Konstantinos - Uranus
sexta-feira, 30 de dezembro de 2022
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domingo, 26 de junho de 2022
sexta-feira, 17 de junho de 2022
A grande Diva Roberta Flack homenageia o Brasil com essa bela Canção do seu álbum de 1988 OASIS de nome [His Name] Brazil. Confira a letra abaixo.
Morre ator do clássico filme: "Um Homem e Uma Mulher" de 1966, Jean-Louis Trintignant
quinta-feira, 16 de junho de 2022
quinta-feira, 9 de junho de 2022
Homens que envergonham O Século XXI Nicolás Maduro Político venezuelano
Homens que envergonham O Século XXI Nicolás Maduro
Político venezuelano
Biografia de Nicolás Maduro
Nicolás Maduro (1962) é um político venezuelano que preside a Venezuela desde 2012, após a doença e morte do presidente Hugo Chaves. Sua gestão é marcada pelo autoritarismo, pelo declínio socioeconômico, inflação e o crescimento da pobreza.
Nicolás Maduro Moros nasceu em Caracas, Venezuela, no dia 23 de novembro de 1962. Cresceu em uma família bastante politizada, seu pai, Nicolás Maduro Garcia, estava engajado na política de esquerda e no movimento trabalhista.
Militante político
Desde criança, Maduro defendia o regime cubano e na juventude começou a participar da militância socialista. Com 12 anos, foi militante da Frente da Unidad Estudiantil del Liceo Urbaneja Achelpohl. Depois, ingressou na “Ruptura”, braço legal do clandestino Partido de la Revollución Venezolana (PRV).
Em seguida, ingressou na Liga Socialista, organização maoísta da Organización de Revolucionarios (OR). Maduro destacou-se como organizador e agitador político e foi enviado para Havana onde fez cursos de formação na escola do Partido Comunista de Cuba (PCC), entre 1986 e 1987.
Em 1990, Maduro foi aprovado em um concurso para trabalhar como motorista do Metrô de Caracas. Ao mesmo tempo, tornou-se representante de um sindicato da classe. Passou a liderar mobilizações e em 1993 fundou e tornou-se o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Metrô de Caracas;
No dia 4 de fevereiro de 1992, uma tentativa de golpe de estado liderada por Hugo Chávez contra o governo de Carlos Andrés Pérez, terminou com a prisão de Chávez.
No dia 27 de novembro de 1992, enquanto Chávez ainda estava preso, um novo golpe liderado por um pequeno grupo das Forças Armadas também fracassou.
Maduro e sua futura esposa, a advogada Cilia Flores, fizeram campanha pela libertação de Chávez. O primeiro encontro de Maduro e Chávez se deu na prisão no dia 16 de dezembro de 1993. Chávez foi solto em março de 1994.
Em dezembro de 1994, Maduro foi convidado por Chávez para a direção nacional do reorganizado Movimento Bolivariano Revolucionário. Em 1997 participou da construção do Movimento Quinta República (MVR) em apoio à candidatura presidencial de Chávez, que venceu em 1998 com 56% dos votos.
Carreira política
Em 1999 Maduro foi eleito deputado e em seguida, foi convocado e tornou-se o líder da bancada da Assembleia Constituinte, que fez a redação de uma nova Constituição. Em 2005, foi reeleito deputado para a Assembleia Nacional, pouco depois, assumiu a presidência da Assembleia.
Em 2006, Maduro deixou o cargo, para atender o convite de Hugo Chávez para o cargo de Ministro das Relações Exteriores, função que desempenhou até janeiro de 2013. No cargo, trabalhou na resistência aos Estados Unidos e estabeleceu fortes laços com a Rússia, China, Síria e o Irã.
Aprofundou a solidariedade com a Palestina e Cuba. Foi uma das principais vozes contra os golpes em Honduras que derrubou Manuel Zelaya em 2009, e do Paraguai que derrubou Fernando Lugo, em 2013.
Em 7 de outubro de 2012, Hugo Chávez foi reeleito para o quarto mandato de presidente da Venezuela e convidou Nicolás Maduro para ocupar a vice-presidência, cargo que exerceu entre outubro de 2012 e março de 2013.
A ascensão à presidência
No dia 5 de março de 2013, o presidente da Venezuela faleceu, depois de lutar contra um câncer. Nicolás Maduro assumiu o cargo de presidente interino. Naquela ocasião o maior rival de Maduro era Diosdado Cabello, o então presidente da Assembleia Nacional, que segundo a Constituição deveria assumir a presidência do país.
Maduro assumiu o poder presidencial definitivo através de uma eleição extraordinária no dia 14 de abril de 2013, quando se elegeu pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). O resultado foi apertado: 50,61% dos votos para Maduro e 49,12% para seu opositor Henrique Capriles. Apesar da eleição ter sido questionada, Maduro tomou posse em 19 de abril.
Desde o princípio do seu mandato, o presidente encontrou um país dividido: a classe média não estava ao seu lado enquanto os militares e a polícia o apoiavam.
Ao longo desse primeiro mandato, Nicolás Maduro mandou prender diversos opositores políticos como Leopoldo López. Conhecido pelo autoritarismo, o governo foi acusado de uma série de processos de tortura.
Crise econômica e política
Com a descida do preço do petróleo, a Venezuela entrou em uma profunda crise econômica. A crise também ficou marcada pela queda na produção industrial e nas exportações.
A inflação alcançou números estratosféricos, dos mais altos do mundo. Em 2016 a inflação subiu quase 800%, em 2017 o PIB caiu 14% e no princípio de 2018 a inflação chegou a bater 2.400% nos primeiros meses do ano.
Com a economia em recessão, os venezuelanos sofreram com uma redução da capacidade de compra, escassez de alimentos, medicamentos e produtos básicos. A população passou a sofrer com a desnutrição.
Diante desse cenário, muitos venezuelanos resolveram deixar o país e cruzaram a fronteira, especialmente rumo ao Brasil.
Depois de 16 anos no comando da Assembleia Nacional, o Partido Socialista Unido da Venezuela perdeu as eleições e a oposição tomou o poder. Com isso, as forças entraram em conflito direto com o presidente.
Segundo mandato
No dia 20 de maio de 2018, Maduro foi reeleito para o segundo mandato depois de uma eleição com baixa adesão quando apenas 46% dos eleitores compareceram às urnas. Maduro venceu com cerca de 68% dos votos (ou seja, 5,8 milhões de votos).
Grande parte da oposição boicotou o pleito, pois os principais opositores do governo haviam sido impedidos de participar e o presidente ter uma rejeição de 75% da população.
No dia 4 de agosto de 2018, drones carregados com explosivos foram enviados para estourarem junto do presidente durante um desfile comemorativo em Caracas. O plano não deu certo, os seguranças agiram rapidamente e Maduro não foi ferido
Em 10 de janeiro de 2019, o então presidente foi empossado novamente. O segundo mandato o levaria a comandar o país até 2025. A eleição foi questionada internacionalmente e muitos chefes de Estado não reconheceram o resultado das urnas.
Depois das eleições, diversos países anunciaram sanções econômicas contra a Venezuela e internamente eclodiu uma grave crise política, com a Assembleia Nacional não reconhecendo a posse do presidente. Para a oposição, Maduro estava transformando a Venezuela em uma ditadura.
O opositor Juan Guaidó
No início do ano de 2019, Juan Guaidó, um opositor do regime chavista, foi eleito para ser o chefe da Assembleia Nacional.
No dia 23 de janeiro, Guaidó deu uma declaração alegando que Maduro não havia sido democraticamente eleito e auto proclamou-se líder da Venezuela. Logo após o pronunciamento, Guidó foi apoiado por uma série de países como Estados Unidos, Brasil, Chile, Argentina, Colômbia e Equador.
Maduro, por sua vez, declarou-se como único presidente do país e recebeu o apoio de outras nações como Cuba, México, Turquia e Rússia.
Nicolás Maduro e a Guerra na Ucrânia
Em 2022, após a invasão da Ucrânia pelas tropas Russas, o mundo ficou estarrecido com a destruição de diversas cidades e a morte de um grande número de civis.
Em março de 2022, o presidente americano Joe Biden anunciou um boicote às importações de petróleo e gás da Rússia e sinalizou a disposição de estreitar as relações com a Venezuela, que haviam sido cortadas em 2019.
Uma delegação de altos representantes dos Estados Unidos se reuniu com o presidente da Venezuela para negociar a importação do petróleo Venezuelano como substituto às importações da Rússia.
Após o encontro, um executivo da Citgo, a subsidiária americana da petroleira estatal, Petróleos da Venezuela (PDVSA), que estava preso desde 2017 na Venezuela, e um jovem americano que tentou entrar no país em 2021, de posse de um drone, foram soltos pelas autoridades venezuelanas.
Vida pessoal
Nicolas Maduro casou-se com Cilia Flores no dia 19de abril de 2013, depois de 19 anos de união,
Advogada, defensora dos presos políticos chavistas, Cilia era líder política. Foi deputada, presidente da Assembleia, procuradora geral da Venezuela e secretária executiva da campanha de Maduro para a presidência.
