Konstantinos - Uranus

domingo, 2 de março de 2014

Mestres do Barroco, Annibale Carracci


  
Asunção

Carracci's "Domine, Quo Vadis" (Jesus and Saint Peter).

A Fuga para o Egito (1603)
Annibale Carracci
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Annibale Carracci
Assunção de Annibale Carracci em Santa Maria del Popolo, Roma.
Nascimento: 3 de Novembro de 1560, Bolonha
Morte: 15 de Julho de 1609 (48 anos) Roma
Nacionalidade: Itália, Italiano
Ocupação: Pintor
Annibale Carracci (Bolonha, 3 de Novembro de 1560 — Roma, 15 de Julho de 1609) foi um pintor italiano.


Início da carreira

Annibale Carracci nasceu em Bolonha, e muito provavelmente iniciou seu aprendizado com a família. Em 1582, Annibale, seu irmão Agostino e seu primo, Ludovico Carracci, abriram um estúdio de pintura inicialmente chamado por alguns de Academia de Desiderosi ("desejoso de fama e de aprendizagem") e em seguida chamada Incamminati (progressistas; literalmente "aqueles que abrem novo caminho").
Embora os Carracci enfatizassem o esboço linear tipicamente florentino, como exemplificado por Rafael Sanzio e Andrea del Sarto, seus interesses pelas cores cintilantes e contornos sutis dos objetos eram derivados dos pintores venezianos, notavelmente do trabalho do artista Ticiano, o qual foi estudado por Annibale e Agostino durante viagens pela Itália em 1580-81, a mando do ancião Caracci Lodovico. Esse ecletismo se tornaria a característica que definiria os artistas do “Barroque Emilian” ou “Escola Bolonhesa”.
Em muitas das primeiras obras de Bolonha, é difícil distinguir as contribuições individuais de cada Carracci. Por exemplo, os afrescos sobre a história de Jasão para o Palazzo Fava (1583-1584) carregam a assinatura Carracci, o que sugere que todos eles contribuíram. Em 1585, Annibale concluiu o retábulo do Batismo de Cristo para a igreja de São Gregório, em Bolonha. Em 1587, ele pintou A Assunção para a igreja de San Rocco, em Reggio Emilia.
Em 1587-88, Annibale viajou para Parma e, em seguida, Veneza, onde se reuniu com seu irmão Agostino. A partir de 1589-92, os três Carracci completaram os afrescos sobre A Fundação de Roma para o Palazzo Magnani, em Bolonha. Até 1593, Annibale havia completado o retábulo Virgem no Trono com São João e Santa Catarina, trabalhando em colaboração com Lucio Massari. Sua Ressurreição de Cristo também data de 1593. Em 1592, ele pintou a Assunção para a capela Bonasoni, em San Francesco. Durante 1593-1594, os três Carracci estavam trabalhando em afrescos no Palazzo Sampieri, em Bolonha.
Afrescos no Palazzo Farnese

Tendo como base os afrescos prolíficos e magistrais realizados pelos Carracci em Bolonha, o Duque de Parma, Ranuccio I Farnese, recomendou Anibale a seu irmão, o cardeal Odoardo Farnese, que desejava decorar o piano nobile do Palazzo Farnese, em Roma. Entre novembro e dezembro de 1595, Anibale e Agostino viajaram para Roma para começar a decorar o Camerino com histórias de Hércules, adequadas, uma vez que a sala abrigava a famosa escultura da antiguidade greco-romana de Hércules Farnese.
Enquanto isso, Anibale desenvolveu centenas de esboços preparatórios para o produto principal, onde ele liderou uma equipe na pintura de afrescos no teto do grande salão com o quadri riportati secular do Amor dos Deuses, ou, como o biógrafo Giovanni Bellori descreveu, O Amor dos Humanos regido pelo Amor Celestial. Ainda que o teto seja ritualmente rico em elementos ilusionistas, as narrativas são emolduradas no rígido classicismo de decoração da alta Renascença. Seu trabalho inspiraria, mais tarde, a corrente livre do ilusionismo Barroco e a energia que iria emergir dos grandes afrescos de Cortona, Lanfranco e, em décadas posteriores, Andrea Pozzo e Gaulli.
Durante os séculs XVII e XVIII, o teto de Forense era considerado a obra prima incomparável dos afrescos de sua época. A obra era não só considerada um livro modelo do desenho de figuras históricas, como também um exemplo de procedimento técnico. As centenas de esboços preparatórios feitos pr Annibale passaram a ser um passo fundamental para composição de qualquer pintura histórica ambiciosa.

Contraste com Caravaggio


No século XVII, o crítico Giovanni Bellori, em seu estudo intitulado Idea, elogiou Carracci como o padrão supremo de pintor italiano, aquele que havia fomentado a "renascença" da grande tradição de Rafael e Michelangelo. Por outro lado, embora admitindo os talentos de Caravaggio como pintor, Bellori lamentava seu estilo excessivamente naturalista, se não sua própria moral turbulenta e persona. Assim, via o estilo Caravaggista com o mesmo desânimo sombrio. Pintores foram instados a retratar o ideal platônico de beleza, não os transeuntes de Roma. Ainda assim, os patronos e pupilos de Carracci e Caravaggio não caírem eram em todos os campos inconciliáveis. Patronos contemporâneos, tais como Marquês Vincenzo Giustiniani, achou que ambos mostravam excelência em maneira e modelagem.
No nosso século, os observadores têm aquiescido para o rebelde mito de Caravaggio, e, muitas vezes, ignoram a profunda influência sobre a arte que teve Carracci. Caravaggio quase nunca trabalhou em afrescos, considerados como o teste de um grande pintor de valor. Por outro lado, os melhores trabalhos de Carracci estão em afrescos. Assim, as sombrias telas de Caravaggio, são adequadas aos altares contemplativos, mas não a paredes ou tetos bem iluminados como os de Farnese. Wittkower ficou surpreso ao ver que um cardeal de Farnese se cercava de afrescos com temas libidinosos, indicadores de um "relaxamento considerável da moralidade contra-reformatória". Essa escolha temática sugere que Carracci pode ter sido mais rebelde, quando comparado com a paixão frequentemente solene das telas de Caravaggio. Wittkower afirma que "os afrescos de Carracci transmitem a impressão de uma tremenda alegria de viver, um novo florescimento de vitalidade e de uma energia por muito tempo reprimida".
Hoje, infelizmente, a maioria dos conhecedores que fazem a peregrinação à Capela Cerasi em Santa Maria del Popolo ignoram o retábulo Assunção da Virgem de Carracci (1600-1601), se concentrando somente nos deslumbrantes trabalhos orlados de Caravaggio. É instrutivo comparar as diferenças teológicas e artísticas entre a Assunção2 de Carracci e A Morte da Virgem de Caravaggio. Entre os primeiros contemporâneos, Carracci teria sido um inovador. Ele reanimou o vocabulário visual de afrescos de Michelangelo e postulou uma paisagem pictórica muscular e vividamente brilhante, que vinha se tornando progressivamente incapacitada por um emaranhado de maneirismos. Enquanto Michelangelo era capaz de curvar e contorcer o corpo humano em qualquer perspectiva possível, Carracci, nos afrescos de Farnese, mostrou como fazê-lo dançar. As fronteiras do "teto", grandes extensões de parede a serem decoradas, durante as décadas posteriores seriam preenchidas pelo brilhantismo monumental dos seguidores de Carracci, e não pelos seguidores de Caravaggio.

