Tartaristão e em outras regiões da Rússia.

Putin continuou com a construção de hidrelétricas, como a represa de Bureia e a represa do rio Angará, assim como a restauração da indústria nuclear russa, usando aproximadamente um trilhão de rublos (por volta de 86 bilhões de reais) do orçamento federal para o desenvolvimento da indústria nuclear anterior a 2015. Um grande número de estações nucleares estão sendo construídas, dentro e fora da Rússia, pela Rosatom, companhia estatal que controla a indústria atômica.

Política ambiental


Em 2004, o presidente Putin assinou o Protocolo de Kyoto, com o objetivo de reduzir os gases estufa. Contudo, a Rússia não enfrentou grandes desafios ou teve grandes prejuízos, porque o protocolo limita as emissões com base nas porcentagens de emissão de gases estufa no ano de 1990, e as emissões da Rússia caíram muito desde 1990, por conta da decadência econômica enfrentada após a queda da União Soviética
Putin supervisiona e promove pessoalmente programas de proteção para animais raros ou em perigo na Rússia, incluindo
Programa do tigre-siberiano;
Programa da baleia-branca;
Programa do urso-polar;
Programa do leopardo-das-neves.
Política esportiva
Em 4 de Julho de 2007, Putin viajou à Guatemala e discursou a delegados do Comitê Olímpico Internacional por conta da escolha da cidade russa de Sochi como a sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, que será a primeira edição do evento na Rússia. Em 2008, a cidade de Kazan venceu a escolha da cidade sede da Universíada de Verão de 2013, e em 2 de Dezembro de 2010, a Rússia foi escolhida a sede da Copa do Mundo FIFA de 2018, outro evento que pela primeira vez acontecerá na Rússia.
Outros grandes eventos esportivos que o país foi escolhido para sediar incluem o Grande Prêmio da Rússia de Fórmula 1, em 2014, e o Campeonato Mundial de Hóquei no Gelo de 2016. Tanto em Sochi quanto em Kazan, a preparação para os eventos esportivos incluem a modernização da infraestrutura inteira da cidade, não somente no campo esportivo, mas no transporte, energia, comunicação, habitação e serviços públicos.
Putin é visto com frequência praticando atividades ao ar livre, sempre fazendo propaganda dos esportes e de um modo saudável de vida entre os russos.

Política externa


Vladimir Putin é o Comandante Supremo das Forças Armadas da Federação Russa.
Relações com a OTAN e os Estados Unidos[editar | editar código-fonte]
A relação da Rússia com a OTAN e os Estados Unidos passaram por diversos passos. No primeiro mandato de Putin, as relações eram de cautela. Após o ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, Putin apoiou os Estados Unidos na Guerra ao Terror — foi quando a oportunidade de uma parceria apareceu.
Contudo, os Estados Unidos responderam com a expansão das áreas militarizadas da OTAN em direção das fronteiras russas, resultando no cancelamento unilateral do Tratado de Mísseis Anti-Balísticos, o ABM, assinado em 1972 pelos então presidentes Brezhnev e Ford. De 2003 em diante, quando a Rússia foi contra a Guerra do Iraque e Putin tornou-se menos próximo do Ocidente em suas decisões, as relações continuaram a deteriorar-se. De acordo com o especialista Stephen Cohen, a posição da imprensa norte-americana, seguindo os passos da Casa Branca, tornou-se profundamente anti-Putin, saturada de acusações que Putin seria o culpado de problemas que na realidade já afetavam a Rússia desde os anos 1990, e afirmando que Putin foi pessoalmente responsável pelo assassinato de vários opositores políticos, como a jornalista Anna Politkovskaia e o agente desertor do KGB em Londres, Alexander Litvinenko.
Em Fevereiro de 2007, na conferência anual da cidade de Munique sobre política de segurança, Putin criticou abertamente aquilo que ele chamou de monopólio de domínio dos Estados Unidos nas relações internacionais, e o "uso excessivo de força nas relações internacionais". Ele também afirmou que o resultado disso é que "ninguém se sente seguro, porque ninguém é capaz de ver o Direito internacional como uma muralha capaz de nos proteger. É claro que uma política deste tipo estimula uma corrida armamentista"86 . Neste discurso, que ficou mundialmente conhecido pelo desafio feito à OTAN por parte da Rússia, país que chefiava o antigo Pacto de Varsóvia, Putin pediu por uma "ordem mundial justa e democrática, que garanta segurança e prosperidade não para poucos, mas para todos". Suas afirmações foram recebidas com críticas por alguns delegados, como o ex-secretário da OTAN Jaap de Hoop Scheffer, que chamou o discurso de "decepcionante e nada útil" . Anteriormente, durante uma entrevista, em Janeiro de 2007, Putin disse que Rússia é favorável a um mundo democrático e multipolarizado, com o fortalecimento do Direito internacional. Os meses seguintes ao discurso de Putin em Munique foram marcados por tensão e o surgimento de críticas entre os dois países. Tanto as autoridades russas como americanas negaram a ideia de uma nova Guerra Fria.

Putin se opôs publicamente aos planos dos Estados Unidos em criar um escudo de mísseis na Europa e, em 7 de Junho de 2007, apresentou ao presidente George W. Bush uma contra-proposta, pela modernização e compartilhamento da estação de radar de Qabala, no Azerbaijão, ao invés da construção de um novo sistema na República Tcheca, de acordo com os planos de Bush. Putin disse que não seria necessário aplicar mísseis interceptores na Polônia, já que seria melhor situar os mísseis na Turquia, membro da OTAN, ou no Iraque. Putin sugeriu o envolvimento de todos países europeus interessados no projeto. A proposta foi recusada. A Rússia suspenderia a sua participação no Tratado das Forças Armadas Convencionais Europeias em 11 de Dezembro de 2007.

Vladimir Putin também se opôs fortemente à secessão de Kosovo da Sérvia. Ele disse que qualquer apoio a este ato seria "imoral" e "ilegal". Ele descreveu a declaração de independência de Kosovo como um evento terrível que atingirá o Ocidente "na cara". Ele ainda afirmou que os acontecimentos em Kosovo irão destruir todo o sistema de relações internacionais, desenvolvido através de séculos.

Em 2014, em meio à crise política na Ucrânia, Putin considerou uma intervenção militar na Crimeia, cuja maioria da população é russa e onde o presidente deposto, Viktor Yanukovich, seu aliado, havia fugido. Além disso, homens armados não identificados a favor da Rússia haviam tomado prédios públicos e aeroportos da região, onde se localiza a frota marítima russa do Mar Negro. Em 1º de março, o Soviete da Federação aprovou a ação militar, enviando 2.000 homens à região, após apelo do primeiro-ministro. A chefe do Soviete, Valentina Matvienko, afirmou que "“a Rússia não pode ficar indiferente ao fato de as vidas dos russos na Crimeia estarem em perigo”. Em Donetsk, outra cidade de maioria russa, milhares de cidadãos saíram às ruas para apoiar a Rússia.  O presidente americano, Barack Obama, entretanto, alertou Putin com relação aos riscos dessa invasão.

Relações com o Reino Unido


Em meados dos anos 2000, a crise que se emergiu nas relações entre Rússia e Reino Unido se originou da decisão britânica em oferecer asilo político ao inimigo político de Putin, o oligarca Boris Berezovski, em 2003. O Reino Unido também ofereceu asilo político a diversos cidadãos fugitivos da Rússia, como o líder rebelde da Chechênia, Akhmed Zakaiev.