Nicolás tem um único filho biológico - Nicolás Maduro Guerra, também conhecido como Nicolasito - fruto do primeiro casamento.
Cilia tem dois filhos de relações anteriores: Yoswal Gavidia Flores e Walter Gavidia Flores.
terça-feira, 24 de maio de 2022
segunda-feira, 23 de maio de 2022
Homens que envergonham O Século XXI: Bashar al-Assad ditador Sírio
Bashar Hafaez al-Assad é presidente da Síria desde 2000. Ele nasceu em Damasco, capital da Síria, em 11 de setembro de 1965. Filho de Hafaez al-Assad, que foi presidente do mesmo país por três décadas, ele é formado em oftalmologia, profissão que teve que abrir mão depois da morte do pai e do irmão, que seria o sucessor político natural.
Sua primeira eleição aconteceu por meio de um referendo, onde ele era o único candidato. A legenda que o representava também figurava sozinha no pleito, pois as demais foram proibidas de atuar. A segunda vitória veio em 2007, quando ele conquistou 97% dos votos válidos sob as mesmas condições (um só partido, um só candidato). Em 2014, o resultado se repetiu: deu Bashar Hafaez al-Assad mais uma vez.
Sua ascensão ao poder criou muitas expectativas e esperança na fase inicial. Porém, não foi isso que aconteceu na prática. O descontentamento popular com o desemprego, a pobreza e a desigualdade, fez com que em 2011 ocorresse um levante popular nas principais cidades sírias: Damasco, Daraa e Alepo.
Protestos e Guerra
Depois de dois meses de protestos intensos, o presidente Bashar Hafaez al-Assad na tentativa de agradar à população prometeu tomar algumas medidas populares, entretanto seu esforço não convenceu os sírios que já estavam nas ruas e pediam que ele deixasse o cargo.
Isso o incomodou e revelou uma face ainda mais obscura do ditador: ele mandou o exército para as ruas e acabou matando muitos militantes. Alguns deles reagiram e outros formaram grupos rebeldes, como o Estado Islâmico.
Desta forma, começou uma guerra que se estende até os dias de hoje e que, segundo a BBC já fez 400 mil mortos e provocou o êxodo de quase cinco milhões de pessoas.
Entenda as principais ações mais recentes do ditador sírio
– No auge da Primavera Árabe (2011) que levou milhares de sírios às ruas para protestar contra as péssimas condições de vida, o ditador Bashar Hafaez al-Assad prometeu retirar o estado de sítio que o país vivia há 48 anos. Mas ele não convenceu e as pessoas continuaram protestando;
– Em 2012, o conflito entre os simpatizantes dos rebeldes e os defensores do presidente tomaram a capital Damasco e Aleppo. Bashar Hafaez al-Assad intensificou a luta quando ela ganhou contornos religiosos, opondo a maioria sunita contra os xiitas alauítas, braço do islamismo ao qual ele pertence;
– No começo, o conflito era exclusivamente entre a oposição moderada contra o exército oficial de Bashar Hafaez al-Assad. Contudo, a fragilidade do país tornou-se o espaço perfeito para a solidificação de radicais e jihadistas, mais especificamente, o Estado Islâmico e a Frente Nusra (filiada à Al-Qaeda);
– Em meio ao conflito, os Estados Unidos passaram a apoiar o Exército Curdo, que atuam no norte da Síria, defendendo a população dos grupos rebeldes que criaram uma guerra dentro de outra guerra, com muita violência e terror. Apesar disso, nunca houve apoio explícito ao presidente Bashar Hafaez al-Assad;
– Em 2014, o presidente Bashar Hafaez al-Assad ficou bastante acuado com o avanço das forças subversivas e recebeu apoio da Rússia, que o ajudou a tomar Aleppo em 2016;
– Ao assumir a presidência dos EUA, em 2017, Donald Trump tentou uma aproximação com o presidente Bashar Hafaez al-Assad, afirmando que o objetivo da América era combater o Estado Islâmico e não o ditador sírio;
– No começo de abril deste ano, 86 pessoas, sendo 27 delas crianças, foram mortas por armas químicas na cidade de Khan Sheikhoun, na província de Idlib. O massacre teria sido ordenado pelo presidente Bashar Hafaez al-Assad;
– Esse ataque mudou a postura do Governo dos Estados Unidos que reagiu com o envio de mísseis para destruir a base de armas químicas do Governo sírio;
– O presidente Bashar Hafaez al-Assad negou a acusação e colocou a culpa nos rebeldes.
sexta-feira, 20 de maio de 2022
quinta-feira, 19 de maio de 2022
sábado, 14 de maio de 2022
Série: Escritores Latino-Americanos: Carlos Fuentes escritor mexicano
Carlos Fuentes, escritor mexicano
Por Dilva Frazão
https://www.ebiografia.com/carlos_fuentes/
Biografia de Carlos Fuentes
Carlos Fuentes (1928-2012) foi um escritor mexicano, considerado um dos maiores romancistas em língua espanhola, na América Latina. Nos anos 60, Carlos Fuentes viveu em Paris, Veneza e Londres. Lecionou em Harvard, Cambridge, Princeton e outras universidades de renome internacional.
Carlos Fuentes nasceu na cidade do Panamá, no Panamá, no dia 11 de novembro de 1928, na época em que seu pai servia como diplomata mexicano no país.
Fuentes passou a infância em diversos países, entre eles Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Estados Unidos. Aos 16 anos foi para o México, onde iniciou seu trabalho como jornalista.
Formação
Carlos Fuentes formou-se em Direito pela Universidade Nacional Autônoma do México e em Economia pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra, na Suíça.
Carreira literária e diplomática
Em 1954, Carlos Fuentes fundou, com o crítico Emmanuel Carballo, a Revista Mexicana de Literatura, que passou a editar ao mesmo tempo em que colaborava com outras publicações.
Em 1954, Fuentes estreou na literatura com o livro de contos, “Los Dias Enmascarados”, que foi bem aceito pela crítica.
A fama do escritor veio com sua estreia como romancista com a publicação de “A Região Mais Transparente”, editado em 1958, obra ambiciosa em que procurou se engajar na corrente do Romance Experimental.
A partir dessa obra, sua produção incorporou influências estranhas à literatura hispânica e recursos literários como o monólogo interior e frequentes referências do passado.
Com a publicação de “Las Buenas Conciencias” (1959), Carlos Fuentes iniciou uma tetralogia que deixou inacabada. A obra narra as esperanças do jovem Jaime Ceballos, de família aristocrática e católica, na Revolução Mexicana, e a desilusão final com o destino do movimento.
Nos anos 60, Carlos Fuentes viveu em Paris, Veneza e Londres. Lecionou em Harvard, Cambridge, Princeton e outras universidades de renome internacional.
Em 1962, Carlos Fuentes lançou uma de suas obras mais conhecidas, “La Muerte de Artêmio Cruz”, que narra a história de um homem que venceu na vida graças a Revolução e depois, rico e poderoso, não hesita em traí-la e morre na miséria.
Entre os anos de 1975 a 1977, foi embaixador do México na França. Diplomata e atuante intelectual público, ele se orientava por uma concepção de esquerda democrática. Foi por muito tempo um crítico dos desmandos do Partido Revolucionário Institucional do México.
Sua obra ficcional, composta de 22 romances e nove coletâneas de contos, constitui um vasto panorama da história mexicana. Foi, ao lado de Mário Vargas Llosa, Gabriel Garcia Marquez e Octávio Paz, um expoente do boom literário latino-americano da década de 60.
Carlos Fuentes notabilizou-se pelo estilo do realismo fantástico, característica frequente em autores latino-americanos. A obra "Gringo Velho" (1985), que foi adaptada para o cinema.
Carlos Fuentes recebeu o Prêmio Nacional de Literatura, o mais importante do gênero em seu país. Recebeu o Prêmio Miguel de Cervantes, em 1987, o Prêmio Príncipe de Astúrias, na Espanha, a Medalha Picasso, da UNESCO, e o título de Doutor Honoris Causa, pela Universidade das Ilhas Baleares, Espanha, pela qualidade e extensão de sua obra.
Carlos Fuentes Macias faleceu na cidade do México, México, no dia 15 de maio de 2012.
Frases de Carlos Fuentes
"Há coisas que sentimos na pele, outras que vemos com os olhos e outras que apenas pulsam no coração."
"Certamente, existem atos que só acontecem porque os tememos. Se o nosso medo não os convidassem, não viriam."
"O passado está escrito na memória e o futuro está presente no desejo."
"Toda descoberta é um desejo, e todo desejo, uma necessidade. Nós inventamos o que descobrimos; descobrimos o que imaginamos. Nossa recompensa é o encantamento."