Paisagens, gênero de arte e desenho

Em 8 de Julho de 1595, Anibale Carraci completou a pintura San Rocco Distribuindo Esmolas, atualmente na Dresden Gemäldegalerie. Outros trabalhos significativos pintados em Roma incluem Domine Quo Vadis?, que revela uma forte economia na composição da figura, além da força e precisão de gesto que influenciou Poussin e, por meio dele, a linguagem de gesto na pintura.
Carracci tem uma temática incrivelmente eclética, pintando paisagens, cenas e retratos, incluindo uma série de auto-retratos através do tempo. Foi um dos primeiros pintores italianos a produzir telas nas quais a paisagem tinha prioridade sobre as figuras, como no seu magistral A Fuga para o Egito. Nesse gênero, Carracci foi seguido por Domenichino (seu pupilo favorito) e Lorraine.
A arte de Carracci também tem um lado menos formal, que aparece em suas caricaturas (gênero cuja invenção costuma ser a ele acreditada) e em suas primeiras pinturas de gênero, que são notáveis pela observação animada e manipulação livre, como a obra Açougue e a pintura O Comedor de Feijão. Ele é descrito pelos biógrafos como desatento às vestimentas e obcecado pelo trabalho. Seus auto-retratos variam em sua representação.3
Sob humor melancólico

Não se sabe ao certo quanto trabalho Annibale completou após o término da galeria principal do Palazzo Farnese. Em 1606, Annibale assina uma Virgem da Bacia. Entretanto, em uma carta de abril de 1606, o cardeal Odoarde Farnese lamenta que um "pesado humor melancólico" impede que Annibale pinte para ele. Durante 1607, Annibale é incapaz de completar uma encomenda de Natal do Duque de Módena. Há uma note de 1608 na qual Annibale estipula a um aluno que passe ao menos duas horas por dia em seu estúdio.
Há pouca ou nenhuma documentação que explique por que seus pincéis se calaram, apesar de muitas especulações.
Em 1609, Annibale falece e é enterrado de acordo com seu desejo, próximo a Raphael no Panteão de Roma. Pode-se medir suas realizações pelo fato de artistas tão diversos quanto Bernini, Poussin, e Rubens haverem elogiado seu trabalho. Muitos de seus assistentes e alunos que participaram do projeto do Palazzo Farnese e da Capela Herrera figuraram entre os artistas pré-eminente das décadas seguintes, incluindo Domenichino, Francesco Albani, Giovanni Lanfranco, Domenico Viola, Guido Reni, Badalocchio Sisto, e outros.
Cronologia da obra

