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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

REVOLUÇÃO DOS CRAVOS EM PORTUGAL




REVOLUÇÃO DOS CRAVOS EM PORTUGAL


O regime salazarista representou um período de extrema repressão política em Portugal. Inspirado nos ditames dos regimes totalitaristas italiano e alemão, essa ditadura dominou o cenário político português por mais de quatro décadas. O governo, instituído por Antonio de Oliveira Salazar, sofreu um forte movimento de oposição com a sua morte em 1968. Salazar foi substituído por Marcelo Caetano, que tomou as primeiras medias em favor do fim do governo ditatorial.

Sob regime ditatorial, o governo português imprimiu forte resistência contra os movimentos de independência que eclodiram em suas colônias africanas. É valido lembrar que, após a Segunda Guerra Mundial, diversas colônias do mundo inteiro obtiveram sua independência depois que as grandes potências lutaram contra a opressão nazista. Era possível que nações que defendiam a liberdade na Europa mantivessem seu domínio sobre colônias espalhadas na Ásia e na África.

Ao longo dos anos de 1960, tropas portuguesas foram enviadas para conterem revoltas em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Na década seguinte, a crise econômica e os desgastes com os conflitos coloniais deram condições para a organização de um movimento golpista no interior das Forças Armadas lusitanas. No dia 25 de abril de 1974, oficias de média patente conseguiram organizar a derrubada de Marcelo Caetano, sucessor de Antonio Salazar.

A vitória dos oficias rebeldes foi comemorada por toda população portuguesa que, em sinal de apoio, distribuiu cravos aos soldados participantes da revolução. Por causa dessa manifestação, o fim da ditadura portuguesa ficou conhecido como a Revolução dos Cravos. O novo presidente António de Spínola aboliu a polícia política de salazarista e legalizou o sistema político pluripartidário. Nesse momento, as esquerdas do país se organizaram para tomar o poder.

Políticos e militares de esquerda tomaram o poder por meio do chamado Movimento das Forças Armadas (MFA). O governo foi dividido entre os oficiais Costa Gomes, Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Gonçalves. Entre outras ações, o novo governo empreendeu a estatização dos bancos e indústrias. Em 1975, o Partido Socialista ganhou maioria na nova Assembléia Constituinte. Um novo golpe militar, agora de extrema-esquerda, tentou refrear a ascensão dos socialistas, mas não obteve sucesso.

Esse último episódio, que encerrou o processo revolucionário, foi seguido pela aprovação da Constituição de 1976. Nas eleições daquele ano, o general Antônio Ramalho Eanes, que conteve os revolucionários de esquerda, venceu as eleições presidenciais. Aos poucos, medidas econômicas de caráter liberal e instrumentos que garantiam as liberdades individuais foram sendo instituídas pelos governos seguintes.

Por Rainer Sousa
Graduado em História


http://www.brasilescola.com/

"Ninguém vai tirar a legitimidade que voto me deu", afirma Dilma

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Do UOL, em São Paulo 07/08/2015

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou na tarde desta sexta-feira (7) que "ninguém vai tirar a legitimidade que o voto me deu", em resposta às manifestações a favor do impeachment e pela realização de novas eleições.  

"Esse país é uma democracia, e uma democracia respeita sobretudo a eleição direta pelo voto popular. Eu respeito a democracia do meu país, respeito o voto", declarou durante cerimônia de entrega de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida em Boa Vista. "Podem ter certeza que, além de respeitar, eu honrarei o voto que me deram."

"Quero dizer que ao longo da vida eu passei por muitos momentos difíceis. Eu sou uma pessoa que aguenta pressão, aguenta ameaça. Eu sobrevivi a grandes ameaças", disse a presidente, repetindo o que falou durante programa do PT veiculado em rede nacional de rádio e TV na noite de quinta-feira (6).

O programa do PT gerou uma nova onda de "panelaços" pelo Brasil. Internautas postaram vídeos nas redes sociais com reações barulhentas contra a presidente. Foi a primeira vez que Dilma apareceu em rede nacional de TV desde 8 de março, quando seu pronunciamento em razão do Dia Internacional da Mulher também foi alvo de panelaço pelo país.

Ainda durante seu discurso na capital de Roraima, a presidente falou sobre as dificuldades enfrentadas pelo país. "O Brasil passa por dificuldade, mas é fato que nós somos um país muito mais forte, mais robusto. Antes, o Brasil quando havia qualquer problema externo ou interno tendia a ter dificuldade para pagar suas contas externas. Hoje, nós temos uma reserva de US$ 300 bilhões de dólares. Nós não quebramos", falou.

Minha Casa Minha Vida
Dilma aproveitou a cerimônia de entrega de 747 unidades do programa Minha Casa, Minha Vida em Boa Vista para reafirmar " a boa notícia" de que lançará a terceira etapa do Minha Casa Minha Vida no dia 10 de setembro. "Vamos lançar no dia 10 de setembro. Três dias depois do dia da pátria", disse. Essa é, porém, a quinta vez que a presidente coloca uma data para tirar a terceira fase do programa do papel.

