Konstantinos - Uranus

segunda-feira, 30 de junho de 2014

GEOPOLÍTICA INTERNACIONAL O Brasil tem a resposta?





GEOPOLÍTICA INTERNACIONAL
O Brasil tem a resposta?
por HENRIQUE SUBI em 22/jan/2014 • 15:05 3 Comentários
Fonte: New York Times – 20/01/2014 – Por Joe Nocera

Não muito tempo depois que eu voltei de minha recente viagem para o Brasil, eu chamei alguns economistas para conseguir entender melhor onde o país fica economicamente. Para mim, o Rio de Janeiro pareceu uma pequena Xangai: havia muitas lojas de alto padrão em bairro como Ipanema – e muita pobreza nas favelas. Havia também muita coisa entre esses extremos. O que é mais chocante para um visitante é a quantidade de cidadãos de classe média que parecem existir. Havia carros por toda a parte; engarrafamentos, passei a acreditar, são um sinal da classe média crescente. Eles significam que as pessoas têm dinheiro suficiente para comprar automóveis.

O que eu vi não foi ilusão. Apesar de seu ponto de partida ter sido um pouco extremo, o Brasil é um país que viu a desigualdade na distribuição de renda cair na última década. O desemprego está perto de seu recorde mínimo. E o crescimento da classe média é um tanto surpreendente. Para grande parte das estimativas, mais de 40 milhões de pessoas foram tiradas da pobreza na última década; a pobreza extrema, diz o governo, foi reduzida em 89 por cento. O ganho “per capita” continuou a aumentar mesmo com a diminuição do crescimento do PIB.

Não obstante, os economistas com quem falei foram uniformemente grosseiros em relação ao futuro de curto prazo da economia brasileira. Eles apontaram, para começar, para a diminuição do crescimento do PIB, a qual eles não esperam que se recupere tão cedo. A despeito dos enormes ganhos econômicos do país desde o começo do século, houve muito pouco ganho de produtividade para acompanhá-los. Deveras, diversos economistas me disseram que a principal razão do desemprego estar tão baixo é que a economia é terrivelmente ineficiente. Uma parte grande demais da economia está nas mãos do Estado, disseram-me, e, mais ainda, é uma economia baseada em consumo à qual falta o necessário investimento. E por aí vai. Eu fiquei com a impressão que muitos economistas acreditam que o Brasil tem sido mais sortudo do que bom e agora essa sorte está acabando. Em um recente artigo sobre a economia brasileira, o “The Economist” colocou de forma crua: “A deterioração”, dizia sua manchete.

Enquanto eu ouvia os economistas, porém, eu não pude evitar pensar em nossa própria economia. Nosso PIB aumentou mais de 4% no terceiro quadrimestre de 2013 e, claro, nossa produtividade aumentou implacavelmente. Mas, apesar do crescimento, apenas recentemente o desemprego caiu para menos de 7 por cento. E a classe média está sendo lenta, mas certamente, eviscerada – graças, ao menos em parte, a esses ganhos de produção. A desigualdade financeira tornou-se um fato da vida nos Estados Unidos e, enquanto políticos negam tal fato, eles parecem incapazes de fazer algo sobre isso. O que me fez imaginar: a economia de quem vai melhor, na verdade?

Alguns anos atrás, Nicholas Lemann, do “The New Yorker”, escreveu um extenso artigo sobre o Brasil, no qual ele citou um e-mail que recebeu da Presidenta do país, Dilma Rousseff. “O principal objetivo do desenvolvimento econômico precisa sempre ser a melhora nas condições de vida”, ela disse a ele. “Você não pode separar os dois conceitos”.

Em outras palavras, o Governo confessadamente de esquerda do Brasil não gasta um monte de tempo se preocupando com o crescimento puro e simples, ao contrário, conecta-o com a redução da pobreza e o aumento da classe média. Com isso, ele tem um alto salário mínimo, por exemplo. Ele tem leis que tornam extremamente difícil demitir um empregado preguiçoso. Ele controla o preço da gasolina, ajudando a manter o ato de dirigir acessível.