Em 2006, foi descoberto que o Reino Unido estava espiando a Rússia através de uma rocha falsa, localizada na rua e contendo equipamentos eletrônicos que permitiam a diplomatas britânicos receber e transmitir informações. O serviço secreto russo, o FSB, ligou a pedra a alegações de que os britânicos estariam fazendo pagamentos secretos a grupos de defesa dos direitos humanos, e no mesmo ano em que Putin introduziu uma lei que restringia as ONGs russas de defesa dos direitos humanos de receber dinheiro do exterior. O resultado foi o fechamento de diversas ONGs.94 Em 2006, a oposição liberal da Rússia acusou o FSB de ter plantado a rocha espiã, mas em 2012, Jonathan Powell, ex-assessor do primeiro-ministro britânico Tony Blair, confirmou que a história da rocha é verdadeira.

O fim de 2006 deixou as relações ainda mais tensas entre os dois países, com a morte do ex-agente fugitivo do KGB, Alexander Litvinenko, evenenado por polônio em Londres. Andrei Nekrasov e Alexander Goldfarb, que também é chefe de uma fundação comandada por Berezovski, fizeram queixas contraditórias de que Litvinenko teria ditato um testamento ao seu advogado — ou concordado com um testamento feito por Goldfarb — no qual Putin era acusado diretamente de seu assassinato. Críticos duvidaram que Litvinenko é o verdadeiro autor do testamento mostrado.98 Quando questionado sobre as supostas acusações de Litvinenko, Putin disse que um testamento escrito após a morte do autor "por si só não merece comentários", e apresentou sua convicção de que toda a história foi usada para fins políticos. Em 2012, quando a viúva de Litvinenko admitiu que seu marido trabalhara para o serviço secreto britânico, o pai de Litvinenko disse que os serviços secretos russos tinham o direito de executar traidores, e lamentou a participação do filho "na obscura campanha contra a Rússia em geral e o presidente Putin em particular".

Em 2007, a crise terminou com a expulsão de quatro cônsules russos do Reino Unido, por conta da Rússia ter recusado o pedido de extraditar do ex-guarda-costas do KGB Andrei Lugovoi, para que fosse julgado no Reino Unido por seu envolvimento no assassinato de Litvinenko. A constituição russa proíbe a extradição de cidadãos russos para outros países. Como represália ao ato britânico, a Rússia expulsou diplomatas britânicos e anunciou que suspenderia a emissão de vistos para autoridades britânicas e congelaria a cooperação contra o terrorismo, em resposta à suspensão dos contatos britânicos com o FSB. Mais tarde, Lugovoi se tornaria um deputado na Duma, ganhando imunidade contra processos na Rússia. Em 10 de Dezembro de 2007, o embaixador britânico em Moscou, Tony Brenton, reagiu dizendo que "é uma pena que um homem acusado de um assassinado ganhe privilégios políticos. Não faz nada bem à Rússia ter Lugovoi no parlamento, isso torna tudo ainda mais suspeito". No mesmo dia, a Rússia pediu ao British Council que parasse suas atividades no país.

Relações com a China


A Rússia de Putin mantém laços fortes e positivos com os demais países dos BRICS. O país tem se esforçado para fortalecer esses laços principalmente com a República Popular da China, assinando o Tratado de Amizade, em 2001, e com a construção do oleoduto transiberiano que vem sanar a necessidade de energia da China.104 A cooperação de segurança mútua entre os dois países e os vizinhos da Ásia Central é garantida pela Organização para Cooperação de Xangai, criada em 2001 na cidade de Xangai por Putin e os líderes da China, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Usbequistão.

O anúncio feito durante o encontro da OCX — de que a Rússia estabeleceria uma base permanente para voos de bombardeiros delonga distância em operações unificadas com militares chineses, e pela primeira vez em território russo, fez com que especialistas acreditassem que Putin está preparando um bloco para se opor à OTAN.105 Quanto à comparação, Putin respondeu que "é inapropriada tanto em forma quanto em conteúdo".

Relações com a América Latina


Em 2001, um comitê de alto nível comandado pelo então vice-presidente do Brasil, Marco Maciel, e o primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Kassianov, estabeleceu vários tratados bilaterais de longo prazo, iniciando uma parceria estratégica entre os dois países, criando a Comissão Governamental Rússia-Brasil.

Putin foi um dos poucos líderes europeus aliados ao presidente venezuelano Hugo Chávez.
Seguindo este caminho, outro vice-presidente brasileiro, José Alencar, viajou a Moscou em Setembro de 2003 para encontrar-se com o presidente Vladimir Putin e seus principais assessores. Os dois países assinaram um importante acordo na área de tecnologia espacial, defesa de mísseis e transferência de armamentos. Em resposta ao convite feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Putin visitou o Brasil em 22 de Novembro de 2004. Em 18 de Outubro de 2005, durante uma visita do presidente Lula a Moscou, ele e Putin assinaram uma aliança estratégica entre Brasil e Rússia. No mesmo dia, assinaram o acordo que permitiu que a Agência Espacial Brasileira pudesse levar ao espaço o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, a bordo da Soyuz TMA-8. Em 26 de Novembro de 2008, durante uma visita ao Brasil, o presidente Dmitri Medvedev assinou com Lula uma isenção de vistos e acordos de cooperação nas indústrias aeroespacial, nuclear e de defesa. O segundo encontro dos BRICS ocorreu em Brasília, seguido do primeiro que acontecera na Rússia.
Putin e seu sucessor, Dmitri Medvedev, mantiveram boas relações com a Venezuela de Hugo Chávez, muito provavelmente por conta do comércio de material bélico — desde 2005 a Venezuela comprava mais de quatro bilhões de dólares em armamentos da Rússia. Em Setembro de 2008, a Rússia enviou bombardeiros Tupolev Tu-160 para a Venezuela.  Em Novembro de 2008, os dois países participaram de exercícios navais conjuntos no Caribe. Anteriormente, em 2000, Putin havia reestabelecido as boas relações com Cuba de Fidel Castro.

Relações com o Oriente Médio


Líbia


Putin com o líder líbio Muammar Gaddafi. Os dois líderes pretendiam estabelecer um grupo alternativo de países produtores petróleo.
Em abril de 2008, Putin visitou a Líbia, onde encontrou o líder Muammar Gaddafi, que aceitou a ideia da criação de um grupo composto por países exportadores de gás, no modelo da OPEC.

Com o início da Guerra Civil Líbia, Putin condenou as intervenções militares do país, considerando a resolução da ONU como "defeituosa e falha", declarando que ela "permite tudo e faz lembrar as Cruzadas medievais."  Durante todo o episódio, Putin condenou as medidas tomadas pela OTAN. Ao saber da morte de Gaddafi, Putin denominou o ato como um "homicídio planejado", questionando "Eles mostraram ao mundo todo como Gadaffi foi morto. Havia sangue por todos os lados. É isso que eles chamam de Democracia?".