Durante o evento, Dilma destacou a importância de investimentos do governo no Estado e afirmou que considera "um grande desafio" tornar Roraima "um símbolo" na região Norte. A presidente destacou que é preciso aproveitar características naturais do Estado como a luminosidade para investir em energia solar. "Aqui (nas unidades do MCMV) tem esse aquecimento. E a vantagem é pagar menos tarifa de energia elétrica", afirmou.

Os três residenciais somam mais de R$ 46 milhões em investimentos. Segundo o governo, desde 2009, o Minha Casa Minha Vida já entregou 3,9 mil moradias em Roraima, beneficiando 15,6 mil pessoas.

A presidente disse ainda que Roraima deve aproveitar sua localização para se desenvolver. "Roraima está muito bem localizada", disse. "Queria destacar a necessidade do acordo do Porto de Quantas, na Venezuela. Roraima é o Estado mais próximo da Venezuela, que precisa de grãos e proteínas. Temos que ligar a economia de Roraima a da Venezuela." (Com informações do Estadão Conteúdo)

Dilma diz que honrará votos e se dedicará a garantir estabilidade

Dilma diz que honrará votos e se dedicará a garantir estabilidade
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
 Presidente Dilma Rousseff olha para bandeira do Brasil em cerimônia no Rio de Janeiro 5/08/2015. REUTERS/Sergio Moraes
1 de 1Versão na íntegra
(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que ninguém vai retirar a legitimidade dos votos que recebeu da população, que aguenta "pressão", e se comprometeu a trabalhar para garantir a estabilidade política "nos próximos meses e anos" de seu mandato.

"Temos de nos dedicar à estabilidade institucional, econômica, política e social do país", afirmou Dilma durante evento de entrega de residências do programa Minha Casa, Minha Vida em Boa Vista (RR).

"Sei que tem brasileiros que estão sofrendo, por isso me comprometo a trabalhar diuturna e noturnamente... isso é a minha obrigação, o meu dever", acrescentou.

Em meio a uma crise econômica e política, que tem alimentado especulações sobre eventual pedido de abertura de impeachment contra Dilma, a presidente disse ser uma pessoa que aguenta pressões.

"Ao longo da vida eu passei muitos momentos difíceis, então sou uma pessoa que aguento pressão. Sou uma pessoa que aguento ameaça, aliás, eu sobrevivi a grandes ameaças à minha própria vida", disse a presidente.

Dilma se referiu aos anos de ditadura no Brasil para afirmar que naquele tempo teve que enfrentar "as mais terríveis dificuldades" e destacou que hoje o país vive uma democracia, que "respeita a eleição direta pelo voto popular".

"Eu honrarei o voto que me deram. A primeira característica de quem honra o voto que lhe deram é saber que é ele a fonte da minha legitimidade, e ninguém vai tirar essas legitimidade que o voto meu deu", declarou.

(Texto de Tatiana Ramil; edição de Raquel Stenzel)



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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Governo eleva tom, enfatiza gravidade de crise econômica e faz apelo ao Congresso

quarta-feira, 5 de agosto de 2015
 Presidente Dilma Rousseff  ao lado do vice-presidente, Michel Temer, e do ministro da Fazenda, Joaquim Levy . 9/06/2015.  REUTERS/Bruno Domingos

Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - A equipe econômica da presidente Dilma Rousseff e seu articulador político, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), vieram a público nesta quarta-feira para enfatizar a gravidade da situação econômica e fiscal do país e fazer um apelo ao Congresso Nacional para que não a agrave.

A movimentação veio um dia após o Congresso retomar as atividades e sinalizar que não dará trégua ao governo, que está tentando implementar uma agenda de ajuste fiscal, em meio a um cenário de retração da atividade econômica, aumento do desemprego e forte perda de popularidade.

“Não vamos ignorar que a situação é razoavelmente grave, não tenho dúvida que é grave. E é grave porque há uma crise política se ensaiando, há uma crise econômica precisando ser ajustada", disse Temer a jornalistas, após um dia de reuniões com ministros e parlamentares da base aliada.

"Mas para tanto é preciso contar com o Congresso Nacional... Há uma certa preocupação, não posso negar isso. Daí a razão dessa espécie de convocação, no sentido de que todos trabalhemos juntos”, acrescentou.

Além da necessidade de apoio do Congresso para aprovar as medidas do ajuste, o governo da presidente Dilma precisa contar com a boa vontade dos parlamentares para não aprovar matérias que impliquem elevação dos gastos como, por exemplo, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 443 que eleva a remuneração de servidores da advocacia-geral.