E o mais chocante de tudo – ao menos para o ponto de vista de um americano – pelos últimos 10 anos o  Brasil teve um programa chamado Bolsa Família, o qual essencialmente entrega dinheiro a mães pobres. Em retorno, elas devem garantir que seus filhos vão à escola e sejam avaliados pelos serviços de saúde pública. Ninguém questiona que o Bolsa Família foi extremamente efetivo na redução da pobreza.

Em contrapartida, aqui nos Estados Unidos, o Congresso acabou de negar a extensão do seguro-desemprego. As leis agrícolas vislumbram cortar o vale-refeição. Vários outros programas voltados a ajudar os pobres ou desempregados foram reduzidos. Mesmo aqueles que se opõem a tais cortes sem coração afirmam que, tão logo a economia esteja de volta, tudo ficará bem novamente. O crescimento tomará conta de tudo. Assim, nos EUA, nós tendemos a ver o crescimento econômico menos como um meio para um fim do que como um fim em si mesmo.

É possível, claro, que a economia brasileira bata contra a parede e alguns desses ganhos sejam revertidos. Uma nova ênfase em investimento e empreendedorismo pode evitá-lo. Os protestos espontâneos do último verão* foram resultado de uma nova classe média querendo aquelas coisas que a classe média sempre quer: melhores serviços, escolas de boa qualidade, menos corrupção. Ainda assim, o exemplo brasileiro levanta uma questão que nós não perguntamos muito nesse país: qual a vantagem do crescimento econômico se ninguém tem trabalho?

Nota: lembramos que as matérias aqui espelhadas são traduções literais dos textos encontrados na imprensa internacional e nem sempre espelham a nossa opinião. Esse, por exemplo, chamou nossa atenção por ser um americano que contesta o modelo econômico do próprio país e toma como base o Brasil. Isso é raro de encontrar.

* Refere-se à estação do ano na América do Norte. As manifestações foram em junho, começo do inverno aqui no Brasil.
http://www.estudeatualidades.com.br/2014/01/o-brasil-tem-a-resposta/

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Oscar Wilde




Escritor irlandês
Oscar Wilde
16/10/1854 , Dublin, Irlanda
30/11/1900, Paris, França

 O pessimista é uma pessoa que, podendo escolher entre dois males, prefere ambos.
Fonte: O Pensador
http://educacao.uol.com.br/biografias/oscar-wilde.jhtm
Oscar Fingall O'Flahertie Wills Wilde, um dos maiores escritores de língua inglesa do século 19, tornou-se célebre pela sua obra e pela sua personalidade. Sofisticado, inteligente, dândi, adepto do esteticismo (da "arte pela arte"), escreveu contos ("O Crime de Lord Arthur Saville"), teatro ("O Leque de Lady Windermere"), ensaios ("A alma do homem sob o socialismo"), e romances ("O Retrato de Dorian Gray").

Oscar Wilde era filho de um médico, Sir William Wilde e de uma escritora, Jane Francesca Elgee, defensora do movimento da Independência Irlandesa. Desde criança Oscar Wilde esteve sempre rodeado por grandes intelectuais. Criado no protestantismo, destacou-se nos estudos das obras clássicas gregas e no conhecimento dos idiomas.

Em 1882, foi convidado para ir aos Estados Unidos para falar sobre o seu recém criado Movimento Estético, com as idéias de renovação moral. Defendia o "belo" como única solução contra tudo o que considerava maléfico à sociedade. Esse movimento visava transformar o tradicionalismo na época vitoriana, dando um tom de vanguarda às artes.

No ano seguinte foi para Paris, e, em contato com o mundo literário francês, seu movimento acabou por se enfraquecer. Em seguida, retornou para a Inglaterra, onde se casou com Constance Lloyd e foi morar em Chelsea, um bairro de artistas. O casal teve dois filhos, mas mesmo após o casamento, Oscar continuou frequentando todas as rodas literárias, espalhando glamour e comentários nos eventos sociais em que comparecia, sempre elegante e extravagante.

Em 1880 lançou "Vera", um texto teatral bem sucedido. Chegou a ter três peças em cartaz simultaneamente nos teatros ingleses.Em seguida publicou uma coletânea de poemas. Em 1887 e 1888, seu período mais produtivo, lançou vários contos e novelas, como "O Príncipe Feliz", "O Fantasma de Canterville" e outras histórias.

