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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Estudo do Planalto aponta três questões para plebiscito



Tânia Monteiro | Agência Estado

Estudo feito pela assessoria técnica do Palácio do Planalto está sendo usado pela presidente Dilma Rousseff como base para elaborar as perguntas do plebiscito sobre reforma política. Três temas são apontados como obstáculos para modernização do sistema partidário e eleitoral. A ideia é que o plebiscito traga questões sobre o financiamento público de campanha, o modelo de eleição de parlamentares e de escolha de candidatos. O governo reconhece que o tema é complexo e de difícil entendimento.
Na reunião com os presidentes das centrais sindicais, a presidente Dilma Rousseff defendeu ontem o financiamento público das campanhas. Nos diversos encontros que vem realizando, Dilma pede sugestões sobre as perguntas que devem ser feitas no plebiscito, destacando que precisam ser bem objetivas.
A presidente quer condensar as sugestões, o quanto antes. Ela pretende encaminhá-las ao Congresso até a próxima terça-feira, 2, sob forma de mensagem pedindo a convocação do plebiscito - que teria de ser realizado até agosto. Para a presidente, é "primordial" que as mudanças sejam aprovadas até o início de outubro e estejam em vigor na eleição de 2014.
O estudo do Planalto sugere três perguntas: a primeira seria sobre o sistema eleitoral para o Poder Legislativo. Se o eleitor escolheria entre um sistema proporcional, como é hoje, um sistema majoritário (apelidado de distritão), ou um sistema distrital misto. A segunda pergunta seria se o eleitor apoiaria lista aberta (como é hoje), com eleição proporcional, ou sistema de lista fechada (no partido), ou o voto em dois turnos, que é chamado de voto transparente.
Na reunião com os sindicalistas, a presidente elogiou a sugestão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em relação ao tema. Entidades, incluindo a OAB, lançaram campanha pelo voto em dois turnos. No primeiro o eleitor escolhe o partido e, em seguida, o candidato. Este sistema acabaria com os votos de legenda e os "puxadores de votos".
A terceira pergunta seria se o eleitor quer que o sistema de financiamento de campanha continue abrangendo doações privadas, como ocorre hoje (atualmente o sistema é misto), se poderia ser um sistema exclusivamente público ou se seria um financiamento público e de pessoas físicas, com limite de contribuição.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Dilma ainda estuda como levar reforma política adiante, diz ministro




25 Jun (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff ainda avalia a maneira que será utilizada para realizar uma reforma política, mas quer que a sociedade seja ouvida sobre o tema, disse nesta terça-feira o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
Segundo ele, Dilma está ouvindo os vários setores da sociedade para colher propostas sobre as formas para realizar uma reforma política no Brasil.
Na segunda-feira, Dilma apresentou a governadores e prefeitos cinco pactos, entre eles "o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita".
Nesta terça-feira, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado, disse a jornalistas, após se reunir com a presidente, que ela havia descartado a convocação de uma assembleia constituinte específica para a reforma política, o que foi negado por Cardozo.
"A presidente se sensibilizou com a nossa pregação e autorizou que fosse comunicado... que o governo sai convencido de que convocar Constituinte não é adequado, porque atrasa o processo de reforma política, porque fazer um plebiscito para convocar uma Constituinte vai atrasar a aprovação da reforma política", disse o presidente da OAB.
Pouco depois, no entanto, o ministro da Justiça negou que Dilma tenha descartado qualquer forma de realizar a reforma política e disse que uma consulta à sociedade é premissa defendida pelo governo federal.
"A presidente ontem (segunda-feira) abriu um processo de discussão com a sociedade. E é assim que tem que ser visto", disse o ministro. "Não tem (proposta) preferida. Nós estamos discutindo o método, a forma."
Após a declaração de Cardozo, a Presidência da República divulgou nota à imprensa negando que Dilma tenha tomado qualquer decisão.
"A presidenta ouviu a proposta da OAB, considerou-a uma importante contribuição, mas não houve qualquer decisão. O governo continuará ouvindo outras propostas de reforma política que lhe forem apresentadas", segundo o comunicado "MUITO INTERESSANTE"
O presidente da OAB sugeriu à presidente que as propostas de alterações para a reforma política sejam diretamente apreciadas pelo povo em plebiscito, sem constituinte, proposta que Cardozo chamou de "muito interessante".
O ministro, no entanto, procurou deixar claro que Dilma e demais representantes do governo federal vão se reunir com vários setores da sociedade, e lembrou que a convocação de um plebiscito depende do Congresso Nacional.
"Vamos discutir as várias formas... Tem um monte de gente que será ouvida", prometeu.
Ainda nesta terça, Dilma tem reuniões marcadas com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Apesar da intenção declarada do governo de ouvir a sociedade, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou a presidente por ter anunciado suas intenções na reunião com governadores e prefeitos sem consultar o Parlamento, e defendeu que a reforma política seja feita por meio de proposta de emenda à Constituição.
"Nos chamou atenção o fato de ela não ter ouvido sequer os seus líderes do Congresso e os presidentes da Câmara ou do Senado, que foram comunicados a posteriori das suas intenções", disse Aécio a jornalistas.
"Cobraremos do governo federal sua proposta de reforma política, mas que venha através de uma emenda constitucional. Achamos que esse é o leito mais seguro, mais natural. Uma reforma que possa ser discutida pelo Congresso e, se aprovada, submetida a um referendo da população brasileira", completou.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Dilma anuncia plebiscito por reforma política e novo pacto com 5 itens/ Fernanda Calgaro e Marina Motomura Pedro Ladeira/Folhapress



Dilma comanda reunião com prefeitos e governadores das 27 unidades federativas, nesta segunda-feira (24), no Palácio do Planalto, em Brasília
Em reunião com prefeitos e governadores das 27 unidades federativas, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (24), no Palácio do Planalto, em Brasília, que irá pedir um plebiscito popular convocando uma reforma política no país. O último plebiscito do país ocorreu em 2011  -- foi sobre sobre a divisão do Estado do Pará, que foi rejeitada.