"É preciso que alguém tenha capacidade de reunificar a todos, de reunir a todos, de fazer esse apelo e eu estou tomando essa liberdade de fazer esse pedido, porque caso contrário nós podemos entrar numa crise desagradável para o país", disse Temer.

Apesar apelo, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, onde se concentram as maiores dores de cabeça para o Planalto, disse nesta quarta-feira que a tendência é o governo continuar sofrendo novas derrotas na Casa.

Cunha rompeu com o governo no mês passado, após ser citado por um delator da operação Lava Jato. Ele nega a acusação de ter pedido 5 milhões de dólares em propina ao empresário Julio Camargo e acusa o governo de fazer uma manobra com o Ministério Público para constrangê-lo. Na terça-feira, logo na volta dos trabalhos do Congresso após o recesso, a base aliada não teve força para aprovar requerimento para adiar a votação da PEC 443 que, se aprovada, elevará os gastos públicos em 9,9 bilhões de reais, segundo cálculos do Ministério do Planejamento.

“Não é adequado propor reajustes dessa magnitude no momento em que várias empresas e trabalhadores enfrentam dificuldade, especialmente no setor privado, com redução do salário real e queda na geração de empregos", disse o Ministério do Planejamento em nota divulgada nesta quarta-feira.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também veio a público enfatizar que a situação econômica do país é "séria" e a fiscal é "muito séria". Levy disse que o governo assumiu o custo da popularidade ao tomar as medidas que considera necessárias para fortalecer a economia, e que é preciso continuar com o diálogo.

Entre as principais preocupações do Executivo está a possibilidade de o Brasil perder o grau de investimento dado pelas agências de classificação de risco, o que aprofundaria ainda mais a debilidade da economia, que deve enfrentar neste ano a pior recessão em 25 anos.

CÂMARA

O risco de perda do rótulo de bom pagador vinha, inclusive, sendo usada por Temer para sensibilizar os parlamentares a evitarem a aprovação das chamadas "pautas-bomba".

Em encontro na segunda-feira, ficou acertado entre Temer e lideranças da base que essas matérias não prosperariam no Legislativo, segundo duas fontes ligadas ao articulador político de Dilma. Um dia depois, no entanto, o acerto naufragou na Câmara com o avanço da PEC 443.

"O pessoal fala um negócio na reunião e depois vai na Câmara e implode o que foi acordado", disse uma das fontes próximas a Temer à Reuters, sob condição de anonimato. A articulação política do governo avalia que o principal problema do Planalto reside na Câmara e, após também se reunirem com Temer nesta quarta, senadores da base aliada disseram que a funcionarão como "amortecedor" para as pautas-bomba que chegarem da Câmara.

Além do apoio da base no Senado, o governo aposta, segundo uma fonte próxima ao núcleo do Executivo, em aproveitar uma proposta de enxugamento de ministérios a ser encaminhada pelo Ministério do Planejamento para abrir nova negociação de participação dos partidos da base.

O foco principal será em uma nova divisão de poder com o PMDB visando apoio e empenho do partido na aprovação dos projetos que reforçam o ajuste fiscal no Congresso.

“O enxugamento dos ministérios vai levar a uma redução do espaço de todo mundo e isso vai exigir a negociação de participação dos partidos da base no governo com base em um novo apoio. A presidente vai avaliar tudo isso e fará uma reforma com calma e não ao calor das tensões do momento”, disse a fonte.

(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello e Luciana Otoni, em Brasília)


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Sonia Braga está de volta ao cinema nacional! Conheça o novo projeto da estrela,Aquarius

                                       


Sonia Braga

Sonia e Irandhir Santos em ‘Aquarius’ (foto: Pedro Sotero)

A estrela, o diretor e Humberto Carrão (foto: Pedro Sotero)


Sonia Braga está de volta ao cinema nacional! Conheça o novo projeto da estrela  Aquarius

A eterna Gabriela, a eterna Dona Flor, a diva Sonia Braga vai voltar ao cinema nacional. Amanhã (4), o Recife amanhece em festa com o início das filmagens de Aquarius, segundo longa-metragem de ficção do pernambucano Kleber Mendonça Filho. Para quem não ligou o nome à pessoa, Kleber é o diretor do badaladíssimo e, na minha opinião, superestimado O Som ao Redor, filme escolhido no ano retrasado para representar o Brasil no Oscar.

O cineasta tem, agora, uma protagonista de renome em seu time de atores, que ainda inclui Irandhir Santos, Maeve Jinkings (que atuou em O Som ao Redor) e Humberto Carrão, entre outros. Sonia interpreta Clara, viúva e aposentada que tem três filhos adultos e mora no bairro de Boa Viagem. Seu dom é viajar no tempo. As filmagens devem ser feitas em sete semanas e a previsão de lançamento de Aquarius é em 2016.