Ragazzo che beve, 1582-1583, óleo sobre tela, 55 x 43 cm, coleção particular.
Testa d'uomo sorridente, 1583, óleo sobre tela, Roma, Galleria Borghese.
Crocifissione e santi, 1583, óleo sobre tela, 305 x 210 cm, Bolonha, Santa Maria della Carità.
Salma di Cristo, 1583-1585, óleo sobre tela, 70,7 x 88,8 cm, Stuttgart, Staatsgalerie Stuttgart
Battesimo di Cristo, 1584, óleo sobre tela, Bolonha, Chiesa di San Gregorio.
Mangiafagioli, 1584-1585, óleo sobre tela, 57 x 68 cm, Roma, Galleria Colonna.
La bottega del macellaio, 1585, óleo sobre tela, 185 x 266 cm, Oxford, Christ Church Picture Gallery.
San Francesco penitente, 1585 ca, óleo sobre tela, 75 x 57 cm, Roma, Pinacoteca Capitolina.
Visione di sant'Eustachio, 1585-1586, óleo sobre tela, 86 x 113, Nápoles, Museo di Capodimonte.
Matrimonio mistico di santa Caterina, 1585-1587, óleo sobre tela, 160 x 128 cm, Nápoles, Museo di Capodimonte.
Cristo coronato di spine sorretto dagli angeli, 1585-1587, óleo sobre tela, 85 x 100 cm, Dresden, Gemäldegalerie.
San Francesco d'Assisi, 1585-1590, óleo sobre tela, 55 x 37 cm, Nápoles, Museo di Capodimonte.
Ritratto di musicista, 1587 ca, óleo sobre tela, 91 x 67 cm, Nápoles, Museo di Capodimonte.
Madonna col Bambino in gloria e santi, 1587-1588, óleo sobre tela, 278 x 193 cm, Bolonha, Pinacoteca Nazionale.
Venere con un Satiro e Cupido, 1588, óleo sobre tela, 112 x 142 cm, Florença, Galleria degli Uffizi.
Arcangelo Gabriele e Vergine Annunziata, 1588, óleo sobre tela, 152 x 76 cm cada, Bolonha, Pinacoteca Nazionale.
Madonna col Bambino in trono e i santi Francesco, Matteo e Giovanni Battista, 1588, óleo sobre tela, 384 x 255 cm, Dresden, Gemäldegalerie.
Satiro, 1588-1590, óleo sobre tela, 128 x 76 cm, Nápoles, Museo di Capodimonte.
Paesaggio con Diana ed Endimione, 1590, óleo sobre madeira, 33 x 46 cm, York, City Art Gallery.
Autoritratto di profilo, 1590, óleo sobre tela, Florença, Galleria degli Uffizi.
Uomo con scimmia 1590, óleo sobre tela, 68 x 58,3, Florença, Galleria degli Uffizi.
Venere e Cupido, 1590, óleo sobre tela, 110 x 130 cm, Modena, Galleria Estense.
Paesaggio con un fiume, 1590, óleo sobre tela, 88,3 x 148 cm, Washington, National Gallery of Art.
Assunzione della Vergine, 1590, óleo sobre tela, 130 x 97 cm, Madrid, Museo del Prado.
Le tre Marie al sepolcro, 1590, óleo sobre tela, 121 x 145,5 cm, São Petersburgo, Ermitage.
Bacco, 1590-1591, óleo sobre tela, 160 x 100 cm, Nápoles, Museo di Capodimonte.
Venere abbigliata dalle Grazie, 1590-1595, óleo sobre tela, 133 x 170,5 cm, Washington, National Gallery of Art.
La Vergine appare alle sante Lucia e Caterina, 1592, óleo sobre tela, 401 x 226 cm, Paris, Museu do Louvre.
Assunzione della Vergine, 1592, óleo sobre tela, 260 x 117 cm, Bolonha, Pinacoteca Nazionale.
La resurrezione di Cristo 1593, óleo sobre tela, 217 x 160 cm, Paris, Museu do Louvre.
La Sacra Famiglia, 1593, óleo sobre tela, 120 x 98 cm, Paris, Museu do Louvre.
Adorazione dei pastori, 1593, óleo sobre tela, 85 x 63 cm, Roma, Galleria Nazionale di Arte Antica.
Madonna col Bambino in trono e i santi Giovanni Evangelista e Caterina, 1593, óleo sobre tela, 289,5 x 192,5 cm, Bolonha, Pinacoteca Nazionale.
Allegoria fluviale, 1593-1594, óleo sobre tela, 80,5 x 90,5 cm, Nápoles, Museo di Capodimonte.
Cristo Crocifisso, 1594, óleo sobre tela, 33,8 x 23,4 cm, Berlim, Staatliche Museen.
Visione di san Francesco d'Assis, 1594, óleo sobre tela, 47 x 35,5 cm, Kassel, Staatliche Kunstsammlungen.
San Giovanni Battista nel deserto, 1594-1595, óleo sobre tela, 129,3 x 98 cm, Bolonha, Pinacoteca Nazionale.
Scena di pesca, 1595 ca, óleo sobre tela, 136 x 253 cm, Paris, Museu do Louvre.
Scena di caccia, 1595 ca, óleo sobre tela, 136 x 253 cm, Paris, Museu do Louvre.
Venere, Adone e Cupido, 1595 ca, óleo sobre tela, 212 x 268 cm, Madrid, Museo del Prado.
Venere con Adone, 1595 ca,óleo sobre tela, 217 x 246 cm, Viena, Kunsthistorisches Museum.
Incoronazione della Vergine, 1595 ca, óleo sobre tela, 117,8 x 141,3 cm, New York, Metropolitan Museum.
San Francesco adorante il Crocifisso, 1596 ca, óleo sobre tela, 48 x 36,5, Bolonha, Pinacoteca Nazionale.
La scelta di Ercole, 1596 ca, óleo sobre tela, 167 x 273 cm, Nápoles, Museo di Capodimonte.
Cristo deriso, 1596 ca, olio su tela, 60 x 69,5 cm, Bolonha, Pinacoteca Nazionale.
Orazione nell'orto, 1596-1597, óleo sobre madeira, 39,4 x 29 cm, Hampton Court, Royal Collection.
San Girolamo, 1596-1599, óleo sobre tela, 44 x 32 cm, Nápoles, Museo di Capodimonte.
Cristo in gloria e santi, 1597, óleo sobre tela, 194,2 x 142,4 cm, Florença, Palazzo Pitti.
Marsia e Olimpo, 1597-1600, óleo sobre madeira, 35,4 x 84,2 cm, Londres, National Gallery.
Sileno che mangia l'uva, 1597-1600, óleo sobre madeira, 54,5 x 88,5 cm, Londres, National Gallery.
Maria Maddalena in un paesaggio, 1598, óleo sobre madeira, Cambridge, Fitzwilliam Museum.
Cristo appare a sant'Antonio Abate, 1598, óleo sobre madeira, 49,5 x 34,4 cm, Londres, National Gallery.
Madonna col Bambino e san Giovannino, 1599-1600, óleo sobre tela, 51,2 x 68,4 cm, Hampton Court, Royal Collection.
Sacrificio di Isacco, 1599-1600 ca, óleo sobre tela, 45 x 34 cm, Paris, Museu do Louvre.
Compianto su Cristo morto, 1599-1600, óleo sobre tela, 156 x 149 cm, Nápoles, Museo di Capodimonte.
Ercole strozza i serpenti, 1599-1600, óleo sobre tela, 16 x 15 cm, Paris, Museu do Louvre.
Madonna Montalto, 1600, óleo sobre madeira, 35 x 27,5 cm, Londres, National Gallery.
Ritratto di Giovanni Gabrieli, 1600, óleo sobre madeira, Dresden, Gemäldegalerie.
Riposo durante la Fuga in Egitto, 1600, óleo sobre tela, diametro 82,5 cm, São Petersburgo, Ermitage.
Assunzione della Vergine Maria, 1600-1601, óleo sobre tela, 245 x 155 cm, Roma, Santa Maria del Popolo, Cappella Cerasi.
Rinaldo e Armida, 1601, óleo sobre tela, 154 x 233 cm, Nápoles, Museo di Capodimonte.
Domine, quo vadis?, 1602, óleo sobre madeira, 77,4 x 56,3 cm, Londres, National Gallery.
Pietà con san Francesco e Maria Maddalena, 1602-1607, óleo sobre tela, 277 x 186 cm, Paris, Museu do Louvre.
La Pietà e due angeli, 1603, óleo sobre madeira, 41 x 60,8 cm, Viena, Kunsthistorisches Museum.
Martirio di santo Stefano, 1603-1604, óleo sobre tela, 51 x 68 cm, Paris, Museu do Louvre.
Lapidazione di santo Stefano, 1603-1604, óleo sobre tela, 51 x 53 cm, Paris, Museu do Louvre.
Paesaggio con la fuga in Egitto, 1604, óleo sobre tela, 122 x 230 cm, Roma, Galleria Doria Pamphilj.
Autoritratto su tela, 1604, óleo sobre madeira, 42 x 30 cm, São Petersburgo, Ermitage.
Trittico della Deposizione, 1604-1605, óleo sobre madeira, 37 x 24 cm; 37 x 12 cm, Roma, Galleria Nazionale di Arte Antica.
Cristo e la samaritana al pozzo, 1604-1605, óleo sobre tela, 60,5 x 146 cm , Viena, Kunsthistorisches Museum.
Traslazione della Santa Casa, 1605, óleo sobre tela, 250 x 150 cm, Roma, Chiesa di Sant'Onofrio.
Natività della Vergine, 1605-1609, óleo sobre tela, 279 x 159 cm, Paris, Museu do Louvre.
Compianto su Cristo morto, 1606, óleo sobre tela, 92,8 x 103,2 cm, Londres, National Gallery.
Deposizione nel sepolcro, 1610, óleo sobre tela, 45 x 35 cm, Viena, Kunsthistorisches Museum.
San Girolamo 1585
Il trionfo di Bacco e Arianna (1597 - 1600)
L'ira di Polifemo (1600 circa)
Annunciazione (1593-1596) Louvre
Due macellai al lavoro (La piccola macelleria), óleo sobre tela, 59.7 x 71.0 cm, (1582-1583 ca), Fort Worth, Kimbell Art Museum.
La Samaritana al pozzo Pinacoteca di Brera