Ela anunciou um novo pacto com cinco itens. São eles:

1- pacto por responsabilidade fiscal nos governos federal, estaduais e municipais;

2 - pacto por reforma política, incluindo um plebiscito popular sobre o assunto e a inclusão da corrupção como crime hediondo;

3 - pacto pela saúde: "importação" de médicos estrangeiros para trabalhar nas zonas interioranas do país. A presidente anunciou ainda novas vagas de graduação em cursos de medicina e novas vagas de residência médica;

4 - pacto no transporte público: a presidente afirmou que o país precisa dar um "salto de qualidade no transporte públicos nas grandes cidades", com mais metrôs, VLTs e corredores de ônibus;

5 - pacto na educação pública: pediu mais recursos para a educação. A presidente voltou a falar que é necessário que o Congresso aprove a destinação de 100% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação.

A presidente voltou a comentar a onda de manifestações que ocorre no país há duas semanas. "É preciso saber escutar as vozes das ruas. É preciso que todos, sem exceção, entendam esse sinais com humildade", disse aos governadores e prefeitos.
Em vários atos pelo país, os manifestantes têm afirmado que não se sentem representados por nenhum partido político e chegaram a hostilizar integrantes de legendas partidárias que participam das manifestações. "O povo, unido, não precisa de partido!" e "Sem partido, sem partido" foram gritos de guerra comuns nos protestos pelo país.

Após os anúncios, a presidente começou, de fato, a reunião com os 27 governadores e 26 prefeitos das capitais.

Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão na última sexta, Dilma disse que anunciaria um pacto com governadores e prefeitos pela melhoria dos serviços públicos. "Esta mensagem [das ruas] exige serviços públicos de mais qualidade. Ela quer escolas de qualidade; ela quer atendimento de saúde de qualidade; ela quer um transporte público melhor e a preço justo; ela quer mais segurança. Ela quer mais. E para dar mais, as instituições e os governos devem mudar. Irei conversar, nos próximos dias, com os chefes dos outros poderes para somarmos esforços. Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos
Reunião com o MPL
Antes de se encontrar com os governadores, Dilma esteve reunida com integrantes do MPL (Movimento Passe Livre), que organizou os protestos pela revogação do aumento na tarifa em São Paulo.

Os integrantes do MPL, ao sair da reunião, disseram que "a luta continuará" até o governo apresentar medidas concretas para reduzir a tarifa de transporte público no país. "Foi importante para iniciar um diálogo, mas a luta pela tarifa zero continua até haver medidas concretas neste sentido", afirmou Mayara Vivian. "A presidente reconheceu o transporte como direito social e a gente vai cobrar isso".

Após a reunião com o MPL, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, reconheceu que o transporte público no Brasil é de má qualidade.

Antes da reunião de hoje, o MPL divulgou nesta segunda-feira (24) uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff, na qual criticam o tratamento dispensado pelo governo federal aos movimentos sociais e criticam a "máfia dos transportes".

"Ficamos surpresos com o convite para esta reunião. Esse gesto de diálogo que parte do governo destoa do tratamento aos movimentos sociais que tem marcado a política desta gestão", diz a carta.

Taiti agradece recepção brasileira com bandeiras e até volta olímpica / Pedro Ivo Almeida Do UOL, no Recife





Jogadores do Taiti agradecem o apoio dos brasileiros na Copa das Confederações.

O Taiti encontrou uma forma de agradecer o carinho e a recepção que teve durante a estadia no Brasil para a Copa das Confederações. Os jogadores não se abalaram com mais uma goleada sofrida neste domingo - 8 a 0 para o Uruguai - e deram uma volta olímpica na Arena Pernambuco enrolados em bandeiras brasileiras e com uma faixa com a frase "Obrigado, Brasil".
"Os brasileiros nos ajudaram até o fim e vamos levar isso nos nossos corações. Ficamos muito felizes porque nem no Taiti somos festejados desse jeito. Vamos lembrar por muito tempo", comentou o camisa 13 Steevy Chong Hue.
Assim que o árbitro encerrou a terceira partida dos taitianos na competição, os jogadores se dirigiram ao centro do campo e exibiram a faixa e as bandeiras do Brasil. Na volta olímpica, os torcedores presentes no estádio jogaram bandeiras do Náutico, Santa Cruz e Sport para os atletas.
O clima era de festa apesar de mais uma goleada. No total, a equipe sofreu 24 gols em três rodadas, média de oito por partida, e marcou apenas um tento, na estreia, contra a Nigéria.
Ainda assim, o time conquistou a simpatia da torcida brasileira, que apoiou a seleção da Oceania em todos os jogos da competição. Como retribuição, a delegação deu ingressos para crianças carentes, entre outros presentes, e se mostrou bem  mais aberta ao contato com os torcedores do que as outras equipes que disputam a Copa das Confederações.
"Não queria deixar o Brasil e o que passamos aqui. Foi mágico, maravilhoso. Esses dias, esses momentos maravilhosos. Hoje pegaremos um avião e teremos de nos deparar com nossa realidade", lamentou o técnico Eddy Etaeta.

domingo, 23 de junho de 2013

O PODER EMANA DO POVO.