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Crise tripla no Brasil


Crise tripla no Brasil

Nos próximos meses veremos se as reformas políticas e econômicas de Dilma Rousseff servem para esclarecer os escândalos de corrupção
EL PAÍS  AGO 2015 -
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O Brasil atravessa três crises: política, econômica e ética. O mais grave é que acontecem ao mesmo tempo e se alimentam mutuamente. Enquanto o país, sob o carismático Lula, viveu a euforia alimentada pela ampliação do crédito e a entrada no consumo de 30 milhões de pessoas que vinham da pobreza, tudo parecia mais fácil. Mas os problemas já vinham incubando-se; e, depois da chegada de Dilma Rousseff ao poder, o respaldo dos partidos que tinham apoiado o Governo em troca de prebendas se rompeu. A presidenta já perdeu a confiança popular —seu apoio caiu a 7,7%— e os juízes, estimulados pelo aplauso da rua, investigam a fundo o escândalo de corrupção na Petrobras, a joia da coroa empresarial do Brasil, no qual além disso estão envolvidos os diretores das maiores companhias do país e dezenas de políticos.

A confluência das três crises colocou em questão o modelo da última década. O Brasil sofre hoje de alta inflação, vê crescer o desemprego, tem taxas muito altas de juros, a dívida pública aumentou e o PIB está em recessão. O país empobreceu e crescem os protestos ao mesmo tempo em que se torna mais valente uma oposição que esteve eclipsada pelo poderio midiático de Lula, agora também sob suspeita de tráfico de influências. O Brasil começa a discutir a validade do presidencialismo de coalizão. É improvável que a pressão dos que exigem a saída de Rousseff devido às suspeitas de ter financiado sua campanha eleitoral com dinheiro da corrupção desemboque em um impeachment, mas a tensão é evidente e pode desencadear mudanças nas alianças políticas.

Nos próximos meses —com o desafio da realização dos Jogos Olímpicos do Rio— se verá se as reformas políticas e econômicas servem para esclarecer os escândalos de corrupção e para que este gigante regional e global encontre de novo o caminho do crescimento. É a hora da responsabilidade: para o Governo, mas também para a oposição.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Haiti em Foco: Jean Bertrand Aristide

Jean Bertrand Aristide ditador haitiano




Jean-Bertrand Aristide

Jean-Bertrand Aristide (Port-Salut, 15 de Julho de 1953) é um político haitiano e ex-padre católico salesiano, ligado à teologia da libertação, que foi presidente do Haiti em três períodos: em 1991, de 1994 a 1996, e novamente de 2001 a 2004.Em 1988 foi expulso dos Salesianos.

Os apoiadores de Aristide o consideram "o primeiro líder democraticamente eleito do Haiti" e também um "amigo dos pobres". Já seus críticos dizem que ele se tornou ditatorial e corrupto. Dentre as várias acusações de corrupção contra Aristide, a mais famosa foi feita por Christopher Caldwell em julho de 1994. Caldwell reportou que Aristide ordenou a receita do tráfego de chamada internacional de telefone do Haiti, manipulados pela divisão latino-americana da AT&T, ser transferida para uma conta bancária offshore no Panamá.6 Uma vez tendo chegado ao poder, e que atingiu por duas vezes uma impopularidade tal que teve que ser afastado do governo: primeiramente através de um golpe militar (em setembro de 1991) e novamente em 2004, numa situação mal explicada na qual foi retirado do país por militares norte-americanos com apoio de militares brasileiros7 em um momento em era iminente um confronto entre integrantes de um levante armado do qual tomavam parte principalmente ex-militares haitianos e tontons macoutes e apoiantes de Aristide em Porto Príncipe.

Depois de sofrer esta segunda deposição, Aristide refugiou-se na África do Sul. De lá, afirmou que ainda era o legítimo presidente do Haiti, pois não renunciara, e que forças dos Estados Unidos o haviam sequestrado para tirá-lo do poder.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Haiti em Foco: Papa Doc e Baby Doc

Papa Doc e Baby Doc, ditadores cruéis do Haiti


François Duvalier  ( Papa Doc)


François Duvalier , conhecido como Papa Doc (Porto Príncipe, 14 de abril de 1907 - Porto Príncipe, 21 de abril de 1971), foi médico, etnólogo e ex-ditador do Haiti. Foi eleito presidente daquele país em 1957 e, apesar de ataques sucessivos de grupos políticos internos, consolidou um regime centralizador e autoritário, com o aval do governo norte-americano1 . Manteve o poder com o apoio de uma guarda civil que lhe era leal, conhecida como tontons macoutes, que significa bichos-papões, em português.

Antes de chegar à presidência, em 1957, era tido na política como um sujeito passivo e brando, a tal ponto que os que lhe apelidaram com Papa Doc o fizeram porque notaram o quanto ele era afetivo ao cuidar de pacientes camponeses (como um papai doutor). Mas logo que assumiu o poder, para a surpresa de todos, logo se transformou num vingativo ditador e massacrou aqueles que poderiam tirá-lo de alguma forma de poder. A oposição que sobrou era nitidamente controlada por Papa Doc.