Putin está pronto para invadir Ucrânia; tropas tomam a Crimeia





Putin está pronto para invadir Ucrânia; tropas tomam a Crimeia

Por Lidia Kelly e Pavel Polityuk

MOSCOU/KIEV, 1 Mar (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, pediu e conseguiu neste sábado a aprovação de seu Parlamento para invadir a Ucrânia, onde as suas tropas aparentemente já tomaram a península da Crimeia, rejeitando apelos ocidentais para contenção.

Conversas sobre confronto ou guerra total se espalharam rapidamente por toda a Ucrânia, com manifestantes pró-Moscou levantando a bandeira da Rússia em prédios do governo em várias cidades e políticos antirussos pedindo mobilização.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatseniuk, disse que uma intervenção militar russa levaria à guerra e ao fim de qualquer relação com Moscou. Ele pediu uma solução política.

A afirmação aberta de Putin sobre o direito de enviar tropas para um país de 46 milhões de habitantes na Europa Central criou o maior impasse entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.

A medida também rejeita o apelo de líderes ocidentais por uma não intervenção russa, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que na véspera pronunciou um discurso transmitido pela televisão para avisar Moscou das consequências de uma eventual ação.

Tropas sem identificação, mas claramente russas - algumas em veículos com placas registradas na Rússia - já tomaram a Crimeia, uma península isolada no Mar Negro onde Moscou tem uma base militar. As novas autoridades de Kiev não têm sido capazes de intervir na região.

O Ocidente pediu uma resposta, mas até agora isso tem sido limitado a palavras de raiva de Washington e seus aliados europeus. Uma autoridade dos EUA disse que o secretário de Defesa norte-americano, Chuck Hagel, conversou com o seu homólogo russo, Sergei Shoigu. O funcionário disse que não houve mudança de postura militar dos EUA.

A chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, afirmou que a aprovação russa para o uso da força na Ucrânia representava uma escalada injustificada e exortou Moscou a não enviar tropas ao país vizinho.
Da Suécia, o chanceler Carl Bildt disse que a ação russa era "claramente contra a lei internacional". O presidente tcheco, Milos Zeman, lembrou a invasão soviética da Tchecoslováquia em 1968.

"Necessidade urgente de alívio (da tensão) na Crimeia", pediu o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, em mensagem no Twitter. "Os aliados da Otan continuam acompanhando de perto."

A Grã-Bretanha convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas para este sábado com o objetivo de discutir os acontecimentos na Ucrânia.

Putin pediu ao Parlamento para aprovar o uso da força "em conexão com a situação extraordinária na Ucrânia, a ameaça à vida dos cidadãos da Federação Russa, os nossos compatriotas" e para proteger a Frota do Mar Negro na Crimeia.

A Câmara Alta rapidamente aprovou o pedido de forma unânime em uma votação que foi transmitida pela TV.

A autorização durará "até a normalização da situação sociopolítica no país", disse Putin em seu pedido. Sua justificativa - a necessidade de proteger os cidadãos russos - era a mesma que ele usou para lançar uma invasão da Geórgia, onde as forças russas tomaram duas regiões separatistas e as reconheceram como independentes em 2008.

Até agora não houve nenhum sinal de ação militar russa na Ucrânia para além da Crimeia, a única parte do país com uma maioria étnica russa, que em muitas vezes expressou intenções separatistas.

Enquanto a tensão aumentava neste sábado, manifestações se tornaram violentas em cidades do leste, onde a maioria das pessoas, embora etnicamente ucraniana, fala russo, e muitas apoiam Moscou e o presidente deposto Viktor Yanukovich.

"A GUERRA CHEGOU"
Apesar de não haver dúvidas de que as tropas não identificadas que já tomaram a Crimeia sejam russas, o Kremlin ainda não confirmou abertamente. Um porta-voz do governo russo disse que Putin ainda não tinha decidido sobre a intervenção e que ainda esperava evitar uma nova escalada.

O ritmo acelerado dos acontecimentos abalou os novos líderes da Ucrânia, que tomaram o poder em um país à beira da falência quando Yanukovich fugiu de Kiev na semana passada depois de a polícia matar dezenas de manifestantes da oposição na capital do país.

A crise na Ucrânia começou em novembro do ano passado, quando Yanukovich, sob pressão de Moscou, desistiu de assinar um pacto de livre comércio com a UE para estreitar os laços com a Rússia.

Após o anúncio do pedido de Putin para intervir, o presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchynov, convocou uma reunião de seus chefes de segurança. Vitaly Klitschko, outro líder da oposição, pediu uma mobilização geral.

Na Praça da Independência de Kiev, onde os manifestantes acamparam durante meses em protesto contra Yanukovich, um filme de Segunda Guerra Mundial sobre a Crimeia era exibido em uma tela gigante. O ex-ministro do Interior Yuri Lutsenko interrompeu para anunciar: "A guerra chegou."

Na Crimeia em si, a chegada das tropas foi aplaudida pela maioria russa. Na cidade costeira de Balaclava, as famílias posaram para fotos com os soldados.

"Eu quero viver com a Rússia. Eu quero me juntar à Rússia", disse Alla Batura, de 71 anos, que viveu em Sebastopol por 50 anos. "Eles são bons... estão nos protegendo, assim nos sentimos seguros."

Mas nem todo mundo estava tranquilo. Inna, balconista de 21 anos, disse: "Estou em estado de choque. Não entendo o que diabos é isso... As pessoas dizem que eles vieram aqui para nos proteger. Quem sabe?"

Para muitos na Ucrânia, a perspectiva de um conflito militar era arrepiante. "Quando um eslavo luta contra outro eslavo, o resultado é devastador", disse Natalia Kuharchuk, uma contadora em Kiev. "Que Deus nos salve."