Síria


Segundo o correspondente Dmitri Trenin, do New York Times, entre 2000 e 2010, a Rússia de Putin vendeu cerca de US$1,5 bilhão de dólares em armamentos para a Síria, fazendo de Damasco o sétimo maior cliente de Moscou.
Durante toda a Revolução Síria, a Rússia ameaçou vetar quaisquer sanções contra o governo sírio, continuando a vender armas para o regime de Bashar Al-Assad.
Putin se opôs contra qualquer intervenção estrangeira. Em Paris, no dia 1 de junho de 2012, ele rejeitou a declaração do presidente François Hollande, exigindo que Assad se retirasse. Putin propagou o discurso governista do regime de Assad de que os militantes contrários ao regime eram muito mais responsáveis pelo banho de sangue do que as próprias forças sírias e adeptos do regime. Putin questionou: "Quantas pessoas pacíficas terão sido mortas pelos ditos militantes? Vocês contaram? Há ainda centenas de vítimas." Ele também se posicionou a respeito das antigas intervenções da OTAN e os seus resultados, questionando novamente: "O que está acontecendo na Líbia, no Iraque? Eles se tornaram mais seguros? O que eles estão planejando? Ninguém sabe."

Em 17 de junho de 2013, na cúpula do G8 na Irlanda do Norte, Putin encontrou-se o colega americano Barack Obama. O presidente dos EUA afirmou que os dois teriam visões diferentes sobre a guerra civil na Síria, mas compartilham do interesse em parar a violência e garantir que armas químicas não sejam usadas. Obama também afirmou que as equipes americanas e russas estariam trabalhando por uma conferência de paz sobre a Síria, que deveria ocorrer na Suíça. O presidente americano também convidou Putin a avançar no diálogo com o Irã, criticado pelos EUA e apoiado pela Rússia, após a eleição do candidato moderado Hassan Rohani.

Vida pessoal
Família


Putin foi casado com Ludmila Putina, que conheceu na universidade. Putin e Ludmila viveram na Alemanha entre 1985 e 1990. Pouco antes de voltar à União Soviética, houve rumores que Putin estaria envolvido com uma espiã alemã, e teria inclusive deixado uma criança para trás. Em 6 de junho de 2013, Putin e Ludmila anunciaram o divórcio ao vivo pela televisão russa. Por vários anos antes da confirmação do divórcio, Ludmila já não era vista ao lado de Putin com frequência, dando sinais de que o casal estava prestes a se separar. A última vez que ela foi vista publicamente, ainda como esposa do presidente, foi em maio de 2012, na cerimônia de posse de Putin para o terceiro mandato.
Putin teve duas filhas com a ex-esposa: Maria Putina (nascida em Leningrado, 1985) e Ekaterina Putina (nascida em Dresden, Alemanha Oriental, 1986). Suas filhas cresceram na Alemanha Oriental e estudaram em escolas alemãs em Moscou, até a posse do pai como Primeiro-Ministro. Futuramente, elas estudariam economia internacional na Academia de Finanças de Moscou. Fotografias de suas filhas são raramente divulgadas pela imprensa russa, por razões de segurança, e diferentemente da família Iéltsin, a família Putin não possui uma foto familiar para fins oficiais.

Riqueza pessoal


Cálculos de 2007 estipulam que a riqueza de Putin é de aproximadamente руб. 3.700.000 (por volta de R$300.000) em contas bancárias, um apartamento de 77m² em São Petersburgo, 260 ações do Banco de São Petersburgo118 e dois automóveis Volga M21 dos anos 1960 herdados de seu pai, mas que não são registrados para uso rodoviário. Em 2012 Putin declarou uma renda de руб. 3.600.000 (por volta de R$230.000). O relatório fez com que líderes da oposição, como Boris Nemtsov, questionassem como Putin é capaz de manter certas posses, como seus 11 relógios de luxo com valor estimado de US$ 700 mil.
Rumores vindos da oposição afirmam que Putin possui, secretamente, uma grande fortuna (estimada em 40 bilhões de dólares) adquirida por meio de sucessivas compras de ações em diversas companhias russas.  Quando questionado em uma conferência de imprensa, em 14 de Fevereiro de 2008, se ele era a pessoa mais rica da Europa, como alguns jornais afirmaram, Putin respondeu: "Sim, sou o homem mais rico não somente da Europa, como também do mundo, eu acumulo emoções, eu sou rico e satisfeito pelo fato de o povo russo ter me confiado duas vezes a liderança de um país tão glorioso como a Rússia, e eu considero que essa é a minha maior riqueza. Quanto aos rumores sobre riqueza material, eu olhei esses documentos, e isso é papo furado, indigno de discussão, pura besteira. Eles enfiaram o dedo nos narizes deles e mancharam esses papéis com a sujeira que saiu. É isso que eu acho".

Artes marciais


Putin é conhecido praticante de artes marciais. Pratica sambo (graduado como mestre - faixa azul) e judô (faixa vermelha e branca, sexto dan).

Embora não seja o primeiro político praticante de artes marciais, é o que possui os melhores resultados. Em função destes resultados, possui os títulos honorários de presidente da Federação Internacional Amadora de Sambo (FIAS)123 e da Federação Internacional de Judô (FIJ)

Música e Pintura


Em Dezembro de 2010, em um concerto organizado para uma fundação de caridade para crianças de São Petersburgo, Putin tocou no piano a canção popular russa Pátria, que era a música tema do seriado de espionagem favorito de Putin. No mesmo evento, ele cantou em inglês a canção Blueberry Hill, de Fats Domino, em um auditório formado por diversos astros europeus e de Hollywood, como Kevin Costner, Kurt Russell, Sharon Stone, Alain Delon e Gerard Depardieu.

Um quadro pintado por Putin em 2008, sob o nome "Узор на заиндевевшем окне", foi vendido, em São Petesburgo, por 37 milhões de rublos (860.000 euros). A pintura foi feita para uma coleção de pinturas de personalidades russas famosas. Os pintores escolhidos deveriam ilustrar uma das letras do alfabeto russo, de modo a ligar o quadro ao conto Véspera de Natal, de Nikolai Gogol, que naquele ano celebraria seus 200 anos. O ano de finalização da pintura, que ilustrava uma janela coberta de neve entre uma cortina de estilo ucraniano, coincidiu com a disputa de gás entre Rússia e Ucrânia, responsável por deixar diversos países europeus sem gás, em pleno Janeiro.

Putinismos

Assim como o primeiro-ministro Victor Chernomyrdin, cujas inúmeras declarações atrapalhadas e gafes verbais ficaram mundialmente conhecidas, Putin produziu um grande número de aforismos e bordões, conhecidos como putinismos. Vários deles foram criados durante suas conferências anuais de perguntas e respostas, em que Putin responde questões de jornalistas e do auditório, assim como de russos espalhados pelo país, que ligam pessoalmente ou se comunicam através de estúdios localizados em toda a Rússia. Putin é conhecido pela sua linguagem forte, direta e afiada. Os exemplos mais populares de putinismos incluem:

Мочить в сортире. — "Arrebentar na latrina". Um dos putinismos mais antigos, criado em Setembro de 1999, quando Putin prometeu acabar com os terroristas onde quer que eles estivessem, incluindo banheiros públicos.
Она утонула. — "Afundou". Essa foi a curta resposta que Putin deu à questão de Larry King, em Setembro de 2000, quando perguntado sobre o que aconteceu com o submarino K-141 Kursk. Putin foi criticado pelo cinismo presente nesta resposta.
Пахал, как раб на галерах. — "Arei como um escravo em uma galé". Foi assim que Putin descreveu seu trabalho como presidente entre 2000 e 2008, durante uma conferência, em Fevereiro de 2008. A frase tornou-se popular e até mesmo transformada, por conta de uma corruptela - "как раб" ("como um escravo") soa muito parecido com "как краб" ("como um caranguejo") - o que rendeu a Putin o apelido na internet de Krabbe (gíria russa para caranguejo), enquanto o presidente Medvedev foi apelidado, por alguma razão, de "Mamangaba".
От мертвого осла уши. — "As orelhas de um asno morto". De acordo com Putin, é isso que a Letônia receberia se continuasse reivindicando o distrito de Pytalovski, que faz fronteira com o país. Após a declaração de Putin, a Rússia e a Letônia assinaram um tratado em que a Letônia retirava suas reivindicações territoriais.
Шакалить у иностранных посольств. — "Estrebuchar em frente de embaixadas estrangeiras". Nessa frase, Putin se refere à oposição não sistêmica russa, caracterizando-a como um grupo sem qualquer apoio da população que implora por dinheiro e apoio dos governos estrangeiros.
Как минимум государственный деятель должен иметь голову. — "No mínimo, um chefe de Estado deve ter cérebro". Foi esta a resposta de Putin à secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, que acusou que Putin não tinha alma, por conta de ele ter sido um oficial do KGB. Putin também afirmou que as relações internacionais devem ser construídas não com emoção, mas sim com base nos interesses fundamentais dos estados envolvidos.
Ручку верните! — "Devolva a caneta!". Essa ordem foi dada por Putin ao oligarca industrial Oleg Deripaska, que foi obrigado a assinar um acordo que resolvia uma crise trabalhista com a caneta do presidente. Putin fez questão de resolver a questão pessoalmente.
Avaliações e pesquisas
De acordo com pesquisas de opinião pública conduzidas pela ONG Levada Centre, o nível de aprovação de Putin era de 81% em Junho de 2007, maior do que qualquer outro líder do mundo. Sua popularidade subiu de 31% em Agosto de 1999 para 80% em Novembro de 1999, e desde então nunca caiu para menos de 65% durante sua presidência. Observadores vêem as altas taxas de aprovação de Putin como uma consequência das significantes melhoras no padrão de vida e a reinserção da Rússia no cenário mundial, ocorrida durante sua presidência. A popularidade de Putin pode ser, também, um reflexo da televisão, controlada pelo estado.
Uma pesquisa conduzida pelo World Public Opinion nos Estados Unidos e pelo Levada Centre na Rússia no período de Junho/Julho de 2006 mostrou que "nem os russos nem os americanos acreditam que a Rússia é governada com um alinhamento anti-democrático" e que "os russos geralmente apoiam a concentração de poder político e apoiam fortemente a estatização das indústrias de gás e petróleo da Rússia". Uma pesquisa de 2005 mostrou que os russos sentiam que seu país é "mais democrático" sob Putin do que era sob Iéltsin ou Gorbatchov anos antes, e que a mesma proporção pensa que os direitos humanos são mais respeitados sob Putin do que sob Iéltsi

Após colapso de trégua, Israel ameaça lançar ofensiva terrestre em Gaza




Após colapso de trégua, Israel ameaça lançar ofensiva terrestre em Gaza

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Por Nidal al-Mughrabi e Dan Williams

GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Israel fez um chamado nesta quarta-feira para que fossem esvaziadas diversas áreas da Faixa de Gaza onde vivem mais de 100 mil pessoas, ameaçando lançar uma ofensiva terrestre após um breve cessar-fogo unilateral sob uma trégua patrocinada pelo Egito, que fracassou em deter os disparos de foguetes do lado palestino.

Autorizadas pelo gabinete de segurança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a aumentar a ofensiva que já dura oito dias, as forças militares de Israel disseram ter enviado alertas de esvaziamento para o noroeste de Gaza.

“Não cumprir (os alertas) colocará suas vidas em risco e as vidas de sua família”, disseram mensagens telefônica gravadas recebidas por residentes dos distritos de Shejaia e Zeitoun, que se espalham pela fronteira com Israel e têm mais de 100 mil habitantes.

Especialistas de Israel preveem avanços terrestres para destruir instalações de comando e túneis que permitiram aos palestinos, cujo poder de fogo é bem menor do que o de Israel, a resistir às ofensivas navais e aéreas sobre Gaza e continuar lançando foguetes.

A artilharia de Israel matou pelo menos sete palestinos na manhã desta quarta-feira (horário local), de acordo com autoridades de saúde de Gaza, que disseram que o total de mortos no enclave aumentou para 202, sendo a maioria civis.

Israel disse que 26 foguetes foram disparados de Gaza contra seu território, incluindo o centro comercial Tel Aviv. Alguns desses foguetes foram interceptados pelo sistema antimíssil do país. Outros caíram no solo sem causar vítimas, de acordo com serviços de emergência.

Potências mundiais pediram calma, preocupadas com o potencial aumento de vítimas caso Israel decida enviar dezenas de milhares de soldados para dentro de Gaza. É uma das áreas mais densamente povoadas do mundo, com a pobreza exacerbada pelo colapso dos serviços públicos e pelo deslocamento de pelo menos 18 mil palestinos, os quais, segundo a ONU, se abrigaram em escolas municipais da cidade de Gaza.

Na terça-feira, Israel unilateralmente aceitou uma proposta egípcia de cessar-fogo. Mas o grupo palestino islâmico Hamas, no entanto, disse que não fora consultado pelo Egito e continuou com seus disparos de foguetes enquanto Israel segurou sua artilharia por seis horas.  
Após o fogo palestino ter resultado na primeira fatalidade israelense no conflito - uma pessoa que levava comida para soldados perto de Gaza - Netanyahu prometeu “expandir e intensificar” os avanços militares para parar os persistentes ataques com foguetes que forçam os dezenas de milhares de israelenses a diariamente procurar abrigo.

As atuais hostilidades foram desencadeadas após o sequestro e assassinato, no mês passado, de três alunos seminaristas judeus na Cisjordânia ocupada, e também pelo assassinato de um adolescente palestino, como vingança.

(Reportagem adicional de Maayan Lubell e Allyn Fisher-Ilan em Jerusalém, Noah Browning em Gaza, e Michael Georgy)

Crescimento econômico da China acelera para 7,5% no 2º tri

Crescimento econômico da China acelera para 7,5% no 2º trimestre

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Por Xiaoyi Shao e Kevin Yao

PEQUIM (Reuters) - O crescimento econômico da China acelerou ligeiramente no segundo trimestre diante de uma série de estímulos do governo, mas analistas disseram que Pequim provavelmente precisará oferecer mais suporte para cumprir sua meta de expansão anual devido à desaceleração do mercado imobiliário.

Analistas continuam cautelosos com o cenário econômico, destacando que a aceleração do crescimento foi conduzida mais pelo suporte do governo do que por uma recuperação natural, como evidenciado por uma alta surpreendente no empréstimo por bancos controlados pelo Estado em junho.

Muitos acreditam que a desaceleração do setor imobiliário apresenta o maior risco à economia no segundo semestre do ano, e portando pode ditar se Pequim manterá medidas modestas de estímulo ou se avaliará ações mais agressivas como cortes da taxa de juros.

"A recuperação é bastante dependente do suporte do governo. Então acho que o governo pode escolher entre tolerar crescimento mais baixo ou dar mais estímulo para alcançar sua meta", disse Chang Jian, analista do Barclays Capital.

A economia cresceu 7,5 por cento no período entre abril e junho na comparação com o ano anterior, divulgou a agência de estatísticas nesta quarta-feira, ante expectativa em pesquisa da Reuters de 7,4 por cento.

Uma série de medidas de apoio ajudou a melhorar o ritmo ante o ritmo de 7,4 por cento do primeiro trimestre, com o investimento em infraestrutura e indústria relacionada compensando o peso das exportações fracas e a desaceleração do mercado imobiliário.