Em 1891, lançou sua obra prima, "O Retrato de Dorian Gray", que retrata a decadência moral humana. No entanto, no seu apogeu literário, começaram a surgir os problemas pessoais. O que antes eram boatos quanto a uma suposta vida irregular, passaram a se concretizar, dando início à decadência pessoal do escritor. Apareceram rumores sobre sua homossexualidade, (severamente condenada por lei na Inglaterra), que não puderam mais serem negados. Oscar se envolveu com Lord Alfred Douglas (ou Bosie), filho do Marquês de Queensberry, que sabendo do relacionamento, enviou uma carta a Oscar Wilde, no Albermale Club, onde o ofendia e recriminava já no sobrescrito: "A Oscar Wilde, conhecido Sodomita".

O escritor decidiu processar o Marquês por difamação. Depois tentou desistir do processo, mas era tarde demais e as provas da sua vida sexual desregrada começam a aparecer. Um novo processo contra ele foi instaurado. Sua fama começou a desmoronar. Suas obras e livros foram recolhidos e suas comédias retiradas de cartaz. O que lhe restava foi leiloado para as despesas do processo judicial. Acabou passando dois anos na prisão, que lhe renderam obras comoventes como "A Balada do Cárcere de Reading" (1898) e "De Profundis", uma longa carta ao Lord Douglas.

Ao sair da prisão, retirou-se para Paris, onde adotou o pseudônimo de Sebastian Melmouth e onde passou o resto dos seus dias, em hotéis baratos, embriagando-se com absinto.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Holanda destrói Espanha por 5 x 1 na reedição da final de 2010









Holanda destrói Espanha por 5 x 1 na reedição da final de 2010

 Técnico espanhol Vicente Del Bosque consola jogadores durante partida contra Holanda, na qual a Espanha foi derrotada por 5 x 1 na Arena Fonte Nova, em Salvador. 13/6/2014 REUTERS/Michael Dalder

Por Neil Maidment

SALVADOR (Reuters) - Dois gols de Robin van Persie e outros dois de Arjen Robben ajudaram a Holanda a destruir a Espanha, atual campeã mundial e europeia, com uma goleada por 5 x 1 no jogo de abertura o Grupo B da Copa do Mundo, nesta sexta-feira, que reeditou a final da Copa de 2010.

Em um contraste total com a dura final de Copa entre as duas seleções em 2010, vencida por 1 x 0 pela Espanha na prorrogação, os holandeses se vingaram com uma performance pulsante, que além dos gols de Van Persie e Robben, também teve um marcado por Srefen de Vrij.

"Eles foram melhores no segundo tempo depois de um primeiro tempo em que jogamos bem", disse o técnico espanhol, Vicente del Bosque à TV espanhola.

"Eles jogaram a bola por cima contra a nossa defesa e encontraram bastante espaço... Continuamos lutando, mas eles foram mais fortes fisicamente com o desenrolar do jogo e isso fez a diferença", disse.

"Agora é uma situação delicada para nós, que vamos tentar e superar na nossa próxima partida contra o Chile e então ver o que acontece."

A Espanha, que além de atual campeã do mundo venceu as Eurocopas de 2008 e 2012, abriu o placar aos 27 minutos em um pênalti cobrado por Xabi Alonso, depois do brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa cair na área, após uma dividida com De Vrij. Van Persie empatou com um peixinho espetacular aos 44 minutos.

O atacante holandês superou Sergio Ramos e Jordi Alba para completar de cabeça um lançamento de Daley Blind de peixinho, encobrindo o goleiro Iker Casillas.

Momentos antes do gol de empate de Van Persie, a Espanha desperdiçou uma ótima chance de marcar quando uma tentativa de David Silva foi desviada para escanteio.   Reuters Brasil

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Com dois gols de Neymar, Brasil bate Croácia de virada por 3 x 1 em estreia na Copa


Com dois gols de Neymar, Brasil bate Croácia de virada por 3 x 1 em estreia na Copa

 Neymar comemora gol marcado contra a Croácia na abertura da Copa. REUTERS/Ivan Alvarado

Por Tatiana Ramil

SÃO PAULO (Reuters) - O atacante Neymar comandou a virada da seleção brasileira sobre a Croácia por 3 x 1, nesta quinta-feira, ao marcar dois gols no jogo de abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians, em São Paulo.