(Reportagem adicional de Alissa de Carbonnel, em Balaclava, na Ucrânia; de Timothy Heritage e Stephen Grey, em Kiev; e de Lina Kushch, em Donetsk)

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Mestres da Arquitetura Barroca,Francesco Borromini







Francesco Borromini

Arquiteto e escultor italiano, Francesco Castelli, mais conhecido por Francesco Borromini, nasceu em 1599, em Bissone, na Lombardia, e morreu a 2 de setembro de 1667, em Roma. Por volta de 1610 foi para Milão aprender o ofício de talhar a pedra e, em 1620, mudou-se para Roma onde se torna um dos artesãos de Carlo Maderna (1556-1629), o mais importante arquiteto italiano na época, colaborando nos trabalhos da Catedral de S. Pedro e no Palácio Barberini.Com a morte de Maderna, em 1926, passa a trabalhar com Giovanni Bernini (1598-1680) que fora nomeado arquiteto oficial de S. Pedro em sua substituição, e participa na execução do Baldaquino sobre o túmulo de S. Pedro. Em 1633, Borromini começa a trabalhar como arquiteto por conta própria, iniciando uma contenda com Bernini que duraria até ao fim dos seus dias. A sua primeira grande encomenda, e uma das suas obras primas, foi a igreja de S. Carlo alle Quattrofontane (1638-41) onde expressa o seu estilo pessoal e que foi criticada por Bernini que o acusa de subverter as regras da arquitetura clássica e as proporções arquitetónicas baseadas no corpo humano, que ele entende serem sagradas por este ser feito à imagem de Deus.De facto Borromini, que é um grande conhecedor da arquitetura clássica, reivindica o direito de interpretar livremente os motivos herdados da grande arquitetura romana recusando o que ele considera ser uma mera cópia desses monumentos.
Esta atitude, que representa o pensamento barroco, foi largamente seguida pelas gerações vindouras e o seu exemplo espalhou-se por toda a Europa.
Borromini era uma pessoa perturbada, morreu com um ferimento que infligiu a si próprio, deprimido por a sua obra não ser devidamente reconhecida pelos seus contemporâneos.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

CARAVAGGIO, vida e obra.

Mestres do Barroco, CARAVAGGIO




Na sequência:  Flagelação de Cristo, João Batista no deserto e A morte da Virgem
Coreografia com contrastes de claro-escuro.

Caravaggio. Artista barroco italiano, 29/09/1571, Caravaggio, Lombardia
18/07/1610, Porto Ercole.



Michelangelo Merisi nasceu na pequena aldeia lombarda de Caravaggio, cujo nome depois adotou. Aos 12 anos, seu pai, mestre de obras, o inscreveu no ateliê de Simone Peterzano, um modesto pintor que se intitulava "discípulo de Ticiano".

Por volta dos 15 anos, Caravaggio foge para Roma, onde passa de um ateliê a outro e troca inúmeras vezes de protetor. Suas primeiras obras conhecidas mostram independência em relação à representação católica tradicional e causaram escândalo, gerando conflito com os cânones artísticos da época e dividindo o público entre admiradores e inimigos.

Considerado tanto fascinante quanto turbulento, o artista estava sempre envolvido em duelos e discussões. "Não sou um pintor valentão, como me chamam, mas sim um pintor valente, isto é, que sabe pintar bem e imitar bem as coisas naturais", disse Caravaggio perante o tribunal que julgava sua primeira acusação de perturbar a ordem pública.

Após um período inicial de miséria, quando chegou a vender pinturas nas ruas, ele passa a trabalhar para o cardeal Del Monte, patrono da escola de pintores de Roma, a "Academia de São Lucas". Com um aposento no "palazzo" do cardeal e uma pensão regular, Caravaggio realiza uma série de importantes quadros de temática religiosa.

Uma das características mais importantes de suas pinturas é retratar o aspecto mundano dos eventos bíblicos usando o povo comum das ruas de Roma: vendedores, músicos ambulantes, ciganos, prostitutas. Outra característica marcante são os efeitos de iluminação criados pelo jogo de luzes e sombras, que causam um impacto realista em seus quadros.

Ele geralmente usava um fundo escuro e agrupava a cena em primeiro plano com focos de luz sobre os detalhes, ressaltando principalmente os rostos. Estes efeitos receberam o nome de tenebrismo.

Caravaggio freqüentou tanto ambientes cultos e refinados como as tavernas romanas. Usava roupas extravagantes e chapéus de feltro com abas largas. Exibia uma espada na cintura e carregava um cachorro no colo.

Com a vida boêmia e afundado em dívidas, começa a decadência. Recusa a oferta do príncipe Doria Pamphili para decorar uma parte de seu palácio (hoje sede da embaixada brasileira na Itália) e insiste em pintar "quadros verdadeiros", certo de encontrar compradores.

Sua situação piora em 1606, quando ele mata o nobre Tommasoni, durante um jogo de pallacorda, antepassado do tênis. Ferido, foge para Nápoles e enquanto seu perdão era pleiteado em Roma, se dirige à ilha de Malta, onde recebe a Cruz de Malta.

Pouco depois tem problemas com um nobre maltês e é preso. Ajudado por amigos, foge para a Sicília. Muda de cidade seguidamente: de Siracusa a Messina, daí a Palermo, depois retorna a Nápoles, no outono de 1609.

Os sicários do cavaleiro maltês ultrajado descobrem, porém, seu esconderijo e, perto de uma taverna, ferem-no a espada. Recolhido e medicado, convalescia quando a notícia de que o papa estava prestes a conceder-lhe perdão e permitir-lhe o regresso a Roma animou-o a deixar Nápoles por via marítima.

Todavia, não totalmente recuperado, vertendo sangue e minado pela malária, Caravaggio morre numa praia deserta próxima de Roma, aos 39 anos.

Características da obra

Caravaggio tomava emprestada a imagem de pessoas comuns das ruas de Roma para retratar Maria e os apóstolos. A sua inspiração estava entre comerciantes, prostitutas, marinheiros, todo o tipo de pessoas que não eram de nobre estirpe e que tivessem grande expressão, como as suas obras retratam. Talvez tenha sido um dos primeiros artistas a saber conciliar a arte com o "ministério de Jesus", que teria acontecido entre pescadores, camponeses e prostitutas.
O artista levou este princípio estético às últimas consequências, a ponto de ter sido acusado de usar o corpo de uma prostituta fisgada morta do rio Tibre para pintar A Morte da Virgem. Esta foi uma das duas mais importantes características das suas pinturas: retratar o aspecto mundano dos eventos bíblicos, usando o povo comum das ruas de Roma.
Em a "Flagelação de Cristo"  compôs uma coreografia com contrastes de claro-escuro, onde Cristo se apresentava num movimento de total abandono, conseguindo uma composição de beleza carismática. Já em "São João Batista"  , demonstra um jovem de olhar provocador -julgava-se que esse modelo era um dos seus amantes.[carece de fontes]