Os editores dos principais jornais e donos de emissoras de rádio daquele país foram presos tão logo Doc assumiu o poder. Em dois anos de governo, conseguiu castrar completamente qualquer foco de oposição ou resistência provenientes da polícia e do exército , criando seu próprio exército, a guarda Draconiana.

Deu ordens para a produção regular de panfletos informativos, onde, dentre outras informações, designava-se Deus.

Criou também uma taxa obrigatória para a população para a construcão da Duvalierville, a cidade de Duvalier, altamente ostentatória. O dinheiro desta taxa foi irrisoriamente aplicado na construção daquela cidade, indo parar mesmo nos cofres de Duvalier.

Expulsou todos os Bispos e outros representantes católicos do País, colocando em seus lugares aliados de seu governo, o que acabou gerando conflitos com o Vaticano. As grandes propriedades de terra foram expropriadas por Doc e grande parte serviu para a construção de academias de Tontons Macoutes.

Ao final de seu governo, o Haiti era a nação mais pobre das Américas, o índice de analfabetismo estava entre os primeiros e a saúde pública estava em estado caótico.

Ao morrer (em 1971) foi substituído por seu filho, Jean-Claude Duvalier, que recebeu a alcunha de Baby Doc.





Jean-Claude Duvalier («Baby Doc»)



Jean-Claude «Baby Doc» Duvalier, como foi conhecido o ex-presidente haitiano, apareceu na janela de seu quarto em um hotel de luxo em Porto Príncipe, capital do Haiti, e foi saudado por cerca de cem pessoas que se concentravam na porta do edifício. (Marcello Casal Jr, ABr)
Jean-Claude Duvalier (Porto Príncipe, 3 de junho de 1951 — 4 de outubro de 2014), mais conhecido como «Baby Doc», foi um ex-ditador do Haiti, tendo sucedido seu pai, François Duvalier, no posto de presidente da república.

Primeiros anos
Duvalier nasceu em Porto-Príncipe e foi criado em um ambiente isolado. Na infância e adolescência frequentou as instituições de ensino Nouveau College Bird e Saint-Louis de Gonzague. Mais tarde, estudou Direito na Université d'Etat d'Haïti (Universidade do Estado do Haiti), sob a direção de vários professores, incluindo Maître Gérard Gourgue.

Único filho homem de François Duvalier, o «Papa Doc», e Simone Ovide («Mama Doc»), uma ex-enfermeira, Jean-Claude tinha três irmãs: Marie Denise, Nicole e Simone.

Política
Antecedentes e cargo vitalício
Em 1957 seu pai, François Duvalier, assumiu a presidência e implantou um regime de terror que durou até sua morte, em 1971. O terrorismo político continuou sob o comando de Baby Doc, que aos 19 anos o sucedeu em regime vitalício, numa época em que dezenas de milhares de haitianos foram torturados e mortos, segundo grupos de direitos humanos. Tal terror era espalhado por sua milicia particular, um exército de cruéis soldados denominados tonton-macoutes («bichos-papões»).

No governo de Baby Doc a taxa de analfabetismo subiu a índices ainda mais grotescos e a expectativa de vida decaiu vertiginosamente, o que, junto com a epidemia de aids e a fome que grassava através de todo o país, mergulhou o país no caos social, forçando dezenas de milhares de haitianos ao degredo nos Estados Unidos em arriscadas barcaças superlotadas.

Autodegredo e retorno
Já na década de 1980, com a crise econômica e o empobrecimento da população, o regime de terror perdeu força, até que, em 1986, Baby Doc fugiu para um exílio na França.1 Durante sua saída do país, constatou-se o abismo entre o fausto de sua mudança — que incluía carregamentos de malas Louis Vuitton e milhões de dólares em suas contas em bancos suíços —, e a miséria reinante em Port-Príncipe.

Entre 1986 e 1990, o Haiti procurou estabilizar sua situação política, mas uma sucessão de golpes militares impediu qualquer organização.

Em 16 de janeiro de 2011 Baby Doc retornou ao Haiti alegando que seu regresso visava "ajudar o povo" após o terremoto de 2010. e poucos dias depois foi acusado de vários crimes, incluindo detenção ilegal e tortura contra seus opositores, corrupção, apropriação de dinheiro público e formação de quadrilha. Mesmo assim nenhum julgamento foi realizado. O ex-presidente só compareceu diante da Justiça em fevereiro de 2013, quando se apresentou no Tribunal de Recurso de Port-au-Prince. Em fevereiro de 2014, a justiça haitiana ordenou um novo inquérito sobre crimes contra a humanidade "imprescritíveis" atribuídos a ele.