As medidas de estímulo incluíram empréstimos bancários mais altos, redução do volume de dinheiro que alguns bancos têm que manter como reserva, orientação para que governos regionais acelerem os gastos e aceleração da construção de ferrovias e moradia pública.

O setor imobiliário continua a pesar sobre o crescimento. O investimento no setor, que afeta mais de outros 40, subiu 14,1 por cento no primeiro semestre de 2014 ante o mesmo período do ano passado, contra alta anual de 14,7 por cento nos cinco primeiro meses, de acordo com dados oficiais nesta quarta-feira.
Outros dados divulgados junto com o relatório do Produto Interno Bruto (PIB) nesta quarta-feira mostraram que a produção industrial subiu 9,2 por cento em junho sobre o ano anterior, superando as expectativas de alta de 9,0 por cento.

O investimento em ativos fixos avançou 17,3 por cento nos seis primeiros meses em comparação com o ano anterior, acima das projeções de alta de 17,2 por cento.

As vendas no varejo subiram 12,4 por cento em junho sobre o mesmo mês do ano passado, em linha com as expectativas de analistas.

O primeiro-ministro, Li Keqiang, prometeu recentemente que a economia vai crescer ao menos 7,5 por cento em 2014, surpreendendo muitos observadores após um início de ano vacilante e reforçando expectativas de mais estímulos do governo.

"Acreditamos que Pequim está falando sério sobre sua meta de crescimento de 7,5 por cento já que precisa de um pano de fundo econômico e financeiro estável uma vez que avança com sua campanha anticorrupção", disse Ting Lu, economista do Bank of America-Marrill Lynch.

"Portanto achamos que o governo vai muito provavelmente continuar com seu mini estímulo", escreveu ele em nota.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Dilma: com criação de banco, Brics ganha densidade internacional

Dilma: com criação de banco, Brics ganha densidade internacional
Executivo indicado pela Índia chefiará novo banco; Xangai foi escolhida como sede
Jornal do Brasil

Após resolver o impasse e definir a instituição do Novo Banco de Desenvolvimento, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a criação de novos mecanismos econômicos multilaterais fazem com que o bloco emergente ganhe mais relevância no cenário internacional. Nesta terça-feira, líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) deram o passo mais concreto em conjunto desde que começaram a se reunir anualmente, em 2009.
O Brics ganha densidade política e importância no cenário mundial”, disse a presidente Dilma Rousseff em discurso na sessão plenária da cúpula do bloco emergente. “Essas iniciativas mostram que nossos países, apesar de suas diversidades, estão decididos a construir uma parceria sólida e positiva com consequências sólidas e construtivas”, acrescentou.
Dilma lembrou que apesar do cenário econômico internacional adverso, os países-membro do Brics apresentam crescimento superior à média internacional. Ela afirmou também que a convergência de posições entre os Brics “não deve ser confundido como exercício de poder hegemônico ou poder de dominação”.
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Vladimir Putin, Narendra Modi, Dilma Rousseff, Xi Jinping e Jacob Zuma, em foto oficial na 6ª Cúpula dos Brics
Foram assinados na cúpula de Fortaleza quatro acordos entre os países do grupo emergente. A criação do Novo Banco de Desenvolvimento foi a que envolveu maior concentração diplomática uma vez que se instalou um impasse na escolha da sede da instituição e que país indicaria seu primeiro presidente.
No final, o Brasil – que insistia em deter a primeira presidência – cedeu a chefia do banco para um executivo indicado pela Índia, Xangai (China) foi escolhida como sede do banco, e o ato foi definido. O capital previsto para o banco é de US$ 100 bilhões – o fundo inicial será de US$ 50 bilhões – com divisão igualitária das cotas entre os cinco membros.
Para Dilma, países do Brics vivem momento especial em Fortaleza
Ao sair de reunião com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da China, Xi Jinping; da África do Sul, Jacob Zuma, além do primeiro-ministro da Índia, Narenda Modi, na manhã de hoje (15), a presidente Dilma Rousseff escreveu, em seu perfil no Twitter, que o Brics (bloco formado pelos quatro países e o Brasil) vive um momento especial.
Segundo a presidente, isso ocorre em função do fortalecimento de duas iniciativas que estão sendo debatidas durante encontro em Fortaleza.
"A primeira é a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, instituição voltada ao financiamento de projetos de infraestrutura. A segunda é uma linha de contingenciamento de reservas, um seguro do #Brics contra a instabilidade do mercado financeiro internacional”, tuitou a presidenta. Os chefes de Estado já participaram da primeira reunião privada de trabalho da cúpula, e posaram para foto oficial. Dilma postou no Twitter uma foto do encontro.
Mais cedo, Dilma disse que está otimista com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento do bloco e do Acordo Contingente de Reservas.
Com Portal Terra e Agência Brasil

Putin sugere associação para garantir segurança energética dos Brics

Putin sugere associação para garantir segurança energética dos Brics

terça-feira, 15 de julho de 2014

 

FORTALEZA (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, propôs nesta terça-feira a criação de uma associação dos Brics no setor de energia, incluindo uma reserva de combustíveis, para aumentar a segurança energética dos países emergentes.

"Sugerimos a criação de uma associação de energia entre os Brics. Sob este teto, poderiam ser criados um banco de reserva de combustíveis e um instituto para segurança energética", disse aos líderes do Brasil, Índia, China e África do Sul, depois que anunciaram a criação de um banco de desenvolvimento e de um fundo de reservas de 100 bilhões de dólares cada.

"Estes passos ajudariam a reforçar a segurança energética das nossas nações", disse Putin.

(Por Alexei Anishchuk)

Líderes dos Brics assinam acordo para criação de fundo de reservas e banco de desenvolvimento



Líderes dos Brics assinam acordo para criação de fundo de reservas e banco de desenvolvimento
 
 

Presidente da Rússia, Vladimir Putin (da esquerda para a direita), premiê da Índia, Narendra Modi, presidente Dilma Rousseff e presidentes Xi Jinping (China) e Jacob Zuma (África do Sul) durante cúpula do Brics em Fortaleza . 15/7/ 2014.


REUTERS/Paulo Whitaker
 



 

FORTALEZA (Reuters) - Os líderes do grupo de cinco países emergentes Brics assinaram nesta terça-feira acordo para a criação de um novo banco de desenvolvimento e de um fundo de reserva de emergência, anunciou a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em reunião de cúpula do grupo em Fortaleza.

O grupo Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

(Por Alonso Soto)



 
 




Fazenda confirma que Brasil terá 2ª presidência de banco do Brics
 
 

FORTALEZA (Reuters) - O Ministério da Fazenda confirmou nesta terça-feira que o Brasil terá a segunda presidência de banco do Brics, depois do primeiro mandato da Índia.

O anúncio foi feito durante a 6ª Cúpula do Brics, em Fortaleza, onde também foi divulgado que a sede do banco será em Xangai.

Depois do Brasil, assumirão a presidência da instituição Rússia, África do Sul e China.