Coreografia com contrastes de claro-escuro


A outra característica marcante foi a dimensão e impacto realista que ele deu aos seus quadros, ao usar um fundo sempre raso, obscuro, muitas vezes totalmente negro, e agrupar a cena em primeiro plano com focos intenso de luz sobre os detalhes, geralmente os rostos. O uso de sombra e luz é marcante em seus quadros e atrai o observador para dentro da cena - como fica bem demonstrado em A ceia de Emaús . Os efeitos de iluminação que Caravaggio criou receberam um nome específico: tenebrismo.
Na obra "David com a cabeça de Golias"  , uma cabeça decapitada, onde ele mesmo é o Golias, um sanguinário grotesco, um monstro. Na decapitação de João Batista, o mal era representado por outra pessoa. Aqui, é Caravaggio quem personifica a maldade. Na espada de David foi escrito Humilitas Occedit Superbiam ("A Humildade Conquista o Mundo"). Uma batalha que tem sido travada dentro da cabeça de Caravaggio, entre os dois lados opostos do pintor retratado nessa fascinante obra.

Uso da luz e sombras


No fim do Renascimento, os grandes mestres caminhavam para uma visão mais obscura e realista das escrituras sagradas, como se vê principalmente em A Conversão de São Paulo  e no Martírio de São Pedro - afrescos de Michelangelo Buonarroti, realizados na Cappella Paolina, no Palácio Vaticano. Caravaggio pintou versões próprias desses temas - A conversão de São Paulo, a caminho de Damasco 8 e Crucificação de São Pedro  - que ilustram bem como foi capaz de igualar, senão de superar seus mestres.

Caravaggio reagiu às convenções do maneirismo e opôs a elas uma pintura natural, direta, e até mesmo brutal, que pela sua franqueza renovou a natureza morta (Cesta de frutas - 1596)10 , e as cenas profanas (Baco, 1593-1594)11 , bem como os temas religiosos (Descanso durante fuga para o Egito 12 , 1594-1596). Os contrastes de forma e luz sublinham formas maciças que, na maior parte de suas obras, emergem vigorosamente de um fundo negro escuro com pouca profundidade como em temas cotidianos, a exemplo de A Advinha.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Edson Marinho (O Papa do conhecimento) aprovado em matemática na UFRPE

 Edson Marinho com a sua mãe Flávia.
 Edson com a prima e amiga Larrissa.
 Aqui o nosso Papa do conhecimento é comparado a um monge budista.  Este cara é mais que um monge ele sempre foi visto como uma promessa a sua aprovação já estava escrita na galeria da intelectualidade.Parabéns Papa!!!

 Edson Marinho (O PAPA DO CONHECIMENTO)) aprovado em matemática na UFRPE.


Querido Edson marinho, estamos todos felizes pelo seu grande êxito de ser aprovado no curso de matemática da UFRPE. Todos nós que convivemos com você ao longo desses longos e árduos anos sabíamos da sua grande capacidade intelectual e que sempre se destacou como um dos alunos mais aplicados e sábio da UI/Performance.  Esta meta alcançada será uma das muitas que alcançará ao longo dessa bela trajetória que se inicia. E com certeza a partir de hoje você sem dúvida assume a cátedra da intelectualidade e que será acompanhada de grande sucesso. Parabéns!!! PAPA DO CONHECIMENTO. Com carinho de todos os professores da UI/Performance e em especial do seu amigo e professor Alarcon.

Crise na Venezuela




A vaga de protestos aumenta e os venezuelanos estão dividos. Os confrontos entre os opositores e os apoiantes do governo já provocaram vários mortos e dezenas de feridos.
Há pouco mais de uma semana, os estudantes e a oposição, em geral, iniciaram os protestos contra a política económica de Maduro e a insegurança crescente. O presidente reforçou a segurança e prometeu que não vai facilitar nenhum golpe de Estado.

Um ano depois da morte de Hugo Chavez, Nicolas Maduro tem cada vez mais dificuldades em conter a zona de turbulência que atravessa o país e assume que está em guerra (económica) contra o setor privado, ou seja, a oposição.

As grandes empresas e o patronato são acusados de inflacionar os preços por falta de patriotismo económico. O governo aprovou uma lei que proibe margens de lucro superiores a 30%. O exército vai às lojas fiscalizar os preços.

A inflação subiu para 55%, principalmente por causa das taxas de câmbio.

A taxa oficial de câmbio do dólar é 6,3 bolivares, mas no mercado negro o dólar atinge 70 bolivares.
A Venezuela está a viver cada vez mais da exportação do petróleo, que aumentou 20% em 17 anos.
Para completar o quadro, o país é considerado um dos mais corruptos do mundo.

Uma corrupção que o governo atribui à “burguesia parasitára e ao capitalismo especulativo”. Mas desde o tempo de Chavez, que todas as regiões foram entregues a governantes da família Chavez e amigos, como acusa a oposição.

A situação económica gera penúria de bens de consumo corrente. A Venezuela importa praticamente tudo, nomeadamente bens alimentares. Há falta de produtos básicos nas prateleiras dos supermercados.

Outra praga venezuelana é o aumento da criminalidade. O goveno não devulgou números, entre 2006 e 2012, mas os cálculos ultrapassam em muito os dados do Observatório da Venezuela para a Violência.

Em 1998 registaram-se 4500 homicídios. Em 2012 mais de 20 mil, ou seja, 73 mortes por 100 mil habitantes. A Venezuela tornou-se um dos países com uma das mais altas taxas de criminalidade do mundo. Circulam cerca de 3 a 18 milhões de armas, mas apenas alguns milhares estão legalizadas.

Criminalidade, corrupção, inflação, penúria….males que corroem a Venezuela e fragilizam o poder do sucessor de Chavez

http://pt.euronews.com/.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Entenda a crise na Ucrânia



Bandeira e mapa da Ucrânia


http://agenciabrasil.ebc.com.br/

Carolina Sarres - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
Os conflitos na Ucrânia que ocupam os noticiários recentemente são o resultado de uma divisão interna histórica no país acirrada pelo abandono de um acordo de associação à União Europeia (UE) e de manutenção das tradicionais relações com a Rússia. A desistência do governo em se aliar à UE levou milhares de pessoas às ruas. As manifestações foram reprimidas pelo Estado com violência e o númeo de mortos aumenta a cada dia.

“Quando se decidiu abandonar essa opção [acordo de associação com a UE] e as pessoas foram às ruas, a reação do governo foi a pior possível, como geralmente acontece nos países dessa região. Com tradição autoritária, baixou Exército e polícia. Quando há franco-atiradores matando civis, isso é um ambiente de descontrole total”, explicou o professor de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) Christian Lohbauer.