 
John Locke escreveu o Ensaio acerca do Entendimento Humano, onde desenvolve sua teoria sobre a origem e a natureza do conhecimento. Suas ideias ajudaram a derrubar o absolutismo na Inglaterra. Locke dizia que todos os homens, ao nascer, tinham direitos naturais - direito à vida, à liberdade e à propriedade. Para garantir esses direitos naturais, os homens haviam criado governos. Se esses governos, contudo, não respeitassem a vida, a liberdade e a propriedade, o povo tinha o direito de se revoltar contra eles. As pessoas podiam contestar um governo injusto e não eram obrigadas a aceitar suas decisões. OU SEJA O PODER EMANA DO POVO .

Ao contrário do que diz Dilma, União põe R$ 1,1 bi em estádios da Copa /Rodrigo Mattos e Vinicius Konchinski* Do UOL, no Rio de Janeiro Jefferson Bernardes/VIPCOMM



Jogo de abertura no Estádio Mané Garrincha, que tem recursos federais na construção
Governo abre mão de R$ 1 bi por Copa, e TCU cobra transparência
Fifa ganha isenção de R$ 559 milhões para realizar Copa no Brasil
Dilma pede para brasileiros tratarem estrangeiros na Copa com "carinho e alegria"
Ao contrário do que afirmou a presidente da República, Dilma Rousseff, em pronunciamento na sexta-feira, há sim dinheiro federal em obras de estádios da Copa de 2014. E não é pouco. Somados os incentivos fiscais, subsídios em empréstimos e até participação em arenas, a União já comprometeu cerca de R$ 1,1 bilhão com os locais para jogos do Mundial.

Em cadeia nacional, Dilma afirmou que: "Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas, é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e governos que estão explorando estes estádios. Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a Saúde e a Educação."
Mas não é bem assim. Os empréstimos para as obras das arenas foram concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com juros subsidiados, ou seja, mais baixos que o normal. Para facilitar a construção dos estádios e outras obras para o Mundial, o banco estatal abriu mão de R$ 189 milhões, valor que poderia ser aplicado em outros financiamentos para outros projetos.
Esse cálculo foi feito por uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União). O órgão também já identificou que as isenções de impostos federais concedidas pelo governo às construtoras responsáveis pelas obras dos estádios da Copa somam R$ 329 milhões.
Foi o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antecessor e aliado de Dilma, quem concedeu os incentivos fiscais às empreiteiras dos estádios. Em dezembro de 2010, ele assinou a lei 12.350 e as liberou do pagamento de PIS/Pasep, Cofins, Imposto sobre Produção Industrial, e taxas de importação sobre às construções de arenas da Copa.
Os 12 estádios da Copa aderiram ao programa Recopa, que concede os benefícios. Só com a Arena Pantanal, por exemplo, o governo já abriu mão de R$ 16 milhões em impostos por conta do Recopa. Isso representa em torno de 4,5% do valor da obra contratada do estádio.

FIFA GANHA ISENÇÃO E TRABALHADOR PAGA CONTA

Enquanto a Fifa e as empresas parceiras da entidade estão livres do pagamento de impostos na realização da Copa das Confederações deste ano e da Copa do Mundo de 2014, o mesmo não pode ser dito sobre os trabalhadores brasileiros que prestarem serviço na organização desses eventos. Quem for contratado diretamente pela Fifa ou suas empresas estrangeiras parceiras, além de ter que recolher normalmente sua parte, inclusive do imposto de renda, ainda será obrigado a pagar uma parte do imposto que caberia à entidade máxima do futebol ou suas parceiras.