O meia Oscar, que teve um ótimo desempenho, marcou o terceiro gol brasileiro no fim da partida, em que o Brasil saiu atrás no marcador devido a um gol contra de Marcelo -- o primeiro do Brasil na história dos Mundiais.

A seleção brasileira teve dificuldades no confronto e precisou de um pênalti inexistente em Fred, e cobrado por Neymar, para virar o placar, no segundo tempo. Neymar também marcou o primeiro gol do Brasil na Copa, em um chute de fora da área na etapa inicial.

O camisa 10, maior esperança da seleção na Copa do Mundo em casa, foi o jogador mais acionado pelo time comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari, deixando o campo muito aplaudido pelos mais de 60 mil torcedores que estiveram no estádio. Ele ainda foi eleito o melhor jogador da partida.

Para a estreia no Mundial, Felipão repetiu o time que foi campeão da Copa das Confederações, no ano passado, com a vitória por 3 x 0 sobre a Espanha, no Maracanã.

No entanto, a equipe pareceu ter iniciado a partida nervosa. Os croatas deram o primeiro chute a gol, logo a 1 minuto de partida, mas sem perigo. Seis minutos depois, a Croácia assustou o goleiro Julio Cesar com um cabeceio de Ivica Olic, que passou rente à trave.

Aos 11 minutos, saiu o gol da Croácia. Olic avançou rápido pela esquerda, não encontrou a marcação de Daniel Alves, e cruzou para a área. Nikica Jelavic desviou de leve e o lateral-esquerdo Marcelo empurrou a bola contra suas próprias redes, marcando o primeiro gol contra da história brasileira em Mundiais. GOLS DE NEYMAR

O Brasil tentou responder aos 15 minutos, mas os atacantes Fred e Neymar não conseguiram empurrar a bola para o gol após cruzamento de Oscar, que atuava pelo lado direito do campo.

O primeiro chute a gol do Brasil foi só aos 21 minutos, quando Paulinho recebeu passe de Oscar dentro da área e chutou forte, mas em cima do goleiro Stipe Pletikosa, que defendeu.

A melhor jogada brasileira aconteceu logo depois. Neymar avançou pela direita, cruzou para dentro da área, mas a zaga croata desviou. No rebote, Oscar deu um lindo chute de perna esquerda, que o goleiro se esticou para defender.

Ao ajudar na marcação, Neymar colocou o braço no rosto de Luka Modric e levou cartão amarelo.

Mas o jogador do Barcelona é bom mesmo no ataque, e empatou o jogo pouco depois, aos 29 minutos. Após receber passe de Oscar no meio-campo, ele se livrou de um marcador e chutou de perna esquerda da entrada da área para marcar. A bola ainda bateu na trave antes de balançar a rede.

No final do primeiro tempo, Hulk teve chance de virar o marcador, mas chutou por cima.

Após começar o jogo de maneira irregular, o Brasil foi se acertando em campo e teve 64 por cento de posse de bola e 10 chutes a gol, contra apenas três da Croácia, no primeiro tempo.

A segunda etapa começou com poucas chances de gols, mas Daniel Alves continuava a deixar espaços pelo lado direito da defesa brasileira.   Continuação...

Com dois gols de Neymar, Brasil bate Croácia de virada por 3 x 1 em estreia na Copa
quinta-feira, 12 de junho de 2014 19:49 BRT Imprimir | Uma página [-] Texto [+]
 Neymar comemora gol marcado contra a Croácia na abertura da Copa. 12/06/2014   REUTERS/Ivan Alvarado
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Felipão, então, fez sua primeira substituição, colocando Hernanes no lugar de Paulinho aos 18 minutos.

Aos 20, Neymar avançou pelo meio e tomou falta dura de Vedran Corluka, que levou cartão amarelo. Daniel Alves cobrou a falta e mandou a bola por cima do gol.