Vida pessoal
Seu casamento com Michele Bennett, em 1980, foi bancado pelo estado haitiano e teria custado até US$ 5 milhões aos cofres públicos, enquanto a população vivia na miséria, no que foi considerado o país mais pobre do hemisfério ocidental.

No dia 4 de outubro de 2014, Baby Doc morre em decorrência de um ataque cardíaco, em Porto Príncipe.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Crise no setor automotivo brasileiro - LAY OFF -Mercado automotivo sent...

Crise Econômica no Brasil

Marco Villa e Airton Soares debatem sobre Crise Econômica - 23/03/2015

Debate crise econômica do Brasil e repercussão no exterior

PF prende ex-ministro José Dirceu e Lava Jato se aproxima de Lula

PF prende ex-ministro José Dirceu e Lava Jato se aproxima de Lula


Por Sérgio Spagnuolo


CURITIBA (Reuters) - A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado como um dos “líderes principais” que instituiu o esquema bilionário de corrupção na Petrobras ainda durante o período em que ocupava o cargo no Palácio do Planalto, levando a operação Lava Jato diretamente ao centro do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo os investigadores, o modelo era semelhante ao do mensalão, esquema de compra de votos no Congresso descoberto durante o governo Lula pelo qual o ex-ministro já cumpria uma sentença de prisão domiciliar.

Dirceu, homem forte do governo Lula durante o período em que comandou a Casa Civil (2003 a 2005), foi preso pela PF de forma preventiva em sua casa em Brasília como parte da 17ª etapa da operação Lava Jato, que recebeu o nome “Pixuleco” em alusão ao termo utilizado para nominar a propina recebida em contratos.

“Temos uma investigação que busca José Dirceu como o instituidor do esquema Petrobras ainda no tempo da Casa Civil, ainda no tempo do governo do ex-presidente Lula”, disse o procurador do Ministério Público Federal Carlos Fernando dos Santos Lima em entrevista coletiva em Curitiba, onde estão concentradas as investigações da Lava Jato.

Nesse caso, Dirceu é acusado de enriquecer pessoalmente ao receber propinas de prestadores de serviços da Petrobras, inclusive enquanto estava preso em Brasília, condenado no esquema do mensalão.

“Estamos diante de um caso de reiteração criminosa em que José Dirceu vem, dentro desse esquema de recebimento de propina, desde as investigações do mensalão, passando pela acusação e passando até por sua prisão”, disse o procurador.

Entre as acusações contra o ex-ministro está a de que teria recebido 96 mil reais mensais entre 2004 e 2013 a título de propina por conta de um contrato de terceirização na Petrobras. A acusação foi feita pelo lobista Milton Pascowitch, um dos delatores da Lava Jato, segundo o despacho da Justiça que determinou a prisão preventiva de Dirceu.

Em entrevista coletiva em Brasília, o advogado Roberto Podval, que representa Dirceu, disse que a prisão preventiva do ex-ministro foi desnecessária e que Dirceu tornou-se "bode expiatório".

Na noite desta segunda, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), colocou Dirceu à disposição da Justiça Federal do Paraná, permitindo sua transferência de Brasília para Curitiba.

O irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, também preso nesta segunda-feira em caráter temporário, seria o responsável pela coleta do dinheiro nas empresas para a JD Assessoria, de propriedade de Dirceu, enquanto o ex-ministro estava preso, disseram os investigadores da Lava Jato.

Ecoando comentários recentes do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, Lima discorreu sobre as semelhanças desse esquema com o chamado mensalão.

“Nós entendemos que o DNA, como diz o ministro Gilmar (Mendes, do STF), é o mesmo do mensalão e da Lava Jato. Nesse caso, creio que José Dirceu é uma das pessoas que decidiu pela criação desse esquema”, afirmou.

LÍDER

Mais do que um beneficiário, a força-tarefa busca provar que Dirceu era um dos “líderes principais” na instituição do esquema de corrupção da Petrobras.

“Queremos mostrar José Dirceu como um dos agentes responsáveis pela instituição do esquema Petrobras ainda no tempo em que... era ministro da Casa Civil”, disse o procurador.

Dirceu teria sido, segundo o MPF, o responsável pela indicação de dois diretores da Petrobras envolvidos no escândalo: os ex-diretores de Serviços e de Abastecimento, Renato Duque e Paulo Roberto Costa, respectivamente.

Ainda segundo o MPF, Dirceu era responsável por definir cargos na administração da Petrobras e dessa forma instituiu o esquema de pagamento de propinas na estatal, do qual era um dos beneficiários.

“Esse esquema passa pela compra de apoio parlamentar, ele passa por uma facilitação do lucro das empreiteiras, ele passa pelo enriquecimento de diversas pessoas -- no caso de José Dirceu, temos provas de enriquecimento pessoal, não mais de dinheiro só para o partido”, disse o procurador.