Integram o grupo de países emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

(Por Alonso Soto)

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Polícia usa violência para reprimir protesto no Rio de Janeiro




Polícia usa violência para reprimir protesto no Rio de Janeiro

Da BBC Brasil no Rio de Janeiro

Ao menos dez jornalistas ficaram feridos por estilhaços de bombas de gás lacrimogênio e golpes de cassetete durante uma manifestação no Rio de Janeiro marcada para coincidir com a final da Copa do Mundo. O protesto, que reuniu cerca de 300 pessoas neste domingo na Zona Norte da cidade, foi duramente reprimido pela Polícia Militar.
Criticada por entidades, a operação da PM contou ainda com tropas de choque e cavalaria.
A estratégia dos policiais, conhecida no exterior como "kettling", foi a de cercar totalmente os manifestantes e impedir que saíssem da Praça Saens Peña, na Tijuca, a menos de dois quilômetros do estádio do Maracanã, para onde queriam marchar.
Desde o início dos jogos da Copa do Mundo, autoridades estaduais têm autorizado o uso de violência para evitar que manifestantes se aproximassem de estádios ou instalações da Fifa.
A Polícia Militar afirmou à BBC Brasil que encaminhará à Corregedoria denúncias de abusos de policiais.
"Foi necessário usar bombas de gás também para dispersar, inclusive alguns manifestantes que arrombaram as portas do Metrô", afirmou a instituição em nota.
Questionado sobre o objetivo da operação, o coronel Cristiano Luiz Gaspar, comandante do Regimento de Polícia Montada, disse ainda no local da manifestação que a operação "servia para garantir a segurança das próprias pessoas".
Para André Mendes, advogado ativista que acompanhava o protesto ao lado de enviados da OAB do Estado do Rio de Janeiro, no entanto, a interpretação do que ocorreu na praça é outra.
"Traçaram um perímetro urbano e fizeram cárcere privado. Quando alguém tenta sair, eles (policiais militares) forçam a situação e há confronto. E se a pessoa insiste, levam para a delegacia e detêm alegando desacato ou desobediência. É totalmente inconstitucional, estão violando muitos direitos de uma vez só", diz.
Jornalistas e violência
Reportagem da BBC Brasil testemunhou cenas de violência da polícia contra ativistas e jornalistas
A BBC Brasil e o restante da imprensa nacional e internacional presentes à manifestação testemunharam cenas de violência contra ativistas e jornalistas.
Mauro Pimentel, fotógrafo do site de notícias Terra, teve a lente da câmera quebrada e levou um soco no rosto. "Eu estava de máscara de gás, que foi quebrada com o soco. Foi isso que me salvou, senão teria ficado muito mais ferido", disse.
"Na confusão das bombas de gás eu caí e a tropa de choque começou a passar por cima de mim. Aí veio um policial e se abaixou; eu achei que ele ia me ajudar mas ele abriu a minha máscara de gás e jogou spray de pimenta no meu olho", disse Ana Carolina Fernandes, freelancer de agências de notícias.
Outros nove jornalistas foram alvos da polícia, que num dado momento focou em profissionais com câmeras.
Entre eles o documentarista canadense Jason O'Hara, que teria sido hospitalizado após ser agredido por policiais. "Show de horror nas ruas do Rio. Amigo e cineasta Jason O'Hara brutalizado pela polícia, levou chutes na cabeça", disse em sua conta no Twitter o geógrafo americano Christopher Gaffney, professor-visitante da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Confrontos
Os confrontos entre policiais e manifestantes começaram quando os participantes do protesto tentaram passar à força pelas barreiras policiais que cercavam a praça.
A BBC Brasil ouviu os policiais gritando "360, 360!" e logo depois disso foi possível ouvir explosões de bombas de efeito moral. E de fato, nas horas que se seguiram, os 360 graus em torno do local ficaram totalmente isolados, e nem mesmo moradores ou jornalistas puderam entrar ou sair dali.
 Protesto no Rio
Manifestação reuniu cerca de 500 pessoas na Tijuca, zona norte do Rio.
O protesto seguiu a estratégia que vinha sendo adotada por autoridades estaduais desde o início dos jogos do mundial – de impedir com violência o acesso de manifestantes a estádios e instalações da Fifa
Para afastar os policiais das barreiras, as forças de segurança então lançaram bombas de gás lacrimogênio e fumaça, grandes quantidades de gás pimenta e alguns disparos de balas de borracha.
Estavam presentes centenas de policiais de choque e forças especiais da PM. Nas proximidades da praça, policiais da Força Nacional formavam uma segunda linha de contenção para impedir a passagem de manifestantes.
Como os confrontos não cessaram, os policiais passaram a usar cassetetes em larga escala e determinaram até uma carga de cavalaria contra os manifestantes. Diversos participantes foram detidos.
No final do protesto, a polícia, que vinha permitindo aos manifestantes deixar o local apenas individualmente (nunca em grandes grupos), decidiu isolar a praça completamente, impedindo a entrada ou saída até de profissionais de imprensa e socorristas.
 Ana Carolina Fernandes
Fotógrafa Ana Carolina Fernandes ficou ferida durante ação da PM para reprimir protesto no Rio
Os ânimos começaram a se acalmar apenas no início da noite, depois que boa parte dos manifestantes resolveu sair da praça, desistindo do protesto.
Porém os manifestantes voltaram a se concentrar dessa vez em Copacabana, onde fizeram novo ato em frente ao hotel onde se hospedam autoridades da Fifa. A polícia foi ao local e mais pessoas foram detidas.
Segundo um balanço da PM, seis pessoas foram detidas durante todo o protesto. A corporação disse que o objetivo da operação era "garantir a segurança de quem quer ir e vir pela cidade, inclusive à final da Copa do Mundo".
"Também tem como meta garantir o direito à manifestação, sem contudo permitir excesso como vandalismo, violência e desacato".
Prisões
Um dia antes do protesto, a polícia civil deteve 37 pessoas – em uma ação considerada por ativistas como uma tentativa de dificultar a realização do ato do domingo.
Segundo a Polícia Civil, dos 37 detidos inicialmente, 16 foram liberados após prestar depoimento.

Israel derruba drone palestino; aumentam esforços por cessar-fogo




Israel derruba drone palestino; aumentam esforços por cessar-fogo

Por Nidal al-Mughrabi e Maayan Lubell

GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Israel afirmou ter derrubado um drone de Gaza durante sua ofensiva nesta segunda-feira, no primeiro envio de um aparelho não tripulado por parte de militantes palestinos, cujos foguetes disparados contra o território israelense têm sido de modo geral interceptados.

O Hamas, o grupo islâmico que governa Gaza, afirmou que seu braço armado enviou diversos drones para realizar "missões especiais" no interior de Israel --um desdobramento que, se confirmado, marcaria um avanço na sofisticação de seu arsenal.

Mais de 166 palestinos, na maioria civis, foram mortos, disseram autoridades do setor de saúde de Gaza, nos sete dias de um conflito que não dá sinais de que vá acabar.

A aviação e navios de guerra israelenses atacaram 204 alvos durante a noite na Faixa de Gaza, segundo o Exército de Israel. Autoridades palestinas disseram que pelo menos 20 pessoas ficaram feridas.

Os militares israelenses disseram que o drone foi interceptado perto do porto de Ashdod por mísseis Patriot, de fabricação norte-americana, que foram usados amplamente por Israel, mas sem eficácia, contra os Scuds iraquianos na Guerra do Golfo, em 1991.

Como parte dos esforços diplomáticos internacionais para um cessar-fogo, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, cujo empenho por um acordo de paz palestino-israelense fracassou em abril, se ofereceu no domingo para ajudar na obtenção de uma trégua. A oferta teve o respaldo da França e da Alemanha, que vai enviar seu ministro de Relações Exteriores à região nesta segunda-feira

Produção industrial da zona do euro recua em maio, recuperação ainda é frágil

Produção industrial da zona do euro recua em maio, recuperação ainda é frágil

BRUXELAS (Reuters) - A produção industrial da zona do euro recuou com força em maio, com apenas o setor de energia avançando, em outro sinal de que a recuperação econômica do bloco continua frágil.