Para dar mais movimentação ao ataque, o treinador brasileiro colocou Bernard na vaga de Hulk, que teve atuação apagada.

Fred, até então pouco acionado, recebeu passe no centro da área e, numa disputa com Dejan Lovren, caiu. O árbitro japonês Yuichi Nishimura, o mesmo da eliminação do Brasil na Copa de 2010, marcou pênalti. Neymar cobrou, o goleiro croata chegou a tocar na bola, mas ela entrou: 2 x 1.

A partir daí, o jogo ficou nervoso para o Brasil, com os croatas pressionando. Eles chegaram a marcar um gol, mas foi assinalado impedimento no começo da jogada. O goleiro Julio Cesar ainda fez duas defesas, evitando o empate do rival.

A poucos minutos do fim, Neymar foi substituído por Ramires e foi ovacionado ao deixar o gramado.
Quando a seleção se encaminhava para segurar o resultado, Oscar partiu com a bola dominada numa contra-ataque e marcou o terceiro gol, já nos acréscimos, provocando euforia na torcida paulista, normalmente exigente com a seleção e disposta a vaiar. O clima, porém, começou bem entre o time e a torcida brasileira.

domingo, 8 de junho de 2014

“Aqueles que esperam que o Brasil tenha retrocesso vão quebrar a cara”, diz Lula http://brasil.elpais.com/



http://brasil.elpais.com/

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é taxativo sobre a situação do Brasil: “Aqueles que estão esperando que o país tenha retrocesso vão quebrar a cara. Não haverá retrocesso”, declarou. Lula, que participou do fórum Desenvolvimento, Inovação e Integração Nacional, promovido pelo jornal EL PAÍS nesta sexta-feira, ironizou as críticas sobre os rumos da economia.

“Se o problema [do mercado financeiro] fosse só mau humor, seria fácil. Era só chamar um humorista”, declarou, provocando risos na plateia, que incluía o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). Em tom de campanha eleitoral, Lula citou uma série de dados sobre os avanços do país desde 2003 e incitou os ouvintes a compararem com os das gestões que o antecederam.

O seminário, realizado em Porto Alegre, reuniu um grupo de especialistas e políticos brasileiros. Ele foi inaugurado por Javier Moreno, diretor editorial do grupo espanhol PRISA (responsável por editar o EL PAÍS), que assegurou: “Sentimos como nosso o triunfo do Brasil e do Rio Grande do Sul, com a inclusão social e uma sociedade mais igualitária.”

O discurso mais longo e aguardado do evento foi o do ex-presidente Lula. Durante mais de uma hora, ele exaltou os êxitos dos 11 anos do PT à frente do país. Primeiro, em suas duas gestões, e, depois, com a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição na disputa que ocorre em outubro deste ano. “Para entender o futuro, tem que viajar ao passado e ver o que foi conseguido”, disse, fustigando os seus antecessores. Para Lula, o país tem reagido bem “à maior crise financeira desde a de 1929”, gerando recordes de emprego. O ex-presidente defendeu até o crescimento do PIB de 2,3% em 2013, considerado pífio por grande parte dos economistas. Somente nove países do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias mundiais) registraram expansão acima de 2%, afirmou.

O ex-presidente, no entanto, reconheceu que o Brasil passa por um período que requer atenção. Mas culpou o cenário internacional pelos obstáculos enfrentados. As turbulências que assolam os Estados Unidos e a Europa, para ele, estão afetando a economia nacional. Um cenário que poderia ser evitado, acredita, se as principais potências ampliassem as transações internacionais e reduzissem as barreiras protecionistas.

Na contramão de analistas preocupados com o endividamento e a falta de poupança das famílias brasileiras, Lula defendeu o aumento do crédito como forma de estimular o crescimento brasileiro. “Sem crédito não se vai a lugar nenhum. Tem país em que o crédito é 80% do PIB e [outros] até 120%”, analisou. O ex-presidente também aproveitou o tema para rebater as críticas de que há descontrole nos gastos do Governo Federal. Pediu, provocando novamente o PSDB, que se compare a atual relação entre a dívida do país e o PIB com a que encontrou ao suceder o ex-presidente do partido opositor, Fernando Henrique Cardoso.