Obras de Carlos Fuentes
Los Dias Enmascarados (1954)
La Región Más Transparente (1957)
Las Buenas Consciencias (1959)
Aura (1962)
La Muerte de Artemio Cruz (1962)
Cantar de Ciegos (1964)
Zona Sagrada (1967)
Cambio de Piel (1967)
Cumpleaños (1969)
La Nueva Novela Hispano Americana (1968)
El Mundo de José Luís Cuevas (1969)
Todos los Gatos son Pardos (1970)
La Casa com Dos Puertas (1970)
Tiempos Nexicano (1971)
Terra Nostra (1975)
Uma Família Lejana (1980)
Gringo Velho (1985)
Cristóbal Nonato (1987)
La Campaña (1990)
El Espejo Enterrado (1992)
Diana ou a Caçadora Solitária (1996)
Los Años com Laura Diaz (1999)
Instinto de Inez (2001)
En Esto Creo (2002)
La Silla del Águila (2003)
Contra BUsh (2004)
Todas as Familias Felices (2006)
La Voluntad y la Fortuna (2008)
Vlad (2010)
La Gran Novela Latino Americana (2011).
quinta-feira, 12 de maio de 2022
Homens que envergonham o Século XXI: Vladimir Putin
Vladimir Putin (1952) é o presidente da Rússia, desde 2012, cargo que já havia exercido em dois mandatos anteriores (2000-2004 e 2004-2008).
Vladimir Vladimirovich Putin nasceu em São Petersburgo, antiga Leningrado, na Rússia, no dia 7 de outubro de 1952. Estudou Direito na Universidade Estadual de Leningrado, concluindo o curso em 1975.
Nesse mesmo ano, entrou para o treinamento na KGB - o serviço secreto russo, e começou sua vida profissional na direção do Serviço de Espionagem Russo, na antiga URSS. Primeiro servia em sua cidade natal, em seguida foi designado como agente em Dresden, na Alemanha Oriental.
Vladimir Putin permaneceu na Alemanha até o desmoronamento da URSS e a queda do muro de Berlim, em 1989, uma vez que a reunificação da Alemanha desmantelou os serviços da KGB naquele país.
Carreira Política
Ao regressar para Leningrado, Putin foi convidou para ocupar o cargo de vice-diretor adjunto de relações internacionais da Universidade local.
Passou também a se dedicar à política municipal de Leningrado. Em 1990 foi nomeado assessor do Presidente do Conselho Municipal de Leningrado, Anatoll Sobtchak, que conhecera nos tempos da universidade.
Em 1991, após o golpe de estado contra o então presidente Mikhail Gorbatchov, Putin deixa a KGB com a patente de coronel, mas continua a fazer parte do Partido Comunista.
Em 1994, Vladimir Putin passou a exercer a função de vice-prefeito de São Petersburgo, antes Leningrado, sendo responsável pela área de investimentos, parceria com empresas estrangeiras e instituições de empresa mista.
Em 1996, depois da derrota de Sobchak, nas eleições, Putin se mudou para Moscou onde ocupou cargos próximos ao presidente Boris Yeltsin. Em poucos meses foi nomeado vice-diretor do Serviço Administrativo e Técnico do Presidente da Rússia, cargo que ocupou durante 1996 e 1997.
Em julho de 1998 foi nomeado diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB), a mais importante dos quatro ramos em que se dividiu a KGB e herdara as funções de polícia política. A partir de março de 1999, Putin acumulou o cargo de Secretário do Conselho de Segurança.
De Primeiro Ministro à Presidente
Em 9 de agosto de 1999 Boris Yeltsin, presidente da Rússia desde sua fundação em 1991, nomeou Putin para Primeiro Ministro em substituição a Serguei Stephasin, que estava no cargo apenas por 3 meses.
No dia 31 de dezembro de 1999, debilitado, Boris Yeltsin apresentou sua demissão durante um discurso de fim de ano, e nomeou Putin como seu favorito para a sucessão ao Kremlin. Putin torna-se então presidente interino da Rússia.
No dia 20 de março de 2000, pelo Partido Rússia Unida, Vladimir Putin venceu as eleições para presidente, com mais da metade dos votos. Foi reeleito em 2004, para o segundo mandato.
No final de 2007, não podendo se reeleger, indicou como sucessor seu primeiro-ministro Demitri Medvedev, que iniciou seu mandato em 2008, e nomeou Putin para primeiro-ministro.
Em setembro de 2011, Vladimir Putin foi novamente eleito para presidente, iniciando seu mandato em 2012. A partir deste ano, a duração do mandato foi alterada e passou a ser de seis anos, portanto ele ficou no cargo até 2018.
putin
Em 2018 Putin foi reeleito com 76% dos votos. A Constituição russa não permitia que Putin concorresse à próxima eleição em 2024, mas em fevereiro de 2021, a Câmara dos Deputados russa aprovou uma norma pela qual o presidente poderá se candidatar a dois novos pleitos e governar até 2036.
Política econômica
Graças à abundância de petróleo e gás, na primeira década do governo Putin, a economia da Rússia foi marcada pela recuperação do nível de vida dos russos e do Estado enfraquecido após a queda da URSS.
Com doses em grande parte contraditórias em defesa da democracia e das liberdades, autoritarismo evidente, apoio à economia de mercado e à economia dirigida e exaltação dos valores nacionalistas e militares, o presidente russo tem procurado manter sua popularidade entre grande parte da população ao longo de seus sucessivos mandatos.
Política externa
No início como primeiro-ministro, Vladimir Putin se mostrou relativamente tolerante e disposto a manter boas relações com o Ocidente, mas já apresentava uma imagem severa e deu início a segunda guerra da Chechênia.
Em 2004, com a “Revolução Laranja”, que levou à presidência da Ucrânia um político pró-Ocidente, o Kremlin considerou o episódio uma interferência Ocidental em seu quintal.
Em 2008, a Rússia invadiu a Geórgia, quando esse país tentou se aproximar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Em 2011, com o início da Guerra Civil na Líbia, Putin condenou as intervenções militares do país, considerando a resolução da ONU como “defeituosa e falha”.
Durante toda a Revolução Síria, Putin apoiou o regime de Bashar Assas e continuou a vender armas para esse país. Putin se opôs contra qualquer intervenção estrangeira.
A Rússia e a Ucrânia
O território que hoje é a Ucrânia já fez parte da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, mas em 1991 o bloco se desmembrou em vários países e um deles é hoje a Ucrânia.
Em 24 de fevereiro de 2014, as Forças Especiais Russas desembarcaram na península da Crimeia, no sul da Ucrânia, e tomaram o controle da região, anexando a Crimeia à Federação Russa.
Vários países condenaram a Rússia, acusando-a de violar o direito internacional e a soberania da Ucrânia, provocando a pior crise diplomática entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.
A Ucrânia vem tentando caminhar em direção às instituições europeias e entrar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que é liderada pelos EUA e constitui em um sistema de defesa coletiva através do qual os seus Estados membros concordam com a defesa mútua em resposta a um ataque por qualquer entidade externa à organização.
Em janeiro de 2022 a crescente tensão entre a Rússia e a Ucrânia se agravou, uma vez que Putin vem tentando, a qualquer custo, barrar o ingresso da Ucrânia na Otan, pois a Ucrânia faz fronteira tanto com a União Europeia como com a Rússia e isso representa uma ameaça para a sua segurança.
Tropas russas foram enviadas para a fronteira da Ucrânia e mobilizadas para uma invasão caso os interesses de Putin sejam negados.
No dia 21 de fevereiro de 2022, Vladimir Putin anunciou que reconhece oficialmente a independência de duas regiões separatistas na Ucrânia: Donetsk e Luhansk, em apoio aos rebeldes que lutam nessas áreas contra forças militares ucranianas, porém recebeu ameaças de sanções de vários países.
no dia 24 de fevereiro de 2022 Putin dá início a sangrenta guerra da Ucrânia e se estende até hoje chocando e se tornando um dos piores tiranos do século XXI.
Fortuna
Putin está no poder por quatro mandato e nesse período acumulou uma fortuna estimada pelos opositores em 46 bilhões de dólares.
Esta soma extraordinária é baseada em alegações de que Putin possui ações em três empresas de petróleo e gás. É também um dos principais acionistas de uma empresa que não pode ser nomeada por razões legais, e que nega qualquer relação com Putin.
Segundo o vive-primeiro ministro, Boris Nemtsov, o presidente Putin possui vários palácios, mansões e residências, aviões, helicópteros e iates.
Religião na Rússia
Com a intenção de unificar as diferentes religiões sob a autoridade do Estado, na Rússia, as religiões tradicionais são permitidas, entre elas, o Budismo, o Cristianismo Ortodoxo, o Islamismo e o Judaísmo.
Putin frequenta os eventos mais importantes da Igreja Ortodoxa Russa. Como presidente, participou ativamente da promoção do Ato de Comunhão Canônica com o Patriarcado de Moscou, assinado em 17 de maio de 2007, que restabeleceu as relações com a Igreja Ortodoxa Russa do Exterior, após o Cisma de 80 anos.