A produção nos 18 países que compartilham o euro recuou 1,1 por cento em maio sobre abril, após alta de 0,7 por cento no mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat. Pesquisa da Reuters apontava expectativa de recuo de 1,2 por cento na comparação mensal.

Na comparação com o mesmo período de 2013, a produção industrial avançou 0,5 por cento, em linha com as expectativas do mercado, após aumento de 1,4 por cento em abril.

"A forte queda de maio na produção industrial destaca a natureza sem brilho e instável da recuperação da zona do euro", disse o economista do ING Bank Martin van Vliet.

O recuo mensal foi liderado pela queda de 2,4 por cento na produção de bens intermediários, como peças para carros. Houve recuo de 2,2 por cento na produção de itens não duráveis como alimentos ou cosméticos.

O setor de energia foi o único a crescer, mostrando aumento de 3 por cento após alta de 1,2 por cento em abril.

(Reportagem de Martin Santa)

domingo, 13 de julho de 2014

Alemanha vence Argentina na prorrogação com golaço de Goetze e conquista o tetra domingo, 13 de julho de 2014

Alemães comemoram gol de Goetze no Maracanã.   REUTERS/Sergio Moraes

Por Pedro Fonseca

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Com um golaço de Mario Goetze no segundo tempo da prorrogação, a Alemanha acabou com um tabu histórico e conquistou o primeiro título mundial de uma seleção europeia nas Américas ao derrotar a Argentina por 1 x 0, neste domingo, no Maracanã, coroando uma campanha formidável após golear o Brasil por 7 x 1 na semifinal.

Goetze, que entrou no fim do tempo normal, matou a bola no peito dentro da área após lançamento de Schurrle e bateu para o gol sem deixar cair no chão, levando ao delírio torcedores alemães e brasileiros que se uniram contra os argentinos na final da Copa do Mundo.

O gol aos 8 minutos do segundo tempo da prorrogação garantiu aos alemães seu quarto título mundial, após as conquistas em 1954, 1974 e 1990. A Itália também tem quatro Copas do Mundo, uma a menos que o Brasil.

A vitória ainda desempatou um duelo individual com a Argentina, uma vez que cada equipe havia vencido uma vez nas duas finais de Copa disputadas entre elas antes: a Argentina ganhou em 1986 e a Alemanha em 1990.

Em um Maracanã lotado por 74.738 pessoas, com a torcida brasileira se juntando à alemã contra os argentinos, as duas equipes disputaram uma partida tensa mas com bom lances e chances de gols de ambas as partes, apesar do 0 x 0 no tempo normal.

Faltou para a Argentina o brilho de Lionel Messi, que não conseguiu render o esperado na primeira final de Copa do Mundo de sua carreira.

Sem poder contar com o volante Sami Khedira, que sofreu uma contusão na panturrilha no aquecimento, a Alemanha não pôde repetir a formação que goleou o Brasil por 7 x 1 na semifinal, enquanto os argentinos levaram a campo a mesma equipe que passou pela Holanda na semifinal, na disputa de pênaltis.

Desde o início as duas seleções demonstraram merecer a vaga na tão sonhada final e fizeram da decisão um espetáculo para os torcedores, entre eles celebridades internacionais e chefes de Estado. A chanceler alemã, Angela Merkel, vibrou bastante no estádio após o apito final.  
 Alemães comemoram gol de Goetze no Maracanã.   REUTERS/Sergio Moraes
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Mesmo sem gols, não faltaram emoções nos primeiros 90 minutos.

Em um erro incomum da Alemanha, Kroos cabeceou a bola para trás e deixou Higuaín de frente para o goleiro alemão Neuer, aos 20 minutos, mas o atacante desperdiçou a oportunidade e chutou para fora.

O mesmo Higuaín ainda balançou a rede 10 minutos depois, mas o lance foi anulado por impedimento, para desespero do atacante que já estava comemorando.

A parte final da primeira etapa foi de domínio alemão, especialmente depois que Kramer, substituto de Khedira no time titular, precisou deixar o campo por uma pancada na cabeça e foi substituído por Schurrle.

A superioridade quase resultou em gol no minuto final, quando Howedes acertou a trave numa cabeçada após cobrança de escanteio.

A Argentina voltou para o segundo tempo com Aguero no lugar de Lavezzi e pouco depois colocou Palacio na vaga de Higuaín, mudando a formação de sua linha de frente.

Mas os argentinos precisaram mesmo foi se preocupar com a defesa.

Os alemães pressionaram em busca de um gol para garantir a vitória nos 90 minutos e tiveram uma boa chance num chute de Kroos de fora da área, mas a bola saiu pela linha de fundo.

A poucos minutos do fim do tempo normal, um torcedor sem camisa invadiu o gramado e conseguiu chegar perto dos jogadores devido à lentidão dos seguranças para perceber a invasão e ir atrás do homem, que foi capturado. 1 de 1Versão na íntegra
Daí em diante, as duas equipes não se arriscaram e deixaram o jogo caminhar para o tempo extra. Antes, no entanto, ambos fizeram mudanças: Goetze substituiu Klose na Alemanha e Gago entrou no lugar de Pérez.

Com um minuto da prorrogação, Schurrle recebeu passe de Goetze e forçou Romero a fazer boa defesa, mostrando a disposição da Alemanha de continuar jogando no ataque.

A Argentina, no entanto, teve ótima chance de marcar ainda na primeira parte. Palacio recebeu lançamento de Rojo e ficou de frente para o goleiro alemão, mas sua tentativa de encobrir Neuer foi para fora.

Nos 15 minutos finais, as duas equipes reforçaram a marcação com o último fôlego que tinham, às vezes com excesso de força. Numa disputa de bola pelo alto, Aguero deixou o braço no rosto de Schweinsteiger, que deixou o campo momentaneamente sangrando.

A partida parecia se encaminhar para os pênaltis e a tensão tomava conta das arquibancadas quando Goetze marcou o gol histórico no Maracanã.

A final da Copa do Mundo, entre Alemanha e Argentina, que será realizada neste domingo (13), no estádio do Maracanã, no Rio, vai reunir mais de dez chefes de Estado.Chefes de Estado polêmicos estarão na final da Copa do Mundo; veja quem são Do UOL, em São Paulo

Ao lado da presidente Dilma Rousseff e do presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, estarão líderes como Angela Merkel, da Alemanha, János Áder, da Hungria, Anthony Carmona, de Trinidad e Tobago, e Michel Martelly, do Haiti.

Antes da partida, a presidente oferecerá um almoço às autoridades internacionais.

No evento, no entanto, também estarão figuras controversas, como o presidente russo, Vladimir Putin, e sulafricano, Jacob Zuma. Além de líderes autoritários, como o do Congo, Denis Sassou-Nguesso, da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, e do Gabão, Ali Bongo Ondimba.