Sociedade em Brasília

Os recursos federais ainda são responsáveis por 49% da reforma do Estádio Nacional de Brasília, o mais caro do Mundial. Isso porque a Terracap, empresa pública gestora do estádio, pertence 51% ao governo do Distrito Federal e 49% ao governo federal. O Conselho de Administração da Terracap, que toma as decisões da companhia, tem quatro membros indicados pela União e cinco pelo GDF.
Foi esse conselho que aprovou a aplicação dos recursos no estádio brasiliense. Isso aconteceu em 2011, já no governo de Dilma. De lá pra cá, o custo oficial só da obra da arena atingiu R$ 1,2 bilhão. Por causa da sociedade entre GDF e União, pode-se dizer que R$ 600 milhões são de recursos federais.
Vale lembrar que o Tribunal de Contas do Distrito Federal já informou que o Estádio de Brasília custa R$ 1,7 bilhão. A Receita Federal também divulgou que só a Fifa e suas parceiras ganharam R$ 559 milhões em isenção de impostos para realizarem a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
O UOL Esporte tentou ouvir o Ministério do Esporte no último sábado sobre a aplicação de recursos federais em estádios da Copa. Não obteve resposta.
Neste domingo, após a publicação da reportagem, o Ministério do Esporte se pronunciou. Confira a íntegra da posição do órgão:
- Não há um centavo do Orçamento da União direcionado à construção ou reforma das arenas para a Copa.
- Há uma linha de empréstimo, via BNDES, com juros e exigência de todas as garantias bancárias, como qualquer outra modalidade de crédito do banco. O teto do valor do empréstimo, para cada arena, é de R$ 400 milhões, estabelecido em 2009, valor que permanece o mesmo até hoje. O BNDES tem taxas de juros específicas para diversas modalidades de obras e projetos. O financiamento das arenas faz parte de uma dessas modalidades.
- Não houve qualquer aporte de recursos do Orçamento da União nos últimos anos para a Terracap (Companhia Imobiliária de Brasília). Portanto, a matéria do UOL está errada. Não há recurso algum do Orçamento da União para a obra de nenhuma das arenas, o que inclui o Estádio Nacional Mané Garrincha.
- Isenções fiscais não podem ser consideradas gastos, porque alavancam geração de empregos e desenvolvimento econômico e social, e são destinadas a diversos setores e projetos. Só as obras com as seis arenas concluídas até agora geraram 24.500 empregos diretos, além de milhares de outros indiretos, principalmente na área da construção civil.
- É importante reforçar que todos os investimentos públicos do Governo Federal para a preparação da Copa 2014 são em obras estruturantes que vão melhorar em muito a vida dos moradores das cidades. São obras de mobilidade urbana, portos, aeroportos, segurança pública, energia, telecomunicações e infraestrutura turística.
- A realização de megaeventos representa para o País uma oportunidade para acelerar investimentos em infraestrutura e serviços, melhorando as cidades e a qualidade de vida da população brasileira. Os investimentos fortalecem o Brasil e seus produtos no exterior, além de incrementar o turismo no país, gerando mais empregos e negócios para o povo brasileiro.

sábado, 22 de junho de 2013

A PRIMAVERA BRASILEIRA ( Imagens da Semana)











Entenda o que é a PEC 37 / Léo Rodrigues - Portal EBC



Material da companha contra a PEC 37. (foto: Marcelo Camargo/ABr)

Uma das bandeiras levantadas nesta segunda-feira (17) pelos manifestantes de diversas capitais do Brasil pede o arquivamento da Proposta de Emenda Constitucional 37/2011. Se aprovada, o poder de investigação criminal seria exclusivo das polícias federal e civis, retirando esta atribuição de alguns órgãos e, sobretudo, do Ministério Público (MP).
A PEC 37 sugere incluir um novo parágrafo ao Artigo 144 da Constituição Federal, que trata da Segurança Pública. O item adicional traria a seguinte redação: "A apuração das infrações penais de que tratam os §§ 1º e 4º deste artigo, incumbem privativamente às polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal, respectivamente"
A justificativa apresentada pelo autor da PEC, deputado Lourival Mendes (PT do B - MA), ressalta que não há prejuízo para a investigação criminal em comissões parlamentares de inquérito (CPIs), o que é garantido por um outro dispositivo presente na Carta Magna. Porém, ele evoca um livro do desembargador Alberto José Tavares da Silva, para quem "a investigação de crimes não está incluída no círculo das competências legais do Ministério Público", levando diversos processos a serem questionados nos tribunais superiores.
Reação

Diante da tramitação da PEC 37 na Câmara dos Deputados, diversas organizações lançaram a campanha "Brasil contra a impunidade", acusando a proposta de beneficiar criminosos. Utilizando dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o grupo alega que apenas 11% das ocorrências sobre crimes comuns são convertidos em investigações policiais e, no caso dos homicídios, somente 8% são apurados.

INCORPORAR:
Ao mesmo tempo, apontam que graças ao trabalho do Ministério Público Federal foram propostas 15 mil ações penais entre 2010 e 2013. Se tais casos fossem repassadas à Polícia Federal, os crimes poderiam não ser julgados. Eles acabariam prescritos caso as investigações não se concluíssem a tempo.
Participam da campanha a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP), o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a Associação Nacional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT), a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e a Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM).
Aperfeiçoamento
No final do mês passado, o relator da PEC 37, deputado Fabio Trad (PMDB/MS), ressaltou que um grupo de trabalho havia sido formado para aperfeiçoar a proposta. Os integrantes concordavam que o MP deveria ter a prerrogativa de investigar casos específicos e que faltaria definir e regulamentar de que forma seria essa atuação.
No entanto, integrantes do Ministério Público Federal (MPF) rejeitaram nesta segunda (17) a proposta alternativa apresentada. Segundo o presidente da ANPR, Alexandre Camanho, mesmo com a flexibilização, "qualquer das duas redações da PEC 37 tornariam a investigação por parte do MP inexequível".
O grupo de trabalho se comprometeu a entregar um relatório final nesta quarta (19) ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves. A apreciação da PEC 37 pelo plenário da casa está prevista para o dia 26 de junho. Segundo Henrique Alves a votação acontecerá “de forma irreversível” na data marcada.