Vida pessoal
Vladmir Putin foi casado com Lyudmila Shkrebneva entre os anos de 1983 e 2013, dessa união nasceram suas duas filhas, Maria Poutina e Katerina Poutina.
Putin que tem só 1,67 m de altura, se projetou na mídia com a imagem de esportista pela prática de judô e também por suas caçadas.
quarta-feira, 11 de maio de 2022
terça-feira, 10 de maio de 2022
Maior economia da América Latina, Brasil é o país que menos crescerá em 2022
Maior economia da América Latina, Brasil é o país que menos crescerá em 2022
Redação Finanças
ter., 10 de maio de 2022
Brasil terá o menor crescimento entre todos países da América Latina
Novo relatório da Cepal reduziu perspectiva de crescimento do país para 0,4%;
País está abaixo de economias mais críticas, como o Haiti (0,6%);
Vizinha Venezuela verá um crescimento de 5%, Colômbia de 4,8% e, Uruguai de 3,9% e Bolívia de 3,5%.
Em novo relatório, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), órgão vinculado à Organização das Nações Unidas, reduziu a previsão de crescimento da América Latina para 2022. Ao todo, o continente deverá apresentar um crescimento de 1,8%, ao invés dos 2,2% reportado anteriormente.
O motivo principal da queda da expectativa é o conflito bélico entre a Rússia e a Ucrânia, que aumentaram os níveis de incertezas na economia mundial, afetando negativamente o planeta como um todo. Por conta disso, a níveis regionais a queda no crescimento será acompanhada de uma maior inflação e desaceleração nas taxas de emprego.
O crescimento de 1,8%, no entanto, não é dividido igualmente entre todos os países do bloco. A América do Sul irá apresentar um crescimento abaixo da média, de 1,5%, enquanto as economias da América Central mais o México devem crescer 2,3%. Por fim, os países do Caribe (com exceção da Guiana) irão crescer 4,7%, segundo a organização.
Brasil é o país com pior projeção de crescimento
Um dos principais destaques do estudo da Cepal é o Brasil. O país é a maior economia da América Latina, mas apresenta o menor crescimento entre todas as nações, de apenas 0,4%. Com isso, o país figura na lista dos menores crescimentos do continente, atrás do Haiti, com 0,6%, e do Paraguai, com 0,7%.
Segundo a Cepal, os países cujas economias mais crescerão neste ano são Panamá (6,3%), República Dominicana (5,3%), Venezuela (5%), Colômbia (4,8%), Guatemala (4,2%), Honduras (4,1% ) Uruguai (3,9%), Costa Rica (3,7%) e Bolívia (3,5%).
Já os países no meio da tabela, ou seja, que apresentam um crescimento mediano são Cuba (3,4%), El Salvador (3%), Argentina (3%), Equador (2,7%), Peru (2,5%), Nicarágua (2,5%), México (1,7%) e Chile (1,5%).
Em seu relatório, a Cepal não explicitou as razões que determinaram os números individuais de cada país, mas focou no movimento do continente como um todo. Além da disrupção econômica provocada pelo conflito armado na Europa, que causou um aumento no preço de produtos básicos, a organização também destacou o ajuste monetário nos países desenvolvidos que "acentuou o endurecimento das condições financeiras globais".
https://br.financas.yahoo.com/
segunda-feira, 9 de maio de 2022
domingo, 8 de maio de 2022
Filme Clássico: Rua das Ilusões ( The Big Street filme de drama americano de 1942, estrelado por Henry Fonda e Lucille Ball )
Filme Rua das Ilusões (The Big Street)
The Big Street ou Rua das Ilusões é um filme de drama americano de 1942, estrelado por Henry Fonda e Lucille Ball , baseado no conto de 1940 "Little Pinks" de Damon Runyon , que também o produziu. Foi dirigido por Irving Reis a partir de um roteiro de Leonard Spigelgass .
The Big Street era um apelido para Broadway, onde o enredo deste filme começa e onde todas as histórias de Runyon acontecem.
Trama
O filme se concentra no ajudante de garçom Augustus Pinkerton II, conhecido como Little Pinks, e seu relacionamento com uma cantora bonita, mas de coração frio, Gloria Lyons, que fica aleijada em uma queda depois que seu namorado, o dono de boate de Nova York, Case Ables, a derruba. um lance de escadas em um ataque de ciúmes. Deixada sem um tostão pelas despesas em que incorre durante uma longa convalescença, Gloria é forçada a contar com a gentileza de Pinks, que a convida para ficar com ele em seu apartamento.
Quando a amiga de Pinks Violette Shumberg se casa com Nicely Nicely Johnson e o casal se muda para a Flórida, Gloria ordena que Pinks a leve para lá para se recuperar, e ele a empurra para Miami em sua cadeira de rodas. Lá ela se reencontra com um velho amante, Decatur, que perde o interesse por ela quando descobre que ela é uma inválida. Irritada, ela ataca Pinks, que a deixa e encontra trabalho como ajudante de garçom em um clube de propriedade de Case, apenas para retornar quando Violette lhe diz que Gloria está doente.
Desanimada, Gloria confessa que deseja passar uma última noite em um vestido enfeitado com joias. Quando Pinks vê a socialite Mimi Venus usando um, ele invade sua casa, onde ele a ouve sendo chantageada por um dos bandidos de Case, que está ameaçando divulgar sua infidelidade a menos que ela lhe dê suas jóias. Pinks se disfarça e recupera as gemas do ladrão, então diz a Case que ele vai denunciá-lo à polícia, a menos que ele concorde em dar uma festa com Gloria como convidada de honra.
Na noite da festa, a polícia prende Pinks, cujo cartão do Seguro Social foi encontrado no armário de Mimi. Quando seu marido Samuel descobre por que o ajudante de garçom invadiu sua casa, ele fica com pena dele e retira as acusações. Gloria finalmente percebe os sacrifícios que Pinks fez por ela, e ele a levanta em seus braços para que eles possam dançar. Gloria diz a Pinks que quer ver o oceano, mas morre. Destemido, ele a carrega escada acima para cumprir seu pedido final.
Elenco
Henry Fonda como Little Pinks
Lucille Ball como Gloria Lyons
Barton MacLane como Case Ables
Eugene Pallette como Bem Bem Johnson
Agnes Moorehead como Violette Shumberg
Marion Martin como Mimi Vênus
George Cleveland como Coronel Samuel Venus
William T. Orr como Decatur Reed
Ray Collins como o Professor
Sam Levene como o ladrão de cavalos
Vera Gordon como Sra. Lefkowitz
Produção
Damon Runyon originalmente queria escalar Charles Laughton e Carole Lombard nos papéis principais, mas nenhum deles estava interessado no projeto. Lombard sugeriu que a produtora considerasse sua amiga Lucille Ball e, apesar da pressão dos executivos da RKO para contratar uma atriz mais conhecida, como Barbara Stanwyck ou Jean Arthur , Runyon ofereceu a ela o papel. Ball mais tarde lembrou que, na época em que foi escalada, "nada parecia estar acontecendo para mim no estúdio. Meu salário semanal de US $ 1.000 vinha regularmente, mas eu ainda era regular entre os Bs ".
As filmagens não correram bem para a atriz. O diretor Irving Reis era um novato, e o co-estrela Henry Fonda , um ex-namorado emprestado pela 20th Century Fox , não lhe ofereceu muita orientação. Temendo que sua esposa pudesse reacender seu relacionamento com Fonda, Desi Arnaz frequentemente permanecia no set. Apesar desses obstáculos, Ball considerou o filme seu favorito.
Os vocais para "Quem sabe?" por Harry Revel e Mort Greene, interpretada por Gloria no clube de Case em Manhattan , foram fornecidos por Martha Mears . O personagem mais tarde reprisa a música com Ozzie Nelson e sua orquestra na boate de Miami.
O personagem de Nicely Nicely Johnson aparece no musical da Broadway Guys and Dolls , bem como no filme estrelado por Marlon Brando como Sky Masterson , no qual Stubby Kaye interpreta Nicely Nicely. Sam Levene atinge o alvo do alívio cômico no papel de Horsethief em The Big Street , um jogador erudito, um precursor da lendária performance de Levene no palco como o "extraordinário atirador de dados" Nathan Detroit na produção original da Broadway de 1950 de Guys and Dolls (1950), que teve 1.200 apresentações na Broadway ( Frank Sinatradesempenhou o papel na versão cinematográfica subsequente de 1955).
Vinte e seis anos depois, Henry Fonda e Lucille Ball fizeram mais um filme juntos, Yours, Mine and Ours (1968), desta vez com Ball recebendo o maior faturamento acima de Fonda na sequência de sua triunfante série de televisão de comédia dos anos 1950 I Love Lucy .