Saiba quem são alguns desses chefes de Estado polêmicos:  

Chefes de Estado polêmicos na final da Copa do Mundo


Vladimir Putin
Presidente da Rússia desde 2012 e próximo anfitrião da Copa de 2018, se mantém no governo há mais de uma década. Além de defender posições opostas às dos EUA e seus aliados, especialmente no conflito na Síria e na crise da Ucrânia, provocou polêmica por sua posição anti-gays, por reprimir com violência protestos de oposição, como o do Pussy Riot, e por perseguir jornalistas
Foto: Dmitry Astakhov/AFP



Jacob Zuma
Presidente da África do Sul desde 2009, é acusado de corrupção e de levar vida de luxo. De origem zulu, segue a poligamia e lidera um país castigado pela aids. Foi acusado de incentivar o sexo inseguro por ter filho fora do casamento. Julgado por estupro sem camisinha de ativista soropositiva, alegou que não se contaminou porque tomou banho. Também já disse que mulher solteira é um problema social
Foto: AFP


Denis Sassou Nguesso
General treinado na Argélia, o ditador do Congo ocupa o cargo há 17 anos. Foi presidente entre 1979 e 1992, reeleito em 1997 e governa até hoje, embora a autenticidade das eleições seja questionada. Sua família também é algo de denúncias envolvendo gastos exorbitantes de dinheiro público para fins pessoais
Foto: Tony Gentile/AFP


Joseph Kabila
Presidente da República Democrática do Congo desde 2001, substituiu seu pai, Laurent-Désiré Kabila, que foi assassinado na guerra civil no país. No comando de uma das nações mais pobres do mundo, que vive grande instabilidade política, é acusado de fraudar as eleições para se manter no poder por tanto tempo. Recentemente, opositores realizaram série de ataques que deixaram dezenas de mortos
Foto: Eric Feferberg/AFP


Teodoro Obiang Nguema Mbasogo
Presidente da Guiné Equatorial desde 1979 e o líder africano que há mais tempo está no poder, ele é um dos governantes mais ricos do mundo. Na última eleição, em 2009, teria vencido o pleito com 97% dos votos, algo contestado pelos adversários. Ele, que é militar de formação e chegou ao poder após golpe de Estado sangrento, é investigado na França e nos EUA por corrupção
Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters


Ali Bongo Ondimba
Presidente do Gabão desde 2009, ele assumiu após a morte do seu pai, Omar Bongo, um ditador que dominou o país por mais de 40 anos. A família tem sido acusada de usar as riquezas do Gabão para financiar uma vida de luxo, de aceitar subornos e de manter um governo corrupto
Foto: Emma Farge/Reuters


Tamim bin Hamad bin Khalifa Al-Thani
Emir do Catar assumiu o trono em 2013, depois que seu pai, Hamad bin Khalifa Al-Thani, abdicou em seu favor. A dinastia Al-Thani está no poder há anos. Muito ligado aos esportes, Tamim foi alvo de críticas por conta da polêmica envolvendo a suposta compra de votos na Fifa para garantir ao país o direito de sediar a Copa em 2022
Foto: Fadi Al-Assaad/Reuters

AS imagens pela ordem dos nomes.






Conflito se agrava e cessar-fogo entre Israel e Hamas parece distante

http://noticias.uol.com.br/


Conflito se agrava e cessar-fogo entre Israel e Hamas parece distante

Um comando da marinha israelita entrou, durante a manhã de hoje, no norte da Faixa de Gaza, naquela que é a primeira incursão militar desde o início da operação "Fronteira Defensiva.
A madrugada deste domingo (13) foi marcada pelo pior bombardeio à Gaza desde que Israel começou sua operação, no dia 8 de julho. Israel realizou ataques aéreos durante a noite contra delegacias de polícia e o quartel de segurança de Gaza. Tropas também invadiram uma área de Gaza usada para disparar foguetes de longo alcance contra Israel, informou o país.

Pelo menos 159 palestinos morreram desde o início dos ataques aéreos, afirmam autoridades palestinas. Segundo essas fontes, um dos ataques recentes matou 17 membros de uma mesma família.

Mas, apesar da escalada de violência e do pedido do Conselho de Segurança da ONU pela interrupção dos ataques, um acordo de cessar-fogo ainda parece distante, analisa Jeremy Bowen, editor da "BBC" para o Oriente Médio.

Guerras entre Hamas e Israel tendem a terminar com algum tipo de cessar-fogo, ele explica. Fatores que influenciam o tempo que levam para fechar um acordo incluem a quantidade de sangue derramado e a quantidade de pressão internacional sobre ambos os lados.

Parece que este ponto que ainda não foi alcançado, nota Bowen. "O cessar-fogo envolve uma certa perda de prestígio, pois os líderes recuam da retórica que disparam quando os ataques militares começam". "Nenhum dos lados está pronto para isso ainda - este conflito ainda deve piorar antes que a pressão por um cessar-fogo se torne incontestável", acredita o editor.

Autodefesa
Ambos os lados reivindicam o direito de autodefesa. Como sempre, no entanto, Israel está matando muitos mais do que o Hamas, ele observa. "Isso não acontece por causa de qualquer falta de intenção do lado do Hamas e outros grupos militantes em Gaza. É porque o Estado de Israel é massivamente mais potente, e gasta milhões em defesa civil."

Por muitos anos, cada nova casa de Israel foi construída com um quarto à prova de explosão. Em Sderot, a cidade israelense mais próxima à Gaza, até as paradas de ônibus parecem blocos de concreto. Israel também tem um sistema antimíssil eficaz, o Iron Dome, em grande parte pago pelos Estados Unidos.

Falta de mediadores
Uma complicação adicional é que a negociação de cessar-fogo exige mediadores, e não há ninguém óbvio para fazer o trabalho. Os americanos têm se oferecido, mas ainda seria preciso outro mediador, a menos que os Estados Unidos retiram a proibição de contato direto com o Hamas.

A última rodada de combates entre o Hamas e Israel, em 2012, terminou com um acordo de cessar-fogo mediado pelo então presidente do Egito, Mohammad Morsi. A então Secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, o agradeceu calorosamente por seus esforços na época. Mas Morsi foi retirado do poder por um golpe militar há um ano, e está na cadeia.

Israel insiste que vai ficar no ataque para proteger o seu povo e para forçar o Hamas e outros grupos militantes a parar de atirar foguetes contra Israel. O Hamas estabeleceu condições para um cessar-fogo, incluindo o fim imediato dos ataques israelenses, bem como a libertação de prisioneiros palestinos que foram presos novamente depois de terem sido libertados em troca da soltura do refém israelense Gilad Shalit.
Morte de jovens reacende conflito entre Israel e Palestina


"Se tudo isso soa familiar, é porque é. Até agora, a crise tem sido muito semelhante a de 2012, quando o Hamas e Israel lutaram pela última vez em Gaza e em seu redor", destaca Bowen.

Ataques
As forças militares israelenses dizem já ter atingido 1.320 áreas de "terror" em toda a Faixa de Gaza, enquanto o Hamas teria lançado mais de 800 foguetes contra Israel. Na manhã deste domingo, os ataques aéreos israelenses destruíram a maioria das sedes de segurança e delegacias de polícia administradas por militantes islâmicos do Hamas, relatou o correspondente da BBC em Gaza Rushdi Abu Alouf.

Houve grandes danos às casas adjacentes ao complexo de segurança, que está localizada no bairro densamente povoado de Tel al-Hawa, no sul de Gaza. Pelo menos cinco israelenses foram feridos esta semana por foguetes e mísseis ataques, dois deles gravemente, mas nenhum israelense foi morto pelos ataques.

Fontes palestinas dizem que mais de 1.000 pessoas foram feridas desde que Israel iniciou sua operação há seis dias. Israel iniciou sua operação há seis dias, após acusar o Hamas pelo sequestro e morte de três jovens israelenses em junho.