Ernesto "Che" Guevara. Revolucionário e guerrilheiro latino-americano




Ernesto "Che" Guevara
14/6/1928, Rosário, Argentina
9/10/1967, Higuera, Bolívia
O retrato que Alberto Korda fez de Guevara e que ajudou a alimentar o mito.
Personagem marcante da ultima metade do século 20, o revolucionário socialista Che Guevara chega ao novo milênio conquistando mais uma vez a admiração e a simpatia de adolescentes e jovens adultos na Europa e América Latina. Não importa que o socialismo real não tenha dado certo na antiga União Soviética, em Cuba e em nenhum país onde se tentou implantá-lo.

Mesmo assim, a imagem do "Che" reaparece em pôsteres, bottons e camisetas, que o consagram como um mito latino-americano, um símbolo eterno de coragem e rebeldia contra as injustiças sociais do mundo. Para isso, aliás, contribuiu muito a célebre fotografia sua tirada por Alberto Korda que ilustra essa página.

Mas quem foi, na realidade, Che Guevara e por que ele se transformou num mito? Ernesto Guevara de La Serna formou-se em Medicina. No início da década de 1950, juntamente com o amigo Alberto Granado, percorreu de moto o continente americano, indo desde seu país natal até Miami, nos Estados Unidos, numa aventura de mais de dez mil quilômetros que iria mudar sua vida. (O diário dos dois foi publicado em forma de livro e transformado em filme por Walter Moreira Salles.)

Nessa viagem, Guevara teria tomado consciência da miséria em que vivia a maior parte da população dos países da América do Sul e Central e decidiu que deveria lutar pela mudança desse estado de coisas. No México, em 1954, conheceu e se juntou aos irmãos cubanos Fidel e Raul Castro, que estavam organizando um grupo guerrilheiro para derrubar o governo ditatorial de Cuba.

Guevara tornou-se o médico da tropa, que desembarcou na ilha no final de 1956. Ao longo dos três anos seguintes, foi deixando a medicina para tornar-se combatente e líder militar, ganhando nessa época o apelido de "Che". Com a vitória do movimento revolucionário, em 1959, Che promulgou cerca de 400 (ou mais) sentenças de morte, os chamados "justiçamentos", contra adversários do novo regime. De acordo com O Livro Negro do Comunismo, ocorreram 14.000 execuções por fuzilamento em Cuba até o final de década de 1960.

Estabelecido o novo governo, Che Guevara tornou-se cidadão cubano e assumiu papel ativo, como diretor do Banco Nacional e Ministro da Indústria. Em um discurso na Assembleia Geral da ONU, em 9 de dezembro de 1964, Che Guevara afirmou: "Execuções? É claro que executamos! E continuaremos executando enquanto for necessário! Essa é uma guerra de morte contra os inimigos da revolução!".

A revolução cubana não tinha um caráter explicitamente socialista em seus primeiros momentos. A tentativa norte-americana de controlar o novo governo de Fidel, porém, levou este último a aproximar-se da União Soviética, no âmbito da Guerra Fria, e a aderir ao marxismo, criando uma vertente latino-americana do stalinismo, ou seja, a ditadura de um partido único sobre a sociedade.

Guevara, por sua vez, não se adaptou à vida burocrática no regime cubano. Acreditava que toda a América Latina precisava ser transformada, através de revoluções sucessivas. Em 1965, deixou Cuba e estabeleceu um foco guerrilheiro na Bolívia, onde acabou cercado pelo exército local. Che foi preso em 8 de outubro de 1967 e executado no dia seguinte.

O fato de ter deixado o poder em Cuba para vir morrer nos confins da selva boliviana, tornou Che um símbolo de determinação e coragem, respeitado até por aqueles que não compartilham das idéias socialistas. Sua imagem passou a representar a rebeldia, o inconformismo e a de liberdade da juventude, independentemente de concepções políticas e ideológicas.