Recepção crítica
O crítico de cinema do New York Times chamou o filme de "com um ritmo inteligente e colorido" e "dirigido com precisão", mas pensou que "ao desviar-se ocasionalmente das linhas gerais de comédia do enredo, o filme dramatiza demais algumas situações não muito plausíveis com um efeito que é às vezes sentimental." Ele observou que Henry Fonda fez "um herói agudamente simpático oposto ao retrato capaz de Miss Ball da cantora".
A Variety escreveu que o roteirista Spigelgass fez "um bom trabalho ao transferir o espírito da peça para a tela, enfeitando-o com o típico humor de Runyon", e sentiu que Ball "[chegou] com altos louros" e Henry Fonda estava "no seu melhor ."
A Time Out London escreveu que "captura muito do espírito de vida baixa [de Runyon] e do vernáculo colorido, mas ocasionalmente estraga tudo ao chafurdar em sentimentalismo desnecessário", e acrescentou: "Ball, em um raro papel direto, é impressionante".
Mídia doméstica
Turner Home Entertainment lançou o filme no DVD da Região 1 em 19 de junho de 2007. Tem uma faixa de áudio em inglês com legendas em inglês e francês. Os recursos de bônus incluíram o curta de animação The Hep Cat e o curta musical Calling All Girls .
( Fonte Wikipedia)
quinta-feira, 5 de maio de 2022
quarta-feira, 4 de maio de 2022
segunda-feira, 2 de maio de 2022
Os principais filósofos iluministas e suas ideias mais polêmicas
Jean Jacques Rousseau
Os principais filósofos iluministas e suas ideias mais polêmicas
Gessica Borges
Os filósofos iluministas começaram a surgir em território francês em meados do século dezessete. A palavra iluminismo remete ao movimento que desejava clarear, iluminar a sociedade europeia que, para os pensadores da época, encontrava-se nas trevas, principalmente por causa de crenças religiosas.
Acreditando que o pensamento racional deveria substituir a religião e o misticismo, alguns nomes tomaram a frente do movimento iluminista em épocas e países diferentes. Veja quais foram os principais pensadores iluministas e seus ideais, em muitos casos, polêmicos.
John Locke (1632-1704)
principais filósofos iluministas
Filósofo inglês que defendia a liberdade de expressão, considerado o "pai" do que hoje chamamos de liberalismo e fundador do empirismo, ou seja, a ideia de que homem era uma folha em branco, que se preenchia apenas com as experiência.
Sua principal obra foi Ensaio sobre o entendimento humano (1689).
A polêmica de Locke:
Além de não acreditar que Deus tinha poder sobre o destino dos homens, o que era um escândalo na época, Locke acreditava no direito de propriedade como sendo natural do ser humano, e isso incluía escravos. O pensador investia no tráfico de escravos de pessoas negras e defendida a liberdade e a tolerância, mas não aos homens primitivos, ou seja, povos que não estavam ou não sabiam como conviver com dinheiro.
Voltaire (1694-1778)
principais filósofos iluministas
O filósofo francês que tem uma imagem marcada como símbolo da revolução iluminista, que depois influenciou a Revolução Francesa. O pensador escrevia muito, foram mais de setenta obras, em forma de livros, peças de teatro, romances, poemas e outros. Sua obra mais conhecida é Cândido, ou O Otimismo (1759)
Polêmicas que envolveram Voltaire:
Chegou a ser preso duas vezes por ser um crítico mordaz da Igreja Católica, que na época interferia muito no sistema político francês. Defendia uma linha de pensamento conhecida por Liberalismo, que resguardava as liberdades civis. Se por um lado isso soa positivo, suas ideias se espalharam de forma controversa ao longo do tempo. Por exemplo, na queda da monarquia e instauração de repúblicas que, por sua vezes, aumentaram impostos para financiar guerras de poder.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
principais filósofos iluministas
Filósofo suíço que defendia a democracia direta, onde cada indivíduo seria capaz de participar de todas as decisões políticas, ou seja, fazer prevalecer a soberania popular. Suas principais obras foram Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens (1755) e Do Contrato Social (1762).
As polêmicas de Rousseau:
Ao contrário de todos os outros iluministas, Rousseau não acreditava no individualismo, indo contra as teorias liberalistas da época. Para ele, com a igualdade não seria possível que as pessoas tivessem propriedades privadas, e que o bem estar social só seria possível se a posse de bens acabasse. Ou seja: nada de bens próprios para ninguém, todo mundo deveria ter as mesmas coisas, ser tratado da mesma forma, ter o mesmo poder. Imagina como seria um mundo assim?
Montesquieu (1689-1755)
principais filósofos iluministas
Conhecido principalmente pela sua teoria de separação de poderes - em Legislativo, Executivo e Judiciário - , como é hoje no Brasil, esse filósofo francês fez parte da primeira geração de pensadores iluministas e atuou principalmente no ramo da política e da psicologia. Sua principal obra é a O Espírito das Leis (1748).
Ideias polêmicas de Montesquieu:
Contra a monarquia absolutista, o filósofo acreditava que o poder precisava ser dividido em três âmbitos, para ser melhor controlado e evitar o domínio absoluto por parte dos reais da época. O problema dessa ideia é que ele também defendia o critério censitário, ou seja: apenas pessoas com renda e propriedades poderiam fazer parte da estrutura de poder, inclusive votar. A população de camadas empobrecidas ficariam de fora.
Denis Diderot (1713-1784)
principais filósofos iluministas
Devemos a este escritor e filósofo iluminista francês a criação da primeira enciclopédia do mundo. Como um grande defensor da expansão do conhecimento, juntamente com Jean Le Rond d´Alembert (1717-1783), o escritor passou boa parte da sua vida organizando pensamentos e conhecimentos da época, para divulgar a filosofia iluminista no mundo.
As polêmicas envolvendo Diderot:
Tudo que foi organizado por Diderot e d´Alembert negava a influência de Deus na humanidade. Toda ciência só poderia ser alcançada pela razão. Denis desprezava qualquer forma religiosa e acreditava ainda que a religião destruía paixões e desequilibrava o homem.
Entenda melhor essa dinâmica do pensamento através da biografia completa do filósofo.
Adam Smith (1723-1790)
principais filósofos iluministas
Filósofo e economista escocês, que é considerado o pai da economia moderna e o nome mais importante quando se fala em liberalismo econômico. Adorado pela burguesia, é em seu livro A Riqueza das Nações de 1776 que fala pela primeira vez em conceitos de auto-interesse e "mão invisível".
Ideias polêmicas de Adam Smith:
Contra a intervenção do Estado na economia, a favor do livre mercado, Smith falava da "mão invisível" que regia a economia, por exemplo, a lei da oferta e da procura. Suas ideias deram origem a uma filosofia voltada para a riqueza, acumulação de capital, ou capitalismo. O que, convenhamos, por si só já é bastante polêmico!
Série: Escritores Latino-Americanos: Eduardo Galeano Escritor uruguaio
Biografia de Eduardo Galeano
Por Dilva Frazão
Eduardo Galeano (1940-2015) foi um escritor e jornalista uruguaio, autor do livro “As Veias Abertas da América Latina”, uma obra que exerceu profunda influência no pensamento de esquerda latino-americano.
Eduardo Galeano (1940-2015) nasceu em Montevidéu, Uruguai, no dia 3 de setembro de 1940. Descendente de uma família de classe média, de formação católica, pensava em se tornar jogador de futebol, mas percebeu que não tinha habilidade necessária para isso, mas veio a escrever muito sobre o esporte. Acabou exercendo trabalhos diferenciados, como caixa de banco e datilógrafo.
Embora aos 14 anos ele já houvesse enviado uma charge para o jornal El Sol, do Partido Socialista, sua carreira na imprensa só se firmaria na década de 60, quando se tornou editor do jornal “Marcha”, ao lado de colaboradores como Vargas Llosa (futuro Prêmio Nobel) e Mario Benedetti.
Nos anos 70, com regime militar no Uruguai, foi perseguido pela publicação de seu livro “As Veias Abertas da América Latina” (1971), obra de referência de esquerda, na qual o autor analisa a história da América Latina do colonialismo ao século 20. Em 1973, foi preso em decorrência do golpe militar em seu país, exilou-se, posteriormente na Argentina, onde lançou a revista cultural “Crisis”.
Em 1976, Eduardo Galeano mudou-se para a Espanha, por causa da crescente violência da ditadura argentina. Em 1985, lançou na Espanha o livro “Memória do Fogo”. Nesse mesmo ano voltou ao Uruguai.
Autor de mais de trinta livros, traduzidos para cerca de vinte idiomas, Galeano declarou, em 2014, que não se identificava mais com sua anticapitalista obra “As Veias Abertas da América Latina”. Sobre ela, disse o autor: “Para mim, essa prosa da esquerda tradicional é extremamente árida, e meu físico já não a tolera”.
Em 2006, Eduardo Galeano ganhou o Prêmio Internacional de Direitos Humanos através da Global Exchange, instituição humanitária americana.
Eduardo Galeano faleceu em Montevidéu, no Uruguai, no dia 13 de abril de 2015.