Boa parte da exposição do ex-presidente foi dedicada aos programas sociais, como o Bolsa Família. Segundo Lula, eles representam apenas 0,5% dos gastos da máquina federal e geraram um ciclo de consumo que movimenta toda a economia. Ele disse que as críticas de que os beneficiados deixam de trabalhar são mito. Cerca de 80%, assegura, têm ocupação. A renda obtida, no entanto, não os tira da linha da miséria. Além disso, os programas fazem parte de uma política de ascensão social das camadas mais pobres, que passaram a ter acesso a novos bens e serviços. “Fico porreta quando vejo os pobres invadindo os aviões”, brincou Lula, provocando aplausos na plateia.

Em seu discurso, o ex-presidente criticou também a cobertura “pessimista” do Brasil por veículos de comunicação nacionais e estrangeiros, principalmente os ingleses e americanos. “O que [os jornais] fazem com a Dilma só é similar ao que faziam com o [Hugo] Chávez na Venezuela“, reclamou. Após afirmar que o Brasil agora é uma potência no cenário mundial, digna de ocupar em breve o posto de “quinta maior economia do mundo”, Lula rebateu os analistas e jornalistas que elegeram o México como a nação da vez. “Fui me inteirar [dos fundamentos econômicos mexicanos] e está tudo pior do que o Brasil”, analisou. “O que eles estão fazendo de melhor, nós já fizemos com a Petrobras há 20 anos”, complementou. Recentemente, o México liberou a participação de empresas estrangeiras na exploração de petróleo e gás no país.

Ele ressaltou ainda que o Brasil precisa ampliar o comércio internacional com os países da América do Sul. Ao comparar as trocas comerciais com o Chile, ele destacou que elas são maiores do que as feitas com países da Europa, a exemplo da Itália e da Espanha. Também ressaltou a importância de se aumentar as relações comerciais com nações africanas. “O Atlântico não é um obstáculo, mas uma oportunidade”, analisou. Entre os produtos brasileiros que poderiam ser comprados pelos africanos, Lula apontou os do setor automotivo. O ex-presidente chegou até a sugerir que as matrizes das montadoras que estejam presentes ou venham ao Brasil sejam cobradas a vender parte de sua produção ao mercado externo.

Madri realiza a maior manifestação a favor de referendo desde abdicação do rei




Madri realiza a maior manifestação a favor de referendo desde abdicação do rei
Rafael Duque | Madri -
Manifestantes fizeram assembleia popular e pediram que Congresso aprove consulta para decidir entre monarquia parlamentar e república
     
Apenas cinco dias após a abdicação do rei Juan Carlos, a capital espanhola registrou neste sábado (07/06) a sua segunda grande manifestação a favor de um referendo sobre a monarquia. Ao contrário da primeira concentração, realizada na última segunda-feira e organizada por redes sociais, o ato deste final de semana foi convocado pelos principais partidos de esquerda do país, principalmente o Equo e o IU (Esquerda Unida), e reuniu ainda mais pessoas.


Campanha a favor da realização de uma consulta popular a respeito da continuidade da monarquia ganha adeptos na Espanha
Às 18h30, meia hora antes do horário marcado, a Praça de Cibeles, local de início do protesto, já estava tomada por bandeiras vermelhas, amarelas e roxas, cores da Segunda República Espanhola (1931-1939). Quando o relógio da sede da prefeitura de Madri marcou 19h, as ruas próximas à concentração foram fechadas pela polícia e os manifestantes começaram a caminhar em direção à Praça Puerta del Sol, no centro da cidade.
Pelo caminho, turistas e desavisados se uniram à marcha aos gritos de “Espanha amanhã será republicana” e “Ninguém votou em Felipe”, em referência ao Príncipe de Astúrias, que será proclamado rei no próximo dia 19 e se converterá em Felipe VI.
Já na Praça Puerta del Sol, destino final da marcha, os manifestantes realizaram uma assembleia popular e pediram, com gritos de ordem, que o Congresso de Deputados vote a favor da realização de um referendo popular que os permita escolher se preferem seguir em uma monarquia parlamentar ou se querem fundar uma nova república.