Dezenas de milhares marcham em Roma contra o desemprego Por Cristiano Corvino





Dezenas de milhares marcham em Roma contra o desemprego
Por Cristiano Corvino
ROMA, 22 Jun (Reuters) - Milhares de trabalhadores e desempregados marcharam em Roma no sábado, para protestar contra o desemprego recorde e para exigir do governo de Enrico Letta, há dois meses no poder, que ofereça mais do que simples retórica inútil sobre o problema.
A manifestação organizada pelas três maiores centrais sindicais do país, CGIL, CISL e UIL, foi a maior desde que a ampla coalizão de direita e esquerda assumiu o poder depois de uma eleição inconclusiva em fevereiro.
O desemprego italiano chegou a 12 por cento em abril, o maior nível já registrado, e o desemprego entre as pessoas com menos de 24 anos está em 40 por cento, seu maior nível de todos os tempos.
Chefes de sindicatos, falando diante de uma multidão que agitava bandeiras, estimada em mais de 100 mil pessoas pelos organizadores, criticaram Letta pelo que eles chamaram de uma falta de ação em relação a um problema urgente.
"Não podemos aceitar essas constantes promessas que não se transformam em decisões que dão uma oportunidade de uma mudança de direção," disse Susanna Camusso, líder da CGIL, o maior sindicato do país.
Luigi Angeletti, líder da UIL, disse que o país não pode se dar ao luxo de uma abordagem fragmentada da política adotada até agora, especialmente quando a coalizão governante é tão frágil.
"Em um país onde a principal preocupação é a aposta em quanto tempo o governo vai durar, a mensagem é de que não há mais tempo para promessas e declarações", disse ele na Praça San Giovanni, local tradicional de protestos da esquerda.
O gabinete de Letta deve anunciar um pacote destinado a combater o desemprego dos jovens na próxima semana, mas Angeletti disse que as medidas que estão sendo discutidas, como incentivos fiscais para empresas que contratem jovens, eram "inúteis"
A economia da Itália encolheu em todos os trimestres desde meados de 2011 - sua maior recessão pós-guerra - e as empresas estão cada vez mais, demitindo seus funcionários.
Os sindicalistas pediram que o governo interviesse para evitar que a Indesit, fabricante de produtos da linha branca, leve adiante seu plano de demitir 1.400 funcionários em um dos mais recentes confrontos trabalhistas.
"A Indesit não está em crise, ela só quer usar seu lucro para fazer investimentos na Turquia e na Polônia," disse Camusso.
Um manifestante, Lorenzo Giuseppe, disse à Reuters que resolveu participar do protesto "para enviar uma mensagem ao governo de que o emprego deve ser o principal tópico da agenda. Se temos trabalho, podemos seguir em frente".
Milhões de italianos estão tão convencidos que não têm nenhuma chance de encontrar trabalho, que simplesmente desistiram de procurar, o que significa que os números oficiais subestimam seriamente o número de desempregados, de acordo com dados do escritório nacional de estatística ISTAT
(Reportagem adicional de Gavin Jones)

POR UMA PÁTRIA LIVRE E COM MAIS JUSTIÇA SOCIAL- TEMOS O DEVER DE APOIAR NOSSA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF.

Dilma promete pacto com governadores para responder aos protestos / Por Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello



BRASÍLIA, 21 Jun (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff reagiu nesta sexta-feira à escalada da violência nos protestos pelo país, que na quinta-feira reuniram cerca de 1 milhão de pessoas, e prometeu fazer um pacto governadores e prefeitos pela melhoria dos serviços públicos para responder às reivindicações dos manifestantes.
Em pronunciamento à nação na noite desta sexta, a presidente elogiou as manifestações pacíficas em todo país, mas disse que o "governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violente e autoritária destrua o patrimônio público e privado".
"Irei conversar, nos próximos dias, com os chefes dos outros poderes para somarmos esforços. Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos", afirmou Dilma.
Segundo ela, esse pacto terá foco em três ações: a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo; a destinação de 100 por cento dos royalties de petróleo para a educação; e trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde.
As manifestações, que começaram como protesto contra o aumento das passagens do transporte público em São Paulo e no Rio de Janeiro, cresceram em escopo e incorporaram outras reivindicações, como o combate à corrupção, melhoria de todos os serviços públicos e críticas aos gastos com a Copa do Mundo.
Dilma também anunciou a disposição de se reunir com os "líderes das manifestações pacíficas".
"Precisamos de suas contribuições, reflexões e experiências. De sua energia e criatividade, de sua aposta no futuro e de sua capacidade de questionar erros do passado e do presente", disse a presidente.
Antes do pronunciamento em rede nacional, a presidente se reuniu com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o vice-presidente Michel Temer para antecipar o que diria aos brasileiros. A decisão de fazer um pronunciamento à nação foi tomada nesta sexta-feira, em reuniões com ministros e assessores próximos.
"Precisamos oxigenar o nosso sistema político. Encontrar mecanismos que tornem nossas instituições mais transparentes, mais resistentes aos malfeitos e acima de tudo mais permeáveis à influência da sociedade", declarou a presidente.
Ela alertou, porém, que os partidos políticos não podem ser deixados de lado desse debate. "É um equívoco achar que qualquer país possa prescindir de partidos e, sobretudo, do voto popular, base de qualquer processo democrático", argumentou.
Na quinta-feira, manifestantes com bandeira de partidos políticos foram rechaçados por outros participantes, que defendem o apartidarismo dos protestos.
Em boa parte do pronunciamento, a presidente insistiu em criticar os episódios de violência que têm sido registrados em algumas manifestações. Até agora, duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas desde o início dos protestos há cerca de duas semanas. Também houve depredação de prédios públicos e privados.
"A voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada. E ela não pode ser confundida com o barulho e a truculência de alguns arruaceiros", disse.
"O governo e sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e privado, ataque templos, incendeie carros, apedreje ônibus e tente levar o caos aos nossos principais centros urbanos", afirmou.
Na quinta-feira, o Palácio do Itamaraty, sede do ministério das Relações Exteriores em Brasília, foi invadido por um grupo de manifestantes. Vidros foram quebrados e houve princípio de incêndio, controlado rapidamente pela polícia.