(Fonte https://www.ebiografia.com/eduardo_galeano/)
Lista de publicações de Eduardo Galeano ( Fonte Wikipedia)
Los días siguientes (1963)
China (1964)
Guatemala (1967)
Reportagens (1967)
Los fantasmas del día del léon y otros relatos (1967)
Su majestad el fútbol (1968)
As veias abertas da América Latina (1971)(P)
Siete imágenes de Bolivia (1971)
Violencía y enajenación (1971)
Crónicas latinoamericanas (1972)
Vagamundo (1973)(P)
La cancion de nosotros (1975)
Conversaciones con Raimón (1977)
Días y noches de amor y de guerra (1978)(P)
La piedra arde (1980)
Voces de nuestro tiempo (1981)
Memória do fogo - trilogia - (1982-1986)(P)
A Pedra Arde (1983)
Aventuras de los jóvenes dioses (1984)
Ventana sobre Sandino (1985)
Contraseña (1985)
El descubrimiento de América que todavía no fue y otros escritos (1986)
El tigre azul y otros artículos (1988)
Entrevistas y artículos (1962-1987) (1988)
O Livro dos Abraços (1989)(P)
Nós Dizemos Não (1989)
América Latina para entenderte mejor (1990)
Palabras: antología personal (1990)
An Uncertain Grace com Fred Ritchin, fotos de Sebastião Salgado (1990)
Ser como ellos y otros artículos (1992)
Amares (1993)
Las palabas andantes (1993)(P)
úselo y tírelo (1994)
O futebol ao sol e à sombra (1995)(P)
Ser como eles (1997)(P)
Mulheres (1997)(P)
Patas arriba: la escuela del mundo al revés (1998)(P)
Bocas del Tiempo (2004)(P)
O Teatro do Bem e do Mal (2002)(P)
Espelhos - uma quase história universal (2008)(P)
Espelhos. Uma história quase universal (2008) (P)
Os Filhos dos Dias (2012) (P)
domingo, 3 de abril de 2022
Metropolis (1927) - [HD] Legendado completo (Multi sub)/ Um dos melhores filmes de todos os tempos
Série: Escritores Latino-Americanos: Lygia Fagundes Telles, Escritora brasileira
Série: Escritores Latino-Americanos: Lygia Fagundes Telles, Escritora brasileira
Por Dilva Frazão
Lygia Fagundes Telles (1923) é uma escritora brasileira. Romancista e contista, é a grande representante do movimento Pós-Modernista. É membro da Academia Paulista de Letras, da Academia Brasileira de Letras e da Academia de Ciências de Lisboa.
Infância e Formação
Lygia Fagundes Telles nasceu em São Paulo, no dia 19 de abril de 1923. Filha do promotor Durval de Azevedo Fagundes e da pianista Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, passou sua infância em várias cidades do interior em função do trabalho do pai.
Seu interesse por literatura começou na adolescência. Com 15 anos, com a ajuda do pai, publicou seu primeiro livro de contos, "Porão e Sobrado".
De volta à capital, estudou no Instituto de Educação Caetano de Campos. Em seguida, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo. Nessa mesma época, cursou Educação Física na mesma universidade.
Ainda estudante, colaborava com os jornais “Arcádia” e “A Balança”, ambos vinculados à Academia de Letras da faculdade. Nessa época, frequentava os encontros de literatura com Mário e Oswald de Andrade.
Careira Literária
A estreia oficial de Lygia Fagundes Telles na literatura ocorreu em 1944, com o volume de contos "Praia Viva". Em 1947, casou-se com um de seus professores, o jurista Goffredo Telles Júnior, com quem teve um filho.
Lygia seguiu com a contínua produção de contos e romances, entre eles, “Ciranda de Pedra” (1954), no qual relata a história de um casal que se separa e a caçula vai morar com a mãe, onde vive os dramas ocultos de uma jovem de pais separados. (A obra foi posteriormente adaptada para uma novela na TV Globo).
Em 1958, Lygia publicou o livro de contos, "História do Desencontro", que recebeu o Prêmio Artur Azevedo do Instituto Nacional do Livro. Em 1960 separou-se do marido. Em 1963 casou-se com o ensaísta e crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes. Nesse mesmo ano, publicou seu segundo romance “Verão no Aquário”, que recebeu o Prêmio Jabuti.
Junto com Paulo Emílio, escreveu o roteiro para o filme Capitu (1967), baseado na obra Dom Casmurro de Machado de Assis, uma encomenda de Paulo César Saraceni, que recebeu o Prêmio Candango de Melhor Roteiro Cinematográfico.
Prêmios e a Academia
A década de 70 foi um período da consagração de Lygia: O livro de contos “Antes do Baile Verde” (1970) recebeu o Prêmio Internacional de Escritoras, na França.
O livro “As Meninas”, publicado em 1973, que se tornaria um dos seus mais importantes romances, recebeu o Prêmio Jabuti, em 1974 e foi adaptado para o cinema em 1975, dirigido por Emiliano Ribeiro. A obra traça um paralelo entre a vida de três pessoas que agitaram a juventude em um período conturbado da história do Brasil.
A obra “Seminário dos Ratos” (1977) recebeu o Prêmio PEN Clube do Brasil. “A Disciplina do Amor” (1980) recebeu o Prêmio Jabuti e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte.
Em 1982, Lygia Fagundes Telles foi eleita para a Academia Paulista de Letras. Em 1985, tornou-se a terceira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira n.º 16, no dia 12 de maio de 1987. Foi eleita para a Academia das Ciências de Lisboa.
lygia fagundes telles
A consagração de Lygia veio em 2001, quando recebeu o Prêmio Camões, que lhe foi entregue em 13 de outubro de 2005, durante a VIII Cúpula Luso-brasileira, realizada na cidade do Porto, Portugal. Em 2016 e aos 92 anos de idade, Lygia Fagundes Telles tornou-se a primeira mulher brasileira a ser indicada para receber o prêmio Nobel de Literatura.
Características da obra de Lygia Fagundes Telles
A obra de Lygia Fagundes Telles apresenta um universo marcadamente feminino, embora comprometida em documentar a difícil condição de vida de uma sociedade frágil nos centros urbanos, uma literatura engajada, destinada a documentar a história trágica do país, como se lê em “As Meninas”.
Por sua vasta produção literária é considerada uma das maiores romancista e contistas da literatura brasileira. É uma das mais destacadas representantes do Movimento Pós-Modernista no Brasil.
Frases de Lygia Fagundes Telles
Já que é preciso aceitar a vida, que seja então corajosamente.
Não peça coerência ao mistério nem peça lógica ao absurdo.
Se é difícil carregar a solidão, mais difícil ainda é carregar uma companhia.
A distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas da vida.
O menino então sorri e nem o inimigo mais feroz resistirá a esse sorriso de quem se oferece tão sem defesa.
A beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio tom, nessa incerteza.
Obras de Lygia Fagundes Telles
Porão e Sobrado, contos, 1938
Praia Viva, contos, 1944
O Cacto Vermelho, contos, 1949
Ciranda de Pedra, romance, 1954
Histórias do Desencontro, contos, 1958
Verão no Aquário, romance, 1964
Histórias Escolhidas, contos, 1964
O Jardim Selvagem, contos, 1965
Antes do Baile Verde, contos, 1970
As Meninas, romance, 1973
Seminário dos Ratos, contos, 1977
Filhos Prodígios, contos, 1978
A Disciplina do Amor, contos, 1980
Mistérios, contos, 1981
Venha Ver o Por do Sol e Outros Contos, 1987
As Horas Nuas, romance, 1989
A Noite Escura e Mais Eu, contos, 1995
Invenção e Memória, contos, 2000
Biruta, contos, 2004
Histórias de Mistérios, contos, 2004
Conspiração de Nuvens, contos, 2007
Passaporte para a China, contos, 2011
https://www.ebiografia.com/lygia_fagundes_telles/
domingo, 20 de março de 2022
domingo, 13 de março de 2022
Série: Escritores Latino-Americanos.Machado de Assis Escritor brasileiro
Machado de Assis
Escritor brasileiro
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora
Biografia de Machado de Assis
Machado de Assis (1839-1908) foi um escritor brasileiro, um dos nomes mais importantes da literatura brasileira do século XIX. Destacou-se principalmente no romance e no conto, embora tenha escrito crônicas, poesias, crítica literária e peças de teatro.
Machado de Assis escreveu nove romances. Os primeiros – Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia -, apresentam alguns traços românticos na caracterização dos personagens.
A partir de Memórias Póstumas de Brás Cubas, teve início sua fase propriamente realista quando revelou seu incrível talento na análise do comportamento humano, descobrindo, por trás dos atos bons e honestos, a vaidade, o egoísmo e a hipocrisia.
Infância e adolescência
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu na Chácara do Livramento no Rio de Janeiro, no dia 21 de junho de 1839. Foi o primeiro filho do mulato Francisco José de Assis, um pintor e decorador de paredes, e da imigrante portuguesa Maria Leopoldina.