COLETA DE PROVAS E PRISÃO

Há tempos se especulava sobre uma eventual implicação de Dirceu nas investigações da Lava Jato, mas autoridades ainda não haviam vinculado o nome do ex-ministro ao escândalo da Petrobras. Isso mudou com o acordo de delação feito pelas autoridades com o lobista Milton Pascowitch.

No começo de julho, a defesa do ex-ministro chegou a entrar com pedido de habeas corpus preventivo junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região para evitar que ele fosse preso no âmbito da Lava Jato. O pedido foi negado.

“Estávamos aguardando elementos que permitissem a confirmação das hipóteses que a gente tinha trabalhado, que ocorreu apenas recentemente tanto com acordo do Pascowitch quando do Julio (Camargo, da empresa Toyo Setal), e de algumas outras ações que a gente conseguiu confirmar”, disse a jornalistas o delegado da PF Márcio Adriano Ancelmo.

O ex-ministro é o primeiro integrante de destaque do governo Lula a ser preso como parte da Lava Jato.

Perguntado se o próprio Lula pode ser investigado ou até mesmo detido pelas autoridades, o procurador do MPF disse que “ninguém está isento de ser alvo de investigação”, mas acrescentou que “não existe neste momento nenhum indicativo de necessidade de prisão de quem quer que seja que não esteja atualmente preso”.

Procurado pela Reuters, o Instituto Lula informou que não irá comentar as declarações do procurador.

A PF deve aguardar permissão do Supremo Tribunal Federal para que Dirceu possa ir para Curitiba, já que ele atualmente cumpre prisão domiciliar, por condenação decorrente do mensalão.

Entre os detidos nesta segunda-feira também está o lobista Fernando Moura, ligado ao PT. Uma das suspeitas é que ele tenha exercido influência na indicação de Renato Duque para a diretoria de Serviços da Petrobras.

Em Brasília, após reunião de coordenação política com a presidente Dilma Rousseff, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, disse que não há no governo "nenhuma expectativa" de que as investigações venham a se aproximar da presidente ou de sua administração.

“Em relação à questão do ex-ministro José Dirceu... É uma questão das investigações e todos nós confiamos muito na conduta da presidenta Dilma. Em nenhum momento passa por nós nenhuma expectativa que se aproxime dela qualquer investigação e de seu governo”, disse Kassab a jornalistas. [nL1N10E1A5]

17ª FASE

Entre os crimes investigados pela PF na 17ª fase estão corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, de acordo com a polícia. A PF também cumpriu medidas de sequestro de imóveis e bloqueio de ativos financeiros. Segundo o Ministério Público Federal, serão bloqueados 20 milhões de reais em bens de cada um dos envolvidos nesta etapa.

A Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção principalmente na Petrobras, no qual empreiteiras formaram um cartel para vencerem contratos de obras da estatal. Em troca, pagavam propina a funcionários da empresa, a operadores que lavavam dinheiro do esquema, a políticos e partidos.

De acordo com investigações da PF e do Ministério Público Federal, o esquema de corrupção se espalhou para outras esferas do poder público, como o setor elétrico.

(Reportagem adicional de Pedro Fonseca e Caio Saad, no Rio de Janeiro; Maria Carolina Marcello e Leonardo Goy, em Brasília; e Eduardo Simões, em São Paulo)

http://noticias.uol.com.br/

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Com prisão de Dirceu, senadores tucanos defendem investigação de Lula e Dilma

Com prisão de Dirceu, senadores tucanos defendem investigação de Lula e Dilma
 Estadão Conteúdo 03/08/2015

De Brasília
Após a prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu na manhã desta segunda-feira (3), senadores do PSDB defendem que as investigações priorizem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff. "O mesmo fundamento que embasou a condenação de Dirceu no mensalão, a teoria do domínio do fato, deveria conduzir a investigação de Lula e Dilma", disse o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Alvaro Dias (PSDB-PR) também afirma acreditar que os desdobramentos da operação Lava Jato podem alcançar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, a prisão do ex-ministro José Dirceu na manhã desta segunda-feira faz a investigação chegar à cúpula do governo.

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"Quando se chega a esse estágio de investigação, o que se pressupõe é que algo mais virá", indicou, destacando que Dirceu era o homem forte do governo Lula. "Ele esteve sempre no epicentro das ações políticas do PT e do governo desde o primeiro momento, quando o Lula o colocava como uma espécie do primeiro-ministro. Das lideranças petistas, é a de maior influencia."

O senador elogiou a atuação do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça, ao afirmar que a Lava Jato está destruindo o conceito de que a atuação da Justiça atinge só os fracos. Para Dias, a prisão do ex-ministro fragiliza o governo. "A responsabilidade maior cabe aos governantes. Nesse caso, há uma relação direta do Dirceu com o Lula", afirmou. "O importante é a investigação chegar aos artífices principais, e não aos coadjuvantes".