COPA DAS CONFEDERAÇÕES

Preocupada com os conflitos entre manifestantes e policiais ao redor dos estádios que sediam a Copa das Confederações, Dilma apelou para o espírito hospitaleiro dos brasileiros
"Precisamos dar aos nossos povos irmãos a mesma acolhida generosa que recebemos deles. Respeito, carinho e alegria. É assim que devemos tratar os nossos hóspedes", disse.
A presidente ressaltou ainda que não está retirando recursos do orçamento público e nem da saúde e da educação para construção de estádios, e que o dinheiro será devolvido por empresários e governos que estão explorando as arenas.
"Quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas, é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e governos que estão explorando estes estádios", afirmou.
"Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a saúde e a educação", afirmou.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Copa do Mundo no Brasil está garantida apesar de protestos, diz Fifa. Imaginava-se tudo na Copa, menos os protestos


Copa do Mundo no Brasil está garantida apesar de protestos, diz Fifa


RIO DE JANEIRO, 21 Jun (Reuters) - A realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 está garantida apesar de protestos recentes no país, segundo informações do porta-voz da Fifa Pekka Odriozola, nesta sexta-feira.
"Não discutimos nem consideremos cancelar a Copa", afirmou.
A Fifa já havia informado mais cedo também que não discutiu a possibilidade de cancelar  a Copa das Confederações por conta da onda de protestos que tomou as ruas de todo o Brasil.
"Até esta data, nem a Fifa nem o Comitê Organizador Local nunca discutiram qualquer possibilidade de cancelamento da Copa das Confederações da Fifa", disse a Fifa em comunicado enviado à Reuters.
A possibilidade de uma eventual suspensão da Copa das Confederações foi divulgada pela mídia local, depois que as manifestações inicialmente convocadas para protestar contra a tarifa do transporte público derivaram em protestos generalizados, incluindo contra os gastos do governo com as Copas das Confederações e do Mundo de 2014.
Desde a cerimônia de abertura da Copa das Confederações, no dia 15 de junho em Brasília, houve protestos nas áreas do estádios e confrontos entre manifestantes e policiais no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Salvador.
(Por Rodrigo Viga Gaier)

Imaginava-se tudo na Copa, menos os protestos

Por Pedro Fonseca

SALVADOR, 21 Jun (Reuters) - Estádios inacabados, caos aéreo, blecaute de comunicação e ruas congestionadas estavam no cenário imaginado por críticos como possíveis problemas na Copa das Confederações e no Mundial de 2014, mas não se previa que uma onda de protestos em todo o Brasil seria a principal dor de cabeça para a Fifa e o governo.
As manifestações, que começaram como um movimento contra o aumento da tarifa de ônibus nas principais cidades do país, rapidamente encamparam temas como o combate à corrupção e repúdio aos gastos do governo com a realização da Copa do Mundo. Apesar de os protestos serem na maioria pacíficos, em muitas cidades houve confrontos com a polícia e depredações.
Antes da competição, os preparativos de segurança do governo diziam respeito principalmente a combate ao terrorismo, com foco em ameaças externas, proteção de portos, aeroportos e fronteiras. Diante dos acontecimentos, o policiamento no entorno dos estádios precisou ser reforçado de última hora para proteger os estádios e torcedores antes das partidas.
"À luz dos acontecimentos e dos eventos que vão acontecer, a polícia deveria ter aumentado seu cardápio de estratégias para enfrentar essas situações", disse à Reuters o especialista em análise de risco Moacyr Duarte, pesquisador da Coppe/UFRJ.
"Você pode aprender a controlar melhor os conflitos de rua com o que faz a polícia em outras partes do mundo mais acostumadas a viver esse tipo de inquietação", acrescentou.
As seis arenas da Copa das Confederações, construídas ou reformadas ao custo de cerca de 4,8 bilhões de reais, foram alvo de manifestações em dias de jogos. O torneio acontece neste mês como principal ensaio para o Mundial do ano que vem e abre um calendário de grandes eventos que tem ainda a visita do papa Francisco, no próximo mês, e os Jogos Olímpicos de 2016.
Cenas de conflitos entre manifestantes e policiais no entorno das arenas ocuparam o espaço no Brasil e no mundo que os organizadores esperavam que fosse dedicado à alegria dos torcedores.
"Queremos hospitais padrões Fifa" e "Da Copa eu abro mão, quero é investimento em saúde e educação" eram algumas das frases escritas nos cartazes levados às ruas e para dentro dos estádios, questionando o legado propagado pela Fifa e pelo governo pela realização da Copa do Mundo, que terá custo estimado pelo governo de 33 bilhões de reais.

Brasil tem que estar pronto para eventuais protestos durante Jornada da Juventude, diz ministro



BRASÍLIA, 21 Jun (Reuters) - O governo brasileiro manifestou nesta sexta-feira necessidade de estar preparado caso ocorram manifestações no país durante a Jornada Mundial da Juventude, em julho, que terá a presença do papa Francisco.
"Teremos de estar preparados para a Jornada ocorrer inclusive em um clima em que esteja ocorrendo manifestações no país", afirmou o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, um dia após cerca de 1 milhão de pessoas tomarem as ruas em todo o país.
Suas declarações foram obtidas pela imprensa em áudio recuperado de gravação de vídeo de uma reunião nesta manhã sobre a Jornada --apenas cinegrafistas e fotógrafos foram autorizados a acompanhar parte do encontro.
Segundo Carvalho, ações de vandalismo preocupam o governo e não devem ser aceitas. As manifestações incluem reivindicações como a melhoria dos serviços públicos e o combate à corrupção, além de reclamações sobre os gastos para a Copa do Mundo de 2014.
Durante os protestos, inicialmente pacíficos, foram registrados conflitos com a polícia e depredação de prédios públicos.
"O que está preocupando nos últimos momentos? É que as manifestações acabam sendo palco para manifestações de um tipo de expressão lamentável e irresponsável de vandalismo, que não podemos aceitar", disse o ministro.
Ele fez questão de reiterar, ao mesmo tempo, que o governo e a presidente Dilma Rousseff "celebram a democracia" e a mobilização popular.
Em Brasília, o prédio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, teve diversas vidraças quebradas e foi invadido por cerca de 80 manifestantes na noite de quinta-feira.
Houve episódios de violência em cidades como Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belém e Campinas.