Machado de Assis passou sua infância e adolescência no bairro do Livramento. Seus pais viviam na chácara do falecido senador Bento Barroso Pereira e sua mãe era a protegida da dona da casa, D. Maria José Pereira.
Machado fez seus primeiros estudos na escola pública do bairro de São Cristóvão. Tornou-se amigo do padre Silveira Sarmento, o ajudava nas missas e familiarizava-se com o latim.
Quando tinha dez anos perdeu sua mãe. Seu pai resolveu sair da chácara e foi morar em São Cristóvão com Maria Inês da Silva, só vindo a casar-se em 1854.
Sua madrasta trabalhava como doceira em uma escola e levava o enteado para assistir algumas aulas. À noite, Machado ia para uma padaria, local onde aprendia francês com o forneiro. À luz de velas, Machado lia tudo que passava em suas mãos e já escrevia suas primeiras poesias.
Carreira literária
Em busca de um emprego, com 15 anos, Machado conheceu Francisco de Paula Brito, dono da livraria, do jornal e da tipografia da cidade. No dia 12 de fevereiro de 1855, a “Marmota Fluminense”, jornal editado por Paula Brito, trazia na página 3, o poema “Ela”, de Machado de Assis:
"Dos lábios de Querubim
Eu quisera ouvir um sim
Para alívio do coração"...
Daí por diante, Machado não parou de escrever na Marmota e de fazer amizades com os políticos e literatos, frequentadores da livraria, onde o assunto principal era a poesia.
Em 1856, Machadinho, como era conhecido, entrou para a Imprensa Oficial como aprendiz de tipógrafo, mas além de mau funcionário, escondia-se para ler tudo que lhe interessava.
O diretor decidiu incentivar o jovem e o apresentou a três importantes jornalistas: Francisco Otaviano, Pedro Luís e Quintino Bocaiuva.
Otaviano e Pedro dirigiam o Correio-Mercantil e para lá foi Machado de Assis, em 1858, como revisor de provas. Colaborava também para outros jornais. Estreou como crítico teatral na revista “Espelho”.
Com 20 anos, Machado de Assis já frequentava os círculos literários e jornalísticos do Rio de Janeiro, capital política e artística do Império.
machado de assis
Machado de Assis com 20 anos
Em 1960, Machado de Assis foi chamado por Quintino Bocaiuva para trabalhar na redação do “Diário do Rio de Janeiro”. Além de escrever sobre todos os assuntos e manter uma coluna de crítica literária, Machado tornou-se representante do jornal no Senado.
Machado também escrevia no “Jornal das Famílias”, onde suas histórias inconsequentes e açucaradas eram lidas nos serões familiares.
Primeiro livro de poesias
Em 1864, Machado de Assis publicou seu primeiro livro de poesias, Crisálidas, uma coletânea de seus poemas. O livro foi dedicado a seus pais, Maria Leopoldina e a Francisco.
Em 1867, o Imperador concedeu a Machado o grau de "Cavaleiro da Ordem da Rosa", por serviços prestados às letras nacionais. No dia 8 de abril Machado foi nomeado ajudante do diretor do Diário Oficial, iniciando sua "carreira burocrática".
Em 1868 ele conheceu Carolina Xavier de Novais, uma portuguesa culta, irmã do poeta português Faustino Xavier de Novais, que lhe revelou os clássicos lusitanos.
No dia 12 de novembro de 1869, o casamento de Machado e Carolina é realizado, tendo como testemunhas, Artur Napoleão e o Conde de São Mamede, em cuja residência se realizou a cerimônia. O casal não teve filhos.
Em 1873, ele foi nomeado primeiro oficial da Secretaria do Estado do Ministério da Agricultura. Três anos depois assumiu a chefia da seção.
Machado de Assis com 40 anos
Machado de Assis aos 40 anos
Academia Brasileira de Letras
O primeiro livro de contos de Machado de Assis, Contos Fluminenses (1870) e seu primeiro romance, Ressurreição (1872), sedimentaram a imagem de um escritor que usava muito bem a língua portuguesa e que preferia os relatos psicológicos às narrativas de ação constante.
No dia 30 de janeiro de 1873, a capa do décimo número do “Arquivo Contemporâneo”, periódico do Rio de Janeiro, colocou lado a lado as fotos de José de Alencar, até então o maior romancista do Brasil, e a de Machado de Assis.
Machado de Assis se impôs, antes mesmo de ter publicado suas obras-primas, como a maior expressão da literatura brasileira e, sem muita dificuldade, em 1896, fundou com outros intelectuais, a Academia Brasileira de Letras.
Nomeado para a cadeira n.º 23, tornou-se, em 1897, seu primeiro presidente, cargo que ocupou até sua morte.
Na entrada do prédio há uma estátua de bronze do escritor. Em sua homenagem, a academia chama-se também “Casa de Machado de Assis”.
Obra de Machado de Assis
Machado de Assis teve uma carreira literária ininterrupta, produziu de 1855 a 1908. Escreveu poesias, romances, contos, crônicas, críticas e peças de teatro. O ponto alto de sua produção literária é o romance e o conto, onde se observa duas fases:
Fase Romântica – obras e características
A primeira fase das obras de Machado de Assis apresenta-se presa a algum aspecto do “Romantismo”, com uma história cheia de mistérios, com final feliz ou trágico e uma narrativa linear.
Apresenta também traços inovadores, como uma linguagem menos descritiva, menos adjetivada e sem o exagero sentimental. As personagens têm um comportamento não só movido pelo amor, mas também pela ambição e pelo interesse. São dessa fase os romances:
Ressurreição (1872)
A Mão e a Luva (1874)
Helena (1876)
Iaiá Garcia (1878)
O Realismo – obras e características
A segunda fase das obras de Machado de Assis inicia-se com Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), onde retrata a miséria humana, indo até seu último romance, “Memorial de Aires” (1908) - o livro da saudade, escrito após a morte de Carolina.
É nesse período que se encontram suas mais ricas criações literárias. Diferente de tudo quanto havia sido escrito no Brasil, Machado inaugura o “Realismo”.
O estilo realista de Machado de Assis difere de seus contemporâneos, porque ele aprofunda-se na análise psicológica dos personagens desvendando a fragilidade existencial na relação consigo mesmo e com os outros personagens. São dessa fase os romances:
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)
Quincas Borba (1891)
Dom Casmurro (1899)
Esaú e Jacó (1904)
Memorial de Aires (1908, seu último romance)
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Em 1881, Machado de Assis publicou o romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, que marcou o início da fase acentuadamente realista de sua obra. A obra havia sido publicada, no ano anterior, em folhetins na Revista Brasileira.
Em "Memórias Póstumas de Brás Cubas", o narrador era um defunto que resolveu distrair-se um pouco saindo da monotonia da eternidade escrevendo suas memórias, livre das convenções sociais, pois está morto.
O narrador fala não só da vida, mas de todos os que com ele conviveram, revelando a hipocrisia das relações humanas.
Esse romance foi adaptado para o cinema em 2001, sendo considerado o melhor filme do festival de Gramado.
Quincas Borba
O romance Quincas Borba representa um dos pontos altos da obra de Machado de Assis. É rico de vida e substância humana.
O herói da história é o modesto professor Rubião, que recebe, em Barbacena, grande herança do falecido Quincas Borba, com a condição de cuidar de seu cachorro, também chamado Quincas Borba.
Rubião abandona a província, mudando-se para o Rio de Janeiro, onde é enganado, explorado e enlouquece, vindo a morrer miserável e solitário em sua cidade natal, Barbacena.
Dom Casmurro
É considerado o ponto culminante de sua ficção. O tema da obra é o adultério relatado pelo próprio marido traído. O romance é narrado na 1.ª pessoa do singular, começando com a amizade infantil entre Bentinho e Capitu.
Da afeição nasce o amor e o casamento. Capitu, como quase todos os tipos machadianos, é cheia de vivacidade e astúcia, porém dissimulada. Trai o esposo com Escobar, o mais antigo e íntimo amigo do casal.
Mais tarde, nasce Ezequiel e as dúvidas de Betinho se dissipam. Torna-se um indivíduo sisudo e casmurro, que vive a rememorar o passado. Quando Escobar morre, Capitu chora diante do cadáver, confirmando as suspeitas de Bentinho.
As personagens femininas de Machado de Assis
As grandes “personagens femininas” das obras de Machado de Assis ou são adúlteras ou estão a ponto de ser como Virgília de Memórias Póstumas que repele Brás Cubas quando podia casar-se com ele, mas torna-se sua amante depois que está casada com outro homem mais importante na escala social.
Sofia, protagonista de Quincas Borba, fica no limiar do adultério, tentando o pobre Rubião até levá-lo à loucura, para tirar dele seu último centavo e assim enriquecer seu esposo.
Capitu, sua heroína mais famosa, personagem de Dom Casmurro, é o protótipo de mulher dissimulada, que engana vilmente o marido.
Apenas Fidélia, de Memorial de Aires, é a mulher honesta e fiel, como seu próprio nome sugere.