Pelo menos 88 mil vítimas do franquismo continuam sepultadas em valas comuns
Um momento marcante da assembleia foi a chegada de parentes de vítimas do franquismo ao local. As milhares de pessoas que lotavam a praça se levantaram e aplaudiram durante vários minutos os senhores e senhoras de idade que buscam na Justiça argentina a investigação dos crimes realizados pelo Estado espanhol durante a regime do ditador Francisco Franco (1939-1975).
Projeto de lei
Na próxima quarta-feira (11/06) o Congresso de Deputados irá votar em sessão única o projeto de lei que regula a abdicação do rei Juan Carlos. Os grupos de esquerda (liderado pelo IU) e misto (coalizão de diversos partidos nacionalistas) pediram ao presidente da casa que o voto seja nominal, assim, cada deputado deverá ser chamado a declarar publicamente se é a favor ou contra o projeto.
Além do procedimento do voto, o IU também apresentou na última sexta-feira uma proposta de emenda ao texto elaborado pelo governo do presidente Mariano Rajoy (Partido Popular). Nela, o partido liderado pelo deputado Cayo Lara propõe que um referendo sobre a monarquia seja organizado dentro de três meses.


Manifestações ocorreram em diversas cidades espanholas; em Pamplona e Valência, mais de 30 mil foram às ruas
A alteração do procedimento do voto deve ser aceita pela mesa do Congresso, mas a emenda não deve ter sucesso. O PP conta atualmente com a maioria absoluta na câmara e, por isso, deve vetar qualquer modificação ao texto apresentado.
Após a possível aprovação do projeto que estabelece os critérios da sucessão pelo Congresso, o texto segue para o Senado, que também deve aprová-lo sem grandes problemas. A Casa Real espanhola trabalha com a hipótese que a proclamação do atual Príncipe de Astúrias deva ocorrer no próximo dia 19 de junho.
http://operamundi.uol.com.br/

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Brasil sofre para vencer Sérvia e ouve vaias a 6 dias da estreia na Copa

 O atacante Fred comemora o gol da vitória do Brasil por 1 x 0 sobre a Sérvia em amistoso disputado em São Paulo. 06/06/2014  REUTERS/Paulo Whitaker


SÃO PAULO (Reuters) - A seleção brasileira teve dificuldades para derrotar a Sérvia por 1 x 0 e ouviu vaias da torcida no estádio do Morumbi, em São Paulo, nesta sexta-feira, a seis dias da estreia na Copa do Mundo.

Um gol de Fred no começo do segundo tempo garantiu a vitória no amistoso, em que o time do técnico Luiz Felipe Scolari precisou suar para bater os sérvios, escolhidos para o jogo por causa da semelhança com o futebol da Croácia, adversária do Brasil na próxima quinta-feira, na Arena Corinthians, na abertura do Mundial.

O Brasil atuou pela primeira vez com a mesma equipe que conquistou o título da Copa das Confederações em junho passado, com uma vitória por 3 x 0 sobre a Espanha na final, e que deve estrear no Mundial, com as entradas de Paulinho e Thiago Silva, poupados do jogo com o Panamá, na terça-feira.

No entanto, os brasileiros mostraram lentidão na saída de bola e não conseguiram repetir o desempenho da goleada por 4 x 0 diante do Panamá, um rival mais fraco do que a Sérvia.

"Foi um jogo difícil hoje, a Sérvia se defende muito bem. O time vai treinar, está melhorando aos poucos, e a gente espera estar melhor contra a Croácia", disse o meia Oscar após a partida.

"No primeiro tempo alguns jogadores estavam errando passes que não costumam errar, mas temos certeza que contra a Croácia vai dar tudo certo", acrescentou.

A partida foi truncada, com alguns lances violentos. Logo na saída de bola, Neymar recebeu falta dura e pouco depois deixou o cotovelo em um adversário. Ainda nos primeiros minutos, Petrovic recebeu cartão amarelo por outra falta em Neymar.

O primeiro chute a gol foi da Sérvia, porém sem perigo. A seleção brasileira respondeu com Neymar após roubada de bola de Oscar, mas o chute foi desviado para escanteio.
Sem conseguir entrar na defesa adversária, o Brasil arriscou chutes de longa distância com os laterais Daniel Alves e Marcelo, mas foram longe do gol.