Os protestos começaram há cerca de duas semanas e prosseguiram mesmo após a demanda inicial da população --a redução da tarifa de transporte público-- ter sido atendida em diversos municípios, inclusive nas duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio.

PRONUNCIAMENTO?

Dilma cancelou viagens programadas para os próximos dias, uma delas ao Japão. Nesta manhã, a presidente fez uma reunião de emergência para analisar os protestos com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Outros ministros chegaram a participar de parte da reunião, como Aloizio Mercadante (Educação) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
A presidente tem demonstrado preocupação com a escalada dos protestos e com a violência de grupos de manifestantes em algumas capitais.
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que se reuniu com Dilma na quinta-feira, sugere que a presidente faça um pronunciamento à nação, de forma "humilde" e "firme".
"A presidente cancelou viagens e reuniu o núcleo político central do seu governo para analisar com profundidade, e acho que ela terá uma posição pública", afirmou o senador à Reuters nesta sexta. "Creio que a presidente deve falar à nação ou hoje (sexta-feira) ou amanhã (sábado)", acrescentou.
(Por Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello)

Seis capitais confirmam novas manifestações nesta sexta-feira



Em meio à onda de protestos, ao menos seis capitais têm novas manifestações marcadas para esta sexta-feira (21): Curitiba, Campo Grande, Boa Vista, Fortaleza, Macapá e Rio de Janeiro.
Moradores de outras 50 cidades, de diferentes regiões do país, também devem sair às ruas hoje.
Em Fortaleza, o protesto, marcado para as 16h30, ocorre após um dia de confrontos entre a polícia e os manifestantes em frente à sede do governo.
O local virou uma praça de guerra, com a polícia atacando com balas de borracha e os manifestantes com pedras e bombas caseiras. Ao menos 61 pessoas foram detidas.
Após confrontos nos últimos dois dias, escolas de Macapá amanheceram de portas fechadas hoje por medo de invasões. Ontem, 22 pessoas foram detidas durante o protesto.
Na escola estadual Tiradentes, onde estudam 1.667 alunos, as aulas foram suspensas depois que a diretora soube de ameaças de invasão à escola, que fica na avenida principal da cidade, ponto de encontro dos manifestantes.
"Tivemos de tomar essa medida para salvaguardar a integridade dos nossos estudantes. Hoje, inclusive, teríamos uma prova muito importante, que é o simulado do Enem", afirma a diretora Mary Cruz.
Policial chuta homem deitado na rua da Consolação, em São Paulo, um dia depois de vitória do MPL pela diminuição da passagem de ônibus
Veja as cidades com protestos programados: Alfenas (MG), Balneário Camboriú (SC), Caxias do Su (RS), Ribeirão das Neves (MG), São José (SC), Rio Negrinho (SC), São Vicente (SP), Iguape (SP), Nova Iguaçu (RJ), Nova Serrana (MG), Palhoça (SC), Paranaguá (PR), Passo Fundo (RS), Pederneiras (SP), Pedralva (SP), Petrópolis (RJ), Piracicaba (SP), Pirajuí (SP), Poá (SP), Peruíbe (SP), Santa Bárbara do Oeste (SP), Santa Cruz do Sul (RS), Santa Rita do Sapucaí (MG), Santana do Parnaíba (SP), São João Batista (SC), São João de Meriti (RJ), São José do Rio Pardo (SP), Serra Talhada (PE), Sinop (MT), Telêmaco Borba (PR), Uberaba (MG), Várzea Grande (MT), Votorantim (SP), Ilhéus (BA), Agudos (SP), Alta Floresta (MT), Andradina (MS), Araguaína (TO), Arapoti (PR), Catalão (GO), Barueri (SP), Bandeirantes (PR), Bragança Paulista (SP), Caçapava (SP) e Casa Branca (SP).

PROTESTOS
Mesmo após a redução em série das tarifas de ônibus, principal reivindicação dos protestos que tomaram conta do país, novos atos levaram mais de 1 milhão de pessoas às ruas em cerca de cem cidades. Hoje há previsão de atos em cerca de 60 municípios.
No 14° dia de manifestações, cenas de violência e vandalismo foram registradas em 13 das 25 capitais que tiveram protestos. Houve ataques ou tentativas de invasão a órgãos dos Três Poderes em nove cidades. Ações de repúdio a partidos políticos foram recorrentes.

REUNIÃO

A presidente Dilma Rousseff realiza nesta sexta-feira (21) uma reunião de emergência com seus principais ministros para discutir os efeitos das manifestações por todo o país, que levaram mais de 1 milhão de pessoas às ruas ontem.
Segundo assessores presidenciais, a presidente ficou impressionada com os acontecimentos no Rio e em Brasília e vai ouvir relatos do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello, sobre os atos.(Folha/UOL)