Dilma abre vantagem sobre Aécio e sai do empate técnico, dizem Datafolha e Ibope
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Combinação de fotos mostra a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff (à esquerda), e o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves (à direita). REUTERS/Paulo Whitaker (BRAZIL - Tags: POLITICS ELECTIONS)
Por Alexandre Caverni
SÃO PAULO (Reuters) - A três dias do segundo turno da eleição presidencial, Dilma Rousseff (PT), que busca a reeleição, abriu vantagem sobre Aécio Neves (PSDB) e saiu do empate técnico com o tucano, beneficiada por uma melhora na avaliação de seu governo e por um aumento na rejeição ao senador mineiro, mostraram novas pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas nesta quinta-feira.
Considerando os votos válidos (excluindo brancos, nulos e indecisos), o Datafolha mostrou Dilma com 53 por cento contra 47 por cento de Aécio --no levantamento divulgado na madrugada de quarta-feira o placar era 52 a 48 por cento, no limite do empate técnico, já que a margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Pelo Ibope, a presidente tem 54 por cento dos votos válidos contra 46 por cento do tucano. A sondagem anterior, realizada na semana passada, mostrava os dois em empate técnico, mas com vantagem numérica para Aécio: 51 a 49 por cento. A margem de erro também é de 2 pontos percentuais.
Pelo eleitorado total, a petista foi a 48 por cento das intenções de voto no Datafolha, contra 42 por cento do tucano. Na pesquisa anterior, o placar era 47 a 43 por cento.
Já o Ibope mostra vantagem da presidente por 49 a 41 por cento --na pesquisa da semana passada, o tucano tinha vantagem numérica, com 45 a 43 por cento.
Os eleitores que planejam votar em branco ou anular o voto somam 5 por cento segundo o Datafolha e 7 por cento pelo Ibope. Os indecisos são, respectivamente, 5 por cento e 3 por cento. As duas pesquisas mostraram crescimento da rejeição a Aécio. Segundo o Datafolha, 41 por cento dos eleitores dizem agora que não votam no tucano "de jeito nenhum", contra 34 por cento há duas semanas. Pelo Ibope o aumento da taxa de rejeição de Aécio, de 35 para 42 por cento, se deu em uma semana.
Já a rejeição a Dilma está em 37 por cento pelo Datafolha (ante 43 por cento no dia 9 de outubro) e em 36 por cento pelo Ibope (mesma taxa de uma semana atrás).
Outro dado positivo para a presidente foi a avaliação ótima e boa de seu governo, agora apontada por 44 por cento dos entrevistados pelo Datafolha. Embora a oscilação esteja dentro da margem de erro (eram 42 por cento no levantamento anterior), é o melhor nível desde junho de 2013, mês das grandes manifestações populares.
Os números reforçam que a propaganda eleitoral petista está sendo mais efetiva do que a do PSDB, tanto no trabalho de desconstrução de Aécio, que tem levado ao aumento na sua rejeição, quanto na defesa do desempenho do governo, com melhora na avaliação da administração Dilma pelo eleitorado.
Os dados mostram também um esgotamento do impacto sobre Dilma das denúncias de um suposto esquema de corrupção com sobrepreço em contratos da Petrobras para beneficiar partidos governistas.
O Datafolha ouviu 9.910 pessoas na quarta e quinta-feira, em 399 municípios. O Ibope entrevistou 3.010 eleitores, em 203 municípios, entre segunda e quarta-feira.
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