Nesta manhã, responsáveis pela operação afirmaram que Dirceu, além de beneficiário da corrupção na Petrobras, foi agente da instituição do esquema na estatal quando era ministro da Casa Civil, passando pelo mensalão e pelo período em que ficou na prisão. "Quando essa informação vem da área responsável pela investigação, há sinalização de seriedade e da gravidade do caso", avaliou o Dias.

Segundo Nunes, a prisão do ex-ministro é um "duríssimo golpe" no PT, já que ele teve forte contribuição para que o partido conquistasse o poder.
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Lava Jato: Dirceu recebeu ‘mensalinho’ de R$ 96 mil da Petrobras por dez anos

Lava Jato: Dirceu recebeu ‘mensalinho’ de R$ 96 mil da Petrobras por dez anos
Segundo os investigadores, pagamentos ocorreram mesmo durante o período em que o ex-ministro cumpria pena do mensalão. Despacho de Sérgio Moro também afirma que lobista comprou uma casa de R$ 500 mil para uma das filhas do ex-deputado

POR WILSON LIMA | 03/08/2015

DivulgaçãoDirceu: após o mensalão, ex-ministro é acusado de receber 'mensalinhos' de R$ 96 milO ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu recebeu um “mensalinho” de aproximadamente R$ 96 mil, fruto de recursos desviados da Petrobras entre os anos de 2004 e 2013, mesmo após ser preso por decorrência de sua condenação no processo do “mensalão”. A informação está no despacho do juiz Sérgio Moro, com base na delação premiada do lobista Milton Pascowitch.  Os investigadores alegam, ainda, que Pascowitch pagou uma casa no valor de R$ 500 mil para uma das filhas de Dirceu com dinheiro da estatal. Somente em “mensalinhos”, Dirceu recebeu algo em torno de R$ 11,5 milhões, de acordo com a força-tarefa da Operação Lava Jato.

Dirceu foi preso na manhã desta segunda-feira (3), durante a 17ª fase da Operação Lava Jato. O advogado de Dirceu, Roberto Podval, afirmou que pretende se pronunciar apenas após ter acesso aos autos. Anteriormente, Podval já havia negado qualquer relação do ex-ministro com o esquema de desvios de recursos desarticulado pela Lava Jato.

De acordo com a delação premiada do Pascowitch, o “mensalinho” era pago por meio da Hope Recursos Humanos, responsável pelo fornecimento de mão de obra terceirizada à Petrobras. O dinheiro, segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF), era fruto de desvios após obtenção de contratos da Engevix junto à Petrobras nas obras das unidades de tratamento de gás natural de Cacimbas I e II, no Espírito Santo.  “A empresa pagaria propinas a Renato Duque e às pessoas responsáveis pela indicação deste ao cargo, especificamente José Dirceu e associados deste”, informou o juiz Sérgio Moro na decisão. Duque foi indicado para a diretoria de Serviços da Petrobras por intermédio do ex-ministro.

“A propina da empresa teria sido intermediada por Júlio Camargo, tendo, posteriormente, Milton Pascowitch assumido esse papel”, pontuou Moro. “Seriam pagos cerca de 3% dos ‘valores líquidos faturados à Petrobras’, o que corresponderia a cerca de 500 mil reais mensais, sendo os valores entregues a Milton Pascowitch. Dos valores, cerca de 180 mil ficariam com Fernando Moura e o restante seria dividido entre Renato Duque (40%), José Dirceu (30%) e Milton Pascowitch (30%).”

Vários destes pagamentos eram realizados por empresas como a Hope Recursos Humanos à JD Assessoria, de propriedade de Dirceu. Mas, segundo o delegado Márcio Ancelmo, integrante da força-tarefa, não houve comprovação de serviços prestados pela JD. As investigações apontaram que a empresa prestava consultoria em diversas áreas, de advocacia até na área de engenharia. Mas ela tinha apenas um funcionário de nível superior. “Com todo o tempo que essa investigação durou, não há uma só comprovação de serviços prestados”, detalhou o delegado. “Só foi identificado um funcionário de nível superior que não teria conhecimento para prestar consultorias em áreas tão abrangentes”, assinalou o delegado.

Dirceu também obteve recursos diretamente pagos pela Engevix Engenharia. “No caso, por exemplo, do contrato da Engevix Engenharia, o dirigente Gerson de Almada, apesar de afirmar a contratação para prospecção de negócios no Peru, já admitiu que a empresa, na prática, não logrou obter, por intermédio de José Dirceu, qualquer negócio”, descreveu Moro.

Ainda segundo as investigações, o lobista Milton Pascowitch adquiriu “por preço pouco acima do mercado”, pelas informações do juiz Sérgio Moro, um imóvel de R$ 500 mil para uma filha de José Dirceu, “tendo o valor sido decorrente de propinas acertadas em contratos da Petrobras”
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