Contos e características
Contos Fluminenses (1870)
História da Meia Noite (1873)
Papéis Avulsos (1882)
Histórias Sem Data (1884)
Várias Histórias (1896)
Páginas Recolhidas (1899)
Relíquias da Casa Velha (1906)
Alguns dos melhores contos “realistas” contidos nesses livros e que abordam os mais diversos temas, são:
Cantigas de Esponsais – a desesperada busca da expressão,
Noites de Almirantes – análise de uma desilusão amorosa,
Trio em Lá Menor – o anseio da perfeição,
O Alienista – o problema da loucura. Foi adaptado para o cinema em 1970).
Missa do Galo – o despertar do adolescente para o amor,
Teoria do Medalhão – como vencer na vida sem fazer força,
O Espelho – a dualidade da alma humana.
Últimos anos e morte
Em outubro de 1904 morreu sua esposa, Carolina, companheira de 35 anos, que além de revisora de suas obras era também sua enfermeira, pois Machado de Assis tinha a saúde abalada pela epilepsia.
Após a morte da esposa o romancista raramente saía de casa. Em homenagem à sua amada, escreveu o poema "À Carolina":
À Carolina
"Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs o mundo inteiro.
Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa separados.
Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos."
Machado de Assis faleceu no Rio de Janeiro, no dia 29 de setembro de 1908. Em seu velório, compareceram as maiores personalidades do país. Rui Barbosa, um dos juristas mais aplaudidos da época, fez um discurso de despedida com elogios ao homem e escritor.
Levado em uma carreta do Arsenal de Guerra, só destinada às grandes personalidades, um grande cortejo fúnebre saiu da Academia para o cemitério de São João Batista, onde foi enterrado.
O escritor Machado de Assis é uma figura tão importante para o nosso país que a sua biografia foi escolhida para figurar no artigo A biografia das 20 pessoas mais importantes para a história do Brasil.
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Série Escritores Latino-Americanos: Isabel Allende Escritora chilena
Isabel Allende
Escritora chilena
Por Dilva Frazão
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Biografia de Isabel Allende
Isabel Allende (1942) é uma escritora e jornalista chilena. Seu livro mais conhecido, A Casa dos Espíritos, foi adaptado para o cinema em 1993. Suas obras foram traduzidas para vários idiomas.
Isabel Allende Llona nasceu em Lima, no Peru, no dia 2 de agosto de 1942. Seu pai, Thomás Allende, era um diplomata chileno e sua mãe, Francisca Llona, era dona de casa.
Em 1945, seus pais se separaram e sua mãe voltou para Santiago, capital do Chile, levando seus três filhos, onde Isabel passou sua infância e parte de sua juventude.
Após sua mãe casar-se com outro diplomata, em 1953, a família foi morar em La Paz, na Bolívia, onde Isabel estudou em uma escola americana. Em seguida, mudaram-se para Beirute, no Líbano, onde ela ingressou em uma escola inglesa.
Em 1958, Isabel Allende voltou para Santiago e iniciou no curso de jornalismo. Nessa época, começou a escrever contos infantis e peças para o teatro.
Em 1960, Isabel Allende entrou para a seção chilena da Organização das Nações Unidas (FAO), que trabalha pela melhoria do nível de vida da população carente.
Em 1962, Isabel casou-se com Miguel Frias, com quem teve dois filhos, Paula e Nicolás.
Carreira literária
Em 1967, Isabel passou a escrever para uma revista feminina e também pra uma revista infantil. Em 1970 começou a trabalhar na televisão, apresentando um programa de entrevistas. Sua peça de teatro, “O Embaixador”, estreou em 1972.
Em 1973, ocorreu um golpe militar no Chile, encabeçado pelo general Augusto Pinochet, que depôs o presidente Salvador Allende, tio de Isabel Allende. Com a instauração de uma ditadura militar no Chile e a morte de Salvador Allende, Isabel deixou o país, junto com sua família, refugiou-se em Caracas, na Venezuela.
A Casa dos Espíritos (1982)
No dia 8 de janeiro de 1981, Isabel soube que seu avô estava muito doente e, impossibilitada de voltar ao Chile, começou a escrever uma carta para seu avô, que era visto como uma figura paterna para ela, uma vez que não tinha memórias do seu pai.
A carta foi o ponto de partida para o livro A Casa dos Espíritos, publicado em 1982. A obra foi baseada nas lembranças de sua infância e juventude passadas no velho casarão familiar, onde vivia seus avós e seus tios, rodeada de uma atmosfera liberal.
No livro "A Casa dos Espíritos", a família Trueba vê um golpe militar depor um presidente socialista e instalar uma ditadura militar, semelhante ao que se passou no Chile entre 1973 e 1990. época em que o Chile viveu sob o “punho de ferro” de Augusto Pinochet.
A fantasia da escritora vai se desdobrando em meio aos principais acontecimentos políticos da história levando o leitor a se situar nos dramáticos períodos de perseguição e terror da sangrenta ditadura militar.
A obra, publicada em 1982, se tornou um best-seller em diversos países da América do Sul e da Europa e consagrou Isabel Allende como uma das grandes escritoras chilenas.
Onze anos depois, A Casa dos Espíritos foi adaptada para o cinema pelo sueco Bille August, que contou com a colaboração da escritora e com a participação de atores consagrados como: Meryl Streep, Jeremy Irons, Glen Close, Antônio Banderas, Vanessa Redgrave e Winona Ryder.
De Amor e de Sombra (1984)
Dois anos depois da publicação de A Casa dos Espíritos, Isabel Allende publicou De Amor e de Sombra (1984). A obra mescla uma história de amor de dois jovens jornalistas que são forçados a se exilarem depois de investigarem o desaparecimento de uma mulher numa ditadura militar.
A obra relata a descoberta de um cemitério clandestino, em uma mina no norte do Chile, onde estavam sepultados os desaparecidos durante a ditadura.
A obra, que está próxima do chamado “realismo mágico, que mistura fantasia com realidade, recebeu elogios dos leitores e da crítica o que veio selar o êxito internacional da escritora.
Paula (1994)
Isabel Allende viveu na Venezuela até 1987, ano em que se divorciou do marido e se mudou para os Estados Unidos.
Em 1991, morando nos Estados Unidos, Isabel descobriu que sua filha Paula tinha uma grave doença neurológica e, depois de um longo período em coma, acabou morrendo.
Durante o coma da filha, Isabel começou a escrever a obra Paula. O luto e a depressão levaram a escritora a relatar os fatos ocorridos durante a grave doença.
Publicada em 1994, a obra Paula, foi seu primeiro trabalho de não ficção e muitos críticos consideram essa a melhor obra da escritora.
Fundação Isabel Allende
Após a morte de sua filha e da publicação da obra “Paula”, a escritora passou por um forte bloqueio criativo e aceitou o convite de uma amiga para conhecer a Índia na tentativa de superar o luto.
Na Índia, Isabel viveu um momento que mudaria sua vida, quando uma mulher lhe entregou uma criança recém-nascida. O bebê lhe foi oferecido porque o nascimento de uma menina não era bem aceito na sociedade local.
Depois do choque da experiência, a escritora decidiu criar a “Fundação Isabel Allende”, para ajudar mulheres e crianças em situação de risco.
Morando nos Estados Unidos e ainda escrevendo, suas obras estão sempre nos primeiros lugares da lista dos livros mais vendidos nas Américas e na Europa.
Alguns personagens de “A Casa dos Espíritos” voltaram a aparecer nos romances “Filha da Fortuna” (1998) e “Retrato a Sépia” (2000), o que resultou em uma trilogia não oficial.
No livro “Para Lá do Inverno” (2017), a autora escreveu sobre os flagelos da imigração ilegal e dos refugiados. Em “Longa Pétala de Mar” (2019), a autora se inspirou na história dos refugiados espanhóis que chegaram ao Chile a bordo do navio Winnipeg.
Prêmios
Medalha Nacional de Literatura do Chile (2010)
Medalha Presidencial da Liberdade (EUA, 2014)
Obras de Isabel Allende
A Casa dos Espíritos (1982)
A Lagoa Azul (1983)
De Amor e de Sombra (1984)
Eva Luna (1987)
O Plano Infinito (1991)
Paula (1995)
Afrodite (1998)
Filha da Fortuna (1999)
Retrato a Sépia (2000)
A Cidade das Feras (2002)
O Reino do Dragão de Ouro (2003)
O Bosque dos Pigmeus (2004)
Zorro, Começa a Lenda (2005)
Inês da Minha Alma (2006)
A Soma dos Dias (2007)
A Ilha Sob o Mar (2009)
O Caderno de Maya (2011)
O Jogo de Ripper (2014)
O Amante Japonês (2015)
Para Além do Inverno (2017)
Longa Pétala do Mar (2019)
As Mulheres de Minha Alma (2020)
Violeta (2021)
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Última atualização: 05/08/2021
Dilva Frazão
Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.