Para o ex-secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores (MRE) embaixador Marcos Azambuja, a crise ucraniana não deve ser resolvida num curto prazo. “A capital está dividida. Esse tipo de mobilização a longo prazo provoca crise. Não se pode ter pessoas armadas por meses sem que haja descontrole e violência como houve nesta semana. Isso torna a conciliação não impossível, mas muito difícil. É uma crise de longo prazo, não vejo luz no fim do túnel. O importante é que não haja uma guerra civil ou uma partilha do Estado em dois”, explicou.

Protesto na Ucrânia
Pelo menos 100 pessoas já morreram durante os confrontos na Ucrânia
De acordo com o embaixador, também vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), a origem dos conflitos na Ucrânia remonta a Guerra Fria, que vigorou da década de 1950 até o fim da União Soviética, no começo dos anos de 1990.


Como legado do fim da Guerra Fria, estabeleceu-se uma Ucrânia dividida: uma ocidentalizada, com tendências europeizantes – que, atualmente, é representada pelos manifestantes que pedem a associação do país à União Europeia; outra, com forte ligações com a Rússia, – representada por parte da população que mantém costumes russos e pelo atual governo do presidente Viktor Ianukóvitch. Cerca de 20% da população da Ucrânia é russa – étnica e culturalmente.

“O fim do império soviético foi abrupto. Certas partes se desligaram dele, inclusive, as mais importantes; hoje, Ucrânia e Bielorússia. A Ucrânia, a rigor, não é um país homogêneo, mas uma entidade demográfica e socioeconômica”, explicou Azambuja.

Para ele, a oferta da União Europeia para que a Ucrânia fizesse parte do bloco foi uma alternativa política e econômica à dependência do regime do presidente russo, Vladimir Putin. Por meio da associação à UE, que busca ampliação, a Ucrânia - não como membro pleno, mas associado - teria acesso a acordos comerciais preferenciais com a Europa e empréstimos facilitados. Ainda que haja abundância de recursos naturais - como o petróleo e o gás -, a Ucrânia não tem uma economia diversificada e se mantém por meio de produtos primários, o que acaba por gerar um crônico desequilíbrio de balança comercial.

Apesar do apelo à união com o bloco europeu, o contexto atual é de enfraquecimento da Europa, que não se recuperou completamente da crise, e o fortalecimento da Rússia, mais autoconfiante, que pretende estabelecer uma união aduaneira em sua vizinhança.

Além disso, um dos principais pontos para entender o conflito é a relação entre a Rússia e a União Europeia, que depende do fornecimento de energia russo. “A Rússia é a maior fornecedora de energia da UE, por isso [o presidente] Putin joga, ele não teria condição de enfrentar a Europa se não fosse pela chantagem da política energética. O que o bloco europeu poderia fazer agora é peitar a Rússia, mas não pode fazer porque o Putin pode decidir que a Europa fica sem energia”,  disse o professor da USP Christian Lohbauer.

Segundo o embaixador Marcos Azambuja, a Ucrânia é um país de grande importância agrícola e o potencial de abastecimento que oferece seria benéfico tanto para a UE quanto para a Rússia, que tem a vantagem de já ter a integração de infraestrutura necessária – estradas, ferrovias, gasodutos e sistemas de comunicação.

Para Azambuja, a única opção para dar fim à crise é a negociação, inclusive com a mediação de outros países. O professor da USP, por outro lado, acredita que a crise poderia ser amenizada se, por pressão internacional, o governo da Ucrânia optasse por interromper o ciclo político atual e convocar eleições gerais.

Ucrânia está pronta para falar com Rússia, mas Europa é prioridade, diz presidente


O presidente ucraniano destituído Viktor Yanukovich


KIEV, 23 Fev (Reuters) - O presidente em exercício da Ucrânia, Oleksander Turchinov, disse neste domingo que o país está pronto para conversar com a liderança da Rússia para tentar melhorar as relações, mas deixou claro que a volta de Kiev à integração europeia é a prioridade.

Em discurso à nação, Turchinov disse que a nova liderança ucraniana, após a deposição de Viktor Yanukovich, está pronta para um diálogo com a Rússia para colocar as relações em "um patamar novo, igual e de boa vizinhança, que reconheça e leve em consideração a escolha europeia da Ucrânia".

"Outra prioridade", disse ele, "é retornar ao caminho da integração europeia".

Ele também afirmou que um dos desafios do próximo governo é estabilizar a economia, que ele disse correr risco de descumprir suas obrigações.

(Reportagem de Natalia Zinets)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Novo grupo militante reivindica autoria de ataques no Cairo

Novo grupo militante reivindica autoria de ataques no Cairo

CAIRO, 8 Fev (Reuters) - Um novo grupo militante reivindicou a responsabilidade por dois ataques a bomba no Cairo na sexta-feira que tinha como alvo a polícia egípcia, e prometeu realizar mais ataques, elevando o risco de uma onda de violência contra as forças de segurança.

O grupo -denominado Ajnad Misr, ou Soldados do Egito- disse, por meio de um comunicado postado em uma página do Facebook em nome da facção, ter realizado o ataque que feriu seis pessoas.

O comunicado foi reproduzido por um website usado por grupos militantes e pelo órgão de inteligência SITE, que monitora tais páginas.

Tiroteios e ataques a bomba contra forças de segurança se tornaram frequentes no país desde julho, quando o Exército depôs o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, após grandes protestos contra o seu governo.

O Estado classificou a Irmandade Muçulmana como um grupo terrorista, mas ela diz estar comprometida com o ativismo pacífico.

O Ajnad Misr surgiu no mês passado, reivindicando a autoria de seis ataques no fim de janeiro, de acordo com o SITE. "(As forças de segurança) não estão a salvo da retaliação contra elas", disse o grupo no comunicado.

Muitos dos ataques foram reivindicados pelo Ansar Bayt al-Maqdis, um grupo com sede no Sinai do Norte, que transferiu sua atenção de Israel para o governo egípcio depois da queda de Mursi.

As autoridades, apoiadas pelo Exército, reprimem os simpatizantes de Mursi desde a sua queda. Centenas de partidários do ex-presidente foram mortos durante protestos nas semanas posteriores à troca. Milhares de pessoas foram presas.

Centenas de membros das forças de segurança foram mortos desde então em bombardeios e tiroteios.

(Texto de Tom Perry)

Stephany Albuquerque aprovada em Ciências Biológicas na UPE e na UFPE em Geologia




Stephany Albuquerque  aprovada em Ciências Biológicas na UPE e na UFPE em Geologia.