A partir da metade do primeiro tempo, a Sérvia melhorou e teve duas boas chances. Julio Cesar salvou a primeira e a segunda, um cabeceio, saiu por cima do gol. Os sérvios ainda tiveram um gol anulado pouco antes do intervalo por impedimento, depois de falha de David Luiz.

GOL DE FRED

Os brasileiros, então, desceram para o vestiário vaiados pela torcida paulista, geralmente exigente e que no último jogo no Morumbi, em setembro de 2012, vaiou a seleção então comandada pelo técnico Mano Menezes e chamou Neymar de “pipoqueiro”.

Para o segundo tempo, o técnico Felipão colocou o meia Willian, que tem ido bem nos treinamentos, no lugar de Oscar, que não treinou na quinta-feira para acompanhar o nascimento da primeira filha e teve atuação apagada, assim como na goleada sobre o Panamá.

Quando a torcida parecia ter perdido a paciência e ensaiava um grito de “Luis Fabiano”, o zagueiro Thiago Silva deu um bom lançamento para Fred, que ajeitou no peito e, mesmo caído, acertou um chute de perna direita aos 13 minutos: 1 x 0.

Felipão fez cinco alterações ao longo da segunda etapa, colocando Fernandinho, Maicon, Jô, Bernard e Maxwell nas vagas de Paulinho, Daniel Alves, Fred, Neymar e Marcelo. respectivamente.

O camisa 10 do Brasil não repetiu o ótimo desempenho de terça-feira, quando marcou um gol e participou de outros dois, mas se empenhou em campo e quase jogou a partida toda, depois de se recuperar de uma lesão no pé que o deixou afastado do time catalão por cerca de um mês.   Continuação...

 O atacante Fred comemora o gol da vitória do Brasil por 1 x 0 sobre a Sérvia em amistoso disputado em São Paulo. 06/06/2014  REUTERS/Paulo Whitaker
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Sem conseguir entrar na defesa adversária, o Brasil arriscou chutes de longa distância com os laterais Daniel Alves e Marcelo, mas foram longe do gol.

A partir da metade do primeiro tempo, a Sérvia melhorou e teve duas boas chances. Julio Cesar salvou a primeira e a segunda, um cabeceio, saiu por cima do gol. Os sérvios ainda tiveram um gol anulado pouco antes do intervalo por impedimento, depois de falha de David Luiz.

GOL DE FRED

Os brasileiros, então, desceram para o vestiário vaiados pela torcida paulista, geralmente exigente e que no último jogo no Morumbi, em setembro de 2012, vaiou a seleção então comandada pelo técnico Mano Menezes e chamou Neymar de “pipoqueiro”.

Para o segundo tempo, o técnico Felipão colocou o meia Willian, que tem ido bem nos treinamentos, no lugar de Oscar, que não treinou na quinta-feira para acompanhar o nascimento da primeira filha e teve atuação apagada, assim como na goleada sobre o Panamá.

Quando a torcida parecia ter perdido a paciência e ensaiava um grito de “Luis Fabiano”, o zagueiro Thiago Silva deu um bom lançamento para Fred, que ajeitou no peito e, mesmo caído, acertou um chute de perna direita aos 13 minutos: 1 x 0.

Felipão fez cinco alterações ao longo da segunda etapa, colocando Fernandinho, Maicon, Jô, Bernard e Maxwell nas vagas de Paulinho, Daniel Alves, Fred, Neymar e Marcelo. respectivamente.

O camisa 10 do Brasil não repetiu o ótimo desempenho de terça-feira, quando marcou um gol e participou de outros dois, mas se empenhou em campo e quase jogou a partida toda, depois de se recuperar de uma lesão no pé que o deixou afastado do time catalão por cerca de um mêsA Sérvia quase empatou em duas ocasiões: numa cabeçada de Jojic que acertou a trave e num chute de Markovic defendido por Julio Cesar.

Nos minutos finais, Jô quase marcou em um cabeceio, mas o goleiro Stojkovic espalmou a última chance brasileira.

(Com reportagem de Eduardo Simões)