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domingo, 6 de outubro de 2013

Confrontos deixam ao menos 44 mortos no Egito; mais protestos são esperados

 Um oficial da polícia dispara balas de borracha contra mebros da Irmandade Muçulmana e apoiadores presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, no Cairo. Cerca de 15 pessoas morreram e mais de 80 ficaram feridas em confrontos durante protestos no Egito neste domingo, disseram fontes de segurança e a TV estatal do país. 6/10/2013. REUTERS/Amr Abdallah Dalsh

Por Yara Bayoumy

CAIRO, (Reuters) - Ao menos 44 pessoas morreram em confrontos durante protestos no Egito neste domingo, disseram fontes do serviço de segurança, depois que apoiadores e opositores ao presidente deposto Mohamad Mursi foram para as ruas em um dos dias mais sangrentos desde que o exército assumiu o poder.
Em um sinal de que mais violência está por vir, um aliança incluindo a Irmandade Muçulmana chamou os egípcios para um protesto a partir de terça-feira e um encontro na praça Tahrir, no Cairo, na sexta-feira, declarando: "Ninguém vai nos deter (na Tahrir) não importa qual seja o sacrifício".
Os confrontos começaram depois que apoiadores e opositores do presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, tomaram as ruas.
Uma agência estatal noticiou que durante os confrontes na província de Qulubiya, na região do Delta do Nilo, as autoridades prenderam 25 membros da Irmandade que carregava 51 granadas.

A Irmandade argumenta que é contra os métodos violentos de outros grupos islamitas. Os ataques de militantes contra a polícia e soldados na Península do Sina têm aumentado fortemente desde que Mursi foi derrubado.

INSURGÊNCIA

Numa cidade a 300 quilômetros ao sul da capital, um membro da Irmandade morreu e ao menos dois outros resultaram feridos, disseram fontes médicas e de segurança.

Autoridades egípcias alertaram no sábado que qualquer um que protestasse contra as Forças Armadas poderia ser visto como um agente de forças estrangeiras.

A Irmandade vinha fazendo protestos seguidas vezes contra as Forças Armadas, depois da derrubada do poder do presidente Mohamed Mursi em julho.

Neste domingo, a tevê estatal mostrou imagens ao vivo de multidões na praça Tahrir e da cidade de Alexandria carregando fotos do chefe militar, general Abdel Fatah el-Sisi, e bandeiras do país.

Segundo testemunhas, forças de segurança dispersaram manifestantes pró-Irmandade em Alexandria com gás lacrimogênio.

Islam Tawfik, um membro da Irmandade e jornalista, disse mais cedo que apoiadores do grupo, que tem diversos integrantes presos desde a derrubada de Mursi, estavam determinados a chegar à praça Tahrir.   Continuação...
Os mortos sofreram, em sua maioria no Cairo, ferimentos a bala, afirmaram fontes de segurança. Outra fonte da segurança disse que 13 pessoas morreram na área próxima à estação de trem Ramses.
O ministério do Interior descreveu os confrontes como uma tentativa da Irmandade Muçulmana de "arruinar as celebrações e provocar atritos com as pessoas".
Em comunicado, o ministério disse que 423 pessoas foram presas. A agência de notícias estatal noticiou que 44 pessoas foram mortas e que é grande o número de feridos.
Os seguidores da Irmandade Muçulmana se manifestaram no Cairo e em outras cidades pedindo a queda do chefe do Exército que derrubou Mursi.
Os militares acusam frequentemente a Irmandade de incitar a violência durante os protestos, mas o grupo nega as acusações. 1 de 1Versão na íntegra
"Os nossos que estão nas ruas hoje querem celebrar o Exército que costumava apontar as armas contra o inimigo e não seu povo", disse Tawfik à Reuters. Partidários das Forças Armadas reuniram-se na praça Tahrir para celebrar o aniversário de um ataque a forças israelenses em 1973.
"Nós queremos entrar na Tahrir e Rabaa (local de protestos e acampamento da Irmandade Muçulmana) porque não estão reservadas àqueles que apoiam o golpe", afirmou.
A Irmandade acusa os militares de liderarem um golpe e sabotarem a democracia egípcia com a remoção de Mursi, o primeiro presidente eleito livremente no país, preso após ser derrubado da Presidência.

No dia 14 de agosto, autoridades egípcias atacaram dois acampamentos pró-Mursi no Cairo, deixando centenas de mortos, para depois declarar Estado de emergência e impor um toque de recolher.
Autoridades egípcias reforçaram a segurança no país após confrontos terem deixado ao menos quatro mortos na sexta-feira, quando partidários de Mursi realizavam as demonstrações mais intensas desde que seus acampamentos foram arrasados.

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