O Professor Alarcon e todos que fazem parte da Instituição UI/Colégio e Curso Perfomance parabeniza a querida aluna Stephany Albuquerque pelo mérito de ser aprovada  no  curso de Ciências Biológicas da UPE e na UFPE em Geologia. Stephany para nós que sempre acreditamos no seu grande potencial, esta meta alcançada é apenas uma das muitas realizações que estará por vir diante desta brilhante capacidade intelectual que foi testificada ao longo desses anos em que você foi esta grande e maravilhosa aluna. Com carinho de todos os professores. Alarcon

Ferrovia Berlim-Bagdá





Ferrovia Berlim-Bagdá

A Ferrovia de Bagdá (em turco: Bağdat Demiryolu, em alemão: Bagdadbahn), construída entre 1903-1940, foi planejada para ligar Berlim com a cidade de Bagdad do (então) Império Otomano com 1.600 quilômetros (990 Km) através de linha moderna passando por Turquia, Síria e Iraque.
Seu financiamento e engenharia foi principalmente prestada por bancos e empresas do Império Alemão, que na década de 1890 havia construído a Ferrovia de Anatólia (Anatolische Eisenbahn) ligando Istambul, Ancara e Konya. A conclusão da estrada de ferro de Bagdá teria ligado Berlim e em Bagdá, de onde os alemães tentaram estabelecer um porto no Golfo Pérsico.  O Império Otomano desejava manter o controle da Arábia, e expandir a sua influência através do Mar Vermelho no Egito, que era controlado pela Grã-Bretanha. Os alemães ganhariam acesso e posse de campos de petróleo no Iraque, e uma linha para o porto de Basra teria ganho um melhor acesso à parte oriental do império colonial alemão, ignorando o Canal de Suez.
A ferrovia tornou-se uma fonte de conflitos internacionais durante os anos imediatamente anteriores a Primeira Guerra Mundial. Embora tenha sido alegado que foram resolvidos em 1914, antes do início da guerra, também tem sido alegado que a ferrovia foi uma das principais causas da Primeira Guerra Mundial  . Dificuldades técnicas para o controle das remotas Montes Tauro e os atrasos diplomáticos significaram que em 1915, o transporte ferroviário ainda estava a 480 quilômetros (300 milhas) de curto termo, limitando severamente seu uso durante a guerra, em que Bagdá foi ocupada pelos britânicos, enquanto completou-se a Ferrovia de Hejaz no Sul que foi atacada pela guerrilha liderada por T. E. Lawrence. A construção recomeçou em 1930 e foi concluída em 1940.
Rota da ferrovia.
A ferrovia passou pelas seguintes cidades e lugares, na ordem dada, de norte a sul:
Konya
região de Anatólia
Karaman
Ereğli
Montes Tauro, através do Passo de Gülek
planície de Cukurova
Adana
Yenice
Montes Nur
Alepo
Nusaybin
Mosul
Bagdá
Bassorá
A linha de Mersin, Adana-Yenice existia antes da construção da ferrovia Bagdad e foi utilizada para a tarde em sua seção Yenice-Adana.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Estilo Rococó

Estilo Rococó


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        





Rococó





Definição
Rococó é um estilo artístico que se desenvolveu na Europa no século XVIII. Surgiu em 1700, na cidade de Paris, buscando a sutileza em contraposição aos excessos e suntuosidades do Barroco. Espalhou-se pela Europa no século XVIII e chegou à América em meados deste século. Esteve presente na pintura, arquitetura, música e escultura.
A palavra rococó tem origem no termo francês “rocaille” que é um tipo de decoração de jardim em formato de conchas.

Principais características:
- Uso de cores luminosas e suaves, em contraposição às cores fortes do Barroco;
- Estilo artístico marcado pelo uso de linhas leves, sutis e delicadas;
- Utilização de linhas curvas;
- Uso de temas da natureza: pássaros, flores delicadas, plantas, rochas, cascatas de águas;
- Uso de temas relacionados a vida cotidiana e relações humanas;
- Representação da vida profana da aristocracia;
- Arte sem influência de temas religiosos (exceção do Brasil);
- Busca refletir o que é refinado, agradável, sensual e exótico.

Exemplos de artistas do Rococó:
- Pierre Lepautre – decorador francês
- Jean Bérain – gravurista francês
- Jean-Antoine Watteau – pintor francês
- Juste-Aurèle Meissonier – pintor, escultor, desenhista de móveis e arquiteto francês.
- Nicolas Pineau – entalhador e designer de interiores francês.
- Jean-Honoré Fragonard - pintor francês

O Rococó no Brasil
Ao contrário do que aconteceu em grande parte dos países europeus, o Rococó ao chegar ao Brasil em meados do século XVIII teve influência de temas religiosos, manifestando-se, principalmente, no campo da arquitetura. A arquitetura religiosa do Rococó brasileiro pode ser vista nas cidades históricas de Minas Gerais, em Belém e Pernambuco.

Além de ser um artista do Barroco, Aleijadinho foi também um dos principais representantes do Rococó no Brasil.
Jean-Honoré Fragonard (1732-1806), discípulo de Chardin e de Boucher, marcou o ápice do rococó na pintura francesa. Notabilizou-se, primeiro, como grande paisagista, para em seguida enveredar pelo retrato familiar em interiores e pelo erotismo.

Sua obra mais conhecida é O Balanço (1767). Nela, ele antecipa técnicas e conceitos fundamentais aos impressionistas. Um século à frente das inovações trazidas por Monet, Manet e Renoir, já podemos ver a tentativa de capturar o "momento fugidio" da moça que se diverte; a suprema alegria e jovialidade, aliada à ternura e à sensação de acolhimento, que brotam com toda força do quadro; as pinceladas vivas e libertas do rigor acadêmico; os jogos de luz e de cores apenas possíveis ao ar livre, em contato com a natureza.

Vitória Trindade dois anos consecutivos Aluna do Ano 2012 e 2013. Parabéns !!!!




A característica marcante da aluna Vitória Trindade que cursa o 3º médio no Colégio e Curso Performance no Janga é a determinação, a amizade e a sua capacidade criadora. Envolvida em vários projetos no decorrer dos anos letivos,todo o projeto que esta garota coloca a mão vira uma mega produção.Não é atoa que durante dois anos consecutivos ela foi eleita Aluna do Ano 2012 e 2013. Com forte tendência para publicidade e propaganda. Vitória ainda almeja ser uma grande jornalista. É desse tipo de jovens criativos que está repleto o CCP e que nós professores só temos a nos orgulharmos, pois este perfil se encaixa muito bem na nova dinâmica tecnológica exigida atualmente em nosso país . Para terminar Vitória além de ser uma grande aluna também é uma grande amiga dos professores e especialmente do professor Alarcon.